SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 80
Baixar para ler offline
Cálculo dos Esforços em Vigas
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
Conceitos gerais
• Conceito de momento
É importante lembrar que momento é um esforço que
provoca giro.
À primeira vista a palavra momento não apresenta
qualquer relação com a palavra giro. No entanto, elas estão
ligadas por um fato histórico: na antiguidade, o tempo
(momento) era medido com relógios de sol, instrumento
constituído por uma haste vertical que, projetando sua
sombra num plano, indica a altura do Sol e as horas do dia.
Assim o tempo (momento) era medido pelo giro aparente
do Sol em tomo da Terra.
Conceitos gerais
Para ocorrer um giro ou momento físico é necessário
que existam duas forças iguais, de mesma direção, de
sentidos contrários e não colineares, o que se
denomina binário.
Conceitos gerais
Quanto mais afastadas estiverem as forças maior será a
intensidade de giro. Isso é fácil perceber quando se tira
o parafuso da roda do carro. Quanto maior for o braço
da ferramenta menor será a força necessária para
provocar o giro do parafuso.
Conceitos gerais
Conceitos gerais
Matematicamente, pode-se traduzir esse fenômeno
pela relação:
Exemplo: Seja determinar
o valor do momento da
força F1=2,0 tf em
relação ao ponto P1.
Conceitos gerais
Denomina-se distância da força ao ponto à menor
distância entre a linha de ação da força e o ponto.
Suponha o valor de d = 4m, logo o
momento de F1 em relação a P1 será:
Esforços nas vigas isostáticas
Quando carregadas por uma ou mais forças, as vigas
isostáticas deformam-se de maneira que suas seções,
antes paralelas, giram umas em relação às outras, de
forma que se afastam em uma das faces e se
aproximam em outra.
Esforços nas vigas isostáticas
Esforços nas vigas isostáticas
Esforços nas vigas isostáticas
Em todas essas situações, as vigas se deformam de
maneira que em relação ao eixo reto original aparecem
flechas.
Esforços nas vigas isostáticas
Este fenômeno é por isso denominado de flexão e o
esforço que provoca o giro das seções e o
aparecimento de flechas ao longo da viga, de momento
fletor. Sempre que o momento fletor varia de uma
seção para outra, o que é mais frequente, aparece na
viga a tendência de escorregamentos transversal e
longitudinal entre as seções verticais e horizontais da
viga.
Esforços nas vigas isostáticas
Ao esforço que tende a provocar o escorregarnento das fatias
longitudinais e transversais dá-se o nome de força cortante.
Esforços nas vigas isostáticas
Para comprovar que a força cortante sempre aparece
quando há variação do momento fletor, tome-se nas
mãos um maço de folhas de papel (umas 50 folhas).
Aplique-se em uma das extremidades um giro
(momento), deixando livre o outro extremo.
Esforços nas vigas isostáticas
Observe como as folhas escorregam.
Esforços nas vigas isostáticas
Esse fenômeno pode também ser observado na
ilustração:
Esforços nas vigas isostáticas
Em seguida, provoque concomitantemente giros de
mesma intensidade nas duas extremidades.
Observe que neste caso não há mais escorregamento das
tiras, pois o momento não varia de uma extremidade à
outra.
Esforços nas vigas isostáticas
Para dimensionar uma viga a flexão deve-se determinar os
valores de momento fletor e da força cortante de maneira
que se determine a largura e altura de sua seção, para que o
material do qual é feita possa resistir às tensões de tração e
de compressão provocadas pelo momento fletor e às
tensões tangenciais ou de cisalhamento provocadas pelas
forças cortantes.
Como se verá mais adiante, as tensões de cisalhamento
provocam também tensões de tração e de compressão em
planos inclinados em relação a seção transversal da viga.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
• Vigas bi apoiadas sem balanços
O equilíbrio externo das vigas depende das cargas que
atuam sobre as vigas e das reações a essas cargas
provocadas pelos vínculos, denominadas reações de apoio.
As primeiras cargas são denominadas cargas externas
ativas e as segundas, reativas.
Em uma viga, as cargas externas ativas são: cargas
distribuídas decorrentes do peso próprio da viga; as cargas
aplicadas pelas lajes e alvenarias; e as cargas concentradas
devidas a outras vigas que nela se apoiam.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Para determinação das cargas externas reativas, é
necessário conhecer-se as forças de reação que cada
vínculo é capaz de admitir.
Assim, um apoio articulado móvel, que permite giro e
deslocamento horizontal, só reage a forças verticais.
Portanto, esse vínculo só admite reação vertical. O vínculo
