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do vale
Rist1nfItj d -Rabia-- (uanarnbi (Xale do Algodão) iode 1993-Ano 1 - No 5 - CrS50.000,O(
Pág. 15 Pág. 27
trn------- -=
AGROINDUSTRIAL VALE DO IUIU LTDA.
COMPRA,, VENDA E BENEFICIAMENTO DE ALGODÃO
VENDA DE SEMENTES SELECIONADAS
Matriz
Rua Abílio Perreira, s/n
Iuiú—Ba.
Fone: (073)682-2119
Filial
Rua Piratininga, s'n
46.430.000 Guanambi -Ba.
Fone: (073)451-1695
Escritório
Praça Manoel Novaes. -168 J'andar
46.430.000 Guanambi -Bahia.
Fone: (073)451-1008 PABX -TLX 722701
FAX. (073)451-1980
Guavepe
REVENDEDOR AUTORIZADO VOLKSWAGEM
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4 v. Santos Duniont, 1358 - Bairro São José - PABX (073) 451-1148
Fax.' (073,)4512994 - Telex.' 7227000VF - DN4326
GEF. 46.430.000 - - GUANAMBI - BAHIA.
Editorial
O erro tem limite próprio
(r) mundo é composto por
erros e tcertos. Os homens
erram e o "Grande Arquiteto do
Universo" acerta. Infelizmente, muitos
homens tentam imitá-lo e chegam ao
cúmulo de, não podendo encontrar a
verdade e descobrir os acertos, culpar a
terceiros pelos erros por eles cometidos.
Assim é na política e na administração;
em casa ou na rua. Todos se mascaram
ante a mentira e acabam pagando um
preço muito mais alto do que poderia
imaginar. Segundo os costumes da velha
Roma ou da antiga Grécia» quando os
autores desses erros não eram punidos e
escapavam do carrasco, a pena do talião
recaia sobre seus filhos. Felizmente isso
deixou de acontecer no mundo atual.
Senão. muitos pais teriam seus filhos
como natimortos.
. . .
Sobe Erundina, cai Erundina. Sobe
Eliseu, desaparece Eliseu e assim o
tempo passa, passa com ele o govenro,
ou mel or. os governos e os homens. O
exemplo da República Federativa é
passado aos Estados. E a Federação,
coitada, caminha a passos lentos, com
todas as pessoas, cerca de 150 milhões
de habitantes, perdidos ante o espaço e
o tempo. Ou, quando não, ante si
próprio. Errar é humano, mas
permanecer no erro é burrice. Este
velho provérbio parece não ser bem
entendido pelos administradores ou pelo
menos por alguns administradores.
Sejam eles públicos ou privados.
Levando-se em conta toda tarefa árdua
de se manter idôneo, eles chegam a
cometer verdadeiros crimes, repetindo a
ba'rbárie do princípio do milênio.
Dissemos que o tempo passa, porém na
verdade quem passa é o homem. O
tempo é estável. Notório, ele se mantém
como verdadeiro Deus especulando os
anseios da humanidade registrados pelos
cronistas, historiadores e jornalistas.
Todos os três estão calcados em algo
superior: a filosofia. Entretanto, já está
comprovado que até os filósofos erram.
Filosofia é dinamismo. E por ser
dinâmica, ela acompanha a verdade dos
fatos e vai destruindo toda mentira que
existe no interior da cada ser humano.
Vivemos sob o manto misterioso do
trabalho, que tanto pode ser uma
verdade, quanto uma mentira. Quiçá ele
sempre seja a verdade. Vivemos em
estado de graça ou de emergência. De
graça quando cometemos alguma
frivolidade e por ela subimos mais um
degrau na vida. De emergência quando
soçobramos no barco do dia a dia e
acabamos pedindo arrego a quem nos
conhece e, por que não? aos
desconhecidos também. Na maioria das
vezes, são os que nos desconhecem e até
mesmo os opositores quem nos dão
socorro. A política é um exemplo disso.
A administração também. O limiar de
um novo tempo ás vezes nada traduz se
nele não houver a esperança de
estarmos lado a lado com a verdade.
e e e
Voltando ao princípio da verdade e da
mentira, aqui estamos mais uma vez.
Sobrepujando as intempéries, os erros,
as dia brites do ser humano,
conseguimos superar a todos e galgamos
um novo degrau. Estamos com o
número cinco mostrando o estado
precário de uma região conhecida pela
bravura de seus homens e as ousadias
de suas idéias. Mais uma vez estamos
gritando por socorro, porque
necessitamos de ajuda. Não por erro
nosso. Aqui o "mea culpa" deixa de
existir. Porém levados pela intempérie
de uma seca que assola todo o Nordeste
e que serve apenas como indústria para
alguns. Uma indústria sem chaminés,
como o turismo. Só o que difere do
turismo, por serem estes peregrinos,
portadores de divisas. E nordestino?
Ah! Esse é turista em sua própria terra,
mas na qualidade de pedinte. Do
prefeito ao mais humilde agricultor; do
governador à faxineira que se encontra
em sua casa. O sol causticante não é
Cemência a ninguém. Fere e, por vezes,
mata. Morte lenta e cruel.
e e •
Refletindo o potencial da região e o
esforço do homem do bem comum,
iniciamos agora uma nova etapa. Sem
falha, pelo menos humanas, sem
diabrites, porque acreditamos em quem
nos lê, em quem nos guarda e em quem
nos cita. Os homens passam, os erros
passam e a verdade fica como o
exemplo maior que podemos dar aos
nossos filhos. Filhos que formam o
futuro de uma Nação que, se não for
bem integrada, desmorona como
inúmeras outras nações assim o fizeram.
Sem vender nossas forças e muito
menos deixar nosso suor ir por terra,
estaremos sempre lutando, mostrando o
que é bom para todos nós. Só assim,
apagando os erros e ensinando aos
outros a apagar seus erros, poderemos
construir uma verdade. Daí, diremos
que nosso trabalho não foi e nem será
em vão.
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-à
. ,.è.J
:1
J.J
- do vale
Revista informativa, publicação
mensal, de responsabilidade da
PRO-IMPRENSA - Assesso-
ria de Imprensa, Editora e Artes
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Diretor Responsável
João Pereira Martins
Diretora Financeira
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Editor
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gramação e arte final
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Não nos responsabilizamos por
artigos assinados
3 lntcgraç() do Vale, .Junho, 1993
Final infeliz
Toda trajetória da família Coilor, no período
que culminou com o impeachment do presidente
Fernando, vai virar série na Rede Manchete. Uma
verdadeira mistura de A Família Trapo dos
anos 60/70, com a realidade nacional
dos anos 90. Segundo se comenta, principalmente
no reino de Canapi-Maceió e Mundaú, lá prás
A1agoa, quem não está gostando disso é o
ex-presidente. Entretanto, o que poderia dar
samba, vai dar novela mesmo e, para nossa
felicidade, quem não está gostando é
apenas o pivô. Ruim é se o desgosto fosse dos
Malta, aquela família que tem em seu seio, o
Joãozinho. Sujeito calmo, muito calmo...
Curtas
,
Coisa de doido
A linguagem utilizada pelos
jovens está se tornando cada
vez mais incompreensível.
Para se entender o que dois
rapazes, principalmente da
capital, falam é necessário
ter-se um dicionário especial
e oral. 69,301, olhar 43,
bocó, dá uma geral, são
algumas palavras que poucos
conhecem seu fundamento.
Na verdade, significam: tudo
igual, menstruação,
paquerando, apalpar a
namorada (ou ser revistado).
Segundo os psicólogos, a
linguagem é algo ligado à
idade. Se assim for, será que
os idosos têm algo de especial
quando murmuram na porta
de um bar?
Sem reservas
O mês de junho chega
trazendo uma boa notícia. O
ministério da Fazenda, prevê
uma inflação para este mês
de apenas 27%. A taxa
inflacionária, segundo
informações chegadas de
Brasília, foi recebida pelo
novo ministro com uma
"certa reserva". Na verdade,
no Ministério da Fazenda,
deve-se trabalhar com
projeções. Porém no Brasil,
estas projeções acabam se
tornando realidade. Para
quem iniciou o ano com
quase 30%, três pontos a
menos, pode ser uma boa
surpresa, sem reservas e sem
nada. Detalhe: o Chile
obteve uma inflação de 1%.
Isso com relação ao ano de
1992. Milagre? Não: muito
trabalho e sinceridade juntos.
...Para o pior
E por falar em inflação,
detalhe 2: os técnicos do
Ministério da Fazenda
encontraram uma solução
para baixar a inflação:
aumentar a taxa de juros.
Isso mesmo: eles
recomendaram ao Eliseu, que
aumentasse as taxas como
única alternativa de conter a
alta da inflação. O presidente
Itamar, que não gosta de
opiniões desse tipo, está com
uma espinha na garganta que
deve sair rapidinho. E do
jeito que mineiro sabe fazer.
E descaso mesmo!
Os aeroportos existentes no
interior da Bahia continuam
relegados ao descaso.
Principalmente aqueles onde
as cidades têm prefeitos
contrários à política estadual.
Municípios que necessitam
de um atendimento via aérea
em curto espaço de tempo,
estão sem combustível e até
mesmo sem a pista de
pouso/decolagem adequada a
mais ínfima aeronave.
Comporta ap,enas ultra-leves
e olhe-olhe! E mister que o
DAB dê uma verificação
nesses campos de pouso e,
dentro da política
governamental de moralizar
a Bahia, moralize também os
aeródromos tão esquecidos
por parte das autoridades.
Por Carinhanha
Pela primeira vez em sua
história, o município de
Carinhanha recebeu uma
doação do governo federal.
Foram 24.840 quilos de
feijão que o prefeito Geraldo
Costa está distribuindo com
a população carente.
"Estamos abrindo espaços
para a comunidade, fato que
nunca ocorreu aqui" disse o
prefeito. Além disso, Geraldo
já conseguiu telefone para a
Agrovila 23, fato há muito
reivindicado, bem como
beneficiamentos para
localidades como Angico e
São José (Barrinha).
Durante sua campanha,
Geraldo disse que desafiava
qualquer prefeito a
acompanhar seu ritmo de
trabalho e hoje, em curto
espaço de tempo, apenas 100
dias de governo, já cumpriu
grande parte do prometido.
Lenda
viva
Existem algumas figuras
no Brasil que se
tornaram legendárias em
vida. Uma delas é a do
banqueiro mineiro
Magalhães Pinto, ex-
governador, fundador do
Banco Nacional, aquele
do guarda-chuva (ou do
guarda-sol, como chama
os cario-ris). Mesmo do
alto de seus oitenta e
tantos anos, doente e
sem as manifestações
peculiares a um homem
de seu porte, continua
respeitado.
No é novidade
US$300 milhões. Melhor
dizendo: trezentos milhões de
dólares! Isso é quanto vale
um cemitério de projetos da
Sudene, existente no Piauí. A
notícia não causou espanto
nas capitais, mas no interior
do país, trata-se de um soco
na cara. Principalmente nas
regiões onde a Sudene tem
raio de ação, como a Bahia e
Norte de Minas Gerais.
Tanto dinheiro gasto em 15
projetos, distribuídos em 35
mil hectares. E todos os
projetos ineficientes ou
inativos. Enquanto isso, as
terras que poderiam dar
alguma coisa, são
consideradas pela própria
Sudene, como improdutivas.
Ficam por aí, sendo
adquiridas pelas oligarquias
políticas, ou quando não, são
distribuídas a torto e a direito
para os amigos de prefeitos
de algumas cidades
brasileiras.
4 Integração do Vale, Junho, 1993
Acredito muito
nesta região
e tudo farei
por ela
Sempre pensei
em ser um dia
governador
de meu estado
Exclusivo
Prisco: " deviamos lutar pela região"
Ex-ministro de estado, hoje deputado federal,
ele une o rural ao urbano e fala sobre
as perspectivas políticas do país
e o futuro do Vale do Algodão.
JV - O que o senhor acha de
Fernando Henrique Cardoso,
como ministro da Fazenda?
R - E um político muito qualificado e
um intelectual de muito prestígio. Ele
tem excelente relacionamento com o
meio econômico nacional, ele tem
portanto, condições de fazer um bom
trabalho. Agora, eu acho que ele não
sonha, nem nós devemos sonhar com
resultados positivos imediatos. A queda
da inflação há de ser conseqüencia de
um trabalho continuado, persistente.
IV - O governo liberou uma verba de
bilhões de dólares para a cultura
cacaueira. E como fica o algodão na
região do sudoeste baiano?
R - Olhe, eu o ano passado discuti
essa questão aqui. O algodão é um
produto agrícola sem prestígio político.
O cacau, como a soja, ou seja esses
produtos de exportação, têm mais peso
político que o algodão. Eu acho que o
que devemos fazer é um esforço no
sentido de reativar a cultura do
algodão, através de um programa que
não esteja necessariamente dependente
da cultura do algodão. Da cultura e de
sua transformação. Eu acho que nós
devíamos lutar aqui para promover na
região, o aproveitamento integral do
algodão. Isso leva a se criar um pólo
agroindustrial que tenha como base o
algodão. O algodão no estado natural,
em torta para ração em tecido, o
algodão para óleo. É assim sim, nós
criaríamos uma base econômica muito
forte para enfretarmos os acidentes
pólo industrial. O governador do
estado tem um documento que
entregamos no ano passado, pedindo a
inclusão da região no esquema do
PROBAHIA, que é um programa de
desenvolvimento industrial localizado,
criado no sentido de explorar as
vocações econômicas de cada região, e
nós esperamos que haja uma definição
no sentido de que o estado quer
incentivar um pólo de fiação e
tecelagem, nada mais adequado do que
Guanambi, nesta região.
IV - O presidente Itamar deu a
opção para que os partidos políticos
escolham os ministros. O senhor acha
correto essa decisão do presidente?
R - Não, eu não acho correto. Acho
que desnatura o sistema
presidencialista que o povo acaba de
consagrar através de plebiscito. O
ministro é escolhido e é expressão do
Presidente da República. Esse processo
de lotear, entre partidos, o governo,
leva normalmente a uma desagregação
que impede o bom desempenho do
governo. Agora mesmo, os dois
principais partidos da coligação que
apóia o governo, estão envolvidos em
uma competição a respeito de mando,
comando, de prestígio. Isso é ruim,
mas poderia ele próprio, o presidente,
nomear os ministros, escolhendo entre
os mais capazes, e como é normal,
escolher os melhores dentro dos
partidos.
IV - O ministro Cavailo, disse que o
Brasil não precisa dolarizar a
climáticos cíclicos que têm perturbado
muito o processo produtivo da região.
IV - Guanambi tem um bairro
industrial. O que falta para que seja
criado um distrito industrial, com
incentivos do governo, redução de
impostos etc?
R - Acho que falta decisão política e
organização empresarial. Acho que o
algodão, como eu disse, não tem muito
prestígio político é importante para
nossa região, mas não é de importância
vital para a economia do estado. Então
nós teríamos que fazer um trabalho
político, para viabilizar a criação deste
Exclusivo
economia. O senhor concorda com
isso?
R - Eu creio que cada país tem sua
realidade. Você não pode trazer, por
exemplo, o resultado da Argentina,
Chile, Bolívia e o próprio Paraguai,
que está com uma economia
regularizada, e aplicar no Brasil um
modelo estranho à nossa realidade. A
inflação no Brasil tem várias
motivações. Muitas delas de ordem
estrutural e podem ser diferentes das
enfrentadas pelo ministro Cavallo, na
Argentina. Temos que procurar uma
receita que leve a retomada do
crescimento na economia, retomada
dos investimentos, a volta dos
financiamentos e em relação à
economia agrícola, que o governo
enfrenta a questão do subsídio. A
agricultura no Nordeste não sobrevive
com TR e não sobrevive sem
incentivos. E preciso superar esses
preconceitos entre os políticos e voltar
a praticar no Nordeste, uma política de
incentivos, sem a qual não vamos
recuperar a estabilidade econômica.
IV - Desde a época de Mailson que
era proibido falar em política dos
subsídios. Trata-se de uma abertura ou
necessidade mesmo?
R - Não. Ela reflete uma convicção
de que nós temos. Pelas características
sócio-econômicas do Nordeste. Sem
incentivos, não conseguiremos fazer
economia, sobretudo agrícola. Agora:
os países mais avançados, sobretudo na
Europa e nos Estados Unidos também,
países que tenham aplicado a chamada
política liberal, adotam subsídios para a
agricultura, a fim de que cada nação
tenha as condições de competição.
Hoje nós estamos importando muitos
produtos agrícolas incentivados e não
damos internamente incentivos para o
nosso produtor agrícola. Acho que é
um preconceito trazido ou construído
pela tecnocracia, dentro de bases, de
doutrinas econômicas que se chocam
com a realidade nacional.
IV - O senhor é candidato a
governador?
R - Eu sempre tive vontade de ser.
Para lhe ser franco, não me sinto
reunindo as condições políticas
objetivas para isso. Continuo sendo até
como forma de estímulo, um objetivo a
O algodão não
tem prestígio
ser alcançado, mas para ser realista,
não tenho as condições no momento.
IV - Mas seu nome foi cogitado
várias vezes. Por que não aceitou?
R - Um candidato a deputado é dono
de sua candidatura. Eu me lanço
candidato, vou buscar apoio para mim.
Um candidato a governador - é fruto
de um esquema político. E esse
esquema envolve partidos. Envolve
disponibilidades financeiras. Posso
conseguir montar um esquema político,
mas não sei se posso montar um
esquema financeiro. E a eleição hoje,
lamentável, desgraçadamente, vai se
tornando cada vez menos um
fenômeno político que um fato
financeiro irrecusável.
Produtos Veterinários, Agrícolas, Adubos,
Defensivos, Sementes Selecionadas, Rações para
pequenos e grandes animais
Praça Getúlio Vargas, 308 Depósito (073)451-1424
Fone: loja (073)451-2036 - Guanambi - Bahia
Iriltgraço do ' ale, .Junho. 1993
Espelhos e fornos podem ser montados até mesmo em casa
Tecnologia
Estado dinamiza o programa solar
Coelba implanta sistema que viabiliza
a produção e abre perspectivas para
o setor econômico de vários municípios
principalmente os de semi-á rido.
té janeiro do ano que vem, três
municípios do semi-árido baia-
no vão ter energia elétrica movida a luz so-
lar. Trata-se de um programa pioneiro no es-
tado que prevê um investimento de US$710
mil e a instalação de equipamentos comple-
tos em 416 municípios no interior do estado.
O projeto é uma iniciativa da Coelba, em
parceria com o governo norte-americano,
que deverá investir US$350 mil na primeira
fase do programa.
O diretor do Departamento de Conversão
de Energia Solar, Conservação e Energia Re-
nováveis dos Estados Unidos, Robert Arma,
esteve em Salvador onde acertou os últimos
detalhes do convênio que será assinado no fi-
nal de junho. O programa deverá beneficiar
1295 usuários em dez localidades da Bahia.
A previsão é começar em junho com as cida-
des de Uauá, Casanova e Remanso. A opera-
cionalização do novo sistema depende, entre-
tanto, da chegada dos equipamentos dos Es-
tados Unidos em dezembro.
O presidente da Coelba, José Lins Pires
Garrido, não disse o quanto a empresa pode-
rá economizar com a opção pelo sistema de
energia solar, mas garantiu que é a melhor al-
ternativa para levar energia a áreas muito
distantes. Hoje, como o uso desse tipo de
energia ainda não é muito difundido no país,
ela acaba sendo mais cara que a hidrelétrica.
Entretanto, alto custo com linhas de trans-
missão torna a energia solar competitiva no
mercado local.
Taxa mínima - Os consumidores bene-
ficiados pelo programa vão pagar uma taxa
de consumo baseada no mínimo, que corres-
ponde ao consumo de 30 kwlh. As localida-
des beneficiadas com a energia solar foram
escolhidas segundo alguns critérios. Só parti-
cipam do programa localidades que estejam
distantes, no mínimo, dez quilômetros da re-
de da Coelba, abriguem mais de 20 domicí-
lios, tenha pelo menos uma unidade comuni-
tária - como um posto de saúde, por exem-
plo - e um poço artesiano. Além disso, to-
das elas têm que apresentar um índice de in-
solação anual alto, com mais de oito horas
por dia. Na região sul, esse valor está em tor-
no de cinco horas/dia.
A Bahia não é o único estado brasileiro be-
neficiado pelo programa, que já existe tam-
bém no Ceará e Pernambuco. Em Salvador,
a Coelba mantém experiência piloto na cape-
la do edifício sede da Paralela, que permitirá
a iluminação interna do santuário.
At é m e sm o em c a sa
se pode ajudar por
um preço bem baixo
Por vezes ele é acusado de ser o senhor
da seca, do calor, das doenças e até
mesmo da morte. Entretanto, ele é um
grande aliado do homem, onde quer que
ele se encontre, Assim é o sol, estrela de
quinta grandeza, que ilumina a Terra e
faz com que todos nós tenhamos vida E
seu aproveitamento é apenas teórico?
Não: tia prática também ele dá seu toque
de vida, A captação da energia solar e
uma realidade que hoje domina inúmeros
lares em todo o mundo.
Por apenas USSS mil. pode-se ter energia
solar em uru sitio de médias proporções,
por muito menos até mesmo U515(X),
podese ter a energia solar dentro de casa,
indo do dia a dia de cada um O
JØde ser o paliativo para o desperdício
&erteidade comum no Brasil Na
verdade, o brasileiro é o povo que mais
comi-some eletricidade e telefonia sem
utilizar o necessário da energa e dos
telefones Em outras palavras: somos
consumidores natos e ainda reclamamos
do que gastamos sem necessidades. ()sol.
entretanto pode ser a saida para se
formar urna economia domestica e nos
cnszt*' a seu gente.
]Empresas corno a Osram e a
1-leitodmâmica, produzem sistemas de
captação de energia solar que podem ser
acoplados a urna casa. 5100 ou fazenda A
depender da necessidade, pode se ter um
painel solar que capte toda energia e
transforme-a cm øleir'mcidade, dando-nos
condiçõcs de sobrevivência em todos os
sentidos. Um paitiel solar é hoje algo tão
corriuuemro quanto tomar uru cafevmho
ou belrer orna cerveja no bar mais
próximo O importante é ter
conhecimento de como utilizar esta
energia e como fazer com que ela traga
beneficias e redução de custos em todos
os sentidos
No Nordeste brasileiro, o sol pode se
tranformar na redenção de todos os
setores O que falta, porem e a iniciativa
dos governantes em Incentivar maiores
pesquisas científicas e delas fazer uso
soltado para a população. Quando isto
acontecer, então tudo catara pronto para
que cheguemos ao primeiro mundo de
uma forma direta e sem prejuízos para a
sociedade como um todo
llltcgraçã() do Vale, ,Junho, 1993
Geral
Mulher morre por ter mau hálito
Inconformado com o problema, ele
asfixiou sua companheira que lhe exigia
manter relações sexuais dentro
dos padrões tradicionais.
1 ndianápolis -EUA -
Um homem que confessou
ter assassinado uma mulher que
tinha mau hálito e que lhe exigia
que tivesse relações sexuais foi
condenado a 60 anos de prisão.
Keneth Faust, 48 anos, disse ao
juiz que passava por uma etapa de
abstenção de consumo de álcool
quando matou Kathien Bond, 42
anos, em outubro de 1990. Faust
foi considerado culpado pelo crime
em novembro do ano passado. O
corpo de Bond foi encontrado no
sótão de um prédio de apartamento
em Indianápolis, onde ela e Faust
moravam.
Durante o julgamento, os membros
do júri viram uma gravação com a
declaração de Faust que indicava
que Bond lhe exigia que
mantivessem relações sexuais, mas
que ele se negou a atendê-la e
asfixiou-a porque tinha mau hálito.
O júri descartou a alegação da
defesa de Faust de que este agiu em
legítima defesa e que a morte havia
sido "acidental".
Um milhão por uma virgem
Nova lorque - Um milionário norte-americano, alarmado com o
alto índice de mães menores, decidiu oferecer US$1 mil às jovens de
três bairros de Nova Iorque que ficarem virgens até os 19 anos.
John Napoleon La Corte, 78 anos, criou um fundo de US$100 mil
para efetuar a façanha. Segundo ele, "fiquei impressionado quando
li que cerca de 40 mil jovens com menos de 15 anos estão grávidas
nos Estados Unidos. Os mediterrâneos dizem que o maior presente
que uma jovem pode dar ao seu marido é a virgindade. Aqui é o
contrário". Para ter direito ao prêmio, as jovens de 19 anos devem
se submeter a um exame médico, devendo constar sua virgindade.
