1. Anfíbios
Anatomia e grupos de interesse alimentar e
econômico
Disciplina: ANATOMIA, FISIOLOGIA E BIOLOGIA DO PESCADO
Professora: Eliana de Fátima Marques de Mesquita
Aluna : Silvia C. Reis Pereira Mello
Novembro
2005
2. Características dos anfíbios
Sistemática básica: A classe Amphibia está dividida em
três ordens, com mais de 4.000 espécies no mundo.
Urodelos: Possuem cauda desenvolvida. Ex:
Salamandras
Gymnophiona ou Ápodes: Não possuem patas. Ex:
Cecílias e Cobras cegas
Anura: Não tem cauda na fase adulta. Ex: Sapos, Rãs e
Pererecas
3. Características dos anfíbios
Anfíbios: do grego amphi, ambos-dos dois modos, e
bios, vida
pele úmida e lisa, glandulífera e sem escamas externas,
apta para a respiração cutânea (que nos anfíbios torna-
se mais importante que a respiração pulmonar)
dentes pequenos e esqueleto em grande parte
ossificado
são pecilotérmicos (animais de sangue frio)
coração com 3 cavidades: duas aurículas ou átrios e um
ventrículo (circulação fechada, dupla e incompleta)
4. Evolução
Passagem da água para a terra foi uma passo muito
significativo para a evolução
Os Crossopterígeos ( período Devoniano), foram os
ancestrais imediatos dos primeiros vertebrados
terrestres. A chamada saída das águas ocorreu há mais
ou menos 350 milhões de anos, alguns Crossopterígeos
subiram à terra origem dos anfíbios
A transmigração exigiu múltiplas transformações
anatômicas e fisiológicas resumo, transformação de
um girino em rã
Ichthyostega
5. Anatomia e Fisiologia das rãs
O corpo das rãs constitui-se de: Pele ou tegumento;
esqueleto; sistema muscular; sistema nervoso; sistema
glandular e nervoso; aparelho digestivo, aparelho
circulatório; aparelho respiratório; aparelho excretor;
aparelho reprodutor; órgãos do sentido
Pele Proteção; recepção de estímulos; respiração;
absorção de água; produção de muco
Epiderme: tecido conjuntivo. Na porção mais externa
glândulas e células de pigmento
Derme: Nervos e vasos sangüíneos (importantes na
respiração cutânea)
6. Anatomia...
Pele
Cor da pele melanóforos (preto ou castanho); lipóforos
(vermelho ou amarelo); guanóforos (cristais
esbranquiçados)
Cor principal pigmentos que absorvem alguns raios
luminosos
Pele dos girinos Contém células de pigmentos, mas é
aglandular
7. Esqueleto
Nas rãs: O esqueleto é ósseo, existindo algumas partes cartilaginosas,
Principalmente no crânio
Nos girinos: O esqueleto é todo formado por cartilagens, ossificando-se
com o tempo
Sistema muscular
Músculos lisos, estriados e cardíaco.
Sistema nervoso
Encéfalo, medula espinhal (central); nervos (periférico); (autônomo)
8. Sistema glandular
Tireóide, hipófise, pâncreas; supra renais (adrenalina); gônada
Aparelho digestivo
Rãs: Língua; cavidade bucal; esôfago; estômago; fígado;
intestino delgado; intestino grosso, cloaca e ânus.
Girino: Intestino longo ; estômago ( não verdadeiro), só começa a
secretar pepsina quando a cauda já está quase totalmente absorvida.
Aparelho circulatório
Coração (1 ventrículo e 2 aurículas); artérias; veias; sistema linfático;
linfa; sangue
Sistema circulatório duplo (circulação pulmonar e sistêmica) fechado e
incompleto
9. Aparelho Respiratório
Narina; cavidade nasal; faringe; laringe, pulmão; pele
Larvas e girinos: Respiração branquial 3 pares de brânquias
Brânquias externas larvas
Girinos Brânquias internas
Clímax da metamorfose brânquias são reabsorvidas e o pulmão já
está presente
Respiração buco-faríngea das rãs: Feita através da mucosa da cavidade
bucal (trocas gasosas): 4%
Respiração cutânea: 68%
Respiração pulmonar: 28%
10. Aparelho excretor
Rins; cloaca; bexiga urinária; pele
Produção de urina: verão 1/3 do peso da rã dia
Órgãos dos sentidos
Tato: pele
Audição: tímpano ( membrana timpânica)
Visão: Olho – estrutura semelhante ao do homem
Capacidade visual – Olhos assemelham-se a uma câmara
fotográfica Só forma imagens nítidas de objetos situados
além de uma determinada distância
11. Aparelho reprodutor
Gônadas; oviduto; cloaca
Girinos Gônadas estão presentes e podem ser visualizadas
com ajuda de equipamentos
Fecundação externa
Dimorfismo sexual da Rã-Touro (Lithobates catesbeianus).