articulado fixo, por impedir deslocamento vertical e
horizontal, admite reações vertical e horizontal. O vínculo
engastado, que impede rotação e deslocamentos, admite
reação vertical, horizontal e momento.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Se, sob a ação das cargas externas ativas e reativas, a viga
estiver em equilíbrio estático valem as condições de
estabilidade já enunciadas, ou seja, não anda na horizontal,
não anda na vertical e não gira. Essas condições podem ser
traduzidas matematicamente pelas chamadas equações da
estática, ou seja:
- não anda na horizontal  𝐹𝐻 = 0
- não anda na vertical  𝐹𝑉 = 0
- não gira  𝑀 = 0
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Não andar na horizontal significa que a soma de todas as
forças na horizontal (incluindo as projeções horizontais
das forças inclinadas) deve resultar nula.
O mesmo para as forças verticais. Não girar significa que
os giros (momentos) que as forças ativas e reativas tendem
a provocar em relação a um ponto qualquer,
preestabelecido, são nulos.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Exemplo: determinar as reações de apoio da viga da figura
abaixo.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Denominem-se de A e B os apoios. Colocando a seguir as
reações possíveis em cada tipo de vínculo, tem-se:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Em seguida apliquem-se as três equações da estática:
𝐹𝐻 = 0, 𝐹𝑉 = 0 e 𝑀 = 0
Usando a primeira equação e convencionando um sinal
para as forças, ou seja, se a força horizontal tiver o sentido
da esquerda pra a direita será positiva, caso contrário
negativa. Essa convenção pode ser oposta a esta sem que
os resultados sofram qualquer alteração. Assim:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Como não existe nenhuma força horizontal atuando na
viga, a equação resulta no óbvio, ou seja, a reação
horizontal no apoio B é zero, não existe.
Aplicando a segunda
equação e também
convencionando que as
forças com sentido de
baixo para cima são
positivas e as de sentido
contrário negativas, tem-se:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Deve-se aplicar, ainda, a terceira equação, a que se refere
ao giro, convencionando-se que se a força tender a fazer a
viga girar no sentido horário, em relação a um ponto
qualquer escolhido, ela será positiva, caso contrário
negativa. Antes de aplicar essa terceira equação é
necessário escolher um ponto qualquer, mas qualquer
mesmo, para se tomar os momentos das forças ativas e
reativas que atuam na viga.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Para tomar o resultado mais rápido, recomenda-se que o
ponto escolhido (também denominado polo de momento)
para considerar os momentos das forças, seja um dos
apoios.
Seja, neste exemplo, o ponto B0 polo dos momentos.
Assim:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Considere-se o momento de
cada força, desconsiderando,
em princípio, as demais, ou
seja:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Portanto, tem-se:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Como M = F x d, no primeiro caso tem-se como força a
reação VA, cuja distância ao polo B é 5m. Sua tendência
de giro em relação a B é no sentido horário. Soma-se a esse
momento o momento da força de 2,0 tf, cuja distância ao
polo B é de 2 m e cujo sentido de giro em relação a B é
anti-horário.
No terceiro caso, a linha de ação da reação VB passa pelo
ponto B, logo sua distância a B é zero, o que resulta em um
momento nulo.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Completando-se a equação
2, tem-se:
Para determinar VB,
substitui-se o valor de VA
na equação 1:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Exercício: Calcular as reações de apoio para a viga da figura a
seguir.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Para simplificar o cálculo, pode-se generalizar os
resultados, usando uma força P qualquer atuando sobre a
viga de vão l qualquer e distante a e b dos apoios A e B,
respectivamente.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Desta maneira, basta aplicar diretamente essas relações
genéricas, sem necessidade de se determinar os valores das
reações usando, toda vez, as equações da estática.
Se houver mais de uma carga na viga, faz-se o cálculo das
reações parciais para cada carga, somando-se ao final esses
valores parciais para obter a reação total em cada apoio.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Exemplo:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
A viga deste exemplo pode ser decomposta em três vigas,
