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Câncer no idoso
O câncer é caracterizado pela proliferação
celular descontrolada. Quando as células em
uma determinada região do corpo se dividem
sem controle formando um tecido excedente
denominado tumor que pode ser maligno ou
benigno. Os tumores malignos tem capacidade
de sofrer metástases, que é a propagação das
células cancerosas para outra parte do corpo,
enquanto um tumor benigno não forma
metástases.
Vários fatores podem influenciar no crescimento
desordenado das células, fazendo com que se
tornem cancerosas, como agentes ambientais:
substancias presentes no ar, na agua e nos
alimentos.
Como avaliar o Estado
Nutricional do idoso
oncológico?
A escolha dos instrumentos mais adequados
para a AN do paciente oncológico idoso é
fundamental para a definição de condutas
nutricionais apropriadas.
Entre os parâmetros antropométricos, o IMC, a
CP, CB, CMB e PCT são os mais indicados.
A Avaliação Subjetiva Global – Produzida pelo
Próprio Paciente (ASG-PPP) deve ser o
instrumento de primeira escolha sempre que
possível na internação; além disso, durante a
internação ou, ambulatorialmente, uma
anamnese detalhada com dados clínicos e
dietéticos deve ser feita.
Com que frequência
avaliar o idoso?
• Em pacientes internados: anamnese alimentar,
exames físico e clínico diariamente com RN ou
desnutrição.
• Antropometria em até 48 h da internação e a cada
sete dias sem RN ou desnutrição.
• Antropometria após sete dias de internação e
semanalmente.
• Ambulatorialmente: mensalmente, para pacientes
sem RN e, quinzenalmente, para pacientes com RN.
Todos os pacientes devem ser avaliados com
frequência definida pelo RN.
Recomendações Nutricionais
para o paciente com CA
No tratamento oncológico são utilizados
métodos adequados para avaliar
requerimentos nutricionais. Na estimativa
das necessidades energéticas pode-se
utilizar o método simplificado, que
considera calorias por quilo de peso
corpóreo de acordo com o atual estado
nutricional do paciente (MARTINS;
CARDOSO, 2000).
Nas recomendações de necessidades
proteicas são considerados vários fatores,
especialmente a condição metabólica em
que se situa o idoso com câncer,
diferenciando as necessidades conforme
condições do estresse (MELO, 2006).
A oferta de líquidos deve ser
individualizada acrescentando perdas
dinâmicas e descontando retenções
hídricas. Em razão da diminuição da
sensação de sede, o idoso está propício à
desidratação, principalmente com
alimentação hiperosmolar (WEITZBERG,
2004).
Suas necessidades hídricas podem ser
atendidas com 25 a 30 ml/kg peso/dia e
deve ser administrada de acordo com a
tolerância e a sintomatologia do paciente
(MARTINS; CARDOSO, 2000).
A quimioterapia pode favorecer
modificações absortivas de vitaminas e
minerais (QT) (SILVA, 2009), portanto é
recomendado usar as Dietary Reference
Intakes (DRI)/2002, através da alimentação
equilibrada e somente utilizar
complementos/suplementos nutricionais
quando a inadequação da ingestão
prosseguir.
Quando indicar terapia
nutricional no idoso com
câncer?
• A terapia Nutricional é fundamental por
ofertar proteínas, energia, vitaminas, minerais
e água necessários aos indivíduos que estão
temporariamente, incapazes de ingerir, digerir,
absorver, distribuir ou armazenar energia, e
tem como objetivo manter o estado
nutricional do paciente.
Em idosos oncológicos cirúrgico ou clinico a
terapia nutricional dever ter inicio logo após o
diagnóstico de risco nutricional ou de
desnutrição, desde que estejam
hemodinamicamente estáveis em um período
de sete dias.
A terapia nutricional enteral via oral ou sonda
• indicada quando o paciente se encontra com o trato
gastrointestinal funcionalmente preservado .
• É usada como auxilio no tratamento durante a terapia
antineoplásica.
 Via oral: Ingestão alimentar for < 75% das recomendações
por 5 dias
 Via sonda: Quando a Ingestão oral < 60% das
recomendações por 5 dias
 Parenteral: Quando há impossibilidade total ou parcial de
uso do TGI
Quando a terapia Nutricional deve ser
suspendida?
 Via oral:
• Inviabilidade da via,
• recusa do paciente e
• intolerância
 Via Enteral:
• Instabilidade hemodinâmica,
• diarreia grave,
• vômitos e
• inviabilidade da via de acesso.
 Parenteral: instabilidade
hemodinâmica
Como deve ocorrer o desmame?
 Via oral: quando a ingestão alimentar
convencional for > 75% do GET por cinco dias
consecutivos
 Via Enteral: Deve ocorrer progressivamente na
medida em que o paciente mostrar melhora na
ingestão alimentar convencional.
