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ACOI EXPERT NETWORK
Quarterly review – Q1 2013
Boas vindasBoas vindas
Caro Parceiro,
Temos a satisfação de enviar-lhes nossa segunda edição do
Quarterly Review. Além da abordagem dos principais indicadores
econômicos nacionais e internacionais, incluímos um rico artigo
que trata dos riscos e oportunidades do setor de infraestrutura
no Brasil escrito por um dos nossos especialistas da Acoi Expert
Network.
Esperamos que possam apreciar nosso material e contribuir para a
sua contínua melhora.
Atenciosamente,
Fernando Moura – Diretor de Negócios
AgendaAgenda
Fusões e Aquisições - Brasil
Brasil: PIB, inflação, juros e expectativas
Crédito e Inadimplência
Mercados Internacionais
Internacional – Os “MIST´s”
Artigo: Risco e oportunidade na infraestrutura
brasileira
AEN na Mídia: Programa Conta Corrente -
Globonews
Conjuntura Econômica
Brasil: PIB, inflação, juros e expectativas
Conjuntura Econômica
Brasil: PIB, inflação, juros e expectativas
Na nossa publicação anterior, no final do 3º. Tri de 2012, expusemos um cenário que não apresenta muitas
mudanças para a atual conjuntura. Vínhamos de reduções nas projeções do crescimento do PIB, pressões
inflacionárias já preocupantes e uma taxa de juros (SELIC) chegando ao final do seu ciclo de quedas. Pois bem, o que
podemos citar como mudanças significativas? Na realidade, pouca coisa.
Segundo o IBGE, o PIB brasileiro cresceu, em 2012, 0,9%. Com o desempenho negativo da indústria e agropecuária,
por exemplo, pudemos contar apenas com o setor de serviços, que se expandiu 1,7%. Apesar do resultado
insatisfatório, o Governo justificou que, ainda que marginalmente, o País foi prejudicado pela forte crise financeira e
pelo consequente quadro de retração de boa parte das maiores economias mundiais. Em contrapartida, nosso
ministro da fazenda, Guido Mantega, segue afirmando que seguimos em trajetória de crescimento e que esforços
fiscais não serão medidos para “garantir” um melhor desempenho da economia brasileira.
Já com pouco espaço para manobras na política monetária, o Banco Central conduziu a taxa SELIC à sua mínima
histórica, 7,25%a.a.. Tal nível é mantido desde a reunião de outubro de 2012, mas analistas já especulam que o
Governo terá que , pelo menos, cogitar uma subida do indicador. Pressões inflacionárias vindas de diversos setores
da economia, além do câmbio, já preocupam a cúpula econômica do País. O afastamento do IPCA do centro da meta
de inflação, mostra claramente que um ajuste, por mais que fora mínimo, deveria ocorrer no médio prazo.
Enfim, os números são bastante conflitivos quando se pensa em impulsionar o crescimento do País. Mais uma vez,
nos deparamos com a questão que tira o sono de qualquer policy maker: como manter a inflação sob controle sem
prejudicar muito o crescimento econômico? Se o Bacen pretende seguir à linha o seu manual de sistema de metas de
inflação, entraríamos no curto ou médio prazo num período de subida de juros, objetivando índices de preços mais
próximos ao centro da meta. Porém, haveria vontade “política” para iniciar-se um ciclo altista de juros em um ano
pré-eleitoral? O Bacen tem a sua autonomia, desde que ela não entre em rota de colisão com os anseios vindos do
Planalto.
O Boletim Focus, do Banco Central, exemplifica muito bem o viés de estabilidade e/ou provável piora do cenário
para 2013 e 2014. Ainda podemos observar que o mercado espera níveis elevados de preços, já projetando a alta
dos juros básicos e projeções do PIB que fatalmente serão ajustadas durante o ano.
Quanto ao câmbio, não devemos ter muitas novidades com relação à atuação do BACEN para mantê-lo num
patamar de R$2,00. Este número é o ponto de equilíbrio das contas do Governo. O mesmo, através de intervenções
massivas no mercado, busca uma proteção contra a inflação e um nível que favoreça as exportações brasileiras.
Fonte: IBGE – Fev/13
IPCA (Acumulado 12 meses)
Fonte: BACEN – Fev/13
0%
1%
2%
3%
4%
5%
6%
7%
8%
ago/10
out/10
dez/10
fev/11
abr/11
jun/11
ago/11
out/11
dez/11
fev/12
abr/12
jun/12
ago/12
out/12
dez/12
Teto da Meta
Centro da Meta
Boletim Focus
2013 2014
IPCA 5,70% 5,50%
IGP-M 5,18% 5%
Câmbio (R$/USD) 2,02 2,05
SELIC 7,25% 8,25%
PIB (% cresc.) 3,08% 3,65%
Expectativas de Mercado
Conjuntura Brasileira
Crédito & Inadimplência
Conjuntura Brasileira
Crédito & Inadimplência
Fonte: BCB – Fev/13
A preocupação com a inadimplência teve seu auge
no ano passado. Após um considerável período de
aumento (inadimplência do consumidor foi 15%
maior em 2012), os indicadores tem apresentado
uma tendência estável. Segundo o Serasa, a
perspectiva de manutenção de um nível baixo das
taxas de juros, a tendência de aceleração do
crescimento econômico interno, ainda que muito
branda, e a predominância de um cenário externo
mais positivo contribuirão para o estabelecimento
de um quadro mais favorável para a queda da
inadimplência das empresas e pessoas físicas em
2013. Além dos fatores citados, há que se considerar
os aumentos de salários, em sua maioria, superiores
à inflação e a manutenção de taxas de desemprego
em níveis de quase “pleno emprego” (abaixo dos
6%).
Do lado das instituições financeiras, várias delas têm
estruturado e incentivado renegociações de débitos
em atraso. Tais campanhas promovem condições
muito atrativas para que empresas e pessoas físicas
quitem suas dívidas e voltem a ter acesso mais
consciente ao crédito. Bancos e agências de fomento
também têm melhorado seus critérios para
concessão de crédito.
As “agressivas” baixas nas taxas de juros promovidas,
principalmente, pelas instituições financeiras públicas
(BB e Caixa), vêm acompanhadas de condições mais
seguras para a concessão de crédito, leia-se garantias.
Como destaques para 2013, as principais instituições
nacionais apontam, novamente, o crédito imobiliário.
Esta modalidade subiu do 5º. para o 2º. lugar nas
carteiras de concessão à pessoas físicas entre os
anos de 2008 a 2012, atingindo a expressiva marca
de R$270bi, algo próximo a 25% do total concedido.
Na ponta descendente, temos as carteiras de
veículos que caíram da 1ª. colocação no final de 2008
para a 3ª. , com um volume R$202bi, 18,9% do total.