Com relação aos rapazes, o milionário disse que eles estão fora de
seu programa. "E difícil saber qual homem que é ou não é virgem".
Cola vicia os menores
São Paulo - Metade da população jovem e carente de São Paulo, entre
14 e 17 anos, esta viciada em cola de sapateiro e outros produtos tóxicos.
A denúncia é de Almar Romano Ferreira, presidente do Sindicato dos
Calçadistas de São Paulo. O sindicato dos calçadistas representa cerca de
20 mil trabalhadores, distribuídos em 1.200 fábricas em todo o estado.
Segundo Almar, é comum encontrar jovens cheirando a cola até mesmo
quando estão trabalhando em algumas fábricas, principalmente aquelas que
não têm estrutura adequada para produzir a cola. Das 600 microempresas
de sapatos de São Paulo, 400 delas não possuem nenhum sistema de
ventilação pra dissipar o cheiro dos produtos químicos e isso prejudica
principalmente os jovens que trabalham nelas.
Petistas acabam presas
Porto Alegre - A vereadora Helena Bonuma, do PT, decidiu pedir explicaçôes
ao comando da Brigada Militar sobre a prisão de duas petistas e militantes do gru-
po feminista Lua Nova da mulher, denunciando a discriminação sofrida por am-
bas. Elas reclamaram de um freqüentador que passara a mão nas nádegas de uma
delas, em um bar e, na confusão, terminaram presas pela PM gaúcha. Os policiais
alegaram que foram agredidos a tapas pelas feministas quando intervinham na
ocorrência.
As duas mulheres estavam em um bar, quando Antônio Carlos dos Santos Cu-
nha, passou a mão nas nádegas de Márcia Bauer, 30 anos, professora de Educação
Física e da estudante Inês Arigoni, que também estavam no Bar Van Gogy. Com
a confusão, os soldados que foram socorrer as duas mulheres, acabaram sendo
agredidos por elas. Segundo o soldado Cléo, as duas petistas feministas foram deti-
das por agressão e desacato à autoridade, tendo suas amigas pedido ajuda à verea-
dora Helena Bomuna que chegou ao comando da PM acompanhada pelo vice-
prefeito de Porto Alegre, Raul Pont.
Ç
ERÁIICA GRÁFI
CA
A
IJA- FLOR CARINHANHA
IMPRESSOS EM OFF.SET.TIPOGRAFIA E CARIMBARIA
Rua Silva Jardim, 284 Av. Santo Antônio, 1480
Telefax (073) 451-2649 Tel. (073) 485-2032
Centro-Guanambi-BA Centro - Carinhanha - BA
8 Integração do Vale. Junho, 1993
Vidade
tória da Conquista é hoje uma
intrigada com uma
questao crucial: o que esperar do futuro?
De que forma pode a comunidade se
posicionar e agir para projetar seu próprio
destino? Do alto de sua enorme
importância no cenário das cidades baianas,
Conquista contempla na realidade um
desafio cativante - prosseguir numa
trajetória de crescimento e
desenvolvimento que, até aqui, teve seus
altos e baixos, mas sempre foi constante.
O que está em jogo acima de tudo é uma
escolha que precisa ser feita: a Agricultura,
tradicional esteio do progresso da cidade e
da região chegou a um ponto de virtual
Impasse. Progride muito rapidamente no
que se refere à produtividade e ao
enriquecimento tecnológico; mas não pode
continuar se desenvolvendo se não tiver o
concurso de um maior esforço pela
industrialização. Contraditório? De jeito
nenhum.
O café foi a mola propulsora que
introduziu, em Vitória da Conquista, o
Em meio ao trabalho, a pausa para
a diversão através da
micareta, realizada com êxito.
ftS
MufliCIPIOS
Conquista: um desafio do futuro
O dilema existe, mas a administração mantém
uma luta constante em prol de seu fim.
Hoje a cidade ganha novos espaços
e atrai mais investidores.
movimento dinâmico da modernização.
Não apenas das atividades econômicas, mas
também nas relações sociais e culturais. O
ciclo representado por ele, entretanto,
esgotou-se, com a ajuda de fatores
externos, alheios aos mais ingentes esforços
das classes produtoras.
A tempo, descobriu-se que a
diversificação poderia exercer um papel
redentor. Mas nesse processo, a
industrialização se faz indispensável.
Inclusive porque é necessário acolher a
mão-de-obra excedente, emersa dos
cafezais, durante o pendo de transição. E
porque faz-se indispensável estabelecer
meios para que a oferta de trabalho não
apenas absorva os operários ociosos, mas
também acomapanhe o constante e
vigoroso crescimento da população. Dados
revelados pelo IBGE apontam para um
crescimento da ordem de 2,5% na
população conquistense ao ano. Um
contingente que, agora em 93, já soma
cerca de 324 mil pessoas.
Esse é, em poucas palavras, o grande
desafio: a cidade confrontada com as
opções possíveis deixou de lado a
estagnação e, fiel a seu caráter, preferiu
encampar o desafio. Quer crescer e
progredir.Essa escolha, visível na eleição,
com estrondosa vantagem de José Pedral
Sampaio para regressar à irefeitura, impõe
agora um elenco de atitudes e novas
situações, que demandam coragem e
unidade entre os cidadãos. Há que somar
forças para, por exemplo, assegurar a
construção do novo aeroporto; para
dinamizar as atividades do centro
industrial; para apoiar o desenvolvimento
de indústrias locais (um bom exemplo disso
foi o sucesso espetacular da 1a Feban, que
deixou estonteados até seus promotores).
Firme na direção de um futuro brilhante,
Conquista quer cresce:. Mais que tudo,
seus líderes e políticos estão diante da
determinação incontível de um povo
acostumado a curtir, no frio da Serra, uma
couraça esculpida pelo trabalho duro. Para
os conquistenses, não há dúvida quanto ao
que vem pela frente.
E crescer ou crescer.
Integração do Vale, .Junho, 1993 9
nfrentando dificuldades e
utilizando recursos próprios, o
prefeito de Carinhanha, Geraldo
Costa, já efetuou a abertura e
terraplanagem da rodovia que liga o
município a Feira da Mata (divisa), em um
total de 38 quilômetros. Segundo
informações prestadas por Geraldo, até
então, nenhum administrador havia
realizado esta obra reivindicada há muito
pela comunidade. "O trabalho não termina
aí; iremos melhorá-la a fim de que a
população use-a como merece" - disse o
prefeito.
O trabalho realizado por Geraldo, vem
repercutindo em toda região. Tanto que
líderes comunitários já apontaram seu
nome como virtual candidato a uma vaga
na Assembléia Legislativa. "Entretando,
não sou candidato" disse o prefeito,
salientando que "sei que tenho o apoio,
mas não me interesssa. Meu apoio fica com
o deputado José Rocha, com quem temos
compromisso".
Saúde - Para Geraldo, o setor de saúde
começou a funcionar a partir de agora.
"Antes, até mesmo um corte profundo, o
paciente teria que ser levado para
Guanambi ou Caetité. Hoje temos
condições de atender aos nossos doentes.
Carinhanha, mesmo com 80 anos de
emancipado, somente agora sentiu de
perto, segundo o prefeito, "a importância
de se priorizar esse setor. Nosso hospital é
municipal, porém o paciente é bem
atendido, por uma equipe de médicos
competentes".
Oswaldinho
maior
atração
do
São
João
10
Do extenso areal surge
uma estrada compactada
para melhor
servir à comunidade
P
Mufliciplos
Dificuldades nã o impedem crescimento
População de Carinhanha começa a conviver com
um novo modelo de administração. Rodovia
ligando dois municípios é recuperada
e tráfego começa a ser normalizado.
Educação - De acordo com informações
de Geraldo Costa, o setor de educação
também foi relegado ao descaso. "As
escolas pareciam presídios, sem nem ter
onde o aluno se sentar e até mesmo
faltando o telhado. Reformamos 56 escolas,
demos a estrutura adequada ao ensino e
pusemos carteiras escolares em toda as
salas -de aula da área urbana e zona rural.
"Até mesmo o salário dos docentes, foi
equiparado, já que nunca os professores
recebiam o merecido. Iremos "fazer este
ano o que nunca foi feito em 50 anos de
administração" - frisou o prefeito.
Até mesmo o clube, que se encontrava
Oswaldinho do Acordeon é a principal
atração dos festejos juninos no município
de Pindaí, que este ano promete realizar
um de seus mais animados São João.
Cumprindo uma tradição, o prefeito
Waldemar Prado, está empenhado em dar
à população "um momento de divertimento
adequado, já que o momento econômico
em nada vem ajudando para esse tipo de
evento". Os festejos têm início dia 15 e
terminam apenas no dia 24.
Segundo Waldemar Prado, além de
fechado há bastante tempo, foi reaberto.
"Teremos um ginásio de esportes a fim de
atendermos às necessidades básicas de
lazer". Com relação ao mercado, ele disse
que está realizando um trabalho adequado,
com estrutura metálica, além de construir
módulos na sede, na agrovilha e em outros
locais onde ainda se buscam áreas
adequadas.
Outras obras de estrutura para Carinhanha
são o calçamento de 6 mil metros no
povoado de São José, calçamento na
avenida Santo Antônio, urbanização ao
redor da Lagoa, no bairro Sudene,
barragem do Sangradouro.
Oswaldinho do Acordeon, haverá atrações
regionais, "sempre prestigiando os artistas
da terra", além da Banda Turbo, que dará
um toque especial ao evento. Mesmo
enfretando dificuldades, devido a crise
econômico-financeira que atravessa o país,
Waldemar pretende manter a tradição
festiva, participando junto com a
população rural da preservação desse bem
cultural. "E uma forma de se crescer,
levando animação sem perder os valores
que existem em nós" - argumentou o
prefeito.
Integração do Vale, .J iiiiliu. 1993
Pindaí
' traz Oswaldinho
Feira da Mata passa por
sér
ias dificuldades
O município de Feira da Mata, distante
cerca de 900 quilômetros do Salvador,
está sem nenhuma estrutura
administrativa. Muito embora tenha
sido emancipado há mais de três anos,
Feira da Mata, ainda não tem telefone,
havendo apenas um PS-Posto de Serviço
da Telebahia, o que dificulta bastante as
comunicações. Como se não bastasse, o
setor de transportes está funcionando
precariamente, já que as rodovias são
inexistentes.
Alegando dificuldades, o prefeito de
Feiras da Mata, Miguel Arcanjo Soares,
não tem condições de executar obras de
porte como a conclusão da rodovia
ligando seu município a Cariranha. Ele
argumenta que faltam máquinas e mão-
de-obra especializadas, muito embora
sinta necessidade de executar os
serviços. Entretanto, fontes extra-oficiais
dão conta de que Miguel passa um bom
tempo em Salvador, onde deveria
manter entendimentos com membros do
DerBa, tentando conseguir ajuda para
solucionar problemas como este.
Miguel: está faltando
ajuda
Enquanto isso, sem telefones e sem
estradas inclusive, o município continua
relegado ao esquecimento, perdendo
divisas gerando sérios problemas entre a
população local.
SI,
MunícÍpios
Doação de feijão beneficia barnabé
' s
Funcionários recebem ajuda do município
que tenta de toda forma burlar a crise
que assola todo país. Para eles,
mais comida e incentivos profissionais.
0s funcionários da Prefeitura
Municipal de Vitória da Con-
quista também vão receber o feijão que
está sendo distribuído para as famílias
carentes e de baixa renda familiar. O
prefeito Pedra! Sampaio autorizou a Se-
cretaria de Desenvolvimento Social a es-
tender o benefício do feijão para os servi-
dores municipais, que comprovadamen-
te ganham menos de dois salários míni-
mos por mês, que é a sua grande
maioria.
A Secretaria de Desenvolvimento So-
cial está acabando de efetuar a distrítui-
çáo do produto entre a população caren-
te da Zona Urbana, entidades filantrópi-
cas, como também aos cabos e soldados
da Associação da Polícia Militar. Além
disso vai distribuir também para as famí-
lias que por algum motivo não se cadas-
traram nas associações de bairros, para
terem direito ao recebimento do feijão
que foi doado pelo Governo Federal.
Em Conquista, até agora, já foram be-
neficiadas 9.048 famílias, com a distri-
buição de 98 toneladas do produto. De-
pois disso feito, a equipe que está coorde-
nando todo o trabalho dará início à dis-
tribuição entre os funcionários da Prefei-
tura. Serão beneficiados mais de 3.000
servidores, e cada família vai receber seis
quilos.
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11 Integração do Vale, Junho, 1993
Alunos estão preocupados com situação do colégio
Cidade
r e
N
Colepos estão em estado de penúria
Pais fazem coleta de material didático a fim
de que seus filhos possam aprender alguma
coisa. Já no outro educandário, alunos
assistem as aulas de pé.
0s colégios da rede estadual
de ensino existentes em
Guanambi estão completamente
relegados ao descaso. Faltam carteiras,
giz, material didático, além de
atualização profissional. Recentemente,
pais de alunos e professores do Colégio
Estadual Luis Viana iniciaram uma
campanha em busca de recursos para a
aquisição de material didático, já que a
verba prometida pela Secretária de
Educação do Estado, Dirlene
Mendonça, liberada depois de muito
sacrifício, não foi suficiente para cobrir
os gastos com o colégio.
Dezenas de alunos estudam de pé, no
Colégio Estadual João Durval
Carneiro, localizado na Avenida Santos
Dumont, em Guanambi. Já no Colégio
Luis Viana, a situação não é menos
precária: dezenas de estudantes ficam
sem acompanhar as aulas devido à
falta de giz e até mesmo papel para os
professores. O quadro crítico de ambos
educandários chamou a atenção de
pais de alunos e professores, que
acabaram realizando uma campanha
pública, reivindicando ajuda para a
compra de material didático, como
álcool, papel e matriz.
Muito embora já tenham reivindicado
junto ao governo do estado uma
atenção especial para os colégios, os
diretores do João Durval e Luis Viana
continuam sem recursos básicos. No
João Durval Carneiro, a situação é
periclitante, chegando ao ponto de os
estudantes assistirem aulas de pé, já
que não existem carteiras. "Em dias de
prova, somos obrigados a chegar
sempre antes do horário. Quem chega
no horário não tem onde se sentar e
faz as provas no chão", diz um dos
alunos. Lá estudam cerca de 3 mil
pessoas.
Sem material - Já no Colégio Luis
Viana, o problema se relaciona com a
falta de material didático. Os alunos
compram tudo aquilo que deveria
existir no colégio, pois, conforme a
nota distribuída pelos professores e pais
de alunos, "as verbas repassadas pela
Secretaria da Educação do Estado
foram insuficientes para cobrir as
despesas". Tudo isso levou "pais e
Com dez cursos profissionalizantes em
nível médio, será inaugurada no próximo
ano, a Escola Agrotécnica Federal de
Cuanambi. A informação é do deputado
Prisco Vianna, que há anos vem
reivindicando a instalação desse
educandário na localidade de Ceraima.
Agora, depois de cinco anos, o presidente
Itamar Franco sancionou a Lei de criação
e a liberação de recursos na ordem de
US$6 milhões, para a obra, além de US$1
milhão para a compra de equipamentos
adequados.
Com capacidade para funcionar nos três
turnos, com 36 professores, a Escola
Agrotécnica Federal de Guanambi, está
vinculada à Escola Federal de Catu. "Ela
além de formar técnicos nas áreas de
zootecnia, agricultura, também vai
abranger cursos como o de analistas de
sistemas" - salientou Prisco Vianna. A
notícia de criação da escola foi recebida
professores em reunião no dia 20 de
maio a realizar campanha de
arrecadação de materiais".
com júbilo pela comunidade estudantil, que
hoje se desloca para cidade como Montes
Claros e Salvador, para concluírem seus
estudos de segundo grau.
"Sempre observei que havia uma
necessidade grande nesse sentido. Tanto
que, quando fui ministro de estado, em
1988, tratei de me empenhar na criação
desta escola e a de Santa Inês. Hoje,
felizmente, vejo coroado esse trabalho" -
frisou o deputado, salientando que a escola,
além de atender às necessidades da região,
vai "dar um novo impulso às pesquisas e à
cultura de uma forma geral". A localidade
de Ceraima foi escolhida depois de o
minucioso estudo técnico feito por
especialistas do governo. Depois de muitos
anos com suas obras paralisadas, a escola
virá atender não apenas a Guanambi,
como municípios que compõem o Vale do
Algodão, já que será o único educandário
especializado a funcionar em uma área de
32 municípios.
Sai Escola Agrotécnica
12 lfltcgraçà() do Vale, .Junho, 1993
POSTO COMUNITÁRIO DO RITO CAIÇARA
SECRFrARM'sAuoE
Vá: tomando conhecimento dos problemas "in loco"
Cidade
Programa alternativo na administraçao
Prefeitura inicia visita aos bairros, ouve
a população e atende reivindicações dentro
do possível, já que Guanarnbi continua
em estado de emergência
istritos, povoados e bairros da
zona rural e área urbana de
Guanambi estão sendo visitados pelo
prefeito Vá Boa Sorte e toda sua equipe. O
programa faz parte do projeto
Administração Itinerante, idealizada pela
prefeitura. Vá pretende atender in loco as
reivindicações das comunidades e, para
tanto, esta levando consigo todo staff
administrativo. Guanambi, que
recentemente decretou estado de
emergência, passa por um dos momentos
mais difíceis de sua história, já que há mais
de quatro meses não chove, gerando sérios
problemas.
Depois de manter uma reunião com todo
secretariado, o prefeito Hildevaldo Boa
Sorte, PMDB, decidiu decretar estado de
emergência no município de Guanambi. A
notícia já era aguardada pela população,
principalmente moradores da zona rural,
onde a situação é mais grave devido a falta
de água, já que há vários meses não chove
na região. Recentemente, reunido com
líderes de 14 comunidades, na localidade de
Morrinhos, o prefeito ouviu da população a
afirmação de que só com a criação de
frentes de serviços tudo poderia ser
minorado. Como resposta, Vá Boa Sorte
pediu que fose cadastrado um membro de
cada família, a fim de que trabalhasse na
frente criada pela município.
ifinerante - Para tomar conhecimento
dos graves problemas que afetam a
população de Guanambi, Vá Boa Sorte
decidiu ir com todo secretariado fazer uma
visita aos bairros, distritos e povoados do
município. Sua intenção é tratar
diretamente com o povo, na área urbana,
sobre os problemas que afetam a
população. Durante um ou dois dias, o
prefeito ficará em cada bairro, ouvindo as
reivindicações e buscando soluções
imediatas para os problemas. O mesmo
acontecerá na zona rural, onde Vá irá se
reunir com líderes comunitários,
agricultores e produtores rurais. Sem obter
recursos da esfera estadual, ele espera
administrar Guanambi afetando o mínimo
sua estrutura, já que o município passa por
sérias dificuldades.
Prefeito cumpre o prometido
e doa feijao aos carentes
Feijão: realidade para os
carentes
Cerca de 12 mil famílias taram beneficiadas
com a distribuição de feijão no município de
Guanambi. As 63 toneladas doadas pelo
Governo Federal foram entregues na área
urbana e zona rural, beneficiando a população
carente do município. Coordenada pela
primeira-dama e por membros da Secretaria de
Saúde e Bem-Estar Social, a entrega do feijão
agradou a comunidade, que atualmente vem
enfrentando um dos piores momentos da
região, devido à forre seca que assola os
municípios do Vale do Algodão.
Morrinhos, Mutans, Ceraima, Ventura, Poções
e Suruá foram localidades beneficiadas com a
entrega do feijão, na zona rural, enquanto que
na área urbana, a distribuição foi feita em
N
postos localizados no Mercado Popular, Igreja
o bairro Alvorada e no Centro de Esportes.
As famílias beneficiadas. 12 mil ao todo,
receberam quantidades que variavam entre
cinco a lO quilos do feijão, dependendo do
percentual de membros. Até cinco pessoas, a
família tinha garantido cinco quilos de feijão,
enquanto que, quando o número de pessoas
era superior, o responsável era beneficiado com
lO quilos. Depois de um rigoroso
cadastramento, a prefeitura fez a entrega das
63 toneladas de feijão, atendendo assim a uma
doação do Governo Federal, oficializada há
três meses, quando cerca de 45 municípios
baianos receberam este benefício.
13 Integração do Vale, .Junho, 1993
Cidade
Mutans terá água potavel ja em 1994
Sistema atenderá o município até 2010. Quase
kxla canalização se encontra pronta.
A obra é uma das mais importante da região
já que atenderá a duas localidades.
té o ano de 2010 o distrito
de Mutans, localizado em
Guanambi e o município de Sebastião
Laranjeiras, terão água corrente,
potável, da melhor qualidade, sem
defasagem de seu abastecimento. O
fato se deve a conclusão da
canalização da água do Rio Mandioba,
para o distrito de Mutans nos
próximos dias. Paralizadas há bastante
tempo, as obas voltaram à tona devido
a liberação de um recurso na ordem de
Cr$2,5 bilhões, do Governo Federal,
beneficiando assim toda comunidade.
Paralisadas durante o governo Nilo
Coelho, em fins de 1991, as obras de
captação de água para Mutans, estão
agora em ritmo acelerado. Segundo
informações prestadas pela vereadora
Sizalta Donato, PFL, "faltam apenas
quatro quilômetros para que tudo seja
concluído". O fato se deve a uma
intervenção do deputado Prisco Viana,
que conseguiu a liberação da verba e
sua implementação na obra. Desta vez,
garante a vereadora, "ao contrário do
que ocorreu em 91, não haverá
impedimento por parte das autoridades
de Sebastião Laranjeiras".
Juntamente com Prisco Vianna, Sizalta
tambem conseguiu uma verba de
Cr$1,5 bilhão, destinada à canalização
de água para a sede de Sebastião
Laranjeiras. Até o ano 2010, Mutans e
a sede do município vizinho, terão
água em abundância e da melhor
qualidade, já que ela é considerada
similar à mineral. "A água não precisa
sequer ser tratada" - garante a
vereadora, salientando que até agora
foram construídos nove quilômetros da
canalização e o que falta será entregue
em curto espaço de tempo.
Cenas como esta
desaparecerão no distrito
Secretaria do menor cria programa especial
Os menores abandonados começam a ser
amparados no município de Guanambi. A
iniciativa é da Prefeitura Municipal através da
Secretaria da Criança e do Adolescente, criada
recentemente pelo prefeito Hildevaldo Boa Sorte.
Tendo à frente João de Deus Cotrim, a
secretaria tem como meta prioritária amparar
crianças, jovens e até mesmo os idosos que se
encontram nas ruas da cidade e na zona rural.
Para o secretário, "os problemas sociais são
grandes e hoje eles refletem principalmente nas
crianças que acabam sendo abandonadas pelas
famílias".
O número crescente de menores semi-
abandonados na cidade de Guanambi fez com
que "a prefeitura tomasse a iniciativa de preparar
um programa especial para a sociedade", salienta
João Cotrim. Segundo ele, com o êxodo rural "e
principalmente a doação de casas populares em
gestões anteriores, fizeram com que a população
da zona rural abandonasse o campo e procurasse
a cidade". Tudo isso "sem estrutura adequada,
propiciando o surgimento de inúmeros menores
que saem de suas casas pela manhã e só
retornam à noite".
O número de subempregados também é um
fenômeno que preocupa o titular da pasta e o
prefeito Vá Boa Sorte. Segundo Cotrim, "para
dar uma ocupação aos menores, a prefeitura
resolveu incrementar um programa que estava
esquecido há bastante tempo". Trata-se do
programa Futuros Produtores do Nordeste. "Em
outras palavras, os menores ficarão em uma área
de oito hectares, onde aprenderão, através de
cursos profissionalizantes, o que lhe couber". O
projeto é coordenado pelo agrônomo Ariston
Neves "e pode ser considerado uma redenção
para quem vive hoje nas ruas, sem ter nada que
fazer".
