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ESCOLA EB 2+3
 Nome: _____________________                       MOUZINHO DA SILVEIRA
                                                HISTÓRIA – 7 º ANO – 2007/2008
 N.º: ____Turma: _______
                                              FICHA INFORMATIVA / TRABALHO


                                                                                                        Profª. Fátima Franco
Tema: A romanização da Península Ibérica

        A Península Ibérica também fez parte do Império Romano, mas a sua conquista não foi muito fácil. Em grande
parte, isso deveu-se à resistência de alguns povos, como os Lusitanos, que viviam na região entre os rios Douro e Tejo.
O seu chefe Viriato (pastor e caçador da região da Serra da Estrela) ficou famoso pela resistência que opôs ao exército
romano, tendo sido vencido apenas com recurso à traição (foi assassinado por três dos seus homens, que tinham sido
subornados pelos romanos). Depois da morte de Viriato, o comando dos Lusitanos foi assumido por um antigo general
romano, Sertório, também ele assassinado.


Documento 1 – Os costumes dos Lusitanos
        A região situada entre o Tejo e o Ártabro é habitada por 50 tribos. Apesar da terra ser rica em
frutos, gado, ouro e prata, os habitantes preferiam à sua cultura o roubo e viviam permanentemente em
guerra uns com os outros e com os vizinhos do outro lado do Tejo. Só os romanos puseram termo a isto,
transformaram povoados fortificados em aldeias abertas e levaram também algumas tribos para
melhores terras.
        A norte do Tejo, estende-se a Lusitânia, habitada pela mais poderosa das nações ibéricas e que
entre todas por mais tempo deteve as armas romanas. (…)
        Os Lusitanos são excelentes por armar emboscadas e descobrir pistas, são ágeis e dextros. O
escudo de que se servem é pequeno, só com dois pés de diâmetro, a parte anterior é côncava; trazem-no
suspenso ao pescoço por correias; não se vê um só com braçadeiras ou fivelas. Armam-se com punhal ou
grande faca; a maioria tem couraças de linho, outros mas em pequeno número, usam cota de malha e
capacete de tripla cimeira; em geral os capacetes são de couro. Os peões têm também botas de guerra e
cada um leva muitos dardos compridos na mão, alguns servem-se de lanças com pontas de bronze. (…)
        Os Lusitanos sacrificam frequentemente aos deuses, examinam as entranhas sem as arrancar
do corpo das vítimas, observam também as veias do peito e tiram certas indicações do simples contacto.
Consultam até em certos casos as entranhas humanas, servindo-se para isto dos prisioneiros de guerra,
que revestem previamente para o sacrifício. (…)
        Todos estes montanheses são sóbrios, bebem geralmente só água, deitam-se no chão; têm cabelos
compridos e flutuantes, à maneira das mulheres; mas para combater, cingem a fronte com uma
ligadura. O seu principal alimento é a carne de cabra. (…)
        Nas três quartas partes do ano, o único alimento na montanha são as bolotas de carvalho que,
sendo secas, quebradas e pisadas, servem para fazer pão, que pode guardar-se por muito tempo. Alguns
bebem uma espécie de cerveja feita com cevada; o vinho é raro e o pouco que se fabrica é em breve
consumido nos grandes banquetes de família, tão frequentes entre estes povos. Em vez de azeite
servem-se de manteiga. Comem sentados; para isto há bancos de pedra dispostos em roda das paredes,
onde os convivas tomam o lugar segundo a idade e a posição. A comida circula de mão em mão. Ainda
bebendo os homens põem-se a dançar, ora formando coros ao som da flauta e da trombeta, ora saltando
cada um de per si, a ver quem mais alto salta e mais graciosamente cai de joelhos.
        Nas terras interiores só se conhece, pela carência das moedas, o comércio de troca, ou então
cortam-se lâminas de prata aos bocadinhos, que se dão em troca do que se compra.
                                                                        Estrabão (historiador e geógrafo grego – sécs. I a.C-Id.C.)
1. Descreve as armas usadas pelos Lusitanos.
________________________________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