Inadimplência 15 a 90 dias por categoria - Pessoas Físicas
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
jan/08
abr/08
jul/08
out/08
jan/09
abr/09
jul/09
out/09
jan/10
abr/10
jul/10
out/10
jan/11
abr/11
jul/11
out/11
jan/12
abr/12
jul/12
out/12
CDC Fin. Imob. - PF Veículos - PF
Inadimplência CDC x Desemprego
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
jan/03
jul/03
jan/04
jul/04
jan/05
jul/05
jan/06
jul/06
jan/07
jul/07
jan/08
jul/08
jan/09
jul/09
jan/10
jul/10
jan/11
jul/11
jan/12
jul/12
Tx. Desemprego Inadimplência CDC
Linear (Tx. Desemprego) Linear (Inadimplência CDC)
Nos gráficos acima, podemos observar a evolução
da inadimplência das pessoas físicas nas principais
modalidades de crédito e a sua tendência à
estabilidade, conforme a taxa de desemprego se
acomoda em níveis historicamente baixos. Apesar
de estarem niveladas em patamares diferentes, as 3
categorias apontam para uma melhora nos atrasos
de contratos, tendendo a atingir suas médias dos
últimos anos.
Conjuntura Econômica
Mercados Internacionais
Conjuntura Econômica
Mercados Internacionais
Últ. Ano 12m
19.501 -1% 7%
SENSEX Mumbai
Fonte: Yahoo Finance – Fev13
Últ. Ano 12m
43.871 -1% 16%
IPC México
Últ. Ano 12m
14.128 5% 9%
Dow Jones NY
Últ. Ano 12m
6.346 5% 7%
FTSE 100 London
Últ. Ano 12m
7.692 -1% 12%
DAX Frankfurt
Últ. Ano 12m
2.273 0% -4%
SSE Shanghai
Últ. Ano 12m
11.395 7% 21%
Nikkei 225 Tokyo
Últ. Ano 12m
56.499 -10% -15%
Ibovespa
Apesar da lentidão na recuperação econômica mundial, as operações de fusões e aquisições seguem
ocorrendo com grande frequência no Brasil. Segundo a PWC, no ano passado, mais de 700 negócios foram
concluídos e/ou pelo menos encaminhados para um fechamento.
De acordo com a Thomson Reuters, entre os meses de janeiro e setembro de 2012 as Companhias
anunciaram cerca de USD54bi em operações no País. O número é 10% menor do que o mesmo período
de 2011. Mesmo assim, o mercado acredita na plena recuperação deste tipo de operações.
Fato é que, temos observado uma quantidade de negócios fechados com interessantes ganhos financeiros
para vendedores e de estratégia para compradores. Podemos citar o exemplo da operação envolvendo a
americana CVS Caremark que adquiriu cerca de 80% da rede de drogarias Onofre, numa operação que
movimentou R$670mi. Isto equivale a 26 vezes o EBITDA da Drogarias Onofre do ano passado. Segundo o
Valor Econômico, há dois anos atrás, no início do processo de consolidação do setor, o múltiplo pago
nestas operações giravam em torno de 13 a 15 vezes o EBITDA. Uma diferença significativa.
O exemplo da aquisição da Onofre, reflete a análise de custo de oportunidade que o investidor estrangeiro
faz com relação aos níveis de preços que chegou-se no Brasil: É um mercado que pode ser considerado
caro, mas que ainda permanece atraente.
O Goldman Sachs reafirma as boas perspectivas para a recuperação das transações de M&A. O banco
divulgou que os fundos de private equity tem, aproximadamente, USD6,3bi para aplicar em empresas
brasileiras. Dentre os diversos setores em potencial da economia brasileira, destacam-se o varejo,
infraestrutura e bens de consumo.
Comprada Comprador Valor
R$ 410mi
R$ 670mi
R$ 688mi
Fonte: http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br
Conjuntura Econômica
Fusões e Aquisições no Brasil
Conjuntura Econômica
Fusões e Aquisições no Brasil
Conjuntura Econômica
Fusões e Aquisições no Brasil
Conjuntura Econômica
Fusões e Aquisições no Brasil
Fonte: ANIBIMA
Conjuntura Econômica
Fusões e Aquisições no Brasil
Conjuntura Econômica
Fusões e Aquisições no Brasil
Fonte: ANIBIMA
Conjuntura Econômica
Internacional – Os “MIST´s”
Conjuntura Econômica
Internacional – Os “MIST´s”
O conceito de “MIST” é composto pelas iniciais
dos futuros novos grandes mercados
emergentes (México, Indonésia, Coréia do Sul –
South Korea e Turquia). O termo surgiu da
estratégia de investimentos do criador de outra
expressão, esta sim amplamente reconhecida,
“BRICS” – que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul – South Africa – o presidente do
conselho Goldman Sachs Asset Management, Jim
O’Neill.
A estratégia de buscar alternativas de mercados
é, em parte, consequência do enfraquecimento
do grupo de emergentes mais famoso, os BRICS.
Com resultados, análises e perspectivas
significativamente menos atraentes, os BRICS
perderam parte da sua atratividade e um
montante considerável do fluxo de capitais
externos que eram destinados à eles. Como
principais fatores, podemos citar os baixíssimos
números que vem apresentando o PIB brasileiro
e as tendências de arrefecimento da economia
chinesa.
Nos quadros que mostramos a seguir,
apontamos, de forma bem sintética, os
indicadores gerais para a comparação entre os
grupos e quais são os pontos fortes e/ou
estratégicos dos MINT´s (slide seguinte). A
análise destes países em conjunto é
relativamente nova, tendo suas primeiras
publicações em 2011. Em contrapartida, os
componentes do novato grupo têm
demonstrado números e fatos contundentes,
como crescimento do PIB acima da média
mundial, avanços políticos e dinamismo
econômico.
Vale a pena acompanhar esta batalha que
poderá se configurar entre os campeões de
audiência “BRICS” contra os novatos do
“MINT´s”!
Indicador BRICS MIST
PIB (USD bi) 13,7 3,9
Cresc. PIB 6,0% 4,6%
PIB per capita (USD mil) 10,1 16,5
Taxa de pobreza 19% 15,90%
Desemprego 7% 6,40%
Inflação 6,9% 5,3%
Dívida Pública s/ PIB 39,6% 34,4%
Faixa etária média (anos) 34,4 30
Aumento populacional 0,6% 0,9%
Fonte: http://www.razon.com.mx
X
Conjuntura Econômica
Internacional – Os “MIST´s”
Conjuntura Econômica
Internacional – Os “MIST´s”
México Indonésia Coréia do Sul Turquia
Geografia Proximidade dos EUA Localiza-se entre o sudeste asiático e
Austrália
Proximidade da China Entreposto comercial entre ocidente e
oriente
Política Baixa intervenção na economia Avanços democráticos e estabilidades
política
Abertura aos investimentos estrangeiros
Benefícios da recuperação americana Enorme mercado consumidor em
desenvolvimento
Alta qualidade profissional, riqueza, bom
nível de consumo
Bancos privados sólidos, dívida pública
em níveis confortáveis
Encarecimento do custo CHINA (maior
exportadora aos EUA)
Atração de empresas (baixos custos) Setores: educação, serviços financeiros,
seguros, bens de consumo
Taxa de Juros
(a.a.)
