O documento descreve a Reconquista Cristã da Península Ibérica pelos reinos de Portugal e outros reinos cristãos dos muçulmanos entre os séculos VIII-XIII. Começou nas Astúrias em 718 e terminou com a conquista definitiva do Algarve por D. Afonso III em 1249, estabelecendo as fronteiras modernas de Portugal. As ordens religioso-militares deram importante apoio à conquista das terras ao sul do Tejo.
2. Os Muçulmanos ou Mouros
chegaram à Península Ibérica
no século VIII d.C. (ano de 711),
provocando, juntamente com
outros povos bárbaros, o
declínio Império Romano.
Quando os muçulmanos
conquistaram a Península
Ibérica, os monarcas dos reinos
cristãos que conseguiram
resistir à invasão, a norte,
organizaram-se a fim de os
expulsarem para o Norte de
África. E começou a
reconquista.
3. • A Reconquista Cristã foi feita a
partir das Astúrias com o
objectivo de recuperar e
reconquistar as terras perdidas
para os Muçulmanos. Esta
região por ser muito montanhosa
era de difícil acesso.
• Foi a partir das Astúrias que se
iniciou a Reconquista Cristã . Em
718, Pelágio torna-se rei das
Astúrias e inicia uma guerra que
durará até 1492.
• A Reconquista foi lenta, com
muitos avanços e recuos, com
muitos períodos de guerra mas
também de paz.
4. • O avanço dos cristãos para sul
levou à criação de vários reinos
cristãos na Península Ibérica.
• Os cruzados, cavaleiros
cristãos vindos do norte e
centro da Europa, foram
importantes aliados, dos reis
cristãos, na guerra contra os
muçulmanos.
5. • Os monarcas encontravam-se
fracos, militarmente. Pediram
auxílio aos outros monarcas
europeus, os quais lhes
enviaram homens que os
ajudassem no combate aos
mouros até à sua expulsão total.
• Entre os guerreiros que mais se
distinguiram na luta contra os
muçulmanos, há a salientar dois:
D. Raimundo e D. Henrique, aos
quais foram dadas as filhas do
rei em casamento. O primeiro
casa com Dona Urraca, e o
segundo casa com Dona Teresa,
ficando este a governar o
Condado Portucalense.
D. Afonso VI
6. • Durante vários anos, D. Henrique
governou o Condado Portucalense
mas sempre subjugado ao rei de
Castela D. Afonso VI. Tentou tornar-
se independente, mas morreu sem o
conseguir (1112), e quem ficou a
governar o Condado Portucalense
foi D. Teresa, uma vez que o filho de
ambos, Afonso Henriques, ainda era
muito novo para governar (tinha
apenas 4 anos).
• No início, todos aceitaram que D.
Teresa ficasse a governar. Mas as
suas decisões não agradavam a
todos, uma vez que D. Teresa
pretendia formar uma aliança com a
Galiza, o que provocou o
descontentamento de muitos nobres
portucalenses. Assim, D. Afonso
Henriques organizou um pequeno
exército e derrotou o exército de sua
mãe na Batalha de S. Mamede
(1128), perto de Guimarães.
7. • Após derrotar o exército de sua
mãe, D. Afonso Henriques
passou a governar o Condado
Portucalense. Tinha como
principais objectivos:
• A Independência do Condado
Portucalense em relação ao Reino
de Leão e Castela - tinha para isso
de lutar contra seu primo D.
Afonso VII.
• O alargamento do território do
Condado Portucalense para sul,
conquistando terras aos Mouros.
• Obter do papa, autoridade
suprema de então, o
reconhecimento da independência
de Portugal.
8. • Depois de algumas batalhas
(Cerneja e Arcos de Valdevez ), é
assinado o tratado de Zamora, em
1143. Neste tratado D. Afonso VII
reconhece a independência do
condado que passa a chamar-se
Reino de Portugal, tendo D.
Afonso Henriques como rei.
• Quando se formava um reino, era
necessário que o Papa
reconhecesse a sua
independência e confirmasse o
título de rei ao primeiro monarca.
O reconhecimento papal só
aconteceu em 1179, com o Papa
Alexandre III, através do
documento Bula Manifestis
Probatum.
9. • Tendo atingido um dos
objectivos, o reconhecimento de
Portugal como um reino por seu
primo D. Afonso VII, era altura
de D. Afonso Henriques atingir
outro dos seus objectivos - o
alargamento do território do
reino para sul.
• No reinado de D. Afonso
Henriques ocorreram várias
conquistas, como (Figura 3):
• 1145 – Conquista de Leiria;
• 1147 – Conquista de
Santarém e de Lisboa;
• 1158 – Conquista de Alcácer
do Sal;
• 1162 – Conquista de Beja;
• 1165 – Conquista de Évora.
10. • A preocupação de D. Afonso
Henriques em alargar o
território do Reino de
Portugal obrigou-o a passar a
maior parte da sua vida em
guerra com os Muçulmanos.
• Quando morreu, em 1185,
apesar de ter perdido
algumas das praças
conquistadas devido aos
reforços que os Muçulmanos
receberam, o território do
reino tinha duplicado de
tamanho.
11. • Quando D. Afonso Henriques morreu, em 1185, grande parte do
território a sul do Tejo voltou a ser ocupado pelos Muçulmanos. Os
seus sucessores continuaram a luta pelo alargamento do território.
Este alargamento foi feito de avanços e recuos.
12. A conquista definitiva do Algarve
• 1217: Conquista de Alcácer
do Sal por D. Afonso II
• 1239: Conquista de Tavira,
no reinado de D. Sancho II
• 1249: O exército de D.
Afonso III conquista Faro. O
Algarve passa a fazer,
definitivamente, parte do
Reino de Portugal.
13. • As ordens religioso-militares
• Os monges cavaleiros,
pertencentes a várias ordens
religioso-militares, deram um
importante contributo na
conquista das terras a sul do
Tejo.
• Principais ordens religioso-
militares:
• Templários
• Hospitalários
• Santiago de Espada
14. • As ordens religioso-militares
• Como recompensa pela ajuda militar, os reis doaram-lhes terras
para as defenderem, povoarem e cultivarem.
15. • O Tratado de Alcanises
• Em 1297, o rei de Portugal,
D. Dinis, e o rei de Leão e
Castela assinaram o
Tratado de Alcanises.
• A partir desta data ficaram
praticamente definidas as
fronteiras do território
português.