 Parenteral: Quando for possível a utilização do
trato gastrointestinal
Conduta nutricional na xerostomia,
diarreia, constipação intestinal,
odinofagia, saciedade precoce e na
neutropenia no paciente
oncológico.
Xerostomia: Conscientizar o paciente da necessidade de
comer, apesar da xerostomia. Estimular a ingestão de
alimentos mais prazerosos; adequar os alimentos
conforme aceitação, ajustando a consistência; quando
necessário, utilizar complementos nutricionais
industrializados com flavorizantes cítricos. Orientar o
paciente a: Preparar pratos visualmente agradáveis e
coloridos, utilizar gotas de limão nas saladas e bebida,
ingerir líquidos junto com as refeições para facilitar a
mastigação e deglutição, adicionar caldos e molhos às
preparações, dar preferência a alimentos umedecidos,
usar ervas aromáticas como tempero nas preparações,
evitando sal e condimentos em excesso e mastigar e
chupar gelo feito de água, água de coco e suco de fruta
adoçado.
Diarreia:
• Fazer de 6 a 8 refeições ao dia apesar da
diarreia.
• Fracionar a dieta
• Avaliar a necessidade de restrição de lactose,
sacarose, glúten, cafeína e teína;
• Considerar o uso de prebiótico, probiótico ou
simbiótico;
• Orientar o paciente a evitar alimentos
flatulentos e hiperosmolare;
• Dieta pobre em fibras insolúveis e adequada
em fibras solúveis e
• Ingerir líquidos isotônicos
Constipação Intestinal:
• Conscientizar o paciente a fazer todas as
refeições apesar da constipação.
• Orientar a ingestão de alimentos ricos em
fibras e com características laxativas;
• Considerar o uso de prebiótico, probiótico ou
simbiótico;
• Considerar a utilização de módulo fibra
dietética mista;
• Estimular a ingestão hídrica conforme
recomendações.
Odinofagia: Conscientizar o paciente da necessidade de
comer, apesar da odinofagia. Modificar a consistência da
dieta de acordo com a aceitação do paciente (intensidade
da dor); aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o
volume por refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia;
quando necessário, utilizar complementos nutricionais
com flavorizantes não cítricos; orientar o paciente a:
Evitar alimentos secos e duros, utilizar alimentos em
temperatura ambiente, utilizar dieta hipolipídica, diminuir
o sal das preparações, dar preferência a alimentos na
consistência pastosa (carnes macias, bem cozidas,
picadas, desfiadas ou moídas) ou liquidificados , usar
papas de frutas e sucos não ácidos , mastigar bem os
alimentos evitando a aerofagia e evitar condimentos
ácidos que possam irritar a mucosa
Saciedade Precoce: Conscientizar o paciente da necessidade de
comer, apesar da saciedade precoce. Modificar a consistência da
dieta, se necessário, dando preferência a alimentos abrandados;
aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o volume por
refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia ; aumentar a
densidade calórica das refeições; orientar o paciente a: Dar
preferência à ingestão de legumes cozidos e frutas sem casca e
bagaço, priorizar sucos mistos de legumes com frutas, ao invés de
ingerir separadamente na forma in natura, dar preferência à
ingestão de grãos em geral liquidificados ou somente o caldo da
preparação destes, não ingerir líquidos durante as refeições, utilizar
ervas aromáticas e condimentos nas preparações, diminuir o sal
das preparações, utilizar carnes magras, cozidas, picadas, desfiadas
ou moídas, evitar alimentos e preparações hiperlipídicas , manter
cabeceira elevada (45°) durante e após as refeições, evitar a
ingestão de café, bebidas alcoólicas, refrigerantes ou qualquer
bebida gaseificada
• Neutropenia moderada (neutrófilos entre 1.500
e 500 células/mm3 ): Não se recomenda o uso
de probióticos, orientar o paciente a: Higienizar
frutas e verduras com sanitizantes, utilizar água
potável filtrada ou fervida, ingerir apenas frutas
de casca grossa, consumindo apenas a polpa ,
ingerir frutas de casca fina somente cozidas,
ingerir vegetais, condimentos, oleaginosas e
grãos somente coccionados, ingerir leites e
derivados somente pasteurizados , ingerir carnes
e ovos somente bem coccionados, utilizar
preparações produzidas por estabelecimentos
que tenham todos os cuidados adequados à
segurança alimentar.
• Neutropenia grave (neutrófilos < 500
células/mm3 ): Orientar a utilização de dieta
“baixa bactéria” (alimentos bem coccionados),
não se recomenda o uso de probióticos.
Orientar o paciente a: Ingerir alimentos
processados em embalagens individuais,
utilizar preparações produzidas por
estabelecimentos que tenham todos os
cuidados adequados à segurança alimentar.