4,00% 5,75% 2,75% 5,50%
PIB 2012
(Expectativa)
2,00% 6,23% 2,00% 3,00%
Key Points
Economia
Fonte: Revista Veja – Ago12
International Monetary Fund
Artigo
Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira
Artigo
Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira
O Relatório Global de Competitividade 2012-2013
do Fórum Econômico Mundial mostrou a percepção
sobre a qualidade da infraestrutura brasileira em
107º lugar no mundo, entre 144 nações. No
relatório anterior, 2011-2012, o país ocupava o 104º
lugar. Basicamente, a percepção sobre a qualidade da
nossa infraestrutura piorou em quase todos os
segmentos em relação ao ano anterior. Somente
dois itens melhoraram: a oferta de assentos no
transporte aéreo e o acesso às telecomunicações,
notadamente no segmento de telefonia celular.
O quadro abaixo, que resume os indicadores, destoa
completamente da percepção internacional sobre o
futuro do país: é possível, para um país, pensar em
ter um futuro brilhante com uma percepção global
tão ruim sobre a qualidade da sua infraestrutura?
Global Competitiveness Report 2012-2013,
World Economic Forum, 144 países:
BRA
Qualidade da infraestrutura geral 107º
Qualidade das rodovias 123º
Qualidade da infraestrutura
ferroviária
100º
Qualidade da infraestrutura
portuária
135º
Qualidade da infraestrutura aérea 134º
Assentos disponíveis na aviação
kms/semana, milhões
7º
Qualidade da oferta de
eletricidade
68º
Linhas telefônicas fixas/100
habitantes
55º
Assinantes de telefonia móvel/100
habitantes
41º
A situação da infraestrutura é um elemento crítico
da competitividade do país. Por exemplo, devido à
precariedade na área de transportes, os custos de
logística chegam a níveis médios bastante elevados
em comparação aos demais países. Segundo uma
estimativa de Jose Luis Guasch e Joseph Kogan, o
custo de logística médio como percentual do valor
dos produtos no Brasil é de 26%, contra uma média
de 9% nos países da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), ou 18% no Chile.
Assim, a produção de qualquer item no território
brasileiro é fortemente penalizada frente aos seus
concorrentes, devido ao custo da logística, não
bastasse o elevado peso da tributação que grava os
produtos brasileiros relativamente à média dos
demais países. As deficiências nos demais setores de
infraestrutura trazem implicações dramáticas para o
desenvolvimento econômico, incluindo a redução da
pobreza, a sustentabilidade ambiental e a promoção
de um salto de produtividade na economia.
Avanços e desafios
Apesar da situação crítica de sua infraestrutura, o
Brasil tem boas notícias para comemorar. Na
década de 90, o país iniciou transformações
macroeconômicas e institucionais que abriram um
caminho para um salto na sua infraestrutura, ainda
nos anos 2000.
Artigo
Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira
Artigo
Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira
Os principais elementos dessas transformações
foram:
• a introdução de marcos regulatórios para todos
os setores de infraestrutura, com criação de
entidades reguladoras e de vários mecanismos de
promoção de concorrência;
• a introdução de um aparato legal e institucional
para a participação privada nos serviços de
infraestrutura, com a Lei das Concessões de
1995 e a Lei das PPP de 2004, e que vem
amadurecendo, com um número crescente de
projetos de boa qualidade entre os entes
subnacionais;
• o ambiente fiscal contribuiu significativamente,
com reformas que, desde os anos 90,
melhoraram sensivelmente a perspectiva de
solvência de todos os entes da federação sendo
que, nos últimos anos, o maior crescimento
relativo da economia brasileira e, portanto, da
arrecadação, criou um espaço para que os entes
aumentassem os investimentos em infraestrutura
sem comprometer um crescimento ainda maior
do custeio;
• o custo de capital declinante, refletindo o menor
risco, que se deve tanto aos marcos regulatórios
e contratos mais estáveis quanto à transição
política de 2002/2003, que reduziu
significativamente o risco de expropriações e de
mudanças bruscas na política econômica.
Com estas transformações, o Brasil está pronto
para um salto em infraestrutura, e desta vez será
inevitável contar com forte participação do setor
privado, local e internacional. A legislação que rege a
participação privada no país já está bem preparada
para dar suporte aos novos modelos necessários.
Os marcos regulatórios, ainda que longe de
perfeitos, já atribuem papel relevante à competição
e à entrada de novos players em diversos
segmentos, favorecendo o investimento com risco
relativamente mais baixo.
O Estado brasileiro esgotou sua capacidade de
investimentos e, mesmo o Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC), do governo federal, não
trouxe grandes melhorias, apenas aproveitando, com
um selo, o melhor ambiente criado no país e
também se beneficiando da folga fiscal do período
de crescimento mais elevado. Em alguns casos, o
PAC chegou a deslocar investimentos privados,
atrasando-os e reduzindo sua eficiência. Mesmo
assim, vários níveis de governo vêm melhorando sua
tecnologia institucional na área de infraestrutura,
criando projetos interessantes, principalmente
através de concessões e parcerias.
Dores do crescimento?
Tornou-se comum, no Brasil, apontar o forte
crescimento da demanda como o responsável
direto pela severa deterioração da qualidade no
sistema aeroportuário, uma evolução que, apesar de
evidente aos usuários frequentes do sistema, é
também detectada pelos relatórios internacionais
de competitividade.
Entretanto, a experiência mundial desmente essa
associação entre crescimento e piora da qualidade,
de forma veemente. Há um bom número de países,
grandes e pequenos, que experimentaram explosão
de crescimento da sua demanda aérea nos últimos
anos e, ao mesmo tempo, conseguiram entregar
mais qualidade.
O próprio crescimento relativo do transporte
aéreo brasileiro não está entre os mais
espetaculares do mundo, tomando-se um horizonte
razoável.
Artigo
Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira
Artigo
Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira
Trata-se de um crescimento significativo. No
começo dos anos 2000, o número de passageiros
transportados no Brasil era semelhante, em ordem
de grandeza, ao de países como a Itália, Austrália e
Coréia. No fim da mesma década, já
transportávamos pelo menos o dobro do que
qualquer um desses países, com um crescimento de
125% no período.
Entretanto, há um bom conjunto de países que
mostraram taxas de crescimento ainda mais
impressionantes. Por exemplo, entre 2001 e 2010,
segundo dados do IMD, Índia e China
experimentaram crescimento de mais de 270% no
número de passageiros. O Peru experimentou
crescimento de 172% e a Turquia, de 352%, no
mesmo período.
Um indicador da relação entre melhora/piora da
qualidade e o crescimento dos serviços pode ser
obtido no ranking de competitividade do World
Competitiveness Yearbook do Institute for
Management Development.
A análise desmente o mito de que não é possível
expandir mantendo a qualidade. Tome-se o diagrama
de dispersão a seguir, elaborado com dados do O
diâmetro das esferas representa a população do
país.
