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UNIT-UNIVERSIDADE TIRADENTES 
CURSO DE ENFERMAGEM-N01 2014.2 
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Hemodiálise 
Para começar nossa pesquisa vale relembrar que os rins são um par de estruturas castanho- avermelhadas, localizadas no plano retroperitoneal (por trás e por fora da cavidade peritoneal) sobre a parede posterior do abdome, desde a 12ª vértebra torácica à 3ª vértebra lombar no adulto. Os rins funcionam como o principal órgão excretor do corpo, eliminando os produtos metabólicos residuais do corpo. A insuficiência renal sobrevém quando os rins não conseguem remover os resíduos metabólicos do corpo nem realizar as funções reguladoras. As substâncias normalmente eliminadas na urina acumulam-se nos líquidos corporais em consequência da excreção renal prejudicada, levando a uma ruptura nas funções metabólicas e endócrinas, bem como a distúrbios hídricos, eletrolíticos e ácido-básicos. A insuficiência renal aguda é caracterizada por uma redução abrupta da função renal que se mantém por períodos variáveis, resultando na inabilidade dos rins em exercer suas funções básicas de excreção e manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo. É reversível e resulta na diminuição do volume circulante. Em alguns casos, usa-se a hemodiálise como forma de tratamento. A hemodiálise é o método de diálise mais comumente utilizado. Seus objetivos consistem em extrair as substâncias nitrogenadas do sangue e remover o excesso de água. Na hemodiálise, o sangue carregado de toxinas e resíduos nitrogenados, é desviado do paciente para um aparelho, um dialisador, em que é limpo e, em seguida, devolvido ao paciente. 
O inventor da hemodiálise: 
Willem Johan Kolff (14/02/1911 – 11/02/2009) médico holandês, naturalizado estadunidense, considerado o "pai dos órgãos artificiais", inventou a máquina de hemodiálise (rim artificial) em 1941 e tratou o primeiro paciente em 1943. Kolff era um jovem médico em Groningen, na Holanda, antes da segunda guerra mundial quando viu um jovem de 22 anos morrer de insuficiência renal. Então ele pensou: "se lhe conseguisse remover 20g de ureia diariamente, ele poderia ter sobrevivido”. Então, idealizou uma máquina que utilizava cerca de quarenta metros de tubos de membrana de acetato de celulose enrolada num tambor rotatório, o qual mantinha-se mergulhado em uma bacia contendo a solução de diálise. Uma bureta coletava o sangue do paciente (não havia bomba de sangue), e pela ação da gravidade o impulsionava através da membrana dialisadora. O sangue, depois de purificado, retornava ao corpo do paciente. A história registra quinze pacientes tratados pelo rim artificial antes que um deles sobrevivesse. A primeira sobrevivente foi Sophia Schafstadt, atendida em setembro de 1945, em coma. Após a hemodiálise, a paciente recuperou a consciência e viveu por mais sete anos.
No Brasil a primeira Hemodiálise registrada foi no ano de 1949 no hospital das clínicas de São Paulo, realizada pelo médico Tito Ribeiro de Almeida. Onde ele tratou uma paciente de 27 anos de idade, portadora de insuficiência renal. 
Vamos explicar melhor como funciona a Hemodiálise. Como já sabemos, é um tratamento que permite remover as toxinas e o excesso de água do seu organismo. Nesta técnica depurativa, uma membrana artificial é o elemento principal de um dispositivo designado dialisador, comumente conhecido por “rim artificial”. Antes de começar as sessões, é feita uma cirurgia no braço do paciente para conectar uma artéria a uma veia (fístula). É por ali que será inserida a bomba para a hemodiálise. Depois de um período que varia de um a três meses de maturação, as sessões podem ser iniciadas. O procedimento acontece quando a bomba, que é acoplada ao braço do paciente, começa a "puxar" o sangue para fora do corpo. Esse sangue passa, então, pela agulha e segue rumo à purificação. Antes disso, no entanto, é aplicada uma dose de heparina (substância que deixa o sangue mais fluído), evita sua coagulação e, por consequência, o bloqueio da bomba. O sangue chega, assim, ao filtro, que corresponde a um cano artificial repleto de poros que filtram as toxinas e sais minerais, posteriormente expelidos pela máquina. 
Depois de sair do filtro livre de impurezas, o sangue passa por um sistema de segurança que detecta e extrai partículas de oxigênio presentes no sangue. Se essas partículas entrarem na circulação sanguínea, o paciente pode sofrer uma embolia pulmonar, que pode gerar desde desconforto para respirar até uma parada respiratória. 
Para o tratamento é necessário: 
 Máquina de hemodiálise – bombeia o sangue; 
 Linhas de sangue próprias – transportam o sangue; 
 Dialisador (“rim artificial”) – filtra o sangue; 
 Acesso vascular - acesso ao sangue corporal. 
A máquina bombeia o sangue, através das linhas, até ao dialisador. Os produtos tóxicos e a água em excesso do organismo são filtrados pelo dialisador e o “sangue limpo” regressa novamente ao seu organismo. Um médico nefrologista irá definir o seu programa de hemodiálise. Normalmente o tratamento realiza-se três vezes por semana em dias alternados, onde, cada sessão tem uma duração média de 4 horas. A hemodiálise tem a capacidade de
filtração igual ao rim humano, dessa forma, uma hora de hemodiálise equivale à uma hora de funcionamento do rim normal. Um rim normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias da semana, perfazendo um total de 168 horas semanais. Portanto, o tratamento com rim artificial deixa o paciente 156 horas semanais sem filtração (168 -12=156). Apesar de realizar somente 12 horas semanais de hemodiálise, já está provado que uma pessoa pode viver bem, com boa qualidade de vida e trabalhar sem problemas. A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta complicações que devem ser evitadas como: hipertensão arterial, anemia severa, descalcificação, desnutrição, hepatite, aumento do peso por excesso de água ingerida e complicações das doenças que o paciente é portador. Por isso, os médicos controlam e tratam os problemas clínicos (edema, pressão alta, tosse, falta de ar, anemia) em cada sessão de hemodiálise. Uma vez por mês solicitam exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, fósforo e ácido úrico e observam o estado dos ossos para evitar a descalcificação. Orientam a dieta controlando as calorias, o sal e as proteínas para o controle da nutrição. 
Geralmente, a hemodiálise é efetuada num hospital ou numa unidade de diálise num horário fixado de 08h00min as 00h00min. No entanto, algumas unidades facultam-lhe a possibilidade de efetuar o tratamento durante o período noturno. Existe, ainda, a possibilidade de efetuar hemodiálise no domicílio, embora esta modalidade se encontre pouco implementada no nosso país. É uma modalidade de diálise autónoma que permite maior liberdade de horário. Naturalmente, para que ela seja realizada, é indispensável que o estado geral do doente seja razoável, que as sessões terapêuticas decorram sem problemas e que o doente e um parceiro sejam submetidos a um programa de aprendizagem prévio. No Brasil, atualmente, existem 35.000 pacientes fazendo hemodiálise e somente 10% são transplantados anualmente, por isso a lista de espera é muito grande. Os doentes em hemodiálise podem viajar. Para isso, é necessário com antecedência informar o seu centro de diálise para agendar os tratamentos, durante esse período, num centro o mais próximo possível do seu local de férias. 
Os médicos recomendam alguns cuidados com as fistulas: 
Obs.: Fistulas = Lesão que pode ser congênita ou adquirida, que tem como característica uma passagem por onde se excretam secreções diversas; 
 Manter o braço da fístula bem limpo, para evitar infecções. 
 Fazer exercícios com a mão e o braço onde está a fístula, mas evite carregar pesos ou dormir sobre ele.
 Evite garrotear o braço em que está a fístula, para medir a pressão arterial, por exemplo, ou por outros motivos. 
 Não permita a coleta de sangue ou injeções venosas no braço da fístula. 
 Caso aconteçam manchas roxas após as punções das fístulas, coloque gelo no primeiro dia e compressas quentes nos dias seguintes. 
 Evite que as punções terapêuticas sejam feitas sempre no mesmo lugar da fístula. 
A hemodiálise peritoneal, em vez de usar a circulação extracorpórea, usa a circulação do peritônio, uma membrana que reveste a parede abdominal e as alças intestinais para filtrar o sangue. Por um cateter introduzido no abdômen do paciente, passando uma solução aquosa que, em contato com os pequenos vasos sanguíneos existentes no peritônio, retira as substâncias prejudiciais. 
Esse sistema é um pouco menos eficiente do que o sistema externo. Por isso, requer mais horas para completar o processo, que é indolor e pode ser realizado pelo próprio paciente. Há alguns tipos distintos de diálise, mas a mais difundida chama-se DPA( Diálise Peritoneal Automática), e é realizada no próprio domicílio do paciente com o auxílio de um equipamento portátil. A DPA tem duração média de 9 horas e pode ser realizada enquanto o paciente dorme todas as noites (sete vezes por semana). 
O papel do enfermeiro na hemodiálise 
Inclui a prevenção de agravos por meio da educação do paciente e da assistência integral.O enfermeiro, na hemodiálise, deve assistir o paciente de forma integral, visando-o como um todo, estabelecendo uma relação de confiança e segurança entre o paciente/enfermeiro, priorizando os cuidados necessários. É necessário que o enfermeiro tenha, além da fundamentação científica e de competência técnica, o conhecimento dos aspectos que levem em consideração os sentimentos e as necessidades dos pacientes. O objetivo da assistência de enfermagem neste setor é identificar e monitorar os efeitos adversos da hemodiálise e complicações decorrentes da própria doença, desenvolvendo ações educativas de promoção, prevenção e tratamento. Um aspecto importante a ser considerado pelo enfermeiro é a educação do paciente frente às exigências impostas pelo tratamento, pois o conhecimento mais profundo sobre sua doença, tratamento e possibilidades de reabilitação pode auxiliá-los no enfrentamento de situações estressoras vivenciadas no cotidiano hemodialítico. Há a
necessidade de se estabelecer um processo de cuidado humanizado, não fragmentado, pois o ser humano precisa de cuidados em todo o corpo e não somente em uma parte apenas (nos rins), porque o ser humano adoece por inteiro. A equipe de enfermagem deve desenvolver habilidade de observação e diálogo, a fim de situar os problemas vivenciados pelo cliente dentro do seu contexto cultural e social. 
Em Aracaju duas clinicas que realizam Hemodiálise se destacam, são elas: Nefroclínica e o Hospital do Rim, ambas localizadas no Bairro São José. 
Referências Bibliográficas: 
BARROS, Elvino. GONÇALVES, Luiz Felipe. NEFROLOGIA. Edt ARTMED. Ano 2006. 
MOURA, Souza Mayara Cristina, RAMOS, Vasco Andreia. REVISTA ELETRÔNICA DE ENFERMAGEM DO CENTRO DE ESTUDOS DE ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO. Artigo cientifico. Agosto-Dezembro 2010. 
PORTAL DA DIÁLISE. Ano 2012. Link: http://www.portaldadialise.com/portal/o-que-e- hemodialise 
Dr BUSSATO, Otto. REVISTA ABC DA SAÚDE. Ano 2001. 
Dr DRAUZIO, Varella. Link: http://drauziovarella.com.br/entrevistas-2/dialise-2/ 
Dr CRUZ, Jenner. Artigo Cientifíco: ATUALIDADES EM NEFROLOGIA.

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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE

  • 1. UNIT-UNIVERSIDADE TIRADENTES CURSO DE ENFERMAGEM-N01 2014.2 ELIZANGELA NUNES GUILHERME FRÓES JOSEANE LIMA SANTOS ROBSON WILSON DE OLIVEIRA ROSANE RODRIGUES SUSAN GONÇALVES MENEZES THAIS EULÁLIA NASCIMENTO DE OLIVEIRA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE ARACAJU/SE 2014
  • 2. ELIZANGELA NUNES GUILHERME FRÓES JOSEANE LIMA SANTOS ROBSON WILSON DE OLIVEIRA ROSANE RODRIGUES SUSAN GONÇALVES MENEZES THAIS EULÁLIA NASCIMENTO DE OLIVEIRA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE Pesquisa elaborada como requisito parcial da avaliação de Biofísica, ministrada pelo Proº Fábio Neves, no 2º semestre de 2014. Aracaju/SE 2014
  • 3. Hemodiálise Para começar nossa pesquisa vale relembrar que os rins são um par de estruturas castanho- avermelhadas, localizadas no plano retroperitoneal (por trás e por fora da cavidade peritoneal) sobre a parede posterior do abdome, desde a 12ª vértebra torácica à 3ª vértebra lombar no adulto. Os rins funcionam como o principal órgão excretor do corpo, eliminando os produtos metabólicos residuais do corpo. A insuficiência renal sobrevém quando os rins não conseguem remover os resíduos metabólicos do corpo nem realizar as funções reguladoras. As substâncias normalmente eliminadas na urina acumulam-se nos líquidos corporais em consequência da excreção renal prejudicada, levando a uma ruptura nas funções metabólicas e endócrinas, bem como a distúrbios hídricos, eletrolíticos e ácido-básicos. A insuficiência renal aguda é caracterizada por uma redução abrupta da função renal que se mantém por períodos variáveis, resultando na inabilidade dos rins em exercer suas funções básicas de excreção e manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo. É reversível e resulta na diminuição do volume circulante. Em alguns casos, usa-se a hemodiálise como forma de tratamento. A hemodiálise é o método de diálise mais comumente utilizado. Seus objetivos consistem em extrair as substâncias nitrogenadas do sangue e remover o excesso de água. Na hemodiálise, o sangue carregado de toxinas e resíduos nitrogenados, é desviado do paciente para um aparelho, um dialisador, em que é limpo e, em seguida, devolvido ao paciente. O inventor da hemodiálise: Willem Johan Kolff (14/02/1911 – 11/02/2009) médico holandês, naturalizado estadunidense, considerado o "pai dos órgãos artificiais", inventou a máquina de hemodiálise (rim artificial) em 1941 e tratou o primeiro paciente em 1943. Kolff era um jovem médico em Groningen, na Holanda, antes da segunda guerra mundial quando viu um jovem de 22 anos morrer de insuficiência renal. Então ele pensou: "se lhe conseguisse remover 20g de ureia diariamente, ele poderia ter sobrevivido”. Então, idealizou uma máquina que utilizava cerca de quarenta metros de tubos de membrana de acetato de celulose enrolada num tambor rotatório, o qual mantinha-se mergulhado em uma bacia contendo a solução de diálise. Uma bureta coletava o sangue do paciente (não havia bomba de sangue), e pela ação da gravidade o impulsionava através da membrana dialisadora. O sangue, depois de purificado, retornava ao corpo do paciente. A história registra quinze pacientes tratados pelo rim artificial antes que um deles sobrevivesse. A primeira sobrevivente foi Sophia Schafstadt, atendida em setembro de 1945, em coma. Após a hemodiálise, a paciente recuperou a consciência e viveu por mais sete anos.
  • 4. No Brasil a primeira Hemodiálise registrada foi no ano de 1949 no hospital das clínicas de São Paulo, realizada pelo médico Tito Ribeiro de Almeida. Onde ele tratou uma paciente de 27 anos de idade, portadora de insuficiência renal. Vamos explicar melhor como funciona a Hemodiálise. Como já sabemos, é um tratamento que permite remover as toxinas e o excesso de água do seu organismo. Nesta técnica depurativa, uma membrana artificial é o elemento principal de um dispositivo designado dialisador, comumente conhecido por “rim artificial”. Antes de começar as sessões, é feita uma cirurgia no braço do paciente para conectar uma artéria a uma veia (fístula). É por ali que será inserida a bomba para a hemodiálise. Depois de um período que varia de um a três meses de maturação, as sessões podem ser iniciadas. O procedimento acontece quando a bomba, que é acoplada ao braço do paciente, começa a "puxar" o sangue para fora do corpo. Esse sangue passa, então, pela agulha e segue rumo à purificação. Antes disso, no entanto, é aplicada uma dose de heparina (substância que deixa o sangue mais fluído), evita sua coagulação e, por consequência, o bloqueio da bomba. O sangue chega, assim, ao filtro, que corresponde a um cano artificial repleto de poros que filtram as toxinas e sais minerais, posteriormente expelidos pela máquina. Depois de sair do filtro livre de impurezas, o sangue passa por um sistema de segurança que detecta e extrai partículas de oxigênio presentes no sangue. Se essas partículas entrarem na circulação sanguínea, o paciente pode sofrer uma embolia pulmonar, que pode gerar desde desconforto para respirar até uma parada respiratória. Para o tratamento é necessário:  Máquina de hemodiálise – bombeia o sangue;  Linhas de sangue próprias – transportam o sangue;  Dialisador (“rim artificial”) – filtra o sangue;  Acesso vascular - acesso ao sangue corporal. A máquina bombeia o sangue, através das linhas, até ao dialisador. Os produtos tóxicos e a água em excesso do organismo são filtrados pelo dialisador e o “sangue limpo” regressa novamente ao seu organismo. Um médico nefrologista irá definir o seu programa de hemodiálise. Normalmente o tratamento realiza-se três vezes por semana em dias alternados, onde, cada sessão tem uma duração média de 4 horas. A hemodiálise tem a capacidade de
  • 5. filtração igual ao rim humano, dessa forma, uma hora de hemodiálise equivale à uma hora de funcionamento do rim normal. Um rim normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias da semana, perfazendo um total de 168 horas semanais. Portanto, o tratamento com rim artificial deixa o paciente 156 horas semanais sem filtração (168 -12=156). Apesar de realizar somente 12 horas semanais de hemodiálise, já está provado que uma pessoa pode viver bem, com boa qualidade de vida e trabalhar sem problemas. A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta complicações que devem ser evitadas como: hipertensão arterial, anemia severa, descalcificação, desnutrição, hepatite, aumento do peso por excesso de água ingerida e complicações das doenças que o paciente é portador. Por isso, os médicos controlam e tratam os problemas clínicos (edema, pressão alta, tosse, falta de ar, anemia) em cada sessão de hemodiálise. Uma vez por mês solicitam exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, fósforo e ácido úrico e observam o estado dos ossos para evitar a descalcificação. Orientam a dieta controlando as calorias, o sal e as proteínas para o controle da nutrição. Geralmente, a hemodiálise é efetuada num hospital ou numa unidade de diálise num horário fixado de 08h00min as 00h00min. No entanto, algumas unidades facultam-lhe a possibilidade de efetuar o tratamento durante o período noturno. Existe, ainda, a possibilidade de efetuar hemodiálise no domicílio, embora esta modalidade se encontre pouco implementada no nosso país. É uma modalidade de diálise autónoma que permite maior liberdade de horário. Naturalmente, para que ela seja realizada, é indispensável que o estado geral do doente seja razoável, que as sessões terapêuticas decorram sem problemas e que o doente e um parceiro sejam submetidos a um programa de aprendizagem prévio. No Brasil, atualmente, existem 35.000 pacientes fazendo hemodiálise e somente 10% são transplantados anualmente, por isso a lista de espera é muito grande. Os doentes em hemodiálise podem viajar. Para isso, é necessário com antecedência informar o seu centro de diálise para agendar os tratamentos, durante esse período, num centro o mais próximo possível do seu local de férias. Os médicos recomendam alguns cuidados com as fistulas: Obs.: Fistulas = Lesão que pode ser congênita ou adquirida, que tem como característica uma passagem por onde se excretam secreções diversas;  Manter o braço da fístula bem limpo, para evitar infecções.  Fazer exercícios com a mão e o braço onde está a fístula, mas evite carregar pesos ou dormir sobre ele.
  • 6.  Evite garrotear o braço em que está a fístula, para medir a pressão arterial, por exemplo, ou por outros motivos.  Não permita a coleta de sangue ou injeções venosas no braço da fístula.  Caso aconteçam manchas roxas após as punções das fístulas, coloque gelo no primeiro dia e compressas quentes nos dias seguintes.  Evite que as punções terapêuticas sejam feitas sempre no mesmo lugar da fístula. A hemodiálise peritoneal, em vez de usar a circulação extracorpórea, usa a circulação do peritônio, uma membrana que reveste a parede abdominal e as alças intestinais para filtrar o sangue. Por um cateter introduzido no abdômen do paciente, passando uma solução aquosa que, em contato com os pequenos vasos sanguíneos existentes no peritônio, retira as substâncias prejudiciais. Esse sistema é um pouco menos eficiente do que o sistema externo. Por isso, requer mais horas para completar o processo, que é indolor e pode ser realizado pelo próprio paciente. Há alguns tipos distintos de diálise, mas a mais difundida chama-se DPA( Diálise Peritoneal Automática), e é realizada no próprio domicílio do paciente com o auxílio de um equipamento portátil. A DPA tem duração média de 9 horas e pode ser realizada enquanto o paciente dorme todas as noites (sete vezes por semana). O papel do enfermeiro na hemodiálise Inclui a prevenção de agravos por meio da educação do paciente e da assistência integral.O enfermeiro, na hemodiálise, deve assistir o paciente de forma integral, visando-o como um todo, estabelecendo uma relação de confiança e segurança entre o paciente/enfermeiro, priorizando os cuidados necessários. É necessário que o enfermeiro tenha, além da fundamentação científica e de competência técnica, o conhecimento dos aspectos que levem em consideração os sentimentos e as necessidades dos pacientes. O objetivo da assistência de enfermagem neste setor é identificar e monitorar os efeitos adversos da hemodiálise e complicações decorrentes da própria doença, desenvolvendo ações educativas de promoção, prevenção e tratamento. Um aspecto importante a ser considerado pelo enfermeiro é a educação do paciente frente às exigências impostas pelo tratamento, pois o conhecimento mais profundo sobre sua doença, tratamento e possibilidades de reabilitação pode auxiliá-los no enfrentamento de situações estressoras vivenciadas no cotidiano hemodialítico. Há a
  • 7. necessidade de se estabelecer um processo de cuidado humanizado, não fragmentado, pois o ser humano precisa de cuidados em todo o corpo e não somente em uma parte apenas (nos rins), porque o ser humano adoece por inteiro. A equipe de enfermagem deve desenvolver habilidade de observação e diálogo, a fim de situar os problemas vivenciados pelo cliente dentro do seu contexto cultural e social. Em Aracaju duas clinicas que realizam Hemodiálise se destacam, são elas: Nefroclínica e o Hospital do Rim, ambas localizadas no Bairro São José. Referências Bibliográficas: BARROS, Elvino. GONÇALVES, Luiz Felipe. NEFROLOGIA. Edt ARTMED. Ano 2006. MOURA, Souza Mayara Cristina, RAMOS, Vasco Andreia. REVISTA ELETRÔNICA DE ENFERMAGEM DO CENTRO DE ESTUDOS DE ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO. Artigo cientifico. Agosto-Dezembro 2010. PORTAL DA DIÁLISE. Ano 2012. Link: http://www.portaldadialise.com/portal/o-que-e- hemodialise Dr BUSSATO, Otto. REVISTA ABC DA SAÚDE. Ano 2001. Dr DRAUZIO, Varella. Link: http://drauziovarella.com.br/entrevistas-2/dialise-2/ Dr CRUZ, Jenner. Artigo Cientifíco: ATUALIDADES EM NEFROLOGIA.