Aproveitamento - Os menores abandonados
que entrarem para os cursos serão aproveitados
pela administração municipal, que indicará os
locais onde eles ficarão empregados. "Até mesmo
aqueles que hoje pedem esmolas nas portas de
supermercados ou de lojas poderão ser
aproveitados nessas mesmas lojas". Como se não
bastasse, além do aproveitamento desses
menores, a prefeitura pretende agilizar, através
deles, a produção da merenda escolar. "Tanto no
campo experimental onde o projeto será
desenvolvido, quanto no dia-a-dia, eles
contribuirão para que a merenda escolar seja
produzida e distribuída nos colégios e entidades
privadas que dela necessitem" - frisou o
secretário. Além das crianças, os idosos também
serão amparados pela secretaria "que já tem
diversos planos em andamento a fim de que tudo
corra bem e Guanambi não venha a ser, no
futuro, mais uma vítima dos problemas sociais
- finalizou Cotrim.
Integração do Vale, Junho, 1993
14
Dia
12—sábado —recepção, identificação, inspe-
ção veterinária e localização dos animais da 6
às 12 horas
13— domingo - manhã livre 16b—Sonelida-
de de abertura oficial da VIII Exposição
—Desfile de animais -
17 horas— abilidades eqüestres
20 horas - show
14 —segunda - inscrição e pesagem dos10-
vinos que são paJ$gamento
16 horas - rodeio
20 horas - shows e atrações com artistas
tgionais
-9 horas - continuação do julgamento
dos bovinos
9:30 horas - início do julgamento dos
equídeos
16 horas - pista livre para atividades
eqüestres
20)soras - shows com artistas regionais
W-
-quarta - continuação do julgamento
IS horas - pista livre para atividade
eqüestres
20 horas - show com artistas regionais
17quinta - 17 horas - rodeio
20 horas - show com artistas regionais
18 -sexta 15 horas - ativida*equestres e
concurso de marcha
20 horas - shows e atrações - Apresentação
do cantor Sérgio Reis
19 -sábado 10 horas - escolha do melhor
tratador de bovinos - Rodeio
Escolha do melhor tratador de equídeos
20 horas - Show com artistas regionais
20domingo 10 horas entrega de taças e tro-
féus aos proprietários de animais vencedores
16 horas - encerramento oficial - entrega
de troféus aos grandes campeões - Desfile de
animais
17 horas - Rodeio
20 horas - Show com artista regional
Parque está todo reformado
Cidade
Produtores se reúnem em Guanambi
Realizado /)e11 (bjiag e patrocinado pela
Prel'eiuira I'vIiiiiiciul, a VIII' Exposição vai
se (rans/brinar na maior festa da região.
Entre as atraões, o cantor Sérgio Reis.
PROGRAMAÇAO
uanambi sedia de 13 a 20 deste
mês, VIII Exposição Agrdpecuária.
O evento, considerado o mais importante já
realizado na região durante os últimos anos,
além de reunir pecuaristas, estará contando
ainda com a participação de agricultores vindos
de todo o Vale do Algodão. Segundo o
presidente da Coopag - Cooperativa
Agropecuária de Guanambi, Walguimar Cotrim,
a exposição irá enfocar pela primeira vez os
problemas enfrentados pelos produtores na
agricultura, indicando-lhes possíveis soluções,
fato que jamais ocorreu em uma exposição desse
porte.
Muitos expositores estão com presença
confirmada na festa que reunirá produtores
baianos e mineiros. Serão 24 stands fixos, 30
quiosques, além de 90 barracas armadas dentro
de padrões delimitados pela Coopag. Bancos
como do Nordeste, Econômico, Baneb, CEF e
Brasil estarão participando do evento, que
pretende arrecadar, na bolsa de negociações e
nos leilões, cerca de Cr$12 bi. Durante sete dias,
de 13 a 20 de junho, os produtores terão
oportunidade de conhecer as inovações agrícolas
e pecuárias, além de travarem debates com
autoridades e técnicos convidados pela Coopag,
especialmente para orientar os agropecuaristas.
Sucesso - Walguimar acredita no sucesso
da exposição e para tanto, já conta com uma
equipe de 50 pessoas trabalhando noite e dia no
Parque de Exposições Gercino Coelho.
Totalmente reformado, o parque atualmente tem
condições de abrigar uma feira desse porte. "Há
muito que ele se encontrava abandonado, mas,
com muito esforço e ajuda dos produtores, a
Coopag conseguiu reformá-lo, a fim de que sirva
como cartão-postal para Guanambi". Todo este
trabalho, segundo Walguimar, implica um
sucesso absoluto da exposição. "Já sofremos
bastante com a seca que assola toda região e por
isso mesmo vamos incentivar a criatividade do
produtor, mostrando-lhe as diversas formas de
superar uma crise. Por esta razão é que
acreditamos ter a exposição um sucesso
absoluto".
Os oito mil e quinhentos metros quadrados que
formam o Parque de Exposições Gersino Coelho
já se encontram totalmente prontos para a VIII
Exposição Agropecuária de Guanambi.
Totalmente reformado pela Coopag, com apoio
da Prefeitura Municipal de Guanambi, o parque
possui estruturas modernas, em alvenaria, além
de ter sido totalmente recuperado, depois de ficar
durante anos em abandono. Depois de longo
tempo, a população de Guanambi vai reviver uni
período áureo na agropecuária, que tem agora
um verdadeiro salão de espoxições do mais alto
nível.
Os setes dias da festa dos produtores rurais do
Vale do Algodão e municípios vizinhos serão
marcados por eventos da mais alta importância
para a região. Um deles será o Leilão que dará
cerca de Cr$250 milhões em prêmios aos
vencedores. O evento, realizado em conjunto
com a VIII Exposição Agropecuária de
Guanambi, pretende arrecadar, segundo o
presidente da Coopag, cerca de Cr$12 bilhões.
Em conjunto com a Cooperativa, a Prefeitura
Municipal de Guanambi vem dando todo apoio
à festa que este ano também contará com a
participação do governo do estado, através da
Secretaria da Agricultura.
O setor agrícola também tem vez na festa
Paralelo à exposição de animais e de produtos
agrícolas da região, os participantes da VIII
Exposição Agropecuária de Guanambi,
participarão também de palestras e debates com
técnicos vindos de órgãos oficiais e de entidades
privadas. "Realizaremos um painel sobre a
agropecuária de uma forma que os pequenos e
médio produtores saiam beneficiados" - frisa
Walguimar Cotrim, salientando que "os debates
vão envolver técnicas da policultura e culturas
de mandioca, sorgo, soja, feijão, milho, enfim
tudo aquilo que tiver condições de ser plantado
aqui".
Acostumado à manocultura, o produtor rural
do Vale do Algodão ainda acredita no sucesso do
"ouro branco". Entretanto, "ele se esquece de
que outras produções estão a sua altura e que
tudo pode correr bem, bastando para isso ser
orientado de uma forma objetiva. Nesse sentido,
a Coopag não mede esforços. Queremos que a
agricultura tenha uma representatividade
máxima não apenas em Guanambi, como
também nos municípios que compõem todo Vale
do Algodão " - frisa o presidente da
Cooperativa de Guanambi.
Didática - Para viabilizar o entendimento
entre técnicos e produtores, a Coopag está
elaborando prospectos informativos sobre as
culturas que podem ser aplicadas ao solo e clima
da região. Nossa intenção é enfocar de uma
forma objetiva e didática, tudo aquilo que está as
vistas do homem do campo, porém que por falta
de informação ele não absorve", Walguimar
deixou claro que, "não é apenas de campeões de
pecuária ou de monocultura que se faz um país;
mas da força dos pequenos e médios agricultores
que trabalham no anonimato e que hoje, com a
exposição, terão também seu lugal ao sol.
Integração do Vale, Junho, 1993
O anunciador do Cristo,
também teve morte trágica
Filho de babel e Zauarias, prima de jesus
Cristo, João Solvia foi concebido depois
que sua mãe se encontrava coma idade
avançada. Tanto que, seu pai poroso
acreditar no tato, ficou mudo, voltando a
lalasa ora dopou do navuimesro do
filho. Duraste toda sua vida ele ficou a
regar avunuiardo a vinda do Messias
Cnstoj, rendo balsaado'O no Rio Jordão.
1000 Batuta, também cognominado de "a
coa que clama no desena". 101 decapitado
por ordem de Herodes. que atendes a um
pedido de soa enseada, Salomt, dotaste
retou
Osfeateiusurines tao marrados pelo
queima de fogos tvnsrieas e comidas
bebidas tlpicai. dagundo dados históricos,
o nasuimeoto de Suo louva ocorreu
duranteo ralsticio e. naquela tproxi, era
ca auta q isann
colheu.. Prática utiliraí. há 3.500 Antes
de Cr'aso, principalmente pelos egípcios.
Cnincidgeviu ou ego, esse costume
prrduma entre gregim e romanos.
prircipalmenre sub o dominas do
crittieotsmn que resolcru p,cvcicuia
tradição,
A igreia. por sua ora, uniu a tradição
um tato hiotOrico lo nascimento de lona
Batisiul e demos permaneuer a mesa
lana, os logos eco fogueiras, onde em
somo delco se rnuniom os-11
cultores,
que debatiam sobre a ralra. e,`-11
lenda, logo após ser sou fitho, babel
mondou acevdrr uma fuguesea no alta de
um monte.
fim de dano boa nova á
Virgem,
sua irma, conforme uma
pmniesta feita notes co duas, um ano
antes
T,.dlçà. - No Brasil, a tradição lustra
é maroada pelou pratos tiptaos como a
oaet pamnoha, milho assado ou
modo, bebida somo=,
o sivhu
Oriundas de culturas, moas
comidas reprnoznsam boi, o álovo da crio
isnina. que acabou se estendendo asI
pelos hotéia de luso. Do mesmo modo
que a queima de fogos; símbolo de alegria
que ntroa tsdostna e hoje ultrapassa ai
fronteiras do pala.
Especial
Ao pé da fogueira, comendo milho e bebendo quentão. É noite de São João.
Dessa, ninguém escapa. Todo mundo deixa os grandes centros e corre para o interior. Ë lá que, curtindo o frio junino, se
conversa, dança, brinca, solta-se foguetão. O dia do anunciador do Messias nunca passa despercebido. Nem a Santa
Inquisição controlou o povo que foi às ruas sauda-lo.
Quer casar? Então apele para as "simpatias"
Aproxidamettte 500 mil
pesso as ertarão deixando a
capital dp estado durante o período
junino. Onibun extras, fendes em
maior número, além de v&u
soperlotadcss, são a restsmta daqueles
que rido perdem um São Iodo no
interior ou em ootros estados. Para
este ano, o DTT—Departameoto de
Transportes e Terminais, está com
um sistema de segurança á altura.
atendendo a todos aqueles que forem
á estação rtxloviária embarcar ou
desensburuusr. No Sudoeste baiano, a
festa toma conta de lodos os
municípios, principalmente os que
formam o Vale do Algodão.
O frio característico, bebidas e
comidas tiptcas, além do som
peculiar das músicas juninas,
anunciam no dos mais importantes
penados pura a população
interiorana do pais. A tradição dos
festejos Juninos que durante algum
tempo ficou relegada em
esquecimento, retorna com uma
força ainda maior. Cidades de
diversas partes do país,
principalmente na Bahia, de.. de
lado as missicas de épexa e passam a
ouvir apenas canções típicas ou a
conhecida música sertaneja. Elas
identificam o homem do campo com
o período eiit quero santos Aol onio.
João, Paulo e Pedro são lembrados
com mais cotensidade.
Cidades integrantes do Vate do
Algodão, entre elas Guaoambi, fã
estão com seus feslejos prsgs'amadcuv.
Artistas de ativeI nacional e,
particularmente os da região, já estão
a postos, com contratos fechados,
para se apresentarem. Em Igaporã,
por exemplo, a Praça do Forrú,
existente há II anos, tcaosfo,stta.sc
nesse período em um ssatt bato da
animação. Ruas enfeitadas, Igaporã
recebe um grande número de turistas
16
e. para este ano, espeta-se que supere
as expectativas. Nem mesmo o frio
intenso que marca o municlpto atuaIs
aqueles que ficam até o dia
amanhecer, bebendo, comendo e
dançando quadrilha em plena via
pública.
R.vlr.ndo -A tradição dos
festejes juninos começou a ser
revivida nos anos 80, talvez devido
ao êxodo rural que na década de 70
dominou todo pais. A
música
junina.
que sofreu uma mudança há cerca
de 20 anos, chega a esta época do
ano a se transformar no 'brtust" em
lodo os locais. Até os anos 60, o
mestre Lua (Luis Gonzaga), Trio
Nordestino, Gordurinha e Mminãs e
sua gente eram sinônimo de São
João, no tocante á música. Hoje, dos
nordestinos. apenas Geni vai Lacmrda.
de Campina Grande— PB, se
mantém como o "rei" do forré. A
influência da música pop na música
junina (não confundir coma
sertanejo), entretanto, não alterou a
animação da festa.
Um dos exemplos pode ser visto nas
milhares de quadrilhas cais lentes em
todo pais. Diferenciam pelo ritmo.
mas nunca pelo género musical. Até
mesmo as "ordens" do marcador da
quadrilha podem ser diferentes,
entretanto, asco função e o
direcionaanento da diversão
permanecem como es mesmos. Com
origem francesa, a quadrilha se
espalhou no Brasil durante o período
colonial. Acredita-se que, os
empregados de engenhos de cana-ide-
açúcar, vendo ossenhores dançando
ronco e minueto, adaptaram a dança
para o popular. Tanto assim que as
palavras de "ordem" ainda são dadas
em alguns lugares em francês ou em
Português, através de corruptela.
Brincar ou dançar quadrilha é um
duvertintento que, quem quer sentir
depeno o São João, não deve
perder.
Diversas suo as "simpatias" que ajudam
as Insanas durante os fesiejos iuninos.
Diz a crendice poulae que, quem se
toma compadre de 'fogueira' na seja.
durante os festejos junioos. jam
,
ais
toderú quebrar a palavra. Esta e outra
simpatias" preenchem inúmeras páginas
na hotória de nosso fololore. Algumas
vieram de longe. mm os primeiros
portugueses. Outras surgiram aqui
mesmo nu Brasil. segundo Luis do
Cumaro Cancudo, em seu Dicionário do
Folclore Brasileiro. Entretanto, o que
importai que essas "simpatias" um um
alento u quem brinca e hnmenageia o
Ferries circulam
com hora marcada
durante os festejos
4.1 - A CNB - Companhia de
Navegação galsiuoa, iiestá vendendo as
passagevi para os lemes panas periodo
iunirn. Ao modas tiserum inicio em maior
milhares de toaioas traem filas nos pontos *
do venda, bu,uardo passagem mm "horáriar
marcado', a fim de fasili-`—28—
*
para o insermr Da usuuríoo dos teeeies J
podem comprar o bilheie na lorena ida e
sul ia. de uma sã ora, nos ptoros durribuidco
em ahoppinaa mnters de Salvador.
Durante n pedalo dotas João, do 11. 29
de lurbu. o Ssienra Hora Marcada sai
otnreser 20 horários por dia aos usuário, que
sedoslmam de Salvador paras intenor,
asnado da Ilha de ltaparica. Para o retomo,
29 da junho, o Hora Marrada tamhim terá
horários amem hora. 01h45, 011130 e 3h da
manhã. A CNB colocara ..,.h.—~
em tráfego, 1á que a cada ano que e, passa,
mais n'goa, deisam de argusr pela BR 324,
para por medida de evonomsa, 0551soar o
sistema lerry'boas, nas aiaarss iotnriaraoas.
São João. Eu algumas delas. Para
melhor
se
divertir, faça pelo menos uma.
- Pura saberqual o nome ou as Iniciam
do futuro marido, a mulher deve
enterrar urna fura na bananeira, na
véspera de São 3030. Dia seguinte, ao
retirá.la, verá marrado, pelo seiva da
bananeira, co leiras ou o nome de seu
lutam amor.
-Outra "simpatia" está relacionada
como fogo e a água. Pioga-se cera
quente lpsogos de velal em uma bacia
com águaparada. Os pingos 050 se
juntando e acabam fonoando as iniciais
do amado. A brincadeira compre é tesa
na véspera e a resposta se obtem ova dia.
- Paro maoler os dentes fortes, deve.se
escovar toda boca mm co cinzas da
fogueira na manha do dia 24. Dai por
diante, adeus cáries'
- Guasda.se um lenho, por pequeno
que seja, que lenha sobrado no dia 24.
Deve-se colocá-lo em lugar seguro e
longe das rotinas diárias. Quando
houver ama tempestade, joga-se esse
lenho mesmo vento. Pronto: deus
teespeslude.
- Para se tornar
compadre
de fogueira,
deve-se fazer um juramento de maiôs
dados(aperto de muosl sobre o fogueira.
Suporta-se o logo e assim será também a
amizade.
- tina bandeira de Suo 1000 cair do
mastro, o doeu da cana morrerá dentro
de um ano. Pede também ver um
"aviso" de que naquele momento,
alguém muito querido da famllia, acaba
de mor—
CAPELA - Coroa feita de folhagem
verde. Antes do sol oascer, co mulheres
devem colocá-la sobes a cabeça.
'FOGO - Pegvse oa mSo da
P.
e cnuze.se a fogoeira arOs veees,
dizendo: "São Pedro, São Paulo, todos
os santos sejam vossos pau!"
Escolha o roteiro,
caia na estrada e
feliz São João
- Oismsdiasde testa. De- lia 29,
cam shooa de Amelinha, 23, Xangai, 20,
Edgar Má. Branca, 27e Domsngoishm, da
29, nnusrrurdc u testa. Local: Praça do
Forró.
SENHOR 00 BONFIM - Marcada pela
guerra das estiadas, o municlp'su ar
transforma em uma festa. principalmente na
asna rural. Na uma urbana, com boca
belga, atraiam sem munem de turistas
durante ame semana.
CRUZ DAS ALMAS - Guerra de espalme
muita bebida Cidade localizada peásisro a
Feira de Santano, atrai turistas que causem
a qunima de fagueiras que san espalhadas
por soda csssrn da cidade,
JUAZEIRO - L000licada no norte do
estado, divisa com Pemambuco. tem Suo
IsSo marcado pelo torro e as sradiçnes ainda
mais arsuigadas. O torne mesmo é ficar ás
margens do Suo Francisco, assistindo
qaadilhco dsruntr toda noite.
17
tnsucr.ic.tt, d i ulc,.Isat,lass, 1993
Entrevista
Algodão pode ser a saída para crise
Uma melhor atenção política e implementos
econômicos oriundos das esferas federal, estadual
e municipal, podem trazer de volta para
Guanambi, o título de rainha do ouro branco.
0plantio de algodão pode ser um
bom investimento a depender
dos insumos encontrados. O que já represen-
tou grande parte da balança comercial do
país e hoje decaiu bastante, pode ter seu qua-
dro revertido a meio prazo, caso haja uma to-
mada de posição, principalmente no tocante
à política agrícola, por parte do Governo Fe-
deral. Segundo o empresário e presidente da
ABABE-Associação Baiana dos Beneficiado-
res de Algodão, Luís Carlos Fernandes, de
Souza, o "algodão pode ser a saída para inú-
meros problemas brasileiros. Para isso, o Go-
verno Federal deve ficar atento a criar subsí-
dios que beneficiem pequeno, médio e gran-
de produtores".
Preocupado com a situação que ora toma
conta da economia do país, ele disse que des-
de a época do ex-ministro Maílson da Nóbre-
ga "que era proibido falar em subsídios para
a agricultura. Hoje, entretanto, já vemos a
movimentação de deputados, inclusive da
Bahia os da região cacaueira, por exemplo,
conseguindo obter êxitos". Entretanto, no
tocante ao algodão, que domina a região Su-
doeste do estado, "nada ainda foi feito". Para
Luís Carlos, hoje a produção do algodão na
Bahia é representativa. "Poderíamos ter uma
produção bem maior, porém as dificuldades
são enormes e isso acaba gerando um prejuí-
zo sem precedentes" - argumenta o
produtor.
Autor do maior projeto privado de irriga-
Luis Carlos -"tudo
depende do esforço em
conjunto"
ção do Norte e Nordeste, com 1.780 hecta-
res, totalmente irrigados e férteis, Luís Car-
los acredita que "o momento é de se pensar
em uma política agrícola voltada para o
país". Como exemplo, ele lembra que "ano
passado, exportamos algodão, enquanto que
este ano, estamos importando a metade do
produto de países como os Estados Unidos e
até mesmo o Paraguai". Trata-se de um dé-
fict na produção causado, principalmente,
"pela falta de subsídios. o governo devia ob-
servar os demais países produtores e verificar
que lá há subsídio suficiente para se deixar
até o produtor sem plantar, a depender da sa-
fra anterior e do controle de estoque. Já no
Brasil, tudo fica mais caro e se acaba perden-
do no tempo, pela falta de incentivos dos
mais diversos".
Distrito industrial - Uma das saídas
para se dinamizar a crise poderia ser a insta-
lação, em Guanambi, de um Distrito indus-
trial. "Nós temos um bairro industrial, po-
rém não há estrutura adequada a ser distrito.
O que seria um distrito industrial?" - per-
gunta Luís Carlos. "Nós, ali, além de contar-
mos com os incentivos do governo, em suas
diversas áreas e nas três esferas, teríamos
também condições de ampliar o trabalho,
qualificar ainda mais a mão-de-obra e, além
de comercializarmos o algodão, teríamos fia-
ção ou tecelagem". Entretanto, a idéia de
Luís Carlos esbarra em um problema não
menos curioso: não há interesse por parte das
lideranças políticas da região e muito menos
por parte do empresariado.
Guarecofiape
Recapaorem e Comércio de
Pneus Ltda
Especializada em reforço de Pneus
Agrícolas - Balanceamento e
Alinhamento de Rodas
R. Otávio Mangabeira no
. 296
Fones: (073) 451-1244 451-1363 Guanambi-BA
18 Integração do Vaie, Junho, 1993
Entrevista
"O único político
que vem lutando para beneficiar essa área é o
deputado federal Prisco Vianna. Ele já lutou
em torno das necessidades, não apenas dos
produtores, seja ele pequeno, médio ou gran-
de, como também pela importância de man-
ter o homem do campo onde ele se encontra,
a fim de evitar o êxodo rural e, com isso, o
subemprego".
Entretanto, além da voz política e do asso-
ciativismo por parte dos empresários regio-
nais, faltam os incentivos fiscais que o gover
no tem condições de dar, porém, só agora, é
que comecam a despertar interesse. "Há o
Imposto de Renda, o 1CM, outros impostos,
enfim, uma gama de tributos que podem ser
reestudados pela esfera federal e acompanha-
dos por todos nós, a fim de que haja sucesso
absoluto no projeto". Dessa forma, o quadro
de declínio da cultura algodoeira em Gua-
nambi e demais municípios baianos poderia
ser revertido. Para isso, há idéias de que até
mesmo o BIRD - Banco Interamericano de
Desenvolvimento - venha a ajudar no su-
cesso do projeto.
Com o Distrito industrial, o homem do
campo e o da área urbana, seriam aproveita-
dos. Há um cálculo de que 100 pessoas traba-
lhariam em cada uma das usinas. "Isso elimi
naria grande parte do subemprego e seria um
paliativo, talvez uma solução, para dezenas
de problemas que perseguem a região". En-
quanto isso, a produção do Sudoeste baiano
está representada, hoje, apenas por 10% do
que ela já foi em tempos passados. "Um de-
clínio que reflete diretamente na economia
de todo o país" - frisa o empresário.
O algodão
pode
voltar a
dominar
a cultura
Metade da safra está perdida
Este ano o Brasil perdeu 50% da safra com
relação ao ano de 1992. O prejuízo foi
tamanho e as conseqüências estão sendo
sentidas agora, com a importação do
protudo. "Estamos importando cerca de
400 mil toneladas, a metade de nossa
produção, de 800 mil toneladas, quando na
verdade, se tivessemos insumos agrícolas e
uma política subsidiada, nada disso teria
acontecido" - salientou Luis Carlos
Fernandes. Ao preço de hoje, o algodão
importado equivale a Cr$24 trilhões de
cruzeiros. "Essa quantia estaria no próprio
país, caso estivessemos atendendo as
reivindicações dos produtores, seja da
Bahia ou de outro estado".
Uma das maiores provas de que a crise
vem afetando a cultura algodoeira, diz Luiz
Carlos, é notado em estados como São
Paulo e o Paraná, onde a laranja e outras
culturas estão tomando conta das lavouras
de algodão. "O nordestino além da
tradição, mantém seu esforço. Mas o sul, o
tem condições climáticas e econômicas de
variar sua agricultura. E nós? O sul não
precisa do Nordete. E o inverso. A
realidade é outra" - frisa o presidente da
ABABE.