Macho: Tímpano mais desenvolvido; papo amarelado; verrugas
núpcias; braços mais fortes; coaxar
Fêmea: Tímpano menos desenvolvido; papo creme ou branco;
abdômen dilatado
13. Breve Histórico da Ranicultura
1917: Cuba – Introdução do Cultivo Extensivo
Espécie: Lithobates catesbeianus (Shaw, 1802)
1928: Japão – Criação extensiva nos arrozais
Espécie: Lithobates catesbeianus
1935: Brasil
• Vinda para o Brasil de 300 casais de rã-touro gigante
(Lithobates catesbeianus)
• Implantação do maior ranário da América Latina:
Ranário Aurora
14. Principais características das rãs de interesse
comercial
Rana pipiens: Rã leopardo
Origem: América do Norte
Utilização: Pesquisa e cultivo para consumo nos USA e México
15. Principais...
Rana tigrina: Rã tigre
Origem: Ásia
Utilização: Pesquisa e cultivo para consumo na Tailândia, Taiwan
e Indonésia
17. Principais...
Rana temporaria
Origem: Europa
Utilização: Pesquisa e cultivo para consumo na Europa
Rana esculenta
Origem: Europa
Utilização: Pesquisa e cultivo para consumo na Europa
Rana Grylio
Origem: América do Norte
Utilização: captura para consumo humano
Caudiverbera caudiverbera
Origem: América do Sul
Utilização: Pesquisa e cultivo para consumo no Chile
20. Principais...
Lithobates catesbeianus: Rã- touro gigante
Origem América do Norte
Utilização: Pesquisa e cultivo para consumo humano nos Estados Unidos,
México, América Central, Ásia e América do Sul
Xenopus sp.
Anuro: Ornamental
Utilização: Aquariofilia
21. Família Ranidae
Rãs verdadeiras
Possuem membranas interdigitais bem desenvolvidas
nas patas traseiras
Rã – Touro Gigante
Precoce e prolífica
Rã adulta atinge 20 cm
Maturidade Sexual: 1 ano (peso: 150 a 250 g)
Produção de 2.000 a 5.000 óvulos na primeira desova
Desova – Massa gelatinosa
24. Sistemas de Criação
1. Primeira referência bibliográfica sobre instalações:
“ Ranário Aurora”: 1935 - Baixada Fluminense – RJ
Tanques retangulares ( piscinas) escavados na terra
intercalados com vegetação e cercados com folhas de zinco
Alimentação: “mosqueiros flutuantes”
2. Vizotto: 1975 - Cercado de rede de nylon e cobertura
com rede de pesca
Tanques retangulares ( piscinas) escavados na terra com
plataformas laterais para Alimentação
3. Fontanello ( 1980): modelo tanque-ilha cercado com tela
de nylon e cobertura com Rede de pesca
Alimentação no centro da ilha
25. 4. Oliveira: 1984 - Confinamento - Universidade Federal de Uberlândia
Piso de concreto e paredes de placas pré-moldadas, piscina e
cobertura parcial de telha
Densidade preconizada: 50 rãs/ m2
26. 5. Lima e Agostinho: 1988 – Sistema Anfigranja – Universidade
Federal de Viçosa
Galpões construídos em alvenaria, piso de concreto e distribuição
linear de cochos, abrigos e piscinas
27. 6. Fontanello: 1988 – Criação de rãs em Gaiolas
7. Fontanello: 1992 – Utilização de sistemas ( Tanque-ilha, confinamento
e Anfigranja)
Com cobertura de estufa plásticas – sistema climatizado
30. Ranicultura
Considerações finais
O maior produtor (China) ainda não está preparado
tecnologicamente para concorrer. Potencialmente, Taiwan,
Equador e México são os fortes concorrentes do Brasil na
oferta de rãs de cativeiro ao mercado internacional
A falta de planejamento na implantação e gerenciamento na
indústria de abate do Brasil, parecem ser responsáveis pelo
índice de ociosidade (cerca de 75%)
É pequena a participação da rã no mercado de
carnes
A criação de novos produtos (conservas, pré-elaborados,
patês) será uma oportunidade de ampliação de consumo a
médio prazo