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Paiva Netto alerta para a ”Covardia contra crianças“ e afirma:
“Fechar os olhos para a violência contra as crianças e seus cruéis desdobramentos é uma
barbaridade ainda muito presente no mundo” (leia na íntegra na p. 8)
encarte especial
BOA VONTADE reúne especialistas para
analisar a nova realidade do Terceiro Setor
LBV compartilha
expressivos resultados
das Pedagogias do Afeto
e do Cidadão Ecumênico
em conferência nas
Nações Unidas
ANO 58 • No
237• R$ 7,90
64anos
Cardoso
Laura
Amor à vida,
humildade e alegria:
marcas que mantêm
a jovialidade desta
dama do teatro
e da televisão,
aos 87 anos
App gratuito
da revista
BOA VONTADE
educação em debate
templo da boa vontade
Comemorações históricas de Fé, Emoção
e Paz no dia 8/11/2014, em Brasília/DF
DIA8denovembrode2014
PaivaNettocelebra
comopovoemBrasília/DF:
Alziro Zarur e
Paiva Netto:
amizade firmada
em Jesus, o Cristo
Ecumênico, o
Divino Estadista.
• Alziro Zarur (1914-1979)
Centenário de nascimento
do saudoso Proclamador
da Religião do Amor Universal
Duas décadas do Fórum Irrestrito
e Ecumênico (1994-2014)
• ParlaMundi da LBV
• Proclamação da Religião
de Deus, do Cristo
e do Espírito Santo
41 anos de Fraternidade Real
(1973-2014)
TBV: SGAS 915, Lotes 75 e 76, Brasília/DF.
Tel.: (61) 3114-1070 • www.tbv.com.br
25anos
TemplodaBoaVontade
JubileudePrata
Inscreva-se já nas Caravanas da Boa Vontade!
Informações nas Igrejas Ecumênicas da Religião Divina
0300 10 07 940 — www.tbv.com.br/25anos
(1989-2014)
34 Ruth de Souza: Referência, simpatia e pioneirismo.
Na foto, com o saudoso Grande Otelo.
15
Domingos Meirelles
Eleito novo
presidente da ABI
13
cacá diegues
Trajetória na vida
e no cinema
13
Lucinha Araújo
Os parabéns por
mais um aniversário
16
ronnie von
é tema de
biografia
14
Nathalia Timberg
60 anos de carreira
em obra literária
14
mauricio de sousa
Poesia
de cordel
12
LAURENTINO GOMES
Edição revista e
ampliada de 1808
18
celso antunes
escreve
Sala de aula e
futebol
17
Mary del priore
História do
sobrenatural e do
espiritismo
Sumário
8	 covardia contra crianças
Paiva Netto
12		 Cartas, e-mails, livros e registros
	21	 Opinião — Esporte por José Carlos Araújo
Racismo nunca mais!
22		 Arte e Cultura
Laura Cardoso — exemplo de talento e trabalho
29		 Opinião — Educação por Arnaldo Niskier
A história do vocabulário
30		 Samba & história por Hilton Abi-Rihan
Sururu na Roda — Deu samba!
34		 Abrindo o coração
Ruth de Souza — Referência e pioneirismo
38		Internacional — Empoderamento das mulheres
Atuação da LBV para igualdade de gêneros
44 	LBV na ONU
• Educação e sustentabilidade (p. 44)
• Desafios do futuro (p. 50)
56		 comportamento
Quando a ansiedade compromete o seu bem-estar
64		 Ação jovem LBV
Globalização do Amor Fraterno de Jesus
72		 empreendedorismo
Conexão Empresarial
8 Paiva Netto escreve:
Covardia contra crianças
4 BOA VONTADE
73 No encarte especial, os drs. Airton Grazzioli,
José Eduardo Sabo Paes e Marcelo Henrique
dos Santos escrevem sobre a nova realidade do
Terceiro Setor (páginas de 73 a 87)
18
beto junqueyra
Visita
à LBV
116
Mal de Alzheimer:
O que fazer para
prevenir a doença
que pode triplicar em
números de casos
até 2050
21
José Carlos araújo
Racismo
nunca mais!
29
Arnaldo Niskier
A história
do vocabulário
72
márcio utsch
Palestra no Conexão
Empresarial
72
Paulo Cesar de
oliveira
Promove evento
em BH
88
nelson leite
Abradee premia as
melhores do setor
energético
73 	 terceiro setor — encarte especial
• A nova realidade do Terceiro Setor (p. 74)
• Articulação social (p. 84)
• Capacitação e menos burocracia (p. 87)
88 	responsabilidade social
Abradee premia as melhores
92		Educação em Debate
Mobilização como estratégia de aprendizagem
103	 inclusão produtiva
LBV capacita jovens e adultos para o mercado de trabalho
106	Literatura
23a
Bienal Internacional do Livro de São Paulo
112	 .opinião — mídia Alternativa por Carlos Arthur Pitombeira
Na agenda dos próximos quatro anos
116	 saúde
Será Alzheimer?
122	 melhor idade
• O mundo cada vez mais grisalho (p. 122)
• Crise, Aquífero e a urgente atitude (p. 126) por Walter Periotto
128	 soldadinhos de deus
130	 Aprendendo português por Adriane Schirmer
Onde estão os meus óculos?
Canais da LBV na internet
www.lbv.org.br
Facebook: LBV Brasil
Twitter: @LBVBrasil
Youtube: LBV Videos
Orkut: LBV
Flickr: flickr.com/lbvbrasil
44 LBV coordena painel temático na sede da
Organização das Nações Unidas
BOA VONTADE 5
Ao leitor
Sempre em foco na Legião da Boa Vontade, o
compromisso com a qualidade na educação firma-
da na Espiritualidade Ecumênica é pauta de duas
importantes reportagens desta edição, além de
ser destaque na entrevista com a consagrada atriz
Laura Cardoso, capa deste número e um exemplo
de talento e trabalho. A primeira aborda a partici-
pação da LBV na 65a
Conferência Anual de ONGs
do Departamento de Informação Pública (DPI, na
sigla em inglês) das Nações Unidas, em Nova York,
nos Estados Unidos, em agosto. Na oportunidade,
a Instituição colaborou para a elaboração de uma
“Agenda de Ação” que mobilize as negociações das
metas de desenvolvimento pós-2015, conhecidas
como Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS). A LBV realçou a necessidade de se pro-
mover educação para impulsionar o exercício da
cidadania plena, preparando as futuras gerações
para ser protagonistas de uma sociedade solidária
e sustentável.
No outro texto, discorre-se sobre o 13o
Congres-
so Internacional de Educação da LBV, realizado
na capital paulista, de 30 de julho a 1o
de agosto.
Por meio de palestras e oficinas pedagógicas, o
tema do encontro, “Mobilização como estratégia
de aprendizagem: uma visão além do intelecto”,
foi debatido com o público presente sob diversos
aspectos, dando-se resposta a problemas antigos
na área, entre os quais o analfabetismo funcional
e a falta de interesse dos alunos pelos conteúdos
transmitidos.
Também em prol da infância e da juventude,
o diretor-presidente da LBV, jornalista, escritor e
radialista José de Paiva Netto, faz esta contundente
advertência ao comentar o relatório “Ocultos à ple-
na luz”, do Fundo das Nações Unidas para a Infân-
cia (Unicef), divulgado em 4 de setembro: “Fechar
os olhos para a violência contra as crianças e seus
cruéis desdobramentos é uma barbaridade ainda
muito presente no mundo”. Para ele, sem o res-
peito aos direitos fundamentais das crianças e dos
jovens não haverá futuro para as nações. “E não se
cresce, material e espiritualmente saudável, sem
afeto, sem Amor Fraterno”, completa.
Na seção “Comportamento”, importante alerta:
vivemos atualmente em uma sociedade urgente,
rápida e ansiosa. Por isso, a matéria mostra o que
fazer para não deixar a ansiedade prejudicar a vida
diária da pessoa.
Boa leitura!
Revista apolítica e apartidária da Espiritualidade Ecumênica
BOA VONTADE é uma publicação da LBV, editada pela Editora Elevação. Registrada sob o no
18166 no livro “B” do 9o
Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo.
Diretor e Editor-responsável: Francisco de Assis Periotto — MTE/DRTE/RJ 19.916 JP
chefe de redação: Rodrigo de Oliveira — MTE/DRTE/SP 42.853 JP
Coordenação geral de Pauta: Gerdeilson Botelho
Superintendência de marketing e comunicação: Gizelle Tonin de Almeida
Jornalistas Colaboradores Especiais: Airton Grazzioli, Arnaldo Niskier, Carlos
Arthur Pitombeira, Daniel Borges Nava, Hilton Abi-Rihan, José Carlos Araújo e Paulo Kramer.
Equipe Elevação: Adriane Schirmer, Cida Linares, Diego Ciusz, Giovanna Pinheiro, Leila
Marco, Leilla Tonin, Mariane de Oliveira Luz, Mário Augusto Brandão, Neuza Alves, Paulo
Azor, Silvia Fernanda Bovino, Valéria Nagy, Vivian R. Ferreira, Walter Periotto, Wanderly Albieri
Baptista e William Luz.
Projeto Gráfico e capa: Helen Winkler
Diagramação: Diego Ciusz, Felipe Tonin e Helen Winkler
Impressão: Mundial Gráfica
Crédito da foto de capa: Vivian R. Ferreira
Endereço para correspondência: Rua Doraci, 90 • Bom Retiro • CEP 01134-050
• São Paulo/SP • Tel.: (11) 3225-4971 • Caixa Postal 13.833-9 • CEP 01216-970
• Internet: www.boavontade.com / E-mail: info@boavontade.com
A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos e opiniões em seus
artigos assinados. A publicação obedece ao elevado propósito de estimular o debate
dos temas relevantes brasileiros e mundiais e de refletir as tendências do pensamento
contemporâneo.
A N O 5 8 • N o
2 3 7 • M A I / J U N / J U L / A G O 2 0 1 4
Tiragem: 50 mil exemplares
Edição fechada em 27/9/2014
Reflexão de BOA VONTADE
Para que nosso planeta sobreviva aos efeitos de
tanta ganância pelos séculos, verdade seja dita, temos
visto notáveis esforços de pesquisadores e de cidadãos
engajados na melhora da qualidade de vida por todo o
globo. Aliados às iniciativas que buscam a alimentação
saudável, por intermédio da agricultura orgânica, meios
de transporte alternativos e a proteção do meio ambiente,
pela reciclagem e pelo tratamento racional do lixo e apro-
veitamento das águas da chuva, excelentes trabalhos de
cientistas e outros estudiosos prometem bons resultados
no curto e no longo prazo. Por exemplo, é intensa a pes-
quisa na área energética, sobretudo em relação a fontes
renováveis e limpas: biocombustível, biomassa, energia
azul, energia geotérmica, energia hidráulica, hidreletri-
cidade, energia solar, energia maremotriz, energia das
ondas e energia eólica, além de outros objetos de estudo
pouco conhecidos e aqueles que nem mesmo sabemos
ainda que serão descobertos. A Fé é o combustível das
Boas Obras.
Paiva Netto
6 BOA VONTADE
Covardia contra crianças
Covardia
contra
crianças
8 BOA VONTADE
RaquelBertolin
José de Paiva Netto,
jornalista, radialista e escritor.
É diretor-presidente da LBV.
F
echar os olhos para a violência contra as
crianças e seus cruéis desdobramentos é uma
barbaridade ainda muito presente no mundo.
É o que nos mostra o relatório do Fundo das Na-
ções Unidas para a Infância (o Unicef) “Ocultos
à plena luz”, divulgado no dia 4 de setembro
deste ano. 
Segundo esse órgão internacional: “É a maior
compilação de dados jamais realizada sobre
violência contra a criança”. O trabalho, com
núme­ros coletados em 190 países, detalha as
terríveis e duráveis consequências de agressões
sofridas na fase infantojuvenil. As vítimas, pos-
teriormente, se tornam adultos mais propensos a
ficar sem emprego, a viver na pobreza e a manifes-
tar comportamento agressivo. E aqui um ponto que
deve ser levado em alta consideração. Os pesqui-
sadores observam que o estudo diz respeito apenas
aos indivíduos que puderam e quiseram responder
aos questionamentos. Ou seja, as estimativas le-
vantadas refletem pequena parte
do problema. 
Isso ocorre, porque as comu-
nidades, as escolas, os lares não
cumprem devidamente suas obri-
gações com os pequeninos. O
dr. Anthony Lake, diretor-exe- Anthony Lake
Divulgação
BOA VONTADE 9
Covardia contra crianças
cutivo do Unicef, é contundente:
“São situações desconfortáveis
— nenhum governo ou pai ou mãe
quer vê-las”. No entanto, como
ele mesmo enfatiza, devemos en-
carar os fatos se quisermos mudar
a mentalidade que acha normal e
permissível essa violência diária,
em todos os lugares. E completa:
“Embora a maior prejudicada
seja a criança, também dilacera
o tecido da sociedade, minando a
estabilidade e o progresso. Mas
essa violência não é inevitável.
Pode ser prevenida — desde que
nos recusemos a deixar que ela
permaneça nas sombras”.
Alguns dos índices apontados
pela pesquisa, em contextos mun-
diais, nos dizem que crianças e
Ilustração:WilliamLuz–SoldadinhosdeDeus,daLBV.
Jesus, no Evangelho, segundo Mateus, 19:14, apresentou-se como Segurança
Divina para as crianças: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os impeçais, porque
deles é o Reino dos Céus”.
adolescentes com menos de 20
anos representam um quinto das
vítimas de homicídio, o que re-
sulta em perto de 95 mil mortes
em 2012; cerca de 120 milhões de
meninas com menos de 20 anos
(aproximadamente uma em cada
dez) foram forçadas a ter relações
sexuais ou a praticar outros atos
sexuais; e pouco mais de um em
cada três estudantes entre 13 e
15 anos são vítimas frequentes
de bullying na escola.
Que providências tomar
O Unicef indicou estratégias
para que toda a sociedade, desde
as famílias aos governos, possa
trabalhar para reduzir tamanha tra-
gédia. Elas incluem “prestar apoio
aos pais e desenvolver na criança
habilidades de vida; mudar atitu-
des; fortalecer sistemas e serviços
judiciais, criminais e sociais; e
gerar evidências e conscientização
sobre violência e seus custos hu-
manos e socioeconômicos, visando
à mudança de atitudes e normas”.
Dentre as numerosas frentes
de trabalho da Legião da Boa
Vontade, cuidar bem das crianças
é uma de suas mais relevantes e
reconhecidas ações. Tenho gran-
de esperança na semeadura que
fazemos há mais de 64 anos nos
corações humanos e espirituais.
A Pedagogia do Afeto e a Peda-
gogia do Cidadão Ecumênico,
que desenvolvemos na rede de
ensino da LBV, com o apoio do
povo, possuem elevados propó-
sitos de salvaguardar a infância
e a juventude em risco social. A
evasão escolar nas unidades da
LBV tem índice zero, informa a
diretora do Conjunto Educacional
Boa Vontade, em São Paulo/SP, a
doutoranda em Educação Suelí
Periotto.
Não se tem qualquer garantia
de futuro melhor para as nações
sem respeito aos direitos funda-
mentais das crianças e dos jovens.
E não se cresce, material e espi-
ritualmente saudável, sem afeto,
sem Amor Fraterno. 
Cumprir com acerto as res-
ponsabilidades que nos cabem é
atender ao alertamento de Jesus,
o Cristo Ecumênico, portanto,
universal. No Seu Evangelho,
segundo Mateus, 19:14, Ele diz:
“Deixai vir a mim os pequeninos,
não os impeçais, porque deles é o
Reino dos Céus”.
10 BOA VONTADE
Antônio Ermírio de Moraes (1928-2014)
Um ser humano bom
paivanetto@lbv.org.br
www.paivanetto.com
A
ntônio Ermírio de Moraes
(1928-2014), empresário, pre-
sidente de honra do GrupoVo-
torantim e engenheiro metalúrgico,
formado pela Colorado School of
Mines. Mas, acima de tudo, foi um
ser humano de nobres ideais, que
promoveu iniciativas em prol das
comunidades menos favorecidas.
Ele voltou à Pátria Espiritual no dia
24 de agosto (domingo), em São
Paulo/SP, deixando-nos louváveis
exemplos.
Em 1996, por seu empenho às
causas humanitárias, recebeu do
ParlaMundidaLBV,emBrasília/DF,
a Comenda da Ordem do Mérito
da Fraternidade Ecumênica, na
categoriaIndústriaeComércio.Sua
proximidade com o pensamento
altruísta ficou bem evidente em
entrevista que concedeu, certa
vez, à Super Rede Boa Vontade de
Comunicação (Rádio, TV, internet
e publicações): “Todo homem
responsável desta nação tem de
deixar de ser egoísta. Ele tem
de se preocupar com uma coisa
chamada Humanidade. Tem de
se preocupar com seus vizinhos,
com as suas aflições, com seus
problemas, procurar dar-lhes a
mão, ajudá-los com esse espírito
comunitário que estamos lançando
no Brasil. Sempre que puder,
teremos imenso prazer em ajudar
a LBV”.
Incentivador da cultura, es-
creveu e produziu peças teatrais,
destacando os desafios brasileiros.
Nessa mesma linha, em 2006,
lançou o livro Acorda, Brasil!.
Com satisfação, guardo exemplar
autografado pelo ilustre autor: “A
José de Paiva Netto, com apreço
do Antônio Ermírio de Moraes”.
Fernando Pessoa (1888-1935),
notável vate português, com ilumi-
nada inspiração retratou: “A morte
é a curva da estrada. Morrer é só
não ser visto”. Portanto, conscien-
tes dessa verdade, desejamos ao
Espírito Eterno Antônio Ermírio
de Moraes votos de muita Paz onde
estiver, no Mundo Espiritual.
Aos seus familiares e amigos,
particularmente à sua esposa, dona
Maria Regina Costa de Moraes,
e aos nove filhos do casal a solida-
riedade dos Legionários da LBV.
ClaytonFerreira
BOA VONTADE 11
Cartas, e-mails, livros e registros
O trabalho realizado pelo
jornalista Paiva Netto é muito
louvável, razão por que nós, pela
segunda vez consecutiva, reco-
nhecemos os esforços dele como
profissional da Comunicação. A
LBV tem uma ação excelente em
todo o Brasil e em outros países de
suma importância, principalmente
para as pessoas menos favoreci-
das e para os que buscam uma
palavra de conforto espiritual. Os
artigos de Paiva Netto trazem Paz,
Amor, Fraternidade. Curvelo é
brindada com a participação dele
na condição de colunista. Ele tem
engrandecido o nosso trabalho e
sido elogiado por parte da popu-
lação da cidade e região. (Geraldo
Magela, jornalista e radialista,
ao comentar homenagem feita ao
dirigente da LBV com a entrega
do prêmio 7o
Mérito Radiofônico
João Guimarães Rosa, do jor-
nal E Agora?, de Curvelo/MG,
periódico do qual é diretor.)
Meus agradecimentos
pela revista [BOA VON-
TADE 236], cujas re-
portagens enriquecem
meus sentimentos.
(...) Sobre [o arti-
go “Deus, Brasil e
globalização*”], como
sempre, Paiva Netto, muito inspi-
rado pela Espiritualidade Superior,
nos traz essa excelente mensagem
como um refrigério para o nosso
espírito. Abraços fraternais. (João
BaptistadoValle,membrodoCon-
selho Deliberativo da Federação
Espírita do Estado de São Paulo.)
No dia 31 de agosto, o historiador e escritor Laurentino Gomes
relançou, na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, seu
best-seller 1808 (Globo Livros), em edição revista e ampliada. Nele,
traz um capítulo inédito, com informações até hoje pouco conhecidas
sobre a criação do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves, em
dezembro de 1815.
Na ocasião, ainda foi apresentada a versão em e-book do título,
pela primeira vez acessível ao público brasileiro. Cabe destacar que,
em 2008, a obra recebeu o Prêmio ABL de Ensaio, Crítica e História
Literária, da Academia Brasileira de Letras, e o Prêmio Jabuti de
Literatura nas categorias “Reportagem” e “Livro do Ano Não Ficção”.
Laurentino, que escreveu igualmente 1822 e 1889, dedicou um
exemplar da recente edição de 1808 ao dirigente da LBV, no qual
registrou: “Para Paiva Netto, com um afetuoso abraço e gratidão
do autor”.
1808, de Laurentino
Gomes, ganha edição
revista e ampliada
VivianR.Ferreira
Laurentino Gomes em sessão de autógrafos da nova edição da obra literária
1808.
Fico satisfeita em saber que a
LBV instrui a nova geração sobre
a importância da preservação desse
elemento tão precioso: a água. Para-
béns! (Leni Cedro, Cabo Frio/RJ.)
Émaravilhososaberqueaqueles
que representam o futuro estão sen-
do preparados e conscientizados
desde pequeninos. Parabéns às
crianças lindas e inteligentes da
*O artigo “Deus, Brasil e globalização” pode ser encontrado na internet (no site www.paivanetto.com).
12 BOA VONTADE
Com 74 anos de idade e 52 de carreira, Cacá Die-
gues, um dos fundadores do Cinema Novo — movimento
que deu início a uma nova maneira de filmar e pensar o
Brasil, com foco na realidade nacional e uma linguagem
adequada à situação social do período —, apresentou
ao público, em 12 de agosto, a autobiografia Vida de
cinema — Antes, durante e depois do Cinema Novo
(Editora Objetiva). O ato ocorreu na capital fluminense e
reuniu personalidades, leitores e amigos do autor.
Na obra, ele conta sua trajetória de sucesso no ci-
nema, passando pela infância em Alagoas até o triunfo
no Festival de Cannes. O livro é um relato das últimas
cinco décadas do Brasil pela voz de Diegues, que traça
o panorama de uma época marcada pela modernização
do país na década de 1950, pela efervescência cultural
dos anos 1960 e pelo processo de redemocratização.
No evento de lançamento do título, o autor encami-
nhou um exemplar deste ao dirigente da LBV, no qual
escreveu a seguinte dedicatória: “Para Paiva Netto,
com o meu abraço”.
Cacá Diegues e a
trajetória na vida e
no cinema
Em livro autobiográfico, Cacá Diegues também expõe
memórias sobre o cinema brasileiro.
LBV e à Instituição pelo grande
trabalho humanitário. (Jandira
Maria Pereira, São Paulo/SP.)
PriscillaAntunes
É com muito orgulho que
agradeço pelo livro Jesus, o
Profeta Divino, cuja leitura do
virtuoso ensinamento me enri-
quece profundamente. Sinto-
-me esclarecido e confortado.
Estudantes do Centro Educacional da Legião
da Boa Vontade, situado em Del Castilho, Rio de
Janeiro/RJ, visitaram, em 7 de agosto, a Sociedade
Viva Cazuza, no bairro Laranjeiras, zona sul da capi-
tal fluminense. Na oportunidade, parabenizaram a
fundadora da organização e amiga de Boa Vontade,
Lucinha Araújo, pelo aniversário dela.
Durante o encontro, a garotada percorreu as
dependências da entidade, que ampara crianças e
adolescentes portadores do vírus da aids, bem como
teve contato com o acervo do cantor e compositor
Cazuza (1958-1990), filho de Lucinha. Ela, por
sinal, ao receber um buquê de flores das alunas
atendidas pela Instituição, disse: “Conheço o traba-
lho da LBV. Sei que também é um trabalho lindo”.
Alunos atendidos
pela LBV
parabenizam
Lucinha Araújo
Crianças atendidas pela LBV são recebidas pela
presidente da Sociedade Viva Cazuza, Lucinha Araújo.
Ao fim da visita, a anfitriã foi homenageada pela
passagem de seu aniversário.
PriscillaAntunes
BOA VONTADE 13
Para marcar seus 85 anos de vida — 60 deles
dedicados à carreira artística —, Nathalia Timberg
lançou, em 23 de setembro, sua biografia, escrita
pelo jornalista Cacau Hygino. A noite de autógrafos
do livro Nathalia Timberg — Momentos (Editora
M.Books) ocorreu no bairro de Copacabana, na zona
sul da capital fluminense, reunindo personalidades,
artistas consagrados, amigos da artista e leitores. 
A obra narra fatos marcantes na vida da atriz, entre
os quais o início no teatro, nos anos 1930, quando
ainda era menina, e os inúmeros papéis na televisão. 
Os autores dedicaram um exemplar da obra ao
diretor-presidente da LBV, com as seguintes mensa-
gens: “Para Paiva Netto, um grande abraço. Nathalia 
Timberg” e “Querido Paiva Netto, com carinho.
Cacau”.
Que tal passear pela história de nosso
país de maneira bem divertida? Essa é a
proposta do livro O Brasil no papel em poe­
sia de cordel (Editora Melhoramentos), de
Mauricio de Sousa e Fábio Sombra, lançado
no dia 23 de agosto, em São Paulo/SP. Nele,
os famosos personagens da Turma da Mônica
viajam pelo território nacional para conhecer
os costumes e as tradições de vários Estados,
retratando as belezas e a diversidade cultural
brasileiras por intermédio da literatura de
cordel.
Por ocasião do lançamento, Mauricio de
Sousa concedeu entrevista à Super Rede Boa
Vontade de Comunicação (TV, rádio, internet
e publicações) e dedicou um exemplar da
obra às meninas e aos meninos atendidos
pela Legião da Boa Vontade, no qual regis-
trou a seguinte mensagem: “Às lindas crian-
ças da LBV, com todo o carinho. Mauricio”.
60 anos de carreira
da atriz
Nathalia Timberg
Mauricio de Sousa
e Fábio Sombra:
poesia
de cordel
Escrito pelo jornalista Cacau Hygino, o livro narra
importantes momentos da vida de Nathalia Timberg.
O cartunista Mauricio de Sousa exibe exemplar de livro
produzido de parceria com o escritor Fábio Sombra.
PriscillaAntunes
VivianR.Ferreira
Cartas, e-mails, livros e registros
Que o Grande Arquiteto do Universo
mantenha Paiva Netto fazendo transbor-
dar tamanha sabedoria, dádiva que muito
enobrece o ser humano. (Elias Corrêa de
Menezes, Santa Luzia/MG.)
14 BOA VONTADE
O reality show American Chopper, transmitido
pelo canal de TV Discovery Channel, transformou
a Orange County Choppers em uma das mais
famosas fabricantes de motos customizadas do
mundo. Em 24 de agosto, na oficina e set de
gravação dos episódios do programa, na cidade
de Newburgh, Estado de Nova York, EUA, o
fundador da marca, Paul Teutul Senior, teve a
oportunidade de conhecer um pouco do trabalho
da Legião da Boa Vontade.
Na referida data, o empresário recebeu a visi-
ta de representantes da LBV dos Estados Unidos,
que lhe entregaram lembranças confeccionadas
por alunos do Conjunto Educacional Boa Von-
tade, localizado na capital paulista. Feliz com a
singela homenagem, ele agradeceu e afirmou:
“Vou expô-las na parede de meu escritório”.