carregada cada uma com uma carga concentrada.
Calculam-se os valores das reações para cada viga e
somam-se esses valores parciais para obter o valor final.
Exemplo:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Somando-se os valores parciais,
tem-se:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
No caso de cargas uniformemente distribuídas sobre a
viga, tais como seu peso próprio, laje e alvenaria, usa-se o
artifício de substituir a carga distribuída pela sua resultante.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Como a carga distribuída é de 2,0 tf/m e o seu
comprimento é de 4 m, sua resultante é de P = 2,0 tf/m
x 4 m = 8,0 tf, aplicada no meio, ou seja:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Usando as equações da estática, desconsiderando a que
se refere a forças horizontais, já que só existem cargas
verticais atuando sobre a viga, tem-se:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Resultados que eram de se esperar: já que a carga é
uniformemente distribuída sobre toda a extensão da viga,
metade de seu valor vai para cada apoio. Generalizando,
considerando a carga distribuída q e o vão l, tem-se:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Exemplo: Calcular as reações de apoio da viga da figura.
Carga distribuída:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
1ª carga concentrada:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
2ª carga concentrada:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
• Vigas em balanço
Como foi visto, uma viga em balanço é aquela em que uma
das extremidades é totalmente livre de apoio e a outra
apresenta um apoio engastado.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Como o vínculo engastado não admite deslocamentos
horizontal e vertical e nem o giro da barra, ele é capaz de
absorver reações horizontais, verticais e momento.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Lembrar que a linha de ação da reação
VA passa pelo ponto A, escolhido como
polo dos momentos. Já o momento
reativo MA, apesar de estar atuando no
polo A, não se anula, porque ele já é um
momento e não uma força, por isso não
é multiplicado por qualquer distância.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
O resultado é esperado, pois o momento de P em relação ao apoio é o seu
valor P multiplicado pela sua distância ao apoio, bo, portanto P x bo .
Esse resultado pode ser generalizado para qualquer quantidade de cargas
concentradas.
Assim:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Exemplo: Calcular as reações de apoio para o balanço da figura.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
A viga da figura da página anterior pode ser decomposta em
três outras:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Somando todas as reações intermediárias, tem-se:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
No caso de carga distribuída, usa-se o mesmo artifício já usado
anteriormente: substitui-se a carga distribuída pela sua resultante. Assim:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
As vigas biapoiadas, já estudadas, também podem
apresentar balanços, o que não altera os procedimentos
vistos.
Suponha-se a situação da figura, onde só existe a carga
P concentrada aplicada no extremo do balanço:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
O resultado negativo para a reação VA indica que está ocorrendo um
arrancamento no apoio. Esse efeito que o momento do balanço causa nas
reações de apoio, aliviando o apoio oposto e sobrecarregando o apoio do
balanço é denominado efeito de alavanca. Pois, nessa situação, a viga se
comporta como uma alavanca, usada para levantar pesos.
Uma outra maneira de encaminhar a solução e que pode agilizar os
cálculos é considerar o vão independente do balanço, calcular o balanço
independentemente e aplicar o resultado ao vão.
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Assim:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Repare que os resultados são os mesmos. Prestando mais
atenção aos valores obtidos, pode-se notar que:
Sendo P x bo o momento devido ao balanço, tem-se que a
reação VA é o momento do balanço dividido pelo vão, ou seja:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Como P é a carga no balanço, tem-se que a reação VB é igual
às cargas existentes no balanço somadas ao momento do
balanço (P x bo), dividido pelo vão central, ou seja:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Considere-se a situação apresentada na figura a seguir:
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio
Equilíbrio externo das vigas -
Cálculo das reações de apoio