No eixo horizontal, tem-se o crescimento do
mercado de transporte aéreo, os mesmos dados
comentados alguns parágrafos acima. Quanto mais à
direita, maior o crescimento no período entre 2001
e 2010. É fácil ver que há muitos países mais à
direita que o Brasil, portanto que tiveram maior
crescimento. Depreende-se que o transporte aéreo
brasileiro não é uma estrela do crescimento
mundial.
No eixo vertical, os dados do IMD medem a
melhoria da percepção de qualidade sobre o
transporte aéreo de cada país, avaliada entre os
executivos. Quanto mais para cima, maior a variação
de qualidade, entre os anos de 2002 e 2010.
O resultado é surpreendente: o Brasil foi o país que
teve a maior piora na qualidade percebida de seu
transporte aéreo no período. A nossa nota, em
2010, era de apenas 3,7 enquanto em 2002
obtivemos nota 7! No mesmo período, o México
caiu de 6,2 para 5,8. A China subiu de 5,5 para 7. Ou
seja, a China conquistou, há poucos anos, a nota que
o Brasil tirou em 2002, mas quando a China atingiu
este patamar.
Países próximos à avaliação brasileira incluem a
Venezuela, com nota 2,7 e a Argentina que obteve
4,3. Até a Grécia melhorou em meio à severa crise
que vem experimentando, de 6,1 para 7,4. Países
desenvolvidos, também em crise, melhoraram sua
nota no período: EUA de 8 para 8,3; Alemanha de
8,7 para 9.
Artigo
Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira
Artigo
Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira
Riscos e oportunidades
Os ativos de infraestrutura são geralmente
considerados como ativos defensivos, tipicamente
por apresentarem correlação relativamente baixa
em relação à economia. Entretanto, esta baixa
correlação com a economia não significa que
tenham baixo risco, sendo que em vários casos
ocorre justamente o contrário. Embora se possa
dizer que a fonte dos riscos do setor de
infraestrutura não é o movimento típico de
flutuação da economia, há outros importantes
riscos que devem ser levados em consideração.
O elevado custo fixo envolvido nas operações de
infraestrutura, derivado de grandes investimentos
caracterizados por significativas economias de
escala, está associado a alta alavancagem operacional
das empresas de infraestrutura.
Note-se que nem tudo que faz parte da cadeia de
produção da infraestrutura é, rigorosamente,
infraestrutura. Há vários serviços que não
compartilham das características típicas de alto
custo fixo, especificidade de ativos e alta
alavancagem operacional. Um exemplo é o
segmento de comercialização de energia elétrica,
que faz parte da cadeia mas não tem as
características de monopólio natural dos segmentos
de transmissão e distribuição.
Até mesmo a geração elétrica opera com
características bem diferentes dos segmentos
intensivos em fio. Assim, a abordagem regulatória
difere sensivelmente entre os segmentos. Nas áreas
mais competitivas da energia elétrica as
oportunidades abundam, inclusive em nichos. O
mesmo vale em telecomunicações: apesar da
elevada concentração típica nos principais
mercados, há um grande número de empresas
atuando em nichos lucrativos e ainda promissores.
Nos segmentos com alto custo fixo, a recuperação
dos investimentos, tipicamente realizada a longo
prazo com paybacks longos, depende de estabilidade
política e regulatória. Em termos políticos, foi
justamente a transição de 2002/03 e a subsequente
manutenção das políticas econômicas ortodoxas
que correspondeu a uma redução apreciável no
risco dos investimentos em infraestrutura. Contudo,
apesar do melhor ambiente político propiciado por
esta transição, o grau de manipulação discricionária
de marcos regulatórios e de intervenção
governamental na ordem econômica com objetivos
mais ligados ao ciclo eleitoral são elementos que
adicionam preocupação e já afetam os preços no
mercado de capitais. O anúncio de grandes pacotes
sem a devida preocupação regulatória e
concorrencial ilustra bem essa tendência.
Oportunidades setoriais
Há diferentes oportunidades nos diversos setores
da infraestrutura. A cadeia da energia, tanto
petróleo e gás quanto a energia elétrica, oferecem
negócios de grande volume, assim como nichos em
expansão. Neste momento, os segmentos de
transportes estão em destaque, com os programas
federais de participação privada, ainda que os
anúncios recentes padeçam de problemas de
desenho que podem sacrificar resultados,
considerando o esforço político que o governo
parece estar decidido a fazer para recuperar parte
do tempo perdido.
Artigo
Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira
Artigo
Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira
O saneamento básico tende a oferecer mais
possibilidades, com investimentos elevados. As
telecomunicações, um grande gargalo do
desenvolvimento brasileiro, sofrem com a baixa
promoção da competição, mas ainda assim tendem a
manter um ritmo de crescimento forte, com novos
nichos de mercado em expansão. De fato, este foi o
único segmento que mostrou melhora no último
relatório de competitividade do World Economic
Forum, ainda que seja uma melhoria mais
circunscrita à área móvel, e mais quantitativa que
qualitativa.
Neste novo ambiente, há significativas
oportunidades para investimentos diretos e para
alocação de carteiras nos setores de infraestrutura
no Brasil. Esta classe de ativos oferece, neste
momento, um retorno razoável frente a um risco
relativamente baixo, mesmo considerando a
preocupação recente com o aumento das práticas
de intervenção e de seleção discricionária. Em um
mundo de baixos retornos, os ativos brasileiros
nesta área são, no mínimo, uma alternativa a ser
considerada.
É claro que o desenvolvimento e a adequada
regulação dos segmentos puros de infraestrutura é
que propiciam o maior desenvolvimento dos nichos.
Há, entretanto, oportunidades que nascem
justamente do contrário: as ineficiências presentes
em vários segmentos da infraestrutura brasileira, e
as deficiências regulatórias fazem surgir negócios
que se aproveitam dos problemas. Embora tenham
horizonte limitado, estas oportunidades acabam
viabilizando a entrada de novas empresas,
possibilitando que estas percorram a curva de
aprendizado íngreme que caracteriza a atuação nos
negócios altamente especializados da infraestrutura.
Apesar do aumento das intervenções discricionárias
e das incríveis aberrações ainda existentes ou que
ainda surgem, os avanços das últimas décadas
criaram espaço para o aparecimento de projetos de
boa qualidade, com relação risco-retorno altamente
atrativas. Em suma, a classe de ativos de
infraestrutura, no Brasil, merece ser avaliada com
atenção por quem busca boas oportunidades de
investimento, assim como pelos investidores
interessados em participar diretamente do
crescimento do país.
• Este artigo foi gentilmente cedido por um especialista
da nossa base de profissionais
Frederico Turolla p/ Quaterly AEN
Doutor em Economia de Empresas (FGV-
SP); Mestre em Economia de Empresas
(FGV-SP) com intercâmbio em Economia
Internacional e Finanças na Universidade
de Brandeis (Estados Unidos); Economista
(UFJF). Professor do Programa de
Mestrado em Gestão Internacional da
ESPM, professor de MBA da FGV-SP. Foi
economista do Banco WestLB. Sócio da
Pezco Microanalysis (Empresa Brasileira
de Consultoria Econômica), onde tem
participado de projetos em diversos
setores regulados. É um especialista da
Acoi Expert Network desde junho de
2012.
