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1 INTRODUÇÃO



       O câncer é uma doença degenerativa, que se caracteriza pelo crescimento anormal e
incontrolado de células lesionadas em seu material genético. O câncer é uma doença
silenciosa, estigmatizada, carregada por preconceito, repleta de medos e tabus. Segundo o
Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2009), dentre todas as neoplasias o câncer de mama é o
que mais apavora as mulheres, devido a sua alta incidência e, sobretudo pelos efeitos
psicológicos que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal.Atualmente é
o tipo de neoplasia que mais causa óbitos entre as mulheres.
        Em se tratando de câncer de mama observa-se que tal enfermidade tem sua causa
contribuinte agravada pela falta de informação, sendo que se detectado em estagio inicial é
curável, entretanto o tempo decorrido entre o inicio dos sinais e sintomas, até a procura de um
profissional de saúde é protelada, por questões sociais, culturas, vergonha, culpa e medo.
       Diante da escassez de trabalhos científicos acerca das repercussões psicológicas de
mulheres diagnosticadas com câncer de mama, este estudo teve como objetivo compilar o
conhecimento cientifíco acerca do referido tema.
       Dentro dessa perspectiva este trabalho discorrerá sobre os aspectos gerais do câncer de
mama, incluindo: conceitos, anatomia, classificação dos tumores, incidência, epidemiologia,
fatores de risco, sintomatologia, diagnósticos, tratamentos e sobre os aspectos psicológicos
identificando sentimentos e percepções vivenciadas por essas mulheres.
6



2 ASPECTOS GERAIS

       Segundo o INCA, 2009 (Instituto Nacional do Câncer) o câncer é uma doença
degenerativa, que se caracterizada pelo crescimento atípico e incontrolado de células
lesionadas em seu material genético, as células cancerosas substituem as normais e os tecidos
invadidos perdem suas funções, ocasionando a metástase, como mostra a figura 1.
       Portanto, para Pitot (1993) o câncer não é uma enfermidade única e sim um conjunto
de mais de cem doenças diferentes, que têm em comum a perda, pelo organismo, do controle
sobre o crescimento e reprodução das células modificadas.




             Figura 1: Alteração genética da célula.
             Fonte: www.pdc.site.vu.



       No século IV a.c Hipócrates já descrevia o câncer em seu livro: Doença de mulheres,
como um mal que mina cotidianamente as energias, começando pela interrupção da
menstruação e culminando na morte, roubando o que foi secularmente considerado a alma de
toda mulher (SANT'ANNA, 2000).
       Com base no autor acima mencionado, até o século passado acreditava-se que o câncer
estaria ligado à falta de limpeza, sujeira física e moral. Além disso, concebia-se que a doença
poderia ser contagiosa entre os amantes dos excessos do prazer, essencialmente no caso das
mulheres, nas quais o adoecimento era conseqüência de “pecados e vícios”, em especial nas
praticas sexuais.


2.1 Câncer de mama


       Para Lima (1999) o cancro de mama é visto como uma reprodução celular
desordenada, que invade os tecidos ou órgãos, em caráter irreversível, podendo alastra-se para
distintas regiões do corpo. A causa é dada por uma mutação de seu genoma (complemento
7



genético total da célula) e a falência dos mecanismos que conservam as células em seus sítios
anatomofuncionais. Assim, ocasiona-se uma nova população de células anômalas do ponto de
vista morfológico, fisiológico e bioquímico.
       Segundo o INCA (2009) o câncer de mama, é com certeza a neoplasia mais receada
pelas mulheres, devido à elevada incidência e especialmente pelos seus efeitos psicológicos,
afetando a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal.


2.2 Arquitetura da mama


       Para Silva et al (2002) a mama é uma glândula exócrina, localizada anteriormente ao
tórax, constituído por pele, aréola, mamilo, músculo, ductos e gordura. Cada mama posiciona-
se sobre a segunda e a sexta costelas e ventralmente sobre os músculos da região peitoral,
como ilustrada na figura 2.




                      Fi gura 2: Arqui t et ura da m am a.
                      Font e: ht t p:/ / www.pop.eu.com / port al /


2.3 Classificação


       Collins, Cotran e Kumar (2000) relatam que as lesões cancerígenas na mama podem
irromper em qualquer uma de suas estruturas: epiderme, mesênquima e epitélio glandular.
Curiosamente, o câncer de mama é mais freqüentemente encontrado na mama esquerda do
8



que na direita, e aproximadamente 4% dos cânceres são bilaterais ou seqüências na mesma
mama. Cerca de 50% surgem no quadrante superior externo da mama, 10% em cada outro
quadrante (superior interno, inferior externo e inferior interno) e 20% na região central, como
mostra a figura 3.




                        Figura 3: Divisão da mamas em quadrantes.
                        Fonte: www.pop.eu.com/portal


       Faria e Cols. (1999) concordam com os autores acima e explicam que a incidência é
maior no quadrante súpero-lateral da mama porque a maior parte do parênquima mamário está
localizada nesta região.


2.4 Tipos de câncer de mama


         De acordo com a Organização Breast Câncer (2008) o carcinoma mamário divide-se
em quatro categorias:
a) Carcinoma ductal in situ: é o mais freqüente dos cânceres de mama não invasivos e é
considerado o primeiro estágio do câncer. Representa um crescimento descontrolado de
células que estão confinadas no ducto mamário, ilustrado na figura 4.
9




                            Figura 4: carcinoma ductal in situ
                            Fonte: www.e-radiography.net/radpath/.htm.


b) Carcinoma lobular in situ: é uma área de crescimento celular anormal, cujo início se dá nos
lóbulos mamários, com mostra a figura 5. Não é um câncer propriamente dito, mas aumenta a
chance de que o portador desenvolva um câncer no futuro.




                            Figura 5: Carcinoma lobular in situ
                            Fonte: www.mayoclinic.com.




c) Carcinoma ductal invasivo: é o tipo mais comum de câncer de mama. Cerca de 80% dos
cânceres são dessa categoria. Tem origem nos ductos e invade os tecidos vizinhos. Nesta fase
pode disseminar-se através dos vasos linfáticos ou do sangue, atingindo outros órgãos,
representada na figura 6.
10




                        Figura 6: carcinoma ductal invasivo.
                        Fonte: www.gracamartins.com.br.


d) Carcinoma lobular invasivo: é o segundo tipo mais comum de câncer de mama. Ele invade
os tecidos adjacentes à glândula, como pode se observar na figura 7. Com o tempo, pode se
espalhar para os linfonodos e possivelmente para outras áreas do corpo.




                        Figura 7: Carcinoma lobular invasivo
                        Fonte: www.bccancer.bc.



2.5 Epidemiologia e incidência


       Em 2008 o Brasil teve um número de 49.400 novos casos de câncer de mama, uma
média de 51 casos novos para cada 100 mil mulheres, mostrado no gráfico abaixo; a região
Sudeste foi a mais afetada; 80% dos tumores de mama são diagnosticados em estágios
11



avançados no Brasil. Pode-se concretizar então, que mesmo tendo um bom prognóstico e
tratado inicialmente, o câncer de mama ainda possui alta taxa de mortalidade (INCA 2008).


        Gráfico1 – Estimativa do câncer de mama em 2008.




        Fonte: INCA, 2008



        De acordo ainda com o INCA (2008) atualmente no mundo considera-se o câncer de
mama um dos maiores problemas de saúde publica, sendo em termos epidemiológicos, a
neoplasia maligna mais diagnosticada e a maior causa de mortalidade por câncer no sexo
feminino. Sua incidência tem aumentado nas ultimas décadas, estimando-se para 2010, 1.450
mil novos casos. Essa realidade que se repete no Brasil, atingindo mulheres cada vez mais
jovens, com idade inferior a 40 anos, preocupando, assim, os especialistas da área.


2.6 Fatores de risco


       Para Barros et al (2001) nas últimas décadas têm ocorrido no mundo todo, um
aumento significativo da incidência do câncer de mama e conseqüentemente da mortalidade
associada à neoplasia. Ao que tudo indica, o câncer de mama é conseqüência da influência de
12



fatores genéticos com estilo de vida, hábitos reprodutivos e o meio ambiente, conhecidos
como fatores de risco.
        O INCA (2008) aponta que os principais fatores de risco são os seguintes: Histórico
familiar de pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de
câncer da mama, abaixo dos 50 anos de idade, câncer de ovário, em qualquer faixa etária ou
história familiar de câncer da mama masculino; Doenças pré-malignas da mama (Hiperplasia
atípica e neoplasia lobular “in situ”); Primeira menstruação precoce e ultima menstruação
tardia; Nunca ter tido filhos; Primeiro filho após os 30 anos; Histórico de exposição à
radiação; Fumar; Terapia hormonal (estrogênio) por mais de 10 anos; Uso excessivo de
álcool; Dieta rica em gordura animal; Uso de anticoncepcional oral por muitos anos;
Obesidade; Sedentarismo.


2.7 Sintomatologia


       De acordo com INCA (2006) os sintomas do câncer de mama palpável são nódulos ou
tumores nos seios, acompanhada ou não de dor mamaria, podem surgir alterações na pele que
recobre a mama, como abaulamento ou retrações ou um aspecto semelhante á casca de
laranja, podem também surgir nódulos palpáveis nas axilas.
13



 3 DIAGNÓSTICO


 Para Bacarat e Oliveira (1997), um possível aliado para a prevenção desta progressão, seria o
diagnóstico precoce da patologia, trazendo muitas vantagens em face da possibilidade de
tratamentos mais conservadores, observando-se melhores resultados em longo prazo com
preservação da integridade física da paciente.
        Dentre as formas de diagnósticos atuais pode-se ressaltar: o auto-exame das mamas, o
 exame-clínico das mamas, a ultra-sonografia mamária, a biópsia, e a mamografia.


 3.1 Auto-exame da mama


        “Auto-exame das mamas: deve ser feito mensalmente após a menstruação e consiste
 na inspeção e palpação das mamas com o intuito de verificar a existência de nódulos, dor e
 alteração na pele” (SASAKI, 2000).
        No entanto o INCA (2009) não estimula o auto-exame das mamas como estratégia
 isolada de detecção precoce do câncer de mama. A recomendação é que o exame das mamas
 pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o
 conhecimento do próprio corpo.


 3.2 Exame clínico das mamas


        “O exame físico das mamas deve ser feito de forma cuidadosa e sistemática, por meio
 da inspeção e palpação, observando tamanho, forma, limites, consistência e mobilidade. Este
 exame deve ser estendido para as regiões areolar, supraclavicular e axilar” (MUSS, 2001).


 3.3 Ultra-sonografia


        É um método importante para o diagnóstico de patologias mamárias, principalmente
 quando combinado à mamografia.


                         É o procedimento de escolha para as mulheres jovens. Outras indicações incluem a
                         avaliação de mamas densas, nódulos palpáveis (diferenciação entre sólidos e
                         císticos), nódulos palpáveis com mamografia negativa, processos inflamatórios,
                         mulheres grávidas com sintomas mamários, mamas masculinas e orientação para
                         punções aspirativas e biópsias. (INCA, 1996)
14



3.4 Biópsia


       Entretanto, Souen (2003) afirma que o diagnóstico definitivo do câncer de mama só é
confirmado através da biópsia, que consiste na retirada de parte ou de todo o tecido alterado,
para que o patologista possa examiná-lo e classificá-lo.
        Antigamente, o único meio de obter o tecido para exame patológico era através de
cirurgia. Atualmente, há vários meios de se obter esse material, sendo que cada um desses
métodos tem indicação específica.


3.5 Mamografia


       De acordo com o autor acima mencionado, a mamografia é o melhor método para a
detecção precoce do câncer de mama. A sensibilidade do método em relação à descoberta de
cânceres situa-se entre 89% a 95%. É inquestionável a diminuição da mortalidade em
mulheres acima de 50 anos que se submetem ao exame rotineiramente. Enfatiza Muss (2001)
que o uso da mamografia para a triagem nas mulheres com mais de 50 anos de idade diminui
a probabilidade de morte por câncer de mama em aproximadamente 20 e 30% dos casos.
              Koch et al (1998) dizem que a mamografia tem duas aplicações principais: a
mamografia de rotina, como meio de rastreamento (“screening”) em mulheres sem sinais ou
sintomas de câncer de mama; e a mamografia diagnostica como método de investigação em
mulheres com suspeita clinica de câncer de mama.
        Para Kopans (1998) para o rastreamento do câncer mamário, duas incidências de cada
mama são indispensáveis: uma visão Médio-Lateral-Oblíqua (MLO) e uma Crânio-Caudal
(CC). Pois as duas incidências permitem separar estruturas que poderiam se sobrepor em uma
incidência. Para o mesmo autor a incidência MLO é considerada a mais eficaz, pois mostra
uma quantidade maior de tecido mamário e inclui estruturas mais profundas do quadrante
súpero-externo e do prolongamento axilar, enquanto a CC tem como objetivo incluir todo
material póstero-medial, complementando a MLO, como mostram as figuras 8 e 9.
15




Figura8: Incidênciacrânio-caudal
Fonte: lapimo. sel.eesc. usp. br/ lapimo/                  Figura 9: incidência meio-lateral obliqua
portal/mamografia.html                                     Fonte: lapimo. sel.eesc. usp.br/lapimo/
                                                           portal/mamografia.html


                             A mamografia constitui uma forma particular de radiografia, que trabalha com
                             níveis de tensões e correntes em intervalos específicos, destinada a registrar imagens
                             da mama a fim de diagnosticar a presença ou ausência de estruturas que possam
                             indicar doenças, duas incidências da mama são indispensáveis: a crânio-caudal e a
                             lateral obliqua. No entanto a médio-lateral obliqua é a mais eficaz, pois ela mostra
                             uma quantidade maior de tecido mamário e inclui estruturas mais profundas do
                             quadrante supero - externo e do prolongamento axilar, enquanto a crânio-caudal tem
                             como objetivo incluir todo o material póstero-medial. (MITCHELL JR. GW, 1993).



         A mamografia atualmente é considerada o padrão ouro no diagnóstico de lesões
mamárias, hoje com o avanço tecnológico, novos métodos de imageamento estão sendo
pesquisados, como a mamografia digital, ultra-som de alta resolução e ressonância magnética,
porém nenhuma dos estudos alcançou uma conclusão convincentemente que dispensasse a
mamografia nas triagens de rotinas.


3.6 Mamógrafo


         Segundo o INCA (2007) a mamografia é a radiografia que permite a detecção precoce
do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros). É
realizada em um aparelho de raios x apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é
comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de
diagnóstico.
            O equipamento (Figura 10) dedicado à mamografia não é o mesmo utilizado pelos
sistemas de raios-X convencionais, possuindo características próprias, pois a imagem gerada
16



deve ser de alta resolução para que se possam visualizar as estruturas mamárias que, por sua
vez, são compostas de tecidos moles, cuja diferença nos níveis de absorção de raios-X é
pequena entre si.




                       Figura 10: mamógrafo
                       Fonte: www.scribd.com/Mamografia-Congresso


O compartimento de compressão é um acessório do sistema mamográfico e tem como função
comprimir a mama por uma placa de um material radiotransparente até que se consiga a
menor espessura possível. Ele é responsável por melhorar a resolução, levando as estruturas
da mama mais próximas do filme, por evitar a movimentação da mama, conseguindo assim
uma dose menor de radiação. Isso diminui a espessura da mama, separando estruturas
superpostas e ajudando na diferenciação entre massas sólidas e císticas. (MITCHELL , 1993).
17



4 TRATAMENTOS


       De acordo com Halbe (2000) a terapêutica para o câncer de mama é dividida em
locorregional, compreendida pelo tratamento cirúrgico e a radioterapia, e tratamento
sistêmico, através da quimioterapia e da hormonioterapia.


4.1 Tratamentos sistêmicos


        De acordo com Cantinelli (2006) o tratamento sistêmico para o câncer de mama
inicial é realizado para diminuir a chance da maior ameaça do tumor de mama: a recidiva à
distância, ou seja, metástases. Assim como a cirurgia e a radioterapia encarregam-se do
controle da doença locorregional, o tratamento sistêmico é utilizado para atacar eventuais
células microscópicas responsáveis pelas metástases nas pacientes recidivantes. O tratamento
sistêmico, que pode melhorar a chance de cura por volta de 30%, é dividido em três
componentes: quimioterapia hormonioterapia, e imunoterapia.
       Eckaidt & Bordem (1990) mencionam que na quimioterapia utilizam-se medicamentos
que irão eliminar as células cancerosas, geralmente são utilizados quando o tumor e muito
grande e localiza-se numa região do corpo que não permite sua extração. A quimioterapia
acarreta muitos efeitos colaterais como vômitos, náuseas, alopecia, perda de peso e fraqueza.
        Segundo o INCA (2005) a hormonioterapia consiste na utilização de hormônios que
impedem o crescimento das células tumorais; e sobre a imunoterapia Carvalho (2003) explica
que é a utilização de substancias que aumentam a resposta do sistema imunológico do
organismo contra as células cancerosas.


4.2 Tratamento locorregional


       A radioterapia é capaz de destruir as células tumorais através de radiações ionizantes.
Atua local ou regionalmente, podendo ser indicada de forma exclusiva ou associada a outros
métodos terapêuticos (INCA 2005).

       Já Menke (2000) apud Soares (2004) diz que na radioterapia a colisão desses raios
com átomos ou moléculas resulta na produção de radicais livres, provocando danos celulares
e alterações bioquímicas. A morte celular parece resultar de danos ao material genético,
particularmente o DNA (ácido desoxirribonucleico).
18



4.3 Cirurgias


       Segundo Segal (1995), são sete os tipos de cirurgia mamária para retirada do tumor
maligno: nodulectomia; mastectomia parcial; mastectomia simples; mastectomia radical
modificada; mastectomia radical de Halsted; mastectomia supra-radical e mastectomia
subcutânea.
       No entanto, Gimenez (1997), relata que as propostas cirúrgicas atuais resumem-se em
quatro tipos citados abaixo:
a) Lumpectomia/Segmentectomia/Quadrantectomia: é a remoção do tumor e do tecido
mamário circunjacente ao tumor. Aproximadamente 25 a 30% das mastectomias caem nessa
circunstância. A Lumpectomia é a remoção do nódulo, a Segmentectomia de um segmento e a
Quadrantectomia de um quadrante da mama. A escolha entre elas vai depender do tamanho do
tumor e da sua localização na mama, mostrada na figura 11.




                 Figura 11: Lumpectomia
                 Fonte: www.lincx.com.br
19



b) Mastectomia simples: é a remoção de toda a mama. Não se faz a remoção dos músculos,
nem dos linfonodos, deixando uma superfície plana na parede torácica, que permanece
intacta. Em torno de 25% das mastectomias se enquadram nesta categoria, como mostra a
figura 12.




                         Figura 12: Mastectomia simples
                         Fonte: www.redefemininasfs.com.br.




c). Mastectomia radical modificada: é a remoção cirúrgica de toda a mama, assim como dos
linfonodos axilares. Aproximadamente 57% de todas as mastectomias executadas são deste
tipo. No entanto Bergmann (2000) relata que a mastectomia radical modificada consiste na
retirada da glândula mamária e na linfadenectomia axilar, com preservação de um ou ambos
os músculos peitorais, como mostra a figura 13.




                         Figura 13: Mastectomia radical
                         Fonte: http://www.unesp.br/prope/ Saude.htm.
20



d) Mastectomia radical (Halsted): é a remoção da mama, linfonodos da região axilar e de
ambos os músculos peitorais, maior e menor Atualmente, esta cirurgia por ser muito agressiva
é raramente executada, como mostra a figura 14. (GIMENEZ, 1997, grifo nosso).




                           Figura 14: Mastectomia radical
                           Fonte: www.meb.uni-bonn.de.
21



5 ASPECTOS PSICOLÓGICOS


       Até o século XX, o câncer era considerado uma patologia que levava à morte. O
doente sentia-se sozinho e humilhado pela culpa e pelo medo de alguma deformidade física
ou contágio. Abrigava a condição de uma natureza avessa à vida casta e limpa.
       Santa’Anna (2000) relata que as pessoas que sofriam de câncer eram mal vistas, e
enfrentar a doença era considerado uma forma de salvação, santificação e resignação. Em uma
época na qual falar do próprio corpo era indecente, o silêncio do doente além de condição
para purifica-se, era a única alternativa admissível socialmente. Partilhar esse segredo era
dividir o temor diante da ameaça de morte lenta e sofrida, portanto, falar sobre essa doença
sem cura era falar sobre algo incompreensível ao ser humano.


                       Tal como a sífilis, o câncer parecia um castigo; mas, ao mesmo tempo, ele foi
                       durante séculos, considerado um mal redentor. Enfrentar o câncer de mama, por
                       exemplo, implicava, acima de todas as preces e “benzedeiras”, em suportar
                       heroicamente todo o sofrimento, até o momento da morte. Por conseguinte, o corpo
                       sofredor da mulher parecia atingir qualquer coisa da ordem do sagrado (Sant’Anna,
                       2000, p. 47).



       Chiattone (1992) comunga com o autor citado acima e acrescenta que os pacientes
consideravam-se sujos e podres por dentro, criando inadequadas relações entre doença,
contágio e despersonalização ocorrendo redução de auto-estima, perda de atrativo sexual,
medo de recidiva, morte e perda da capacidade produtiva.
           De acordo com Moraes (2004) o câncer representa uma trajetória para a morte,
portanto, um caminho sem volta. Daí então, o estigma do câncer. Tal estigma está relacionado
com sofrimento, sentença de morte, dor, mutilação, deformação da auto-imagem; que
comunica ao mundo a realidade da doença, a perda da capacidade produtiva, da auto-estima, o
abandono o medo do contágio, a perda do atrativo sexual, o medo da morte.
        Moraes (2004) ainda enfatiza que independentemente do estágio da doença, o câncer
faz com que a paciente seja acometida pelo medo de ser estigmatizada e rejeitada quando
torna público seu diagnóstico. Tal realidade carrega consigo sentimentos de medo sobre a
ameaça da morte iminente e a preocupação com a proliferação da doença
22



5.1 O simbolismo das mamas


         Com relação ao câncer de mama, segundo Bartilotti (2002), na vivência da mulher a
mama tem uma enorme importância para a imagem corporal e sua identidade feminina; para
sua atração e sexualidade e para seu papel como mãe nutriz. Representam a sexualidade, a
maternidade, a criatividade e a beleza. Carvalho in Quintana (1999) comunga da mesma idéia
do autor mencionado e diz que não se pode deixar de considerar que a mama representa para a
mulher feminilidade, sexualidade e maternidade.
          Quando se trata do câncer de mama esta questão aparece com uma intensidade ainda
maior, uma vez que “a vergonha é agravada pela ameaça da mutilação de uma parte do corpo
considerada, há muito, um dos principais símbolos da identidade feminina” (Sant’Anna, 2000,
p.43).
         “O câncer de mama e seu tratamento constituem-se em traumas psicológicos para a
maioria das mulheres. A danificação da mama, símbolo do corpo carregado de sensualidade,
altera a auto-imagem feminina, gerando sentimentos de inferioridade e rejeição. Muitas
mulheres sentem-se envergonhadas, mutiladas e sexualmente repulsivas, o que interfere em
sua vida afetiva e sexual. Além disso, os tratamentos complementares como a radioterapia e a
quimioterapia também provocam distúrbios na identidade feminina, pois podem acarretar em
aumento de peso e calvície, entre outros sintomas”. CARVALHO in QUINTANA (1999).
         Heckert (1999) conjugando com o autor citado acima, diz que os seios compõem a
estética feminina, pois são símbolos da sexualidade, além de exercerem a função fisiológica
da amamentação, que reflete a doação e a necessidade de nutrir. Já para Chevalier e
Gheerbrant (2002), os seios são símbolos de proteção, sobretudo símbolo da maternidade, de
suavidade, de segurança, de recursos. É ligado à fecundidade e ao leite, o primeiro alimento;
são associados às imagens de intimidade, de oferenda, de dádiva e de refúgio.
         Heckert (1999) diz ainda que as mamas são partes do corpo feminino e, por influência
cultural, altamente valorizada; compõem a estética feminina, sendo parte identificável da
diferença de sexo; são símbolos sensuais significativos, de potencial erógeno, e descrito
milenarmente em versos e prosas. O ato de amamentar é fundamental para a perpetuação da
espécie, sendo fonte de prazer e realização. A mama é o representante exterior da
feminilidade; a perda de parte ou de seu todo representa uma grande ameaça à integridade
psicológica e funcional da mulher.
         Corroborando com o autor supracitado Wanderley (1994) ressaltou que a mama, como
símbolo de sensualidade, quando danificada, altera a auto-imagem acarretando à paciente,
23



sentimentos de inferioridade e medo de rejeição, sendo que, quanto maior for o investimento
da mulher neste órgão, maior será o sentimento de perda.


5.2 A mulher frente ao diagnóstico


       Brennelli & Shiazato (1994) apontam que a primeira reação de uma mulher ao receber
o diagnóstico de câncer de mama e da iminência da perda do seio, é uma tentativa, mesmo
que nula, de salvação deste órgão adoecido, esse fato pode estar relacionado com o
significado da mama para a mulher.
       Conforme afirma Venâncio (2004), o diagnóstico de câncer é vivido como um
momento de angústia e ansiedade, pelo motivo da doença ser rotulada como dolorosa e
mortal, conseqüentemente, desencadeando preocupações em relação à morte. Além do
momento do diagnóstico, ao longo do tratamento, o paciente vivencia perdas e diversos
sintomas que, além de acarretar prejuízos ao organismo, coloca-o diante da incerteza em
relação ao futuro, aumentando assim sua ansiedade.


                        Confirmada a existência de câncer de mama, a mulher não está sujeita ao risco
                       apenas de mutilação, que por si só é muito importante. Está presente também e,
                       principalmente, a ameaça à vida, uma vez que o câncer, quando não traz o estigma
                       de moléstia incurável, traz o de mutilante (PIATO, 1995, p. 336).



       O diagnóstico de câncer é acompanhado de intenso sofrimento psicológico, de
momentos de dúvida sobre a continuação da existência, sentimentos de frustração e
insegurança pela brusca mudança no projeto de vida (KOVACKS, 1999; BERGAMASCO &
ÂNGELO, 2001). Estar com câncer atinge a integridade psicológica do paciente, tornando-o
fragilizado e vulnerável à depressão e ansiedade. Portanto para Covich (2000) apud Viana
(2004) diz que tal situação é geradora de intensa angústia, causada, em geral, pelo medo da
mutilação, da dor da morte, pela culpa e pela agressividade.
        Bromberg, (1996) apud Valbert (2008) diz que o impacto de uma doença como o
câncer coloca a pessoas diante da fragilidade humana, da “finitude da vida”. A pessoa
vivencia um sentimento de impotência diante da própria vida, há a quebra de planos, sonhos,
da auto-estima e da auto confiança. O diagnóstico é uma crise vital e significativa ao
indivíduo e a família, os quais passam a vivenciar situações novas que exigem redefinições,
formas de enfrentamento, períodos de adaptações. A pessoa vivencia perdas, incluindo da
24



saúde, as perdas dos papéis, responsabilidades, sonhos e há a possibilidade da morte
eminente.


                             Nada transforma tanto o homem quanto a constatação de que seu fim está perto. O
                             diagnostico de uma doença fatal é um divisor de águas que altera radicalmente o
                             significado do que nos cerca: relações afetivas, desejos, objetivos, fantasias e mesmo
                             a paisagem. (VARELLA, 2004.p.9).


          De acordo com Brenelli & Shinzato (1994) apud Dias (1994) relatam que uma série de
preocupações passa a tomar conta do pensamento dessa mulher: o medo de ser estigmatizada
e rejeitada ao tomarem conhecimento de sua doença, a possibilidade de disseminação da
doença pelo seu corpo, a queda do cabelo e o efeito disso sobre sua auto-estima, a incerteza
quanto ao futuro, sua sexualidade e o seu relacionamento com o parceiro e com os filhos e
principalmente o medo da recidiva.
          Santos et al (1998) na busca de maior compreensão sobre o tema relatam que o câncer
de mama é o mais temido pelas mulheres devido a sua alta freqüência, a morbi-mortalidade e,
sobretudo, pelo impacto psicológico que provoca. Envolve negativamente a percepção da
sexualidade e da auto-imagem mais do que qualquer outro tipo de neoplasia que atinge a
mulher. Apesar das inúmeras pesquisas para a cura da doença e da existência de tratamentos
mais recentes, pacientes e familiares lutam com sofrimento físico e psicológico contra a
doença, além da questão financeira.
          Segundo Kübler-Ross (1996) as pessoas relacionam um tumor maligno com doença
fatal, via de regra, encaram o diagnóstico de câncer como uma condenação inevitável, pelo
fato do câncer ser uma das principais causas de morte entre as doenças crônicas, mesmo com
o avanço crescente dos tratamentos e medicamentos.


5.3 As reações psicológicas


          Frente ao diagnostico maligno a mulher passa por varias fases de conflito interno que
oscilam desde a negação da doença até a fase de aceitação.
          Kübler-Ross (1998) em pesquisas realizadas com pacientes terminais e pacientes com
doença crônica como o câncer de mama, contatou que esses passam por varias estágios, descritos
abaixo:
          Os estágios são os seguintes:
          Choque inicial: Negação e isolamento: "Não, eu não, não pode ser verdade", esta é a frase
característica desta fase.
25



       O estágio de negação inicia-se quando o paciente, ao receber a notícia do diagnóstico, fica
convicto de que os exames que foram feitos poderiam, por exemplo, terem sido trocados, como
também o médico poderia ter se enganado. O paciente, não raro, procurará outros médicos e fará
novos exames com a esperança de que o primeiro diagnóstico venha a estar errado, ou então
abandonará o tratamento, agindo como se a doença simplesmente não existisse.
       Raiva: quando não é mais possível manter firme o primeiro estágio de negação, ele é
substituído por sentimentos de raiva, de revolta, de inveja e de ressentimentos. Surge,
logicamente, outra pergunta "Por que eu?"
       Barganha: este estágio é o menos conhecido, mas igualmente útil ao paciente, embora por
um tempo muito curto. Na realidade, é uma tentativa de adiamento, sendo incluído um prêmio
oferecido "por um bom comportamento". Estabelece também uma meta auto-imposta, e inclui
uma promessa implícita de que o paciente não pedirá outro adiamento, caso o primeiro seja
concedido. A maioria das barganhas é feitas com Deus, são mantidas em segredo, ditas nas
entrelinhas.
       Depressão: quando o paciente em fase terminal não pode mais negar sua doença, quando é
forçado a submeter-se a mais uma cirurgia ou hospitalização, quando começa a apresentar novos
sintomas e tornar-se tão debilitado e mais magro, não pode mais esconder a doença. Seu
alheamento ou estoicismo, sua revolta e raiva cederão lugar a um sentimento de grande perda.
       Aceitação: um paciente que tiver tido tempo necessário (isto é, que não tiver tido uma
morte súbita e inesperada), e tiver recebido ajuda para superar os estágios descritos, não mais
sentirá depressão nem raiva quanto a seu "destino". Terá podido externar seus sentimentos, sua
inveja pelos vivos e sadios e sua raiva por aqueles que não são obrigados a enfrentar a morte tão
cedo. Terá lamentado a perda eminente de pessoas e lugares queridos e contemplará seu fim
próximo com certo grau de tranqüila expectativa. Estará cansado e bastante fraco, na maioria dos
casos, sentirá necessidade de cochilar, de dormir com freqüência e a intervalos curtos.
       Segundo a literatura, a depressão é considerada a resposta emocional mais comum do
paciente com câncer. Estudos relataram que sintomas depressivos significativos estão
presentes em 30% a 87% dos pacientes com câncer (FIGUEIRÓ, 1994).
       Segundo Bifulco, (2008) cuidar das emoções é tão importante quanto o cuidar do
físico, principalmente se este for abalado por um diagnóstico de câncer. O câncer pode ser
considerado cada vez mais um fenômeno não só biológico, mas também psicológico e social
em toda sua amplitude, pois pode acarretar isolamento, negação da doença e uma resistência
muito forte frente ao tratamento que também é revestido pelo pré-conceito de sofrimento e
dor.
26


                       Quando uma mulher tem um câncer de mama, não está vivendo só uma enfermidade
                      biológica e corporal, mas também está sendo profundamente afetada psicológica e
                      socialmente. Quando recebe o diagnóstico de câncer, com a proposta de tratamento
                      que inclui a mastectomia, coloca-se junto a uma profunda crise pessoal, familiar e
                      social (PINOTTI; 1991 p. 447).


       “Em     todo   o   mundo,     centros     de   câncer     visam     desenvolver      programas
multidisciplinares, onde as mulheres podem ser assistidas em suas necessidades. Todo o
processo decisório, o impacto frente ao diagnóstico, a adesão aos tratamentos é atenuado por
uma abordagem que oferece uma compreensão de todas as suas necessidades, reduzindo
drasticamente o stress vivenciado em cada momento. No Brasil, este panorama está
começando a se modificar. As mulheres começam a buscar informações, iniciam uma melhor
comunicação com o médico e equipe, e conseqüentemente têm a possibilidade de vivenciar e
enfrentar melhor seu tratamento durante a trajetória da doença” (MELO 2002).
       Na mulher, o câncer de mama propicia a emergência de conflitos, constitui-se em
ameaça à integridade egóica e identidade feminina. Diante da comunicação diagnóstica feita
pelo médico, surgem inúmeras interrogações e a constatação implacável de que somos finitos
e limitados.
27



6 CONSIDERAÇÕES FINAIS


       O interesse em realizar este levantamento bibliográfico acerca das repercussões
psicológicas de mulheres diagnosticadas com câncer de mama, surgiu devido ao alto índice de
morbi-mortalidade, relacionada à referida patologia.
       Constatou-se que na literatura nacional e internacional há uma quantidade vasta de
artigos cientifico, publicados a respeito do câncer de mama. No entanto, quando se busca a
abordagem emocional envolvida neste processo, os estudos tornam-se menos freqüentes e
difíceis de serem encontrados.
       Com relação ao câncer de mama e sua repercussão psicológica, pode-se dizer que há
um grande impacto na descoberta da doença, repercutindo de forma negativo, pois se trata de
uma enfermidade que desestabiliza o equilíbrio emocional, produzindo medo e ansiedade.
       Ao concluir essa pesquisa foi perceptível que o assunto, devido a sua importância, tem
que ser discutido mais vezes para que as pessoas em geral e, sobretudo os profissionais da
área de saúde tenham real consciência do que significa para a mulher está acometida de algum
“mal” exatamente no órgão que a faz sentir mulher. É uma vivência difícil, cheia de medos,
estigmas e incertezas.
         Este estudo, embora singular, espera-se que venha a acrescentar dados ao conhecimento
científico, dando suporte para a constante busca de ferramentas que auxiliem no diagnóstico e
prognóstico do câncer de mama.
28



                                    REFERÊNCIAS




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  • 1. 5 1 INTRODUÇÃO O câncer é uma doença degenerativa, que se caracteriza pelo crescimento anormal e incontrolado de células lesionadas em seu material genético. O câncer é uma doença silenciosa, estigmatizada, carregada por preconceito, repleta de medos e tabus. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2009), dentre todas as neoplasias o câncer de mama é o que mais apavora as mulheres, devido a sua alta incidência e, sobretudo pelos efeitos psicológicos que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal.Atualmente é o tipo de neoplasia que mais causa óbitos entre as mulheres. Em se tratando de câncer de mama observa-se que tal enfermidade tem sua causa contribuinte agravada pela falta de informação, sendo que se detectado em estagio inicial é curável, entretanto o tempo decorrido entre o inicio dos sinais e sintomas, até a procura de um profissional de saúde é protelada, por questões sociais, culturas, vergonha, culpa e medo. Diante da escassez de trabalhos científicos acerca das repercussões psicológicas de mulheres diagnosticadas com câncer de mama, este estudo teve como objetivo compilar o conhecimento cientifíco acerca do referido tema. Dentro dessa perspectiva este trabalho discorrerá sobre os aspectos gerais do câncer de mama, incluindo: conceitos, anatomia, classificação dos tumores, incidência, epidemiologia, fatores de risco, sintomatologia, diagnósticos, tratamentos e sobre os aspectos psicológicos identificando sentimentos e percepções vivenciadas por essas mulheres.
  • 2. 6 2 ASPECTOS GERAIS Segundo o INCA, 2009 (Instituto Nacional do Câncer) o câncer é uma doença degenerativa, que se caracterizada pelo crescimento atípico e incontrolado de células lesionadas em seu material genético, as células cancerosas substituem as normais e os tecidos invadidos perdem suas funções, ocasionando a metástase, como mostra a figura 1. Portanto, para Pitot (1993) o câncer não é uma enfermidade única e sim um conjunto de mais de cem doenças diferentes, que têm em comum a perda, pelo organismo, do controle sobre o crescimento e reprodução das células modificadas. Figura 1: Alteração genética da célula. Fonte: www.pdc.site.vu. No século IV a.c Hipócrates já descrevia o câncer em seu livro: Doença de mulheres, como um mal que mina cotidianamente as energias, começando pela interrupção da menstruação e culminando na morte, roubando o que foi secularmente considerado a alma de toda mulher (SANT'ANNA, 2000). Com base no autor acima mencionado, até o século passado acreditava-se que o câncer estaria ligado à falta de limpeza, sujeira física e moral. Além disso, concebia-se que a doença poderia ser contagiosa entre os amantes dos excessos do prazer, essencialmente no caso das mulheres, nas quais o adoecimento era conseqüência de “pecados e vícios”, em especial nas praticas sexuais. 2.1 Câncer de mama Para Lima (1999) o cancro de mama é visto como uma reprodução celular desordenada, que invade os tecidos ou órgãos, em caráter irreversível, podendo alastra-se para distintas regiões do corpo. A causa é dada por uma mutação de seu genoma (complemento
  • 3. 7 genético total da célula) e a falência dos mecanismos que conservam as células em seus sítios anatomofuncionais. Assim, ocasiona-se uma nova população de células anômalas do ponto de vista morfológico, fisiológico e bioquímico. Segundo o INCA (2009) o câncer de mama, é com certeza a neoplasia mais receada pelas mulheres, devido à elevada incidência e especialmente pelos seus efeitos psicológicos, afetando a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. 2.2 Arquitetura da mama Para Silva et al (2002) a mama é uma glândula exócrina, localizada anteriormente ao tórax, constituído por pele, aréola, mamilo, músculo, ductos e gordura. Cada mama posiciona- se sobre a segunda e a sexta costelas e ventralmente sobre os músculos da região peitoral, como ilustrada na figura 2. Fi gura 2: Arqui t et ura da m am a. Font e: ht t p:/ / www.pop.eu.com / port al / 2.3 Classificação Collins, Cotran e Kumar (2000) relatam que as lesões cancerígenas na mama podem irromper em qualquer uma de suas estruturas: epiderme, mesênquima e epitélio glandular. Curiosamente, o câncer de mama é mais freqüentemente encontrado na mama esquerda do
  • 4. 8 que na direita, e aproximadamente 4% dos cânceres são bilaterais ou seqüências na mesma mama. Cerca de 50% surgem no quadrante superior externo da mama, 10% em cada outro quadrante (superior interno, inferior externo e inferior interno) e 20% na região central, como mostra a figura 3. Figura 3: Divisão da mamas em quadrantes. Fonte: www.pop.eu.com/portal Faria e Cols. (1999) concordam com os autores acima e explicam que a incidência é maior no quadrante súpero-lateral da mama porque a maior parte do parênquima mamário está localizada nesta região. 2.4 Tipos de câncer de mama De acordo com a Organização Breast Câncer (2008) o carcinoma mamário divide-se em quatro categorias: a) Carcinoma ductal in situ: é o mais freqüente dos cânceres de mama não invasivos e é considerado o primeiro estágio do câncer. Representa um crescimento descontrolado de células que estão confinadas no ducto mamário, ilustrado na figura 4.
  • 5. 9 Figura 4: carcinoma ductal in situ Fonte: www.e-radiography.net/radpath/.htm. b) Carcinoma lobular in situ: é uma área de crescimento celular anormal, cujo início se dá nos lóbulos mamários, com mostra a figura 5. Não é um câncer propriamente dito, mas aumenta a chance de que o portador desenvolva um câncer no futuro. Figura 5: Carcinoma lobular in situ Fonte: www.mayoclinic.com. c) Carcinoma ductal invasivo: é o tipo mais comum de câncer de mama. Cerca de 80% dos cânceres são dessa categoria. Tem origem nos ductos e invade os tecidos vizinhos. Nesta fase pode disseminar-se através dos vasos linfáticos ou do sangue, atingindo outros órgãos, representada na figura 6.
  • 6. 10 Figura 6: carcinoma ductal invasivo. Fonte: www.gracamartins.com.br. d) Carcinoma lobular invasivo: é o segundo tipo mais comum de câncer de mama. Ele invade os tecidos adjacentes à glândula, como pode se observar na figura 7. Com o tempo, pode se espalhar para os linfonodos e possivelmente para outras áreas do corpo. Figura 7: Carcinoma lobular invasivo Fonte: www.bccancer.bc. 2.5 Epidemiologia e incidência Em 2008 o Brasil teve um número de 49.400 novos casos de câncer de mama, uma média de 51 casos novos para cada 100 mil mulheres, mostrado no gráfico abaixo; a região Sudeste foi a mais afetada; 80% dos tumores de mama são diagnosticados em estágios
  • 7. 11 avançados no Brasil. Pode-se concretizar então, que mesmo tendo um bom prognóstico e tratado inicialmente, o câncer de mama ainda possui alta taxa de mortalidade (INCA 2008). Gráfico1 – Estimativa do câncer de mama em 2008. Fonte: INCA, 2008 De acordo ainda com o INCA (2008) atualmente no mundo considera-se o câncer de mama um dos maiores problemas de saúde publica, sendo em termos epidemiológicos, a neoplasia maligna mais diagnosticada e a maior causa de mortalidade por câncer no sexo feminino. Sua incidência tem aumentado nas ultimas décadas, estimando-se para 2010, 1.450 mil novos casos. Essa realidade que se repete no Brasil, atingindo mulheres cada vez mais jovens, com idade inferior a 40 anos, preocupando, assim, os especialistas da área. 2.6 Fatores de risco Para Barros et al (2001) nas últimas décadas têm ocorrido no mundo todo, um aumento significativo da incidência do câncer de mama e conseqüentemente da mortalidade associada à neoplasia. Ao que tudo indica, o câncer de mama é conseqüência da influência de
  • 8. 12 fatores genéticos com estilo de vida, hábitos reprodutivos e o meio ambiente, conhecidos como fatores de risco. O INCA (2008) aponta que os principais fatores de risco são os seguintes: Histórico familiar de pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer da mama, abaixo dos 50 anos de idade, câncer de ovário, em qualquer faixa etária ou história familiar de câncer da mama masculino; Doenças pré-malignas da mama (Hiperplasia atípica e neoplasia lobular “in situ”); Primeira menstruação precoce e ultima menstruação tardia; Nunca ter tido filhos; Primeiro filho após os 30 anos; Histórico de exposição à radiação; Fumar; Terapia hormonal (estrogênio) por mais de 10 anos; Uso excessivo de álcool; Dieta rica em gordura animal; Uso de anticoncepcional oral por muitos anos; Obesidade; Sedentarismo. 2.7 Sintomatologia De acordo com INCA (2006) os sintomas do câncer de mama palpável são nódulos ou tumores nos seios, acompanhada ou não de dor mamaria, podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamento ou retrações ou um aspecto semelhante á casca de laranja, podem também surgir nódulos palpáveis nas axilas.
  • 9. 13 3 DIAGNÓSTICO Para Bacarat e Oliveira (1997), um possível aliado para a prevenção desta progressão, seria o diagnóstico precoce da patologia, trazendo muitas vantagens em face da possibilidade de tratamentos mais conservadores, observando-se melhores resultados em longo prazo com preservação da integridade física da paciente. Dentre as formas de diagnósticos atuais pode-se ressaltar: o auto-exame das mamas, o exame-clínico das mamas, a ultra-sonografia mamária, a biópsia, e a mamografia. 3.1 Auto-exame da mama “Auto-exame das mamas: deve ser feito mensalmente após a menstruação e consiste na inspeção e palpação das mamas com o intuito de verificar a existência de nódulos, dor e alteração na pele” (SASAKI, 2000). No entanto o INCA (2009) não estimula o auto-exame das mamas como estratégia isolada de detecção precoce do câncer de mama. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo. 3.2 Exame clínico das mamas “O exame físico das mamas deve ser feito de forma cuidadosa e sistemática, por meio da inspeção e palpação, observando tamanho, forma, limites, consistência e mobilidade. Este exame deve ser estendido para as regiões areolar, supraclavicular e axilar” (MUSS, 2001). 3.3 Ultra-sonografia É um método importante para o diagnóstico de patologias mamárias, principalmente quando combinado à mamografia. É o procedimento de escolha para as mulheres jovens. Outras indicações incluem a avaliação de mamas densas, nódulos palpáveis (diferenciação entre sólidos e císticos), nódulos palpáveis com mamografia negativa, processos inflamatórios, mulheres grávidas com sintomas mamários, mamas masculinas e orientação para punções aspirativas e biópsias. (INCA, 1996)
  • 10. 14 3.4 Biópsia Entretanto, Souen (2003) afirma que o diagnóstico definitivo do câncer de mama só é confirmado através da biópsia, que consiste na retirada de parte ou de todo o tecido alterado, para que o patologista possa examiná-lo e classificá-lo. Antigamente, o único meio de obter o tecido para exame patológico era através de cirurgia. Atualmente, há vários meios de se obter esse material, sendo que cada um desses métodos tem indicação específica. 3.5 Mamografia De acordo com o autor acima mencionado, a mamografia é o melhor método para a detecção precoce do câncer de mama. A sensibilidade do método em relação à descoberta de cânceres situa-se entre 89% a 95%. É inquestionável a diminuição da mortalidade em mulheres acima de 50 anos que se submetem ao exame rotineiramente. Enfatiza Muss (2001) que o uso da mamografia para a triagem nas mulheres com mais de 50 anos de idade diminui a probabilidade de morte por câncer de mama em aproximadamente 20 e 30% dos casos. Koch et al (1998) dizem que a mamografia tem duas aplicações principais: a mamografia de rotina, como meio de rastreamento (“screening”) em mulheres sem sinais ou sintomas de câncer de mama; e a mamografia diagnostica como método de investigação em mulheres com suspeita clinica de câncer de mama. Para Kopans (1998) para o rastreamento do câncer mamário, duas incidências de cada mama são indispensáveis: uma visão Médio-Lateral-Oblíqua (MLO) e uma Crânio-Caudal (CC). Pois as duas incidências permitem separar estruturas que poderiam se sobrepor em uma incidência. Para o mesmo autor a incidência MLO é considerada a mais eficaz, pois mostra uma quantidade maior de tecido mamário e inclui estruturas mais profundas do quadrante súpero-externo e do prolongamento axilar, enquanto a CC tem como objetivo incluir todo material póstero-medial, complementando a MLO, como mostram as figuras 8 e 9.
  • 11. 15 Figura8: Incidênciacrânio-caudal Fonte: lapimo. sel.eesc. usp. br/ lapimo/ Figura 9: incidência meio-lateral obliqua portal/mamografia.html Fonte: lapimo. sel.eesc. usp.br/lapimo/ portal/mamografia.html A mamografia constitui uma forma particular de radiografia, que trabalha com níveis de tensões e correntes em intervalos específicos, destinada a registrar imagens da mama a fim de diagnosticar a presença ou ausência de estruturas que possam indicar doenças, duas incidências da mama são indispensáveis: a crânio-caudal e a lateral obliqua. No entanto a médio-lateral obliqua é a mais eficaz, pois ela mostra uma quantidade maior de tecido mamário e inclui estruturas mais profundas do quadrante supero - externo e do prolongamento axilar, enquanto a crânio-caudal tem como objetivo incluir todo o material póstero-medial. (MITCHELL JR. GW, 1993). A mamografia atualmente é considerada o padrão ouro no diagnóstico de lesões mamárias, hoje com o avanço tecnológico, novos métodos de imageamento estão sendo pesquisados, como a mamografia digital, ultra-som de alta resolução e ressonância magnética, porém nenhuma dos estudos alcançou uma conclusão convincentemente que dispensasse a mamografia nas triagens de rotinas. 3.6 Mamógrafo Segundo o INCA (2007) a mamografia é a radiografia que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros). É realizada em um aparelho de raios x apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O equipamento (Figura 10) dedicado à mamografia não é o mesmo utilizado pelos sistemas de raios-X convencionais, possuindo características próprias, pois a imagem gerada
  • 12. 16 deve ser de alta resolução para que se possam visualizar as estruturas mamárias que, por sua vez, são compostas de tecidos moles, cuja diferença nos níveis de absorção de raios-X é pequena entre si. Figura 10: mamógrafo Fonte: www.scribd.com/Mamografia-Congresso O compartimento de compressão é um acessório do sistema mamográfico e tem como função comprimir a mama por uma placa de um material radiotransparente até que se consiga a menor espessura possível. Ele é responsável por melhorar a resolução, levando as estruturas da mama mais próximas do filme, por evitar a movimentação da mama, conseguindo assim uma dose menor de radiação. Isso diminui a espessura da mama, separando estruturas superpostas e ajudando na diferenciação entre massas sólidas e císticas. (MITCHELL , 1993).
  • 13. 17 4 TRATAMENTOS De acordo com Halbe (2000) a terapêutica para o câncer de mama é dividida em locorregional, compreendida pelo tratamento cirúrgico e a radioterapia, e tratamento sistêmico, através da quimioterapia e da hormonioterapia. 4.1 Tratamentos sistêmicos De acordo com Cantinelli (2006) o tratamento sistêmico para o câncer de mama inicial é realizado para diminuir a chance da maior ameaça do tumor de mama: a recidiva à distância, ou seja, metástases. Assim como a cirurgia e a radioterapia encarregam-se do controle da doença locorregional, o tratamento sistêmico é utilizado para atacar eventuais células microscópicas responsáveis pelas metástases nas pacientes recidivantes. O tratamento sistêmico, que pode melhorar a chance de cura por volta de 30%, é dividido em três componentes: quimioterapia hormonioterapia, e imunoterapia. Eckaidt & Bordem (1990) mencionam que na quimioterapia utilizam-se medicamentos que irão eliminar as células cancerosas, geralmente são utilizados quando o tumor e muito grande e localiza-se numa região do corpo que não permite sua extração. A quimioterapia acarreta muitos efeitos colaterais como vômitos, náuseas, alopecia, perda de peso e fraqueza. Segundo o INCA (2005) a hormonioterapia consiste na utilização de hormônios que impedem o crescimento das células tumorais; e sobre a imunoterapia Carvalho (2003) explica que é a utilização de substancias que aumentam a resposta do sistema imunológico do organismo contra as células cancerosas. 4.2 Tratamento locorregional A radioterapia é capaz de destruir as células tumorais através de radiações ionizantes. Atua local ou regionalmente, podendo ser indicada de forma exclusiva ou associada a outros métodos terapêuticos (INCA 2005). Já Menke (2000) apud Soares (2004) diz que na radioterapia a colisão desses raios com átomos ou moléculas resulta na produção de radicais livres, provocando danos celulares e alterações bioquímicas. A morte celular parece resultar de danos ao material genético, particularmente o DNA (ácido desoxirribonucleico).
  • 14. 18 4.3 Cirurgias Segundo Segal (1995), são sete os tipos de cirurgia mamária para retirada do tumor maligno: nodulectomia; mastectomia parcial; mastectomia simples; mastectomia radical modificada; mastectomia radical de Halsted; mastectomia supra-radical e mastectomia subcutânea. No entanto, Gimenez (1997), relata que as propostas cirúrgicas atuais resumem-se em quatro tipos citados abaixo: a) Lumpectomia/Segmentectomia/Quadrantectomia: é a remoção do tumor e do tecido mamário circunjacente ao tumor. Aproximadamente 25 a 30% das mastectomias caem nessa circunstância. A Lumpectomia é a remoção do nódulo, a Segmentectomia de um segmento e a Quadrantectomia de um quadrante da mama. A escolha entre elas vai depender do tamanho do tumor e da sua localização na mama, mostrada na figura 11. Figura 11: Lumpectomia Fonte: www.lincx.com.br
  • 15. 19 b) Mastectomia simples: é a remoção de toda a mama. Não se faz a remoção dos músculos, nem dos linfonodos, deixando uma superfície plana na parede torácica, que permanece intacta. Em torno de 25% das mastectomias se enquadram nesta categoria, como mostra a figura 12. Figura 12: Mastectomia simples Fonte: www.redefemininasfs.com.br. c). Mastectomia radical modificada: é a remoção cirúrgica de toda a mama, assim como dos linfonodos axilares. Aproximadamente 57% de todas as mastectomias executadas são deste tipo. No entanto Bergmann (2000) relata que a mastectomia radical modificada consiste na retirada da glândula mamária e na linfadenectomia axilar, com preservação de um ou ambos os músculos peitorais, como mostra a figura 13. Figura 13: Mastectomia radical Fonte: http://www.unesp.br/prope/ Saude.htm.
  • 16. 20 d) Mastectomia radical (Halsted): é a remoção da mama, linfonodos da região axilar e de ambos os músculos peitorais, maior e menor Atualmente, esta cirurgia por ser muito agressiva é raramente executada, como mostra a figura 14. (GIMENEZ, 1997, grifo nosso). Figura 14: Mastectomia radical Fonte: www.meb.uni-bonn.de.
  • 17. 21 5 ASPECTOS PSICOLÓGICOS Até o século XX, o câncer era considerado uma patologia que levava à morte. O doente sentia-se sozinho e humilhado pela culpa e pelo medo de alguma deformidade física ou contágio. Abrigava a condição de uma natureza avessa à vida casta e limpa. Santa’Anna (2000) relata que as pessoas que sofriam de câncer eram mal vistas, e enfrentar a doença era considerado uma forma de salvação, santificação e resignação. Em uma época na qual falar do próprio corpo era indecente, o silêncio do doente além de condição para purifica-se, era a única alternativa admissível socialmente. Partilhar esse segredo era dividir o temor diante da ameaça de morte lenta e sofrida, portanto, falar sobre essa doença sem cura era falar sobre algo incompreensível ao ser humano. Tal como a sífilis, o câncer parecia um castigo; mas, ao mesmo tempo, ele foi durante séculos, considerado um mal redentor. Enfrentar o câncer de mama, por exemplo, implicava, acima de todas as preces e “benzedeiras”, em suportar heroicamente todo o sofrimento, até o momento da morte. Por conseguinte, o corpo sofredor da mulher parecia atingir qualquer coisa da ordem do sagrado (Sant’Anna, 2000, p. 47). Chiattone (1992) comunga com o autor citado acima e acrescenta que os pacientes consideravam-se sujos e podres por dentro, criando inadequadas relações entre doença, contágio e despersonalização ocorrendo redução de auto-estima, perda de atrativo sexual, medo de recidiva, morte e perda da capacidade produtiva. De acordo com Moraes (2004) o câncer representa uma trajetória para a morte, portanto, um caminho sem volta. Daí então, o estigma do câncer. Tal estigma está relacionado com sofrimento, sentença de morte, dor, mutilação, deformação da auto-imagem; que comunica ao mundo a realidade da doença, a perda da capacidade produtiva, da auto-estima, o abandono o medo do contágio, a perda do atrativo sexual, o medo da morte. Moraes (2004) ainda enfatiza que independentemente do estágio da doença, o câncer faz com que a paciente seja acometida pelo medo de ser estigmatizada e rejeitada quando torna público seu diagnóstico. Tal realidade carrega consigo sentimentos de medo sobre a ameaça da morte iminente e a preocupação com a proliferação da doença
  • 18. 22 5.1 O simbolismo das mamas Com relação ao câncer de mama, segundo Bartilotti (2002), na vivência da mulher a mama tem uma enorme importância para a imagem corporal e sua identidade feminina; para sua atração e sexualidade e para seu papel como mãe nutriz. Representam a sexualidade, a maternidade, a criatividade e a beleza. Carvalho in Quintana (1999) comunga da mesma idéia do autor mencionado e diz que não se pode deixar de considerar que a mama representa para a mulher feminilidade, sexualidade e maternidade. Quando se trata do câncer de mama esta questão aparece com uma intensidade ainda maior, uma vez que “a vergonha é agravada pela ameaça da mutilação de uma parte do corpo considerada, há muito, um dos principais símbolos da identidade feminina” (Sant’Anna, 2000, p.43). “O câncer de mama e seu tratamento constituem-se em traumas psicológicos para a maioria das mulheres. A danificação da mama, símbolo do corpo carregado de sensualidade, altera a auto-imagem feminina, gerando sentimentos de inferioridade e rejeição. Muitas mulheres sentem-se envergonhadas, mutiladas e sexualmente repulsivas, o que interfere em sua vida afetiva e sexual. Além disso, os tratamentos complementares como a radioterapia e a quimioterapia também provocam distúrbios na identidade feminina, pois podem acarretar em aumento de peso e calvície, entre outros sintomas”. CARVALHO in QUINTANA (1999). Heckert (1999) conjugando com o autor citado acima, diz que os seios compõem a estética feminina, pois são símbolos da sexualidade, além de exercerem a função fisiológica da amamentação, que reflete a doação e a necessidade de nutrir. Já para Chevalier e Gheerbrant (2002), os seios são símbolos de proteção, sobretudo símbolo da maternidade, de suavidade, de segurança, de recursos. É ligado à fecundidade e ao leite, o primeiro alimento; são associados às imagens de intimidade, de oferenda, de dádiva e de refúgio. Heckert (1999) diz ainda que as mamas são partes do corpo feminino e, por influência cultural, altamente valorizada; compõem a estética feminina, sendo parte identificável da diferença de sexo; são símbolos sensuais significativos, de potencial erógeno, e descrito milenarmente em versos e prosas. O ato de amamentar é fundamental para a perpetuação da espécie, sendo fonte de prazer e realização. A mama é o representante exterior da feminilidade; a perda de parte ou de seu todo representa uma grande ameaça à integridade psicológica e funcional da mulher. Corroborando com o autor supracitado Wanderley (1994) ressaltou que a mama, como símbolo de sensualidade, quando danificada, altera a auto-imagem acarretando à paciente,
  • 19. 23 sentimentos de inferioridade e medo de rejeição, sendo que, quanto maior for o investimento da mulher neste órgão, maior será o sentimento de perda. 5.2 A mulher frente ao diagnóstico Brennelli & Shiazato (1994) apontam que a primeira reação de uma mulher ao receber o diagnóstico de câncer de mama e da iminência da perda do seio, é uma tentativa, mesmo que nula, de salvação deste órgão adoecido, esse fato pode estar relacionado com o significado da mama para a mulher. Conforme afirma Venâncio (2004), o diagnóstico de câncer é vivido como um momento de angústia e ansiedade, pelo motivo da doença ser rotulada como dolorosa e mortal, conseqüentemente, desencadeando preocupações em relação à morte. Além do momento do diagnóstico, ao longo do tratamento, o paciente vivencia perdas e diversos sintomas que, além de acarretar prejuízos ao organismo, coloca-o diante da incerteza em relação ao futuro, aumentando assim sua ansiedade. Confirmada a existência de câncer de mama, a mulher não está sujeita ao risco apenas de mutilação, que por si só é muito importante. Está presente também e, principalmente, a ameaça à vida, uma vez que o câncer, quando não traz o estigma de moléstia incurável, traz o de mutilante (PIATO, 1995, p. 336). O diagnóstico de câncer é acompanhado de intenso sofrimento psicológico, de momentos de dúvida sobre a continuação da existência, sentimentos de frustração e insegurança pela brusca mudança no projeto de vida (KOVACKS, 1999; BERGAMASCO & ÂNGELO, 2001). Estar com câncer atinge a integridade psicológica do paciente, tornando-o fragilizado e vulnerável à depressão e ansiedade. Portanto para Covich (2000) apud Viana (2004) diz que tal situação é geradora de intensa angústia, causada, em geral, pelo medo da mutilação, da dor da morte, pela culpa e pela agressividade. Bromberg, (1996) apud Valbert (2008) diz que o impacto de uma doença como o câncer coloca a pessoas diante da fragilidade humana, da “finitude da vida”. A pessoa vivencia um sentimento de impotência diante da própria vida, há a quebra de planos, sonhos, da auto-estima e da auto confiança. O diagnóstico é uma crise vital e significativa ao indivíduo e a família, os quais passam a vivenciar situações novas que exigem redefinições, formas de enfrentamento, períodos de adaptações. A pessoa vivencia perdas, incluindo da
  • 20. 24 saúde, as perdas dos papéis, responsabilidades, sonhos e há a possibilidade da morte eminente. Nada transforma tanto o homem quanto a constatação de que seu fim está perto. O diagnostico de uma doença fatal é um divisor de águas que altera radicalmente o significado do que nos cerca: relações afetivas, desejos, objetivos, fantasias e mesmo a paisagem. (VARELLA, 2004.p.9). De acordo com Brenelli & Shinzato (1994) apud Dias (1994) relatam que uma série de preocupações passa a tomar conta do pensamento dessa mulher: o medo de ser estigmatizada e rejeitada ao tomarem conhecimento de sua doença, a possibilidade de disseminação da doença pelo seu corpo, a queda do cabelo e o efeito disso sobre sua auto-estima, a incerteza quanto ao futuro, sua sexualidade e o seu relacionamento com o parceiro e com os filhos e principalmente o medo da recidiva. Santos et al (1998) na busca de maior compreensão sobre o tema relatam que o câncer de mama é o mais temido pelas mulheres devido a sua alta freqüência, a morbi-mortalidade e, sobretudo, pelo impacto psicológico que provoca. Envolve negativamente a percepção da sexualidade e da auto-imagem mais do que qualquer outro tipo de neoplasia que atinge a mulher. Apesar das inúmeras pesquisas para a cura da doença e da existência de tratamentos mais recentes, pacientes e familiares lutam com sofrimento físico e psicológico contra a doença, além da questão financeira. Segundo Kübler-Ross (1996) as pessoas relacionam um tumor maligno com doença fatal, via de regra, encaram o diagnóstico de câncer como uma condenação inevitável, pelo fato do câncer ser uma das principais causas de morte entre as doenças crônicas, mesmo com o avanço crescente dos tratamentos e medicamentos. 5.3 As reações psicológicas Frente ao diagnostico maligno a mulher passa por varias fases de conflito interno que oscilam desde a negação da doença até a fase de aceitação. Kübler-Ross (1998) em pesquisas realizadas com pacientes terminais e pacientes com doença crônica como o câncer de mama, contatou que esses passam por varias estágios, descritos abaixo: Os estágios são os seguintes: Choque inicial: Negação e isolamento: "Não, eu não, não pode ser verdade", esta é a frase característica desta fase.
  • 21. 25 O estágio de negação inicia-se quando o paciente, ao receber a notícia do diagnóstico, fica convicto de que os exames que foram feitos poderiam, por exemplo, terem sido trocados, como também o médico poderia ter se enganado. O paciente, não raro, procurará outros médicos e fará novos exames com a esperança de que o primeiro diagnóstico venha a estar errado, ou então abandonará o tratamento, agindo como se a doença simplesmente não existisse. Raiva: quando não é mais possível manter firme o primeiro estágio de negação, ele é substituído por sentimentos de raiva, de revolta, de inveja e de ressentimentos. Surge, logicamente, outra pergunta "Por que eu?" Barganha: este estágio é o menos conhecido, mas igualmente útil ao paciente, embora por um tempo muito curto. Na realidade, é uma tentativa de adiamento, sendo incluído um prêmio oferecido "por um bom comportamento". Estabelece também uma meta auto-imposta, e inclui uma promessa implícita de que o paciente não pedirá outro adiamento, caso o primeiro seja concedido. A maioria das barganhas é feitas com Deus, são mantidas em segredo, ditas nas entrelinhas. Depressão: quando o paciente em fase terminal não pode mais negar sua doença, quando é forçado a submeter-se a mais uma cirurgia ou hospitalização, quando começa a apresentar novos sintomas e tornar-se tão debilitado e mais magro, não pode mais esconder a doença. Seu alheamento ou estoicismo, sua revolta e raiva cederão lugar a um sentimento de grande perda. Aceitação: um paciente que tiver tido tempo necessário (isto é, que não tiver tido uma morte súbita e inesperada), e tiver recebido ajuda para superar os estágios descritos, não mais sentirá depressão nem raiva quanto a seu "destino". Terá podido externar seus sentimentos, sua inveja pelos vivos e sadios e sua raiva por aqueles que não são obrigados a enfrentar a morte tão cedo. Terá lamentado a perda eminente de pessoas e lugares queridos e contemplará seu fim próximo com certo grau de tranqüila expectativa. Estará cansado e bastante fraco, na maioria dos casos, sentirá necessidade de cochilar, de dormir com freqüência e a intervalos curtos. Segundo a literatura, a depressão é considerada a resposta emocional mais comum do paciente com câncer. Estudos relataram que sintomas depressivos significativos estão presentes em 30% a 87% dos pacientes com câncer (FIGUEIRÓ, 1994). Segundo Bifulco, (2008) cuidar das emoções é tão importante quanto o cuidar do físico, principalmente se este for abalado por um diagnóstico de câncer. O câncer pode ser considerado cada vez mais um fenômeno não só biológico, mas também psicológico e social em toda sua amplitude, pois pode acarretar isolamento, negação da doença e uma resistência muito forte frente ao tratamento que também é revestido pelo pré-conceito de sofrimento e dor.
  • 22. 26 Quando uma mulher tem um câncer de mama, não está vivendo só uma enfermidade biológica e corporal, mas também está sendo profundamente afetada psicológica e socialmente. Quando recebe o diagnóstico de câncer, com a proposta de tratamento que inclui a mastectomia, coloca-se junto a uma profunda crise pessoal, familiar e social (PINOTTI; 1991 p. 447). “Em todo o mundo, centros de câncer visam desenvolver programas multidisciplinares, onde as mulheres podem ser assistidas em suas necessidades. Todo o processo decisório, o impacto frente ao diagnóstico, a adesão aos tratamentos é atenuado por uma abordagem que oferece uma compreensão de todas as suas necessidades, reduzindo drasticamente o stress vivenciado em cada momento. No Brasil, este panorama está começando a se modificar. As mulheres começam a buscar informações, iniciam uma melhor comunicação com o médico e equipe, e conseqüentemente têm a possibilidade de vivenciar e enfrentar melhor seu tratamento durante a trajetória da doença” (MELO 2002). Na mulher, o câncer de mama propicia a emergência de conflitos, constitui-se em ameaça à integridade egóica e identidade feminina. Diante da comunicação diagnóstica feita pelo médico, surgem inúmeras interrogações e a constatação implacável de que somos finitos e limitados.
  • 23. 27 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O interesse em realizar este levantamento bibliográfico acerca das repercussões psicológicas de mulheres diagnosticadas com câncer de mama, surgiu devido ao alto índice de morbi-mortalidade, relacionada à referida patologia. Constatou-se que na literatura nacional e internacional há uma quantidade vasta de artigos cientifico, publicados a respeito do câncer de mama. No entanto, quando se busca a abordagem emocional envolvida neste processo, os estudos tornam-se menos freqüentes e difíceis de serem encontrados. Com relação ao câncer de mama e sua repercussão psicológica, pode-se dizer que há um grande impacto na descoberta da doença, repercutindo de forma negativo, pois se trata de uma enfermidade que desestabiliza o equilíbrio emocional, produzindo medo e ansiedade. Ao concluir essa pesquisa foi perceptível que o assunto, devido a sua importância, tem que ser discutido mais vezes para que as pessoas em geral e, sobretudo os profissionais da área de saúde tenham real consciência do que significa para a mulher está acometida de algum “mal” exatamente no órgão que a faz sentir mulher. É uma vivência difícil, cheia de medos, estigmas e incertezas. Este estudo, embora singular, espera-se que venha a acrescentar dados ao conhecimento científico, dando suporte para a constante busca de ferramentas que auxiliem no diagnóstico e prognóstico do câncer de mama.
  • 24. 28 REFERÊNCIAS Ações de Prevenção Primária e Secundária no Controle do Câncer. Disponível em: <www.Inca.gov.br/enfermagem/docs/cap3 pdf>. Acesso em: 17 abr. 2009. BARBOSA, Antonieta. Câncer direito e cidadania: como a lei pode beneficiar os pacientes e seus familiares. São Paulo. Arx, 2003. BARROS, Alfredo. C.S. D, et. al. Diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Associação médica Brasileira e Conselho Regional de Medicina. Ago. 2001. BARACAT, Fausto F.; OLIVEIRA, Gilberto B. Câncer de mama avançado. Jornal brasileiro de Medicina, São Paulo. V. 72, n. 6, p. 40 - 64, jun. 1997 BARTILOTTI, Márcia Regina. Mirra. B. Psicologia e ginecologia, São Paulo, Ed. Pioneira, 2000. BERGMANN et al Morbidade após o tratamento para Câncer de mama. Fisioterapia Brasil, vol.1, n.2, p.101-108, Nov/dez, 2002. BERGAMASCO, Rosângela E ÂNGELO, M (2001). O Sofrimento de descobrir-se com câncer de mama: como o diagnostico é experienciado pela mulher. Revista Brasileira de Cancerologia, p. 227-282. BIFULCO, Vera. A Psicologia, apoio emocional para o paciente e família no enfrentamento do câncer. Disponível em: http://www.praticahospitalar.com.br. Acesso em: 3 de set de 2009 BRENELLI, H.B., SHINZATO, J.Y. (1994) Terapia de apoio à pacientes com câncer de mama. Em: DIAS, Ezio. N. Mastologia Atual. Rio de Janeiro: Revinter. __________. Carcinoma lobular in situ. Disponível em:< www.mayoclinic.com. Acesso em: 10 de jul de 2009. __________. Carcinoma lobular invasivo. Disponível em<<: www.bccancer.bc. Acesso em: 20 de julho de 2009.
  • 25. 29 CANTINELLI, Fábio. Scaramboni et al. A oncopsiquiatria no câncer de mama: considerações a respeito. Disponível em: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol33/n3.Acesso em 23 de agosto de 2009. __________. Cirurgias. Disponível em< www.redefemininasfs.com.br. Acesso em 30 de julho de 2009. CHIATTONE, H. B. Uma vida para o câncer. In ANGERAMI, V. A. (org.), O doente, a Psicologia e o Hospital. São Paulo, Ed. Pioneira, 1992. CHEVALEIR, J. & GHEERBRANT. Dicionário de Símbolos. 17ª ed., Rio de Janeiro, 2002. COLLINS,Tucker; COTRAN, Ramzi.S; KUMAR, Vinay. Patologia estrutural e funcional. 6. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. __________.Ductal.carcinoma.in.situ.Disponível.em:<www.eradiography.net/radpath/d/dcis latest.gif ECKHDART, S. Diagnóstico, estadiamento e princípios de tratamento. In Manual de Oncologia Clínica. 2ª edição brasileira, traduzida da 5ª edição original, União internacional contra o câncer. São Paulo. 1990. FARIA José. L. e colaboradores. Patologia especial: com aplicações clínicas. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. FIGUEIRÓ, João Augusto. B (org.). (1994). Aspectos psicológicos e psiquiátricos da experiência dolorosa. (p.140-158). São Paulo: Summus Editorial. GIMENEZ, Maria da Glória. G. A Mulher e o câncer. Campinas: Editorial Psy, 1997. HALBE, Hans, W. Tratado de ginecologia. vol. 3. Ed. 3ª, São Paulo: Roca; 2000. __________.Halsted.radical.mastectomy.Disponível.em<www.meb.unibonn.de/cancer.gov. Acesso em 5 de agos de 2009. HECKERT, Uriel. Reações Psíquicas à Mastectomia. V. 21, (p. 97- 102), Minas Gerais, dezembro, (1995).
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  • 28. 32 VALBERT, Cristiane. S. Psicologia e o câncer de mama. Disponível em: http://www.centroclinicocampinas.com.br. Acesso em: 1 set. 2009. VARELLA. Dráuzio. Por um fio. São Paulo, 2004. P.9. VENÂNCIO, Juliana. L. Importância da Atuação do Psicólogo no Tratamento de Mulheres com Câncer de Mama. Revista Brasileira de Cancerologia, vol.50, nº1, p. 55-63, 2004. VINHA Vera. Heloísa. P. - O livro da amamentação. São Paulo. Baleiro, 1999. p 91. WANDERLEY, Kátia. S. (1994) Aspectos psicológicos do câncer de mama. Em: Carvalho (Org.). Introdução à Psiconcologia, (p. 95- 101) São Paulo: PsyII. VIANNA, Ana Márcia Sanches de Almeida. Avaliação psicológica de pacientes em reconstrução de mama: um estudo piloto. Estud. psicol. (Campinas), dez. 2004, vol.21, no. 3, p.203-210. ISSN 0103-166X.