Fundador da Orange County Choppers
recebe homenagem da LBV
AdrianaRocha
O jornalista Domingos
Meirelles foi eleito presidente
da Associação Brasileira de
Imprensa (ABI) pela Chapa
Vladimir Herzog. Pela primeira
vez na história da entidade, um
repórter assume a Presidência
da Casa dos Jornalistas.
Duas chapas concorreram
à eleição. A Chapa Vladimir
Herzog teve 218 votos e a
Chapa Prudente de Morais,
neto 147, sendo apurados
dois votos nulos. O pleito foi
realizado em seis capitais — Rio, São Paulo, Belo
Horizonte, Maceió, Brasília e São Luís.
No maior colégio eleitoral da entidade, no Rio de
Janeiro, com 303 eleitores, a Chapa Vladimir Her-
zog conquistou 167 votos e a
Prudente de Morais, neto, 134.
Após a apuração dos votos, o
presidente da Mesa Diretora,
Marcus Miranda, proclamou
a vitória da Chapa Vladimir
Herzog.
Este foi o pleito com a maior
participação de associados da
história da entidade.
O novo presidente da ABI
é também escritor com várias
obras publicadas, entre elas As
Noite das Grandes Fogueiras
— Uma História da Coluna Prestes (Prêmio Jabuti
de Reportagem de 1996), e 1930 — Os Órfãos da
Revolução, vencedor do Jabuti de 2006, na categoria
“Ciências Humanas”.
Domingos Meirelles
é o novo presidente da ABI Fonte: site da ABI
AntonioChahestian/Record
BOA VONTADE 15
Divulgação
Em Ronnie Von: o príncipe que podia ser rei
(Planeta do Brasil), escrito pelos jornalistas Antonio
Guerreiro e Luiz Cesar Pimentel, o leitor conhecerá
a trajetória profissional do cantor e apresentador do
programa Todo Seu, transmitido pela TV Gazeta.
Lançado em 1o
de agosto, o livro está repleto de
fotos de diversas fases da carreira de Ronnie Von,
entre estas a da Jovem Guarda — movimento do
qual foi um dos ícones —, além de publicar sua
discografia completa. Para a elaboração da obra,
Guerreiro e Pimentel gravaram mais de cem horas
de entrevistas com o artista e ouviram mais de
cinquenta pessoas que conviveram ou convivem
com ele.
Em noite de autógrafos, na capital bandeirante,
o biografado e os autores receberam diversas perso-
nalidades, amigos e admiradores. Eles dedicaram
um exemplar do título ao diretor-presidente da LBV,
no qual registraram as seguintes palavras: “Paiva
O professor e escritor português José Pacheco,
com a colaboração do professor Samuel Lago, lan-
çou, em 22 de agosto, na capital paulista, o livro
Crônicas Educação 2: denunciar e anunciar (Editora
Ronnie Von é tema de biografia
Professor José Pacheco reúne
experiências educacionais em livro
Ronnie Von é ladeado pelos jornalistas Antonio Guerreiro
(D) e Luiz Cesar Pimentel.
Os professores Samuel Lago (E) e José Pacheco
autografam exemplares de sua recente obra literária.
Netto, uma honra que nos leia. Obrigado, Luiz”;
“Paiva Netto, um abraço. Guerreiro”; e “Ao Paiva
Netto, meu abraço, meu carinho! Parabéns pela
obra! Ronnie Von”.
Nossa Cultura). A sessão de autógrafos foi bastante
concorrida e reuniu personalidades, educadores e
amigos dos autores. Antes dela, o público participou
de um bate-papo sobre a abordagem educacional que
a obra oferece.
Em crônicas, a publicação contribui para a
quebra de paradigmas relacionados aos assuntos
atuais que são tratados na área educacional, além
de expor as experiências técnico-pedagógicas viven-
ciadas pelo professor Pacheco na Escola da Ponte,
em Portugal. Cabe ressaltar que essa Instituição,
idealizada pelo próprio educador, se notabilizou pelo
inovador projeto educativo, firmado na autonomia
dos estudantes.
Por ocasião do lançamento, os autores dedicaram
um exemplar do novo título ao diretor-presidente da
LBV. “Para o Paiva Netto, grato. José Pacheco” e
“Paiva: reflita, desfrute! Abração do prof. Samuel
Lago”, escreveram.
Cartas, e-mails, livros e registrosLuizBarcelos
16 BOA VONTADE
O jornalista e empresário da área de comuni-
cação Ricardo Viveiros lançou, em 12 de agosto,
o título A vila que descobriu o Brasil — A incrível
história de Santana de Parnaíba (Geração Edito-
rial), em livraria da capital paulista. O concorrido
evento reuniu personalidades, além de amigos e
familiares do autor.
Os mais de quatro séculos desse município, que
se orgulha de ser um dos berços mais importantes
da brasilidade, são contados nessa obra, com apuro
e leveza. Cruzando os episódios na Colônia com
os acontecimentos do período na Europa, Viveiros
constrói uma narrativa que mostra como a história do
pequeno povoado, depois elevado a vila e hoje uma
cidade com mais de cem mil habitantes, influenciou
e foi impactada pelos momentos vividos no Brasil e
na Península Ibérica.
Em um exemplar do livro, o escritor anotou esta
dedicatória ao dirigente da LBV: “Ao grande brasileiro
Paiva Netto, homem de Boa Vontade, ofereço esta
história da história do Brasil. Um abraço do Ricardo
Viveiros”.
A renomada historiadora Mary del Priore
lançou, em 25 de agosto, na capital paulista, a
obra literária Do outro lado — A história do so-
brenatural e do espiritismo (Planeta do Brasil).
A publicação é uma narrativa instigante sobre
um assunto que chama a atenção de todos que
desejam conhecer cada vez mais a presença da
espiritualidade na história do Brasil. 
Além de tratar do desenvolvimento do espiri-
tismo, criado por Allan Kardec e assimilado por
muitos intelectuais brasileiros no século 19, ela
descreve fenômenos populares nesse período,
como o sonambulismo, o magnetismo, a atividade
de cartomantes e curandeiros.
No evento de lançamento do título, a escri-
tora autografou um exemplar deste ao diretor-
-presidente da LBV, grafando esta dedicatória:
“Ao caríssimo dr. Paiva Netto, com a admiração
e o abraço de Mary”.
A história do Brasil
na ótica de
Ricardo Viveiros
Historiadora
Mary del Priore
apresenta história
do sobrenatural e
do espiritismo
O jornalista Ricardo Viveiros apresenta a história de Santana
de Parnaíba.
Historiadora Mary del Priore lança livro sobre “a
história do sobrenatural e do espiritismo no Brasil”.
LuizBarcelos
VivianR.Ferreira
BOA VONTADE 17
A 23ª Bienal Internacio-
nal do Livro de São Paulo foi
palco do lançamento da nova
obra do educador Celso Antu-
nes, intitulada Sala de aula e
futebol (Editora Vozes). Nela,
o professor, que é fascinado
por esse esporte, procura
mostrar ao leitor a estreita
relação entre o jogo e a aula
e entre a rotina na escola e a
emoção no campo, fazendo
com que cada leitor seja um
protagonista capaz de pensar
identidades e de transferir
experiências.
O autor dedicou um exem-
plar da publicação ao dirigen-
te da Legião da Boa Vontade,
com a seguinte mensagem:
“Ao amigo Paiva Netto, por
sua obra, que nos engrande-
ce, e pela condição em ser
brasileiro”.
Educador
Celso Antunes
escreve Sala
de aula e
futebol
VivianR.Ferreira
VivianR.Ferreira
Educador Celso Antunes Lançamento de Beto Junqueyra na Biblioteca Bruno Simões de Paiva
Escritor renomado e amigo de longa data da Legião da Boa Vontade,
Beto Junqueyra esteve no Instituto de Educação José de Paiva Netto, na
capital paulista, para lançar A grande descoberta de Gulliver (Editora
IBEP), adaptação de As viagens de Gulliver, obra-prima do escritor irlan-
dês Jonathan Swift (1667-1745). Em seu mais recente título, Junqueyra
busca fazer a garotada colocar-se no lugar do personagem principal,
ora gigante, ora pequenino em comparação aos povos encontrados nas
viagens dele, e, com isso, levá-la a vivenciar as duas facetas do bullying,
a fim de incentivá-la a lidar com as diferenças com respeito ao próximo.
Antes da sessão de autógrafos, num descontraído bate-papo com os
estudantes do 3º ano do ensino fundamental da escola, o autor falou
um pouco de sua trajetória e da importância do hábito de ler. “Foi um
privilégio lançar o livro aqui e sentir a qualidade das perguntas dos
alunos, sabendo que eles leem livros, num país em que há tanta ca-
rência de leitura. Ganhei o dia”, declarou na ocasião, em entrevista à
BOA VONTADE.
LBV é reconhecida por seu trabalho diferenciado
A Legião da Boa Vontade sempre trabalhou por uma educação de qua-
lidade para seus atendidos. Entre as iniciativas para alcançar essa meta
está a realização anual do Congresso Internacional de
Educação da Instituição (leia mais sobre o assunto na
p. 92). Em reconhecimento a esse trabalho, a Câmara
Municipal de São Paulo encaminhou “Voto de Júbilo e
Congratulações” à LBV pela 13a
edição do congresso,
ocorrido entre 30 de julho e 1o
de agosto, na capital
paulista.
O requerimento partiu da vereadora Edir Sales e foi deferido pelo
presidente da Câmara, José Américo.
Beto Junqueyra lança livro
em biblioteca escolar
Cartas, e-mails, livros e registros
Edir Sales
Divulgação
18 BOA VONTADE
A
Agência Nacional de Ener-
gia Elétrica (Aneel) reali-
zou, em 27 de agosto, em
sua sede em Brasília/DF, a ceri-
mônia de recepção dos diretores
Romeu Donizete Rufino, André
Pepitone da Nóbrega e Tiago
de Barros Correia, empossados
no Ministério de Minas e Energia
(MME), no dia 14 do mesmo mês.
Fica completo, assim, o quadro
da diretoria da autarquia, do
qual já fazem parte os diretores
José Jurhosa Junior e Reive
Barros dos Santos. O evento foi
prestigiado por inúmeras perso-
Aneel recepciona seus diretores
nalidades e empresários do setor
elétrico.
Reconduzidos, respectivamente,
aos cargos de diretor-geral e diretor,
Rufino e Pepitone destacaram, em
seus discursos na ocasião, a impor-
tância de a agência contar com ser-
vidores qualificados e valorizados.
Sobre uma atuação mais eficiente
ante o atual cenário, Rufino afirmou
que “o planejamento estratégico e
a autonomia decisória que a Aneel
possui também são fatores relevan-
tes para enfrentar os desafios de
promover a regulação e o desenvol-
vimento do setor elétrico”.
Cidadão brasileiro natural de
Moçambique, Tiago Correia, mestre
em Planejamento de Sistemas Ener-
géticos, é o único novo membro da
diretoriadaentidade.Emseupronun-
ciamentonacerimônia,eleenfocoua
importânciadaautonomiadaagência
e da comunicação com os diversos
envolvidos no setor elétrico. “Acre-
dito que teremos períodos intensos,
com grandes desafios e oportunida-
des,nosquais,commuitahumildade
para o diálogo, prestarei as minhas
contribuições”, disse, referindo-se à
sua expectativa de muito trabalho e
aprendizado na autarquia.
Romeu Donizete Rufino André Pepitone Tiago de Barros Correia José Jurhosa Junior Reive Barros dos Santos
Fotos:DivulgaçãoAneel
BOA VONTADE 19
Cartas, e-mails, livros e registros
Em sessão de autógrafos na capital paulista, em
28 de agosto, o educador e terapeuta financeiro
Reinaldo Domingos, o escritor José Santos e a
ilustradora Luyse Costa lançaram o livro O Menino
do Dinheiro em cordel (Editora DSOP). O título
integra a coleção O Menino do Dinheiro (que inclui
os volumes: Sonhos de Família, Vai à Escola e Ação
Entre Amigos), na qual um garoto sai pelo mundo
ensinando às crianças um jeito todo dele de realizar
sonhos, que inclui poupar dinheiro.
No novo trabalho literário, o personagem central
vai ao Nordeste e descobre o universo do cordel,
presenciando um desafio e tanto entre dois repen-
tistas sabidos e cheios de palavras. Representantes
da LBV estiveram no evento de lançamento da
publicação, que teve um dos exemplares dedicado
pelos autores ao dirigente da Instituição, com as
seguintes mensagens: “Ao amigo e grande mestre
Paiva Netto, que Deus continue lhe usando como
instrumento da Paz. Abração do amigo Reinaldo
Domingos”; “Ao prezado Paiva Netto, com o ca-
rinho do José Santos”; e “Paiva, espero que se
divirta! Luyse”.
Menino do Dinheiro
aventura-se pela
literatura de cordel
Ao centro, o educador e terapeuta financeiro Reinaldo
Domingos ladeado pelo escritor José Santos (E) e pela
ilustradora Luyse Costa (D).
LuizBarcelos
Escrito por Elias Awad, o livro Oscar
Schmidt — 14 motivos para viver, vencer
e ser feliz (Novo Século) foi lançado recen-
temente em concorrida sessão de autógrafos
na capital paulista. O evento reuniu perso-
nalidades, esportistas, amigos e familiares
do autor e do biografado.
A obra conta a história do ex-jogador de
basquete, um dos ídolos do esporte bra-
sileiro, abordando de forma transparente
a motivação para as vitórias nas quadras,
na carreira de palestrante e na luta contra
o câncer.  
Representantes da LBV prestigiaram o
lançamento e receberam de Awad e Schmidt
um exemplar da obra para o dirigente da
Instituição, com as seguintes dedicatórias:
“Caro Paiva Netto, luz divina e sucesso
sempre! Abraço especial. Elias Awad” e
“Valeu, Paiva! Oscar”.
Livro conta
fatos da carreira
e vida de
Oscar Schmidt
Elias Awad (E) e o ex-atleta Oscar Schmidt
LuizBarcellos
20 BOA VONTADE
Racismo
nunca
mais!
Racismo
nunca
mais!
José Carlos
Araújo é
locutor
esportivo
na Rádio
Transamérica
FM do Rio de
Janeiro/RJ e
apresentador
do programa
SBT Esporte Rio, da TV SBT-Rio.
Arquivopessoal
Opinião — Esporte
José Carlos Araújo
O
futebol evolui a passos lar-
gos fora de campo. Maior
organização, conforto, re-
ceitas milionárias, ações em bolsas,
transações vultosas, profissionalis-
mo em todos os setores, desde as
categorias de base. Infelizmente, é
lamentável constatar que o racismo
aflora também em todos os cantos
do planeta. Seria um reflexo da
sociedade, do novo público-alvo?
Enquanto isso, as medidas para
combater esse ato repugnante são
apenas paliativas.
O nosso país sempre se or-
gulhou de sua mistura de raças,
da convivência harmoniosa, sem
preconceitos. E, pasmem!, não bas-
tando fugir das nossas origens, da
nossa escola de futebol, copiando
o antigo (e feio) modelo europeu,
agora temos atitudes racistas ou,
como preferem os juristas, de
injúria qualificada. Atitudes des-
prezíveis. Sem a união de raças,
não teríamos o drible, a alegria, o
improviso, a disciplina tática, que
compõem o genuíno futebol-arte.
Tampouco a festa criativa das ar-
quibancadas. Herdamos dos negros
o drible, a criatividade; dos índios,
o espírito de luta; dos brancos, a
disciplina tática. A mistura disso
tudo é o Brasil, pentacampeão
mundial.
Nos primórdios do nosso fute­
bol, nos anos 1920, apenas as elites
o praticavam. O Clube de Regatas
Vasco da Gama, do Rio de Janei-
ro/RJ, pioneiro na luta contra o
preconceito, foi desafiado por dar
oportunidade a negros e operários.
Entre render-se às elites ou lutar
pela inserção social, optou pelo
caminho mais digno, sendo esta a
sua maior glória.
Da verdadeira união Brasil-Por-
tugal nasceu o autêntico futebol
brasileiro, possibilitando que sur-
gissem craques como Leônidas da
Silva, o “Diamante Negro”; Pelé,
o “Atleta do Século”; Garrincha,
a “alegria do povo”; Romário;
Robinho; Ronaldinho Gaúcho,
Neymar; entre tantos outros.
Atualmente, indo de encontro
ao nosso DNA misturado, copia-
mos a insossa fórmula europeia de
torneio, paramos no tempo em ter-
mos de administração, profissiona-
lismo e estrutura. Lamentavelmen-
te, tivemos um retrocesso tático e
assistimos a um campeonato com
escassez de craques.
É preciso valorizar o que te-
mos de bom: a criatividade e a
arte. O futebol deve voltar a ser a
alegria do povo, demonstrada na
arquibancada entre todas as raças,
classes sociais, bem como dentro
do campo, nas comemorações dos
gols, nas dancinhas irreverentes,
nos dribles imprevisíveis, no
respeito entre companheiros de
profissão.
BOA VONTADE 21
Arte e Cultura
Amor à vida, alegria e jovialidade
Laura
Cardoso
Exemplo de
talento e trabalho
A artista encara os desafios
profissionais sem demonstrar
cansaço e fascinada pela vida.
Rodrigo de Oliveira e Leila Marco
Fotos: Vivian R. Ferreira
22 BOA VONTADE
BOA VONTADE 23
A
os 87 anos de idade, a atriz
Laura Cardoso não se cansa
de interpretar novos papéis e de
se encantar com a vida, para ela “um
presente de Deus”. Em mais de 70
anosdecarreira,ela,quejáparticipou
de 74 telenovelas, 29 longas-metra-
gensedezenasdepeçasdeteatro,está
sempre disposta a enfrentar desafios
e a dar o melhor de si.
No dia 18 de setembro, a artista
foi surpreendida com uma homena-
gem pela passagem de seu aniver-
sário (celebrado em 13 de setem-
bro) no Conjunto Educacional Boa
Vontade, formado pela Supercre-
che Jesus e pelo Instituto de Edu-
cação José de Paiva Netto, em São
Paulo/SP. Laura foi carinhosamen-
te recepcionada na sala de música
da escola, na qual o Coral Ecumê-
nico e o Grupo de Instrumentistas
Infantojuvenis Boa Vontade a
aguardavam para apresentar al-
gumas canções. Foi um momento
especial para essa grande dama do
teatro e da televisão brasileiros,
que, emocionada, disse às meninas
e aos meninos que se encontravam
no local: “Vocês representam o fu-
turo, o que de melhor a gente espe-
ra do mundo. Eu amo as crianças.
Eu estou muito feliz de estar aqui,
contente. Um beijo no coração
para cada um de vocês. Eu não
mereço tanto. As crianças são a
coisa melhor que Deus coloca na
Terra. Elas têm que ser respeita-
das, acarinhadas, bem tratadas...
Criança é o que há de melhor no
mundo. Que pena que a gente
cresce! Obrigada, de coração!”.
Depois do singelo tributo, a
consagrada atriz concedeu entre-
vista à Super Rede Boa Vontade de
Comunicação (rádio, TV, internet e
publicações), em que falou da bem-
-sucedida carreira, da família e da
importância de serem incentivadas
a educação e a arte nos meios de
comunicação.
BOA VONTADE — Logo que a
senhora chegou ao Conjunto
Educacional Boa Vontade, foi
recebida pelas crianças. Esse
contato trouxe lembranças de
sua infância?
Laura Cardoso — Tenho boas
recordações dessa época, da esco-
la... Eu sou uma pessoa que ama a
escola, o estudo.Acho que o ser hu-
mano devia estudar a vida inteira.A
escola é um ambiente maravilhoso;
é onde você começa a se formar, a
ter suas ideias, seus desejos, preo-
cupações; enfim, é uma das coisas
mais importantes da vida. E desta
escola aqui eu tive uma impressão
maravilhosa. Parabéns ao Paiva
Netto! Parabéns! É um trabalho
grandioso, maravilhoso, que ele faz
há tantos anos. Eu acompanho há
muitos anos a LBV, o trabalho do
Alziro [Zarur] — que já foi [para
a Pátria Espiritual] — e do Paiva
Netto. Então, parabéns! Ele vai
ganhar o Céu.
BV — Em várias entrevistas, a
senhoradestacaquedeclamava
textos desde pequena, que lia
bastante...
Laura Cardoso — Eu gosto
Arte e Cultura
Eu trabalho faz uns
70 anos e ainda
estou aprendendo.
Porque a vida é
assim mesmo,
você não para de
aprender.
24 BOA VONTADE
muito de ler. Fui educada num co-
légio de freira, no qual entrei com
6 anos. Fiquei algum tempo no Ins-
tituto João e Raphaela Passalacqua,
na Bela Vista, e eu — não sei por
que — era sempre escolhida para
contar uma história lendo um livro.
Aquilo me fascinava. Acho que o
gosto pela leitura, pela represen-
tação, pelo teatro, pelo circo, pelo
cinema, pela televisão começou aí,
bem menina, bem criança. Eu tenho
um prazer enorme na leitura e tive
um pai que era autodidata, que me
incentivava a ler.
BV—Esseéumdosingredientes
para formar uma atriz talento-
sa?
Laura Cardoso — Acho que
é muita bondade sua. Eu sou real-
mente uma profissional séria. Levo
o meu trabalho bastante a sério. Eu
não brinco em serviço. Por exem-
plo, para fazer um personagem,
levo muito tempo. Não sou uma
atriz que pega um papel, um perso-
nagem e diz: “Ah, daqui a quinze
dias está pronto”. Não. Levo mais
tempo. Eu realmente me dedico a
fazer um trabalho que me satis-
faça e que satisfaça o público. A
gente leva a vida inteira a estudar,
a querer fazer uma representação
maravilhosa, a querer mostrar o
que sabe sobre a arte de represen-
tar. Eu trabalho faz uns 70 anos e
ainda estou aprendendo. Porque
a vida é assim mesmo, você não
Além de uma canção de boas-vindas, o Coral Ecumênico Infantojuvenil Boa Vontade interpretou uma música na Língua
Brasileira de Sinais (Libras) em homenagem à atriz Laura Cardoso.
BOA VONTADE 25
para de aprender. Nós aprendemos
com o companheiro de profissão,
em casa, vendo televisão, cinema,
teatro, circo... Tudo é uma escola.
Hoje, tive aula de como as crianças
se dedicam ao canto. Os meninos e
as meninas que fazem música, que
tocam; o maestro ali ensinando...
[Tudo isso] é muito bom, bonito,
gratificante.
BV — Cinema, teatro ou televi-
são? O que mais a atrai?
LauraCardoso—Principalmen-
te o teatro. Ele é sagrado. Você fica
mais inteiro. O cinema e a televisão
parecemumpoucomaisregidospelo
comercial.Élógicoquesefazarteem
televisão. Eu amo a televisão. Faço
TV desde que ela chegou ao Brasil,
mas luto para que ela siga aquele
caminho do início, de transmitir
educação, cultura, representação, o
textobom,otextoquenãosejavazio,
bobo. (...)Arte [de todas as formas] é
uma coisa muito séria, seja a música,
o canto, a dança, a representação, a
pintura... É uma coisa sagrada.
BV — Como é a agenda da se-
nhora?
(1) A atriz Laura Cardoso foi carinhosamente recepcionada na sala de música do Conjunto Educacional Boa Vontade, na
capital paulista, na qual o Coral Ecumênico e o Grupo de Instrumentistas Infantojuvenis Boa Vontade a aguardavam para
apresentar algumas canções. (2 e 3) Alunos, representando todas as crianças que frequentam o estabelecimento de ensino,
presenteiam a consagrada artista com um porta-retratos e um cartão confeccionado por estudantes, pela passagem do
aniversário da atriz, em 13 de setembro.
1
2 3
Arte e Cultura
26 BOA VONTADE
Laura Cardoso — Eu sempre
tenho muitos convites para fazer
teatro, cinema e agora estou com
uma participação pequena numa
novela das seis horas. Sou abençoa­
da por Deus, porque não me faltam
convites, trabalhos...
BV — Por que essa sede de tra-
balhar? Qual o segredo para se
manter tão ativa?
Laura Cardoso — Acho que
vem da vontade de viver, do agrade-
cimento a Deus por tudo que [Ele]
dá, pelas oportunidades, enfim. A
vida é maravilhosa, é um presente
de Deus. Você tem que usar esse
presente da melhor forma possível
e agradecer sempre.
BV—Asenhoradestacabastan-
teovalordafamília.Comoéesse
convívio?
Laura Cardoso — Eu amo
a minha família. Teve gente nela
que me ajudou muito; foi a minha
mãe. Minha família tem isso de
estar sempre junta, de se gostar,
de se respeitar. Briga-se como em
toda família, discute-se tudo, mas
o fundo é o amor, é o respeito, é a
dedicação, é o obrigado pela vida
das pessoas. Eu sempre digo que eu
amei muito, graças a Deus. E meu
último amor é o Fernando, meu
bisneto. Sou abençoada por Deus.
Fui esposa, mãe, avó e bisavó. Não
posso querer mais.
BV—Paraospaisquenosacom-
panhamnestaentrevista,qualo
recado que deixaria?
Laura Cardoso — Cuidado,
muito cuidado com as suas crian-
ças. Muita proteção, atenção com
elas em todos os sentidos. A crian-
ça também tem que ter um limite
para tudo, mas acho que é a prote-
ção do pai e da mãe e a atenção em
todos os sentidos — fisicamente,
moralmente, espiritualmente —
que fazem a diferença. Vale a pena
você prestar atenção no seu filho,
no seu neto.
BV — Como analisa a nova safra
de artistas que vêm despontan-
do no mercado?
LauraCardoso—Eunãogosto
de falar um nome, mas tem gente
melhor do que eu, muita gente boa.
Há também muitos que não deve-
riam estar aí, porque todo mundo
quer ser ator, sem pensar que é uma
carreira feita de renúncia, sacrifício,
muito estudo, dedicação; enfim, de
bastante trabalho. A pessoa precisa
nascer — eu sempre digo isso —
com essa vontade, essa chama de
fazer arte, seja ela qual for. Há quem
tenha uma ilusão sobre a profissão,
sobre a televisão... Por exemplo,
acha que todo mundo ganha rios
de dinheiro, mora num palacete. O
ator trabalha muito, seja no cinema,
no teatro, na televisão, no circo, no
rádio. E é um serviço sério. Se não
fica dois, três anos na carreira e pas-
Sempre simpática,
Laura Cardoso recebe o
carinho dos alunos do
Conjunto Educacional
Boa Vontade.
BOA VONTADE 27
sa, ninguém sabe mais quem você é,
oquefez,deondeveio...Existehoje
aquela ilusão, porque é bonitinho,
loirinho, tem o olho azul... Não!
Atornãoprecisanemsergordo,nem
magro,feio,bonito,novo...Eleéum
ser maravilhoso, que se transforma.
BV—NavisitaaoConjuntoEdu-
cacional Boa Vontade, na hora
em que as crianças a homena-
gearamcomoParabénsavocê,a
senhoradesejoupazparatodos.
É disso que o mundo precisa?
Laura Cardoso — De paz, de
amor, de compreensão, de justiça...
É disso que o ser humano precisa.
(...) Eu procuro ter paz com a mi-
Em 2006, Laura Cardoso recebeu
a Ordem do Mérito Cultural, em
Brasília/DF. A láurea é concedida a
personalidades e instituições que
se destacam pela contribuição à
cultura brasileira.
Depois do tradicional Parabéns a você, a atriz Laura Cardoso recebeu os cumprimentos de alunos do Conjunto Educacional
Boa Vontade por seu aniversário. “É muito emocionante ser homenageada por vocês, crianças, aqui na LBV, que eu admiro,
respeito e conheço há muito tempo. Sei da Boa Vontade que [vocês da LBV] têm em fazer este trabalho todo com crianças, com
mulheres, com homens, com todo mundo, enfim. É gratificante estar aqui. Foi um presente maravilhoso que recebi de vocês: a
presença, o bolo... Estou muito contente. Obrigada, de coração!”, declarou.
nha família, com a minha casa...
Procuro dar exemplo de paz, de
amor, de compreensão, mas quem
sou eu? Posso até influenciar algu-
mas pessoas, mas isso tem que vir
na gente. Nós somos todos iguais.
Nós nascemos e morremos iguais.
Então, igualdade, gente!
BV — Obrigado pela visita e vo-
tos dos maiores sucessos nesta
trajetória brilhante.
Laura Cardoso — Um beijo no
coração de todos vocês [da LBV]
por este trabalho maravilhoso. Ao
Paiva Netto, que ele tenha mais
100 anos de vida, de saúde para
continuar este trabalho.
FabioPozzebom/ABr
Arte e Cultura
28 BOA VONTADE
Ahistóriadovocabulário
Arnaldo
Niskier,
doutor em
Educação,
formado em
Matemática
e Pedagogia,
é membro
da Academia
Brasileira de
Letras e vice-presidente do Centro
de Integração Empresa-Escola (CIEE
Nacional).
Arnaldo Niskier | Especial para a BOA VONTADE
Opinião — Educação
Arnaldo Niskier
Divulgação
D
esde a gestão de Macha-
do de Assis (1896-1908),
começou-se a insistir, pela
palavra do próprio patrono daAca-
demia Brasileira de Letras (ABL),
na criação do “dicionário etimo-
lógico”, a ser futuramente produ-
zido pela Academia. O assunto
Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa (VOLP) sempre esteve
presente nas discussões da ABL,
dada a sua relevância.
No Natal de 1977, o então pre­
sidente Austregésilo de Athayde
fez a apresentação da primeira
versão completa do VOLP, em ori-
ginaiscuidadosamentecoordenados
por Antônio Houaiss. Ele foi o
relator da ComissãoAcadêmica que
cuidou da matéria: Pedro Calmon,
Barbosa Lima Sobrinho e Abgar
Renault, além do próprio Houaiss.
O relatório foi subscrito no dia 20
de dezembro daquele ano.
Na ocasião, referindo-se à Lei no
5.765, de 18 de dezembro de 1971,
assinada pelo então presidente da
República Emílio Garrastazu Mé-
dici e pelo seu ministro da Educa-
ção, Jarbas Passarinho, Athayde
afirmou que assim se oferecia à
lexicologia e à lexicografia da lín-
gua portuguesa “uma recolha tão
exaustiva quanto possível do léxico
da língua na sua feição escrita ou
documentada em letra de forma”.
Na década de 1970, houve um
encontro casual em Teresópolis/RJ
entre mim, o médico Noel Nutels,
meu amigo, e Antônio Houaiss.
Nutels, com o seu jeito expansivo,
reclamou que nenhuma editora
havia manifestado interesse pelo
“trabalho patriótico” de Houaiss,
que, na época, já havia registrado
350 mil verbetes. Diretor que era da
Bloch Editores, levei o assunto ao
conhecimento de Adolpho Bloch
(fundadordogrupo),quelogotopou
a empreitada e nos designou para as
providências cabíveis.
Deve-se afirmar que o verda-
deiro ponto de partida do VOLP
foi uma proposta do professor
Celso Cunha ao acadêmico Josué
Montello, na ocasião presidente
do Conselho Federal de Cultura
(CFC), em que esteve no período
de 1967 a 1989. Montello designou
o escritor Guimarães Rosa para
relator da matéria, que, aprovada
no CFC, foi levada à aprovação do
Conselho Federal de Educação. Lá,
tendo como relator Celso Cunha,
mereceu igual aprovação. Daí o
assunto veio à ABL, que encami-
nhou as conclusões à presidência
da República e desta, ao Congresso
Nacional, para aprovação final.
A Comissão Acadêmica do
VOLP foi designada no início
de 1972. A primeira coleta ficou
aos cuidados de um grupo de
estudantes de Letras da Pontifícia
Universidade Católica (PUC),
dirigido pelo professor Evanildo
Bechara e secretariado pelo
professor Marcos Margulies, já
então representante da Empresa
Bloch (eu dava cobertura dentro da
empresa). Numa segunda fase, que
se estendeu pelos anos de 1974 e
1975, o relator agregou à coleta sua
recolha pessoal, com a colaboração
dofilólogoMaurodeSallesVillar.
Aterceira fase coube a um grupo de
trabalho integrado pelo etimólogo
Antônio Geraldo da Cunha e
os professores Diva de Oliveira
Salles, Bruno Palma, Ronaldo
Menegaz e Júlio César Castañon
Guimarães, todos sob a direção
do relator (Antônio Houaiss).
Este último grupo trabalhou na
antiga sede da TV Manchete (4o
andar). A Comissão Acadêmica
do VOLP, em 20 de dezembro de
1977, agradeceu formalmente aos
funcionários da Bloch Editores,
“do seu chefe aos mais modestos
auxiliares”. Eu era o chefe.
Devemos um registro especial
ao acadêmico Evanildo Bechara,
indiscutivelmente, um dos maiores
nomes brasileiros como filólogo e
gramático, autor de obras funda-
mentais na matéria.
BOA VONTADE 29
ClaytonFerreira
Hilton
Abi-Rihan,
radialista,
jornalista e
apresentador
do programa
Samba &
História.*
* Programa Samba & História — É transmitido pela Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV e o canal 989 da Oi TV), aos domin-
gos, às 14 e às 20 horas. O telespectador pode vê-las pela Boa Vontade TV (canal 20 da SKY, canal 212 da Oi TV e canal 45.1 da TV
digital aberta em São Paulo e região metropolitana), aos domingos, às 14 horas, às segundas-feiras, às 19 horas, e às quintas-feiras e aos
sábados, às 22 horas.
sentaram em vários programas de
televisão, como na extinta TV-Rio
e no Fantástico, da Rede Globo.
Com o passar do tempo, puderam
mostrar suas aptidões musicais
em dezenas de lugares no Brasil
e no exterior. Individualmente, já
levaram seu samba característico
até o outro lado do mundo, como
o Japão e a China.
O outro componente, Fabiano,
filho de músicos, foi professor de
percussão e musicalização, além
de ter feito a direção musical de
diversos espetáculos, entre eles
Deusamba!Raízes brasileiras inspiram grupo Sururu na Roda e
levam-no à conquista de um dos mais destacados
prêmios do gênero no país.
Hilton Abi-Rihan | Especial para a BOA VONTADE
composto de culturas distintas e,
mesmo assim, harmoniosas —
surgiu. Assim nasceu, em 2000,
o Sururu na Roda, formado por
Nilze Carvalho (voz, cavaquinho
e bandolim), Sílvio Carvalho
(voz, percussão e cavaquinho) e
Fabiano Salek (voz e per­cussão).
“Temos timbres diferentes, for-
mação musical diferente. É isso
que dá esse sururu”, explica a
integrante.
Sílvio e Nilze são irmãos e
sempre tiveram talento para a
música. Quando crianças, se apre-
F
oi nos jardins da Universidade
Federal do Estado do Rio de
Janeiro (Unirio) que a ideia de
criar um grupo de samba que trans-
mitisse a essência do Brasil —
Samba & História
Sururu na Roda
30 BOA VONTADE
De Getúlio a Getúlio — A história
de um mito, cujo texto foi escrito
por Sérgio Britto (1923-2011),
de parceria com Clovis Levi.
Também participou como músico
em apresentações no Brasil e na
Europa.
Em um descontraído bate-papo
no programa Samba & História,
da Boa Vontade TV, o conjunto fa-
lou um pouco sobre sua carreira e
seus trabalhos. “Esse CD [Se você
me ouvisse — 100 anos de Nelson
Cavaquinho] proporcionou uma
felicidade muito grande, porque a
gente foi indicado ao [23o
] Prêmio
da Música Brasileira na categoria
‘Melhor Grupo de Samba’. (...) É
um trabalho todo em homenagem
a Nelson Cavaquinho”, contou
Nilze. “A gente colocou todos
os clássicos do Nelson e também
quis acrescentar aquelas músi-
cas que eram menos tocadas”,
complementou ela. Lançado em
2011, o disco celebra o centenário
do sambista e compositor Nelson
Cavaquinho (falecido em 1986)
e leva o nome de uma de suas
canções menos conhecidas, mas
inclui faixas famosas, entre elas
Folhas secas e Rugas. Todo o
álbum foi produzido pelo grupo
e teve a colaboração de outros
musicistas.
O Sururu na Roda já esteve
nos Estados Unidos da Améri-
ca, exibindo-se e ministrando
workshops sobre a vivência no
mundo do samba na Universi-
dade Estadual de Michigan, no
estado homônimo, e na Uni-
versidade de Notre Dame, no
estado de Indiana. Também fez
uma pequena excursão pela
América Latina, na qual visitou
a Costa Rica e a Guatemala.
Apresentou-se com diversos
artistas célebres, entre os quais
Elza Soares e Sandra de Sá, e
da nova geração do samba, entre
eles Roberta Sá e Ana Costa.
(Leia trajetória desta cantora na
revista BOAVONTADE no
235.)
O trio mantém, há mais de
dez anos, um espetáculo fixo em
uma casa de shows localizada na
Divulgação/Jonnes
BOA VONTADE 31
capital fluminense. “O Centro
Cultural Carioca antigamente
foi o Dancing Eldorado. Era
frequentado por Pixinguinha e
Elizeth Cardoso. Então é um
reduto muito tradicional da mú-
sica desde sempre, e nos honra
muito esse privilégio de ter uma
residência num lugar que foi tão
importante para a cultura musical
da cidade do Rio de Janeiro”,
declarou Fabiano.
Para comemorar os 13 anos de
estrada, o grupo lançou, em 2013,
o CD/DVD Sururu na Roda ao
vivo, gravado no Espaço Tom Jo-
bim, que se situa no bairro Jardim
Botânico, no Rio de Janeiro/RJ.
O trabalho traz clássicos do sam-
ba, a exemplo da canção O Qui-
tandeiro, de Monarco e Paulo
da Portela, e Pimenta no vatapá,
de João Nogueira e Cláudio
Jorge; além de composições pró-
prias, entre elas Sururu formado
e Ainda posso ser feliz. Também
conta com a participação especial
dos sambistas Diogo Nogueira,
Péricles, Dona Ivone Lara e
Monarco.
Aliás, a presença de nomes tão
ilustres da música brasileira na
gravação do referido disco mui-
to emocionou os integrantes do
conjunto, sobretudo quando estes
entoaram trechos de canções de
uma das grandes damas do samba.
“Mais uma felicidade nossa, mais
um privilégio de cantar as músi-
cas de Dona Ivone. Na verdade, o
pot-pourri abre com uma música
que não é dela, com uma música
do Nei Lopes e do Cláudio Jorge,
que foi feita em homenagem a ela.
E ela estava ali com a gente!”,
disse Nilze.
Foi com esse mesmo CD/DVD
que o Sururu na Roda conquistou
o título de “Melhor Grupo”, na
categoria “Samba”, na 25ª edição
do Prêmio da Música Brasileira,
realizada em maio deste ano.
Nela, o homenageado foi o samba,
ritmo que faz bater mais forte o
coração de praticamente todos os
brasileiros.
Samba & História
“Temos timbres
diferentes, formação
musical diferente.
É isso que dá esse
sururu.”
Divulgação
32 BOA VONTADE
Referência,
pioneirismo
simpatia e
Ruth de Souza, um exemplo para
as novas gerações de atores
Abrindo o coração
Ruth de Souza
NatháliaValério
Simone Barreto e Leila Marco
34 BOA VONTADE
N
ascida em 12 de maio de
1921, no Rio de Janei­-
ro/RJ, época em que eram
mais acentuadas as desigualdades
sociais e raciais na sociedade
brasileira, Ruth de Souza, ainda
criança, provou o amargo pre-
conceito. Quando falava de sua
vontade de ser atriz, muita gente
que a ouvia não lhe dava crédito,
afirmando: “Imagina, ela quer ser
artista? Não tem artista negro!”,
relembra. Apesar de sentir o peso
daquelas palavras, Ruth não viu
ali o impossível, apenas acreditou
no seu sonho e, por isso, se tornou
pioneira em diversos momentos
da carreira que abraçou, abrindo
caminhos para novas gerações de
artistas.
Sua estreia nas artes cênicas
ocorreu em 8 de maio de 1945,
quando foi a primeira atriz ne-
gra a subir ao palco do Theatro
Municipal do Rio de Janeiro,
com a peça O imperador Jones,
de Eugene O’Neill, numa mon-
tagem do Teatro Experimental
do Negro (TEN), grupo funda-
do por Abdias Nascimento e
Aguinaldo Camargo. Em 1954,
foi indicada ao prêmio de melhor
atriz coadjuvante no Festival de
Cinema de Veneza, na Itália, por
sua participação no filme Sinhá
Moça, o que lhe deu projeção
internacional, concorrendo com
as atrizes Katherine Hepburn,
Michèle Morgan e Lilli Palmer,
perdendo apenas por dois pontos
para Lilli.
Na televisão brasileira não foi
diferente. Integrou o elenco de
programas de variedades e musicais
no início das transmissões da Tupi,
onde fez, com Haroldo Costa, a
adaptação da peça O Filho Pródigo.
Em 1965, participou de sua pri-
meira novela, A Deusa Vencida, de
Ivani Ribeiro, na extinta Excelsior.
Três anos depois, era contratada
pela Rede Globo, na qual está há
mais de quatro décadas e deu vida a
diversos personagens de destaque.
Ao longo da carreira, são mais
de 30 filmes e 14 peças de teatro;
na televisão, teve participação em
seriados, minisséries e dezenas de
novelas. Nesta entrevista, Ruth
de Souza fala sobre a profissão e
a magia que é para ela a arte de
representar.
BOAVONTADE—Asenhorateve
a infância marcada entre os
Estados do Rio de Janeiro e de
Minas Gerais...
Ruth de Souza — Nasci no
Engenho de Dentro [no Rio de
Janeiro/RJ]. Eu fui bebê para o
interior de Minas, meu pai tinha
um pequeno sítio; nós fomos para
lá e voltei quando ele faleceu, eu
tinha 9 anos. Minha mãe vendeu o
sítio, porque ela não sabia cuidar
bem de roça, viemos morar na Rua
Quatro de Setembro, que hoje é a
Pompeu Loureiro, numa vila que
tinha muitas lavadeiras e jardinei-
ros que cuidavam dos casarios de
Copacabana.
BV — Como se deu seu encontro
com as artes?
Ruth de Souza — Minha mãe
gostava muito de cinema. Todas as
quintas-feiras íamos na sessão das
moças, no Cine Copacabana. Eu
me apaixonei pelo cinema. Então,
eu inventei que queria ser artista.
Naquela época, diziam: “Imagina,
ela quer ser artista. Não tem artis-
ta negro!”. Não tinha mesmo. Só
Grande Otelo, muito depois é que
(1) Ruth de Souza em Sinhá Moça (2) Com Regina Duarte, em A Deusa Vencida.
(3) Com Abdias Nascimento, em O Filho Pródigo.
1 2 3
Fotos:Divulgação
BOA VONTADE 35
Lá fora estava um carnaval, e
nós, fazendo teatro dentro do
Municipal.
BV — Quanto tempo par-
ticipou do Teatro Experi-
mental do Negro?
Ruth de Souza — Durante
cinco anos trabalhei no Teatro Ex-
perimental do Negro (TEN), depois
me tornei profissional. Lá, ganhei
uma bolsa de estudos da Fundação
Rockefeller,queoPaschoalCarlos
Magno me levou em São Paulo. O
Pascoalfoiumpaiparamim.Fiquei
um ano nos Estados Unidos. Foi
maravilhoso, valeu muito.
BV — Após essa passagem pelo
TEN, o que aconteceu?
Ruth de Souza — Eu tenho
sorte, porque fiz uma carreira reta,
não tive altos e baixos, comecei
trabalhando, não parei nunca. Eu
adoro trabalhar, é uma terapia. (...)
Fiz muitas peças, não me lembro
quantas, muito cinema também.
Depois, apareceu a televisão; fui
uma das primeiras a fazer tea-
tro na TV, com Haroldo Costa.
Sempre inventava coisas e saíam
certo. Eu fiz muitas peças boas,
a Oração para uma Negra foi a
que mais marcou, um ano, com
sucesso constante. Ali, trabalhei
com Sérgio Cardoso, com Nydia
Licia, e, mais tarde, fizemos a peça
aqui no Rio.
BV — Por quais mãos chegou
ao cinema?
Ruth de Souza — JorgeAma-
do foi meu padrinho de cinema,
porque, quando montaram, no Tea­
tro Ginástico, Terras do Sem Fim,
fiz a peça baseada no livro dele.
Quando ele vendeu os direitos para
o filme, eu fiz também. Ele era
muito brincalhão. Acompanhava
nossas peças no teatro, porque
começou. Acho que sou pioneira
nisso, porque no cinema, no teatro,
naquele tempo, não havia televisão
ainda, o negro não participava,
não me lembro de ter algum negro
antes de Otelo.
BV — Como foi a estreia nos
palcos com o grupo de Teatro
Experimental do Negro?
Ruth de Souza — No Theatro
Municipal do Rio de Janeiro, o
negronementrava.Então,consegui-
mos uma licença do prefeito para a
nossapeça.MontamosOImperador
Jones e ali começamos. Foi em 8
de maio de 1945, dia em que ter-
minou a Segunda Guerra Mundial.
6
4
5
(4) Em Memorial de Maria Moura, em 1994. (5) Com Grande Otelo, em Sinhá
Moça, em 1986. (6) Cabana do Pai Tomás.
Abrindo o coraçãoFotos:Divulgação
36 BOA VONTADE
morava aqui no Rio. Ele era muito
divertido, muito bacana, uma pes-
soa incrível.
BV—Esuaestreianatelevisão?
Ruth de Souza — Comecei na
TV Tupi fazendo uns programas
com o Haroldo Costa; inventamos
de montar uma peça que tínhamos
encenado com oTeatro Experimen-
tal do Negro. Foi O Filho Pródigo,
de Lúcio Cardoso. E nós fizemos
cenário, câmera, tudo de improviso,
tudo como principiantes. Depois,
fui contratada pela Record, no
tempo dos antigos diretores. Ali,
trabalhei com Manoel Carlos, com
Maysa Matarazzo.
BV — Foram muitas as dificul-
dades como atriz?
Ruth de Souza — Olha, eu
fui muito atrevida! Diziam que
não havia atriz negra. E nunca
me preo­cupei muito por ser ne-
gra; não tinha complexo, graças
a Deus. Então, eu falava: Eu
quero isso assim. Se não me der,
paciência, mas eu arrisco. (...) É
uma profissão cheia de altos e
baixos; nem todo dia tem sucesso,
nem todo dia tem oportunidade;
depende também muito de sorte,
pegar bons papéis.
BV — No cinema, qual persona-
gem a consagrou?
Ruth de Souza — Foi o papel
em Sinhá Moça. Esse filme foi
para o Festival de Veneza, que na
época era tão importante quanto o
Oscar hoje. Então, quando concor-
ri com grandes atrizes, fiquei em
segundo lugar.
BV — Que mensagem gostaria
dedeixarparaquemestácome-
çando na carreira de ator?
Ruth de Souza — Para quem
quer ser ator, tem que gostar muito
da profissão, sabendo que não vai
ser fácil, é difícil para todo mun-
do, bonito, feio, negro, branco,
todo mundo. Comigo foi até mais
difícil, porque nem sempre tive
oportunidade de ter um bom papel,
mas, graças a Deus, encontrei au-
tores maravilhosos, como Janete
Clair, grande saudade, e Benedito
Ruy Barbosa. Sou uma pessoa
de sorte. Deus foi muito generoso
comigo.
7 8
(7) Prêmio Saci por Sinhá Moça, no Theatro Municipal de São Paulo. (8) Ruth de Souza com Jorge Amado.
Para quem quer
ser ator, tem que
gostar muito da
profissão, sabendo
que não vai ser
fácil.
Fotos:Arquivopessoal
BOA VONTADE 37
Internacional – Empoderamento das mulheres
Manaus/AM
Mulheres
das mudanças
àfrente
se pode melhorar a qualidade de
vida desse público.
Produção sustentável
Santa Cruz de La Sierra, cidade
localizada no planalto do leste
boliviano, atualmente vive a pior
taxa de desemprego daquele país:
44,8%, de acordo com o Centro de
Estudos para o Desenvolvimento
Trabalhista e Agrário (Cedla – si-
gla em espanhol). Sabedora dessa
difícil realidade, a Instituição
iniciou na cidade, por meio do
programa Capacitação e Inclusão
Produtiva, atividades que têm
como meta levar o empreendedo-
rismo sustentável para a comuni-
dade do bairro Plan 3000, um dos
mais pobres da região.
No primeiro momento, a ini-
ciativa estimulou a criação (em ju-
nho de 2013) de uma cooperativa
para a capacitação de mulheres na
Ações da LBV promovem a autonomia
delas e desperta a consciência ecológica
D
ois terços dos adultos
analfabetos no mundo
são mulheres, e as jovens
mais pobres dos países em desen-
volvimento podem não alcançar a
alfabetização universal até 2072.
Os dados são do 11o
Relatório de
Monitoramento Global de Educa-
ção para Todos, divulgado pela
Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco), no início deste
ano.
Em sintonia com esse desafio,
no ano de 2013, mais de 70%
dos atendimentos e benefícios
da Legião da Boa Vontade fo-
ram direcionados para mulheres
em situação de vulnerabilidade
social. Dentro dessa gama de
serviços, a reportagem da revis-
ta traz a experiência da LBV da
Bolívia, um bom exemplo de que
com ações simples e inovadoras
LeillaTonin
Leila Marco
BOA VONTADE 39
produção de vassouras ecológicas.
Agora, a LBV trabalha para sensi-
bilizar empresários e comunidade
para colaborar com a captação da
matéria-base da pequena fábrica
e na venda do produto: “Depois
da conclusão da etapa de treina-
mento para produzir as vassouras,
Cada vassoura ecológica
produzida tira do meio
ambiente oito garrafas PET,
que levam entre 100 e 400
anos para se decompor.
Vassouras ecológicas: saída viável para todos!
Cadeia de
produção completa
Coleta das garrafas para comercialização de
vassouras; diminuição do volume de resíduos em
aterros. Lembrando que plásticos e seus derivados
não podem ser utilizados como adubo, porque não
existe na Natureza uma bactéria capaz de decompô-
-los rapidamente.
Preços
reduzidos
para o produto
que tem como
base materiais
reciclados.
Geração de
empregos e recursos
Evita anos de
contaminação
AndreaVarela
Internacional – Empoderamento das mulheres
estamos incentivando as senhoras
a comercializá-las a particula-
res, em centros de abastecimen-
tos, mercados e supermercados,
pessoalmente e com o apoio da
LBV”, afirma o coordenador do
programa, Robert Alejandro
Pari Flores. 
A ideia é movimentar a econo-
mia do bairro, dando nova fonte
de renda às famílias e, ao mesmo
tempo, reduzir a poluição vinda
do descarte incorreto do plástico.
As integrantes da cooperativa,
além de aprenderem uma nova
profissão, já se concientizaram
da importância de seu trabalho.
Ximena Laura Viracocha, de
33 anos, está desempregada e tem
dois filhos; ela é uma das dezenas
de mulheres que tiveram a oportu-
nidade de fazer o curso. “Fabricar
vassouras ecológicas apoia duas
causas: colabora para o meio am-
biente, já que trabalhamos com a
reciclagem de garrafas plásticas,
não as jogando no lixo; e ajuda
financeiramente as mulheres de
baixa renda, que, na maioria das
vezes, possuem vários filhos. Es-
pero que esse projeto siga adiante,
e muito obrigada à LBV”, ressalta.
Bolívia
40 BOA VONTADE
“Sou mãe e pai para os meus
dois filhos, José Manuel, de 4
anos, e Marco David, de 3 anos.
Eles são a minha razão de viver.
Antes de conhecer a LBV, eu
morava em um terreno baldio à
margem de um rio. Minha casa era
de papelão e nylon; não tínhamos
água ou eletricidade.
“Para alimentar meus meninos,
trabalhava carregando o mais novo
no colo e o mais velho ia andando,
percorrendo longas distâncias,
batendo de porta em porta para
LBV muda a vida de crianças e mãe
*Marcelina Luis — Empregada doméstica, mãe de duas crianças matriculadas no Jardim Infantil Jesus, da LBV da Bolívia.
conseguir um serviço. Capinava
calçadas e me pagavam alguma
coisa. Às vezes passavam-se dias
sem que conseguisse arrumar
algum trabalho. Os meus filhos
sofreram muito, e eu não conse-
guia um emprego estável, porque
ninguém me recebia com eles.
“Um dia, o mais novo estava
enfermo, gastei tudo o que tinha;
estava desesperada. Uma senhora
me falou sobre o Jardim Infantil
da LBV. Vim com os dois e pedi
que me ajudassem pelo menos
por três dias para poder trabalhar.
Desde essa data, a minha vida
e a dos meninos mudou. Agora
tenho um emprego seguro. A
família com quem trabalho deu
um quarto onde eu moro com os
garotos, e eles podem dormir sem
passar frio.
“Agradeço à LBV por me ajudar
com os meninos. Eles estão bem,
recebem alimentação, educação,
e o mais importante é que posso
trabalhar tranquila, porque sei
que estão em um lugar seguro.”
Na LBV da Bolívia, Marcelina recebeu o apoio de que
necessitava para criar seus dois filhos, José Manuel e
Marco David.
Marcelina Luis*, 33 anos.
RoseliGarcia
Arquivo BV
Bolívia
BOA VONTADE 41
“O grupo faz a
gente ter fé,
acreditar que
não há obstáculo
que não possa ser
superado quando
se quer. Além disso, tenho filhos
que também são amparados pela
Instituição. Esse apoio foi e é muito
importante para mim. Graças
à LBV, minha filha está segura,
aprende bons valores. Eu posso
trabalhar sem pressão, tranquila,
porque minha filha tem educação e
o que comer. Ela recebe o melhor.”
Ruth Melinda Olmedo
Aos 33 anos, é mãe de cinco filhos e tira seu sustento
do artesanato. Uma das mulheres que frequentam
o grupo Fortalecendo Vidas, da LBV do Paraguai, há
quase dois anos.
Ao lado das mães e das
novas gerações
O quê? Programa Fortalecendo Vidas.
Onde? LBV do Paraguai.
Quando começou? 2011.
Objetivo? Promover a autonomia e o resgate da
autoestima de mulheres, melhorando sua capa-
cidade de conviver com os desafios da vida.
Público-alvo? Usuárias dos programas e mães
que têm seus filhos matriculados no Jardim
Infantil e Pré-Escolar da LBV do Paraguai.
Como ocorre? Depois de uma visita domiciliar, a
assistente social as convida para participar das
oficinas de artesanato e palestras educativas. A
ação é realizada em parceria com a Secretaria
Nacional de Crianças e Adolescentes, o Ministé-
rio de Assuntos da Mulher, o Instituto Superior
de Educação Dr. Raúl Peña (ISE) e a Oxfam
Internacional.
Fotos: Raquel Diaz
Paraguai
Internacional – Empoderamento das mulheres
42 BOA VONTADE
de
mil220220mil+de
+de
77
11de atendimentos e benefícios
a famílias e pessoas em
situação de vulnerabilidade
ou risco social.
Além de escolas, Centros Comunitários de Assistência Social e lares para idosos, a LBV utiliza uma rede de
comunicação social própria (rádio, TV, internet e publicações) para fomentar educação, cultura e valores de cidadania.
77
LBV BRASIL
A Legião da Boa Vontade foi criada oficialmente em 1o
de janeiro de 1950 (Dia da Confraternização Uni-
versal), na cidade do Rio de Janeiro/RJ, Brasil, pelo jornalista, radialista e poeta Alziro Zarur (1914-1979),
sucedido na presidência da Instituição pelo também jornalista, radialista e escritor José de Paiva Netto.
milhões
unidades socioeducacionais
em todo o Brasil.
É a quantidade de pessoas impactadas pelo trabalho da LBV em seus
programas socioeducacionais nas escolas, Centros Comunitários de As-
sistência Social, lares para idosos, e por suas campanhas institucionais.
Número de
atendimentos
e benefícios
prestados pela
Legião da
Boa Vontade
de 2009 a 2013*
* Há mais de duas décadas,
a Legião da Boa Vontade tem
seu balanço geral analisado
por auditores externos
independentes, uma iniciativa
de José de Paiva Netto,
diretor-presidente da LBV,
muito antes de a legislação
que exige essa medida entrar
em vigor.
2009 2010 2011 2012
8.016.758
8.508.482
9.434.943
10.255.833
11.053.113
2013
11++de
EducaçãoeSustentabilidade
LBV compartilha expressivos
resultados das Pedagogias do Afeto e
do Cidadão Ecumênico em conferência
nas Nações Unidas.
O
Departamento de Informação
Pública (DPI, na sigla em
inglês) da Organização das
Nações Unidas (ONU) realizou,
entre 27 e 29 de agosto, a 65ª
Conferência Anual de ONGs. So-
ciedade civil, redes internacionais
e ativistas sociais reuniram-se na
sede da ONU em Nova York, nos
Estados Unidos, para a elaboração
de uma “Agenda de Ação” que
mobilize as negociações das me-
tas de desenvolvimento pós-2015.
Na ocasião, foram discutidos os
Objetivos de Desenvolvimen-
to Sustentável (ODS), os quais
entrarão no lugar dos Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio
(ODM) — cujo prazo final é no
próximo ano —, bem como um
novo acordo climático para subs-
tituir o Protocolo de Kyoto.
Associada ao DPI desde 1994,
a Legião da Boa Vontade oferece
sempre sua contribuição para o
debate dos temas relacionados ao
progresso mundial propostos pelo
organismo internacional e pelos
países-membros dele, comparti-
lhando sua experiência da edu-
cação e da assistência social. Por
isso, foi convidada a coordenar,
no último dia do evento, o painel
temático “Educando cidadãos sus-
tentáveis — Melhores práticas do
Brasil da Rio+20”. A doutoranda
LBV na ONU
65a
Conferência Anual de ONGs
Da Redação
44 BOA VONTADE
em Educação Suelí Periotto, su-
pervisora da linha pedagógica da
LBV e diretora do Conjunto Edu-
cacional Boa Vontade, localizado
na capital paulista, destacou, na
oportunidade, o fato de essa linha,
criada pelo educador Paiva Netto,
promover a educação integral do
ser humano ao aliar ao ensino for-
mal de excelência a transmissão e
a vivência de valores espirituais,
ecumênicos e éticos.
(1) Jeffery Huffines (D), presidente da 65ª Conferência Anual de ONGs do
Departamento de Informação Pública das Nações Unidas, recebe de Danilo
Parmegiani, da LBV, a revista BOA VONTADE Desenvolvimento Sustentável 2014 em
inglês.
(2) O representante da Legião da Boa Vontade nas Nações Unidas confraterniza
com o psicólogo e psicanalista Joseph DeMeyer (D), copresidente do Comitê de
ONGs sobre Educação e representante da Sociedade de Estudos Psicológicos para
Assuntos Sociais, ambos integrantes do Sistema ONU.
Também participaram do gru-
po de discussão o diplomata Vi-
cente Amaral Bezerra,
que representou a Missão
Permanente do Brasil nas
Nações Unidas; o psicó-
logo e psicanalista Joseph
DeMeyer, copresidente
do Comitê de ONGs sobre
Educação e representante da Socie-
dade de Estudos Psicológicos para
Assuntos Sociais (SPSSI, na sigla
em inglês), ambos integrantes do
Sistema ONU; Sâmara Malaman,
mestre em Educação Especial pela
Kean University, situada em New
Jersey, nos EUA; e Danilo Par-
megiani, representante da LBV
nas Nações Unidas. Moderador do
painel, ele fez questão de salien-
tar: “Uma maneira de acelerar o
progresso sustentável é o empode-
ramento, a capacitação de cada in-
divíduo do planeta para agir como
agente na formação de sociedades
sustentáveis e solidárias. É por
isso que, como defende o
diretor-presidente da LBV,
José de Paiva Netto, é
preciso dar maior foco ao
papeldaeducaçãocomEs-
piritualidade Ecumênica
como solução transversal
e essencial para o cumprimento de
toda a agenda de desenvolvimento
global da ONU”.
Preparando os cidadãos
para as mudanças
climáticas
DeMeyer discorreu, no referido
painel sobre o tema “Educação e
desenvolvimento sustentável pós-
2015 e além: desafios para 2050”.
Posteriormente, ao ser entrevistado
pela Super Rede Boa Vontade de
Comunicação (rádio,TVe internet)
no escritório da LBV em Nova
1 2
Fotos:ElianaGonçalves
shutterstock.com
Vicente Bezerra
BOA VONTADE 45
LBV na ONU
A Rádio ONU em língua portuguesa convidou a Legião da Boa Vontade a falar sobre sua linha pedagógica, aplicada nas
unidades socioeducacionais da Instituição. Em entrevista conduzida pelo repórter Eleutério Guevane (E), a supervisora dessa
linha, Suelí Periotto, ressaltou a preocupação da LBV em promover ensino de qualidade aliado à transmissão de bons valores
e a ações que possibilitem às pessoas e famílias atendidas pela Instituição melhorar a qualidade de vida delas. Ao lado da
educadora, o representante da LBV nas Nações Unidas, Danilo Parmegiani.
Baixe o leitor
QR Code em seu
smartphone ou
tablet, fotografe
o código e ouça a
entrevista da LBV
concedida à Rádio
ONU em língua
portuguesa.
A embaixadora dos Estados Unidos junto às Nações
Unidas, Samantha Power (E), conversa com
Mariana Tamasan, da LBV.
Os representantes da LBV na conferência Nicholas Beck de Paiva
(E) e Mariana Tamasan conversam com o escritor Kurt Johnson,
cofundador da organização Diálogo Interespiritual em Ação.
Bircan Ünver (E), fundadora e presidente da ONG
The Light Millennium, recebe a publicação especial
da LBV para o evento do DPI.
Theresa Cheong, diretora da School of Allied Health, da Parkway
College, confraterniza com Sâmara Malaman, da LBV.
NicholasdePaivaAlzirodePaiva
StepanhieSabeerinNatalyPeres
NatalyPeres
46 BOA VONTADE
York, ressaltou pontos da palestra
que proferira. “Vou falar quais
serão as projeções para 2050 em
termos de crescimento populacio-
nal. Até lá, haverá dez bilhões de
pessoas no mundo. Sete em cada
dez habitantes do planeta estarão
vivendo em megacidades,comoRio
de Janeiro e São Paulo. A questão
é oferecer uma educação adequa-
da para preparar os cidadãos do
mundo para 2050”, disse. Ele com-
pletou: “Os cidadãos do mundo em
2050 terão que lidar com grandes
mudanças provocadas pelas alte-
rações climáticas. (...) Precisamos
educar as crianças de hoje para
serem indivíduos muito habilido-
sos e capazes de enfrentar esses
desafios. Não apenas expertise
em assuntos técnicos, mas
pessoas que precisarão
saber sobre os direitos
humanos,bemcomosobre
valores, o que significa ser
bons cidadãos e como se
relacionar uns com os outros”.
Pode-se perceber, pelos trechos
destacados de alguns dos discursos
feitos no painel, a ênfase destes na
necessidade de a educação ser prio-
rizada, visto que esta é ferramenta
imprescindível para transformar a
consciência e a conduta dos seres
humanos. Em consonância com
essa crença, o copresidente do
Comitê de ONGs sobre Educação,
ao se referir à proposta pedagógica
da LBV, assim se expressou: “A
qualidadedosprofessoresvai
ser muito importante. Eles
também terão que promo-
verorespeitopelosdireitos
humanos, o respeito pelo
próximo, o respeito pelos
O painel temático coordenado pela Legião da Boa Vontade atraiu a
atenção de profissionais da área educacional de diversos países, que fize-
ram questão de enaltecer o trabalho realizado pela Instituição há mais de
seis décadas. A seguir, alguns desses depoimentos.
“Fiquei realmente muito feliz em ver tanto carinho em um sis-
tema escolar que não trata apenas de abastecer o cérebro das
crianças, mas de realmente educá-las a como viver a vida, como
construir uma comunidade, como ser consciente para com o
meio ambiente (...). Soube que vocês [da LBV] também têm
um programa que inclui as mães. (...) É cientificamente com-
provado: a Educação realmente começa antes do nascimento.
Então, por que não incluir as mães? Alguém disse [durante o painel]
‘incluir os pais’, e estou totalmente de acordo” (Julie Gerland, francesa,
doutora em Medicinas Holísticas e chefe-representante da Organização
Mundial das Associações para Educação Pré-Natal — Omaep — junto
às Nações Unidas).
“O que a LBV está fazendo por meio da educação ofere-
cida às crianças, [ensinando] esses tipos de valores [éticos,
ecumê­nicos e espirituais], é muito importante. Estou
bastante feliz por ter participado deste painel. Parabéns
por organizá-lo. Usarei o vídeo [mostrado durante o painel]
com meus alunos, para os quais dou palestras sobre as
Nações Unidas e boas práticas” (Celine Paramunda, indiana,
representante da Medical Mission Sisters nas Nações Unidas).
“As informações que obtive neste painel foram sustentáveis,
porque formar um aluno para que entenda seu meio ambiente e
seu compromisso cívico e participe de sua comunidade é muito
relevante. (...) Gostaria de levar esse programa [educacional da
LBV] para meu país” (Daniel Méndez, dominicano, mestrando
em Educação).
Educando cérebro e coração
A mesa do painel temático foi formada, da esquerda para a direita, pela intérprete
Mariana Tamasan; pela supervisora da linha pedagógica da LBV, Suelí Periotto;
pelo diplomata Vicente Amaral Bezerra, representante da Missão Permanente
do Brasil nas Nações Unidas; pelo moderador do painel, Danilo Parmegiani,
representante da LBV na ONU; por Sâmara Malaman, mestre em Educação Especial
pela Kean University; e pelo psicólogo e psicanalista Joseph DeMeyer.
NatalyPeres
ArquivoBV
ArquivoBV
Arquivopessoal
BOA VONTADE 47
Mariana Tamasan, da LBV, entrega à
presidente do Comitê Executivo de ONGs
Associadas ao DPI/ONU, Anne-
-Marie Carlson (E), publicação especial
da Instituição para o evento.
Edward A. Lin, conselheiro da
Dharma Drum Mountain Buddhist
Association, recebe a revista da LBV
para a conferência em inglês.
Casey Gerald, diretor-executivo da MBA’s Across America,
recebe do jovem Nicholas Beck de Paiva a publicação
especial da LBV para a conferência do DPI.
Andrea Carmen, diretora-executiva do Conselho
Internacional de Tratados Indígenas (IITC, na sigla em inglês),
e o representante da LBV Alziro de Paiva, com a revista da
Instituição para o evento.
Representante da LBV apresenta as recomendações da
Instituição para a conferência a Grove Harris, da ONG The
Temple of Understanding (O Templo do Entendimento, na
tradução para o português).
Kleber Marins de Paulo, presidente da Enactus Brasil,
confraterniza com Suelí Periotto, supervisora da linha
pedagógica da LBV e diretora do Conjunto Educacional
Boa Vontade.
Simpático, o rabino Roger Ross,
diretor-executivo do Seminário Rabínico
Internacional, com a revista
BOA VONTADE Desenvolvimento
Sustentável 2014 em inglês. Ao lado,
Adriana Rocha, da LBV.
LBV na ONUStephanieSabeerinElianaGonçalvesElianaGonçalves
NatalyPeres
MarianaTamasan
ElianaGonçalvesNicholasdePaiva
48 BOA VONTADE
O representante da Associação Universal de Esperanto (UEA) na ONU, Neil
Blonstein (segundo, a partir da esquerda), confraterniza com a comitiva da
Legião da Boa Vontade presente à conferência.
Eliana Gonçalves (de costas), integrante da equipe da LBV no encontro do DPI,
conversa com o presidente da Conferência das ONGs com Relações Consultivas
para as Nações Unidas (Congo), Cyril Ritchie.
Clint Carney, secretário da Family Justice Center Alliance, e a representante da
LBV Mariana Tamasan.
valoreshumanosepelocomponente
espiritual da vida”.
Linha pedagógica
da LBV ganha relevo
na ONU
Durante o painel temático, o
público teve a oportunidade de
conhecer algumas histórias de
sucesso que a LBV reuniu no
âmbito educacional, resultantes
das inovadoras Pedagogia do
Afeto (dirigida a crianças de
até os 10 anos de idade) e Pe-
dagogia do Cidadão Ecumênico
(que abrange a educação de in-
divíduos a partir dos 11 anos),
aplicadas em todas as unidades
socioeducacionais da Institui-
ção. Entre os materiais apre-
sentados, um vídeo com alunos
do Conjunto Educacional Boa
Vontade chamou a atenção dos
presentes. Nele, crianças falam
da importância do uso racional
da água, consciência trabalhada
com os estudantes dos estabe-
lecimentos de ensino da LBV
desde a mais tenra idade.
Os bons resultados do pro-
grama educacional Estudantes
de Boa Vontade pela Paz (Good
Will Students for Peace, em
inglês), desenvolvido em esco-
las públicas norte-americanas,
também foi compartilhado com
todos os que estavam no local.
Em recente edição do programa,
a LBV aplicou sua linha pedagó-
gica na escola Lincoln Avenue,
em Nova Jersey, ocasião em que
abordou o tema “Minha casa é o
planeta Terra — O nosso papel
como cidadãos ambientalmente
conscientes”.
ArquivoBVNicholasdePaivaElianaGonçalves
BOA VONTADE 49
do futuro
Desafios
LBV na ONU
Reunião de Alto Nível do Ecosoc
Da Redação
50 BOA VONTADE
T
odos os anos, o Conselho
Econômico e Social (Ecosoc),
um dos órgãos principais da
Organização das Nações Unidas
(ONU), congrega representantes de
países-membrosdesseimportanteor-
ganismointernacionaledeentidades
da sociedade civil a fim de abordar
assuntos de grande relevância e in-
teresse para a Humanidade. Por isso,
dos dias 7 a 11 de julho de 2014, em
Nova York, EUA, o Ecosoc realizou
sua Reunião de Alto Nível, que de-
bateuotema“Discutindoosdesafios
emcursoeosemergentesparaatingir
os Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio (ODM) em 2015 e para
sustentar os ganhos de desenvolvi-
mento no futuro”. Participaram do
eventomaisde500representantesde
governo e da sociedade civil.
Umadasinstituiçõesquecompa-
receram à conferência, a Legião da
Boa Vontade, da mesma forma que
fez em edições anteriores do encon-
tro, apresentou suas recomendações
e boas práticas socioeducacionais
Evento anual da ONU
reúne representantes
de dezenas de países
para discutir a
agenda pós-2015.
referentes ao tópico em pauta.
Ainda esteve no Fórum Político de
Alto Nível sobre Desenvolvimento
Sustentável (High-Level Political
Forum,eminglês),queocorreuentre
30 de junho e 9 de julho. Na mesma
ocasião, outros dois eventos ocor-
reram: a Revisão Ministerial Anual
e o Fórum de Cooperação para o
Desenvolvimento, nos quais a LBV
também marcou presença.
Por meio de várias pesquisas
interativas — entre as quais a My
World* —, bem como dos fóruns e
das assembleias que antecederam à
Reunião de Alto Nível, a ONU jun-
tou informações necessárias para a
elaboraçãodocronogramapós-2015
edosObjetivosdeDesenvolvimento
Sustentável (ODS). Nesses encon-
trosforamdiscutidosdiversostemas
para ajudar a construir a agenda de
desenvolvimento sustentável, entre
os quais o consumo e a produção
sustentáveis, o papel da ciência e da
política e as tendências que afetarão
as novas gerações. “Combater a
* My World — Meu Mundo, em português, é a enquete global das Nações Unidas para a
construção de um planeta melhor. Os cidadãos podem votar nas seis questões de desenvol-
vimento que têm maior impacto na vida deles.
NicholasdePaiva
Em 7 de julho, a LBV foi convidada a se pronunciar na plenária da ONU
diante das autoridades internacionais. Na foto, o representante da
Instituição nas Nações Unidas, Danilo Parmegiani, fala sobre o traba-
lho da LBV em intervenção transmitida pela Rádio e TV ONU, em tempo
real, para todo o mundo.
BOA VONTADE 51
tênciasocial,obtidaaolongodemais
de seis décadas de atuação, e de en-
contros que ela promoveu em 2013
comváriossetoresdasociedade,em
quatro países da América Latina.
As informações contidas nesse
material foram igualmente disponi-
bilizadasàsdelegaçõesparticipantes
da Reunião de Alto Nível na edição
2014 da revista BOA VONTADE
Desenvolvimento Sustentável, lan-
Rita Schwarzelühr-Sutter, secretária
de Estado Parlamentar para o
Ministério Federal do Meio Ambiente,
Proteção da Natureza, Construção
e Segurança Nuclear da Alemanha
confraterniza com o representante
da LBV nas Nações Unidas, Danilo
Parmegiani.
O diretor-geral da Organização
Europeia para a Pesquisa Nuclear
(Cern, na sigla em francês), professor
Rolf-Dieter Heuer, recebe do
jovem Nicholas Beck de Paiva (D),
da LBV, a revista BOA VONTADE
Desenvolvimento Sustentável 2014.
O ex-primeiro-ministro da Coreia
do Sul, Han Seung-soo, designado
pelo secretário-geral da ONU para
Redução de Riscos de Desastres e
Recursos Hídricos, confraterniza com
a representante da LBV Conceição
de Albuquerque, que lhe entrega a
publicação especial da Instituição.
Os Legionários Mariana e Alex Tamasan apresentam
a mensagem da Instituição ao ministro de Finanças da
Guiana, Ashni Singh (C).
Revista BOA VONTADE Desenvolvimento Sustentável
disponível nos idiomas inglês, espanhol, francês e
português.
desigualdade crescente, em países
ricos e pobres, se tornou um desafio
definitivonanossaépoca”,declarou
Ban Ki-moon, secretário-geral das
Nações Unidas. Ele completou:
“Nossos objetivos pós-2015 devem
ser para não deixar ninguém para
trás”.
Contribuições da LBV
ALegiãodaBoaVontadepossui,
desde 1999, status consultivo geral
no Conselho Econômico e Social
(Ecosoc),aoqualexpõe,emrelatório
anual, suas recomendações e boas
práticas socioeducacionais, tradu-
zidas para os seis idiomas oficiais
das Nações Unidas: árabe, chinês,
espanhol, francês, inglês e russo. O
documento apresentado pela LBV
este ano é fruto de sua experiência
nos campos da educação e da assis-
LBV na ONU
AdrianaRocha
MarianaTamasan
NicholasdePaiva
VerônicaAnta
NatalyPeres
52 BOA VONTADE
e Nicholas Beck de Paiva, de 23
e 20 anos, respectivamente, e o
representante da Instituição nas
Nações Unidas, Danilo Parmegiani,
falaram do papel das novas gerações
na construção de um futuro melhor
para todos e de como a Entidade
incentiva essa participação. “Quan-
do a ONU abre espaço para que o
jovem tenha a sua voz, é muito bom;
afinal, nós temos a nossa opinião e
também queremos expressar o que
vivemos, as experiências que temos,
para contribuir para este evento tão
importante, que discute o futuro do
nosso planeta”, afirmou Felipe.
De acordo com Nicholas, a
juventude tem força para ajudar
a promover transformações de al-
cance global. “A experiência que o
jovem passa traz um valor na mu-
dança do mundo, na construção de
um mundo melhor”, ele salientou.
No dia 9 de julho, a Rádio ONU em língua portuguesa fez uma matéria sobre a
participação da Legião Boa Vontade na Reunião de Alto Nível do Ecosoc. Entre
os entrevistados estavam os jovens brasileiros Nicholas Beck de Paiva e Felipe
Duarte, que comentaram sobre o protagonismo juvenil incentivado na LBV
desde a infância, e defenderam a importância da Educação na preparação das
novas gerações.
O economista norte-americano
Jeffrey D. Sachs (D), diretor do
Earth Institute, da Universidade de
Columbia, recebe a publicação especial
da LBV das mãos do Jovem Legionário
Felipe Duarte.
Nana Oye Lithur (D), ministra de
Gênero, Crianças e Proteção Social da
República do Gana, conversa com a
jovem Amanda Vieira, da LBV, que
apresenta a mensagem da Instituição
especialmente encaminhada ao
evento.
Viviana Caro Hinojosa (D), ministra
do Planejamento de Desenvolvimento
da Bolívia, com a publicação especial
da LBV (em espanhol) durante o
evento do Ecosoc. Ao lado, Adriana
Rocha, da Instituição.
Comitiva jovem da LBV chama
atenção da Rádio ONU
O grande número de jovens na
comitiva da Legião da Boa Vontade
na Reunião de Alto Nível do Ecosoc
também mereceu realce durante
o evento. Dos 13 integrantes do
grupo, dez tinham menos de 28
anos de idade e eram originários de
seis países.
Em entrevista à Rádio ONU em
português, dois jovens brasileiros
que faziam parte da equipe enviada
pela LBV ao encontro, Felipe Duarte
MarianaTamasan
SâmaraMalaman
DaniloParmegiani
AdrianaRocha
BOA VONTADE 53
Embaixador Martin Sajdik (D),
presidente do Conselho Econômico e
Social das Nações Unidas (Ecosoc) e
representante da Missão Permanente
da Áustria na ONU, recebe mensagem
da LBV.
A publicação especial da LBV é
entregue à Shahira Wahbi, chefe da
Divisão de Cooperação Internacional e
Desenvolvimento Sustentável da Liga
dos Estados Árabes, pelo representante
da Instituição Nicholas Beck de Paiva.
Martin Chungong, secretário-
-geral da União Interparlamentar
(UIP), recebe a mensagem da LBV de
Eliana Gonçalves, representante da
Instituição no evento.
Lígia Figueiredo, do Ministério de
Assuntos Exteriores de Portugal,
recebe a mensagem da LBV das
mãos do jovem Felipe Duarte, da
Instituição.
William Colglazier, conselheiro para
Assuntos de Ciência e Tecnologia do
Departamento de Estado dos Estados
Unidos, com a representante da LBV
no evento, Sâmara Malaman.
çada na ocasião (nas versões em
português, inglês, francês e espa-
nhol). O destaque da publicação é a
mensagem“Solidariedadeedireitos
humanos no mundo”, do diretor-
-presidente da Instituição, José de
Paiva Netto, na qual ele evidencia a
importância não só da solidariedade
para a construção de um mundo
melhor, mas também do papel da
mulher na defesa dos direitos e de-
veres do ser humano.
Convidada a fazer um pronun-
ciamento na plenária da ONU no
primeiro dia de debates, a LBV le-
vou ao evento iniciativas de sucesso
da sociedade civil, em especial os
bons resultados alcançados com a
aplicação de sua proposta pedagó-
gica. O discurso foi proferido por
Danilo Parmegiani, representante
da Instituição nas Nações Unidas,
às autoridades internacionais pre-
sentes e transmitido pelos meios de
comunicação da ONU em tempo
real para todo o mundo. “(...) Uma
coesaeimpactantelinhadeação,que
promoveaEducaçãocomEspiritua-
lidade Ecumênica como a chave do
desenvolvimentodacidadaniaplena,
preparando novas gerações para
uma sociedade mais solidária e sus-
tentável. (...) Nosso foco é promover
um modelo de educação que seja ca-
paz de formar líderes solidários, por
meio do empoderamento de cérebro
ecoração,conformedefineodiretor-
-presidentedaLBV,oeducadorPaiva
Netto”, declarou ele.
Danilo ainda ressaltou que, neste
momentoemqueasnaçõesestabele-
cemprioridadescomunsparaareso-
luçãodeproblemasmundiais,aLBV
defendeaeducaçãocomoaprincipal
ferramenta no cumprimento dos
objetivos pós-2015, sendo a mais
eficiente na formação de cidadãos
solidários e fraternos.
LBV na ONUNatalyPeres
SâmaraMalaman
NatalyPeres
MarianaTamasan
NatalyPeres
54 BOA VONTADE
Super rede boa vontade de rádio
Um conteúdo que faz
bem para sua família!
Brasil
AM 940 kHz - Rio de Janeiro/RJ
AM 1.230 kHz - São Paulo/SP
AM 1.300 kHz - Esteio, região de Porto Alegre/RS
OC 25 m - 11.895 kHz - Porto Alegre/RS
OC 31 m - 9.550 kHz - Porto Alegre/RS
OC 49 m - 6.610 kHz - Porto Alegre/RS
AM 1.210 kHz - Brasília/DF
FM 88,9 MHz - Santo Antônio do Descoberto/GO
AM 1.350 kHz - Salvador/BA
AM 610 kHz - Manaus/AM
AM 550 kHz - Montes Claros/MG
AM 550 kHz - Sertãozinho, região de Ribeirão Preto/SP
AM 1.210 kHz - Uberlândia/MG
AM 1.310 kHz - Maringá/PR (de 2a
a 6a
, das 16 às 19h)
AM 1.270 kHz - Curitiba/PR (das 16 às 19h)
AM 1.210 kHz -Araçatuba/SP (de 2a
a sábado,das 16 às 19h)
AM 820 kHz - Goiânia/GO (das 22 às 6h)
FM 95,1 MHz - Recife/PE (de 2a
a 6a
, das 21 às 22h)
Oi TV - canal 989
Web: www.boavontade.com/tv
SKY – Canal 20
Oi TV – Canal 212
NET
No Estado de São Paulo: Itapetininga (canal 66);
Sertãozinho (canal 98);Americana,Araras, Hortolândia,
Limeira, Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, Nova Odessa, Rio Claro,
Santa Bárbara D’Oeste e Sumaré (canal 192).
OUTRAS TVS POR ASSINATURA
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Serviços de Telecomunicações: Natal/RN e Mossoró/RN;
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TVC Assis: Assis/SP; CANAL 29 — TVC Ourinhos: Ourinhos/SP;
CANAL 26 — Pontal Cabo: Penápolis/SP; CANAL 39 — TVCA
Tietê: Tietê/SP; CANAL 45 — TV Conector: Jaú/SP e Dois
Córregos/SP; CANAL 34 — RCA: Curitiba/PR e Paranavaí/PR.
TV ABERTA
CANAL 45.1 digital: São Paulo/SP; CANAIS 11E/40D:
São José dos Campos/SP; CANAIS 9 e 32: Arceburgo/MG;
CANAL 31: Brodowski/SP; CANAL 23: Glorinha/RS; CANAL
51: Luz/MG; CANAL 58: Poços de Caldas/MG; CANAL 21:
Mococa/SP, Santa Rosa do Viterbo/SP e Cássia dos Coqueiros/SP;
CANAL 69: Tapiratiba/SP e Guaranésia/MG.
ANTENA PARABÓLICA — CANAL TERRA VIVA
Programa O Poder da Fé Realizante
De 2a
a 6a
, das 7h às 7h30.
Frequência em banda C: 3.790 MHz • Frequência em banda L: 1.360 MHz
• Polarização descida: horizontal • Satélite: Brasilsat C-2 analógico.
Buenos Aires, Argentina: FM Dakota 104.7 (de 2a
a 6a
,
das 5 às 6h e das 10 às 11h;sábado e domingo,das 7 às 8h
e das 18 às 19h) eAM 1.590 (de 2a
a 6a
, da 0 à 1h e das 18
às 19h) • La Paz, Bolívia: FM 100.5 (de 2a
a 6a
, das 8 às
9h e das 22 às 23h) • Assunção, Paraguai: FM 90.7 (de
2a
a 6a
, das 8 às 9h) • Montevidéu, Uruguai: AM 1.370
(de 2a
a 6a
, das 23 à 0h) • Portugal — Porto: FM 88.1
(diariamente,das23à0h)—Lisboa:FM92.8(diariamente,
das 23 à 0h) — Coimbra: FM 96.2 (diariamente, das 7 às
8h) e FM 92.6 (diariamente, das 15 às 16h).
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Covardia contra crianças: Paiva Netto alerta para violência

  • 1. Paiva Netto alerta para a ”Covardia contra crianças“ e afirma: “Fechar os olhos para a violência contra as crianças e seus cruéis desdobramentos é uma barbaridade ainda muito presente no mundo” (leia na íntegra na p. 8) encarte especial BOA VONTADE reúne especialistas para analisar a nova realidade do Terceiro Setor LBV compartilha expressivos resultados das Pedagogias do Afeto e do Cidadão Ecumênico em conferência nas Nações Unidas ANO 58 • No 237• R$ 7,90 64anos Cardoso Laura Amor à vida, humildade e alegria: marcas que mantêm a jovialidade desta dama do teatro e da televisão, aos 87 anos App gratuito da revista BOA VONTADE educação em debate templo da boa vontade Comemorações históricas de Fé, Emoção e Paz no dia 8/11/2014, em Brasília/DF
  • 2. DIA8denovembrode2014 PaivaNettocelebra comopovoemBrasília/DF: Alziro Zarur e Paiva Netto: amizade firmada em Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista. • Alziro Zarur (1914-1979) Centenário de nascimento do saudoso Proclamador da Religião do Amor Universal Duas décadas do Fórum Irrestrito e Ecumênico (1994-2014) • ParlaMundi da LBV • Proclamação da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo 41 anos de Fraternidade Real (1973-2014) TBV: SGAS 915, Lotes 75 e 76, Brasília/DF. Tel.: (61) 3114-1070 • www.tbv.com.br
  • 3. 25anos TemplodaBoaVontade JubileudePrata Inscreva-se já nas Caravanas da Boa Vontade! Informações nas Igrejas Ecumênicas da Religião Divina 0300 10 07 940 — www.tbv.com.br/25anos (1989-2014)
  • 4. 34 Ruth de Souza: Referência, simpatia e pioneirismo. Na foto, com o saudoso Grande Otelo. 15 Domingos Meirelles Eleito novo presidente da ABI 13 cacá diegues Trajetória na vida e no cinema 13 Lucinha Araújo Os parabéns por mais um aniversário 16 ronnie von é tema de biografia 14 Nathalia Timberg 60 anos de carreira em obra literária 14 mauricio de sousa Poesia de cordel 12 LAURENTINO GOMES Edição revista e ampliada de 1808 18 celso antunes escreve Sala de aula e futebol 17 Mary del priore História do sobrenatural e do espiritismo Sumário 8 covardia contra crianças Paiva Netto 12 Cartas, e-mails, livros e registros 21 Opinião — Esporte por José Carlos Araújo Racismo nunca mais! 22 Arte e Cultura Laura Cardoso — exemplo de talento e trabalho 29 Opinião — Educação por Arnaldo Niskier A história do vocabulário 30 Samba & história por Hilton Abi-Rihan Sururu na Roda — Deu samba! 34 Abrindo o coração Ruth de Souza — Referência e pioneirismo 38 Internacional — Empoderamento das mulheres Atuação da LBV para igualdade de gêneros 44 LBV na ONU • Educação e sustentabilidade (p. 44) • Desafios do futuro (p. 50) 56 comportamento Quando a ansiedade compromete o seu bem-estar 64 Ação jovem LBV Globalização do Amor Fraterno de Jesus 72 empreendedorismo Conexão Empresarial 8 Paiva Netto escreve: Covardia contra crianças 4 BOA VONTADE
  • 5. 73 No encarte especial, os drs. Airton Grazzioli, José Eduardo Sabo Paes e Marcelo Henrique dos Santos escrevem sobre a nova realidade do Terceiro Setor (páginas de 73 a 87) 18 beto junqueyra Visita à LBV 116 Mal de Alzheimer: O que fazer para prevenir a doença que pode triplicar em números de casos até 2050 21 José Carlos araújo Racismo nunca mais! 29 Arnaldo Niskier A história do vocabulário 72 márcio utsch Palestra no Conexão Empresarial 72 Paulo Cesar de oliveira Promove evento em BH 88 nelson leite Abradee premia as melhores do setor energético 73 terceiro setor — encarte especial • A nova realidade do Terceiro Setor (p. 74) • Articulação social (p. 84) • Capacitação e menos burocracia (p. 87) 88 responsabilidade social Abradee premia as melhores 92 Educação em Debate Mobilização como estratégia de aprendizagem 103 inclusão produtiva LBV capacita jovens e adultos para o mercado de trabalho 106 Literatura 23a Bienal Internacional do Livro de São Paulo 112 .opinião — mídia Alternativa por Carlos Arthur Pitombeira Na agenda dos próximos quatro anos 116 saúde Será Alzheimer? 122 melhor idade • O mundo cada vez mais grisalho (p. 122) • Crise, Aquífero e a urgente atitude (p. 126) por Walter Periotto 128 soldadinhos de deus 130 Aprendendo português por Adriane Schirmer Onde estão os meus óculos? Canais da LBV na internet www.lbv.org.br Facebook: LBV Brasil Twitter: @LBVBrasil Youtube: LBV Videos Orkut: LBV Flickr: flickr.com/lbvbrasil 44 LBV coordena painel temático na sede da Organização das Nações Unidas BOA VONTADE 5
  • 6. Ao leitor Sempre em foco na Legião da Boa Vontade, o compromisso com a qualidade na educação firma- da na Espiritualidade Ecumênica é pauta de duas importantes reportagens desta edição, além de ser destaque na entrevista com a consagrada atriz Laura Cardoso, capa deste número e um exemplo de talento e trabalho. A primeira aborda a partici- pação da LBV na 65a Conferência Anual de ONGs do Departamento de Informação Pública (DPI, na sigla em inglês) das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos, em agosto. Na oportunidade, a Instituição colaborou para a elaboração de uma “Agenda de Ação” que mobilize as negociações das metas de desenvolvimento pós-2015, conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A LBV realçou a necessidade de se pro- mover educação para impulsionar o exercício da cidadania plena, preparando as futuras gerações para ser protagonistas de uma sociedade solidária e sustentável. No outro texto, discorre-se sobre o 13o Congres- so Internacional de Educação da LBV, realizado na capital paulista, de 30 de julho a 1o de agosto. Por meio de palestras e oficinas pedagógicas, o tema do encontro, “Mobilização como estratégia de aprendizagem: uma visão além do intelecto”, foi debatido com o público presente sob diversos aspectos, dando-se resposta a problemas antigos na área, entre os quais o analfabetismo funcional e a falta de interesse dos alunos pelos conteúdos transmitidos. Também em prol da infância e da juventude, o diretor-presidente da LBV, jornalista, escritor e radialista José de Paiva Netto, faz esta contundente advertência ao comentar o relatório “Ocultos à ple- na luz”, do Fundo das Nações Unidas para a Infân- cia (Unicef), divulgado em 4 de setembro: “Fechar os olhos para a violência contra as crianças e seus cruéis desdobramentos é uma barbaridade ainda muito presente no mundo”. Para ele, sem o res- peito aos direitos fundamentais das crianças e dos jovens não haverá futuro para as nações. “E não se cresce, material e espiritualmente saudável, sem afeto, sem Amor Fraterno”, completa. Na seção “Comportamento”, importante alerta: vivemos atualmente em uma sociedade urgente, rápida e ansiosa. Por isso, a matéria mostra o que fazer para não deixar a ansiedade prejudicar a vida diária da pessoa. Boa leitura! Revista apolítica e apartidária da Espiritualidade Ecumênica BOA VONTADE é uma publicação da LBV, editada pela Editora Elevação. Registrada sob o no 18166 no livro “B” do 9o Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo. Diretor e Editor-responsável: Francisco de Assis Periotto — MTE/DRTE/RJ 19.916 JP chefe de redação: Rodrigo de Oliveira — MTE/DRTE/SP 42.853 JP Coordenação geral de Pauta: Gerdeilson Botelho Superintendência de marketing e comunicação: Gizelle Tonin de Almeida Jornalistas Colaboradores Especiais: Airton Grazzioli, Arnaldo Niskier, Carlos Arthur Pitombeira, Daniel Borges Nava, Hilton Abi-Rihan, José Carlos Araújo e Paulo Kramer. Equipe Elevação: Adriane Schirmer, Cida Linares, Diego Ciusz, Giovanna Pinheiro, Leila Marco, Leilla Tonin, Mariane de Oliveira Luz, Mário Augusto Brandão, Neuza Alves, Paulo Azor, Silvia Fernanda Bovino, Valéria Nagy, Vivian R. Ferreira, Walter Periotto, Wanderly Albieri Baptista e William Luz. Projeto Gráfico e capa: Helen Winkler Diagramação: Diego Ciusz, Felipe Tonin e Helen Winkler Impressão: Mundial Gráfica Crédito da foto de capa: Vivian R. Ferreira Endereço para correspondência: Rua Doraci, 90 • Bom Retiro • CEP 01134-050 • São Paulo/SP • Tel.: (11) 3225-4971 • Caixa Postal 13.833-9 • CEP 01216-970 • Internet: www.boavontade.com / E-mail: info@boavontade.com A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos e opiniões em seus artigos assinados. A publicação obedece ao elevado propósito de estimular o debate dos temas relevantes brasileiros e mundiais e de refletir as tendências do pensamento contemporâneo. A N O 5 8 • N o 2 3 7 • M A I / J U N / J U L / A G O 2 0 1 4 Tiragem: 50 mil exemplares Edição fechada em 27/9/2014 Reflexão de BOA VONTADE Para que nosso planeta sobreviva aos efeitos de tanta ganância pelos séculos, verdade seja dita, temos visto notáveis esforços de pesquisadores e de cidadãos engajados na melhora da qualidade de vida por todo o globo. Aliados às iniciativas que buscam a alimentação saudável, por intermédio da agricultura orgânica, meios de transporte alternativos e a proteção do meio ambiente, pela reciclagem e pelo tratamento racional do lixo e apro- veitamento das águas da chuva, excelentes trabalhos de cientistas e outros estudiosos prometem bons resultados no curto e no longo prazo. Por exemplo, é intensa a pes- quisa na área energética, sobretudo em relação a fontes renováveis e limpas: biocombustível, biomassa, energia azul, energia geotérmica, energia hidráulica, hidreletri- cidade, energia solar, energia maremotriz, energia das ondas e energia eólica, além de outros objetos de estudo pouco conhecidos e aqueles que nem mesmo sabemos ainda que serão descobertos. A Fé é o combustível das Boas Obras. Paiva Netto 6 BOA VONTADE
  • 7.
  • 9. RaquelBertolin José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. É diretor-presidente da LBV. F echar os olhos para a violência contra as crianças e seus cruéis desdobramentos é uma barbaridade ainda muito presente no mundo. É o que nos mostra o relatório do Fundo das Na- ções Unidas para a Infância (o Unicef) “Ocultos à plena luz”, divulgado no dia 4 de setembro deste ano.  Segundo esse órgão internacional: “É a maior compilação de dados jamais realizada sobre violência contra a criança”. O trabalho, com núme­ros coletados em 190 países, detalha as terríveis e duráveis consequências de agressões sofridas na fase infantojuvenil. As vítimas, pos- teriormente, se tornam adultos mais propensos a ficar sem emprego, a viver na pobreza e a manifes- tar comportamento agressivo. E aqui um ponto que deve ser levado em alta consideração. Os pesqui- sadores observam que o estudo diz respeito apenas aos indivíduos que puderam e quiseram responder aos questionamentos. Ou seja, as estimativas le- vantadas refletem pequena parte do problema.  Isso ocorre, porque as comu- nidades, as escolas, os lares não cumprem devidamente suas obri- gações com os pequeninos. O dr. Anthony Lake, diretor-exe- Anthony Lake Divulgação BOA VONTADE 9
  • 10. Covardia contra crianças cutivo do Unicef, é contundente: “São situações desconfortáveis — nenhum governo ou pai ou mãe quer vê-las”. No entanto, como ele mesmo enfatiza, devemos en- carar os fatos se quisermos mudar a mentalidade que acha normal e permissível essa violência diária, em todos os lugares. E completa: “Embora a maior prejudicada seja a criança, também dilacera o tecido da sociedade, minando a estabilidade e o progresso. Mas essa violência não é inevitável. Pode ser prevenida — desde que nos recusemos a deixar que ela permaneça nas sombras”. Alguns dos índices apontados pela pesquisa, em contextos mun- diais, nos dizem que crianças e Ilustração:WilliamLuz–SoldadinhosdeDeus,daLBV. Jesus, no Evangelho, segundo Mateus, 19:14, apresentou-se como Segurança Divina para as crianças: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os impeçais, porque deles é o Reino dos Céus”. adolescentes com menos de 20 anos representam um quinto das vítimas de homicídio, o que re- sulta em perto de 95 mil mortes em 2012; cerca de 120 milhões de meninas com menos de 20 anos (aproximadamente uma em cada dez) foram forçadas a ter relações sexuais ou a praticar outros atos sexuais; e pouco mais de um em cada três estudantes entre 13 e 15 anos são vítimas frequentes de bullying na escola. Que providências tomar O Unicef indicou estratégias para que toda a sociedade, desde as famílias aos governos, possa trabalhar para reduzir tamanha tra- gédia. Elas incluem “prestar apoio aos pais e desenvolver na criança habilidades de vida; mudar atitu- des; fortalecer sistemas e serviços judiciais, criminais e sociais; e gerar evidências e conscientização sobre violência e seus custos hu- manos e socioeconômicos, visando à mudança de atitudes e normas”. Dentre as numerosas frentes de trabalho da Legião da Boa Vontade, cuidar bem das crianças é uma de suas mais relevantes e reconhecidas ações. Tenho gran- de esperança na semeadura que fazemos há mais de 64 anos nos corações humanos e espirituais. A Pedagogia do Afeto e a Peda- gogia do Cidadão Ecumênico, que desenvolvemos na rede de ensino da LBV, com o apoio do povo, possuem elevados propó- sitos de salvaguardar a infância e a juventude em risco social. A evasão escolar nas unidades da LBV tem índice zero, informa a diretora do Conjunto Educacional Boa Vontade, em São Paulo/SP, a doutoranda em Educação Suelí Periotto. Não se tem qualquer garantia de futuro melhor para as nações sem respeito aos direitos funda- mentais das crianças e dos jovens. E não se cresce, material e espi- ritualmente saudável, sem afeto, sem Amor Fraterno.  Cumprir com acerto as res- ponsabilidades que nos cabem é atender ao alertamento de Jesus, o Cristo Ecumênico, portanto, universal. No Seu Evangelho, segundo Mateus, 19:14, Ele diz: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os impeçais, porque deles é o Reino dos Céus”. 10 BOA VONTADE
  • 11. Antônio Ermírio de Moraes (1928-2014) Um ser humano bom paivanetto@lbv.org.br www.paivanetto.com A ntônio Ermírio de Moraes (1928-2014), empresário, pre- sidente de honra do GrupoVo- torantim e engenheiro metalúrgico, formado pela Colorado School of Mines. Mas, acima de tudo, foi um ser humano de nobres ideais, que promoveu iniciativas em prol das comunidades menos favorecidas. Ele voltou à Pátria Espiritual no dia 24 de agosto (domingo), em São Paulo/SP, deixando-nos louváveis exemplos. Em 1996, por seu empenho às causas humanitárias, recebeu do ParlaMundidaLBV,emBrasília/DF, a Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, na categoriaIndústriaeComércio.Sua proximidade com o pensamento altruísta ficou bem evidente em entrevista que concedeu, certa vez, à Super Rede Boa Vontade de Comunicação (Rádio, TV, internet e publicações): “Todo homem responsável desta nação tem de deixar de ser egoísta. Ele tem de se preocupar com uma coisa chamada Humanidade. Tem de se preocupar com seus vizinhos, com as suas aflições, com seus problemas, procurar dar-lhes a mão, ajudá-los com esse espírito comunitário que estamos lançando no Brasil. Sempre que puder, teremos imenso prazer em ajudar a LBV”. Incentivador da cultura, es- creveu e produziu peças teatrais, destacando os desafios brasileiros. Nessa mesma linha, em 2006, lançou o livro Acorda, Brasil!. Com satisfação, guardo exemplar autografado pelo ilustre autor: “A José de Paiva Netto, com apreço do Antônio Ermírio de Moraes”. Fernando Pessoa (1888-1935), notável vate português, com ilumi- nada inspiração retratou: “A morte é a curva da estrada. Morrer é só não ser visto”. Portanto, conscien- tes dessa verdade, desejamos ao Espírito Eterno Antônio Ermírio de Moraes votos de muita Paz onde estiver, no Mundo Espiritual. Aos seus familiares e amigos, particularmente à sua esposa, dona Maria Regina Costa de Moraes, e aos nove filhos do casal a solida- riedade dos Legionários da LBV. ClaytonFerreira BOA VONTADE 11
  • 12. Cartas, e-mails, livros e registros O trabalho realizado pelo jornalista Paiva Netto é muito louvável, razão por que nós, pela segunda vez consecutiva, reco- nhecemos os esforços dele como profissional da Comunicação. A LBV tem uma ação excelente em todo o Brasil e em outros países de suma importância, principalmente para as pessoas menos favoreci- das e para os que buscam uma palavra de conforto espiritual. Os artigos de Paiva Netto trazem Paz, Amor, Fraternidade. Curvelo é brindada com a participação dele na condição de colunista. Ele tem engrandecido o nosso trabalho e sido elogiado por parte da popu- lação da cidade e região. (Geraldo Magela, jornalista e radialista, ao comentar homenagem feita ao dirigente da LBV com a entrega do prêmio 7o Mérito Radiofônico João Guimarães Rosa, do jor- nal E Agora?, de Curvelo/MG, periódico do qual é diretor.) Meus agradecimentos pela revista [BOA VON- TADE 236], cujas re- portagens enriquecem meus sentimentos. (...) Sobre [o arti- go “Deus, Brasil e globalização*”], como sempre, Paiva Netto, muito inspi- rado pela Espiritualidade Superior, nos traz essa excelente mensagem como um refrigério para o nosso espírito. Abraços fraternais. (João BaptistadoValle,membrodoCon- selho Deliberativo da Federação Espírita do Estado de São Paulo.) No dia 31 de agosto, o historiador e escritor Laurentino Gomes relançou, na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, seu best-seller 1808 (Globo Livros), em edição revista e ampliada. Nele, traz um capítulo inédito, com informações até hoje pouco conhecidas sobre a criação do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves, em dezembro de 1815. Na ocasião, ainda foi apresentada a versão em e-book do título, pela primeira vez acessível ao público brasileiro. Cabe destacar que, em 2008, a obra recebeu o Prêmio ABL de Ensaio, Crítica e História Literária, da Academia Brasileira de Letras, e o Prêmio Jabuti de Literatura nas categorias “Reportagem” e “Livro do Ano Não Ficção”. Laurentino, que escreveu igualmente 1822 e 1889, dedicou um exemplar da recente edição de 1808 ao dirigente da LBV, no qual registrou: “Para Paiva Netto, com um afetuoso abraço e gratidão do autor”. 1808, de Laurentino Gomes, ganha edição revista e ampliada VivianR.Ferreira Laurentino Gomes em sessão de autógrafos da nova edição da obra literária 1808. Fico satisfeita em saber que a LBV instrui a nova geração sobre a importância da preservação desse elemento tão precioso: a água. Para- béns! (Leni Cedro, Cabo Frio/RJ.) Émaravilhososaberqueaqueles que representam o futuro estão sen- do preparados e conscientizados desde pequeninos. Parabéns às crianças lindas e inteligentes da *O artigo “Deus, Brasil e globalização” pode ser encontrado na internet (no site www.paivanetto.com). 12 BOA VONTADE
  • 13. Com 74 anos de idade e 52 de carreira, Cacá Die- gues, um dos fundadores do Cinema Novo — movimento que deu início a uma nova maneira de filmar e pensar o Brasil, com foco na realidade nacional e uma linguagem adequada à situação social do período —, apresentou ao público, em 12 de agosto, a autobiografia Vida de cinema — Antes, durante e depois do Cinema Novo (Editora Objetiva). O ato ocorreu na capital fluminense e reuniu personalidades, leitores e amigos do autor. Na obra, ele conta sua trajetória de sucesso no ci- nema, passando pela infância em Alagoas até o triunfo no Festival de Cannes. O livro é um relato das últimas cinco décadas do Brasil pela voz de Diegues, que traça o panorama de uma época marcada pela modernização do país na década de 1950, pela efervescência cultural dos anos 1960 e pelo processo de redemocratização. No evento de lançamento do título, o autor encami- nhou um exemplar deste ao dirigente da LBV, no qual escreveu a seguinte dedicatória: “Para Paiva Netto, com o meu abraço”. Cacá Diegues e a trajetória na vida e no cinema Em livro autobiográfico, Cacá Diegues também expõe memórias sobre o cinema brasileiro. LBV e à Instituição pelo grande trabalho humanitário. (Jandira Maria Pereira, São Paulo/SP.) PriscillaAntunes É com muito orgulho que agradeço pelo livro Jesus, o Profeta Divino, cuja leitura do virtuoso ensinamento me enri- quece profundamente. Sinto- -me esclarecido e confortado. Estudantes do Centro Educacional da Legião da Boa Vontade, situado em Del Castilho, Rio de Janeiro/RJ, visitaram, em 7 de agosto, a Sociedade Viva Cazuza, no bairro Laranjeiras, zona sul da capi- tal fluminense. Na oportunidade, parabenizaram a fundadora da organização e amiga de Boa Vontade, Lucinha Araújo, pelo aniversário dela. Durante o encontro, a garotada percorreu as dependências da entidade, que ampara crianças e adolescentes portadores do vírus da aids, bem como teve contato com o acervo do cantor e compositor Cazuza (1958-1990), filho de Lucinha. Ela, por sinal, ao receber um buquê de flores das alunas atendidas pela Instituição, disse: “Conheço o traba- lho da LBV. Sei que também é um trabalho lindo”. Alunos atendidos pela LBV parabenizam Lucinha Araújo Crianças atendidas pela LBV são recebidas pela presidente da Sociedade Viva Cazuza, Lucinha Araújo. Ao fim da visita, a anfitriã foi homenageada pela passagem de seu aniversário. PriscillaAntunes BOA VONTADE 13
  • 14. Para marcar seus 85 anos de vida — 60 deles dedicados à carreira artística —, Nathalia Timberg lançou, em 23 de setembro, sua biografia, escrita pelo jornalista Cacau Hygino. A noite de autógrafos do livro Nathalia Timberg — Momentos (Editora M.Books) ocorreu no bairro de Copacabana, na zona sul da capital fluminense, reunindo personalidades, artistas consagrados, amigos da artista e leitores.  A obra narra fatos marcantes na vida da atriz, entre os quais o início no teatro, nos anos 1930, quando ainda era menina, e os inúmeros papéis na televisão.  Os autores dedicaram um exemplar da obra ao diretor-presidente da LBV, com as seguintes mensa- gens: “Para Paiva Netto, um grande abraço. Nathalia  Timberg” e “Querido Paiva Netto, com carinho. Cacau”. Que tal passear pela história de nosso país de maneira bem divertida? Essa é a proposta do livro O Brasil no papel em poe­ sia de cordel (Editora Melhoramentos), de Mauricio de Sousa e Fábio Sombra, lançado no dia 23 de agosto, em São Paulo/SP. Nele, os famosos personagens da Turma da Mônica viajam pelo território nacional para conhecer os costumes e as tradições de vários Estados, retratando as belezas e a diversidade cultural brasileiras por intermédio da literatura de cordel. Por ocasião do lançamento, Mauricio de Sousa concedeu entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, internet e publicações) e dedicou um exemplar da obra às meninas e aos meninos atendidos pela Legião da Boa Vontade, no qual regis- trou a seguinte mensagem: “Às lindas crian- ças da LBV, com todo o carinho. Mauricio”. 60 anos de carreira da atriz Nathalia Timberg Mauricio de Sousa e Fábio Sombra: poesia de cordel Escrito pelo jornalista Cacau Hygino, o livro narra importantes momentos da vida de Nathalia Timberg. O cartunista Mauricio de Sousa exibe exemplar de livro produzido de parceria com o escritor Fábio Sombra. PriscillaAntunes VivianR.Ferreira Cartas, e-mails, livros e registros Que o Grande Arquiteto do Universo mantenha Paiva Netto fazendo transbor- dar tamanha sabedoria, dádiva que muito enobrece o ser humano. (Elias Corrêa de Menezes, Santa Luzia/MG.) 14 BOA VONTADE
  • 15. O reality show American Chopper, transmitido pelo canal de TV Discovery Channel, transformou a Orange County Choppers em uma das mais famosas fabricantes de motos customizadas do mundo. Em 24 de agosto, na oficina e set de gravação dos episódios do programa, na cidade de Newburgh, Estado de Nova York, EUA, o fundador da marca, Paul Teutul Senior, teve a oportunidade de conhecer um pouco do trabalho da Legião da Boa Vontade. Na referida data, o empresário recebeu a visi- ta de representantes da LBV dos Estados Unidos, que lhe entregaram lembranças confeccionadas por alunos do Conjunto Educacional Boa Von- tade, localizado na capital paulista. Feliz com a singela homenagem, ele agradeceu e afirmou: “Vou expô-las na parede de meu escritório”. Fundador da Orange County Choppers recebe homenagem da LBV AdrianaRocha O jornalista Domingos Meirelles foi eleito presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) pela Chapa Vladimir Herzog. Pela primeira vez na história da entidade, um repórter assume a Presidência da Casa dos Jornalistas. Duas chapas concorreram à eleição. A Chapa Vladimir Herzog teve 218 votos e a Chapa Prudente de Morais, neto 147, sendo apurados dois votos nulos. O pleito foi realizado em seis capitais — Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Maceió, Brasília e São Luís. No maior colégio eleitoral da entidade, no Rio de Janeiro, com 303 eleitores, a Chapa Vladimir Her- zog conquistou 167 votos e a Prudente de Morais, neto, 134. Após a apuração dos votos, o presidente da Mesa Diretora, Marcus Miranda, proclamou a vitória da Chapa Vladimir Herzog. Este foi o pleito com a maior participação de associados da história da entidade. O novo presidente da ABI é também escritor com várias obras publicadas, entre elas As Noite das Grandes Fogueiras — Uma História da Coluna Prestes (Prêmio Jabuti de Reportagem de 1996), e 1930 — Os Órfãos da Revolução, vencedor do Jabuti de 2006, na categoria “Ciências Humanas”. Domingos Meirelles é o novo presidente da ABI Fonte: site da ABI AntonioChahestian/Record BOA VONTADE 15
  • 16. Divulgação Em Ronnie Von: o príncipe que podia ser rei (Planeta do Brasil), escrito pelos jornalistas Antonio Guerreiro e Luiz Cesar Pimentel, o leitor conhecerá a trajetória profissional do cantor e apresentador do programa Todo Seu, transmitido pela TV Gazeta. Lançado em 1o de agosto, o livro está repleto de fotos de diversas fases da carreira de Ronnie Von, entre estas a da Jovem Guarda — movimento do qual foi um dos ícones —, além de publicar sua discografia completa. Para a elaboração da obra, Guerreiro e Pimentel gravaram mais de cem horas de entrevistas com o artista e ouviram mais de cinquenta pessoas que conviveram ou convivem com ele. Em noite de autógrafos, na capital bandeirante, o biografado e os autores receberam diversas perso- nalidades, amigos e admiradores. Eles dedicaram um exemplar do título ao diretor-presidente da LBV, no qual registraram as seguintes palavras: “Paiva O professor e escritor português José Pacheco, com a colaboração do professor Samuel Lago, lan- çou, em 22 de agosto, na capital paulista, o livro Crônicas Educação 2: denunciar e anunciar (Editora Ronnie Von é tema de biografia Professor José Pacheco reúne experiências educacionais em livro Ronnie Von é ladeado pelos jornalistas Antonio Guerreiro (D) e Luiz Cesar Pimentel. Os professores Samuel Lago (E) e José Pacheco autografam exemplares de sua recente obra literária. Netto, uma honra que nos leia. Obrigado, Luiz”; “Paiva Netto, um abraço. Guerreiro”; e “Ao Paiva Netto, meu abraço, meu carinho! Parabéns pela obra! Ronnie Von”. Nossa Cultura). A sessão de autógrafos foi bastante concorrida e reuniu personalidades, educadores e amigos dos autores. Antes dela, o público participou de um bate-papo sobre a abordagem educacional que a obra oferece. Em crônicas, a publicação contribui para a quebra de paradigmas relacionados aos assuntos atuais que são tratados na área educacional, além de expor as experiências técnico-pedagógicas viven- ciadas pelo professor Pacheco na Escola da Ponte, em Portugal. Cabe ressaltar que essa Instituição, idealizada pelo próprio educador, se notabilizou pelo inovador projeto educativo, firmado na autonomia dos estudantes. Por ocasião do lançamento, os autores dedicaram um exemplar do novo título ao diretor-presidente da LBV. “Para o Paiva Netto, grato. José Pacheco” e “Paiva: reflita, desfrute! Abração do prof. Samuel Lago”, escreveram. Cartas, e-mails, livros e registrosLuizBarcelos 16 BOA VONTADE
  • 17. O jornalista e empresário da área de comuni- cação Ricardo Viveiros lançou, em 12 de agosto, o título A vila que descobriu o Brasil — A incrível história de Santana de Parnaíba (Geração Edito- rial), em livraria da capital paulista. O concorrido evento reuniu personalidades, além de amigos e familiares do autor. Os mais de quatro séculos desse município, que se orgulha de ser um dos berços mais importantes da brasilidade, são contados nessa obra, com apuro e leveza. Cruzando os episódios na Colônia com os acontecimentos do período na Europa, Viveiros constrói uma narrativa que mostra como a história do pequeno povoado, depois elevado a vila e hoje uma cidade com mais de cem mil habitantes, influenciou e foi impactada pelos momentos vividos no Brasil e na Península Ibérica. Em um exemplar do livro, o escritor anotou esta dedicatória ao dirigente da LBV: “Ao grande brasileiro Paiva Netto, homem de Boa Vontade, ofereço esta história da história do Brasil. Um abraço do Ricardo Viveiros”. A renomada historiadora Mary del Priore lançou, em 25 de agosto, na capital paulista, a obra literária Do outro lado — A história do so- brenatural e do espiritismo (Planeta do Brasil). A publicação é uma narrativa instigante sobre um assunto que chama a atenção de todos que desejam conhecer cada vez mais a presença da espiritualidade na história do Brasil.  Além de tratar do desenvolvimento do espiri- tismo, criado por Allan Kardec e assimilado por muitos intelectuais brasileiros no século 19, ela descreve fenômenos populares nesse período, como o sonambulismo, o magnetismo, a atividade de cartomantes e curandeiros. No evento de lançamento do título, a escri- tora autografou um exemplar deste ao diretor- -presidente da LBV, grafando esta dedicatória: “Ao caríssimo dr. Paiva Netto, com a admiração e o abraço de Mary”. A história do Brasil na ótica de Ricardo Viveiros Historiadora Mary del Priore apresenta história do sobrenatural e do espiritismo O jornalista Ricardo Viveiros apresenta a história de Santana de Parnaíba. Historiadora Mary del Priore lança livro sobre “a história do sobrenatural e do espiritismo no Brasil”. LuizBarcelos VivianR.Ferreira BOA VONTADE 17
  • 18. A 23ª Bienal Internacio- nal do Livro de São Paulo foi palco do lançamento da nova obra do educador Celso Antu- nes, intitulada Sala de aula e futebol (Editora Vozes). Nela, o professor, que é fascinado por esse esporte, procura mostrar ao leitor a estreita relação entre o jogo e a aula e entre a rotina na escola e a emoção no campo, fazendo com que cada leitor seja um protagonista capaz de pensar identidades e de transferir experiências. O autor dedicou um exem- plar da publicação ao dirigen- te da Legião da Boa Vontade, com a seguinte mensagem: “Ao amigo Paiva Netto, por sua obra, que nos engrande- ce, e pela condição em ser brasileiro”. Educador Celso Antunes escreve Sala de aula e futebol VivianR.Ferreira VivianR.Ferreira Educador Celso Antunes Lançamento de Beto Junqueyra na Biblioteca Bruno Simões de Paiva Escritor renomado e amigo de longa data da Legião da Boa Vontade, Beto Junqueyra esteve no Instituto de Educação José de Paiva Netto, na capital paulista, para lançar A grande descoberta de Gulliver (Editora IBEP), adaptação de As viagens de Gulliver, obra-prima do escritor irlan- dês Jonathan Swift (1667-1745). Em seu mais recente título, Junqueyra busca fazer a garotada colocar-se no lugar do personagem principal, ora gigante, ora pequenino em comparação aos povos encontrados nas viagens dele, e, com isso, levá-la a vivenciar as duas facetas do bullying, a fim de incentivá-la a lidar com as diferenças com respeito ao próximo. Antes da sessão de autógrafos, num descontraído bate-papo com os estudantes do 3º ano do ensino fundamental da escola, o autor falou um pouco de sua trajetória e da importância do hábito de ler. “Foi um privilégio lançar o livro aqui e sentir a qualidade das perguntas dos alunos, sabendo que eles leem livros, num país em que há tanta ca- rência de leitura. Ganhei o dia”, declarou na ocasião, em entrevista à BOA VONTADE. LBV é reconhecida por seu trabalho diferenciado A Legião da Boa Vontade sempre trabalhou por uma educação de qua- lidade para seus atendidos. Entre as iniciativas para alcançar essa meta está a realização anual do Congresso Internacional de Educação da Instituição (leia mais sobre o assunto na p. 92). Em reconhecimento a esse trabalho, a Câmara Municipal de São Paulo encaminhou “Voto de Júbilo e Congratulações” à LBV pela 13a edição do congresso, ocorrido entre 30 de julho e 1o de agosto, na capital paulista. O requerimento partiu da vereadora Edir Sales e foi deferido pelo presidente da Câmara, José Américo. Beto Junqueyra lança livro em biblioteca escolar Cartas, e-mails, livros e registros Edir Sales Divulgação 18 BOA VONTADE
  • 19. A Agência Nacional de Ener- gia Elétrica (Aneel) reali- zou, em 27 de agosto, em sua sede em Brasília/DF, a ceri- mônia de recepção dos diretores Romeu Donizete Rufino, André Pepitone da Nóbrega e Tiago de Barros Correia, empossados no Ministério de Minas e Energia (MME), no dia 14 do mesmo mês. Fica completo, assim, o quadro da diretoria da autarquia, do qual já fazem parte os diretores José Jurhosa Junior e Reive Barros dos Santos. O evento foi prestigiado por inúmeras perso- Aneel recepciona seus diretores nalidades e empresários do setor elétrico. Reconduzidos, respectivamente, aos cargos de diretor-geral e diretor, Rufino e Pepitone destacaram, em seus discursos na ocasião, a impor- tância de a agência contar com ser- vidores qualificados e valorizados. Sobre uma atuação mais eficiente ante o atual cenário, Rufino afirmou que “o planejamento estratégico e a autonomia decisória que a Aneel possui também são fatores relevan- tes para enfrentar os desafios de promover a regulação e o desenvol- vimento do setor elétrico”. Cidadão brasileiro natural de Moçambique, Tiago Correia, mestre em Planejamento de Sistemas Ener- géticos, é o único novo membro da diretoriadaentidade.Emseupronun- ciamentonacerimônia,eleenfocoua importânciadaautonomiadaagência e da comunicação com os diversos envolvidos no setor elétrico. “Acre- dito que teremos períodos intensos, com grandes desafios e oportunida- des,nosquais,commuitahumildade para o diálogo, prestarei as minhas contribuições”, disse, referindo-se à sua expectativa de muito trabalho e aprendizado na autarquia. Romeu Donizete Rufino André Pepitone Tiago de Barros Correia José Jurhosa Junior Reive Barros dos Santos Fotos:DivulgaçãoAneel BOA VONTADE 19
  • 20. Cartas, e-mails, livros e registros Em sessão de autógrafos na capital paulista, em 28 de agosto, o educador e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos, o escritor José Santos e a ilustradora Luyse Costa lançaram o livro O Menino do Dinheiro em cordel (Editora DSOP). O título integra a coleção O Menino do Dinheiro (que inclui os volumes: Sonhos de Família, Vai à Escola e Ação Entre Amigos), na qual um garoto sai pelo mundo ensinando às crianças um jeito todo dele de realizar sonhos, que inclui poupar dinheiro. No novo trabalho literário, o personagem central vai ao Nordeste e descobre o universo do cordel, presenciando um desafio e tanto entre dois repen- tistas sabidos e cheios de palavras. Representantes da LBV estiveram no evento de lançamento da publicação, que teve um dos exemplares dedicado pelos autores ao dirigente da Instituição, com as seguintes mensagens: “Ao amigo e grande mestre Paiva Netto, que Deus continue lhe usando como instrumento da Paz. Abração do amigo Reinaldo Domingos”; “Ao prezado Paiva Netto, com o ca- rinho do José Santos”; e “Paiva, espero que se divirta! Luyse”. Menino do Dinheiro aventura-se pela literatura de cordel Ao centro, o educador e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos ladeado pelo escritor José Santos (E) e pela ilustradora Luyse Costa (D). LuizBarcelos Escrito por Elias Awad, o livro Oscar Schmidt — 14 motivos para viver, vencer e ser feliz (Novo Século) foi lançado recen- temente em concorrida sessão de autógrafos na capital paulista. O evento reuniu perso- nalidades, esportistas, amigos e familiares do autor e do biografado. A obra conta a história do ex-jogador de basquete, um dos ídolos do esporte bra- sileiro, abordando de forma transparente a motivação para as vitórias nas quadras, na carreira de palestrante e na luta contra o câncer.   Representantes da LBV prestigiaram o lançamento e receberam de Awad e Schmidt um exemplar da obra para o dirigente da Instituição, com as seguintes dedicatórias: “Caro Paiva Netto, luz divina e sucesso sempre! Abraço especial. Elias Awad” e “Valeu, Paiva! Oscar”. Livro conta fatos da carreira e vida de Oscar Schmidt Elias Awad (E) e o ex-atleta Oscar Schmidt LuizBarcellos 20 BOA VONTADE
  • 21. Racismo nunca mais! Racismo nunca mais! José Carlos Araújo é locutor esportivo na Rádio Transamérica FM do Rio de Janeiro/RJ e apresentador do programa SBT Esporte Rio, da TV SBT-Rio. Arquivopessoal Opinião — Esporte José Carlos Araújo O futebol evolui a passos lar- gos fora de campo. Maior organização, conforto, re- ceitas milionárias, ações em bolsas, transações vultosas, profissionalis- mo em todos os setores, desde as categorias de base. Infelizmente, é lamentável constatar que o racismo aflora também em todos os cantos do planeta. Seria um reflexo da sociedade, do novo público-alvo? Enquanto isso, as medidas para combater esse ato repugnante são apenas paliativas. O nosso país sempre se or- gulhou de sua mistura de raças, da convivência harmoniosa, sem preconceitos. E, pasmem!, não bas- tando fugir das nossas origens, da nossa escola de futebol, copiando o antigo (e feio) modelo europeu, agora temos atitudes racistas ou, como preferem os juristas, de injúria qualificada. Atitudes des- prezíveis. Sem a união de raças, não teríamos o drible, a alegria, o improviso, a disciplina tática, que compõem o genuíno futebol-arte. Tampouco a festa criativa das ar- quibancadas. Herdamos dos negros o drible, a criatividade; dos índios, o espírito de luta; dos brancos, a disciplina tática. A mistura disso tudo é o Brasil, pentacampeão mundial. Nos primórdios do nosso fute­ bol, nos anos 1920, apenas as elites o praticavam. O Clube de Regatas Vasco da Gama, do Rio de Janei- ro/RJ, pioneiro na luta contra o preconceito, foi desafiado por dar oportunidade a negros e operários. Entre render-se às elites ou lutar pela inserção social, optou pelo caminho mais digno, sendo esta a sua maior glória. Da verdadeira união Brasil-Por- tugal nasceu o autêntico futebol brasileiro, possibilitando que sur- gissem craques como Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”; Pelé, o “Atleta do Século”; Garrincha, a “alegria do povo”; Romário; Robinho; Ronaldinho Gaúcho, Neymar; entre tantos outros. Atualmente, indo de encontro ao nosso DNA misturado, copia- mos a insossa fórmula europeia de torneio, paramos no tempo em ter- mos de administração, profissiona- lismo e estrutura. Lamentavelmen- te, tivemos um retrocesso tático e assistimos a um campeonato com escassez de craques. É preciso valorizar o que te- mos de bom: a criatividade e a arte. O futebol deve voltar a ser a alegria do povo, demonstrada na arquibancada entre todas as raças, classes sociais, bem como dentro do campo, nas comemorações dos gols, nas dancinhas irreverentes, nos dribles imprevisíveis, no respeito entre companheiros de profissão. BOA VONTADE 21
  • 22. Arte e Cultura Amor à vida, alegria e jovialidade Laura Cardoso Exemplo de talento e trabalho A artista encara os desafios profissionais sem demonstrar cansaço e fascinada pela vida. Rodrigo de Oliveira e Leila Marco Fotos: Vivian R. Ferreira 22 BOA VONTADE
  • 24. A os 87 anos de idade, a atriz Laura Cardoso não se cansa de interpretar novos papéis e de se encantar com a vida, para ela “um presente de Deus”. Em mais de 70 anosdecarreira,ela,quejáparticipou de 74 telenovelas, 29 longas-metra- gensedezenasdepeçasdeteatro,está sempre disposta a enfrentar desafios e a dar o melhor de si. No dia 18 de setembro, a artista foi surpreendida com uma homena- gem pela passagem de seu aniver- sário (celebrado em 13 de setem- bro) no Conjunto Educacional Boa Vontade, formado pela Supercre- che Jesus e pelo Instituto de Edu- cação José de Paiva Netto, em São Paulo/SP. Laura foi carinhosamen- te recepcionada na sala de música da escola, na qual o Coral Ecumê- nico e o Grupo de Instrumentistas Infantojuvenis Boa Vontade a aguardavam para apresentar al- gumas canções. Foi um momento especial para essa grande dama do teatro e da televisão brasileiros, que, emocionada, disse às meninas e aos meninos que se encontravam no local: “Vocês representam o fu- turo, o que de melhor a gente espe- ra do mundo. Eu amo as crianças. Eu estou muito feliz de estar aqui, contente. Um beijo no coração para cada um de vocês. Eu não mereço tanto. As crianças são a coisa melhor que Deus coloca na Terra. Elas têm que ser respeita- das, acarinhadas, bem tratadas... Criança é o que há de melhor no mundo. Que pena que a gente cresce! Obrigada, de coração!”. Depois do singelo tributo, a consagrada atriz concedeu entre- vista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV, internet e publicações), em que falou da bem- -sucedida carreira, da família e da importância de serem incentivadas a educação e a arte nos meios de comunicação. BOA VONTADE — Logo que a senhora chegou ao Conjunto Educacional Boa Vontade, foi recebida pelas crianças. Esse contato trouxe lembranças de sua infância? Laura Cardoso — Tenho boas recordações dessa época, da esco- la... Eu sou uma pessoa que ama a escola, o estudo.Acho que o ser hu- mano devia estudar a vida inteira.A escola é um ambiente maravilhoso; é onde você começa a se formar, a ter suas ideias, seus desejos, preo- cupações; enfim, é uma das coisas mais importantes da vida. E desta escola aqui eu tive uma impressão maravilhosa. Parabéns ao Paiva Netto! Parabéns! É um trabalho grandioso, maravilhoso, que ele faz há tantos anos. Eu acompanho há muitos anos a LBV, o trabalho do Alziro [Zarur] — que já foi [para a Pátria Espiritual] — e do Paiva Netto. Então, parabéns! Ele vai ganhar o Céu. BV — Em várias entrevistas, a senhoradestacaquedeclamava textos desde pequena, que lia bastante... Laura Cardoso — Eu gosto Arte e Cultura Eu trabalho faz uns 70 anos e ainda estou aprendendo. Porque a vida é assim mesmo, você não para de aprender. 24 BOA VONTADE
  • 25. muito de ler. Fui educada num co- légio de freira, no qual entrei com 6 anos. Fiquei algum tempo no Ins- tituto João e Raphaela Passalacqua, na Bela Vista, e eu — não sei por que — era sempre escolhida para contar uma história lendo um livro. Aquilo me fascinava. Acho que o gosto pela leitura, pela represen- tação, pelo teatro, pelo circo, pelo cinema, pela televisão começou aí, bem menina, bem criança. Eu tenho um prazer enorme na leitura e tive um pai que era autodidata, que me incentivava a ler. BV—Esseéumdosingredientes para formar uma atriz talento- sa? Laura Cardoso — Acho que é muita bondade sua. Eu sou real- mente uma profissional séria. Levo o meu trabalho bastante a sério. Eu não brinco em serviço. Por exem- plo, para fazer um personagem, levo muito tempo. Não sou uma atriz que pega um papel, um perso- nagem e diz: “Ah, daqui a quinze dias está pronto”. Não. Levo mais tempo. Eu realmente me dedico a fazer um trabalho que me satis- faça e que satisfaça o público. A gente leva a vida inteira a estudar, a querer fazer uma representação maravilhosa, a querer mostrar o que sabe sobre a arte de represen- tar. Eu trabalho faz uns 70 anos e ainda estou aprendendo. Porque a vida é assim mesmo, você não Além de uma canção de boas-vindas, o Coral Ecumênico Infantojuvenil Boa Vontade interpretou uma música na Língua Brasileira de Sinais (Libras) em homenagem à atriz Laura Cardoso. BOA VONTADE 25
  • 26. para de aprender. Nós aprendemos com o companheiro de profissão, em casa, vendo televisão, cinema, teatro, circo... Tudo é uma escola. Hoje, tive aula de como as crianças se dedicam ao canto. Os meninos e as meninas que fazem música, que tocam; o maestro ali ensinando... [Tudo isso] é muito bom, bonito, gratificante. BV — Cinema, teatro ou televi- são? O que mais a atrai? LauraCardoso—Principalmen- te o teatro. Ele é sagrado. Você fica mais inteiro. O cinema e a televisão parecemumpoucomaisregidospelo comercial.Élógicoquesefazarteem televisão. Eu amo a televisão. Faço TV desde que ela chegou ao Brasil, mas luto para que ela siga aquele caminho do início, de transmitir educação, cultura, representação, o textobom,otextoquenãosejavazio, bobo. (...)Arte [de todas as formas] é uma coisa muito séria, seja a música, o canto, a dança, a representação, a pintura... É uma coisa sagrada. BV — Como é a agenda da se- nhora? (1) A atriz Laura Cardoso foi carinhosamente recepcionada na sala de música do Conjunto Educacional Boa Vontade, na capital paulista, na qual o Coral Ecumênico e o Grupo de Instrumentistas Infantojuvenis Boa Vontade a aguardavam para apresentar algumas canções. (2 e 3) Alunos, representando todas as crianças que frequentam o estabelecimento de ensino, presenteiam a consagrada artista com um porta-retratos e um cartão confeccionado por estudantes, pela passagem do aniversário da atriz, em 13 de setembro. 1 2 3 Arte e Cultura 26 BOA VONTADE
  • 27. Laura Cardoso — Eu sempre tenho muitos convites para fazer teatro, cinema e agora estou com uma participação pequena numa novela das seis horas. Sou abençoa­ da por Deus, porque não me faltam convites, trabalhos... BV — Por que essa sede de tra- balhar? Qual o segredo para se manter tão ativa? Laura Cardoso — Acho que vem da vontade de viver, do agrade- cimento a Deus por tudo que [Ele] dá, pelas oportunidades, enfim. A vida é maravilhosa, é um presente de Deus. Você tem que usar esse presente da melhor forma possível e agradecer sempre. BV—Asenhoradestacabastan- teovalordafamília.Comoéesse convívio? Laura Cardoso — Eu amo a minha família. Teve gente nela que me ajudou muito; foi a minha mãe. Minha família tem isso de estar sempre junta, de se gostar, de se respeitar. Briga-se como em toda família, discute-se tudo, mas o fundo é o amor, é o respeito, é a dedicação, é o obrigado pela vida das pessoas. Eu sempre digo que eu amei muito, graças a Deus. E meu último amor é o Fernando, meu bisneto. Sou abençoada por Deus. Fui esposa, mãe, avó e bisavó. Não posso querer mais. BV—Paraospaisquenosacom- panhamnestaentrevista,qualo recado que deixaria? Laura Cardoso — Cuidado, muito cuidado com as suas crian- ças. Muita proteção, atenção com elas em todos os sentidos. A crian- ça também tem que ter um limite para tudo, mas acho que é a prote- ção do pai e da mãe e a atenção em todos os sentidos — fisicamente, moralmente, espiritualmente — que fazem a diferença. Vale a pena você prestar atenção no seu filho, no seu neto. BV — Como analisa a nova safra de artistas que vêm despontan- do no mercado? LauraCardoso—Eunãogosto de falar um nome, mas tem gente melhor do que eu, muita gente boa. Há também muitos que não deve- riam estar aí, porque todo mundo quer ser ator, sem pensar que é uma carreira feita de renúncia, sacrifício, muito estudo, dedicação; enfim, de bastante trabalho. A pessoa precisa nascer — eu sempre digo isso — com essa vontade, essa chama de fazer arte, seja ela qual for. Há quem tenha uma ilusão sobre a profissão, sobre a televisão... Por exemplo, acha que todo mundo ganha rios de dinheiro, mora num palacete. O ator trabalha muito, seja no cinema, no teatro, na televisão, no circo, no rádio. E é um serviço sério. Se não fica dois, três anos na carreira e pas- Sempre simpática, Laura Cardoso recebe o carinho dos alunos do Conjunto Educacional Boa Vontade. BOA VONTADE 27
  • 28. sa, ninguém sabe mais quem você é, oquefez,deondeveio...Existehoje aquela ilusão, porque é bonitinho, loirinho, tem o olho azul... Não! Atornãoprecisanemsergordo,nem magro,feio,bonito,novo...Eleéum ser maravilhoso, que se transforma. BV—NavisitaaoConjuntoEdu- cacional Boa Vontade, na hora em que as crianças a homena- gearamcomoParabénsavocê,a senhoradesejoupazparatodos. É disso que o mundo precisa? Laura Cardoso — De paz, de amor, de compreensão, de justiça... É disso que o ser humano precisa. (...) Eu procuro ter paz com a mi- Em 2006, Laura Cardoso recebeu a Ordem do Mérito Cultural, em Brasília/DF. A láurea é concedida a personalidades e instituições que se destacam pela contribuição à cultura brasileira. Depois do tradicional Parabéns a você, a atriz Laura Cardoso recebeu os cumprimentos de alunos do Conjunto Educacional Boa Vontade por seu aniversário. “É muito emocionante ser homenageada por vocês, crianças, aqui na LBV, que eu admiro, respeito e conheço há muito tempo. Sei da Boa Vontade que [vocês da LBV] têm em fazer este trabalho todo com crianças, com mulheres, com homens, com todo mundo, enfim. É gratificante estar aqui. Foi um presente maravilhoso que recebi de vocês: a presença, o bolo... Estou muito contente. Obrigada, de coração!”, declarou. nha família, com a minha casa... Procuro dar exemplo de paz, de amor, de compreensão, mas quem sou eu? Posso até influenciar algu- mas pessoas, mas isso tem que vir na gente. Nós somos todos iguais. Nós nascemos e morremos iguais. Então, igualdade, gente! BV — Obrigado pela visita e vo- tos dos maiores sucessos nesta trajetória brilhante. Laura Cardoso — Um beijo no coração de todos vocês [da LBV] por este trabalho maravilhoso. Ao Paiva Netto, que ele tenha mais 100 anos de vida, de saúde para continuar este trabalho. FabioPozzebom/ABr Arte e Cultura 28 BOA VONTADE
  • 29. Ahistóriadovocabulário Arnaldo Niskier, doutor em Educação, formado em Matemática e Pedagogia, é membro da Academia Brasileira de Letras e vice-presidente do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE Nacional). Arnaldo Niskier | Especial para a BOA VONTADE Opinião — Educação Arnaldo Niskier Divulgação D esde a gestão de Macha- do de Assis (1896-1908), começou-se a insistir, pela palavra do próprio patrono daAca- demia Brasileira de Letras (ABL), na criação do “dicionário etimo- lógico”, a ser futuramente produ- zido pela Academia. O assunto Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) sempre esteve presente nas discussões da ABL, dada a sua relevância. No Natal de 1977, o então pre­ sidente Austregésilo de Athayde fez a apresentação da primeira versão completa do VOLP, em ori- ginaiscuidadosamentecoordenados por Antônio Houaiss. Ele foi o relator da ComissãoAcadêmica que cuidou da matéria: Pedro Calmon, Barbosa Lima Sobrinho e Abgar Renault, além do próprio Houaiss. O relatório foi subscrito no dia 20 de dezembro daquele ano. Na ocasião, referindo-se à Lei no 5.765, de 18 de dezembro de 1971, assinada pelo então presidente da República Emílio Garrastazu Mé- dici e pelo seu ministro da Educa- ção, Jarbas Passarinho, Athayde afirmou que assim se oferecia à lexicologia e à lexicografia da lín- gua portuguesa “uma recolha tão exaustiva quanto possível do léxico da língua na sua feição escrita ou documentada em letra de forma”. Na década de 1970, houve um encontro casual em Teresópolis/RJ entre mim, o médico Noel Nutels, meu amigo, e Antônio Houaiss. Nutels, com o seu jeito expansivo, reclamou que nenhuma editora havia manifestado interesse pelo “trabalho patriótico” de Houaiss, que, na época, já havia registrado 350 mil verbetes. Diretor que era da Bloch Editores, levei o assunto ao conhecimento de Adolpho Bloch (fundadordogrupo),quelogotopou a empreitada e nos designou para as providências cabíveis. Deve-se afirmar que o verda- deiro ponto de partida do VOLP foi uma proposta do professor Celso Cunha ao acadêmico Josué Montello, na ocasião presidente do Conselho Federal de Cultura (CFC), em que esteve no período de 1967 a 1989. Montello designou o escritor Guimarães Rosa para relator da matéria, que, aprovada no CFC, foi levada à aprovação do Conselho Federal de Educação. Lá, tendo como relator Celso Cunha, mereceu igual aprovação. Daí o assunto veio à ABL, que encami- nhou as conclusões à presidência da República e desta, ao Congresso Nacional, para aprovação final. A Comissão Acadêmica do VOLP foi designada no início de 1972. A primeira coleta ficou aos cuidados de um grupo de estudantes de Letras da Pontifícia Universidade Católica (PUC), dirigido pelo professor Evanildo Bechara e secretariado pelo professor Marcos Margulies, já então representante da Empresa Bloch (eu dava cobertura dentro da empresa). Numa segunda fase, que se estendeu pelos anos de 1974 e 1975, o relator agregou à coleta sua recolha pessoal, com a colaboração dofilólogoMaurodeSallesVillar. Aterceira fase coube a um grupo de trabalho integrado pelo etimólogo Antônio Geraldo da Cunha e os professores Diva de Oliveira Salles, Bruno Palma, Ronaldo Menegaz e Júlio César Castañon Guimarães, todos sob a direção do relator (Antônio Houaiss). Este último grupo trabalhou na antiga sede da TV Manchete (4o andar). A Comissão Acadêmica do VOLP, em 20 de dezembro de 1977, agradeceu formalmente aos funcionários da Bloch Editores, “do seu chefe aos mais modestos auxiliares”. Eu era o chefe. Devemos um registro especial ao acadêmico Evanildo Bechara, indiscutivelmente, um dos maiores nomes brasileiros como filólogo e gramático, autor de obras funda- mentais na matéria. BOA VONTADE 29
  • 30. ClaytonFerreira Hilton Abi-Rihan, radialista, jornalista e apresentador do programa Samba & História.* * Programa Samba & História — É transmitido pela Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV e o canal 989 da Oi TV), aos domin- gos, às 14 e às 20 horas. O telespectador pode vê-las pela Boa Vontade TV (canal 20 da SKY, canal 212 da Oi TV e canal 45.1 da TV digital aberta em São Paulo e região metropolitana), aos domingos, às 14 horas, às segundas-feiras, às 19 horas, e às quintas-feiras e aos sábados, às 22 horas. sentaram em vários programas de televisão, como na extinta TV-Rio e no Fantástico, da Rede Globo. Com o passar do tempo, puderam mostrar suas aptidões musicais em dezenas de lugares no Brasil e no exterior. Individualmente, já levaram seu samba característico até o outro lado do mundo, como o Japão e a China. O outro componente, Fabiano, filho de músicos, foi professor de percussão e musicalização, além de ter feito a direção musical de diversos espetáculos, entre eles Deusamba!Raízes brasileiras inspiram grupo Sururu na Roda e levam-no à conquista de um dos mais destacados prêmios do gênero no país. Hilton Abi-Rihan | Especial para a BOA VONTADE composto de culturas distintas e, mesmo assim, harmoniosas — surgiu. Assim nasceu, em 2000, o Sururu na Roda, formado por Nilze Carvalho (voz, cavaquinho e bandolim), Sílvio Carvalho (voz, percussão e cavaquinho) e Fabiano Salek (voz e per­cussão). “Temos timbres diferentes, for- mação musical diferente. É isso que dá esse sururu”, explica a integrante. Sílvio e Nilze são irmãos e sempre tiveram talento para a música. Quando crianças, se apre- F oi nos jardins da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) que a ideia de criar um grupo de samba que trans- mitisse a essência do Brasil — Samba & História Sururu na Roda 30 BOA VONTADE
  • 31. De Getúlio a Getúlio — A história de um mito, cujo texto foi escrito por Sérgio Britto (1923-2011), de parceria com Clovis Levi. Também participou como músico em apresentações no Brasil e na Europa. Em um descontraído bate-papo no programa Samba & História, da Boa Vontade TV, o conjunto fa- lou um pouco sobre sua carreira e seus trabalhos. “Esse CD [Se você me ouvisse — 100 anos de Nelson Cavaquinho] proporcionou uma felicidade muito grande, porque a gente foi indicado ao [23o ] Prêmio da Música Brasileira na categoria ‘Melhor Grupo de Samba’. (...) É um trabalho todo em homenagem a Nelson Cavaquinho”, contou Nilze. “A gente colocou todos os clássicos do Nelson e também quis acrescentar aquelas músi- cas que eram menos tocadas”, complementou ela. Lançado em 2011, o disco celebra o centenário do sambista e compositor Nelson Cavaquinho (falecido em 1986) e leva o nome de uma de suas canções menos conhecidas, mas inclui faixas famosas, entre elas Folhas secas e Rugas. Todo o álbum foi produzido pelo grupo e teve a colaboração de outros musicistas. O Sururu na Roda já esteve nos Estados Unidos da Améri- ca, exibindo-se e ministrando workshops sobre a vivência no mundo do samba na Universi- dade Estadual de Michigan, no estado homônimo, e na Uni- versidade de Notre Dame, no estado de Indiana. Também fez uma pequena excursão pela América Latina, na qual visitou a Costa Rica e a Guatemala. Apresentou-se com diversos artistas célebres, entre os quais Elza Soares e Sandra de Sá, e da nova geração do samba, entre eles Roberta Sá e Ana Costa. (Leia trajetória desta cantora na revista BOAVONTADE no 235.) O trio mantém, há mais de dez anos, um espetáculo fixo em uma casa de shows localizada na Divulgação/Jonnes BOA VONTADE 31
  • 32. capital fluminense. “O Centro Cultural Carioca antigamente foi o Dancing Eldorado. Era frequentado por Pixinguinha e Elizeth Cardoso. Então é um reduto muito tradicional da mú- sica desde sempre, e nos honra muito esse privilégio de ter uma residência num lugar que foi tão importante para a cultura musical da cidade do Rio de Janeiro”, declarou Fabiano. Para comemorar os 13 anos de estrada, o grupo lançou, em 2013, o CD/DVD Sururu na Roda ao vivo, gravado no Espaço Tom Jo- bim, que se situa no bairro Jardim Botânico, no Rio de Janeiro/RJ. O trabalho traz clássicos do sam- ba, a exemplo da canção O Qui- tandeiro, de Monarco e Paulo da Portela, e Pimenta no vatapá, de João Nogueira e Cláudio Jorge; além de composições pró- prias, entre elas Sururu formado e Ainda posso ser feliz. Também conta com a participação especial dos sambistas Diogo Nogueira, Péricles, Dona Ivone Lara e Monarco. Aliás, a presença de nomes tão ilustres da música brasileira na gravação do referido disco mui- to emocionou os integrantes do conjunto, sobretudo quando estes entoaram trechos de canções de uma das grandes damas do samba. “Mais uma felicidade nossa, mais um privilégio de cantar as músi- cas de Dona Ivone. Na verdade, o pot-pourri abre com uma música que não é dela, com uma música do Nei Lopes e do Cláudio Jorge, que foi feita em homenagem a ela. E ela estava ali com a gente!”, disse Nilze. Foi com esse mesmo CD/DVD que o Sururu na Roda conquistou o título de “Melhor Grupo”, na categoria “Samba”, na 25ª edição do Prêmio da Música Brasileira, realizada em maio deste ano. Nela, o homenageado foi o samba, ritmo que faz bater mais forte o coração de praticamente todos os brasileiros. Samba & História “Temos timbres diferentes, formação musical diferente. É isso que dá esse sururu.” Divulgação 32 BOA VONTADE
  • 33.
  • 34. Referência, pioneirismo simpatia e Ruth de Souza, um exemplo para as novas gerações de atores Abrindo o coração Ruth de Souza NatháliaValério Simone Barreto e Leila Marco 34 BOA VONTADE
  • 35. N ascida em 12 de maio de 1921, no Rio de Janei­- ro/RJ, época em que eram mais acentuadas as desigualdades sociais e raciais na sociedade brasileira, Ruth de Souza, ainda criança, provou o amargo pre- conceito. Quando falava de sua vontade de ser atriz, muita gente que a ouvia não lhe dava crédito, afirmando: “Imagina, ela quer ser artista? Não tem artista negro!”, relembra. Apesar de sentir o peso daquelas palavras, Ruth não viu ali o impossível, apenas acreditou no seu sonho e, por isso, se tornou pioneira em diversos momentos da carreira que abraçou, abrindo caminhos para novas gerações de artistas. Sua estreia nas artes cênicas ocorreu em 8 de maio de 1945, quando foi a primeira atriz ne- gra a subir ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a peça O imperador Jones, de Eugene O’Neill, numa mon- tagem do Teatro Experimental do Negro (TEN), grupo funda- do por Abdias Nascimento e Aguinaldo Camargo. Em 1954, foi indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Cinema de Veneza, na Itália, por sua participação no filme Sinhá Moça, o que lhe deu projeção internacional, concorrendo com as atrizes Katherine Hepburn, Michèle Morgan e Lilli Palmer, perdendo apenas por dois pontos para Lilli. Na televisão brasileira não foi diferente. Integrou o elenco de programas de variedades e musicais no início das transmissões da Tupi, onde fez, com Haroldo Costa, a adaptação da peça O Filho Pródigo. Em 1965, participou de sua pri- meira novela, A Deusa Vencida, de Ivani Ribeiro, na extinta Excelsior. Três anos depois, era contratada pela Rede Globo, na qual está há mais de quatro décadas e deu vida a diversos personagens de destaque. Ao longo da carreira, são mais de 30 filmes e 14 peças de teatro; na televisão, teve participação em seriados, minisséries e dezenas de novelas. Nesta entrevista, Ruth de Souza fala sobre a profissão e a magia que é para ela a arte de representar. BOAVONTADE—Asenhorateve a infância marcada entre os Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais... Ruth de Souza — Nasci no Engenho de Dentro [no Rio de Janeiro/RJ]. Eu fui bebê para o interior de Minas, meu pai tinha um pequeno sítio; nós fomos para lá e voltei quando ele faleceu, eu tinha 9 anos. Minha mãe vendeu o sítio, porque ela não sabia cuidar bem de roça, viemos morar na Rua Quatro de Setembro, que hoje é a Pompeu Loureiro, numa vila que tinha muitas lavadeiras e jardinei- ros que cuidavam dos casarios de Copacabana. BV — Como se deu seu encontro com as artes? Ruth de Souza — Minha mãe gostava muito de cinema. Todas as quintas-feiras íamos na sessão das moças, no Cine Copacabana. Eu me apaixonei pelo cinema. Então, eu inventei que queria ser artista. Naquela época, diziam: “Imagina, ela quer ser artista. Não tem artis- ta negro!”. Não tinha mesmo. Só Grande Otelo, muito depois é que (1) Ruth de Souza em Sinhá Moça (2) Com Regina Duarte, em A Deusa Vencida. (3) Com Abdias Nascimento, em O Filho Pródigo. 1 2 3 Fotos:Divulgação BOA VONTADE 35
  • 36. Lá fora estava um carnaval, e nós, fazendo teatro dentro do Municipal. BV — Quanto tempo par- ticipou do Teatro Experi- mental do Negro? Ruth de Souza — Durante cinco anos trabalhei no Teatro Ex- perimental do Negro (TEN), depois me tornei profissional. Lá, ganhei uma bolsa de estudos da Fundação Rockefeller,queoPaschoalCarlos Magno me levou em São Paulo. O Pascoalfoiumpaiparamim.Fiquei um ano nos Estados Unidos. Foi maravilhoso, valeu muito. BV — Após essa passagem pelo TEN, o que aconteceu? Ruth de Souza — Eu tenho sorte, porque fiz uma carreira reta, não tive altos e baixos, comecei trabalhando, não parei nunca. Eu adoro trabalhar, é uma terapia. (...) Fiz muitas peças, não me lembro quantas, muito cinema também. Depois, apareceu a televisão; fui uma das primeiras a fazer tea- tro na TV, com Haroldo Costa. Sempre inventava coisas e saíam certo. Eu fiz muitas peças boas, a Oração para uma Negra foi a que mais marcou, um ano, com sucesso constante. Ali, trabalhei com Sérgio Cardoso, com Nydia Licia, e, mais tarde, fizemos a peça aqui no Rio. BV — Por quais mãos chegou ao cinema? Ruth de Souza — JorgeAma- do foi meu padrinho de cinema, porque, quando montaram, no Tea­ tro Ginástico, Terras do Sem Fim, fiz a peça baseada no livro dele. Quando ele vendeu os direitos para o filme, eu fiz também. Ele era muito brincalhão. Acompanhava nossas peças no teatro, porque começou. Acho que sou pioneira nisso, porque no cinema, no teatro, naquele tempo, não havia televisão ainda, o negro não participava, não me lembro de ter algum negro antes de Otelo. BV — Como foi a estreia nos palcos com o grupo de Teatro Experimental do Negro? Ruth de Souza — No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o negronementrava.Então,consegui- mos uma licença do prefeito para a nossapeça.MontamosOImperador Jones e ali começamos. Foi em 8 de maio de 1945, dia em que ter- minou a Segunda Guerra Mundial. 6 4 5 (4) Em Memorial de Maria Moura, em 1994. (5) Com Grande Otelo, em Sinhá Moça, em 1986. (6) Cabana do Pai Tomás. Abrindo o coraçãoFotos:Divulgação 36 BOA VONTADE
  • 37. morava aqui no Rio. Ele era muito divertido, muito bacana, uma pes- soa incrível. BV—Esuaestreianatelevisão? Ruth de Souza — Comecei na TV Tupi fazendo uns programas com o Haroldo Costa; inventamos de montar uma peça que tínhamos encenado com oTeatro Experimen- tal do Negro. Foi O Filho Pródigo, de Lúcio Cardoso. E nós fizemos cenário, câmera, tudo de improviso, tudo como principiantes. Depois, fui contratada pela Record, no tempo dos antigos diretores. Ali, trabalhei com Manoel Carlos, com Maysa Matarazzo. BV — Foram muitas as dificul- dades como atriz? Ruth de Souza — Olha, eu fui muito atrevida! Diziam que não havia atriz negra. E nunca me preo­cupei muito por ser ne- gra; não tinha complexo, graças a Deus. Então, eu falava: Eu quero isso assim. Se não me der, paciência, mas eu arrisco. (...) É uma profissão cheia de altos e baixos; nem todo dia tem sucesso, nem todo dia tem oportunidade; depende também muito de sorte, pegar bons papéis. BV — No cinema, qual persona- gem a consagrou? Ruth de Souza — Foi o papel em Sinhá Moça. Esse filme foi para o Festival de Veneza, que na época era tão importante quanto o Oscar hoje. Então, quando concor- ri com grandes atrizes, fiquei em segundo lugar. BV — Que mensagem gostaria dedeixarparaquemestácome- çando na carreira de ator? Ruth de Souza — Para quem quer ser ator, tem que gostar muito da profissão, sabendo que não vai ser fácil, é difícil para todo mun- do, bonito, feio, negro, branco, todo mundo. Comigo foi até mais difícil, porque nem sempre tive oportunidade de ter um bom papel, mas, graças a Deus, encontrei au- tores maravilhosos, como Janete Clair, grande saudade, e Benedito Ruy Barbosa. Sou uma pessoa de sorte. Deus foi muito generoso comigo. 7 8 (7) Prêmio Saci por Sinhá Moça, no Theatro Municipal de São Paulo. (8) Ruth de Souza com Jorge Amado. Para quem quer ser ator, tem que gostar muito da profissão, sabendo que não vai ser fácil. Fotos:Arquivopessoal BOA VONTADE 37
  • 38. Internacional – Empoderamento das mulheres Manaus/AM
  • 39. Mulheres das mudanças àfrente se pode melhorar a qualidade de vida desse público. Produção sustentável Santa Cruz de La Sierra, cidade localizada no planalto do leste boliviano, atualmente vive a pior taxa de desemprego daquele país: 44,8%, de acordo com o Centro de Estudos para o Desenvolvimento Trabalhista e Agrário (Cedla – si- gla em espanhol). Sabedora dessa difícil realidade, a Instituição iniciou na cidade, por meio do programa Capacitação e Inclusão Produtiva, atividades que têm como meta levar o empreendedo- rismo sustentável para a comuni- dade do bairro Plan 3000, um dos mais pobres da região. No primeiro momento, a ini- ciativa estimulou a criação (em ju- nho de 2013) de uma cooperativa para a capacitação de mulheres na Ações da LBV promovem a autonomia delas e desperta a consciência ecológica D ois terços dos adultos analfabetos no mundo são mulheres, e as jovens mais pobres dos países em desen- volvimento podem não alcançar a alfabetização universal até 2072. Os dados são do 11o Relatório de Monitoramento Global de Educa- ção para Todos, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no início deste ano. Em sintonia com esse desafio, no ano de 2013, mais de 70% dos atendimentos e benefícios da Legião da Boa Vontade fo- ram direcionados para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Dentro dessa gama de serviços, a reportagem da revis- ta traz a experiência da LBV da Bolívia, um bom exemplo de que com ações simples e inovadoras LeillaTonin Leila Marco BOA VONTADE 39
  • 40. produção de vassouras ecológicas. Agora, a LBV trabalha para sensi- bilizar empresários e comunidade para colaborar com a captação da matéria-base da pequena fábrica e na venda do produto: “Depois da conclusão da etapa de treina- mento para produzir as vassouras, Cada vassoura ecológica produzida tira do meio ambiente oito garrafas PET, que levam entre 100 e 400 anos para se decompor. Vassouras ecológicas: saída viável para todos! Cadeia de produção completa Coleta das garrafas para comercialização de vassouras; diminuição do volume de resíduos em aterros. Lembrando que plásticos e seus derivados não podem ser utilizados como adubo, porque não existe na Natureza uma bactéria capaz de decompô- -los rapidamente. Preços reduzidos para o produto que tem como base materiais reciclados. Geração de empregos e recursos Evita anos de contaminação AndreaVarela Internacional – Empoderamento das mulheres estamos incentivando as senhoras a comercializá-las a particula- res, em centros de abastecimen- tos, mercados e supermercados, pessoalmente e com o apoio da LBV”, afirma o coordenador do programa, Robert Alejandro Pari Flores.  A ideia é movimentar a econo- mia do bairro, dando nova fonte de renda às famílias e, ao mesmo tempo, reduzir a poluição vinda do descarte incorreto do plástico. As integrantes da cooperativa, além de aprenderem uma nova profissão, já se concientizaram da importância de seu trabalho. Ximena Laura Viracocha, de 33 anos, está desempregada e tem dois filhos; ela é uma das dezenas de mulheres que tiveram a oportu- nidade de fazer o curso. “Fabricar vassouras ecológicas apoia duas causas: colabora para o meio am- biente, já que trabalhamos com a reciclagem de garrafas plásticas, não as jogando no lixo; e ajuda financeiramente as mulheres de baixa renda, que, na maioria das vezes, possuem vários filhos. Es- pero que esse projeto siga adiante, e muito obrigada à LBV”, ressalta. Bolívia 40 BOA VONTADE
  • 41. “Sou mãe e pai para os meus dois filhos, José Manuel, de 4 anos, e Marco David, de 3 anos. Eles são a minha razão de viver. Antes de conhecer a LBV, eu morava em um terreno baldio à margem de um rio. Minha casa era de papelão e nylon; não tínhamos água ou eletricidade. “Para alimentar meus meninos, trabalhava carregando o mais novo no colo e o mais velho ia andando, percorrendo longas distâncias, batendo de porta em porta para LBV muda a vida de crianças e mãe *Marcelina Luis — Empregada doméstica, mãe de duas crianças matriculadas no Jardim Infantil Jesus, da LBV da Bolívia. conseguir um serviço. Capinava calçadas e me pagavam alguma coisa. Às vezes passavam-se dias sem que conseguisse arrumar algum trabalho. Os meus filhos sofreram muito, e eu não conse- guia um emprego estável, porque ninguém me recebia com eles. “Um dia, o mais novo estava enfermo, gastei tudo o que tinha; estava desesperada. Uma senhora me falou sobre o Jardim Infantil da LBV. Vim com os dois e pedi que me ajudassem pelo menos por três dias para poder trabalhar. Desde essa data, a minha vida e a dos meninos mudou. Agora tenho um emprego seguro. A família com quem trabalho deu um quarto onde eu moro com os garotos, e eles podem dormir sem passar frio. “Agradeço à LBV por me ajudar com os meninos. Eles estão bem, recebem alimentação, educação, e o mais importante é que posso trabalhar tranquila, porque sei que estão em um lugar seguro.” Na LBV da Bolívia, Marcelina recebeu o apoio de que necessitava para criar seus dois filhos, José Manuel e Marco David. Marcelina Luis*, 33 anos. RoseliGarcia Arquivo BV Bolívia BOA VONTADE 41
  • 42. “O grupo faz a gente ter fé, acreditar que não há obstáculo que não possa ser superado quando se quer. Além disso, tenho filhos que também são amparados pela Instituição. Esse apoio foi e é muito importante para mim. Graças à LBV, minha filha está segura, aprende bons valores. Eu posso trabalhar sem pressão, tranquila, porque minha filha tem educação e o que comer. Ela recebe o melhor.” Ruth Melinda Olmedo Aos 33 anos, é mãe de cinco filhos e tira seu sustento do artesanato. Uma das mulheres que frequentam o grupo Fortalecendo Vidas, da LBV do Paraguai, há quase dois anos. Ao lado das mães e das novas gerações O quê? Programa Fortalecendo Vidas. Onde? LBV do Paraguai. Quando começou? 2011. Objetivo? Promover a autonomia e o resgate da autoestima de mulheres, melhorando sua capa- cidade de conviver com os desafios da vida. Público-alvo? Usuárias dos programas e mães que têm seus filhos matriculados no Jardim Infantil e Pré-Escolar da LBV do Paraguai. Como ocorre? Depois de uma visita domiciliar, a assistente social as convida para participar das oficinas de artesanato e palestras educativas. A ação é realizada em parceria com a Secretaria Nacional de Crianças e Adolescentes, o Ministé- rio de Assuntos da Mulher, o Instituto Superior de Educação Dr. Raúl Peña (ISE) e a Oxfam Internacional. Fotos: Raquel Diaz Paraguai Internacional – Empoderamento das mulheres 42 BOA VONTADE
  • 43. de mil220220mil+de +de 77 11de atendimentos e benefícios a famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade ou risco social. Além de escolas, Centros Comunitários de Assistência Social e lares para idosos, a LBV utiliza uma rede de comunicação social própria (rádio, TV, internet e publicações) para fomentar educação, cultura e valores de cidadania. 77 LBV BRASIL A Legião da Boa Vontade foi criada oficialmente em 1o de janeiro de 1950 (Dia da Confraternização Uni- versal), na cidade do Rio de Janeiro/RJ, Brasil, pelo jornalista, radialista e poeta Alziro Zarur (1914-1979), sucedido na presidência da Instituição pelo também jornalista, radialista e escritor José de Paiva Netto. milhões unidades socioeducacionais em todo o Brasil. É a quantidade de pessoas impactadas pelo trabalho da LBV em seus programas socioeducacionais nas escolas, Centros Comunitários de As- sistência Social, lares para idosos, e por suas campanhas institucionais. Número de atendimentos e benefícios prestados pela Legião da Boa Vontade de 2009 a 2013* * Há mais de duas décadas, a Legião da Boa Vontade tem seu balanço geral analisado por auditores externos independentes, uma iniciativa de José de Paiva Netto, diretor-presidente da LBV, muito antes de a legislação que exige essa medida entrar em vigor. 2009 2010 2011 2012 8.016.758 8.508.482 9.434.943 10.255.833 11.053.113 2013 11++de
  • 44. EducaçãoeSustentabilidade LBV compartilha expressivos resultados das Pedagogias do Afeto e do Cidadão Ecumênico em conferência nas Nações Unidas. O Departamento de Informação Pública (DPI, na sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou, entre 27 e 29 de agosto, a 65ª Conferência Anual de ONGs. So- ciedade civil, redes internacionais e ativistas sociais reuniram-se na sede da ONU em Nova York, nos Estados Unidos, para a elaboração de uma “Agenda de Ação” que mobilize as negociações das me- tas de desenvolvimento pós-2015. Na ocasião, foram discutidos os Objetivos de Desenvolvimen- to Sustentável (ODS), os quais entrarão no lugar dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) — cujo prazo final é no próximo ano —, bem como um novo acordo climático para subs- tituir o Protocolo de Kyoto. Associada ao DPI desde 1994, a Legião da Boa Vontade oferece sempre sua contribuição para o debate dos temas relacionados ao progresso mundial propostos pelo organismo internacional e pelos países-membros dele, comparti- lhando sua experiência da edu- cação e da assistência social. Por isso, foi convidada a coordenar, no último dia do evento, o painel temático “Educando cidadãos sus- tentáveis — Melhores práticas do Brasil da Rio+20”. A doutoranda LBV na ONU 65a Conferência Anual de ONGs Da Redação 44 BOA VONTADE
  • 45. em Educação Suelí Periotto, su- pervisora da linha pedagógica da LBV e diretora do Conjunto Edu- cacional Boa Vontade, localizado na capital paulista, destacou, na oportunidade, o fato de essa linha, criada pelo educador Paiva Netto, promover a educação integral do ser humano ao aliar ao ensino for- mal de excelência a transmissão e a vivência de valores espirituais, ecumênicos e éticos. (1) Jeffery Huffines (D), presidente da 65ª Conferência Anual de ONGs do Departamento de Informação Pública das Nações Unidas, recebe de Danilo Parmegiani, da LBV, a revista BOA VONTADE Desenvolvimento Sustentável 2014 em inglês. (2) O representante da Legião da Boa Vontade nas Nações Unidas confraterniza com o psicólogo e psicanalista Joseph DeMeyer (D), copresidente do Comitê de ONGs sobre Educação e representante da Sociedade de Estudos Psicológicos para Assuntos Sociais, ambos integrantes do Sistema ONU. Também participaram do gru- po de discussão o diplomata Vi- cente Amaral Bezerra, que representou a Missão Permanente do Brasil nas Nações Unidas; o psicó- logo e psicanalista Joseph DeMeyer, copresidente do Comitê de ONGs sobre Educação e representante da Socie- dade de Estudos Psicológicos para Assuntos Sociais (SPSSI, na sigla em inglês), ambos integrantes do Sistema ONU; Sâmara Malaman, mestre em Educação Especial pela Kean University, situada em New Jersey, nos EUA; e Danilo Par- megiani, representante da LBV nas Nações Unidas. Moderador do painel, ele fez questão de salien- tar: “Uma maneira de acelerar o progresso sustentável é o empode- ramento, a capacitação de cada in- divíduo do planeta para agir como agente na formação de sociedades sustentáveis e solidárias. É por isso que, como defende o diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto, é preciso dar maior foco ao papeldaeducaçãocomEs- piritualidade Ecumênica como solução transversal e essencial para o cumprimento de toda a agenda de desenvolvimento global da ONU”. Preparando os cidadãos para as mudanças climáticas DeMeyer discorreu, no referido painel sobre o tema “Educação e desenvolvimento sustentável pós- 2015 e além: desafios para 2050”. Posteriormente, ao ser entrevistado pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio,TVe internet) no escritório da LBV em Nova 1 2 Fotos:ElianaGonçalves shutterstock.com Vicente Bezerra BOA VONTADE 45
  • 46. LBV na ONU A Rádio ONU em língua portuguesa convidou a Legião da Boa Vontade a falar sobre sua linha pedagógica, aplicada nas unidades socioeducacionais da Instituição. Em entrevista conduzida pelo repórter Eleutério Guevane (E), a supervisora dessa linha, Suelí Periotto, ressaltou a preocupação da LBV em promover ensino de qualidade aliado à transmissão de bons valores e a ações que possibilitem às pessoas e famílias atendidas pela Instituição melhorar a qualidade de vida delas. Ao lado da educadora, o representante da LBV nas Nações Unidas, Danilo Parmegiani. Baixe o leitor QR Code em seu smartphone ou tablet, fotografe o código e ouça a entrevista da LBV concedida à Rádio ONU em língua portuguesa. A embaixadora dos Estados Unidos junto às Nações Unidas, Samantha Power (E), conversa com Mariana Tamasan, da LBV. Os representantes da LBV na conferência Nicholas Beck de Paiva (E) e Mariana Tamasan conversam com o escritor Kurt Johnson, cofundador da organização Diálogo Interespiritual em Ação. Bircan Ünver (E), fundadora e presidente da ONG The Light Millennium, recebe a publicação especial da LBV para o evento do DPI. Theresa Cheong, diretora da School of Allied Health, da Parkway College, confraterniza com Sâmara Malaman, da LBV. NicholasdePaivaAlzirodePaiva StepanhieSabeerinNatalyPeres NatalyPeres 46 BOA VONTADE
  • 47. York, ressaltou pontos da palestra que proferira. “Vou falar quais serão as projeções para 2050 em termos de crescimento populacio- nal. Até lá, haverá dez bilhões de pessoas no mundo. Sete em cada dez habitantes do planeta estarão vivendo em megacidades,comoRio de Janeiro e São Paulo. A questão é oferecer uma educação adequa- da para preparar os cidadãos do mundo para 2050”, disse. Ele com- pletou: “Os cidadãos do mundo em 2050 terão que lidar com grandes mudanças provocadas pelas alte- rações climáticas. (...) Precisamos educar as crianças de hoje para serem indivíduos muito habilido- sos e capazes de enfrentar esses desafios. Não apenas expertise em assuntos técnicos, mas pessoas que precisarão saber sobre os direitos humanos,bemcomosobre valores, o que significa ser bons cidadãos e como se relacionar uns com os outros”. Pode-se perceber, pelos trechos destacados de alguns dos discursos feitos no painel, a ênfase destes na necessidade de a educação ser prio- rizada, visto que esta é ferramenta imprescindível para transformar a consciência e a conduta dos seres humanos. Em consonância com essa crença, o copresidente do Comitê de ONGs sobre Educação, ao se referir à proposta pedagógica da LBV, assim se expressou: “A qualidadedosprofessoresvai ser muito importante. Eles também terão que promo- verorespeitopelosdireitos humanos, o respeito pelo próximo, o respeito pelos O painel temático coordenado pela Legião da Boa Vontade atraiu a atenção de profissionais da área educacional de diversos países, que fize- ram questão de enaltecer o trabalho realizado pela Instituição há mais de seis décadas. A seguir, alguns desses depoimentos. “Fiquei realmente muito feliz em ver tanto carinho em um sis- tema escolar que não trata apenas de abastecer o cérebro das crianças, mas de realmente educá-las a como viver a vida, como construir uma comunidade, como ser consciente para com o meio ambiente (...). Soube que vocês [da LBV] também têm um programa que inclui as mães. (...) É cientificamente com- provado: a Educação realmente começa antes do nascimento. Então, por que não incluir as mães? Alguém disse [durante o painel] ‘incluir os pais’, e estou totalmente de acordo” (Julie Gerland, francesa, doutora em Medicinas Holísticas e chefe-representante da Organização Mundial das Associações para Educação Pré-Natal — Omaep — junto às Nações Unidas). “O que a LBV está fazendo por meio da educação ofere- cida às crianças, [ensinando] esses tipos de valores [éticos, ecumê­nicos e espirituais], é muito importante. Estou bastante feliz por ter participado deste painel. Parabéns por organizá-lo. Usarei o vídeo [mostrado durante o painel] com meus alunos, para os quais dou palestras sobre as Nações Unidas e boas práticas” (Celine Paramunda, indiana, representante da Medical Mission Sisters nas Nações Unidas). “As informações que obtive neste painel foram sustentáveis, porque formar um aluno para que entenda seu meio ambiente e seu compromisso cívico e participe de sua comunidade é muito relevante. (...) Gostaria de levar esse programa [educacional da LBV] para meu país” (Daniel Méndez, dominicano, mestrando em Educação). Educando cérebro e coração A mesa do painel temático foi formada, da esquerda para a direita, pela intérprete Mariana Tamasan; pela supervisora da linha pedagógica da LBV, Suelí Periotto; pelo diplomata Vicente Amaral Bezerra, representante da Missão Permanente do Brasil nas Nações Unidas; pelo moderador do painel, Danilo Parmegiani, representante da LBV na ONU; por Sâmara Malaman, mestre em Educação Especial pela Kean University; e pelo psicólogo e psicanalista Joseph DeMeyer. NatalyPeres ArquivoBV ArquivoBV Arquivopessoal BOA VONTADE 47
  • 48. Mariana Tamasan, da LBV, entrega à presidente do Comitê Executivo de ONGs Associadas ao DPI/ONU, Anne- -Marie Carlson (E), publicação especial da Instituição para o evento. Edward A. Lin, conselheiro da Dharma Drum Mountain Buddhist Association, recebe a revista da LBV para a conferência em inglês. Casey Gerald, diretor-executivo da MBA’s Across America, recebe do jovem Nicholas Beck de Paiva a publicação especial da LBV para a conferência do DPI. Andrea Carmen, diretora-executiva do Conselho Internacional de Tratados Indígenas (IITC, na sigla em inglês), e o representante da LBV Alziro de Paiva, com a revista da Instituição para o evento. Representante da LBV apresenta as recomendações da Instituição para a conferência a Grove Harris, da ONG The Temple of Understanding (O Templo do Entendimento, na tradução para o português). Kleber Marins de Paulo, presidente da Enactus Brasil, confraterniza com Suelí Periotto, supervisora da linha pedagógica da LBV e diretora do Conjunto Educacional Boa Vontade. Simpático, o rabino Roger Ross, diretor-executivo do Seminário Rabínico Internacional, com a revista BOA VONTADE Desenvolvimento Sustentável 2014 em inglês. Ao lado, Adriana Rocha, da LBV. LBV na ONUStephanieSabeerinElianaGonçalvesElianaGonçalves NatalyPeres MarianaTamasan ElianaGonçalvesNicholasdePaiva 48 BOA VONTADE
  • 49. O representante da Associação Universal de Esperanto (UEA) na ONU, Neil Blonstein (segundo, a partir da esquerda), confraterniza com a comitiva da Legião da Boa Vontade presente à conferência. Eliana Gonçalves (de costas), integrante da equipe da LBV no encontro do DPI, conversa com o presidente da Conferência das ONGs com Relações Consultivas para as Nações Unidas (Congo), Cyril Ritchie. Clint Carney, secretário da Family Justice Center Alliance, e a representante da LBV Mariana Tamasan. valoreshumanosepelocomponente espiritual da vida”. Linha pedagógica da LBV ganha relevo na ONU Durante o painel temático, o público teve a oportunidade de conhecer algumas histórias de sucesso que a LBV reuniu no âmbito educacional, resultantes das inovadoras Pedagogia do Afeto (dirigida a crianças de até os 10 anos de idade) e Pe- dagogia do Cidadão Ecumênico (que abrange a educação de in- divíduos a partir dos 11 anos), aplicadas em todas as unidades socioeducacionais da Institui- ção. Entre os materiais apre- sentados, um vídeo com alunos do Conjunto Educacional Boa Vontade chamou a atenção dos presentes. Nele, crianças falam da importância do uso racional da água, consciência trabalhada com os estudantes dos estabe- lecimentos de ensino da LBV desde a mais tenra idade. Os bons resultados do pro- grama educacional Estudantes de Boa Vontade pela Paz (Good Will Students for Peace, em inglês), desenvolvido em esco- las públicas norte-americanas, também foi compartilhado com todos os que estavam no local. Em recente edição do programa, a LBV aplicou sua linha pedagó- gica na escola Lincoln Avenue, em Nova Jersey, ocasião em que abordou o tema “Minha casa é o planeta Terra — O nosso papel como cidadãos ambientalmente conscientes”. ArquivoBVNicholasdePaivaElianaGonçalves BOA VONTADE 49
  • 50. do futuro Desafios LBV na ONU Reunião de Alto Nível do Ecosoc Da Redação 50 BOA VONTADE
  • 51. T odos os anos, o Conselho Econômico e Social (Ecosoc), um dos órgãos principais da Organização das Nações Unidas (ONU), congrega representantes de países-membrosdesseimportanteor- ganismointernacionaledeentidades da sociedade civil a fim de abordar assuntos de grande relevância e in- teresse para a Humanidade. Por isso, dos dias 7 a 11 de julho de 2014, em Nova York, EUA, o Ecosoc realizou sua Reunião de Alto Nível, que de- bateuotema“Discutindoosdesafios emcursoeosemergentesparaatingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) em 2015 e para sustentar os ganhos de desenvolvi- mento no futuro”. Participaram do eventomaisde500representantesde governo e da sociedade civil. Umadasinstituiçõesquecompa- receram à conferência, a Legião da Boa Vontade, da mesma forma que fez em edições anteriores do encon- tro, apresentou suas recomendações e boas práticas socioeducacionais Evento anual da ONU reúne representantes de dezenas de países para discutir a agenda pós-2015. referentes ao tópico em pauta. Ainda esteve no Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável (High-Level Political Forum,eminglês),queocorreuentre 30 de junho e 9 de julho. Na mesma ocasião, outros dois eventos ocor- reram: a Revisão Ministerial Anual e o Fórum de Cooperação para o Desenvolvimento, nos quais a LBV também marcou presença. Por meio de várias pesquisas interativas — entre as quais a My World* —, bem como dos fóruns e das assembleias que antecederam à Reunião de Alto Nível, a ONU jun- tou informações necessárias para a elaboraçãodocronogramapós-2015 edosObjetivosdeDesenvolvimento Sustentável (ODS). Nesses encon- trosforamdiscutidosdiversostemas para ajudar a construir a agenda de desenvolvimento sustentável, entre os quais o consumo e a produção sustentáveis, o papel da ciência e da política e as tendências que afetarão as novas gerações. “Combater a * My World — Meu Mundo, em português, é a enquete global das Nações Unidas para a construção de um planeta melhor. Os cidadãos podem votar nas seis questões de desenvol- vimento que têm maior impacto na vida deles. NicholasdePaiva Em 7 de julho, a LBV foi convidada a se pronunciar na plenária da ONU diante das autoridades internacionais. Na foto, o representante da Instituição nas Nações Unidas, Danilo Parmegiani, fala sobre o traba- lho da LBV em intervenção transmitida pela Rádio e TV ONU, em tempo real, para todo o mundo. BOA VONTADE 51
  • 52. tênciasocial,obtidaaolongodemais de seis décadas de atuação, e de en- contros que ela promoveu em 2013 comváriossetoresdasociedade,em quatro países da América Latina. As informações contidas nesse material foram igualmente disponi- bilizadasàsdelegaçõesparticipantes da Reunião de Alto Nível na edição 2014 da revista BOA VONTADE Desenvolvimento Sustentável, lan- Rita Schwarzelühr-Sutter, secretária de Estado Parlamentar para o Ministério Federal do Meio Ambiente, Proteção da Natureza, Construção e Segurança Nuclear da Alemanha confraterniza com o representante da LBV nas Nações Unidas, Danilo Parmegiani. O diretor-geral da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), professor Rolf-Dieter Heuer, recebe do jovem Nicholas Beck de Paiva (D), da LBV, a revista BOA VONTADE Desenvolvimento Sustentável 2014. O ex-primeiro-ministro da Coreia do Sul, Han Seung-soo, designado pelo secretário-geral da ONU para Redução de Riscos de Desastres e Recursos Hídricos, confraterniza com a representante da LBV Conceição de Albuquerque, que lhe entrega a publicação especial da Instituição. Os Legionários Mariana e Alex Tamasan apresentam a mensagem da Instituição ao ministro de Finanças da Guiana, Ashni Singh (C). Revista BOA VONTADE Desenvolvimento Sustentável disponível nos idiomas inglês, espanhol, francês e português. desigualdade crescente, em países ricos e pobres, se tornou um desafio definitivonanossaépoca”,declarou Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas. Ele completou: “Nossos objetivos pós-2015 devem ser para não deixar ninguém para trás”. Contribuições da LBV ALegiãodaBoaVontadepossui, desde 1999, status consultivo geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc),aoqualexpõe,emrelatório anual, suas recomendações e boas práticas socioeducacionais, tradu- zidas para os seis idiomas oficiais das Nações Unidas: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo. O documento apresentado pela LBV este ano é fruto de sua experiência nos campos da educação e da assis- LBV na ONU AdrianaRocha MarianaTamasan NicholasdePaiva VerônicaAnta NatalyPeres 52 BOA VONTADE
  • 53. e Nicholas Beck de Paiva, de 23 e 20 anos, respectivamente, e o representante da Instituição nas Nações Unidas, Danilo Parmegiani, falaram do papel das novas gerações na construção de um futuro melhor para todos e de como a Entidade incentiva essa participação. “Quan- do a ONU abre espaço para que o jovem tenha a sua voz, é muito bom; afinal, nós temos a nossa opinião e também queremos expressar o que vivemos, as experiências que temos, para contribuir para este evento tão importante, que discute o futuro do nosso planeta”, afirmou Felipe. De acordo com Nicholas, a juventude tem força para ajudar a promover transformações de al- cance global. “A experiência que o jovem passa traz um valor na mu- dança do mundo, na construção de um mundo melhor”, ele salientou. No dia 9 de julho, a Rádio ONU em língua portuguesa fez uma matéria sobre a participação da Legião Boa Vontade na Reunião de Alto Nível do Ecosoc. Entre os entrevistados estavam os jovens brasileiros Nicholas Beck de Paiva e Felipe Duarte, que comentaram sobre o protagonismo juvenil incentivado na LBV desde a infância, e defenderam a importância da Educação na preparação das novas gerações. O economista norte-americano Jeffrey D. Sachs (D), diretor do Earth Institute, da Universidade de Columbia, recebe a publicação especial da LBV das mãos do Jovem Legionário Felipe Duarte. Nana Oye Lithur (D), ministra de Gênero, Crianças e Proteção Social da República do Gana, conversa com a jovem Amanda Vieira, da LBV, que apresenta a mensagem da Instituição especialmente encaminhada ao evento. Viviana Caro Hinojosa (D), ministra do Planejamento de Desenvolvimento da Bolívia, com a publicação especial da LBV (em espanhol) durante o evento do Ecosoc. Ao lado, Adriana Rocha, da Instituição. Comitiva jovem da LBV chama atenção da Rádio ONU O grande número de jovens na comitiva da Legião da Boa Vontade na Reunião de Alto Nível do Ecosoc também mereceu realce durante o evento. Dos 13 integrantes do grupo, dez tinham menos de 28 anos de idade e eram originários de seis países. Em entrevista à Rádio ONU em português, dois jovens brasileiros que faziam parte da equipe enviada pela LBV ao encontro, Felipe Duarte MarianaTamasan SâmaraMalaman DaniloParmegiani AdrianaRocha BOA VONTADE 53
  • 54. Embaixador Martin Sajdik (D), presidente do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc) e representante da Missão Permanente da Áustria na ONU, recebe mensagem da LBV. A publicação especial da LBV é entregue à Shahira Wahbi, chefe da Divisão de Cooperação Internacional e Desenvolvimento Sustentável da Liga dos Estados Árabes, pelo representante da Instituição Nicholas Beck de Paiva. Martin Chungong, secretário- -geral da União Interparlamentar (UIP), recebe a mensagem da LBV de Eliana Gonçalves, representante da Instituição no evento. Lígia Figueiredo, do Ministério de Assuntos Exteriores de Portugal, recebe a mensagem da LBV das mãos do jovem Felipe Duarte, da Instituição. William Colglazier, conselheiro para Assuntos de Ciência e Tecnologia do Departamento de Estado dos Estados Unidos, com a representante da LBV no evento, Sâmara Malaman. çada na ocasião (nas versões em português, inglês, francês e espa- nhol). O destaque da publicação é a mensagem“Solidariedadeedireitos humanos no mundo”, do diretor- -presidente da Instituição, José de Paiva Netto, na qual ele evidencia a importância não só da solidariedade para a construção de um mundo melhor, mas também do papel da mulher na defesa dos direitos e de- veres do ser humano. Convidada a fazer um pronun- ciamento na plenária da ONU no primeiro dia de debates, a LBV le- vou ao evento iniciativas de sucesso da sociedade civil, em especial os bons resultados alcançados com a aplicação de sua proposta pedagó- gica. O discurso foi proferido por Danilo Parmegiani, representante da Instituição nas Nações Unidas, às autoridades internacionais pre- sentes e transmitido pelos meios de comunicação da ONU em tempo real para todo o mundo. “(...) Uma coesaeimpactantelinhadeação,que promoveaEducaçãocomEspiritua- lidade Ecumênica como a chave do desenvolvimentodacidadaniaplena, preparando novas gerações para uma sociedade mais solidária e sus- tentável. (...) Nosso foco é promover um modelo de educação que seja ca- paz de formar líderes solidários, por meio do empoderamento de cérebro ecoração,conformedefineodiretor- -presidentedaLBV,oeducadorPaiva Netto”, declarou ele. Danilo ainda ressaltou que, neste momentoemqueasnaçõesestabele- cemprioridadescomunsparaareso- luçãodeproblemasmundiais,aLBV defendeaeducaçãocomoaprincipal ferramenta no cumprimento dos objetivos pós-2015, sendo a mais eficiente na formação de cidadãos solidários e fraternos. LBV na ONUNatalyPeres SâmaraMalaman NatalyPeres MarianaTamasan NatalyPeres 54 BOA VONTADE
  • 55. Super rede boa vontade de rádio Um conteúdo que faz bem para sua família! Brasil AM 940 kHz - Rio de Janeiro/RJ AM 1.230 kHz - São Paulo/SP AM 1.300 kHz - Esteio, região de Porto Alegre/RS OC 25 m - 11.895 kHz - Porto Alegre/RS OC 31 m - 9.550 kHz - Porto Alegre/RS OC 49 m - 6.610 kHz - Porto Alegre/RS AM 1.210 kHz - Brasília/DF FM 88,9 MHz - Santo Antônio do Descoberto/GO AM 1.350 kHz - Salvador/BA AM 610 kHz - Manaus/AM AM 550 kHz - Montes Claros/MG AM 550 kHz - Sertãozinho, região de Ribeirão Preto/SP AM 1.210 kHz - Uberlândia/MG AM 1.310 kHz - Maringá/PR (de 2a a 6a , das 16 às 19h) AM 1.270 kHz - Curitiba/PR (das 16 às 19h) AM 1.210 kHz -Araçatuba/SP (de 2a a sábado,das 16 às 19h) AM 820 kHz - Goiânia/GO (das 22 às 6h) FM 95,1 MHz - Recife/PE (de 2a a 6a , das 21 às 22h) Oi TV - canal 989 Web: www.boavontade.com/tv SKY – Canal 20 Oi TV – Canal 212 NET No Estado de São Paulo: Itapetininga (canal 66); Sertãozinho (canal 98);Americana,Araras, Hortolândia, Limeira, Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, Nova Odessa, Rio Claro, Santa Bárbara D’Oeste e Sumaré (canal 192). OUTRAS TVS POR ASSINATURA CANAL 24 — Telec NE: São Luís/MA; CANAL 33 — Cabo Serviços de Telecomunicações: Natal/RN e Mossoró/RN; CANAL 29 — TV Costa do Sol: Cabo Frio/RJ; CANAL 26 — TVC Assis: Assis/SP; CANAL 29 — TVC Ourinhos: Ourinhos/SP; CANAL 26 — Pontal Cabo: Penápolis/SP; CANAL 39 — TVCA Tietê: Tietê/SP; CANAL 45 — TV Conector: Jaú/SP e Dois Córregos/SP; CANAL 34 — RCA: Curitiba/PR e Paranavaí/PR. TV ABERTA CANAL 45.1 digital: São Paulo/SP; CANAIS 11E/40D: São José dos Campos/SP; CANAIS 9 e 32: Arceburgo/MG; CANAL 31: Brodowski/SP; CANAL 23: Glorinha/RS; CANAL 51: Luz/MG; CANAL 58: Poços de Caldas/MG; CANAL 21: Mococa/SP, Santa Rosa do Viterbo/SP e Cássia dos Coqueiros/SP; CANAL 69: Tapiratiba/SP e Guaranésia/MG. ANTENA PARABÓLICA — CANAL TERRA VIVA Programa O Poder da Fé Realizante De 2a a 6a , das 7h às 7h30. Frequência em banda C: 3.790 MHz • Frequência em banda L: 1.360 MHz • Polarização descida: horizontal • Satélite: Brasilsat C-2 analógico. Buenos Aires, Argentina: FM Dakota 104.7 (de 2a a 6a , das 5 às 6h e das 10 às 11h;sábado e domingo,das 7 às 8h e das 18 às 19h) eAM 1.590 (de 2a a 6a , da 0 à 1h e das 18 às 19h) • La Paz, Bolívia: FM 100.5 (de 2a a 6a , das 8 às 9h e das 22 às 23h) • Assunção, Paraguai: FM 90.7 (de 2a a 6a , das 8 às 9h) • Montevidéu, Uruguai: AM 1.370 (de 2a a 6a , das 23 à 0h) • Portugal — Porto: FM 88.1 (diariamente,das23à0h)—Lisboa:FM92.8(diariamente, das 23 à 0h) — Coimbra: FM 96.2 (diariamente, das 7 às 8h) e FM 92.6 (diariamente, das 15 às 16h). Comunicação 100% Jesus 0300 10 07 940 • www.boavontade.com • facebook.com/boavontade