2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Introduzida por Tiselius em 1937, foi
inicialmente realizada em meio líquido, sendo
posteriormente aperfeiçoada com emprego de
um meio-suporte.
É uma técnica bioquímica versátil,
relativamente simples, rápida e de grande poder
informativo, tornando-se indispensável nas mais
diversas áreas da biologia molecular.
Atualmente é aplicada na análise de enzimas,
proteínas e ácidos nucléicos e tem amplamente
usada em estudos de taxonomia, bioquímica,
fisiologia e genética humana, de plantas, animais
e microrganismos.
3. POTENCIAL DE USO
Identificação de fungos, bactérias, nematóides,
vírus, viróides;
Caracterização de fitopatógenos;
Estudos de genética e evolução de fungos
fitopatogênicos;
Identificação de clones, cultivares e linhagens;
Estudos citogenéticos, ecológicos, fisiológicos
e bioquímicos;
Estudos de resistência à doenças;
4. POTENCIAL DE USO
Estudos da relação patógeno-hospedeiro;
Determinação do peso molecular de proteínas;
Caracterização de moléculas de ácidos
nucléicos;
DNA recombinante, seqüênciamento de
nucleotídeos;
Mapeamento de fragmentos de restrição;
Amplificação de DNA.
5. PRÍNCIPIOS DA TÉCNICA DE
ELETROFORESE
A eletroforese consiste na migração de
moléculas ionizadas, de acordo com suas cargas
elétricas e pesos moleculares em campo elétrico.
Moléculas com cargas negativas migram para
o pólo positivo (ânodo) e moléculas com carga
positivas migram para o pólo negativo (cátodo).
Em razão das proteínas serem substâncias
anfóteras, é indispensável manter constante o pH
do meio durante a eletroforese, através do uso de
soluções-tampão para não gerar cargas, as quais
podem interferir na corrida.
6. Ferramentas da Biologia Molecular
Enzima de restrição
PCR
Eletroforese Termociclador
DNA ligase
CA AR
L
S
CO
AR
CAS
COL
7. A separação dos fragmentos da
molécula de DNA em gel de
eletroforese
Características do DNA
Separação por tamanho
8. Eletroforese (Michaelis, 1909)
Géis
Amido —
Agarose
Acrilamida
Soluções-tampões
+
O sentido e a velocidade de migração é
determinado pelo tamanho e carga das
moléculas
9. O princípio básico envolvido na obtenção e
detecção de cada classe de marcador
bioquímico ou de DNA reside no uso de
eletroforese.
O termo eletroforese foi criado por Michaelis
em 1909, para descrever migração de
colóides sob a influência de um campo
elétrico.
Seu princípio é simples: moléculas de carga
negativa migram para o pólo positivo, e
moléculas com carga positiva migram para o
pólo negativo.
A eletroforese visa à separação de
moléculas em função de suas cargas
elétricas, de seus pesos moleculares e
de suas conformações, em suportes
porosos (géis) e soluções-tampões
(estabilizam o pH do meio e permitem o fluxo
de corrente elétrica).
14. Análise DNA forense
Exemplo, de caso resolvido pelo gel
vertical de acrilamida corado com nitrato
de prata
Sangue retirado de chapéu e jeans
S = suspeito
V- vítima
15. SISTEMA TAMPÃO
Tampão usado na preparação do gel;
Tampão do tanque ou cuba eletrolítica;
CONDUÇÃO DA ELETROFORESE
Gradiente de densidade
Meios de suporte:
* Papel filtro;
* Sílica gel;
* Membranas de acetato de celulose;
* Amido;
* Gel de agarose;
* Poliacrilamida.
16. CORRENTE ELÉTRICA:
A passagem da corrente elétrica através de uma
solução segue a lei de Ohm, na qual:
V=R.I
V = voltagem, R = resistência e I = amperagem
Para que a técnica funcione, deve ser desenvolvida sob
voltagem (V), corrente (I) e potência (W) constantes.
VELOCIDADE DE MIGRAÇÃO:
* Diretamente proporcional: ao campo elétrico e à carga
líquida.
* Inversamente proporcional: ao raio, à distância entre os
dois eletrodos e à viscosidade.
17. TEMPERATURA:
Quanto mais elevada a voltagem ou a
intensidade da corrente, maior será o aumento
de temperatura.