4º NUAD
Jenifer Beier
Larissa Beggi
Brendha Soares
Jeniffer Carneiro

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Terapia Nutricional no idoso com câncer

  • 2. O câncer é caracterizado pela proliferação celular descontrolada. Quando as células em uma determinada região do corpo se dividem sem controle formando um tecido excedente denominado tumor que pode ser maligno ou benigno. Os tumores malignos tem capacidade de sofrer metástases, que é a propagação das células cancerosas para outra parte do corpo, enquanto um tumor benigno não forma metástases.
  • 3. Vários fatores podem influenciar no crescimento desordenado das células, fazendo com que se tornem cancerosas, como agentes ambientais: substancias presentes no ar, na agua e nos alimentos.
  • 4. Como avaliar o Estado Nutricional do idoso oncológico?
  • 5. A escolha dos instrumentos mais adequados para a AN do paciente oncológico idoso é fundamental para a definição de condutas nutricionais apropriadas. Entre os parâmetros antropométricos, o IMC, a CP, CB, CMB e PCT são os mais indicados.
  • 6. A Avaliação Subjetiva Global – Produzida pelo Próprio Paciente (ASG-PPP) deve ser o instrumento de primeira escolha sempre que possível na internação; além disso, durante a internação ou, ambulatorialmente, uma anamnese detalhada com dados clínicos e dietéticos deve ser feita.
  • 8. • Em pacientes internados: anamnese alimentar, exames físico e clínico diariamente com RN ou desnutrição. • Antropometria em até 48 h da internação e a cada sete dias sem RN ou desnutrição. • Antropometria após sete dias de internação e semanalmente. • Ambulatorialmente: mensalmente, para pacientes sem RN e, quinzenalmente, para pacientes com RN. Todos os pacientes devem ser avaliados com frequência definida pelo RN.
  • 10. No tratamento oncológico são utilizados métodos adequados para avaliar requerimentos nutricionais. Na estimativa das necessidades energéticas pode-se utilizar o método simplificado, que considera calorias por quilo de peso corpóreo de acordo com o atual estado nutricional do paciente (MARTINS; CARDOSO, 2000).
  • 11. Nas recomendações de necessidades proteicas são considerados vários fatores, especialmente a condição metabólica em que se situa o idoso com câncer, diferenciando as necessidades conforme condições do estresse (MELO, 2006).
  • 12. A oferta de líquidos deve ser individualizada acrescentando perdas dinâmicas e descontando retenções hídricas. Em razão da diminuição da sensação de sede, o idoso está propício à desidratação, principalmente com alimentação hiperosmolar (WEITZBERG, 2004).
  • 13. Suas necessidades hídricas podem ser atendidas com 25 a 30 ml/kg peso/dia e deve ser administrada de acordo com a tolerância e a sintomatologia do paciente (MARTINS; CARDOSO, 2000).
  • 14. A quimioterapia pode favorecer modificações absortivas de vitaminas e minerais (QT) (SILVA, 2009), portanto é recomendado usar as Dietary Reference Intakes (DRI)/2002, através da alimentação equilibrada e somente utilizar complementos/suplementos nutricionais quando a inadequação da ingestão prosseguir.
  • 15. Quando indicar terapia nutricional no idoso com câncer?
  • 16. • A terapia Nutricional é fundamental por ofertar proteínas, energia, vitaminas, minerais e água necessários aos indivíduos que estão temporariamente, incapazes de ingerir, digerir, absorver, distribuir ou armazenar energia, e tem como objetivo manter o estado nutricional do paciente.
  • 17. Em idosos oncológicos cirúrgico ou clinico a terapia nutricional dever ter inicio logo após o diagnóstico de risco nutricional ou de desnutrição, desde que estejam hemodinamicamente estáveis em um período de sete dias.
  • 18. A terapia nutricional enteral via oral ou sonda • indicada quando o paciente se encontra com o trato gastrointestinal funcionalmente preservado . • É usada como auxilio no tratamento durante a terapia antineoplásica.  Via oral: Ingestão alimentar for < 75% das recomendações por 5 dias  Via sonda: Quando a Ingestão oral < 60% das recomendações por 5 dias  Parenteral: Quando há impossibilidade total ou parcial de uso do TGI
  • 19. Quando a terapia Nutricional deve ser suspendida?  Via oral: • Inviabilidade da via, • recusa do paciente e • intolerância  Via Enteral: • Instabilidade hemodinâmica, • diarreia grave, • vômitos e • inviabilidade da via de acesso.  Parenteral: instabilidade hemodinâmica
  • 20. Como deve ocorrer o desmame?  Via oral: quando a ingestão alimentar convencional for > 75% do GET por cinco dias consecutivos  Via Enteral: Deve ocorrer progressivamente na medida em que o paciente mostrar melhora na ingestão alimentar convencional.  Parenteral: Quando for possível a utilização do trato gastrointestinal
  • 21. Conduta nutricional na xerostomia, diarreia, constipação intestinal, odinofagia, saciedade precoce e na neutropenia no paciente oncológico.
