SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Procedimentos Internos de controle
e delimitação do discurso


Como sistemas de exclusão que são internos ao
discurso Foucault se refere aos que são exeercidos
na linguagem e pela linguagem.



            •Comentário
            •Autoria
            •Disciplina
O princípio do comentário
 negar a existência da interpretação

 Considera a linguagem transparente.

 Portadora de uma “verdade” que advém do “especialista”
 Autoridade que organiza os sentidos

 Ex: textos bíblicos no sermão do padre ou do pastor. Ou
 ainda, o discurso de determinado lider de um partido
 político sobre o Marxismo para seus seguidores.

   Esses intérpretes negam o fato de que estão anexando seus
   valores e suas próprias crenças a suas palavras. De modo a ter
   sua interpretação associada à verdade que clamam proferir, se
   apegam na visão de que a linguagem é transparente, idêntica a
   si própria, inequívoca, como defendia a velha perspectiva
   estruturalista saussuriana.
Os diferentes marxismos e
cristianismos ratificam     a
presença da interpretação e a
existência do comentário.

Do mesmo modo, podemos
mencionar as diferentes
interpretações de uma lei para um
advogado de acusação e um outro
de defesa.
O princípio de Autoria.
A ilusão da origem do dizer:
tendemos a acreditar que somos a origem do que nós
pensamos, dizemos e fazemos.

Os seres humanos são seres sociais e, portanto, eles
são um produto da sua origem sócio-histórica.

Não podemos realmente dizer que nossas idéias são
originais, tampouco que pertencem a quem quer que
seja, uma vez que elas são produto de um contexto e
de um interdiscurso.

Quando Foucault fala de uma voz que fala antes
dele, está precisamente se referindo ao conceito de
interdiscurso, ou seja, todos os dizeres e sabers que
circulam e circularam antes de suas palavras.
O Restart, por exemplo, nada mais é do que uma
releitura da Blitz e de boybands inglesas e
americanas, assim como o Rouge era uma cópia das
Spicy Girls.
Foucault propõe que os textos (significados e
discursos) sempre existirão encadeados a outros
textos e discursos.

Esses textos dizem o que já foi dito antes ao dizer
algo a mais;

O que Foucault e software livre têm em comum?
De acordo com a perspectiva Foucaultiana, não faria sentido pagarmos direitos
autorais por qualquer tipo de produção intelectual (software, musica, livros)
pois tudo aquilo que é produzido por um suposto “autor” só veio a existir
graças aos outros “autores” anônimos que o precederam. Algo que é
produzido, de acordo com o pensamento Foucaultiano, sempre o é baseado
em um conhecimento/conceito/estética similar.
disciplina
Número de métodos, abordagens e conceitos que funcionam
para produzir um meio isolado de ação

ação rarefeita  acessível somente a uns poucos.
   As disciplinas vêm negar a existência do comentário
   alegando serem precisas e objetivas – especialmente no
   contexto positivista no qual Foucault estava inserido. Elas
   são compostas por verdades e lacunas. Podemos
   estabelecer um paralelo entre a disciplina e a linguagem e
   as “verdades disciplinares” e a polissemia.

   A disciplina funciona para tornar rarefeitos os meios de criação e circulação
   do saber refletindo, ainda, valores sociais. Do mesmo modo, a polissemia é
   delimitada e moldada pela linguagem, que reflete a sociedade.

   Estamos restritos, bitolados, pela disciplina em nossa busca pela “ verdade”.
AD e a disciplina

      A AD foi – e de certo modo ainda é – marginalizada por
não      se    restringir   a    uma      única     área  do
conhecimento, constituído-se como saber interdisciplinar.
Para estudar o discurso, os Analistas precisam lançar mão de
conceitos oriundos da filosofia, da psicologia, da
lingüística, da historia, da psicanálise e da sociologia sem
serem, contudo, filósofos, psicanalistas ou sociólogos.

      Quem estuda o discuso não é, portanto, especialista em
nenhuma das áreas mencionadas e pode vir a ser excluído
dos domínios acadêmicos, assim como aquele que estuda
literatura popular pode vir a ser excluído dos estudos
literários que partam de uma concepção canônica de
literatura.