AEN na Mídia
Globonews: Programa Conta Corrente 17/09/12
AEN na Mídia
Globonews: Programa Conta Corrente 17/09/12
Participamos do programa Conta Corrente do canal por assinatura Globonews, Nele, o
sócio-fundador da Acoi Expert Network, destacou pontos de extrema importância para a
gestão de novos negócios, dicas e oportunidades para empreendedores e gestores de
startups.
Segue o link da nossa participação:
http://g1.globo.com/globo-news/conta-corrente/videos/t/todos-os-videos/v/brasil-e-o-
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  • 1. ACOI EXPERT NETWORK Quarterly review – Q1 2013
  • 2. Boas vindasBoas vindas Caro Parceiro, Temos a satisfação de enviar-lhes nossa segunda edição do Quarterly Review. Além da abordagem dos principais indicadores econômicos nacionais e internacionais, incluímos um rico artigo que trata dos riscos e oportunidades do setor de infraestrutura no Brasil escrito por um dos nossos especialistas da Acoi Expert Network. Esperamos que possam apreciar nosso material e contribuir para a sua contínua melhora. Atenciosamente, Fernando Moura – Diretor de Negócios
  • 3. AgendaAgenda Fusões e Aquisições - Brasil Brasil: PIB, inflação, juros e expectativas Crédito e Inadimplência Mercados Internacionais Internacional – Os “MIST´s” Artigo: Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira AEN na Mídia: Programa Conta Corrente - Globonews
  • 4. Conjuntura Econômica Brasil: PIB, inflação, juros e expectativas Conjuntura Econômica Brasil: PIB, inflação, juros e expectativas Na nossa publicação anterior, no final do 3º. Tri de 2012, expusemos um cenário que não apresenta muitas mudanças para a atual conjuntura. Vínhamos de reduções nas projeções do crescimento do PIB, pressões inflacionárias já preocupantes e uma taxa de juros (SELIC) chegando ao final do seu ciclo de quedas. Pois bem, o que podemos citar como mudanças significativas? Na realidade, pouca coisa. Segundo o IBGE, o PIB brasileiro cresceu, em 2012, 0,9%. Com o desempenho negativo da indústria e agropecuária, por exemplo, pudemos contar apenas com o setor de serviços, que se expandiu 1,7%. Apesar do resultado insatisfatório, o Governo justificou que, ainda que marginalmente, o País foi prejudicado pela forte crise financeira e pelo consequente quadro de retração de boa parte das maiores economias mundiais. Em contrapartida, nosso ministro da fazenda, Guido Mantega, segue afirmando que seguimos em trajetória de crescimento e que esforços fiscais não serão medidos para “garantir” um melhor desempenho da economia brasileira. Já com pouco espaço para manobras na política monetária, o Banco Central conduziu a taxa SELIC à sua mínima histórica, 7,25%a.a.. Tal nível é mantido desde a reunião de outubro de 2012, mas analistas já especulam que o Governo terá que , pelo menos, cogitar uma subida do indicador. Pressões inflacionárias vindas de diversos setores da economia, além do câmbio, já preocupam a cúpula econômica do País. O afastamento do IPCA do centro da meta de inflação, mostra claramente que um ajuste, por mais que fora mínimo, deveria ocorrer no médio prazo. Enfim, os números são bastante conflitivos quando se pensa em impulsionar o crescimento do País. Mais uma vez, nos deparamos com a questão que tira o sono de qualquer policy maker: como manter a inflação sob controle sem prejudicar muito o crescimento econômico? Se o Bacen pretende seguir à linha o seu manual de sistema de metas de inflação, entraríamos no curto ou médio prazo num período de subida de juros, objetivando índices de preços mais próximos ao centro da meta. Porém, haveria vontade “política” para iniciar-se um ciclo altista de juros em um ano pré-eleitoral? O Bacen tem a sua autonomia, desde que ela não entre em rota de colisão com os anseios vindos do Planalto. O Boletim Focus, do Banco Central, exemplifica muito bem o viés de estabilidade e/ou provável piora do cenário para 2013 e 2014. Ainda podemos observar que o mercado espera níveis elevados de preços, já projetando a alta dos juros básicos e projeções do PIB que fatalmente serão ajustadas durante o ano. Quanto ao câmbio, não devemos ter muitas novidades com relação à atuação do BACEN para mantê-lo num patamar de R$2,00. Este número é o ponto de equilíbrio das contas do Governo. O mesmo, através de intervenções massivas no mercado, busca uma proteção contra a inflação e um nível que favoreça as exportações brasileiras. Fonte: IBGE – Fev/13 IPCA (Acumulado 12 meses) Fonte: BACEN – Fev/13 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% ago/10 out/10 dez/10 fev/11 abr/11 jun/11 ago/11 out/11 dez/11 fev/12 abr/12 jun/12 ago/12 out/12 dez/12 Teto da Meta Centro da Meta Boletim Focus 2013 2014 IPCA 5,70% 5,50% IGP-M 5,18% 5% Câmbio (R$/USD) 2,02 2,05 SELIC 7,25% 8,25% PIB (% cresc.) 3,08% 3,65% Expectativas de Mercado
  • 5. Conjuntura Brasileira Crédito & Inadimplência Conjuntura Brasileira Crédito & Inadimplência Fonte: BCB – Fev/13 A preocupação com a inadimplência teve seu auge no ano passado. Após um considerável período de aumento (inadimplência do consumidor foi 15% maior em 2012), os indicadores tem apresentado uma tendência estável. Segundo o Serasa, a perspectiva de manutenção de um nível baixo das taxas de juros, a tendência de aceleração do crescimento econômico interno, ainda que muito branda, e a predominância de um cenário externo mais positivo contribuirão para o estabelecimento de um quadro mais favorável para a queda da inadimplência das empresas e pessoas físicas em 2013. Além dos fatores citados, há que se considerar os aumentos de salários, em sua maioria, superiores à inflação e a manutenção de taxas de desemprego em níveis de quase “pleno emprego” (abaixo dos 6%). Do lado das instituições financeiras, várias delas têm estruturado e incentivado renegociações de débitos em atraso. Tais campanhas promovem condições muito atrativas para que empresas e pessoas físicas quitem suas dívidas e voltem a ter acesso mais consciente ao crédito. Bancos e agências de fomento também têm melhorado seus critérios para concessão de crédito. As “agressivas” baixas nas taxas de juros promovidas, principalmente, pelas instituições financeiras públicas (BB e Caixa), vêm acompanhadas de condições mais seguras para a concessão de crédito, leia-se garantias. Como destaques para 2013, as principais instituições nacionais apontam, novamente, o crédito imobiliário. Esta modalidade subiu do 5º. para o 2º. lugar nas carteiras de concessão à pessoas físicas entre os anos de 2008 a 2012, atingindo a expressiva marca de R$270bi, algo próximo a 25% do total concedido. Na ponta descendente, temos as carteiras de veículos que caíram da 1ª. colocação no final de 2008 para a 3ª. , com um volume R$202bi, 18,9% do total. Inadimplência 15 a 90 dias por categoria - Pessoas Físicas 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 CDC Fin. Imob. - PF Veículos - PF Inadimplência CDC x Desemprego 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 Tx. Desemprego Inadimplência CDC Linear (Tx. Desemprego) Linear (Inadimplência CDC) Nos gráficos acima, podemos observar a evolução da inadimplência das pessoas físicas nas principais modalidades de crédito e a sua tendência à estabilidade, conforme a taxa de desemprego se acomoda em níveis historicamente baixos. Apesar de estarem niveladas em patamares diferentes, as 3 categorias apontam para uma melhora nos atrasos de contratos, tendendo a atingir suas médias dos últimos anos.