Preocupação - O empresário disse ainda
19
que se sente preocupado com a atual
conjuntura agrícola nacional. "Nós temos o
projeto Formoso, com 9 mil hectares, mas
infelizmente apenas 1.200 hectares estão
sendo utilizados. Ainda resta muito para se
trabalhar. Ele pode ser a redenção do
Nordeste no tocante à cultura algodeira".
Uma das soluções apresentadas por Luis
Carlos, é zerar a produção de 94.
Estabilizar, acompanhado o comércio
internacional, a fim de viabilizar a
produção algodoeira no país e tê-la como
alternativa maior.
Com relação a seu projeto de uma fiação e
tecelagem em Guanambi, ele acredita que
ele é viável."Além de nós aproveitarmos a
mão-de-obra local, iremos introduzir a
fábrica de confecções. Elas vão surgindo,
utilizando matéria-prima da região, gente
da região, gerando divisas internas,
alimentando 1CM e outros impostos. Trata-
se de um lucro que deverá ser alcançado
por quem acredita não apenas na Bahia,
mas também no seu município". A
indústria poderá vir a médio prazo, abrindo
novas perspectivas para a população, que
hoje sobrevive do subemprego, além de
evitar o êxodo rural, um dos maiores
problemas enfrentados pelas administrações
municipais.
Estabilidade
O preço estabilizado no mercado externo
pode ser averiguado através da Bolsa de
Futuros de Nova Iorque. Para julho, a
cotação prevê o preço de US$60,60
cent/libra; outubro, US$59,12 cent/libra;
dezembro: US$58,43 cent/libra e para
março de 1994, US$59,58 cent/libra.
Enquanto isso, no Brasil, o algodão mais
caro atualmente é o de Guanambi.
"Pouca produção e os produtores ficam
atrás da matéria-prima, comercializando
entre si, e, por necessidade, acabam
elevando o preço. No final, tudo se
transforma em prejuízo" - frisa Luis
Carlos.
Déficit geral
Das 52 usinas de algodão existentes no
Sudoeste da Bahia, apenas 12 estão
conseguindo funcionar. Somente com a
implantação de um Distrito Industrial em
Guanambi pode-se reverter este quadro
que hoje causa sérios problemas e chega a
inflacionar o preço do produto. A falta de
interese político pode ser um dos
problemas que agrava a situação de uma
região que durante longos anos foi a
"capital do ouro branco". Um outro
detalhe é a falta de associativismo por
parte dos empresários que tentam, a todo
custo e sozinhos, encontrar um lugar ao
sol.
Integração do Vale, Junho, 1993
AllMINISJAAAOIINDDOPOVOPRESIACNJ:MOVIMENTOÍINANCÍIRGA8RIE/8.1
"RECEITA + SL0Ü ANTERIOR CrS 39.241.96.44433
DESPESAS 41 227 50068
-RECURSOS DE CONY!NIOS E PREYMOC CrS43
fl') nin ri
«SALDO ..Cr$ 7
OLHA DE PAGAMEI0 MAIO/93 PREVISÃ0J.CrS
1PASS!V0 REFERENTE 1992 CPS 41
1
Tadeu: sem receio, presta suas contas para todos
2
Minas
Transparência e exemplo para o país
Prefeito de Montes Carlos mostra, através
de placas, quanto recebe, como gasta
e o que faz com a verba municipal. A idéia
vem agradando a toda população
epois dos mutirões, a transparência
administrativa, criatividade e
desejo de acertar são os produtos hoje
exportados para todo o Brasil, sem ônus, taxas
ou qualquer tipo de imposto, cujo transporte não
exige rodas, trilhos e muito menos asas.
Assim, vem inovando a administração Montes
Claros-União do Povo, do prefeito Luiz Tadeu
Leite e seu vice, Athos Avelino Pereira, em que
se observa nítida preocupação com o trato
respeitoso à "res" pública.
Em recente entrevista coletiva, o chefe do
Executivo de Montes Claros respondeu à
imprensa que, no tacante a obras, sua
administração não começara ainda; todavia, no
que concerne ao anseio popular de honestidade
nos atos políticos e administrativos de nossos
governantes, o Prefeito Luiz Tadeu Leite tem
muito a anunciar: uma transparência
administrativa do tamanho de um gigantesco
outdoor de 9m x 3m, estrategicamente fixado em
frente ao prédio da prefeitura, contendo números
dos demonstrativos mensais de receitas, despesas,
saldos e passivos herdados, painel-síntese dos
documentos da administração postos à disposição
do povo, em geral, na Secretaria Municipal de
Fazenda e na Câmara Municipal de Vereadores.
A recuperação foi a melhor possível,
merecendo a medida elogios até mesmo de edis,
que fazem rigorosa oposição ao prefeito Luiz
Tadeu Leite.
Do acima exposto, a análise: custa muito ao
Brasil a honestidade de seus políticos e
governantes? Quanto custa ao povo brasileiro
seu pior câncer, o desrespeito e a corrupção,
ubíquos ao poder público? Já não estamos todos
ulcerados de tanta ladragem e incompetência
daqueles que deveriam ser nossos espelhos?
As iniciativas do prefeito Luiz Tadeu Leite são
paradigmas para o Brasil. Honestidade é
obrigação e não motivo de ufanismo. Mas, em se
tratando deste país, quando um prefeito prima
sua administração pelo respeito ao cidadão-
contribuinte, é momento do exaltarmos, para
assim (quem sabe) incentivarmos outras
iniciativas que possam desencadear o rascunho
de um Brasil melhor.
Não fiquem margens de imaginação de que,
em Montes Claros, as coisas viajam ao sabor
melífluo das maravilhas. Isso não. O prefeito
Luiz Tadeu Leite tem, hoje, um passivo herdado
da gestão anterior, da ordem de Cr$45 bilhões
para pagar, uma folha mensal de Cr$46 bilhões e
uma arrecadação empacada e empatada deste
último patamar, situação majorada pelo prejuízo
mensal de Cr$15 bilhões, em conseqüência da
greve no setor fazendário do Estado de Minas
Gerais, somente e habilmente agora contornada
em negociação de caráter provisório.
Não obstante, mesmo em meio a uma crise
financeira abrupta, o prefeito de Montes Claros
busca, realizar uma administração cujo grande
mérito é o da simplicidade, da coerência e da
transparência respeitosa para com uma massa
enorme de eleitores, cidadãos de Montes Claros
merecedores desse respeito e de uma
administração técnica e política capaz de nos
situar verdadeiramente como pólo da vasta e
sofrida região norte-mineira, cuja liderança temos
obrigação de exercer.
Ao povo, tudo. Ao administrador, a história.
Criadores
participam de
festa em Janába
Produtores de várias partes de Minas
Gerais, além do Rio de janeiro e
convidados especiais, participam de 6 a
20 de junho, da XIII Exposição
Agropecuária de Janauba - Minas
Gerais. O evento, coordenado pelo
Sindicato Rural de Janauba, está sendo
aguardado como um marco na vida
economica do município. Cerca de 32
bilhões de cruzeiros deverão ser
negociados durante os quatro dias,
segundo informações prestadas pelo
presidente do Sindicato Rural, Odilon
Carvalhaes.
:São 380 argolas, além de 7 baias, cada
qual com capacidade para 20 animais.
Além disso, uma intensa programação
festiva Tudo pra gerar divisas alem da
expectativa entre produtores e
agrop<.cuaristas de Janauba e municípios
vizinhos, participantes da XIII Exposição
Agropecuária. O evento, de acordo com
informações de Odilon Carvalhaes, "será
grandioso por reunir além dos produtores
locais, convidados para os leilões de várias
partes do país".
Carvalhaes adiantou que entre a
programação, constam leilões nos dias 17,
18, 19 e 20, além de um leilão especial "já
denominado de Leilão Elite, coordenado
pela Colonial Agropecuparia". Entre os
convidados para esse leilão, Odilon
Carvalhaes lembrou que estão a Fazenda
Progresso, João Carlos Moreira, José
Armando Soares, Luis Mareio Carvalho,
este de Uberaba, Osvan Mendonça,
Pedras de Maria Agropécuária, Sebastião
Mota, Canibira Agropecuária, Teragro
Agropecuária e Vento Transportes, entre
outros.
"O evento, entretanto, não está apenas
aí" - lembrou Odilon, salientando que
para coroar toda festa, haverá shows de
artistas especialmente convidados, como o
RPM, trazendo Paulo Ricardo, Maurício
& Mauri, Fernando Angelo e Banda
Metrópolis, "bem como os artistas da
terra, já que nosso intuito é prestigiar a
todos" - frisou o presidente do Sindicato
Rural de Janauba.
Integração do Vale, ,Junho, 1993
Produtorabenefjcjadora de a
compra - venda e exportação de algodão em capulho e pluma
Escritório - Rua Ruy Barbosa, 56— Tel: (073) 5411125
Usina - Centro Industrial - Bairro Indústria] - Tel: 4511371
GUANAMBI - BAHIA
Minas
Mineiros realizam a Feira da Paz
O evento chega ao décimo sétimo ano sempre
obtendo sucesso. Servas quer reunir um
maior número de municípios, todos
mostrando seus produtos de melhor qualidade.
grande a movimentação dos
mineiros nos preparativos da
XVII Feira da Paz, o maior evento
realizado anualmente pelo Serviço
Voluntário de Assistência Social - ervas
dirigido pela primeira-dama do estado,
esposa do vice-governador, D Maria Coeli
Porto. A pouco mais de um mês da festa,
que acontecerá de 1 a 4 de julho, a
expectativa dos coordenadores é de que o
evento atinja seu objetivo maior: o de
oferecer ao visitante da feira uma autêntica
amostra do que é Minas Gerais.
Neste novo perfil, o Servas busca uma
participação mais efetiva dos municípios,
dando a eles a oportunidade de mostrar
suas riquezas, cultura e folclore. Durante
os quatro dias, Belo Horizonte será a
grande vitrine do estado. O local será o
Minascentro, totalmente preparado para
receber os participantes em stands
apropriados. Além da comercialização dos
produtos típicos de cada região, estão
programados shows especiais para todos os
dias, além de sorteios e uma ampla área
para recreação e alimentação.
APRESENTAÇÃO - Tradicionalmente o
evento FEIRA DA PAZ, realizado pelo
SERVAS vinha se caracterizando por uma
visão regionalista e comercial. Era realizado
com um volume de produtos estrangeiros
bastante significativos, atrelados a outros
produtos oriundos de pontos isolados do
estado, o que configurava um evento
basicamente comercial, sem uma
preocupação efetiva de difundir as riquezas
de Minas Gerais como um todo.
Este ano, pretende-se alterar esta
configuração, fazendo com que cada
município, cada microrregião, possa
mostrar suas riquezas, sua cultura, seu
folclore, de modo a que o visitante da
FEIRA possa ter uma amostra de Minas
Gerais como um todo, de Norte a Sul, de
leste a oeste.
Este é o principal objetivo a ser perseguido
na Feira da Paz 1993, ou seja, a abertura
para todos os municípios, seja o mais
distante ou o mais próximo da capital, mas
que todos tenham iguais condições de
mostrar tudo de que são capazes, sem a
preocupação de ser um pequeno, médio ou
grande Município, mas sim investido do
orgulho de ser um município de Minas
Gerais.
Neste sentido é que está sendo mobilizada
parte considerável da sociedade mineira,
cabendo ressalvar, as secretarias de estado,
a imprensa, órgãos federais, entidades
assistenciais, empresas Privadas, enfim,
todo um contingente estrategicamente
mobilizado, para que se empreenda, no
menor espaço de tempo possível, uma ação
integrada e vigorosa em busca da solução
definitiva da assistência social em nosso
estado.
1 fltegraçu tio Xale, Junho, 1993
Nagueifa,vence
quemofereceos
melhorespreços
Gol, Mille Electronic e
Chevette L são alguns dos
modelos que já se
encontram circulando
normalmente pelo pais. Dos
carros populares, apenas o
da Ford se encontra
desconhecido, já que não se
sabe oficialmente se a
empresa aderiu ou iiâo aos
populares. O Gol tem 1.000
cilindradas e tem como
vantagem a fabricante:
Volkswagen.
O Mifle Electronic, entre os
populares, é o mais
sofisticado. Com ignição
eletrônica, ele possui
tecnologia de ponta na
última linha, concorrendo'
direto com o Gol, não
apenas em termos de
preços, mas de vantagens
oferecidas por seu
fabricante, a Fiat.
Enquanto isso, o ("hevi
L. General Motors, tem um
motor de 1.600 cilindradas,
superando seus
concorrentes, ambos com
mil cilindrado. Com preços
paralelos, os três veículos
são hoje a coqueluche da
classe média brasileira, isso
é: se ainda existe classe
média no pais dos
populares
0COCOrMon
Grupo local Avenida Bartolomeu de Gusmão, 750
Chevette L 1.6
Vitória da Conquista - Bahia
Kadeti SL 1.8
TeL (073) 421-1200 Te]ex.(O 73)1580
CONSÓRCIO
NACIONAL
001EM
L
Automobilismo
Todo mundo quer um carro popular
Dezenas de usuários ficam na fila à espera
de uma chance. As marcas pouco importam
O que vale mesmo é a batalha para
conseguir um veículo bem barato.
0comércio de carros
populares vem au-
mentando a cada dia que se pas-
sa em Guanambi e municípios
vizinhos. Com apenas uma re-
vendedora autorizada, a Guave-
pe, o município passa por sérias
dificuldades, já que é grande o
número de pessoas interessadas
em adquirir um carro popular.
Desde o acordo feito entre Go-
verno Federal e as montadoras,
que esses veículos passaram a
ter grande importância na vida
econômico-financeira da nação.
A medida que esses carros vão
saindo às ruas, o mercado de
carros usados começa a cair,
não atingindo mais os índices al-
cançados em anos passados.
Atualmente existem cerca de
50 pessoas na lista de espera da
Guavepe, em Guanambi, à es-
pera de um carro popular. Se-
gundo o gerente Rubens Fer-
nandes Donato, a procura é
grande "mas só recebemos cinco
veículos por mês, o que dificulta
bastante a comercialização". O
fato que vem acontecendo em
Guanambi com a revendedora
Volkswagen também atinge ou-
tras cidades de grande porte, on-
de a procura pelos carros popu-
lares é grande. Em Salvador a si-
tuação é idêntica. Leva o carro
popular quem estiver na frente,
depois de enfrentar uma grande
fila, em qualquer uma das con-
cessionárias autorizadas.
Fenômeno - O fenômeno
do carro popular surgiu em fins
de março, quando o presidente
Itamar Franco fechou um acor-
do com as montadoras. O assun-
to agradou a gregos e troianos,
mas logo fez surgir um novo im-
passe. O atraso na entrega. As
montadoras passaram acusar os
fornecedores de autopeças e es-
tes, por sua vez, alegaram falta
de matéria-prima. Enquanto is-
so, o fenônemo do carro popu-
lar continuou "sobrando" para
o consumidor que hoje enfrenta
longas filas de espera. Enquanto
isso, os carros de luxo caíram de
cotação na vendagem. "Nós so-
mos obrigados muitas vezes a
vender um carro de luxo por um
preço inferior ao real, só para
não ficarmos com ele no pátio"
informa Rubens Donato, salien-
tando que "é melhor perder em
lucro que na cota mensal".
Enquanto a procura pelos
carros populares aumenta, o co-
mércio de carros usados começa
a declinar. Isso em conseqüên-
cia de o usuário do carro popu-
lar ser um e o de carros usados,
ser outro totalmente diferente.
Com relação a 1994, os carros
populares serão obrigados, por
lei, a ter injeção eletrônica, além
de outras peças sofisticadas. "Só
para se ter uma idéia, uma des-
sas peças custa cerca de
US$ 1.700" - frisa o gerente da
Guavepe. Isso, entretanto, não
vai inibir a comercialização des-
ses veículos.
Atualmente a maior dificul-
dade enfrentada pelo gerente da
Guavepe na venda desses carros
está relacionada com a entrega.
Se houvesse um maior número
de veículos por mês, além de
não haver uma fila de espera
tão longa, de certo haveria uma
maior procura. Muitas pessoas
não gostam de aguardar a vez e
preferem adquirir um carro
mais caro, quando na verdade
gostaria de ter um veículo popu-
lar" - frisa Donato. Se as mon-
tadoras tivessem uma entrega à
altura, então nenhum problema
existiria entreconsumidor e re-
vendedor. "Em Guanambi seria
importante termos mais autori-
zadas na venda desses carros,
pois mesmo sendo concorrente,
teríamos uma maior oportuni-
dade para se sentir de perto não
apenas o lucro, como também a
importância desses carros em
uma sociedada como a nossa"
-- finalizou Donato.
Integração do Vale, ,Junho, 1993
Enfoque
Ele semeia paz através do microfone
Todos os domingos, milhares de pessoas ficam
diante dos aparelhos de rádio só para
ouvi-lo. Ao meio-dia em ponto, Jaldo Cabuy
faz uma oração em busca da paz.
I
'o ar, programa Jaldo Cambuy!"
- Todos os domingos, às li ho-
ras, milhares de pessoas estão ouvindo esse slogan
na Rádio Alvorada. Dai em diante, por duas horas
ininterruptas, toda a cultura regional, problemas e
soluções são levados ao ar pelo radialista Jaldo
Cambuy. Em apenas um ano de atuação na Alvo-
rada, ele já conseguiu um índice de audiência em
torno de 80%. Um sucesso absoluto, pelo menos
em termo de rádio AM, quando o país a que nos
referimos é o Brasil.
Bancário há 25 anos, Jaldo Cambuy, natural de
Jequié, criado em Poções, hoje ele é cidadão Hono-
rário de Guanambi. Criador do primeiro conjunto
musical da cidade, em 68, "ele tinha o nome de
The Statles boys", uma alusão aos bons rapazes,
em número de sete, que faziam parte do grupo, sa-
lienta Jaldo. Hoje, depois de tantos anos, "temos o
encontro de gerações, especializado em música dos
anos 60, e continuamos tocando em bailes e onde
somos convidados. Tudo sem fins lucrativos".
Por gostar de comunicação "adoro me entrosar
e levar a cultura para o homem do campo, acabei
unindo a leitura diária dos jornais e os programas
especiais de rádios com a música. Ou seja: resumo
o dia-a-dia, fujo á linguagem técnica e falo a lin-
guagem do homem comum". Um dos pontos mar-
Cambuy-bancário e radialis-
ta a um só tempo
cantes do programa é a Oração do Meio-Dia. 'Nes-
se horário, faço uma oração ouvida por todas as
pessoas. Trata-se de uma oração que escrevi há oi-
to anos e tenho por ela um amor especial". Segun-
do o radialista, a oração surgiu "por uma questão
de fé. Sou extremamente religioso e creio que a
maneira pela qual a gente se comunica com Deus é
através da oração. Por ela, conseguimos tudo. Tu-
do depende da fé" - salienta Jaldo.
Exemplos - Essa fé, Jaldo enfoca o maior
exemplo com sua vida. Além disso, diversos temas
são enfocados durante o programa "como o sexo,
drogas, crimes, legislação etc. Reúno especialistas
de várias áreas e faço uma mesa-redonda. Os ou-
vintes acabam unindo o útil ao agradável". A pro-
va do sucesso do programa é o número de pessoas
que chegam aos domingos à Alvorada. "Cartas
com pedidos de colchões, passagens, remédios, tu-
do é solicitado. Não dou, mas peço a meus ouvin-
tes e eles acabam conseguindo. Isso, para mim, é a
felicidade, o êxito de meu esforço".
Hoje, com um livro escrito "pela metade", como
ele faz questão de frisar, Jaldo se sente um homem
realizado. "Estou preparando meu livro, ainda sem
título, onde reúno crônicas, artigos, pensamentos,
conselhos, poemas. Trata-se de minha visão sobre
a vida". Casado, três filhos, Jaldo mantém sua roti-
na diária, mas sem fugir ao cotidiano. "Minha
maior alegria, por exemplo, será a formatura de
minha filha, no final do ano, em Direito". Enquan-
to isso, Jaldo continua trabalhando de domingo a
domingo, enquanto seus ouvintes aguardam a che-
gada do domingo, ansiosos para ouvirem a Oração
do Meio Dia.
ORAÇÃO DO MEIO-DIA
Ó Deus que tudo sabe, que tudo pode e que
tudo coordena...
Neste momento, Pai, ouve as nossas preces,
ouve as nossas súplicas e que um raio do vosso
amor e da vossa bondade encha nossos
corações, nossos corpos e faça com que
estejamos, neste instante, em perfeita sintonia
convosco. E eu pediria, Pai não só esse
instante, mas em todos os momentos da minha
vida...
Pai que as vossas bênçãos, que a vossa
bondade nos transforme... que a partir de
agora, nasca em mim um novo ser, puro,
voltado só para o amor, a bondade e a paz.
Que eu tenha tudo isso, Senhor, e possa não só
desfrutar -mas -dá-me ânimo e muita fé
para que eu possa levar esse amor e, essa paz
aos meus irmãos, principalmente àqueles mais
carentes.
Pai Celestial, elevamos nossos pensamentos aos
Céus e vos imploramos, vos pedimos por
nossos irmãos que se encontram doentes -em
suas raças ou hospitais. Pedimos que suas dores
sejam aliviadas, que a saúde seja restabelecida
em seus corpos, que vossa energia divina
processe a cura das doenças que estão
acometidas.
Aproveitamos este momento para vos pedir
também, Pai, que mude os corações
embrutecidos dos homens, corações esses em
sua maioria dominados pela ganância, pela
indiferença, pelo desamor e sobretudo pela
falta de fé. Mude também, Senhor, as atitudes
daqueles que nos governam, daqueles que
detêm o poder de decisão, poder político em
suas mãos. Que ajam, em todo o mundo, -
com menos egoísmo, com menos vaidade, com
menos interesse próprio e saibam partilhar com
igualdade o bem público que administram, em
beneficio de todos. Que rrssem também as
condutas administrativas massacrantes para
com as pessoas, para com os povos, como
sejam: baixos salários, desemprego, fome que
cri
am um clima de revolta, de insatisfação e
humilhação nos seres humanos...
Vos pedimos também, Senhor, que haja paz no
mundo. Paz entre os homens. Que cessem as
guerras, os conflitos, as discórdias, as mortes e
os sofrimentos tão desnecessários que estão
destruindo os-homens, famílias e dividindo
nações. Que o homem procure praticar e
pensar no bem comum e na harmonia, coisas
que unem as pessoas e não pratiquem o Ódio,
que só faz destruir.
Senhor, de maneira especial, também vos
pedimos: proteja as nossas crianças,
principalmente as carentes, desamparadas, sem
pai, sem mãe, sem abrigo, sem lar e que hoje
se constituem num dos maiores problema da
nossa sociedade. Proteja e abençõa as crianças
de hoje -todas elas -e que essas mesmas
crianças de hoje possam ser amanhã, os
homens e as mulheres do futuro que farão
deste mundo um lugar bem melhor para se
viver -aquela vivencia de fraternidade e
harmonia entre as pessoas.
Enfim, Pai, perdoa as nossas fraquezas, nossos
pecados e, sobretudo, as nosas omissões. Faça
nascer em cada um de nós, neste instante, um
novo homem, uma nova mulher, com uma
nova mentalidade e comportamento e que
possamos estar em permanente comunhão
convosco.
E, neste instante final da nossa prece, vos
pedimos humildemente e com muita fé,
acreditando em vossa bondade e supremo
amor, que fluidos positivos das vossas graças
estejam nessa água que agora vamos beber...
que essa água seja o alimento espiritual que
tanto necessitamos, que seja o remédio, o
bálsamo para nossas dores, para os nossos
problemas físicos e espirituais.
Terminamos esse encontro de agora convosco,
Senhor, plenamente confiantes de que seremos
atendidos e acreditando piamente de que as
vossas graças para nós serão abundantes.
(Oração feita semanalmente no Programa
"Jaldo Cambuy" -na Rádio Cultura de
Guanambi)
Integração do Vale, Junho, 1993
23
M óveis em pedra,
personalizados.