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Resistência dos materiais   r. c. hibbelerResistência dos materiais   r. c. hibbeler
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Meireles01
 

Mais procurados (20)

Resistência dos materiais
Resistência dos materiaisResistência dos materiais
Resistência dos materiais
 
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basic
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basicExercicios resolvidos -_hidraulica_basic
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basic
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
 
Aula diagramas
Aula diagramasAula diagramas
Aula diagramas
 
Rm exerc resolvidos
Rm exerc resolvidosRm exerc resolvidos
Rm exerc resolvidos
 
Exercícios sobre reações de apoio
Exercícios sobre reações de apoioExercícios sobre reações de apoio
Exercícios sobre reações de apoio
 
Resistência dos materiais
Resistência dos materiais   Resistência dos materiais
Resistência dos materiais
 
Solução da lista 2
Solução da lista 2Solução da lista 2
Solução da lista 2
 
Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2
Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2
Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2
 
Flexão simples
Flexão simplesFlexão simples
Flexão simples
 
Reações de Apoio em Estruturas
Reações de Apoio em EstruturasReações de Apoio em Estruturas
Reações de Apoio em Estruturas
 
Apoios: Móvel, Fixo e Engaste
Apoios: Móvel, Fixo e EngasteApoios: Móvel, Fixo e Engaste
Apoios: Móvel, Fixo e Engaste
 
Nbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frio
Nbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frioNbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frio
Nbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frio
 
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Resistência dos materiais   r. c. hibbelerResistência dos materiais   r. c. hibbeler
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
 
2. forças que atuam nas estruturas
2. forças que atuam nas estruturas2. forças que atuam nas estruturas
2. forças que atuam nas estruturas
 
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturasResistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
 
Sistema construtivo
Sistema construtivoSistema construtivo
Sistema construtivo
 
Apostila Teoria das Estruturas
Apostila Teoria das EstruturasApostila Teoria das Estruturas
Apostila Teoria das Estruturas
 
Aula 1 concreto armado
Aula 1 concreto armado Aula 1 concreto armado
Aula 1 concreto armado
 
Resistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - TorçãoResistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - Torção
 

Semelhante a 3. cálculo dos esforços em vigas

Cap 2 problemas estaticamente indeterminados
Cap 2   problemas estaticamente indeterminadosCap 2   problemas estaticamente indeterminados
Cap 2 problemas estaticamente indeterminados
Bianca Alencar
 

Semelhante a 3. cálculo dos esforços em vigas (20)

aula11.pdf
aula11.pdfaula11.pdf
aula11.pdf
 
Flexao plana.pdf
Flexao plana.pdfFlexao plana.pdf
Flexao plana.pdf
 
Aula11
Aula11Aula11
Aula11
 
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS INOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
 
Aula eliane1 0204
Aula eliane1 0204Aula eliane1 0204
Aula eliane1 0204
 
Cap 2 problemas estaticamente indeterminados
Cap 2   problemas estaticamente indeterminadosCap 2   problemas estaticamente indeterminados
Cap 2 problemas estaticamente indeterminados
 
Estatica dos-corpos-rigidos parte3
Estatica dos-corpos-rigidos parte3Estatica dos-corpos-rigidos parte3
Estatica dos-corpos-rigidos parte3
 
Estatica dos-corpos-rigidos parte3
Estatica dos-corpos-rigidos parte3Estatica dos-corpos-rigidos parte3
Estatica dos-corpos-rigidos parte3
 
Aula5 estruturasequaesdeequilbrioesttico
Aula5 estruturasequaesdeequilbrioestticoAula5 estruturasequaesdeequilbrioesttico
Aula5 estruturasequaesdeequilbrioesttico
 
Momento inercia
Momento inerciaMomento inercia
Momento inercia
 
www.CentroApoio.com - Física - Movimento Circular - Vídeo Aula
www.CentroApoio.com - Física - Movimento Circular - Vídeo Aulawww.CentroApoio.com - Física - Movimento Circular - Vídeo Aula
www.CentroApoio.com - Física - Movimento Circular - Vídeo Aula
 
Teoria res mat_uff
Teoria res mat_uffTeoria res mat_uff
Teoria res mat_uff
 
Estatica corpo-extenso-fisica-2-e.m
Estatica corpo-extenso-fisica-2-e.mEstatica corpo-extenso-fisica-2-e.m
Estatica corpo-extenso-fisica-2-e.m
 
07. trabalho e energia cinética
07. trabalho e energia cinética07. trabalho e energia cinética
07. trabalho e energia cinética
 