  • 22. Xerostomia: Conscientizar o paciente da necessidade de comer, apesar da xerostomia. Estimular a ingestão de alimentos mais prazerosos; adequar os alimentos conforme aceitação, ajustando a consistência; quando necessário, utilizar complementos nutricionais industrializados com flavorizantes cítricos. Orientar o paciente a: Preparar pratos visualmente agradáveis e coloridos, utilizar gotas de limão nas saladas e bebida, ingerir líquidos junto com as refeições para facilitar a mastigação e deglutição, adicionar caldos e molhos às preparações, dar preferência a alimentos umedecidos, usar ervas aromáticas como tempero nas preparações, evitando sal e condimentos em excesso e mastigar e chupar gelo feito de água, água de coco e suco de fruta adoçado.
  • 23. Diarreia: • Fazer de 6 a 8 refeições ao dia apesar da diarreia. • Fracionar a dieta • Avaliar a necessidade de restrição de lactose, sacarose, glúten, cafeína e teína; • Considerar o uso de prebiótico, probiótico ou simbiótico; • Orientar o paciente a evitar alimentos flatulentos e hiperosmolare; • Dieta pobre em fibras insolúveis e adequada em fibras solúveis e • Ingerir líquidos isotônicos
  • 24. Constipação Intestinal: • Conscientizar o paciente a fazer todas as refeições apesar da constipação. • Orientar a ingestão de alimentos ricos em fibras e com características laxativas; • Considerar o uso de prebiótico, probiótico ou simbiótico; • Considerar a utilização de módulo fibra dietética mista; • Estimular a ingestão hídrica conforme recomendações.
  • 25. Odinofagia: Conscientizar o paciente da necessidade de comer, apesar da odinofagia. Modificar a consistência da dieta de acordo com a aceitação do paciente (intensidade da dor); aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o volume por refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia; quando necessário, utilizar complementos nutricionais com flavorizantes não cítricos; orientar o paciente a: Evitar alimentos secos e duros, utilizar alimentos em temperatura ambiente, utilizar dieta hipolipídica, diminuir o sal das preparações, dar preferência a alimentos na consistência pastosa (carnes macias, bem cozidas, picadas, desfiadas ou moídas) ou liquidificados , usar papas de frutas e sucos não ácidos , mastigar bem os alimentos evitando a aerofagia e evitar condimentos ácidos que possam irritar a mucosa
  • 26. Saciedade Precoce: Conscientizar o paciente da necessidade de comer, apesar da saciedade precoce. Modificar a consistência da dieta, se necessário, dando preferência a alimentos abrandados; aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o volume por refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia ; aumentar a densidade calórica das refeições; orientar o paciente a: Dar preferência à ingestão de legumes cozidos e frutas sem casca e bagaço, priorizar sucos mistos de legumes com frutas, ao invés de ingerir separadamente na forma in natura, dar preferência à ingestão de grãos em geral liquidificados ou somente o caldo da preparação destes, não ingerir líquidos durante as refeições, utilizar ervas aromáticas e condimentos nas preparações, diminuir o sal das preparações, utilizar carnes magras, cozidas, picadas, desfiadas ou moídas, evitar alimentos e preparações hiperlipídicas , manter cabeceira elevada (45°) durante e após as refeições, evitar a ingestão de café, bebidas alcoólicas, refrigerantes ou qualquer bebida gaseificada
  • 27. • Neutropenia moderada (neutrófilos entre 1.500 e 500 células/mm3 ): Não se recomenda o uso de probióticos, orientar o paciente a: Higienizar frutas e verduras com sanitizantes, utilizar água potável filtrada ou fervida, ingerir apenas frutas de casca grossa, consumindo apenas a polpa , ingerir frutas de casca fina somente cozidas, ingerir vegetais, condimentos, oleaginosas e grãos somente coccionados, ingerir leites e derivados somente pasteurizados , ingerir carnes e ovos somente bem coccionados, utilizar preparações produzidas por estabelecimentos que tenham todos os cuidados adequados à segurança alimentar.
  • 28. • Neutropenia grave (neutrófilos < 500 células/mm3 ): Orientar a utilização de dieta “baixa bactéria” (alimentos bem coccionados), não se recomenda o uso de probióticos. Orientar o paciente a: Ingerir alimentos processados em embalagens individuais, utilizar preparações produzidas por estabelecimentos que tenham todos os cuidados adequados à segurança alimentar.
  • 29. 4º NUAD Jenifer Beier Larissa Beggi Brendha Soares Jeniffer Carneiro