  • 6. Conjuntura Econômica Mercados Internacionais Conjuntura Econômica Mercados Internacionais Últ. Ano 12m 19.501 -1% 7% SENSEX Mumbai Fonte: Yahoo Finance – Fev13 Últ. Ano 12m 43.871 -1% 16% IPC México Últ. Ano 12m 14.128 5% 9% Dow Jones NY Últ. Ano 12m 6.346 5% 7% FTSE 100 London Últ. Ano 12m 7.692 -1% 12% DAX Frankfurt Últ. Ano 12m 2.273 0% -4% SSE Shanghai Últ. Ano 12m 11.395 7% 21% Nikkei 225 Tokyo Últ. Ano 12m 56.499 -10% -15% Ibovespa
  • 7. Apesar da lentidão na recuperação econômica mundial, as operações de fusões e aquisições seguem ocorrendo com grande frequência no Brasil. Segundo a PWC, no ano passado, mais de 700 negócios foram concluídos e/ou pelo menos encaminhados para um fechamento. De acordo com a Thomson Reuters, entre os meses de janeiro e setembro de 2012 as Companhias anunciaram cerca de USD54bi em operações no País. O número é 10% menor do que o mesmo período de 2011. Mesmo assim, o mercado acredita na plena recuperação deste tipo de operações. Fato é que, temos observado uma quantidade de negócios fechados com interessantes ganhos financeiros para vendedores e de estratégia para compradores. Podemos citar o exemplo da operação envolvendo a americana CVS Caremark que adquiriu cerca de 80% da rede de drogarias Onofre, numa operação que movimentou R$670mi. Isto equivale a 26 vezes o EBITDA da Drogarias Onofre do ano passado. Segundo o Valor Econômico, há dois anos atrás, no início do processo de consolidação do setor, o múltiplo pago nestas operações giravam em torno de 13 a 15 vezes o EBITDA. Uma diferença significativa. O exemplo da aquisição da Onofre, reflete a análise de custo de oportunidade que o investidor estrangeiro faz com relação aos níveis de preços que chegou-se no Brasil: É um mercado que pode ser considerado caro, mas que ainda permanece atraente. O Goldman Sachs reafirma as boas perspectivas para a recuperação das transações de M&A. O banco divulgou que os fundos de private equity tem, aproximadamente, USD6,3bi para aplicar em empresas brasileiras. Dentre os diversos setores em potencial da economia brasileira, destacam-se o varejo, infraestrutura e bens de consumo. Comprada Comprador Valor R$ 410mi R$ 670mi R$ 688mi Fonte: http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br Conjuntura Econômica Fusões e Aquisições no Brasil Conjuntura Econômica Fusões e Aquisições no Brasil
  • 8. Conjuntura Econômica Fusões e Aquisições no Brasil Conjuntura Econômica Fusões e Aquisições no Brasil Fonte: ANIBIMA
  • 9. Conjuntura Econômica Fusões e Aquisições no Brasil Conjuntura Econômica Fusões e Aquisições no Brasil Fonte: ANIBIMA
  • 10. Conjuntura Econômica Internacional – Os “MIST´s” Conjuntura Econômica Internacional – Os “MIST´s” O conceito de “MIST” é composto pelas iniciais dos futuros novos grandes mercados emergentes (México, Indonésia, Coréia do Sul – South Korea e Turquia). O termo surgiu da estratégia de investimentos do criador de outra expressão, esta sim amplamente reconhecida, “BRICS” – que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – South Africa – o presidente do conselho Goldman Sachs Asset Management, Jim O’Neill. A estratégia de buscar alternativas de mercados é, em parte, consequência do enfraquecimento do grupo de emergentes mais famoso, os BRICS. Com resultados, análises e perspectivas significativamente menos atraentes, os BRICS perderam parte da sua atratividade e um montante considerável do fluxo de capitais externos que eram destinados à eles. Como principais fatores, podemos citar os baixíssimos números que vem apresentando o PIB brasileiro e as tendências de arrefecimento da economia chinesa. Nos quadros que mostramos a seguir, apontamos, de forma bem sintética, os indicadores gerais para a comparação entre os grupos e quais são os pontos fortes e/ou estratégicos dos MINT´s (slide seguinte). A análise destes países em conjunto é relativamente nova, tendo suas primeiras publicações em 2011. Em contrapartida, os componentes do novato grupo têm demonstrado números e fatos contundentes, como crescimento do PIB acima da média mundial, avanços políticos e dinamismo econômico. Vale a pena acompanhar esta batalha que poderá se configurar entre os campeões de audiência “BRICS” contra os novatos do “MINT´s”! Indicador BRICS MIST PIB (USD bi) 13,7 3,9 Cresc. PIB 6,0% 4,6% PIB per capita (USD mil) 10,1 16,5 Taxa de pobreza 19% 15,90% Desemprego 7% 6,40% Inflação 6,9% 5,3% Dívida Pública s/ PIB 39,6% 34,4% Faixa etária média (anos) 34,4 30 Aumento populacional 0,6% 0,9% Fonte: http://www.razon.com.mx X
  • 11. Conjuntura Econômica Internacional – Os “MIST´s” Conjuntura Econômica Internacional – Os “MIST´s” México Indonésia Coréia do Sul Turquia Geografia Proximidade dos EUA Localiza-se entre o sudeste asiático e Austrália Proximidade da China Entreposto comercial entre ocidente e oriente Política Baixa intervenção na economia Avanços democráticos e estabilidades política Abertura aos investimentos estrangeiros Benefícios da recuperação americana Enorme mercado consumidor em desenvolvimento Alta qualidade profissional, riqueza, bom nível de consumo Bancos privados sólidos, dívida pública em níveis confortáveis Encarecimento do custo CHINA (maior exportadora aos EUA) Atração de empresas (baixos custos) Setores: educação, serviços financeiros, seguros, bens de consumo Taxa de Juros (a.a.) 4,00% 5,75% 2,75% 5,50% PIB 2012 (Expectativa) 2,00% 6,23% 2,00% 3,00% Key Points Economia Fonte: Revista Veja – Ago12 International Monetary Fund
  • 12. Artigo Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira Artigo Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira O Relatório Global de Competitividade 2012-2013 do Fórum Econômico Mundial mostrou a percepção sobre a qualidade da infraestrutura brasileira em 107º lugar no mundo, entre 144 nações. No relatório anterior, 2011-2012, o país ocupava o 104º lugar. Basicamente, a percepção sobre a qualidade da nossa infraestrutura piorou em quase todos os segmentos em relação ao ano anterior. Somente dois itens melhoraram: a oferta de assentos no transporte aéreo e o acesso às telecomunicações, notadamente no segmento de telefonia celular. O quadro abaixo, que resume os indicadores, destoa completamente da percepção internacional sobre o futuro do país: é possível, para um país, pensar em ter um futuro brilhante com uma percepção global tão ruim sobre a qualidade da sua infraestrutura? Global Competitiveness Report 2012-2013, World Economic Forum, 144 países: BRA Qualidade da infraestrutura geral 107º Qualidade das rodovias 123º Qualidade da infraestrutura ferroviária 100º Qualidade da infraestrutura portuária 135º Qualidade da infraestrutura aérea 134º Assentos disponíveis na aviação kms/semana, milhões 7º Qualidade da oferta de eletricidade 68º Linhas telefônicas fixas/100 habitantes 55º Assinantes de telefonia móvel/100 habitantes 41º A situação da infraestrutura é um elemento