2. De que se alimentavam os Lusitanos?
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

3. Parece-te que o autor do documento considerava os Lusitanos um povo civilizado?
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

Documento 2 – A romanização da Península Ibérica
        Os Turdetanos [povo que habitava a região a Sul da Península Ibérica] adoptaram
completamente os costumes romanos, esquecendo até a própria língua, e muitos, tornados latinos,
receberam entre si colonos de Roma, faltando pouco para inteiramente serem Romanos.
        As cidades ultimamente edificadas, como Pax Júlia [Beja], Emérita Augusta [Mérida] e várias
outras colónias, provam essas mudanças de aspecto da sociedade.
        Aos Hispânicos que seguem este modo de viver chamam togados, entrando neste número muitos
Celtiberos [povo que habitava o centro da Península], considerados como agressivos e selvagens.
                                                                 Estrabão (historiador e geógrafo grego – sécs. I a.C-Id.C.)
Togados – que se vestiam à maneira romana, com toga.

4. Refere o povo romano que mais facilmente se romanizou.
________________________________________________________________________________________________

5. Indica os aspectos da romanização indicados no documento.
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

6. Qual o povo considerado por Estrabão como agressivo e selvagem?
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________

7. Completa o seguinte quadro, com base na banda desenhada que vem a seguir.
ROMANIZAÇÃO
     ECONOMIA                  CULTURA/             EDIFÍCIOS/           ADMINISTRA-                      OUTROS
                              COSTUMES           CONSTRUÇÕES                  ÇÃO
* desenvolvimento       * língua (latim)      * pontes              * leis romanas
do comércio
POR TODA A PARTE, AS GUARNIÇÕES DO EXÉRCITO
ROMANO GARANTIAM A TRANQUILIDADE PÚBLICA, MAS
FAZIAM MAIS. NA PENÍNSULA IBÉRICA, JÁ NO TEMPO DE
SERTÓRIO, OS MILITARES PROCURAVAM INTRODUZIR AS
GENTES NA ORGANIZAÇÃO URBANA.


      ABRIMOS ESTRADAS, A                           LEVANTÁMOS        PONTES      E
      LIGAR    CIDADES   E                          AQUEDUTOS,          CONSTRUÍMOS
      MUNICÍPIOS, POR ONDE                          EDIFÍCIOS PÚBLICOS...
      PASSAM OS NOSSOS
      CARROS DE GUERRA E
      SE TRANSPORTAM AS
      NOSSAS MERCADORIAS




  NA ESTRADA DE OLISIPO A BRACARA, O VELHO CASTRO
  DE CONIMBRIGA TRANSFORMARA-SE NUMA ESTÂNCIA
  MAGNÍFICA, ENTRE AS MELHORES CIDADES DA
  PENÍNSULA.
ESTA VILA, SENHOR,
                                                                   É UMA GRAÇA DOS
                                                                   LARES,   MANES      E
                                                                   PENATES!      [deuses
                                                                   domésticos, do lar]




NO ARRABALDE, FORA DA CINTURA DOS MUROS, A EXPLORAÇÃO DAS
GRANDES PROPRIEDADES AGRÍCOLAS ESTAVA A CARGO DOS FEITORES.




     GUARDA         AS
     PRIMÍCIAS PARA A
     NOSSA       CASA,
     SEPARA OS BONS
     PRODUTOS    PARA
     ENVIAR A ROMA.




                                                                         DOMINUS MEUS
  ATÉ   NÓS,   LUSITANOS,                   AVE,                         ROMANUS EST.
  ACABÁMOS POR ACEITAR                      MAGISTER.
  A NOVA CIVILIZAÇÃO. OS
  NOSSOS MUNICÍPIOS SÃO
  A PROVA DA MUDANÇA DA
  NOSSA VIDA E NOSSOS
  COSTUMES.