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Aula 3 foucault
Aula 3   foucaultAula 3   foucault
Aula 3 foucaultJose Uchoa
 
Aula 4 foucault
Aula 4   foucaultAula 4   foucault
Aula 4 foucaultJose Uchoa
 
Se(r)ver entre línguas
Se(r)ver entre línguasSe(r)ver entre línguas
Se(r)ver entre línguasJose Uchoa
 
Aula 2 laraia - cap 2. det. geografico - cópia
Aula 2   laraia - cap 2. det. geografico - cópiaAula 2   laraia - cap 2. det. geografico - cópia
Aula 2 laraia - cap 2. det. geografico - cópiaJose Uchoa
 
Aula 1 laraia - intro e cap1 - det. biologico - cópia
Aula 1   laraia - intro e cap1 - det. biologico - cópiaAula 1   laraia - intro e cap1 - det. biologico - cópia
Aula 1 laraia - intro e cap1 - det. biologico - cópiaJose Uchoa
 
Unip aula 01 arc unip adm - cap 01 ok
Unip   aula 01 arc   unip adm - cap 01 okUnip   aula 01 arc   unip adm - cap 01 ok
Unip aula 01 arc unip adm - cap 01 okadmunip2013
 
Determinismo biológico e geográfico (03/04/2012)
Determinismo biológico e geográfico (03/04/2012)Determinismo biológico e geográfico (03/04/2012)
Determinismo biológico e geográfico (03/04/2012)ozgauche
 
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3admunip2013
 
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)Israel serique
 

Destaque (9)

Aula 3 foucault
Aula 3   foucaultAula 3   foucault
Aula 3 foucault
 
Aula 4 foucault
Aula 4   foucaultAula 4   foucault
Aula 4 foucault
 
Se(r)ver entre línguas
Se(r)ver entre línguasSe(r)ver entre línguas
Se(r)ver entre línguas
 
Aula 2 laraia - cap 2. det. geografico - cópia
Aula 2   laraia - cap 2. det. geografico - cópiaAula 2   laraia - cap 2. det. geografico - cópia
Aula 2 laraia - cap 2. det. geografico - cópia
 
Aula 1 laraia - intro e cap1 - det. biologico - cópia
Aula 1   laraia - intro e cap1 - det. biologico - cópiaAula 1   laraia - intro e cap1 - det. biologico - cópia
Aula 1 laraia - intro e cap1 - det. biologico - cópia
 
Unip aula 01 arc unip adm - cap 01 ok
Unip   aula 01 arc   unip adm - cap 01 okUnip   aula 01 arc   unip adm - cap 01 ok
Unip aula 01 arc unip adm - cap 01 ok
 
Determinismo biológico e geográfico (03/04/2012)
Determinismo biológico e geográfico (03/04/2012)Determinismo biológico e geográfico (03/04/2012)
Determinismo biológico e geográfico (03/04/2012)
 
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3
Homen e Sociedade - Cultura e Antropologia Aula 3
 
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)
 

Semelhante a Aula 5 foucault

Ideologia No Discurso De AnúNcios PublicitáRios
Ideologia No Discurso De AnúNcios PublicitáRiosIdeologia No Discurso De AnúNcios PublicitáRios
Ideologia No Discurso De AnúNcios PublicitáRiosguest2602454
 
Ideologia No Discurso De Anúncios Publicitários
Ideologia No Discurso De Anúncios PublicitáriosIdeologia No Discurso De Anúncios Publicitários
Ideologia No Discurso De Anúncios Publicitáriosguest2602454
 
Artigo Conceito de enunciado por Focault
Artigo Conceito de enunciado por  FocaultArtigo Conceito de enunciado por  Focault
Artigo Conceito de enunciado por FocaultCarlos Alberto Monteiro
 
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptanlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptadrianomcosta3
 
Campanha "Hope ensina": Uma análise dos estereótipos e ideologia envolvidas.
Campanha "Hope ensina": Uma análise dos estereótipos e ideologia envolvidas.Campanha "Hope ensina": Uma análise dos estereótipos e ideologia envolvidas.
Campanha "Hope ensina": Uma análise dos estereótipos e ideologia envolvidas.Julia Travaglini
 
Análise discursiva da lei maria da penha
Análise discursiva da lei maria da penhaAnálise discursiva da lei maria da penha
Análise discursiva da lei maria da penhaGleiciele Ferreira
 
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz FiorinResenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz FiorinJean Michel Gallo Soldatelli
 
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)  A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro) Mabel Teixeira
 
Www.filologia.org.br abf-rabf-8-122
Www.filologia.org.br abf-rabf-8-122Www.filologia.org.br abf-rabf-8-122
Www.filologia.org.br abf-rabf-8-122Carlos Bacelar
 
HOMENS QUE SÃO HOMENS NÃO CHORAM: A CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE MAS...
HOMENS QUE SÃO HOMENS NÃO CHORAM: A CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE MAS...HOMENS QUE SÃO HOMENS NÃO CHORAM: A CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE MAS...
HOMENS QUE SÃO HOMENS NÃO CHORAM: A CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE MAS...Denize Carneiro
 
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismo
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismoEssencialismo e anti essencialismo e pragmatismo
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismohilton leal
 