Aula 05 sistemas estruturais i alexandre
Aula 05 sistemas estruturais i alexandreAula 05 sistemas estruturais i alexandre
Aula 05 sistemas estruturais i alexandre
 
Aula estatica
Aula estaticaAula estatica
Aula estatica
 
Aula est+ítica
Aula est+íticaAula est+ítica
Aula est+ítica
 
Aula de Física: Conceitos, Grandezas, Força, Cinemática, Leis de Newton
Aula de Física: Conceitos, Grandezas, Força, Cinemática, Leis de NewtonAula de Física: Conceitos, Grandezas, Força, Cinemática, Leis de Newton
Aula de Física: Conceitos, Grandezas, Força, Cinemática, Leis de Newton
 
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas IsostáticasAplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
 
Cisalhamento
CisalhamentoCisalhamento
Cisalhamento
 

Mais de Willian De Sá

Mais de Willian De Sá (20)

Team 10. cap 3
Team 10. cap 3Team 10. cap 3
Team 10. cap 3
 
Alves tania estrutura ecologica urbana
 Alves tania estrutura ecologica urbana Alves tania estrutura ecologica urbana
Alves tania estrutura ecologica urbana
 
El jardin-de-la-metropoli
El jardin-de-la-metropoliEl jardin-de-la-metropoli
El jardin-de-la-metropoli
 
Ascher
AscherAscher
Ascher
 
Panero,dimensionamento humano c7 e 8
Panero,dimensionamento humano c7 e 8Panero,dimensionamento humano c7 e 8
Panero,dimensionamento humano c7 e 8
 
Panero,dimensionamento humano c1 e 2
Panero,dimensionamento humano c1 e 2Panero,dimensionamento humano c1 e 2
Panero,dimensionamento humano c1 e 2
 
Panero,dimensionamento humano c5 e 6
Panero,dimensionamento humano c5 e 6Panero,dimensionamento humano c5 e 6
Panero,dimensionamento humano c5 e 6
 
Panero, dimensionamento humano b3,4,5,6,7,8e9
Panero, dimensionamento humano b3,4,5,6,7,8e9Panero, dimensionamento humano b3,4,5,6,7,8e9
Panero, dimensionamento humano b3,4,5,6,7,8e9
 
Panero, dimensionamento humano b1e2
Panero, dimensionamento humano b1e2Panero, dimensionamento humano b1e2
Panero, dimensionamento humano b1e2
 
Panero, dimensionamento humano a3e4
Panero, dimensionamento humano a3e4Panero, dimensionamento humano a3e4
Panero, dimensionamento humano a3e4
 
Panero, dimensionamento humano a1e2
Panero, dimensionamento humano a1e2Panero, dimensionamento humano a1e2
Panero, dimensionamento humano a1e2
 
Programas de necessidades completo - ACUSTICA
Programas de necessidades completo - ACUSTICAProgramas de necessidades completo - ACUSTICA
Programas de necessidades completo - ACUSTICA
 
Apostila acustica
Apostila acusticaApostila acustica
Apostila acustica
 
Critérios básicos de estruturação
Critérios básicos de estruturaçãoCritérios básicos de estruturação
Critérios básicos de estruturação
 
Alvenaria estrutural
Alvenaria estruturalAlvenaria estrutural
Alvenaria estrutural
 
4. pre dimensionamento das estruturas
4. pre dimensionamento das estruturas4. pre dimensionamento das estruturas
4. pre dimensionamento das estruturas
 
Manual do desenho universal
Manual do desenho universalManual do desenho universal
Manual do desenho universal
 
Estrutura 14
Estrutura 14Estrutura 14
Estrutura 14
 
Prova acustica cortina de vidro fauusp 1
Prova  acustica cortina de vidro fauusp 1Prova  acustica cortina de vidro fauusp 1
Prova acustica cortina de vidro fauusp 1
 
Ensaios acústicos de laboratório
Ensaios acústicos de laboratórioEnsaios acústicos de laboratório
Ensaios acústicos de laboratório
 

Último

Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
AntonioVieira539017
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
lenapinto
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
RogrioGonalves41
 

Último (20)

Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 

3. cálculo dos esforços em vigas

  • 1. Cálculo dos Esforços em Vigas RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
  • 2. Conceitos gerais • Conceito de momento É importante lembrar que momento é um esforço que provoca giro. À primeira vista a palavra momento não apresenta qualquer relação com a palavra giro. No entanto, elas estão ligadas por um fato histórico: na antiguidade, o tempo (momento) era medido com relógios de sol, instrumento constituído por uma haste vertical que, projetando sua sombra num plano, indica a altura do Sol e as horas do dia. Assim o tempo (momento) era medido pelo giro aparente do Sol em tomo da Terra.
  • 3. Conceitos gerais Para ocorrer um giro ou momento físico é necessário que existam duas forças iguais, de mesma direção, de sentidos contrários e não colineares, o que se denomina binário.
  • 4. Conceitos gerais Quanto mais afastadas estiverem as forças maior será a intensidade de giro. Isso é fácil perceber quando se tira o parafuso da roda do carro. Quanto maior for o braço da ferramenta menor será a força necessária para provocar o giro do parafuso.
  • 6. Conceitos gerais Matematicamente, pode-se traduzir esse fenômeno pela relação: Exemplo: Seja determinar o valor do momento da força F1=2,0 tf em relação ao ponto P1.
  • 7. Conceitos gerais Denomina-se distância da força ao ponto à menor distância entre a linha de ação da força e o ponto. Suponha o valor de d = 4m, logo o momento de F1 em relação a P1 será:
  • 8. Esforços nas vigas isostáticas Quando carregadas por uma ou mais forças, as vigas isostáticas deformam-se de maneira que suas seções, antes paralelas, giram umas em relação às outras, de forma que se afastam em uma das faces e se aproximam em outra.
  • 9. Esforços nas vigas isostáticas
  • 10. Esforços nas vigas isostáticas
  • 11. Esforços nas vigas isostáticas Em todas essas situações, as vigas se deformam de maneira que em relação ao eixo reto original aparecem flechas.
  • 12. Esforços nas vigas isostáticas Este fenômeno é por isso denominado de flexão e o esforço que provoca o giro das seções e o aparecimento de flechas ao longo da viga, de momento fletor. Sempre que o momento fletor varia de uma seção para outra, o que é mais frequente, aparece na viga a tendência de escorregamentos transversal e longitudinal entre as seções verticais e horizontais da viga.
  • 13. Esforços nas vigas isostáticas Ao esforço que tende a provocar o escorregarnento das fatias longitudinais e transversais dá-se o nome de força cortante.
  • 14. Esforços nas vigas isostáticas Para comprovar que a força cortante sempre aparece quando há variação do momento fletor, tome-se nas mãos um maço de folhas de papel (umas 50 folhas). Aplique-se em uma das extremidades um giro (momento), deixando livre o outro extremo.
  • 15. Esforços nas vigas isostáticas Observe como as folhas escorregam.
  • 16. Esforços nas vigas isostáticas Esse fenômeno pode também ser observado na ilustração:
  • 17. Esforços nas vigas isostáticas Em seguida, provoque concomitantemente giros de mesma intensidade nas duas extremidades. Observe que neste caso não há mais escorregamento das tiras, pois o momento não varia de uma extremidade à outra.
  • 18. Esforços nas vigas isostáticas Para dimensionar uma viga a flexão deve-se determinar os valores de momento fletor e da força cortante de maneira que se determine a largura e altura de sua seção, para que o material do qual é feita possa resistir às tensões de tração e de compressão provocadas pelo momento fletor e às tensões tangenciais ou de cisalhamento provocadas pelas forças cortantes. Como se verá mais adiante, as tensões de cisalhamento provocam também tensões de tração e de compressão em planos inclinados em relação a seção transversal da viga.
  • 19. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio • Vigas bi apoiadas sem balanços O equilíbrio externo das vigas depende das cargas que atuam sobre as vigas e das reações a essas cargas provocadas pelos vínculos, denominadas reações de apoio. As primeiras cargas são denominadas cargas externas ativas e as segundas, reativas. Em uma viga, as cargas externas ativas são: cargas distribuídas decorrentes do peso próprio da viga; as cargas aplicadas pelas lajes e alvenarias; e as cargas concentradas devidas a outras vigas que nela se apoiam.
  • 20. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Para determinação das cargas externas reativas, é necessário conhecer-se as forças de reação que cada vínculo é capaz de admitir. Assim, um apoio articulado móvel, que permite giro e deslocamento horizontal, só reage a forças verticais. Portanto, esse vínculo só admite reação vertical. O vínculo articulado fixo, por impedir deslocamento vertical e horizontal, admite reações vertical e horizontal. O vínculo engastado, que impede rotação e deslocamentos, admite reação vertical, horizontal e momento.