crítico da competitividade do país. Por exemplo, devido à precariedade na área de transportes, os custos de logística chegam a níveis médios bastante elevados em comparação aos demais países. Segundo uma estimativa de Jose Luis Guasch e Joseph Kogan, o custo de logística médio como percentual do valor dos produtos no Brasil é de 26%, contra uma média de 9% nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ou 18% no Chile. Assim, a produção de qualquer item no território brasileiro é fortemente penalizada frente aos seus concorrentes, devido ao custo da logística, não bastasse o elevado peso da tributação que grava os produtos brasileiros relativamente à média dos demais países. As deficiências nos demais setores de infraestrutura trazem implicações dramáticas para o desenvolvimento econômico, incluindo a redução da pobreza, a sustentabilidade ambiental e a promoção de um salto de produtividade na economia. Avanços e desafios Apesar da situação crítica de sua infraestrutura, o Brasil tem boas notícias para comemorar. Na década de 90, o país iniciou transformações macroeconômicas e institucionais que abriram um caminho para um salto na sua infraestrutura, ainda nos anos 2000.
  • 13. Artigo Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira Artigo Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira Os principais elementos dessas transformações foram: • a introdução de marcos regulatórios para todos os setores de infraestrutura, com criação de entidades reguladoras e de vários mecanismos de promoção de concorrência; • a introdução de um aparato legal e institucional para a participação privada nos serviços de infraestrutura, com a Lei das Concessões de 1995 e a Lei das PPP de 2004, e que vem amadurecendo, com um número crescente de projetos de boa qualidade entre os entes subnacionais; • o ambiente fiscal contribuiu significativamente, com reformas que, desde os anos 90, melhoraram sensivelmente a perspectiva de solvência de todos os entes da federação sendo que, nos últimos anos, o maior crescimento relativo da economia brasileira e, portanto, da arrecadação, criou um espaço para que os entes aumentassem os investimentos em infraestrutura sem comprometer um crescimento ainda maior do custeio; • o custo de capital declinante, refletindo o menor risco, que se deve tanto aos marcos regulatórios e contratos mais estáveis quanto à transição política de 2002/2003, que reduziu significativamente o risco de expropriações e de mudanças bruscas na política econômica. Com estas transformações, o Brasil está pronto para um salto em infraestrutura, e desta vez será inevitável contar com forte participação do setor privado, local e internacional. A legislação que rege a participação privada no país já está bem preparada para dar suporte aos novos modelos necessários. Os marcos regulatórios, ainda que longe de perfeitos, já atribuem papel relevante à competição e à entrada de novos players em diversos segmentos, favorecendo o investimento com risco relativamente mais baixo. O Estado brasileiro esgotou sua capacidade de investimentos e, mesmo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, não trouxe grandes melhorias, apenas aproveitando, com um selo, o melhor ambiente criado no país e também se beneficiando da folga fiscal do período de crescimento mais elevado. Em alguns casos, o PAC chegou a deslocar investimentos privados, atrasando-os e reduzindo sua eficiência. Mesmo assim, vários níveis de governo vêm melhorando sua tecnologia institucional na área de infraestrutura, criando projetos interessantes, principalmente através de concessões e parcerias. Dores do crescimento? Tornou-se comum, no Brasil, apontar o forte crescimento da demanda como o responsável direto pela severa deterioração da qualidade no sistema aeroportuário, uma evolução que, apesar de evidente aos usuários frequentes do sistema, é também detectada pelos relatórios internacionais de competitividade. Entretanto, a experiência mundial desmente essa associação entre crescimento e piora da qualidade, de forma veemente. Há um bom número de países, grandes e pequenos, que experimentaram explosão de crescimento da sua demanda aérea nos últimos anos e, ao mesmo tempo, conseguiram entregar mais qualidade. O próprio crescimento relativo do transporte aéreo brasileiro não está entre os mais espetaculares do mundo, tomando-se um horizonte razoável.
  • 14. Artigo Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira Artigo Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira Trata-se de um crescimento significativo. No começo dos anos 2000, o número de passageiros transportados no Brasil era semelhante, em ordem de grandeza, ao de países como a Itália, Austrália e Coréia. No fim da mesma década, já transportávamos pelo menos o dobro do que qualquer um desses países, com um crescimento de 125% no período. Entretanto, há um bom conjunto de países que mostraram taxas de crescimento ainda mais impressionantes. Por exemplo, entre 2001 e 2010, segundo dados do IMD, Índia e China experimentaram crescimento de mais de 270% no número de passageiros. O Peru experimentou crescimento de 172% e a Turquia, de 352%, no mesmo período. Um indicador da relação entre melhora/piora da qualidade e o crescimento dos serviços pode ser obtido no ranking de competitividade do World Competitiveness Yearbook do Institute for Management Development. A análise desmente o mito de que não é possível expandir mantendo a qualidade. Tome-se o diagrama de dispersão a seguir, elaborado com dados do O diâmetro das esferas representa a população do país. No eixo horizontal, tem-se o crescimento do mercado de transporte aéreo, os mesmos dados comentados alguns parágrafos acima. Quanto mais à direita, maior o crescimento no período entre 2001 e 2010. É fácil ver que há muitos países mais à direita que o Brasil, portanto que tiveram maior crescimento. Depreende-se que o transporte aéreo brasileiro não é uma estrela do crescimento mundial. No eixo vertical, os dados do IMD medem a melhoria da percepção de qualidade sobre o transporte aéreo de cada país, avaliada entre os executivos. Quanto mais para cima, maior a variação de qualidade, entre os anos de 2002 e 2010. O resultado é surpreendente: o Brasil foi o país que teve a maior piora na qualidade percebida de seu transporte aéreo no período. A nossa nota, em 2010, era de apenas 3,7 enquanto em 2002 obtivemos nota 7! No mesmo período, o México caiu de 6,2 para 5,8. A China subiu de 5,5 para 7. Ou seja, a China conquistou, há poucos anos, a nota que o Brasil tirou em 2002, mas quando a China atingiu este patamar. Países próximos à avaliação brasileira incluem a Venezuela, com nota 2,7 e a Argentina que obteve 4,3. Até a Grécia melhorou em meio à severa crise que vem experimentando, de 6,1 para 7,4. Países desenvolvidos, também em crise, melhoraram sua nota no período: EUA de 8 para 8,3; Alemanha de 8,7 para 9.