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s) língua(s)
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s)  língua(s)Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s)  língua(s)
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s) língua(s)Mariane Murakami
 
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasO banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasAtitude Digital
 

Semelhante a Aula 5 foucault (20)

Zeca Pagodinho
Zeca  PagodinhoZeca  Pagodinho
Zeca Pagodinho
 
Zeca Pagodinho
Zeca  PagodinhoZeca  Pagodinho
Zeca Pagodinho
 
Ideologia No Discurso De AnúNcios PublicitáRios
Ideologia No Discurso De AnúNcios PublicitáRiosIdeologia No Discurso De AnúNcios PublicitáRios
Ideologia No Discurso De AnúNcios PublicitáRios
 
Zeca Pagodinho
Zeca  PagodinhoZeca  Pagodinho
Zeca Pagodinho
 
Ideologia No Discurso De Anúncios Publicitários
Ideologia No Discurso De Anúncios PublicitáriosIdeologia No Discurso De Anúncios Publicitários
Ideologia No Discurso De Anúncios Publicitários
 
Artigo Conceito de enunciado por Focault
Artigo Conceito de enunciado por  FocaultArtigo Conceito de enunciado por  Focault
Artigo Conceito de enunciado por Focault
 
Análise de (do) discurso
Análise de (do) discursoAnálise de (do) discurso
Análise de (do) discurso
 
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptanlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
 
Campanha "Hope ensina": Uma análise dos estereótipos e ideologia envolvidas.
Campanha "Hope ensina": Uma análise dos estereótipos e ideologia envolvidas.Campanha "Hope ensina": Uma análise dos estereótipos e ideologia envolvidas.
Campanha "Hope ensina": Uma análise dos estereótipos e ideologia envolvidas.
 
Análise discursiva da lei maria da penha
Análise discursiva da lei maria da penhaAnálise discursiva da lei maria da penha
Análise discursiva da lei maria da penha
 
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz FiorinResenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
 
Resenha
ResenhaResenha
Resenha
 
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)  A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
 
Www.filologia.org.br abf-rabf-8-122
Www.filologia.org.br abf-rabf-8-122Www.filologia.org.br abf-rabf-8-122
Www.filologia.org.br abf-rabf-8-122
 
Paul Rieucouer
Paul RieucouerPaul Rieucouer
Paul Rieucouer
 
HOMENS QUE SÃO HOMENS NÃO CHORAM: A CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE MAS...
HOMENS QUE SÃO HOMENS NÃO CHORAM: A CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE MAS...HOMENS QUE SÃO HOMENS NÃO CHORAM: A CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE MAS...
HOMENS QUE SÃO HOMENS NÃO CHORAM: A CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE MAS...
 
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismo
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismoEssencialismo e anti essencialismo e pragmatismo
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismo
 
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s) língua(s)
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s)  língua(s)Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s)  língua(s)
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s) língua(s)
 
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasO banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
 
Eti cid sus_09_pdf
Eti cid sus_09_pdfEti cid sus_09_pdf
Eti cid sus_09_pdf
 

Mais de Jose Uchoa

Aula 3 exercícios wa
Aula 3   exercícios waAula 3   exercícios wa
Aula 3 exercícios waJose Uchoa
 
Aula 1 exercicios
Aula 1 exerciciosAula 1 exercicios
Aula 1 exerciciosJose Uchoa
 
Aula 3 exercicios
Aula 3   exerciciosAula 3   exercicios
Aula 3 exerciciosJose Uchoa
 
Aula 3 deriv. vs. infl morphs, affixes, grammatical morphemes, content and ...
Aula 3   deriv. vs. infl morphs, affixes, grammatical morphemes, content and ...Aula 3   deriv. vs. infl morphs, affixes, grammatical morphemes, content and ...
Aula 3 deriv. vs. infl morphs, affixes, grammatical morphemes, content and ...Jose Uchoa
 
Aula 2 types of morphemes
Aula 2   types of morphemesAula 2   types of morphemes
Aula 2 types of morphemesJose Uchoa
 
Aula 1 morphemes and allomorphs
Aula 1   morphemes and allomorphsAula 1   morphemes and allomorphs
Aula 1 morphemes and allomorphsJose Uchoa
 
Aula 4 word formation
Aula 4   word formationAula 4   word formation
Aula 4 word formationJose Uchoa
 

Mais de Jose Uchoa (7)

Aula 3 exercícios wa
Aula 3   exercícios waAula 3   exercícios wa
Aula 3 exercícios wa
 
Aula 1 exercicios
Aula 1 exerciciosAula 1 exercicios
Aula 1 exercicios
 
Aula 3 exercicios
Aula 3   exerciciosAula 3   exercicios
Aula 3 exercicios
 
Aula 3 deriv. vs. infl morphs, affixes, grammatical morphemes, content and ...
Aula 3   deriv. vs. infl morphs, affixes, grammatical morphemes, content and ...Aula 3   deriv. vs. infl morphs, affixes, grammatical morphemes, content and ...
Aula 3 deriv. vs. infl morphs, affixes, grammatical morphemes, content and ...
 
Aula 2 types of morphemes
Aula 2   types of morphemesAula 2   types of morphemes
Aula 2 types of morphemes
 
Aula 1 morphemes and allomorphs
Aula 1   morphemes and allomorphsAula 1   morphemes and allomorphs
Aula 1 morphemes and allomorphs
 
Aula 4 word formation
Aula 4   word formationAula 4   word formation
Aula 4 word formation
 

Aula 5 foucault

  • 1. Procedimentos Internos de controle e delimitação do discurso Como sistemas de exclusão que são internos ao discurso Foucault se refere aos que são exeercidos na linguagem e pela linguagem. •Comentário •Autoria •Disciplina
  • 2. O princípio do comentário negar a existência da interpretação Considera a linguagem transparente. Portadora de uma “verdade” que advém do “especialista” Autoridade que organiza os sentidos Ex: textos bíblicos no sermão do padre ou do pastor. Ou ainda, o discurso de determinado lider de um partido político sobre o Marxismo para seus seguidores. Esses intérpretes negam o fato de que estão anexando seus valores e suas próprias crenças a suas palavras. De modo a ter sua interpretação associada à verdade que clamam proferir, se apegam na visão de que a linguagem é transparente, idêntica a si própria, inequívoca, como defendia a velha perspectiva estruturalista saussuriana.
  • 3. Os diferentes marxismos e cristianismos ratificam a presença da interpretação e a existência do comentário. Do mesmo modo, podemos mencionar as diferentes interpretações de uma lei para um advogado de acusação e um outro de defesa.
  • 4. O princípio de Autoria. A ilusão da origem do dizer: tendemos a acreditar que somos a origem do que nós pensamos, dizemos e fazemos. Os seres humanos são seres sociais e, portanto, eles são um produto da sua origem sócio-histórica. Não podemos realmente dizer que nossas idéias são originais, tampouco que pertencem a quem quer que seja, uma vez que elas são produto de um contexto e de um interdiscurso. Quando Foucault fala de uma voz que fala antes dele, está precisamente se referindo ao conceito de interdiscurso, ou seja, todos os dizeres e sabers que circulam e circularam antes de suas palavras.
  • 5. O Restart, por exemplo, nada mais é do que uma releitura da Blitz e de boybands inglesas e americanas, assim como o Rouge era uma cópia das Spicy Girls. Foucault propõe que os textos (significados e discursos) sempre existirão encadeados a outros textos e discursos. Esses textos dizem o que já foi dito antes ao dizer algo a mais; O que Foucault e software livre têm em comum? De acordo com a perspectiva Foucaultiana, não faria sentido pagarmos direitos autorais por qualquer tipo de produção intelectual (software, musica, livros) pois tudo aquilo que é produzido por um suposto “autor” só veio a existir graças aos outros “autores” anônimos que o precederam. Algo que é produzido, de acordo com o pensamento Foucaultiano, sempre o é baseado em um conhecimento/conceito/estética similar.
  • 6. disciplina Número de métodos, abordagens e conceitos que funcionam para produzir um meio isolado de ação ação rarefeita  acessível somente a uns poucos. As disciplinas vêm negar a existência do comentário alegando serem precisas e objetivas – especialmente no contexto positivista no qual Foucault estava inserido. Elas são compostas por verdades e lacunas. Podemos estabelecer um paralelo entre a disciplina e a linguagem e as “verdades disciplinares” e a polissemia. A disciplina funciona para tornar rarefeitos os meios de criação e circulação do saber refletindo, ainda, valores sociais. Do mesmo modo, a polissemia é delimitada e moldada pela linguagem, que reflete a sociedade. Estamos restritos, bitolados, pela disciplina em nossa busca pela “ verdade”.
  • 7. AD e a disciplina A AD foi – e de certo modo ainda é – marginalizada por não se restringir a uma única área do conhecimento, constituído-se como saber interdisciplinar. Para estudar o discurso, os Analistas precisam lançar mão de conceitos oriundos da filosofia, da psicologia, da lingüística, da historia, da psicanálise e da sociologia sem serem, contudo, filósofos, psicanalistas ou sociólogos. Quem estuda o discuso não é, portanto, especialista em nenhuma das áreas mencionadas e pode vir a ser excluído dos domínios acadêmicos, assim como aquele que estuda literatura popular pode vir a ser excluído dos estudos literários que partam de uma concepção canônica de literatura.