Pisos e pias de ardósia
Av. Barão do Rio Branco, 1656
B. São Francisco
Guanambi-Bahia
Turismo
B2N2 turm IB
# veste também ii o íw teflor
Novos postos abrem perspectivas para municípios
com alto potencial turístico. Visitantes
são recebidos por pessoas qualificadas,
treinadas para mostrar uma nova Bahia
ais 12 municípios
baianos receberão postos
de informações turísticas, a fim de
atender ao aumento da demana,
verificado a partir do crescimento do
número de visitantes. Os municípios de
Itaparica, Vera Cruz, Lençóis, São
Francisco do Conde, Madre de Deus,
Lauro de Freitas, Camaçari, Porto
Seguro, Ilhéus, Caravelas, Santa Cruz
de Cabrália e Cachoeira estão
instalando postos de infomações
turísticas com apoio da Bahiatursa e
das prefeituras locais.
Em Salvador já existem postos
permanentes no Pelourinho,
Aeroporto, Estação Rodoviária, Barra,
Palácio Rio Branco e Mercado
Modelo. A informação é da
Coordenadora da Unidade de
Informações Turísticas da Bahiatursa,
Gildene Larsen.
Jovens de ambos os sexos daqueles
municípios estão sendo treinados para
ser recepcionistas dos postos de
informação, bastando para isso
possuírem nível universitário ligado às
áreas de comunicação, história,
geografia, arquitetura, administração
hoteleira e turismo. Os candidatos
devem falar pelo menos um idioma
estrangeiro. Após a seleção, os jovens
passarão à condição de estagiário, em
regime de quatro horas/dia, num total
de 20 horas semanal.
Para o interior do estado, é exigido
apenas que o candidato possua o
segundo grau completo ou seja técnico
em administração e pedagogia. Estes
terão dois anos de estágio, além de
treinamento de espanhol e inglês.
Durante o treinamento, o jovem
candidato aprenderá cultura baiana e
terá cursos de hotelaria, geografia da
Bahia e história. Aprendem a trabalhar
com as pastas de informações sobre
transportes, consulado, restaurantes
etc. Terão ainda, avaliação mensal, no
caso de serem da capital. No interior, a
avaliação será feita semanalmente pelas
secretarias de turismo locais.
Os postos permanentes da capital que
estão à disposição do turista ou dos
moradores têm os seguintes telefones:
Aeroporto - 204-1244; Pelourinho
321-2463; Rodoviária - 358-0871;
Barra - 247-3197; Mercado Modelo
- 241-0242; Centro de Convenções da
Bahia - 370-8400 (segunda a sexta)
no horário das 8h às 19h; Palácio Rio
Branco - 241-4333/4047.
24 Integração do Vale, Junho, 1993
Revista Integração Ed.05
Revista Integração Ed.05
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Revista Integração Ed.05

  • 1. ç do vale Rist1nfItj d -Rabia-- (uanarnbi (Xale do Algodão) iode 1993-Ano 1 - No 5 - CrS50.000,O( Pág. 15 Pág. 27
  • 2. trn------- -= AGROINDUSTRIAL VALE DO IUIU LTDA. COMPRA,, VENDA E BENEFICIAMENTO DE ALGODÃO VENDA DE SEMENTES SELECIONADAS Matriz Rua Abílio Perreira, s/n Iuiú—Ba. Fone: (073)682-2119 Filial Rua Piratininga, s'n 46.430.000 Guanambi -Ba. Fone: (073)451-1695 Escritório Praça Manoel Novaes. -168 J'andar 46.430.000 Guanambi -Bahia. Fone: (073)451-1008 PABX -TLX 722701 FAX. (073)451-1980 Guavepe REVENDEDOR AUTORIZADO VOLKSWAGEM GUA 1/EFE - Guanambi Veículos e Peças Ltda. 4 v. Santos Duniont, 1358 - Bairro São José - PABX (073) 451-1148 Fax.' (073,)4512994 - Telex.' 7227000VF - DN4326 GEF. 46.430.000 - - GUANAMBI - BAHIA.
  • 3. Editorial O erro tem limite próprio (r) mundo é composto por erros e tcertos. Os homens erram e o "Grande Arquiteto do Universo" acerta. Infelizmente, muitos homens tentam imitá-lo e chegam ao cúmulo de, não podendo encontrar a verdade e descobrir os acertos, culpar a terceiros pelos erros por eles cometidos. Assim é na política e na administração; em casa ou na rua. Todos se mascaram ante a mentira e acabam pagando um preço muito mais alto do que poderia imaginar. Segundo os costumes da velha Roma ou da antiga Grécia» quando os autores desses erros não eram punidos e escapavam do carrasco, a pena do talião recaia sobre seus filhos. Felizmente isso deixou de acontecer no mundo atual. Senão. muitos pais teriam seus filhos como natimortos. . . . Sobe Erundina, cai Erundina. Sobe Eliseu, desaparece Eliseu e assim o tempo passa, passa com ele o govenro, ou mel or. os governos e os homens. O exemplo da República Federativa é passado aos Estados. E a Federação, coitada, caminha a passos lentos, com todas as pessoas, cerca de 150 milhões de habitantes, perdidos ante o espaço e o tempo. Ou, quando não, ante si próprio. Errar é humano, mas permanecer no erro é burrice. Este velho provérbio parece não ser bem entendido pelos administradores ou pelo menos por alguns administradores. Sejam eles públicos ou privados. Levando-se em conta toda tarefa árdua de se manter idôneo, eles chegam a cometer verdadeiros crimes, repetindo a ba'rbárie do princípio do milênio. Dissemos que o tempo passa, porém na verdade quem passa é o homem. O tempo é estável. Notório, ele se mantém como verdadeiro Deus especulando os anseios da humanidade registrados pelos cronistas, historiadores e jornalistas. Todos os três estão calcados em algo superior: a filosofia. Entretanto, já está comprovado que até os filósofos erram. Filosofia é dinamismo. E por ser dinâmica, ela acompanha a verdade dos fatos e vai destruindo toda mentira que existe no interior da cada ser humano. Vivemos sob o manto misterioso do trabalho, que tanto pode ser uma verdade, quanto uma mentira. Quiçá ele sempre seja a verdade. Vivemos em estado de graça ou de emergência. De graça quando cometemos alguma frivolidade e por ela subimos mais um degrau na vida. De emergência quando soçobramos no barco do dia a dia e acabamos pedindo arrego a quem nos conhece e, por que não? aos desconhecidos também. Na maioria das vezes, são os que nos desconhecem e até mesmo os opositores quem nos dão socorro. A política é um exemplo disso. A administração também. O limiar de um novo tempo ás vezes nada traduz se nele não houver a esperança de estarmos lado a lado com a verdade. e e e Voltando ao princípio da verdade e da mentira, aqui estamos mais uma vez. Sobrepujando as intempéries, os erros, as dia brites do ser humano, conseguimos superar a todos e galgamos um novo degrau. Estamos com o número cinco mostrando o estado precário de uma região conhecida pela bravura de seus homens e as ousadias de suas idéias. Mais uma vez estamos gritando por socorro, porque necessitamos de ajuda. Não por erro nosso. Aqui o "mea culpa" deixa de existir. Porém levados pela intempérie de uma seca que assola todo o Nordeste e que serve apenas como indústria para alguns. Uma indústria sem chaminés, como o turismo. Só o que difere do turismo, por serem estes peregrinos, portadores de divisas. E nordestino? Ah! Esse é turista em sua própria terra, mas na qualidade de pedinte. Do prefeito ao mais humilde agricultor; do governador à faxineira que se encontra em sua casa. O sol causticante não é Cemência a ninguém. Fere e, por vezes, mata. Morte lenta e cruel. e e • Refletindo o potencial da região e o esforço do homem do bem comum, iniciamos agora uma nova etapa. Sem falha, pelo menos humanas, sem diabrites, porque acreditamos em quem nos lê, em quem nos guarda e em quem nos cita. Os homens passam, os erros passam e a verdade fica como o exemplo maior que podemos dar aos nossos filhos. Filhos que formam o futuro de uma Nação que, se não for bem integrada, desmorona como inúmeras outras nações assim o fizeram. Sem vender nossas forças e muito menos deixar nosso suor ir por terra, estaremos sempre lutando, mostrando o que é bom para todos nós. Só assim, apagando os erros e ensinando aos outros a apagar seus erros, poderemos construir uma verdade. Daí, diremos que nosso trabalho não foi e nem será em vão. ,a -à . ,.è.J :1 J.J - do vale Revista informativa, publicação mensal, de responsabilidade da PRO-IMPRENSA - Assesso- ria de Imprensa, Editora e Artes Fotográficas Ltda. Diretor Responsável João Pereira Martins Diretora Financeira Cecilia M Kirdeika Martins Editor Fernando Antonio Oliveira Planejamento gráfico, dia- gramação e arte final Luciano Dórea Reportagens Fernando Antonio Oliveira, João Pereira Martins, Jorge Oli- veira e Ricardo Kirdeika Martins Fotos PROLAB Composição, montagem e fotolito Gráfica Santa Helena S.A. Representante em São Paulo Marlene Kirdeika Rua Joaquim Floriano, 636 - Apto 82 - CEP 04.534.000 Redação e Publicação Rua Dois de Julho, 20 - l an- dar - Tel (073) 451-2889 - Telefax: (073)— 451-2964 - Caixa Postal 014 - Centro - Guanambi - Bahia. Não nos responsabilizamos por artigos assinados 3 lntcgraç() do Vale, .Junho, 1993
  • 4. Final infeliz Toda trajetória da família Coilor, no período que culminou com o impeachment do presidente Fernando, vai virar série na Rede Manchete. Uma verdadeira mistura de A Família Trapo dos anos 60/70, com a realidade nacional dos anos 90. Segundo se comenta, principalmente no reino de Canapi-Maceió e Mundaú, lá prás A1agoa, quem não está gostando disso é o ex-presidente. Entretanto, o que poderia dar samba, vai dar novela mesmo e, para nossa felicidade, quem não está gostando é apenas o pivô. Ruim é se o desgosto fosse dos Malta, aquela família que tem em seu seio, o Joãozinho. Sujeito calmo, muito calmo... Curtas , Coisa de doido A linguagem utilizada pelos jovens está se tornando cada vez mais incompreensível. Para se entender o que dois rapazes, principalmente da capital, falam é necessário ter-se um dicionário especial e oral. 69,301, olhar 43, bocó, dá uma geral, são algumas palavras que poucos conhecem seu fundamento. Na verdade, significam: tudo igual, menstruação, paquerando, apalpar a namorada (ou ser revistado). Segundo os psicólogos, a linguagem é algo ligado à idade. Se assim for, será que os idosos têm algo de especial quando murmuram na porta de um bar? Sem reservas O mês de junho chega trazendo uma boa notícia. O ministério da Fazenda, prevê uma inflação para este mês de apenas 27%. A taxa inflacionária, segundo informações chegadas de Brasília, foi recebida pelo novo ministro com uma "certa reserva". Na verdade, no Ministério da Fazenda, deve-se trabalhar com projeções. Porém no Brasil, estas projeções acabam se tornando realidade. Para quem iniciou o ano com quase 30%, três pontos a menos, pode ser uma boa surpresa, sem reservas e sem nada. Detalhe: o Chile obteve uma inflação de 1%. Isso com relação ao ano de 1992. Milagre? Não: muito trabalho e sinceridade juntos. ...Para o pior E por falar em inflação, detalhe 2: os técnicos do Ministério da Fazenda encontraram uma solução para baixar a inflação: aumentar a taxa de juros. Isso mesmo: eles recomendaram ao Eliseu, que aumentasse as taxas como única alternativa de conter a alta da inflação. O presidente Itamar, que não gosta de opiniões desse tipo, está com uma espinha na garganta que deve sair rapidinho. E do jeito que mineiro sabe fazer. E descaso mesmo! Os aeroportos existentes no interior da Bahia continuam relegados ao descaso. Principalmente aqueles onde as cidades têm prefeitos contrários à política estadual. Municípios que necessitam de um atendimento via aérea em curto espaço de tempo, estão sem combustível e até mesmo sem a pista de pouso/decolagem adequada a mais ínfima aeronave. Comporta ap,enas ultra-leves e olhe-olhe! E mister que o DAB dê uma verificação nesses campos de pouso e, dentro da política governamental de moralizar a Bahia, moralize também os aeródromos tão esquecidos por parte das autoridades. Por Carinhanha Pela primeira vez em sua história, o município de Carinhanha recebeu uma doação do governo federal. Foram 24.840 quilos de feijão que o prefeito Geraldo Costa está distribuindo com a população carente. "Estamos abrindo espaços para a comunidade, fato que nunca ocorreu aqui" disse o prefeito. Além disso, Geraldo já conseguiu telefone para a Agrovila 23, fato há muito reivindicado, bem como beneficiamentos para localidades como Angico e São José (Barrinha). Durante sua campanha, Geraldo disse que desafiava qualquer prefeito a acompanhar seu ritmo de trabalho e hoje, em curto espaço de tempo, apenas 100 dias de governo, já cumpriu grande parte do prometido. Lenda viva Existem algumas figuras no Brasil que se tornaram legendárias em vida. Uma delas é a do banqueiro mineiro Magalhães Pinto, ex- governador, fundador do Banco Nacional, aquele do guarda-chuva (ou do guarda-sol, como chama os cario-ris). Mesmo do alto de seus oitenta e tantos anos, doente e sem as manifestações peculiares a um homem de seu porte, continua respeitado. No é novidade US$300 milhões. Melhor dizendo: trezentos milhões de dólares! Isso é quanto vale um cemitério de projetos da Sudene, existente no Piauí. A notícia não causou espanto nas capitais, mas no interior do país, trata-se de um soco na cara. Principalmente nas regiões onde a Sudene tem raio de ação, como a Bahia e Norte de Minas Gerais. Tanto dinheiro gasto em 15 projetos, distribuídos em 35 mil hectares. E todos os projetos ineficientes ou inativos. Enquanto isso, as terras que poderiam dar alguma coisa, são consideradas pela própria Sudene, como improdutivas. Ficam por aí, sendo adquiridas pelas oligarquias políticas, ou quando não, são distribuídas a torto e a direito para os amigos de prefeitos de algumas cidades brasileiras. 4 Integração do Vale, Junho, 1993
  • 5. Acredito muito nesta região e tudo farei por ela Sempre pensei em ser um dia governador de meu estado Exclusivo Prisco: " deviamos lutar pela região" Ex-ministro de estado, hoje deputado federal, ele une o rural ao urbano e fala sobre as perspectivas políticas do país e o futuro do Vale do Algodão. JV - O que o senhor acha de Fernando Henrique Cardoso, como ministro da Fazenda? R - E um político muito qualificado e um intelectual de muito prestígio. Ele tem excelente relacionamento com o meio econômico nacional, ele tem portanto, condições de fazer um bom trabalho. Agora, eu acho que ele não sonha, nem nós devemos sonhar com resultados positivos imediatos. A queda da inflação há de ser conseqüencia de um trabalho continuado, persistente. IV - O governo liberou uma verba de bilhões de dólares para a cultura cacaueira. E como fica o algodão na região do sudoeste baiano? R - Olhe, eu o ano passado discuti essa questão aqui. O algodão é um produto agrícola sem prestígio político. O cacau, como a soja, ou seja esses produtos de exportação, têm mais peso político que o algodão. Eu acho que o que devemos fazer é um esforço no sentido de reativar a cultura do algodão, através de um programa que não esteja necessariamente dependente da cultura do algodão. Da cultura e de sua transformação. Eu acho que nós devíamos lutar aqui para promover na região, o aproveitamento integral do algodão. Isso leva a se criar um pólo agroindustrial que tenha como base o algodão. O algodão no estado natural, em torta para ração em tecido, o algodão para óleo. É assim sim, nós criaríamos uma base econômica muito forte para enfretarmos os acidentes pólo industrial. O governador do estado tem um documento que entregamos no ano passado, pedindo a inclusão da região no esquema do PROBAHIA, que é um programa de desenvolvimento industrial localizado, criado no sentido de explorar as vocações econômicas de cada região, e nós esperamos que haja uma definição no sentido de que o estado quer incentivar um pólo de fiação e tecelagem, nada mais adequado do que Guanambi, nesta região. IV - O presidente Itamar deu a opção para que os partidos políticos escolham os ministros. O senhor acha correto essa decisão do presidente? R - Não, eu não acho correto. Acho que desnatura o sistema presidencialista que o povo acaba de consagrar através de plebiscito. O ministro é escolhido e é expressão do Presidente da República. Esse processo de lotear, entre partidos, o governo, leva normalmente a uma desagregação que impede o bom desempenho do governo. Agora mesmo, os dois principais partidos da coligação que apóia o governo, estão envolvidos em uma competição a respeito de mando, comando, de prestígio. Isso é ruim, mas poderia ele próprio, o presidente, nomear os ministros, escolhendo entre os mais capazes, e como é normal, escolher os melhores dentro dos partidos. IV - O ministro Cavailo, disse que o Brasil não precisa dolarizar a climáticos cíclicos que têm perturbado muito o processo produtivo da região. IV - Guanambi tem um bairro industrial. O que falta para que seja criado um distrito industrial, com incentivos do governo, redução de impostos etc? R - Acho que falta decisão política e organização empresarial. Acho que o algodão, como eu disse, não tem muito prestígio político é importante para nossa região, mas não é de importância vital para a economia do estado. Então nós teríamos que fazer um trabalho político, para viabilizar a criação deste
  • 6. Exclusivo economia. O senhor concorda com isso? R - Eu creio que cada país tem sua realidade. Você não pode trazer, por exemplo, o resultado da Argentina, Chile, Bolívia e o próprio Paraguai, que está com uma economia regularizada, e aplicar no Brasil um modelo estranho à nossa realidade. A inflação no Brasil tem várias motivações. Muitas delas de ordem estrutural e podem ser diferentes das enfrentadas pelo ministro Cavallo, na Argentina. Temos que procurar uma receita que leve a retomada do crescimento na economia, retomada dos investimentos, a volta dos financiamentos e em relação à economia agrícola, que o governo enfrenta a questão do subsídio. A agricultura no Nordeste não sobrevive com TR e não sobrevive sem incentivos. E preciso superar esses preconceitos entre os políticos e voltar a praticar no Nordeste, uma política de incentivos, sem a qual não vamos recuperar a estabilidade econômica. IV - Desde a época de Mailson que era proibido falar em política dos subsídios. Trata-se de uma abertura ou necessidade mesmo? R - Não. Ela reflete uma convicção de que nós temos. Pelas características sócio-econômicas do Nordeste. Sem incentivos, não conseguiremos fazer economia, sobretudo agrícola. Agora: os países mais avançados, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos também, países que tenham aplicado a chamada política liberal, adotam subsídios para a agricultura, a fim de que cada nação tenha as condições de competição. Hoje nós estamos importando muitos produtos agrícolas incentivados e não damos internamente incentivos para o nosso produtor agrícola. Acho que é um preconceito trazido ou construído pela tecnocracia, dentro de bases, de doutrinas econômicas que se chocam com a realidade nacional. IV - O senhor é candidato a governador? R - Eu sempre tive vontade de ser. Para lhe ser franco, não me sinto reunindo as condições políticas objetivas para isso. Continuo sendo até como forma de estímulo, um objetivo a O algodão não tem prestígio ser alcançado, mas para ser realista, não tenho as condições no momento. IV - Mas seu nome foi cogitado várias vezes. Por que não aceitou? R - Um candidato a deputado é dono de sua candidatura. Eu me lanço candidato, vou buscar apoio para mim. Um candidato a governador - é fruto de um esquema político. E esse esquema envolve partidos. Envolve disponibilidades financeiras. Posso conseguir montar um esquema político, mas não sei se posso montar um esquema financeiro. E a eleição hoje, lamentável, desgraçadamente, vai se tornando cada vez menos um fenômeno político que um fato financeiro irrecusável. Produtos Veterinários, Agrícolas, Adubos, Defensivos, Sementes Selecionadas, Rações para pequenos e grandes animais Praça Getúlio Vargas, 308 Depósito (073)451-1424 Fone: loja (073)451-2036 - Guanambi - Bahia Iriltgraço do ' ale, .Junho. 1993
  • 7. Espelhos e fornos podem ser montados até mesmo em casa Tecnologia Estado dinamiza o programa solar Coelba implanta sistema que viabiliza a produção e abre perspectivas para o setor econômico de vários municípios principalmente os de semi-á rido. té janeiro do ano que vem, três municípios do semi-árido baia- no vão ter energia elétrica movida a luz so- lar. Trata-se de um programa pioneiro no es- tado que prevê um investimento de US$710 mil e a instalação de equipamentos comple- tos em 416 municípios no interior do estado. O projeto é uma iniciativa da Coelba, em parceria com o governo norte-americano, que deverá investir US$350 mil na primeira fase do programa. O diretor do Departamento de Conversão de Energia Solar, Conservação e Energia Re- nováveis dos Estados Unidos, Robert Arma, esteve em Salvador onde acertou os últimos detalhes do convênio que será assinado no fi- nal de junho. O programa deverá beneficiar 1295 usuários em dez localidades da Bahia. A previsão é começar em junho com as cida- des de Uauá, Casanova e Remanso. A opera- cionalização do novo sistema depende, entre- tanto, da chegada dos equipamentos dos Es- tados Unidos em dezembro. O presidente da Coelba, José Lins Pires Garrido, não disse o quanto a empresa pode- rá economizar com a opção pelo sistema de energia solar, mas garantiu que é a melhor al- ternativa para levar energia a áreas muito distantes. Hoje, como o uso desse tipo de energia ainda não é muito difundido no país, ela acaba sendo mais cara que a hidrelétrica. Entretanto, alto custo com linhas de trans- missão torna a energia solar competitiva no mercado local. Taxa mínima - Os consumidores bene- ficiados pelo programa vão pagar uma taxa de consumo baseada no mínimo, que corres- ponde ao consumo de 30 kwlh. As localida- des beneficiadas com a energia solar foram escolhidas segundo alguns critérios. Só parti- cipam do programa localidades que estejam distantes, no mínimo, dez quilômetros da re- de da Coelba, abriguem mais de 20 domicí- lios, tenha pelo menos uma unidade comuni- tária - como um posto de saúde, por exem- plo - e um poço artesiano. Além disso, to- das elas têm que apresentar um índice de in- solação anual alto, com mais de oito horas por dia. Na região sul, esse valor está em tor- no de cinco horas/dia. A Bahia não é o único estado brasileiro be- neficiado pelo programa, que já existe tam- bém no Ceará e Pernambuco. Em Salvador, a Coelba mantém experiência piloto na cape- la do edifício sede da Paralela, que permitirá a iluminação interna do santuário. At é m e sm o em c a sa se pode ajudar por um preço bem baixo Por vezes ele é acusado de ser o senhor da seca, do calor, das doenças e até mesmo da morte. Entretanto, ele é um grande aliado do homem, onde quer que ele se encontre, Assim é o sol, estrela de quinta grandeza, que ilumina a Terra e faz com que todos nós tenhamos vida E seu aproveitamento é apenas teórico? Não: tia prática também ele dá seu toque de vida, A captação da energia solar e uma realidade que hoje domina inúmeros lares em todo o mundo. Por apenas USSS mil. pode-se ter energia solar em uru sitio de médias proporções, por muito menos até mesmo U515(X), podese ter a energia solar dentro de casa, indo do dia a dia de cada um O JØde ser o paliativo para o desperdício &erteidade comum no Brasil Na verdade, o brasileiro é o povo que mais comi-some eletricidade e telefonia sem utilizar o necessário da energa e dos telefones Em outras palavras: somos consumidores natos e ainda reclamamos do que gastamos sem necessidades. ()sol. entretanto pode ser a saida para se formar urna economia domestica e nos cnszt*' a seu gente. ]Empresas corno a Osram e a 1-leitodmâmica, produzem sistemas de captação de energia solar que podem ser acoplados a urna casa. 5100 ou fazenda A depender da necessidade, pode se ter um painel solar que capte toda energia e transforme-a cm øleir'mcidade, dando-nos condiçõcs de sobrevivência em todos os sentidos. Um paitiel solar é hoje algo tão corriuuemro quanto tomar uru cafevmho ou belrer orna cerveja no bar mais próximo O importante é ter conhecimento de como utilizar esta energia e como fazer com que ela traga beneficias e redução de custos em todos os sentidos No Nordeste brasileiro, o sol pode se tranformar na redenção de todos os setores O que falta, porem e a iniciativa dos governantes em Incentivar maiores pesquisas científicas e delas fazer uso soltado para a população. Quando isto acontecer, então tudo catara pronto para que cheguemos ao primeiro mundo de uma forma direta e sem prejuízos para a sociedade como um todo llltcgraçã() do Vale, ,Junho, 1993