  • 15. Artigo Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira Artigo Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira Riscos e oportunidades Os ativos de infraestrutura são geralmente considerados como ativos defensivos, tipicamente por apresentarem correlação relativamente baixa em relação à economia. Entretanto, esta baixa correlação com a economia não significa que tenham baixo risco, sendo que em vários casos ocorre justamente o contrário. Embora se possa dizer que a fonte dos riscos do setor de infraestrutura não é o movimento típico de flutuação da economia, há outros importantes riscos que devem ser levados em consideração. O elevado custo fixo envolvido nas operações de infraestrutura, derivado de grandes investimentos caracterizados por significativas economias de escala, está associado a alta alavancagem operacional das empresas de infraestrutura. Note-se que nem tudo que faz parte da cadeia de produção da infraestrutura é, rigorosamente, infraestrutura. Há vários serviços que não compartilham das características típicas de alto custo fixo, especificidade de ativos e alta alavancagem operacional. Um exemplo é o segmento de comercialização de energia elétrica, que faz parte da cadeia mas não tem as características de monopólio natural dos segmentos de transmissão e distribuição. Até mesmo a geração elétrica opera com características bem diferentes dos segmentos intensivos em fio. Assim, a abordagem regulatória difere sensivelmente entre os segmentos. Nas áreas mais competitivas da energia elétrica as oportunidades abundam, inclusive em nichos. O mesmo vale em telecomunicações: apesar da elevada concentração típica nos principais mercados, há um grande número de empresas atuando em nichos lucrativos e ainda promissores. Nos segmentos com alto custo fixo, a recuperação dos investimentos, tipicamente realizada a longo prazo com paybacks longos, depende de estabilidade política e regulatória. Em termos políticos, foi justamente a transição de 2002/03 e a subsequente manutenção das políticas econômicas ortodoxas que correspondeu a uma redução apreciável no risco dos investimentos em infraestrutura. Contudo, apesar do melhor ambiente político propiciado por esta transição, o grau de manipulação discricionária de marcos regulatórios e de intervenção governamental na ordem econômica com objetivos mais ligados ao ciclo eleitoral são elementos que adicionam preocupação e já afetam os preços no mercado de capitais. O anúncio de grandes pacotes sem a devida preocupação regulatória e concorrencial ilustra bem essa tendência. Oportunidades setoriais Há diferentes oportunidades nos diversos setores da infraestrutura. A cadeia da energia, tanto petróleo e gás quanto a energia elétrica, oferecem negócios de grande volume, assim como nichos em expansão. Neste momento, os segmentos de transportes estão em destaque, com os programas federais de participação privada, ainda que os anúncios recentes padeçam de problemas de desenho que podem sacrificar resultados, considerando o esforço político que o governo parece estar decidido a fazer para recuperar parte do tempo perdido.
  • 16. Artigo Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira Artigo Risco e oportunidade na infraestrutura brasileira O saneamento básico tende a oferecer mais possibilidades, com investimentos elevados. As telecomunicações, um grande gargalo do desenvolvimento brasileiro, sofrem com a baixa promoção da competição, mas ainda assim tendem a manter um ritmo de crescimento forte, com novos nichos de mercado em expansão. De fato, este foi o único segmento que mostrou melhora no último relatório de competitividade do World Economic Forum, ainda que seja uma melhoria mais circunscrita à área móvel, e mais quantitativa que qualitativa. Neste novo ambiente, há significativas oportunidades para investimentos diretos e para alocação de carteiras nos setores de infraestrutura no Brasil. Esta classe de ativos oferece, neste momento, um retorno razoável frente a um risco relativamente baixo, mesmo considerando a preocupação recente com o aumento das práticas de intervenção e de seleção discricionária. Em um mundo de baixos retornos, os ativos brasileiros nesta área são, no mínimo, uma alternativa a ser considerada. É claro que o desenvolvimento e a adequada regulação dos segmentos puros de infraestrutura é que propiciam o maior desenvolvimento dos nichos. Há, entretanto, oportunidades que nascem justamente do contrário: as ineficiências presentes em vários segmentos da infraestrutura brasileira, e as deficiências regulatórias fazem surgir negócios que se aproveitam dos problemas. Embora tenham horizonte limitado, estas oportunidades acabam viabilizando a entrada de novas empresas, possibilitando que estas percorram a curva de aprendizado íngreme que caracteriza a atuação nos negócios altamente especializados da infraestrutura. Apesar do aumento das intervenções discricionárias e das incríveis aberrações ainda existentes ou que ainda surgem, os avanços das últimas décadas criaram espaço para o aparecimento de projetos de boa qualidade, com relação risco-retorno altamente atrativas. Em suma, a classe de ativos de infraestrutura, no Brasil, merece ser avaliada com atenção por quem busca boas oportunidades de investimento, assim como pelos investidores interessados em participar diretamente do crescimento do país. • Este artigo foi gentilmente cedido por um especialista da nossa base de profissionais Frederico Turolla p/ Quaterly AEN Doutor em Economia de Empresas (FGV- SP); Mestre em Economia de Empresas (FGV-SP) com intercâmbio em Economia Internacional e Finanças na Universidade de Brandeis (Estados Unidos); Economista (UFJF). Professor do Programa de Mestrado em Gestão Internacional da ESPM, professor de MBA da FGV-SP. Foi economista do Banco WestLB. Sócio da Pezco Microanalysis (Empresa Brasileira de Consultoria Econômica), onde tem participado de projetos em diversos setores regulados. É um especialista da Acoi Expert Network desde junho de 2012.
  • 17. AEN na Mídia Globonews: Programa Conta Corrente 17/09/12 AEN na Mídia Globonews: Programa Conta Corrente 17/09/12 Participamos do programa Conta Corrente do canal por assinatura Globonews, Nele, o sócio-fundador da Acoi Expert Network, destacou pontos de extrema importância para a gestão de novos negócios, dicas e oportunidades para empreendedores e gestores de startups. Segue o link da nossa participação: http://g1.globo.com/globo-news/conta-corrente/videos/t/todos-os-videos/v/brasil-e-o- terceiro-pais-com-mais-empreendedores-no-mundo/2143402/ Esperamos que apreciem nossa apresentação.
  • 20. Entre em contato com a ACOI Expert Network www.acoiexpert.com.br contato@acoiexpert.com.br +55 11 3567 3384 Através das redes sociais: