1. Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 1
2. A Comunicação dos Marginalizados
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 2
3. Luiz Beltrão
Pernambuco (1918 – 1986)
Jornalista
Pioneiro da pesquisa científica sobre os
fenômenos comunicacionais nas universidades
brasileiras
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 3
4. Luiz Beltrão
Teoria do Jornalismo
▪ Buscava “sistematizar a produção do discurso
jornalístico exercido na imprensa” (CASTELO BRANCO,
2000, p. 202, apud. Betti e Gobby, 2014).
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 4
5. Luiz Beltrão
Teoria do Jornalismo
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 5
6. Luiz Beltrão
Teoria da Comunicação
▪ “No Jornalismo, no campo da teoria da Comunicação, da
Literatura, da reportagem foram várias as suas contribuições,
dentre as quais podemos citar: Os senhores do mundo, de
1950, Quilômetro zero, de 1959; Itinerário da China, 1959; As
sombras do ciclone, 1968; Sociedade de massa, comunicação
e literatura, de 1972; Fundamentos científicos da
comunicação, de 1973; A serpente no atalho, 1974;Teoria
geral da comunicação, de 1977; A greve dos desempregados,
1984, Contos de Olanda, 1989;Teoria da comunicação de
massa, 1986; Memória de Olinda, 1996, entre outros”. (BETTI
e Gobby, 2014)
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 6
7. Luiz Beltrão
Teoria da Comunicação
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 7
8. Luiz Beltrão
Primeiro Doutor em Comunicação do Brasil
(Universidade de Brasília - UnB -, 1967)
▪ Folkcomunicação
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 8
10. “Folkcomunicação é um processo de intercâmbio de informações
e de manifestações de opiniões, de idéias e de atitudes da massa,
através de agentes e meios ligados direta ou indiretamente ao
folclore (BELTRÃO, 2004), preenchendo o espaço deixado pela
comunicação de massa, que não atinge essas audiências
específicas.” (Betti e Gobby, 2014).
“É um misto entre o folclore e a comunicação. Mas para Beltrão o
folclore não é do tipo fóssil, histórico, sem vida, ao contrário. Essas
mensagens carregam em seu bojo a cultura viva de um povo e
principalmente os processos cotidianos de comunicação,
utilizados não só pelas classes marginalizadas, mas por todos
aqueles que buscam nas manifestações culturais formas reais de
comunicação.” (IDEM)
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 10
11. Comunicação – Processo que perpassa a
mídia
Quais tipos de mecanismos que os grupos
marginalizados ou não utilizam para se
manterem informados e se comunicarem?
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 11
12. Folclore + Comunidade + Comunicação
Pressuposto:Veículos de comunicação
convencionais não apenas não influenciam
muitas comunidades como sequer as
alcançam.
Grupos têm suas próprias formas de
comunicação em processos e produtos
culturais
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 12
13. Meios informais - símbolos, ritos,
manifestações populares, linguagem,
imagens – “se tornam mecanismos tão
rotineiros para obtenção de informação e
transmissão de opinião como o de um
cidadão urbano ler seu jornal favorito.” (Betti
e Gobby, 2014).
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 13
14. Cordel
Artesanato
Ex-votos
Danças
Para-choque de caminhão
Escritos em banheiros
Festas populares
Cultura Hip Hop
(...)
Deixam de ser apenas produtos regionais para se
transformar em manifestações de comunicação, de
transmissão de informações intragrupal e interpessoal.
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 14
15. Teoria
Paul Felix Lazarsfeld: no processo da
comunicação coletiva há duas etapas
significativas: a do comunicador ao líder de
opinião e a deste ao receptor comum.
▪ “Two steps flow of communications”
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 15
16. Teoria
▪ “Two steps flow of communications”
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 16
17. Os líderes se tornam comunicadores e transmitem
uma mensagem através de um canal folk.
Audiência folk – receptores da mensagem do líder folk
Marginalizados da sociedade
▪ “um indivíduo à margem de duas culturas e de duas sociedades que
nunca se interpenetraram e fundiram totalmente” (BELTRÃO, 1980,
P. 39)
▪ Rurais marginalizados
▪ Urbanos marginalizados
▪ Culturalmente marginalizados
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 17
18. Rurais marginalizados
“habitantes de áreas isoladas (carentes de energia elétrica, vias de
transporte eficientes e meios de comunicação industrializados),
subinformados, desassistidos ou precariamente contatados pelas
instituições propulsoras da evolução social e, em conseqüência,
alheios às metas de desenvolvimento perseguidas pelas classes
dirigentes do país”. (BELTRÃO, 1980, p. 39).