  • 8. Geral Mulher morre por ter mau hálito Inconformado com o problema, ele asfixiou sua companheira que lhe exigia manter relações sexuais dentro dos padrões tradicionais. 1 ndianápolis -EUA - Um homem que confessou ter assassinado uma mulher que tinha mau hálito e que lhe exigia que tivesse relações sexuais foi condenado a 60 anos de prisão. Keneth Faust, 48 anos, disse ao juiz que passava por uma etapa de abstenção de consumo de álcool quando matou Kathien Bond, 42 anos, em outubro de 1990. Faust foi considerado culpado pelo crime em novembro do ano passado. O corpo de Bond foi encontrado no sótão de um prédio de apartamento em Indianápolis, onde ela e Faust moravam. Durante o julgamento, os membros do júri viram uma gravação com a declaração de Faust que indicava que Bond lhe exigia que mantivessem relações sexuais, mas que ele se negou a atendê-la e asfixiou-a porque tinha mau hálito. O júri descartou a alegação da defesa de Faust de que este agiu em legítima defesa e que a morte havia sido "acidental". Um milhão por uma virgem Nova lorque - Um milionário norte-americano, alarmado com o alto índice de mães menores, decidiu oferecer US$1 mil às jovens de três bairros de Nova Iorque que ficarem virgens até os 19 anos. John Napoleon La Corte, 78 anos, criou um fundo de US$100 mil para efetuar a façanha. Segundo ele, "fiquei impressionado quando li que cerca de 40 mil jovens com menos de 15 anos estão grávidas nos Estados Unidos. Os mediterrâneos dizem que o maior presente que uma jovem pode dar ao seu marido é a virgindade. Aqui é o contrário". Para ter direito ao prêmio, as jovens de 19 anos devem se submeter a um exame médico, devendo constar sua virgindade. Com relação aos rapazes, o milionário disse que eles estão fora de seu programa. "E difícil saber qual homem que é ou não é virgem". Cola vicia os menores São Paulo - Metade da população jovem e carente de São Paulo, entre 14 e 17 anos, esta viciada em cola de sapateiro e outros produtos tóxicos. A denúncia é de Almar Romano Ferreira, presidente do Sindicato dos Calçadistas de São Paulo. O sindicato dos calçadistas representa cerca de 20 mil trabalhadores, distribuídos em 1.200 fábricas em todo o estado. Segundo Almar, é comum encontrar jovens cheirando a cola até mesmo quando estão trabalhando em algumas fábricas, principalmente aquelas que não têm estrutura adequada para produzir a cola. Das 600 microempresas de sapatos de São Paulo, 400 delas não possuem nenhum sistema de ventilação pra dissipar o cheiro dos produtos químicos e isso prejudica principalmente os jovens que trabalham nelas. Petistas acabam presas Porto Alegre - A vereadora Helena Bonuma, do PT, decidiu pedir explicaçôes ao comando da Brigada Militar sobre a prisão de duas petistas e militantes do gru- po feminista Lua Nova da mulher, denunciando a discriminação sofrida por am- bas. Elas reclamaram de um freqüentador que passara a mão nas nádegas de uma delas, em um bar e, na confusão, terminaram presas pela PM gaúcha. Os policiais alegaram que foram agredidos a tapas pelas feministas quando intervinham na ocorrência. As duas mulheres estavam em um bar, quando Antônio Carlos dos Santos Cu- nha, passou a mão nas nádegas de Márcia Bauer, 30 anos, professora de Educação Física e da estudante Inês Arigoni, que também estavam no Bar Van Gogy. Com a confusão, os soldados que foram socorrer as duas mulheres, acabaram sendo agredidos por elas. Segundo o soldado Cléo, as duas petistas feministas foram deti- das por agressão e desacato à autoridade, tendo suas amigas pedido ajuda à verea- dora Helena Bomuna que chegou ao comando da PM acompanhada pelo vice- prefeito de Porto Alegre, Raul Pont. Ç ERÁIICA GRÁFI CA A IJA- FLOR CARINHANHA IMPRESSOS EM OFF.SET.TIPOGRAFIA E CARIMBARIA Rua Silva Jardim, 284 Av. Santo Antônio, 1480 Telefax (073) 451-2649 Tel. (073) 485-2032 Centro-Guanambi-BA Centro - Carinhanha - BA 8 Integração do Vale. Junho, 1993
  • 9. Vidade tória da Conquista é hoje uma intrigada com uma questao crucial: o que esperar do futuro? De que forma pode a comunidade se posicionar e agir para projetar seu próprio destino? Do alto de sua enorme importância no cenário das cidades baianas, Conquista contempla na realidade um desafio cativante - prosseguir numa trajetória de crescimento e desenvolvimento que, até aqui, teve seus altos e baixos, mas sempre foi constante. O que está em jogo acima de tudo é uma escolha que precisa ser feita: a Agricultura, tradicional esteio do progresso da cidade e da região chegou a um ponto de virtual Impasse. Progride muito rapidamente no que se refere à produtividade e ao enriquecimento tecnológico; mas não pode continuar se desenvolvendo se não tiver o concurso de um maior esforço pela industrialização. Contraditório? De jeito nenhum. O café foi a mola propulsora que introduziu, em Vitória da Conquista, o Em meio ao trabalho, a pausa para a diversão através da micareta, realizada com êxito. ftS MufliCIPIOS Conquista: um desafio do futuro O dilema existe, mas a administração mantém uma luta constante em prol de seu fim. Hoje a cidade ganha novos espaços e atrai mais investidores. movimento dinâmico da modernização. Não apenas das atividades econômicas, mas também nas relações sociais e culturais. O ciclo representado por ele, entretanto, esgotou-se, com a ajuda de fatores externos, alheios aos mais ingentes esforços das classes produtoras. A tempo, descobriu-se que a diversificação poderia exercer um papel redentor. Mas nesse processo, a industrialização se faz indispensável. Inclusive porque é necessário acolher a mão-de-obra excedente, emersa dos cafezais, durante o pendo de transição. E porque faz-se indispensável estabelecer meios para que a oferta de trabalho não apenas absorva os operários ociosos, mas também acomapanhe o constante e vigoroso crescimento da população. Dados revelados pelo IBGE apontam para um crescimento da ordem de 2,5% na população conquistense ao ano. Um contingente que, agora em 93, já soma cerca de 324 mil pessoas. Esse é, em poucas palavras, o grande desafio: a cidade confrontada com as opções possíveis deixou de lado a estagnação e, fiel a seu caráter, preferiu encampar o desafio. Quer crescer e progredir.Essa escolha, visível na eleição, com estrondosa vantagem de José Pedral Sampaio para regressar à irefeitura, impõe agora um elenco de atitudes e novas situações, que demandam coragem e unidade entre os cidadãos. Há que somar forças para, por exemplo, assegurar a construção do novo aeroporto; para dinamizar as atividades do centro industrial; para apoiar o desenvolvimento de indústrias locais (um bom exemplo disso foi o sucesso espetacular da 1a Feban, que deixou estonteados até seus promotores). Firme na direção de um futuro brilhante, Conquista quer cresce:. Mais que tudo, seus líderes e políticos estão diante da determinação incontível de um povo acostumado a curtir, no frio da Serra, uma couraça esculpida pelo trabalho duro. Para os conquistenses, não há dúvida quanto ao que vem pela frente. E crescer ou crescer. Integração do Vale, .Junho, 1993 9
  • 10. nfrentando dificuldades e utilizando recursos próprios, o prefeito de Carinhanha, Geraldo Costa, já efetuou a abertura e terraplanagem da rodovia que liga o município a Feira da Mata (divisa), em um total de 38 quilômetros. Segundo informações prestadas por Geraldo, até então, nenhum administrador havia realizado esta obra reivindicada há muito pela comunidade. "O trabalho não termina aí; iremos melhorá-la a fim de que a população use-a como merece" - disse o prefeito. O trabalho realizado por Geraldo, vem repercutindo em toda região. Tanto que líderes comunitários já apontaram seu nome como virtual candidato a uma vaga na Assembléia Legislativa. "Entretando, não sou candidato" disse o prefeito, salientando que "sei que tenho o apoio, mas não me interesssa. Meu apoio fica com o deputado José Rocha, com quem temos compromisso". Saúde - Para Geraldo, o setor de saúde começou a funcionar a partir de agora. "Antes, até mesmo um corte profundo, o paciente teria que ser levado para Guanambi ou Caetité. Hoje temos condições de atender aos nossos doentes. Carinhanha, mesmo com 80 anos de emancipado, somente agora sentiu de perto, segundo o prefeito, "a importância de se priorizar esse setor. Nosso hospital é municipal, porém o paciente é bem atendido, por uma equipe de médicos competentes". Oswaldinho maior atração do São João 10 Do extenso areal surge uma estrada compactada para melhor servir à comunidade P Mufliciplos Dificuldades nã o impedem crescimento População de Carinhanha começa a conviver com um novo modelo de administração. Rodovia ligando dois municípios é recuperada e tráfego começa a ser normalizado. Educação - De acordo com informações de Geraldo Costa, o setor de educação também foi relegado ao descaso. "As escolas pareciam presídios, sem nem ter onde o aluno se sentar e até mesmo faltando o telhado. Reformamos 56 escolas, demos a estrutura adequada ao ensino e pusemos carteiras escolares em toda as salas -de aula da área urbana e zona rural. "Até mesmo o salário dos docentes, foi equiparado, já que nunca os professores recebiam o merecido. Iremos "fazer este ano o que nunca foi feito em 50 anos de administração" - frisou o prefeito. Até mesmo o clube, que se encontrava Oswaldinho do Acordeon é a principal atração dos festejos juninos no município de Pindaí, que este ano promete realizar um de seus mais animados São João. Cumprindo uma tradição, o prefeito Waldemar Prado, está empenhado em dar à população "um momento de divertimento adequado, já que o momento econômico em nada vem ajudando para esse tipo de evento". Os festejos têm início dia 15 e terminam apenas no dia 24. Segundo Waldemar Prado, além de fechado há bastante tempo, foi reaberto. "Teremos um ginásio de esportes a fim de atendermos às necessidades básicas de lazer". Com relação ao mercado, ele disse que está realizando um trabalho adequado, com estrutura metálica, além de construir módulos na sede, na agrovilha e em outros locais onde ainda se buscam áreas adequadas. Outras obras de estrutura para Carinhanha são o calçamento de 6 mil metros no povoado de São José, calçamento na avenida Santo Antônio, urbanização ao redor da Lagoa, no bairro Sudene, barragem do Sangradouro. Oswaldinho do Acordeon, haverá atrações regionais, "sempre prestigiando os artistas da terra", além da Banda Turbo, que dará um toque especial ao evento. Mesmo enfretando dificuldades, devido a crise econômico-financeira que atravessa o país, Waldemar pretende manter a tradição festiva, participando junto com a população rural da preservação desse bem cultural. "E uma forma de se crescer, levando animação sem perder os valores que existem em nós" - argumentou o prefeito. Integração do Vale, .J iiiiliu. 1993 Pindaí ' traz Oswaldinho
  • 11. Feira da Mata passa por sér ias dificuldades O município de Feira da Mata, distante cerca de 900 quilômetros do Salvador, está sem nenhuma estrutura administrativa. Muito embora tenha sido emancipado há mais de três anos, Feira da Mata, ainda não tem telefone, havendo apenas um PS-Posto de Serviço da Telebahia, o que dificulta bastante as comunicações. Como se não bastasse, o setor de transportes está funcionando precariamente, já que as rodovias são inexistentes. Alegando dificuldades, o prefeito de Feiras da Mata, Miguel Arcanjo Soares, não tem condições de executar obras de porte como a conclusão da rodovia ligando seu município a Cariranha. Ele argumenta que faltam máquinas e mão- de-obra especializadas, muito embora sinta necessidade de executar os serviços. Entretanto, fontes extra-oficiais dão conta de que Miguel passa um bom tempo em Salvador, onde deveria manter entendimentos com membros do DerBa, tentando conseguir ajuda para solucionar problemas como este. Miguel: está faltando ajuda Enquanto isso, sem telefones e sem estradas inclusive, o município continua relegado ao esquecimento, perdendo divisas gerando sérios problemas entre a população local. SI, MunícÍpios Doação de feijão beneficia barnabé ' s Funcionários recebem ajuda do município que tenta de toda forma burlar a crise que assola todo país. Para eles, mais comida e incentivos profissionais. 0s funcionários da Prefeitura Municipal de Vitória da Con- quista também vão receber o feijão que está sendo distribuído para as famílias carentes e de baixa renda familiar. O prefeito Pedra! Sampaio autorizou a Se- cretaria de Desenvolvimento Social a es- tender o benefício do feijão para os servi- dores municipais, que comprovadamen- te ganham menos de dois salários míni- mos por mês, que é a sua grande maioria. A Secretaria de Desenvolvimento So- cial está acabando de efetuar a distrítui- çáo do produto entre a população caren- te da Zona Urbana, entidades filantrópi- cas, como também aos cabos e soldados da Associação da Polícia Militar. Além disso vai distribuir também para as famí- lias que por algum motivo não se cadas- traram nas associações de bairros, para terem direito ao recebimento do feijão que foi doado pelo Governo Federal. Em Conquista, até agora, já foram be- neficiadas 9.048 famílias, com a distri- buição de 98 toneladas do produto. De- pois disso feito, a equipe que está coorde- nando todo o trabalho dará início à dis- tribuição entre os funcionários da Prefei- tura. Serão beneficiados mais de 3.000 servidores, e cada família vai receber seis quilos. Tudo para construção do piso ao telhado Líder em variedades e preços Ferragens e ferramentas. Completa linha de acabamento Rua Henrique Dias, 96 - PABX: (073)451-1129-Telex: 72-2699 Fax (073)451-1703 - Centro - Guanambi - Bahia 11 Integração do Vale, Junho, 1993
  • 12. Alunos estão preocupados com situação do colégio Cidade r e N Colepos estão em estado de penúria Pais fazem coleta de material didático a fim de que seus filhos possam aprender alguma coisa. Já no outro educandário, alunos assistem as aulas de pé. 0s colégios da rede estadual de ensino existentes em Guanambi estão completamente relegados ao descaso. Faltam carteiras, giz, material didático, além de atualização profissional. Recentemente, pais de alunos e professores do Colégio Estadual Luis Viana iniciaram uma campanha em busca de recursos para a aquisição de material didático, já que a verba prometida pela Secretária de Educação do Estado, Dirlene Mendonça, liberada depois de muito sacrifício, não foi suficiente para cobrir os gastos com o colégio. Dezenas de alunos estudam de pé, no Colégio Estadual João Durval Carneiro, localizado na Avenida Santos Dumont, em Guanambi. Já no Colégio Luis Viana, a situação não é menos precária: dezenas de estudantes ficam sem acompanhar as aulas devido à falta de giz e até mesmo papel para os professores. O quadro crítico de ambos educandários chamou a atenção de pais de alunos e professores, que acabaram realizando uma campanha pública, reivindicando ajuda para a compra de material didático, como álcool, papel e matriz. Muito embora já tenham reivindicado junto ao governo do estado uma atenção especial para os colégios, os diretores do João Durval e Luis Viana continuam sem recursos básicos. No João Durval Carneiro, a situação é periclitante, chegando ao ponto de os estudantes assistirem aulas de pé, já que não existem carteiras. "Em dias de prova, somos obrigados a chegar sempre antes do horário. Quem chega no horário não tem onde se sentar e faz as provas no chão", diz um dos alunos. Lá estudam cerca de 3 mil pessoas. Sem material - Já no Colégio Luis Viana, o problema se relaciona com a falta de material didático. Os alunos compram tudo aquilo que deveria existir no colégio, pois, conforme a nota distribuída pelos professores e pais de alunos, "as verbas repassadas pela Secretaria da Educação do Estado foram insuficientes para cobrir as despesas". Tudo isso levou "pais e Com dez cursos profissionalizantes em nível médio, será inaugurada no próximo ano, a Escola Agrotécnica Federal de Cuanambi. A informação é do deputado Prisco Vianna, que há anos vem reivindicando a instalação desse educandário na localidade de Ceraima. Agora, depois de cinco anos, o presidente Itamar Franco sancionou a Lei de criação e a liberação de recursos na ordem de US$6 milhões, para a obra, além de US$1 milhão para a compra de equipamentos adequados. Com capacidade para funcionar nos três turnos, com 36 professores, a Escola Agrotécnica Federal de Guanambi, está vinculada à Escola Federal de Catu. "Ela além de formar técnicos nas áreas de zootecnia, agricultura, também vai abranger cursos como o de analistas de sistemas" - salientou Prisco Vianna. A notícia de criação da escola foi recebida professores em reunião no dia 20 de maio a realizar campanha de arrecadação de materiais". com júbilo pela comunidade estudantil, que hoje se desloca para cidade como Montes Claros e Salvador, para concluírem seus estudos de segundo grau. "Sempre observei que havia uma necessidade grande nesse sentido. Tanto que, quando fui ministro de estado, em 1988, tratei de me empenhar na criação desta escola e a de Santa Inês. Hoje, felizmente, vejo coroado esse trabalho" - frisou o deputado, salientando que a escola, além de atender às necessidades da região, vai "dar um novo impulso às pesquisas e à cultura de uma forma geral". A localidade de Ceraima foi escolhida depois de o minucioso estudo técnico feito por especialistas do governo. Depois de muitos anos com suas obras paralisadas, a escola virá atender não apenas a Guanambi, como municípios que compõem o Vale do Algodão, já que será o único educandário especializado a funcionar em uma área de 32 municípios. Sai Escola Agrotécnica 12 lfltcgraçà() do Vale, .Junho, 1993
  • 13. POSTO COMUNITÁRIO DO RITO CAIÇARA SECRFrARM'sAuoE Vá: tomando conhecimento dos problemas "in loco" Cidade Programa alternativo na administraçao Prefeitura inicia visita aos bairros, ouve a população e atende reivindicações dentro do possível, já que Guanarnbi continua em estado de emergência istritos, povoados e bairros da zona rural e área urbana de Guanambi estão sendo visitados pelo prefeito Vá Boa Sorte e toda sua equipe. O programa faz parte do projeto Administração Itinerante, idealizada pela prefeitura. Vá pretende atender in loco as reivindicações das comunidades e, para tanto, esta levando consigo todo staff administrativo. Guanambi, que recentemente decretou estado de emergência, passa por um dos momentos mais difíceis de sua história, já que há mais de quatro meses não chove, gerando sérios problemas. Depois de manter uma reunião com todo secretariado, o prefeito Hildevaldo Boa Sorte, PMDB, decidiu decretar estado de emergência no município de Guanambi. A notícia já era aguardada pela população, principalmente moradores da zona rural, onde a situação é mais grave devido a falta de água, já que há vários meses não chove na região. Recentemente, reunido com líderes de 14 comunidades, na localidade de Morrinhos, o prefeito ouviu da população a afirmação de que só com a criação de frentes de serviços tudo poderia ser minorado. Como resposta, Vá Boa Sorte pediu que fose cadastrado um membro de cada família, a fim de que trabalhasse na frente criada pela município. ifinerante - Para tomar conhecimento dos graves problemas que afetam a população de Guanambi, Vá Boa Sorte decidiu ir com todo secretariado fazer uma visita aos bairros, distritos e povoados do município. Sua intenção é tratar diretamente com o povo, na área urbana, sobre os problemas que afetam a população. Durante um ou dois dias, o prefeito ficará em cada bairro, ouvindo as reivindicações e buscando soluções imediatas para os problemas. O mesmo acontecerá na zona rural, onde Vá irá se reunir com líderes comunitários, agricultores e produtores rurais. Sem obter recursos da esfera estadual, ele espera administrar Guanambi afetando o mínimo sua estrutura, já que o município passa por sérias dificuldades. Prefeito cumpre o prometido e doa feijao aos carentes Feijão: realidade para os carentes Cerca de 12 mil famílias taram beneficiadas com a distribuição de feijão no município de Guanambi. As 63 toneladas doadas pelo Governo Federal foram entregues na área urbana e zona rural, beneficiando a população carente do município. Coordenada pela primeira-dama e por membros da Secretaria de Saúde e Bem-Estar Social, a entrega do feijão agradou a comunidade, que atualmente vem enfrentando um dos piores momentos da região, devido à forre seca que assola os municípios do Vale do Algodão. Morrinhos, Mutans, Ceraima, Ventura, Poções e Suruá foram localidades beneficiadas com a entrega do feijão, na zona rural, enquanto que na área urbana, a distribuição foi feita em N postos localizados no Mercado Popular, Igreja o bairro Alvorada e no Centro de Esportes. As famílias beneficiadas. 12 mil ao todo, receberam quantidades que variavam entre cinco a lO quilos do feijão, dependendo do percentual de membros. Até cinco pessoas, a família tinha garantido cinco quilos de feijão, enquanto que, quando o número de pessoas era superior, o responsável era beneficiado com lO quilos. Depois de um rigoroso cadastramento, a prefeitura fez a entrega das 63 toneladas de feijão, atendendo assim a uma doação do Governo Federal, oficializada há três meses, quando cerca de 45 municípios baianos receberam este benefício. 13 Integração do Vale, .Junho, 1993
  • 14. Cidade Mutans terá água potavel ja em 1994 Sistema atenderá o município até 2010. Quase kxla canalização se encontra pronta. A obra é uma das mais importante da região já que atenderá a duas localidades. té o ano de 2010 o distrito de Mutans, localizado em Guanambi e o município de Sebastião Laranjeiras, terão água corrente, potável, da melhor qualidade, sem defasagem de seu abastecimento. O fato se deve a conclusão da canalização da água do Rio Mandioba, para o distrito de Mutans nos próximos dias. Paralizadas há bastante tempo, as obas voltaram à tona devido a liberação de um recurso na ordem de Cr$2,5 bilhões, do Governo Federal, beneficiando assim toda comunidade. Paralisadas durante o governo Nilo Coelho, em fins de 1991, as obras de captação de água para Mutans, estão agora em ritmo acelerado. Segundo informações prestadas pela vereadora Sizalta Donato, PFL, "faltam apenas quatro quilômetros para que tudo seja concluído". O fato se deve a uma intervenção do deputado Prisco Viana, que conseguiu a liberação da verba e sua implementação na obra. Desta vez, garante a vereadora, "ao contrário do que ocorreu em 91, não haverá impedimento por parte das autoridades de Sebastião Laranjeiras". Juntamente com Prisco Vianna, Sizalta tambem conseguiu uma verba de Cr$1,5 bilhão, destinada à canalização de água para a sede de Sebastião Laranjeiras. Até o ano 2010, Mutans e a sede do município vizinho, terão água em abundância e da melhor qualidade, já que ela é considerada similar à mineral. "A água não precisa sequer ser tratada" - garante a vereadora, salientando que até agora foram construídos nove quilômetros da canalização e o que falta será entregue em curto espaço de tempo. Cenas como esta desaparecerão no distrito Secretaria do menor cria programa especial Os menores abandonados começam a ser amparados no município de Guanambi. A iniciativa é da Prefeitura Municipal através da Secretaria da Criança e do Adolescente, criada recentemente pelo prefeito Hildevaldo Boa Sorte. Tendo à frente João de Deus Cotrim, a secretaria tem como meta prioritária amparar crianças, jovens e até mesmo os idosos que se encontram nas ruas da cidade e na zona rural. Para o secretário, "os problemas sociais são grandes e hoje eles refletem principalmente nas crianças que acabam sendo abandonadas pelas famílias". O número crescente de menores semi- abandonados na cidade de Guanambi fez com que "a prefeitura tomasse a iniciativa de preparar um programa especial para a sociedade", salienta João Cotrim. Segundo ele, com o êxodo rural "e principalmente a doação de casas populares em gestões anteriores, fizeram com que a população da zona rural abandonasse o campo e procurasse a cidade". Tudo isso "sem estrutura adequada, propiciando o surgimento de inúmeros menores que saem de suas casas pela manhã e só retornam à noite". O número de subempregados também é um fenômeno que preocupa o titular da pasta e o prefeito Vá Boa Sorte. Segundo Cotrim, "para dar uma ocupação aos menores, a prefeitura resolveu incrementar um programa que estava esquecido há bastante tempo". Trata-se do programa Futuros Produtores do Nordeste. "Em outras palavras, os menores ficarão em uma área de oito hectares, onde aprenderão, através de cursos profissionalizantes, o que lhe couber". O projeto é coordenado pelo agrônomo Ariston Neves "e pode ser considerado uma redenção para quem vive hoje nas ruas, sem ter nada que fazer". Aproveitamento - Os menores abandonados que entrarem para os cursos serão aproveitados pela administração municipal, que indicará os locais onde eles ficarão empregados. "Até mesmo aqueles que hoje pedem esmolas nas portas de supermercados ou de lojas poderão ser aproveitados nessas mesmas lojas". Como se não bastasse, além do aproveitamento desses menores, a prefeitura pretende agilizar, através deles, a produção da merenda escolar. "Tanto no campo experimental onde o projeto será desenvolvido, quanto no dia-a-dia, eles contribuirão para que a merenda escolar seja produzida e distribuída nos colégios e entidades privadas que dela necessitem" - frisou o secretário. Além das crianças, os idosos também serão amparados pela secretaria "que já tem diversos planos em andamento a fim de que tudo corra bem e Guanambi não venha a ser, no futuro, mais uma vítima dos problemas sociais - finalizou Cotrim. Integração do Vale, Junho, 1993 14
  • 15. Dia 12—sábado —recepção, identificação, inspe- ção veterinária e localização dos animais da 6 às 12 horas 13— domingo - manhã livre 16b—Sonelida- de de abertura oficial da VIII Exposição —Desfile de animais - 17 horas— abilidades eqüestres 20 horas - show 14 —segunda - inscrição e pesagem dos10- vinos que são paJ$gamento 16 horas - rodeio 20 horas - shows e atrações com artistas tgionais -9 horas - continuação do julgamento dos bovinos 9:30 horas - início do julgamento dos equídeos 16 horas - pista livre para atividades eqüestres 20)soras - shows com artistas regionais W- -quarta - continuação do julgamento IS horas - pista livre para atividade eqüestres 20 horas - show com artistas regionais 17quinta - 17 horas - rodeio 20 horas - show com artistas regionais 18 -sexta 15 horas - ativida*equestres e concurso de marcha 20 horas - shows e atrações - Apresentação do cantor Sérgio Reis 19 -sábado 10 horas - escolha do melhor tratador de bovinos - Rodeio Escolha do melhor tratador de equídeos 20 horas - Show com artistas regionais 20domingo 10 horas entrega de taças e tro- féus aos proprietários de animais vencedores 16 horas - encerramento oficial - entrega de troféus aos grandes campeões - Desfile de animais 17 horas - Rodeio 20 horas - Show com artista regional Parque está todo reformado Cidade Produtores se reúnem em Guanambi Realizado /)e11 (bjiag e patrocinado pela Prel'eiuira I'vIiiiiiciul, a VIII' Exposição vai se (rans/brinar na maior festa da região. Entre as atraões, o cantor Sérgio Reis. PROGRAMAÇAO uanambi sedia de 13 a 20 deste mês, VIII Exposição Agrdpecuária. O evento, considerado o mais importante já realizado na região durante os últimos anos, além de reunir pecuaristas, estará contando ainda com a participação de agricultores vindos de todo o Vale do Algodão. Segundo o presidente da Coopag - Cooperativa Agropecuária de Guanambi, Walguimar Cotrim, a exposição irá enfocar pela primeira vez os problemas enfrentados pelos produtores na agricultura, indicando-lhes possíveis soluções, fato que jamais ocorreu em uma exposição desse porte. Muitos expositores estão com presença confirmada na festa que reunirá produtores baianos e mineiros. Serão 24 stands fixos, 30 quiosques, além de 90 barracas armadas dentro de padrões delimitados pela Coopag. Bancos como do Nordeste, Econômico, Baneb, CEF e Brasil estarão participando do evento, que pretende arrecadar, na bolsa de negociações e nos leilões, cerca de Cr$12 bi. Durante sete dias, de 13 a 20 de junho, os produtores terão oportunidade de conhecer as inovações agrícolas e pecuárias, além de travarem debates com autoridades e técnicos convidados pela Coopag, especialmente para orientar os agropecuaristas. Sucesso - Walguimar acredita no sucesso da exposição e para tanto, já conta com uma equipe de 50 pessoas trabalhando noite e dia no Parque de Exposições Gercino Coelho. Totalmente reformado, o parque atualmente tem condições de abrigar uma feira desse porte. "Há muito que ele se encontrava abandonado, mas, com muito esforço e ajuda dos produtores, a Coopag conseguiu reformá-lo, a fim de que sirva como cartão-postal para Guanambi". Todo este trabalho, segundo Walguimar, implica um sucesso absoluto da exposição. "Já sofremos bastante com a seca que assola toda região e por isso mesmo vamos incentivar a criatividade do produtor, mostrando-lhe as diversas formas de superar uma crise. Por esta razão é que acreditamos ter a exposição um sucesso absoluto". Os oito mil e quinhentos metros quadrados que formam o Parque de Exposições Gersino Coelho já se encontram totalmente prontos para a VIII Exposição Agropecuária de Guanambi. Totalmente reformado pela Coopag, com apoio da Prefeitura Municipal de Guanambi, o parque possui estruturas modernas, em alvenaria, além de ter sido totalmente recuperado, depois de ficar durante anos em abandono. Depois de longo tempo, a população de Guanambi vai reviver uni período áureo na agropecuária, que tem agora um verdadeiro salão de espoxições do mais alto nível. Os setes dias da festa dos produtores rurais do Vale do Algodão e municípios vizinhos serão marcados por eventos da mais alta importância para a região. Um deles será o Leilão que dará cerca de Cr$250 milhões em prêmios aos vencedores. O evento, realizado em conjunto com a VIII Exposição Agropecuária de Guanambi, pretende arrecadar, segundo o presidente da Coopag, cerca de Cr$12 bilhões. Em conjunto com a Cooperativa, a Prefeitura Municipal de Guanambi vem dando todo apoio à festa que este ano também contará com a participação do governo do estado, através da Secretaria da Agricultura. O setor agrícola também tem vez na festa Paralelo à exposição de animais e de produtos agrícolas da região, os participantes da VIII Exposição Agropecuária de Guanambi, participarão também de palestras e debates com técnicos vindos de órgãos oficiais e de entidades privadas. "Realizaremos um painel sobre a agropecuária de uma forma que os pequenos e médio produtores saiam beneficiados" - frisa Walguimar Cotrim, salientando que "os debates vão envolver técnicas da policultura e culturas de mandioca, sorgo, soja, feijão, milho, enfim tudo aquilo que tiver condições de ser plantado aqui". Acostumado à manocultura, o produtor rural do Vale do Algodão ainda acredita no sucesso do "ouro branco". Entretanto, "ele se esquece de que outras produções estão a sua altura e que tudo pode correr bem, bastando para isso ser orientado de uma forma objetiva. Nesse sentido, a Coopag não mede esforços. Queremos que a agricultura tenha uma representatividade máxima não apenas em Guanambi, como também nos municípios que compõem todo Vale do Algodão " - frisa o presidente da Cooperativa de Guanambi. Didática - Para viabilizar o entendimento entre técnicos e produtores, a Coopag está elaborando prospectos informativos sobre as culturas que podem ser aplicadas ao solo e clima da região. Nossa intenção é enfocar de uma forma objetiva e didática, tudo aquilo que está as vistas do homem do campo, porém que por falta de informação ele não absorve", Walguimar deixou claro que, "não é apenas de campeões de pecuária ou de monocultura que se faz um país; mas da força dos pequenos e médios agricultores que trabalham no anonimato e que hoje, com a exposição, terão também seu lugal ao sol. Integração do Vale, Junho, 1993
  • 16. O anunciador do Cristo, também teve morte trágica Filho de babel e Zauarias, prima de jesus Cristo, João Solvia foi concebido depois que sua mãe se encontrava coma idade avançada. Tanto que, seu pai poroso acreditar no tato, ficou mudo, voltando a lalasa ora dopou do navuimesro do filho. Duraste toda sua vida ele ficou a regar avunuiardo a vinda do Messias Cnstoj, rendo balsaado'O no Rio Jordão. 1000 Batuta, também cognominado de "a coa que clama no desena". 101 decapitado por ordem de Herodes. que atendes a um pedido de soa enseada, Salomt, dotaste retou Osfeateiusurines tao marrados pelo queima de fogos tvnsrieas e comidas bebidas tlpicai. dagundo dados históricos, o nasuimeoto de Suo louva ocorreu duranteo ralsticio e. naquela tproxi, era ca auta q isann colheu.. Prática utiliraí. há 3.500 Antes de Cr'aso, principalmente pelos egípcios. Cnincidgeviu ou ego, esse costume prrduma entre gregim e romanos. prircipalmenre sub o dominas do crittieotsmn que resolcru p,cvcicuia tradição, A igreia. por sua ora, uniu a tradição um tato hiotOrico lo nascimento de lona Batisiul e demos permaneuer a mesa lana, os logos eco fogueiras, onde em somo delco se rnuniom os-11 cultores, que debatiam sobre a ralra. e,`-11 lenda, logo após ser sou fitho, babel mondou acevdrr uma fuguesea no alta de um monte. fim de dano boa nova á Virgem, sua irma, conforme uma pmniesta feita notes co duas, um ano antes T,.dlçà. - No Brasil, a tradição lustra é maroada pelou pratos tiptaos como a oaet pamnoha, milho assado ou modo, bebida somo=, o sivhu Oriundas de culturas, moas comidas reprnoznsam boi, o álovo da crio isnina. que acabou se estendendo asI pelos hotéia de luso. Do mesmo modo que a queima de fogos; símbolo de alegria que ntroa tsdostna e hoje ultrapassa ai fronteiras do pala. Especial Ao pé da fogueira, comendo milho e bebendo quentão. É noite de São João. Dessa, ninguém escapa. Todo mundo deixa os grandes centros e corre para o interior. Ë lá que, curtindo o frio junino, se conversa, dança, brinca, solta-se foguetão. O dia do anunciador do Messias nunca passa despercebido. Nem a Santa Inquisição controlou o povo que foi às ruas sauda-lo. Quer casar? Então apele para as "simpatias" Aproxidamettte 500 mil pesso as ertarão deixando a capital dp estado durante o período junino. Onibun extras, fendes em maior número, além de v&u soperlotadcss, são a restsmta daqueles que rido perdem um São Iodo no interior ou em ootros estados. Para este ano, o DTT—Departameoto de Transportes e Terminais, está com um sistema de segurança á altura. atendendo a todos aqueles que forem á estação rtxloviária embarcar ou desensburuusr. No Sudoeste baiano, a festa toma conta de lodos os municípios, principalmente os que formam o Vale do Algodão. O frio característico, bebidas e comidas tiptcas, além do som peculiar das músicas juninas, anunciam no dos mais importantes penados pura a população interiorana do pais. A tradição dos festejos Juninos que durante algum tempo ficou relegada em esquecimento, retorna com uma força ainda maior. Cidades de diversas partes do país, principalmente na Bahia, de.. de lado as missicas de épexa e passam a ouvir apenas canções típicas ou a conhecida música sertaneja. Elas identificam o homem do campo com o período eiit quero santos Aol onio. João, Paulo e Pedro são lembrados com mais cotensidade. Cidades integrantes do Vate do Algodão, entre elas Guaoambi, fã estão com seus feslejos prsgs'amadcuv. Artistas de ativeI nacional e, particularmente os da região, já estão a postos, com contratos fechados, para se apresentarem. Em Igaporã, por exemplo, a Praça do Forrú, existente há II anos, tcaosfo,stta.sc nesse período em um ssatt bato da animação. Ruas enfeitadas, Igaporã recebe um grande número de turistas 16 e. para este ano, espeta-se que supere as expectativas. Nem mesmo o frio intenso que marca o municlpto atuaIs aqueles que ficam até o dia amanhecer, bebendo, comendo e dançando quadrilha em plena via pública. R.vlr.ndo -A tradição dos festejes juninos começou a ser revivida nos anos 80, talvez devido ao êxodo rural que na década de 70 dominou todo pais. A música junina. que sofreu uma mudança há cerca de 20 anos, chega a esta época do ano a se transformar no 'brtust" em lodo os locais. Até os anos 60, o mestre Lua (Luis Gonzaga), Trio Nordestino, Gordurinha e Mminãs e sua gente eram sinônimo de São João, no tocante á música. Hoje, dos nordestinos. apenas Geni vai Lacmrda. de Campina Grande— PB, se mantém como o "rei" do forré. A influência da música pop na música junina (não confundir coma sertanejo), entretanto, não alterou a animação da festa. Um dos exemplos pode ser visto nas milhares de quadrilhas cais lentes em todo pais. Diferenciam pelo ritmo. mas nunca pelo género musical. Até mesmo as "ordens" do marcador da quadrilha podem ser diferentes, entretanto, asco função e o direcionaanento da diversão permanecem como es mesmos. Com origem francesa, a quadrilha se espalhou no Brasil durante o período colonial. Acredita-se que, os empregados de engenhos de cana-ide- açúcar, vendo ossenhores dançando ronco e minueto, adaptaram a dança para o popular. Tanto assim que as palavras de "ordem" ainda são dadas em alguns lugares em francês ou em Português, através de corruptela. Brincar ou dançar quadrilha é um duvertintento que, quem quer sentir depeno o São João, não deve perder. Diversas suo as "simpatias" que ajudam as Insanas durante os fesiejos iuninos. Diz a crendice poulae que, quem se toma compadre de 'fogueira' na seja. durante os festejos junioos. jam , ais toderú quebrar a palavra. Esta e outra simpatias" preenchem inúmeras páginas na hotória de nosso fololore. Algumas vieram de longe. mm os primeiros portugueses. Outras surgiram aqui mesmo nu Brasil. segundo Luis do Cumaro Cancudo, em seu Dicionário do Folclore Brasileiro. Entretanto, o que importai que essas "simpatias" um um alento u quem brinca e hnmenageia o Ferries circulam com hora marcada durante os festejos 4.1 - A CNB - Companhia de Navegação galsiuoa, iiestá vendendo as passagevi para os lemes panas periodo iunirn. Ao modas tiserum inicio em maior milhares de toaioas traem filas nos pontos * do venda, bu,uardo passagem mm "horáriar marcado', a fim de fasili-`—28— * para o insermr Da usuuríoo dos teeeies J podem comprar o bilheie na lorena ida e sul ia. de uma sã ora, nos ptoros durribuidco em ahoppinaa mnters de Salvador. Durante n pedalo dotas João, do 11. 29 de lurbu. o Ssienra Hora Marcada sai otnreser 20 horários por dia aos usuário, que sedoslmam de Salvador paras intenor, asnado da Ilha de ltaparica. Para o retomo, 29 da junho, o Hora Marrada tamhim terá horários amem hora. 01h45, 011130 e 3h da manhã. A CNB colocara ..,.h.—~ em tráfego, 1á que a cada ano que e, passa, mais n'goa, deisam de argusr pela BR 324, para por medida de evonomsa, 0551soar o sistema lerry'boas, nas aiaarss iotnriaraoas. São João. Eu algumas delas. Para melhor se divertir, faça pelo menos uma. - Pura saberqual o nome ou as Iniciam do futuro marido, a mulher deve enterrar urna fura na bananeira, na véspera de São 3030. Dia seguinte, ao retirá.la, verá marrado, pelo seiva da bananeira, co leiras ou o nome de seu lutam amor. -Outra "simpatia" está relacionada como fogo e a água. Pioga-se cera quente lpsogos de velal em uma bacia com águaparada. Os pingos 050 se juntando e acabam fonoando as iniciais do amado. A brincadeira compre é tesa na véspera e a resposta se obtem ova dia. - Paro maoler os dentes fortes, deve.se escovar toda boca mm co cinzas da fogueira na manha do dia 24. Dai por diante, adeus cáries' - Guasda.se um lenho, por pequeno que seja, que lenha sobrado no dia 24. Deve-se colocá-lo em lugar seguro e longe das rotinas diárias. Quando houver ama tempestade, joga-se esse lenho mesmo vento. Pronto: deus teespeslude. - Para se tornar compadre de fogueira, deve-se fazer um juramento de maiôs dados(aperto de muosl sobre o fogueira. Suporta-se o logo e assim será também a amizade. - tina bandeira de Suo 1000 cair do mastro, o doeu da cana morrerá dentro de um ano. Pede também ver um "aviso" de que naquele momento, alguém muito querido da famllia, acaba de mor— CAPELA - Coroa feita de folhagem verde. Antes do sol oascer, co mulheres devem colocá-la sobes a cabeça. 'FOGO - Pegvse oa mSo da P. e cnuze.se a fogoeira arOs veees, dizendo: "São Pedro, São Paulo, todos os santos sejam vossos pau!" Escolha o roteiro, caia na estrada e feliz São João - Oismsdiasde testa. De- lia 29, cam shooa de Amelinha, 23, Xangai, 20, Edgar Má. Branca, 27e Domsngoishm, da 29, nnusrrurdc u testa. Local: Praça do Forró. SENHOR 00 BONFIM - Marcada pela guerra das estiadas, o municlp'su ar transforma em uma festa. principalmente na asna rural. Na uma urbana, com boca belga, atraiam sem munem de turistas durante ame semana. CRUZ DAS ALMAS - Guerra de espalme muita bebida Cidade localizada peásisro a Feira de Santano, atrai turistas que causem a qunima de fagueiras que san espalhadas por soda csssrn da cidade, JUAZEIRO - L000licada no norte do estado, divisa com Pemambuco. tem Suo IsSo marcado pelo torro e as sradiçnes ainda mais arsuigadas. O torne mesmo é ficar ás margens do Suo Francisco, assistindo qaadilhco dsruntr toda noite. 17 tnsucr.ic.tt, d i ulc,.Isat,lass, 1993
  • 17. Entrevista Algodão pode ser a saída para crise Uma melhor atenção política e implementos econômicos oriundos das esferas federal, estadual e municipal, podem trazer de volta para Guanambi, o título de rainha do ouro branco. 0plantio de algodão pode ser um bom investimento a depender dos insumos encontrados. O que já represen- tou grande parte da balança comercial do país e hoje decaiu bastante, pode ter seu qua- dro revertido a meio prazo, caso haja uma to- mada de posição, principalmente no tocante à política agrícola, por parte do Governo Fe- deral. Segundo o empresário e presidente da ABABE-Associação Baiana dos Beneficiado- res de Algodão, Luís Carlos Fernandes, de Souza, o "algodão pode ser a saída para inú- meros problemas brasileiros. Para isso, o Go- verno Federal deve ficar atento a criar subsí- dios que beneficiem pequeno, médio e gran- de produtores". Preocupado com a situação que ora toma conta da economia do país, ele disse que des- de a época do ex-ministro Maílson da Nóbre- ga "que era proibido falar em subsídios para a agricultura. Hoje, entretanto, já vemos a movimentação de deputados, inclusive da Bahia os da região cacaueira, por exemplo, conseguindo obter êxitos". Entretanto, no tocante ao algodão, que domina a região Su- doeste do estado, "nada ainda foi feito". Para Luís Carlos, hoje a produção do algodão na Bahia é representativa. "Poderíamos ter uma produção bem maior, porém as dificuldades são enormes e isso acaba gerando um prejuí- zo sem precedentes" - argumenta o produtor. Autor do maior projeto privado de irriga- Luis Carlos -"tudo depende do esforço em conjunto" ção do Norte e Nordeste, com 1.780 hecta- res, totalmente irrigados e férteis, Luís Car- los acredita que "o momento é de se pensar em uma política agrícola voltada para o país". Como exemplo, ele lembra que "ano passado, exportamos algodão, enquanto que este ano, estamos importando a metade do produto de países como os Estados Unidos e até mesmo o Paraguai". Trata-se de um dé- fict na produção causado, principalmente, "pela falta de subsídios. o governo devia ob- servar os demais países produtores e verificar que lá há subsídio suficiente para se deixar até o produtor sem plantar, a depender da sa- fra anterior e do controle de estoque. Já no Brasil, tudo fica mais caro e se acaba perden- do no tempo, pela falta de incentivos dos mais diversos". Distrito industrial - Uma das saídas para se dinamizar a crise poderia ser a insta- lação, em Guanambi, de um Distrito indus- trial. "Nós temos um bairro industrial, po- rém não há estrutura adequada a ser distrito. O que seria um distrito industrial?" - per- gunta Luís Carlos. "Nós, ali, além de contar- mos com os incentivos do governo, em suas diversas áreas e nas três esferas, teríamos também condições de ampliar o trabalho, qualificar ainda mais a mão-de-obra e, além de comercializarmos o algodão, teríamos fia- ção ou tecelagem". Entretanto, a idéia de Luís Carlos esbarra em um problema não menos curioso: não há interesse por parte das lideranças políticas da região e muito menos por parte do empresariado. Guarecofiape Recapaorem e Comércio de Pneus Ltda Especializada em reforço de Pneus Agrícolas - Balanceamento e Alinhamento de Rodas R. Otávio Mangabeira no . 296 Fones: (073) 451-1244 451-1363 Guanambi-BA 18 Integração do Vaie, Junho, 1993
  • 18. Entrevista "O único político que vem lutando para beneficiar essa área é o deputado federal Prisco Vianna. Ele já lutou em torno das necessidades, não apenas dos produtores, seja ele pequeno, médio ou gran- de, como também pela importância de man- ter o homem do campo onde ele se encontra, a fim de evitar o êxodo rural e, com isso, o subemprego". Entretanto, além da voz política e do asso- ciativismo por parte dos empresários regio- nais, faltam os incentivos fiscais que o gover no tem condições de dar, porém, só agora, é que comecam a despertar interesse. "Há o Imposto de Renda, o 1CM, outros impostos, enfim, uma gama de tributos que podem ser reestudados pela esfera federal e acompanha- dos por todos nós, a fim de que haja sucesso absoluto no projeto". Dessa forma, o quadro de declínio da cultura algodoeira em Gua- nambi e demais municípios baianos poderia ser revertido. Para isso, há idéias de que até mesmo o BIRD - Banco Interamericano de Desenvolvimento - venha a ajudar no su- cesso do projeto. Com o Distrito industrial, o homem do campo e o da área urbana, seriam aproveita- dos. Há um cálculo de que 100 pessoas traba- lhariam em cada uma das usinas. "Isso elimi naria grande parte do subemprego e seria um paliativo, talvez uma solução, para dezenas de problemas que perseguem a região". En- quanto isso, a produção do Sudoeste baiano está representada, hoje, apenas por 10% do que ela já foi em tempos passados. "Um de- clínio que reflete diretamente na economia de todo o país" - frisa o empresário. O algodão pode voltar a dominar a cultura Metade da safra está perdida Este ano o Brasil perdeu 50% da safra com relação ao ano de 1992. O prejuízo foi tamanho e as conseqüências estão sendo sentidas agora, com a importação do protudo. "Estamos importando cerca de 400 mil toneladas, a metade de nossa produção, de 800 mil toneladas, quando na verdade, se tivessemos insumos agrícolas e uma política subsidiada, nada disso teria acontecido" - salientou Luis Carlos Fernandes. Ao preço de hoje, o algodão importado equivale a Cr$24 trilhões de cruzeiros. "Essa quantia estaria no próprio país, caso estivessemos atendendo as reivindicações dos produtores, seja da Bahia ou de outro estado". Uma das maiores provas de que a crise vem afetando a cultura algodoeira, diz Luiz Carlos, é notado em estados como São Paulo e o Paraná, onde a laranja e outras culturas estão tomando conta das lavouras de algodão. "O nordestino além da tradição, mantém seu esforço. Mas o sul, o tem condições climáticas e econômicas de variar sua agricultura. E nós? O sul não precisa do Nordete. E o inverso. A realidade é outra" - frisa o presidente da ABABE. Preocupação - O empresário disse ainda 19 que se sente preocupado com a atual conjuntura agrícola nacional. "Nós temos o projeto Formoso, com 9 mil hectares, mas infelizmente apenas 1.200 hectares estão sendo utilizados. Ainda resta muito para se trabalhar. Ele pode ser a redenção do Nordeste no tocante à cultura algodeira". Uma das soluções apresentadas por Luis Carlos, é zerar a produção de 94. Estabilizar, acompanhado o comércio internacional, a fim de viabilizar a produção algodoeira no país e tê-la como alternativa maior. Com relação a seu projeto de uma fiação e tecelagem em Guanambi, ele acredita que ele é viável."Além de nós aproveitarmos a mão-de-obra local, iremos introduzir a fábrica de confecções. Elas vão surgindo, utilizando matéria-prima da região, gente da região, gerando divisas internas, alimentando 1CM e outros impostos. Trata- se de um lucro que deverá ser alcançado por quem acredita não apenas na Bahia, mas também no seu município". A indústria poderá vir a médio prazo, abrindo novas perspectivas para a população, que hoje sobrevive do subemprego, além de evitar o êxodo rural, um dos maiores problemas enfrentados pelas administrações municipais. Estabilidade O preço estabilizado no mercado externo pode ser averiguado através da Bolsa de Futuros de Nova Iorque. Para julho, a cotação prevê o preço de US$60,60 cent/libra; outubro, US$59,12 cent/libra; dezembro: US$58,43 cent/libra e para março de 1994, US$59,58 cent/libra. Enquanto isso, no Brasil, o algodão mais caro atualmente é o de Guanambi. "Pouca produção e os produtores ficam atrás da matéria-prima, comercializando entre si, e, por necessidade, acabam elevando o preço. No final, tudo se transforma em prejuízo" - frisa Luis Carlos. Déficit geral Das 52 usinas de algodão existentes no Sudoeste da Bahia, apenas 12 estão conseguindo funcionar. Somente com a implantação de um Distrito Industrial em Guanambi pode-se reverter este quadro que hoje causa sérios problemas e chega a inflacionar o preço do produto. A falta de interese político pode ser um dos problemas que agrava a situação de uma região que durante longos anos foi a "capital do ouro branco". Um outro detalhe é a falta de associativismo por parte dos empresários que tentam, a todo custo e sozinhos, encontrar um lugar ao sol. Integração do Vale, Junho, 1993