                                NA CONVIVÊNCIA, O MAIS IMPORTANTE ERA A LÍNGUA LATINA QUE OS
                                OCUPANTES FALAVAM. TODOS OS NATIVOS A FORAM APRENDENDO E
                                MISTURAVAM COM ELA PALAVRAS DOS SEUS DIALECTOS.

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Ficha Informativa Trabalho Romanizacao Peninsula Iberica

  • 1. ESCOLA EB 2+3 Nome: _____________________ MOUZINHO DA SILVEIRA HISTÓRIA – 7 º ANO – 2007/2008 N.º: ____Turma: _______ FICHA INFORMATIVA / TRABALHO Profª. Fátima Franco Tema: A romanização da Península Ibérica A Península Ibérica também fez parte do Império Romano, mas a sua conquista não foi muito fácil. Em grande parte, isso deveu-se à resistência de alguns povos, como os Lusitanos, que viviam na região entre os rios Douro e Tejo. O seu chefe Viriato (pastor e caçador da região da Serra da Estrela) ficou famoso pela resistência que opôs ao exército romano, tendo sido vencido apenas com recurso à traição (foi assassinado por três dos seus homens, que tinham sido subornados pelos romanos). Depois da morte de Viriato, o comando dos Lusitanos foi assumido por um antigo general romano, Sertório, também ele assassinado. Documento 1 – Os costumes dos Lusitanos A região situada entre o Tejo e o Ártabro é habitada por 50 tribos. Apesar da terra ser rica em frutos, gado, ouro e prata, os habitantes preferiam à sua cultura o roubo e viviam permanentemente em guerra uns com os outros e com os vizinhos do outro lado do Tejo. Só os romanos puseram termo a isto, transformaram povoados fortificados em aldeias abertas e levaram também algumas tribos para melhores terras. A norte do Tejo, estende-se a Lusitânia, habitada pela mais poderosa das nações ibéricas e que entre todas por mais tempo deteve as armas romanas. (…) Os Lusitanos são excelentes por armar emboscadas e descobrir pistas, são ágeis e dextros. O escudo de que se servem é pequeno, só com dois pés de diâmetro, a parte anterior é côncava; trazem-no suspenso ao pescoço por correias; não se vê um só com braçadeiras ou fivelas. Armam-se com punhal ou grande faca; a maioria tem couraças de linho, outros mas em pequeno número, usam cota de malha e capacete de tripla cimeira; em geral os capacetes são de couro. Os peões têm também botas de guerra e cada um leva muitos dardos compridos na mão, alguns servem-se de lanças com pontas de bronze. (…) Os Lusitanos sacrificam frequentemente aos deuses, examinam as entranhas sem as arrancar do corpo das vítimas, observam também as veias do peito e tiram certas indicações do simples contacto. Consultam até em certos casos as entranhas humanas, servindo-se para isto dos prisioneiros de guerra, que revestem previamente para o sacrifício. (…) Todos estes montanheses são sóbrios, bebem geralmente só água, deitam-se no chão; têm cabelos compridos e flutuantes, à maneira das mulheres; mas para combater, cingem a fronte com uma ligadura. O seu principal alimento é a carne de cabra. (…) Nas três quartas partes do ano, o único alimento na montanha são as bolotas de carvalho que, sendo secas, quebradas e pisadas, servem para fazer pão, que pode guardar-se por muito tempo. Alguns bebem uma espécie de cerveja feita com cevada; o vinho é raro e o pouco que se fabrica é em breve consumido nos grandes banquetes de família, tão frequentes entre estes povos. Em vez de azeite servem-se de manteiga. Comem sentados; para isto há bancos de pedra dispostos em