São na maioria dos casos analfabetas ou semi-analfabetas
Vocabulário peculiar, reduzido e extremamente regional
Comunicação:
▪ Canais interpessoais diretos
▪ Contos e causos
▪ Oralidade – família e líderes
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 18
19. Rurais marginalizados
Oportunidades de comunicação
▪ Celebrações de efemérides religiosas
▪ Atividades coletivas de produção e comércio
▪ Feiras / Exposições
▪ Vaquejada e Rodeio
▪ Catira e Xaxado
▪ Mutirão
▪ Artesanato
20. Urbanos marginalizados
Reduzido poder aquisitivo devido à baixa renda
“indivíduos que recebem pequenos salários, em
empregos ou subempregos que não exigem mão-de-
obra especializada, como construção civil, estiva,
limpeza e conservação de edifícios, oficinas de
reparos, trabalhos domésticos, ofícios e atividades as
mais modestas (engraxates, remendões, bombeiros,
ambulantes, olheiros e lavadores de carro etc.).Além
de pequenos negociantes, servidores públicos
subalternos, aposentados, menores sem ocupação,
biscateiros e pessoas que vivem de expedientes
ilegais” (CORNIANI, 2014, p. 4)
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 20
21. Urbanos marginalizados
Concentram-se em favelas, construções populares de baixo
custo ou nenhum custo em áreas periféricas dos centros
urbanos.
Problemas com moradia e transporte
Baixo nível educacional – falta de $ ou incentivo
Têm acesso limitado aos meios de comunicação de massa,
principalmente devido a sua dificuldade na decodificação de
suas mensagens
Incompatibilidade da realidade que estes meios passam com a
realidade em que estas pessoas vivem
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 21
22. Urbanos marginalizados
Oportunidades de comunicação
▪ Festas Religiosas Urbanas (padroeiros)
▪ Modernização dos Cultos
▪ Celebrações Cívicas (Dia da Pátria, etc.)
▪ Carnaval (maracatu, samba, frevo)
23. Culturalmente marginalizados
Indivíduos que contestam a cultura e a organização
social estabelecida
Política ou filosofia contraposta à que está em
vigência.
▪ 3 tipos:
▪ Messiânico
▪ Político-ativista
▪ Erótico-pornográfico
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 23
24. Culturalmente marginalizados
Messiânico
▪ “Seguidores de um líder carismático, cujas idéias
religiosas representam contrafações, adulterações,
exacerbações ou interpretações personalíssimas de
dogmas e tradições consagradas pelas crenças ou
denominações religiosas estabelecidas e vigentes no
universo da comunicação social”. (BELTRÃO, 1980, p.
103).
▪ (Antonio Conselheiro, Padre Cícero, Frei Damião, Chico Xavier)
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 24
25. Culturalmente marginalizados
Político-ativista
▪ “Tem ideologia que a comunidade, em sua grande
maioria, considera exótica ou insuportável. São
indivíduos decididos a manter estruturas de dominação
e opressão vigentes ou revolucionar a ordem política e
social em que se fundamentam as relações entre os
cidadãos, empregando a força como a arma principal
para impor suas diretrizes”. (BELTRÃO, 1980, p. 104).
▪ (Lampião,Zumbi dos Palmares)
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 25
26. Culturalmente marginalizados
Erótico-pornográficos
▪ “não aceitam a moral e os costumes que a comunidade
adota como sadios, propondo-se a reformá-los em
nome de uma liberdade que não conhece limites à
satisfação dos desejos sexuais e prática hedônicas
consideradas perniciosas pela ética social em vigor”.
(BELTRÃO, 1980, p. 104).
▪ (homossexualismo, grafitos nos sanitários, legendas de
caminhão)
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 26
27. Evolução
Alunos de Beltrão
Disciplina instituída nas Universidades
Pós-graduação
Núcleos de Pesquisa
GPs em Encontros e Congressos
08/04/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Comunicação Comunitária 27