No caso de eletroforese de isoenzimas e de
proteínas, as temperaturas elevadas podem
degradar as enzimas e proteínas, o que,
eventualmente, resulta na perda da atividade
enzimática e protéica.
18. VISUALIZAÇÃO DAS BANDAS:
PROTEÍNAS: corante “coomasie blue”
ENZIMAS: solução específica (substrato,
coenzimas, solução-tampão e sais)
DNA e RNA: vários sistemas de revelação, tais
como:
- Fluorescência (Brometo de Etídio);
- Radioatividade;
- Nitrato de prata;
19. SISTEMA DE RESOLUÇÃO
AFLP
RAPD
Agarose
Brometo de Etídeo
U.V. Poliacilamida
Nitrato de Prata 0,2%
20. SISTEMAS DE ELETROFORESE:
POSIÇÃO DO GEL: vertical ou horizontal;
POROSIDADE: contínuo ou descontínuo;
PASSAGEM DA CORRENTE: unidirecional
ou bidirecional.
21.
22.
23. APLICAÇÕES EM ANÁLISE ENZIMÁTICA:
As isoenzimas são empregadas como
marcadores genéticos, e suas aplicações vão
desde a genética de microrganismos até a
genética humana.
Isoenzimas são usadas para reconstrução
da história evolutiva das espécies, e como
ferramenta taxonômica capaz de caracterizar
variantes individuais de uma dada espécie,
apresentando valia na sistemática de raças,
espécies e gêneros estreitamente relacionados.
24. APLICAÇÕES EM ANÁLISE ENZIMÁTICA:
Análises eletroforéticas em plantas e
animais mostram que padrões de isoenzimas
e a intensidade relativa dos eletromorfos são
espécie-específica para órgãos ou tecidos e
para estádios de desenvolvimento.
O estádio de desenvolvimento em que as
isoenzimas aparecem ou desaparecem
refletem a ativação ou repressão de genes que
controlam a síntese das enzimas.
25.
26.
27.
28. Eletroforese de isoenzimas
* Isoenzimas - diferentes formas moleculares (variantes) de
uma mesma enzima, apresentando função idêntica ou
similar, presente num mesmo indivíduo (Markert & Moller,
1959).
6PGDH -CM
Gel de Araucaria angustifolia
MANTOVANI, 2003
29. monomérica
alelo 1
alelo 2
alelo 3
Resultado da presença de mais de um gene codificando cada uma das enzimas
MANTOVANI, 2003
30. APLICAÇÕES EM ANÁLISE PROTÉICAS:
A grande maioria das análises protéicas é
realizada pelo sistema denominado SDS-
PAGE, na qual se usa o detergente Dodecil
Sulfato De Sódio (“Sodium Dodecyl Sulfate”).
Basicamente, a proteína é desnaturada
por aquecimento na presença de 2-
mercaptoetanol, que rompe as ligações
dissulfeto, e os polipetídeos adquirem a carga
negativa do SDS. A separação no gel dá-se
unicamente pela diferença dos pesos
moleculares.
31. APLICAÇÕES EM ANÁLISE DE DNA E RNA:
A migração eletroforética de ácidos nucléicos é
amplamente empregada em técnicas de biologia
molecular, para separar, isolar e manipular fragmentos
de DNA e RNA.
O sentido da migração dos ácidos nucléicos é
sempre em direção ao ânodo ou pólo positivo, pois
possuem carga total negativa decorrente de seus
grupamentos fosfato.
Além disso, em presença de tampões adequados,
que permitem a desnaturação das conformações
secundárias ou terciárias, fragmentos lineares
pequenos, bem como fitas simples, migram mais
rapidamente do que os longos e de fita dupla.
32. APLICAÇÕES EM ANÁLISE DE DNA E RNA:
Técnicas eletroforéticas usadas nas
separação de fragmentos de DNA/RNA:
DGGE - Eletroforese em Gel com Gradiente
Desnaturante: emprega gradientes desnaturantes
químicos.
TGGE – Eletroforese em Gel com Gradiente de
Temperatura: refere-se a gradientes de
temperatura.
PFGE/IFGE – Eletroforese em Gel com Campo
em Pulso/Inverso: refere-se a gradientes
elétricos.