roda das paredes, onde os convivas tomam o lugar segundo a idade e a posição. A comida circula de mão em mão. Ainda bebendo os homens põem-se a dançar, ora formando coros ao som da flauta e da trombeta, ora saltando cada um de per si, a ver quem mais alto salta e mais graciosamente cai de joelhos. Nas terras interiores só se conhece, pela carência das moedas, o comércio de troca, ou então cortam-se lâminas de prata aos bocadinhos, que se dão em troca do que se compra. Estrabão (historiador e geógrafo grego – sécs. I a.C-Id.C.)
  • 2. 1. Descreve as armas usadas pelos Lusitanos. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 2. De que se alimentavam os Lusitanos? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 3. Parece-te que o autor do documento considerava os Lusitanos um povo civilizado? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ Documento 2 – A romanização da Península Ibérica Os Turdetanos [povo que habitava a região a Sul da Península Ibérica] adoptaram completamente os costumes romanos, esquecendo até a própria língua, e muitos, tornados latinos, receberam entre si colonos de Roma, faltando pouco para inteiramente serem Romanos. As cidades ultimamente edificadas, como Pax Júlia [Beja], Emérita Augusta [Mérida] e várias outras colónias, provam essas mudanças de aspecto da sociedade. Aos Hispânicos que seguem este modo de viver chamam togados, entrando neste número muitos Celtiberos [povo que habitava o centro da Península], considerados como agressivos e selvagens. Estrabão (historiador e geógrafo grego – sécs. I a.C-Id.C.) Togados – que se vestiam à maneira romana, com toga. 4. Refere o povo romano que mais facilmente se romanizou. ________________________________________________________________________________________________ 5. Indica os aspectos da romanização indicados no documento. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 6. Qual o povo considerado por Estrabão como agressivo e selvagem? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 7. Completa o seguinte quadro, com base na banda desenhada que vem a seguir. ROMANIZAÇÃO ECONOMIA CULTURA/ EDIFÍCIOS/ ADMINISTRA- OUTROS COSTUMES CONSTRUÇÕES ÇÃO * desenvolvimento * língua (latim) * pontes * leis romanas do comércio
  • 3. POR TODA A PARTE, AS GUARNIÇÕES DO EXÉRCITO ROMANO GARANTIAM A TRANQUILIDADE PÚBLICA, MAS FAZIAM MAIS. NA PENÍNSULA IBÉRICA, JÁ NO TEMPO DE SERTÓRIO, OS MILITARES PROCURAVAM INTRODUZIR AS GENTES NA ORGANIZAÇÃO URBANA. ABRIMOS ESTRADAS, A LEVANTÁMOS PONTES E LIGAR CIDADES E AQUEDUTOS, CONSTRUÍMOS MUNICÍPIOS, POR ONDE EDIFÍCIOS PÚBLICOS... PASSAM OS NOSSOS CARROS DE GUERRA E SE TRANSPORTAM AS NOSSAS MERCADORIAS NA ESTRADA DE OLISIPO A BRACARA, O VELHO CASTRO DE CONIMBRIGA TRANSFORMARA-SE NUMA ESTÂNCIA MAGNÍFICA, ENTRE AS MELHORES CIDADES DA PENÍNSULA.
  • 4. ESTA VILA, SENHOR, É UMA GRAÇA DOS LARES, MANES E PENATES! [deuses domésticos, do lar] NO ARRABALDE, FORA DA CINTURA DOS MUROS, A EXPLORAÇÃO DAS GRANDES PROPRIEDADES AGRÍCOLAS ESTAVA A CARGO DOS FEITORES. GUARDA AS PRIMÍCIAS PARA A NOSSA CASA, SEPARA OS BONS PRODUTOS PARA ENVIAR A ROMA. DOMINUS MEUS ATÉ NÓS, LUSITANOS, AVE, ROMANUS EST. ACABÁMOS POR ACEITAR MAGISTER. A NOVA CIVILIZAÇÃO. OS NOSSOS MUNICÍPIOS SÃO A PROVA DA MUDANÇA DA NOSSA VIDA E NOSSOS COSTUMES. NA CONVIVÊNCIA, O MAIS IMPORTANTE ERA A LÍNGUA LATINA QUE OS OCUPANTES FALAVAM. TODOS OS NATIVOS A FORAM APRENDENDO E MISTURAVAM COM ELA PALAVRAS DOS SEUS DIALECTOS.