  • 19. AllMINISJAAAOIINDDOPOVOPRESIACNJ:MOVIMENTOÍINANCÍIRGA8RIE/8.1 "RECEITA + SL0Ü ANTERIOR CrS 39.241.96.44433 DESPESAS 41 227 50068 -RECURSOS DE CONY!NIOS E PREYMOC CrS43 fl') nin ri «SALDO ..Cr$ 7 OLHA DE PAGAMEI0 MAIO/93 PREVISÃ0J.CrS 1PASS!V0 REFERENTE 1992 CPS 41 1 Tadeu: sem receio, presta suas contas para todos 2 Minas Transparência e exemplo para o país Prefeito de Montes Carlos mostra, através de placas, quanto recebe, como gasta e o que faz com a verba municipal. A idéia vem agradando a toda população epois dos mutirões, a transparência administrativa, criatividade e desejo de acertar são os produtos hoje exportados para todo o Brasil, sem ônus, taxas ou qualquer tipo de imposto, cujo transporte não exige rodas, trilhos e muito menos asas. Assim, vem inovando a administração Montes Claros-União do Povo, do prefeito Luiz Tadeu Leite e seu vice, Athos Avelino Pereira, em que se observa nítida preocupação com o trato respeitoso à "res" pública. Em recente entrevista coletiva, o chefe do Executivo de Montes Claros respondeu à imprensa que, no tacante a obras, sua administração não começara ainda; todavia, no que concerne ao anseio popular de honestidade nos atos políticos e administrativos de nossos governantes, o Prefeito Luiz Tadeu Leite tem muito a anunciar: uma transparência administrativa do tamanho de um gigantesco outdoor de 9m x 3m, estrategicamente fixado em frente ao prédio da prefeitura, contendo números dos demonstrativos mensais de receitas, despesas, saldos e passivos herdados, painel-síntese dos documentos da administração postos à disposição do povo, em geral, na Secretaria Municipal de Fazenda e na Câmara Municipal de Vereadores. A recuperação foi a melhor possível, merecendo a medida elogios até mesmo de edis, que fazem rigorosa oposição ao prefeito Luiz Tadeu Leite. Do acima exposto, a análise: custa muito ao Brasil a honestidade de seus políticos e governantes? Quanto custa ao povo brasileiro seu pior câncer, o desrespeito e a corrupção, ubíquos ao poder público? Já não estamos todos ulcerados de tanta ladragem e incompetência daqueles que deveriam ser nossos espelhos? As iniciativas do prefeito Luiz Tadeu Leite são paradigmas para o Brasil. Honestidade é obrigação e não motivo de ufanismo. Mas, em se tratando deste país, quando um prefeito prima sua administração pelo respeito ao cidadão- contribuinte, é momento do exaltarmos, para assim (quem sabe) incentivarmos outras iniciativas que possam desencadear o rascunho de um Brasil melhor. Não fiquem margens de imaginação de que, em Montes Claros, as coisas viajam ao sabor melífluo das maravilhas. Isso não. O prefeito Luiz Tadeu Leite tem, hoje, um passivo herdado da gestão anterior, da ordem de Cr$45 bilhões para pagar, uma folha mensal de Cr$46 bilhões e uma arrecadação empacada e empatada deste último patamar, situação majorada pelo prejuízo mensal de Cr$15 bilhões, em conseqüência da greve no setor fazendário do Estado de Minas Gerais, somente e habilmente agora contornada em negociação de caráter provisório. Não obstante, mesmo em meio a uma crise financeira abrupta, o prefeito de Montes Claros busca, realizar uma administração cujo grande mérito é o da simplicidade, da coerência e da transparência respeitosa para com uma massa enorme de eleitores, cidadãos de Montes Claros merecedores desse respeito e de uma administração técnica e política capaz de nos situar verdadeiramente como pólo da vasta e sofrida região norte-mineira, cuja liderança temos obrigação de exercer. Ao povo, tudo. Ao administrador, a história. Criadores participam de festa em Janába Produtores de várias partes de Minas Gerais, além do Rio de janeiro e convidados especiais, participam de 6 a 20 de junho, da XIII Exposição Agropecuária de Janauba - Minas Gerais. O evento, coordenado pelo Sindicato Rural de Janauba, está sendo aguardado como um marco na vida economica do município. Cerca de 32 bilhões de cruzeiros deverão ser negociados durante os quatro dias, segundo informações prestadas pelo presidente do Sindicato Rural, Odilon Carvalhaes. :São 380 argolas, além de 7 baias, cada qual com capacidade para 20 animais. Além disso, uma intensa programação festiva Tudo pra gerar divisas alem da expectativa entre produtores e agrop<.cuaristas de Janauba e municípios vizinhos, participantes da XIII Exposição Agropecuária. O evento, de acordo com informações de Odilon Carvalhaes, "será grandioso por reunir além dos produtores locais, convidados para os leilões de várias partes do país". Carvalhaes adiantou que entre a programação, constam leilões nos dias 17, 18, 19 e 20, além de um leilão especial "já denominado de Leilão Elite, coordenado pela Colonial Agropecuparia". Entre os convidados para esse leilão, Odilon Carvalhaes lembrou que estão a Fazenda Progresso, João Carlos Moreira, José Armando Soares, Luis Mareio Carvalho, este de Uberaba, Osvan Mendonça, Pedras de Maria Agropécuária, Sebastião Mota, Canibira Agropecuária, Teragro Agropecuária e Vento Transportes, entre outros. "O evento, entretanto, não está apenas aí" - lembrou Odilon, salientando que para coroar toda festa, haverá shows de artistas especialmente convidados, como o RPM, trazendo Paulo Ricardo, Maurício & Mauri, Fernando Angelo e Banda Metrópolis, "bem como os artistas da terra, já que nosso intuito é prestigiar a todos" - frisou o presidente do Sindicato Rural de Janauba. Integração do Vale, ,Junho, 1993
  • 20. Produtorabenefjcjadora de a compra - venda e exportação de algodão em capulho e pluma Escritório - Rua Ruy Barbosa, 56— Tel: (073) 5411125 Usina - Centro Industrial - Bairro Indústria] - Tel: 4511371 GUANAMBI - BAHIA Minas Mineiros realizam a Feira da Paz O evento chega ao décimo sétimo ano sempre obtendo sucesso. Servas quer reunir um maior número de municípios, todos mostrando seus produtos de melhor qualidade. grande a movimentação dos mineiros nos preparativos da XVII Feira da Paz, o maior evento realizado anualmente pelo Serviço Voluntário de Assistência Social - ervas dirigido pela primeira-dama do estado, esposa do vice-governador, D Maria Coeli Porto. A pouco mais de um mês da festa, que acontecerá de 1 a 4 de julho, a expectativa dos coordenadores é de que o evento atinja seu objetivo maior: o de oferecer ao visitante da feira uma autêntica amostra do que é Minas Gerais. Neste novo perfil, o Servas busca uma participação mais efetiva dos municípios, dando a eles a oportunidade de mostrar suas riquezas, cultura e folclore. Durante os quatro dias, Belo Horizonte será a grande vitrine do estado. O local será o Minascentro, totalmente preparado para receber os participantes em stands apropriados. Além da comercialização dos produtos típicos de cada região, estão programados shows especiais para todos os dias, além de sorteios e uma ampla área para recreação e alimentação. APRESENTAÇÃO - Tradicionalmente o evento FEIRA DA PAZ, realizado pelo SERVAS vinha se caracterizando por uma visão regionalista e comercial. Era realizado com um volume de produtos estrangeiros bastante significativos, atrelados a outros produtos oriundos de pontos isolados do estado, o que configurava um evento basicamente comercial, sem uma preocupação efetiva de difundir as riquezas de Minas Gerais como um todo. Este ano, pretende-se alterar esta configuração, fazendo com que cada município, cada microrregião, possa mostrar suas riquezas, sua cultura, seu folclore, de modo a que o visitante da FEIRA possa ter uma amostra de Minas Gerais como um todo, de Norte a Sul, de leste a oeste. Este é o principal objetivo a ser perseguido na Feira da Paz 1993, ou seja, a abertura para todos os municípios, seja o mais distante ou o mais próximo da capital, mas que todos tenham iguais condições de mostrar tudo de que são capazes, sem a preocupação de ser um pequeno, médio ou grande Município, mas sim investido do orgulho de ser um município de Minas Gerais. Neste sentido é que está sendo mobilizada parte considerável da sociedade mineira, cabendo ressalvar, as secretarias de estado, a imprensa, órgãos federais, entidades assistenciais, empresas Privadas, enfim, todo um contingente estrategicamente mobilizado, para que se empreenda, no menor espaço de tempo possível, uma ação integrada e vigorosa em busca da solução definitiva da assistência social em nosso estado. 1 fltegraçu tio Xale, Junho, 1993
  • 21. Nagueifa,vence quemofereceos melhorespreços Gol, Mille Electronic e Chevette L são alguns dos modelos que já se encontram circulando normalmente pelo pais. Dos carros populares, apenas o da Ford se encontra desconhecido, já que não se sabe oficialmente se a empresa aderiu ou iiâo aos populares. O Gol tem 1.000 cilindradas e tem como vantagem a fabricante: Volkswagen. O Mifle Electronic, entre os populares, é o mais sofisticado. Com ignição eletrônica, ele possui tecnologia de ponta na última linha, concorrendo' direto com o Gol, não apenas em termos de preços, mas de vantagens oferecidas por seu fabricante, a Fiat. Enquanto isso, o ("hevi L. General Motors, tem um motor de 1.600 cilindradas, superando seus concorrentes, ambos com mil cilindrado. Com preços paralelos, os três veículos são hoje a coqueluche da classe média brasileira, isso é: se ainda existe classe média no pais dos populares 0COCOrMon Grupo local Avenida Bartolomeu de Gusmão, 750 Chevette L 1.6 Vitória da Conquista - Bahia Kadeti SL 1.8 TeL (073) 421-1200 Te]ex.(O 73)1580 CONSÓRCIO NACIONAL 001EM L Automobilismo Todo mundo quer um carro popular Dezenas de usuários ficam na fila à espera de uma chance. As marcas pouco importam O que vale mesmo é a batalha para conseguir um veículo bem barato. 0comércio de carros populares vem au- mentando a cada dia que se pas- sa em Guanambi e municípios vizinhos. Com apenas uma re- vendedora autorizada, a Guave- pe, o município passa por sérias dificuldades, já que é grande o número de pessoas interessadas em adquirir um carro popular. Desde o acordo feito entre Go- verno Federal e as montadoras, que esses veículos passaram a ter grande importância na vida econômico-financeira da nação. A medida que esses carros vão saindo às ruas, o mercado de carros usados começa a cair, não atingindo mais os índices al- cançados em anos passados. Atualmente existem cerca de 50 pessoas na lista de espera da Guavepe, em Guanambi, à es- pera de um carro popular. Se- gundo o gerente Rubens Fer- nandes Donato, a procura é grande "mas só recebemos cinco veículos por mês, o que dificulta bastante a comercialização". O fato que vem acontecendo em Guanambi com a revendedora Volkswagen também atinge ou- tras cidades de grande porte, on- de a procura pelos carros popu- lares é grande. Em Salvador a si- tuação é idêntica. Leva o carro popular quem estiver na frente, depois de enfrentar uma grande fila, em qualquer uma das con- cessionárias autorizadas. Fenômeno - O fenômeno do carro popular surgiu em fins de março, quando o presidente Itamar Franco fechou um acor- do com as montadoras. O assun- to agradou a gregos e troianos, mas logo fez surgir um novo im- passe. O atraso na entrega. As montadoras passaram acusar os fornecedores de autopeças e es- tes, por sua vez, alegaram falta de matéria-prima. Enquanto is- so, o fenônemo do carro popu- lar continuou "sobrando" para o consumidor que hoje enfrenta longas filas de espera. Enquanto isso, os carros de luxo caíram de cotação na vendagem. "Nós so- mos obrigados muitas vezes a vender um carro de luxo por um preço inferior ao real, só para não ficarmos com ele no pátio" informa Rubens Donato, salien- tando que "é melhor perder em lucro que na cota mensal". Enquanto a procura pelos carros populares aumenta, o co- mércio de carros usados começa a declinar. Isso em conseqüên- cia de o usuário do carro popu- lar ser um e o de carros usados, ser outro totalmente diferente. Com relação a 1994, os carros populares serão obrigados, por lei, a ter injeção eletrônica, além de outras peças sofisticadas. "Só para se ter uma idéia, uma des- sas peças custa cerca de US$ 1.700" - frisa o gerente da Guavepe. Isso, entretanto, não vai inibir a comercialização des- ses veículos. Atualmente a maior dificul- dade enfrentada pelo gerente da Guavepe na venda desses carros está relacionada com a entrega. Se houvesse um maior número de veículos por mês, além de não haver uma fila de espera tão longa, de certo haveria uma maior procura. Muitas pessoas não gostam de aguardar a vez e preferem adquirir um carro mais caro, quando na verdade gostaria de ter um veículo popu- lar" - frisa Donato. Se as mon- tadoras tivessem uma entrega à altura, então nenhum problema existiria entreconsumidor e re- vendedor. "Em Guanambi seria importante termos mais autori- zadas na venda desses carros, pois mesmo sendo concorrente, teríamos uma maior oportuni- dade para se sentir de perto não apenas o lucro, como também a importância desses carros em uma sociedada como a nossa" -- finalizou Donato. Integração do Vale, ,Junho, 1993
  • 22. Enfoque Ele semeia paz através do microfone Todos os domingos, milhares de pessoas ficam diante dos aparelhos de rádio só para ouvi-lo. Ao meio-dia em ponto, Jaldo Cabuy faz uma oração em busca da paz. I 'o ar, programa Jaldo Cambuy!" - Todos os domingos, às li ho- ras, milhares de pessoas estão ouvindo esse slogan na Rádio Alvorada. Dai em diante, por duas horas ininterruptas, toda a cultura regional, problemas e soluções são levados ao ar pelo radialista Jaldo Cambuy. Em apenas um ano de atuação na Alvo- rada, ele já conseguiu um índice de audiência em torno de 80%. Um sucesso absoluto, pelo menos em termo de rádio AM, quando o país a que nos referimos é o Brasil. Bancário há 25 anos, Jaldo Cambuy, natural de Jequié, criado em Poções, hoje ele é cidadão Hono- rário de Guanambi. Criador do primeiro conjunto musical da cidade, em 68, "ele tinha o nome de The Statles boys", uma alusão aos bons rapazes, em número de sete, que faziam parte do grupo, sa- lienta Jaldo. Hoje, depois de tantos anos, "temos o encontro de gerações, especializado em música dos anos 60, e continuamos tocando em bailes e onde somos convidados. Tudo sem fins lucrativos". Por gostar de comunicação "adoro me entrosar e levar a cultura para o homem do campo, acabei unindo a leitura diária dos jornais e os programas especiais de rádios com a música. Ou seja: resumo o dia-a-dia, fujo á linguagem técnica e falo a lin- guagem do homem comum". Um dos pontos mar- Cambuy-bancário e radialis- ta a um só tempo cantes do programa é a Oração do Meio-Dia. 'Nes- se horário, faço uma oração ouvida por todas as pessoas. Trata-se de uma oração que escrevi há oi- to anos e tenho por ela um amor especial". Segun- do o radialista, a oração surgiu "por uma questão de fé. Sou extremamente religioso e creio que a maneira pela qual a gente se comunica com Deus é através da oração. Por ela, conseguimos tudo. Tu- do depende da fé" - salienta Jaldo. Exemplos - Essa fé, Jaldo enfoca o maior exemplo com sua vida. Além disso, diversos temas são enfocados durante o programa "como o sexo, drogas, crimes, legislação etc. Reúno especialistas de várias áreas e faço uma mesa-redonda. Os ou- vintes acabam unindo o útil ao agradável". A pro- va do sucesso do programa é o número de pessoas que chegam aos domingos à Alvorada. "Cartas com pedidos de colchões, passagens, remédios, tu- do é solicitado. Não dou, mas peço a meus ouvin- tes e eles acabam conseguindo. Isso, para mim, é a felicidade, o êxito de meu esforço". Hoje, com um livro escrito "pela metade", como ele faz questão de frisar, Jaldo se sente um homem realizado. "Estou preparando meu livro, ainda sem título, onde reúno crônicas, artigos, pensamentos, conselhos, poemas. Trata-se de minha visão sobre a vida". Casado, três filhos, Jaldo mantém sua roti- na diária, mas sem fugir ao cotidiano. "Minha maior alegria, por exemplo, será a formatura de minha filha, no final do ano, em Direito". Enquan- to isso, Jaldo continua trabalhando de domingo a domingo, enquanto seus ouvintes aguardam a che- gada do domingo, ansiosos para ouvirem a Oração do Meio Dia. ORAÇÃO DO MEIO-DIA Ó Deus que tudo sabe, que tudo pode e que tudo coordena... Neste momento, Pai, ouve as nossas preces, ouve as nossas súplicas e que um raio do vosso amor e da vossa bondade encha nossos corações, nossos corpos e faça com que estejamos, neste instante, em perfeita sintonia convosco. E eu pediria, Pai não só esse instante, mas em todos os momentos da minha vida... Pai que as vossas bênçãos, que a vossa bondade nos transforme... que a partir de agora, nasca em mim um novo ser, puro, voltado só para o amor, a bondade e a paz. Que eu tenha tudo isso, Senhor, e possa não só desfrutar -mas -dá-me ânimo e muita fé para que eu possa levar esse amor e, essa paz aos meus irmãos, principalmente àqueles mais carentes. Pai Celestial, elevamos nossos pensamentos aos Céus e vos imploramos, vos pedimos por nossos irmãos que se encontram doentes -em suas raças ou hospitais. Pedimos que suas dores sejam aliviadas, que a saúde seja restabelecida em seus corpos, que vossa energia divina processe a cura das doenças que estão acometidas. Aproveitamos este momento para vos pedir também, Pai, que mude os corações embrutecidos dos homens, corações esses em sua maioria dominados pela ganância, pela indiferença, pelo desamor e sobretudo pela falta de fé. Mude também, Senhor, as atitudes daqueles que nos governam, daqueles que detêm o poder de decisão, poder político em suas mãos. Que ajam, em todo o mundo, - com menos egoísmo, com menos vaidade, com menos interesse próprio e saibam partilhar com igualdade o bem público que administram, em beneficio de todos. Que rrssem também as condutas administrativas massacrantes para com as pessoas, para com os povos, como sejam: baixos salários, desemprego, fome que cri am um clima de revolta, de insatisfação e humilhação nos seres humanos... Vos pedimos também, Senhor, que haja paz no mundo. Paz entre os homens. Que cessem as guerras, os conflitos, as discórdias, as mortes e os sofrimentos tão desnecessários que estão destruindo os-homens, famílias e dividindo nações. Que o homem procure praticar e pensar no bem comum e na harmonia, coisas que unem as pessoas e não pratiquem o Ódio, que só faz destruir. Senhor, de maneira especial, também vos pedimos: proteja as nossas crianças, principalmente as carentes, desamparadas, sem pai, sem mãe, sem abrigo, sem lar e que hoje se constituem num dos maiores problema da nossa sociedade. Proteja e abençõa as crianças de hoje -todas elas -e que essas mesmas crianças de hoje possam ser amanhã, os homens e as mulheres do futuro que farão deste mundo um lugar bem melhor para se viver -aquela vivencia de fraternidade e harmonia entre as pessoas. Enfim, Pai, perdoa as nossas fraquezas, nossos pecados e, sobretudo, as nosas omissões. Faça nascer em cada um de nós, neste instante, um novo homem, uma nova mulher, com uma nova mentalidade e comportamento e que possamos estar em permanente comunhão convosco. E, neste instante final da nossa prece, vos pedimos humildemente e com muita fé, acreditando em vossa bondade e supremo amor, que fluidos positivos das vossas graças estejam nessa água que agora vamos beber... que essa água seja o alimento espiritual que tanto necessitamos, que seja o remédio, o bálsamo para nossas dores, para os nossos problemas físicos e espirituais. Terminamos esse encontro de agora convosco, Senhor, plenamente confiantes de que seremos atendidos e acreditando piamente de que as vossas graças para nós serão abundantes. (Oração feita semanalmente no Programa "Jaldo Cambuy" -na Rádio Cultura de Guanambi) Integração do Vale, Junho, 1993 23
  • 23. M óveis em pedra, personalizados. Pisos e pias de ardósia Av. Barão do Rio Branco, 1656 B. São Francisco Guanambi-Bahia Turismo B2N2 turm IB # veste também ii o íw teflor Novos postos abrem perspectivas para municípios com alto potencial turístico. Visitantes são recebidos por pessoas qualificadas, treinadas para mostrar uma nova Bahia ais 12 municípios baianos receberão postos de informações turísticas, a fim de atender ao aumento da demana, verificado a partir do crescimento do número de visitantes. Os municípios de Itaparica, Vera Cruz, Lençóis, São Francisco do Conde, Madre de Deus, Lauro de Freitas, Camaçari, Porto Seguro, Ilhéus, Caravelas, Santa Cruz de Cabrália e Cachoeira estão instalando postos de infomações turísticas com apoio da Bahiatursa e das prefeituras locais. Em Salvador já existem postos permanentes no Pelourinho, Aeroporto, Estação Rodoviária, Barra, Palácio Rio Branco e Mercado Modelo. A informação é da Coordenadora da Unidade de Informações Turísticas da Bahiatursa, Gildene Larsen. Jovens de ambos os sexos daqueles municípios estão sendo treinados para ser recepcionistas dos postos de informação, bastando para isso possuírem nível universitário ligado às áreas de comunicação, história, geografia, arquitetura, administração hoteleira e turismo. Os candidatos devem falar pelo menos um idioma estrangeiro. Após a seleção, os jovens passarão à condição de estagiário, em regime de quatro horas/dia, num total de 20 horas semanal. Para o interior do estado, é exigido apenas que o candidato possua o segundo grau completo ou seja técnico em administração e pedagogia. Estes terão dois anos de estágio, além de treinamento de espanhol e inglês. Durante o treinamento, o jovem candidato aprenderá cultura baiana e terá cursos de hotelaria, geografia da Bahia e história. Aprendem a trabalhar com as pastas de informações sobre transportes, consulado, restaurantes etc. Terão ainda, avaliação mensal, no caso de serem da capital. No interior, a avaliação será feita semanalmente pelas secretarias de turismo locais. Os postos permanentes da capital que estão à disposição do turista ou dos moradores têm os seguintes telefones: Aeroporto - 204-1244; Pelourinho 321-2463; Rodoviária - 358-0871; Barra - 247-3197; Mercado Modelo - 241-0242; Centro de Convenções da Bahia - 370-8400 (segunda a sexta) no horário das 8h às 19h; Palácio Rio Branco - 241-4333/4047. 24 Integração do Vale, Junho, 1993