  • 21. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 22. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Se, sob a ação das cargas externas ativas e reativas, a viga estiver em equilíbrio estático valem as condições de estabilidade já enunciadas, ou seja, não anda na horizontal, não anda na vertical e não gira. Essas condições podem ser traduzidas matematicamente pelas chamadas equações da estática, ou seja: - não anda na horizontal  𝐹𝐻 = 0 - não anda na vertical  𝐹𝑉 = 0 - não gira  𝑀 = 0
  • 23. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Não andar na horizontal significa que a soma de todas as forças na horizontal (incluindo as projeções horizontais das forças inclinadas) deve resultar nula. O mesmo para as forças verticais. Não girar significa que os giros (momentos) que as forças ativas e reativas tendem a provocar em relação a um ponto qualquer, preestabelecido, são nulos.
  • 24. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Exemplo: determinar as reações de apoio da viga da figura abaixo.
  • 25. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Denominem-se de A e B os apoios. Colocando a seguir as reações possíveis em cada tipo de vínculo, tem-se:
  • 26. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Em seguida apliquem-se as três equações da estática: 𝐹𝐻 = 0, 𝐹𝑉 = 0 e 𝑀 = 0 Usando a primeira equação e convencionando um sinal para as forças, ou seja, se a força horizontal tiver o sentido da esquerda pra a direita será positiva, caso contrário negativa. Essa convenção pode ser oposta a esta sem que os resultados sofram qualquer alteração. Assim:
  • 27. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Como não existe nenhuma força horizontal atuando na viga, a equação resulta no óbvio, ou seja, a reação horizontal no apoio B é zero, não existe. Aplicando a segunda equação e também convencionando que as forças com sentido de baixo para cima são positivas e as de sentido contrário negativas, tem-se:
  • 28. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Deve-se aplicar, ainda, a terceira equação, a que se refere ao giro, convencionando-se que se a força tender a fazer a viga girar no sentido horário, em relação a um ponto qualquer escolhido, ela será positiva, caso contrário negativa. Antes de aplicar essa terceira equação é necessário escolher um ponto qualquer, mas qualquer mesmo, para se tomar os momentos das forças ativas e reativas que atuam na viga.
  • 29. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Para tomar o resultado mais rápido, recomenda-se que o ponto escolhido (também denominado polo de momento) para considerar os momentos das forças, seja um dos apoios. Seja, neste exemplo, o ponto B0 polo dos momentos. Assim:
  • 30. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Considere-se o momento de cada força, desconsiderando, em princípio, as demais, ou seja:
  • 31. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 32. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 33. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 34. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Portanto, tem-se:
  • 35. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Como M = F x d, no primeiro caso tem-se como força a reação VA, cuja distância ao polo B é 5m. Sua tendência de giro em relação a B é no sentido horário. Soma-se a esse momento o momento da força de 2,0 tf, cuja distância ao polo B é de 2 m e cujo sentido de giro em relação a B é anti-horário. No terceiro caso, a linha de ação da reação VB passa pelo ponto B, logo sua distância a B é zero, o que resulta em um momento nulo.
  • 36. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Completando-se a equação 2, tem-se: Para determinar VB, substitui-se o valor de VA na equação 1:
  • 37. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Exercício: Calcular as reações de apoio para a viga da figura a seguir.
  • 38. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 39. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 40. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 41. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Para simplificar o cálculo, pode-se generalizar os resultados, usando uma força P qualquer atuando sobre a viga de vão l qualquer e distante a e b dos apoios A e B, respectivamente.
  • 42. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 43. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 44. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Desta maneira, basta aplicar diretamente essas relações genéricas, sem necessidade de se determinar os valores das reações usando, toda vez, as equações da estática. Se houver mais de uma carga na viga, faz-se o cálculo das reações parciais para cada carga, somando-se ao final esses valores parciais para obter a reação total em cada apoio.
  • 45. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Exemplo:
  • 46. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio A viga deste exemplo pode ser decomposta em três vigas, carregada cada uma com uma carga concentrada. Calculam-se os valores das reações para cada viga e somam-se esses valores parciais para obter o valor final. Exemplo:
  • 47. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 48. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Somando-se os valores parciais, tem-se:
  • 49. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio No caso de cargas uniformemente distribuídas sobre a viga, tais como seu peso próprio, laje e alvenaria, usa-se o artifício de substituir a carga distribuída pela sua resultante.
  • 50. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Como a carga distribuída é de 2,0 tf/m e o seu comprimento é de 4 m, sua resultante é de P = 2,0 tf/m x 4 m = 8,0 tf, aplicada no meio, ou seja:
  • 51. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Usando as equações da estática, desconsiderando a que se refere a forças horizontais, já que só existem cargas verticais atuando sobre a viga, tem-se:
  • 52. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 53. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 54. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Resultados que eram de se esperar: já que a carga é uniformemente distribuída sobre toda a extensão da viga, metade de seu valor vai para cada apoio. Generalizando, considerando a carga distribuída q e o vão l, tem-se:
  • 55. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 56. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Exemplo: Calcular as reações de apoio da viga da figura. Carga distribuída:
  • 57. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio 1ª carga concentrada:
  • 58. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio 2ª carga concentrada:
  • 59. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio • Vigas em balanço Como foi visto, uma viga em balanço é aquela em que uma das extremidades é totalmente livre de apoio e a outra apresenta um apoio engastado.
  • 60. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Como o vínculo engastado não admite deslocamentos horizontal e vertical e nem o giro da barra, ele é capaz de absorver reações horizontais, verticais e momento.
  • 61. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Lembrar que a linha de ação da reação VA passa pelo ponto A, escolhido como polo dos momentos. Já o momento reativo MA, apesar de estar atuando no polo A, não se anula, porque ele já é um momento e não uma força, por isso não é multiplicado por qualquer distância.
  • 62. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio O resultado é esperado, pois o momento de P em relação ao apoio é o seu valor P multiplicado pela sua distância ao apoio, bo, portanto P x bo . Esse resultado pode ser generalizado para qualquer quantidade de cargas concentradas. Assim:
  • 63. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Exemplo: Calcular as reações de apoio para o balanço da figura.
  • 64. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio A viga da figura da página anterior pode ser decomposta em três outras:
  • 65. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 66. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Somando todas as reações intermediárias, tem-se:
  • 67. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio No caso de carga distribuída, usa-se o mesmo artifício já usado anteriormente: substitui-se a carga distribuída pela sua resultante. Assim:
  • 68. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio As vigas biapoiadas, já estudadas, também podem apresentar balanços, o que não altera os procedimentos vistos. Suponha-se a situação da figura, onde só existe a carga P concentrada aplicada no extremo do balanço:
  • 69. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 70. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio O resultado negativo para a reação VA indica que está ocorrendo um arrancamento no apoio. Esse efeito que o momento do balanço causa nas reações de apoio, aliviando o apoio oposto e sobrecarregando o apoio do balanço é denominado efeito de alavanca. Pois, nessa situação, a viga se comporta como uma alavanca, usada para levantar pesos. Uma outra maneira de encaminhar a solução e que pode agilizar os cálculos é considerar o vão independente do balanço, calcular o balanço independentemente e aplicar o resultado ao vão.
  • 71. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Assim:
  • 72. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 73. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 74. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Repare que os resultados são os mesmos. Prestando mais atenção aos valores obtidos, pode-se notar que: Sendo P x bo o momento devido ao balanço, tem-se que a reação VA é o momento do balanço dividido pelo vão, ou seja:
  • 75. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Como P é a carga no balanço, tem-se que a reação VB é igual às cargas existentes no balanço somadas ao momento do balanço (P x bo), dividido pelo vão central, ou seja:
  • 76. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio Considere-se a situação apresentada na figura a seguir:
  • 77. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 78. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 79. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio
  • 80. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reações de apoio