2. O câncer é caracterizado pela proliferação
celular descontrolada. Quando as células em
uma determinada região do corpo se dividem
sem controle formando um tecido excedente
denominado tumor que pode ser maligno ou
benigno. Os tumores malignos tem capacidade
de sofrer metástases, que é a propagação das
células cancerosas para outra parte do corpo,
enquanto um tumor benigno não forma
metástases.
3. Vários fatores podem influenciar no crescimento
desordenado das células, fazendo com que se
tornem cancerosas, como agentes ambientais:
substancias presentes no ar, na agua e nos
alimentos.
5. A escolha dos instrumentos mais adequados
para a AN do paciente oncológico idoso é
fundamental para a definição de condutas
nutricionais apropriadas.
Entre os parâmetros antropométricos, o IMC, a
CP, CB, CMB e PCT são os mais indicados.
6. A Avaliação Subjetiva Global – Produzida pelo
Próprio Paciente (ASG-PPP) deve ser o
instrumento de primeira escolha sempre que
possível na internação; além disso, durante a
internação ou, ambulatorialmente, uma
anamnese detalhada com dados clínicos e
dietéticos deve ser feita.
8. • Em pacientes internados: anamnese alimentar,
exames físico e clínico diariamente com RN ou
desnutrição.
• Antropometria em até 48 h da internação e a cada
sete dias sem RN ou desnutrição.
• Antropometria após sete dias de internação e
semanalmente.
• Ambulatorialmente: mensalmente, para pacientes
sem RN e, quinzenalmente, para pacientes com RN.
Todos os pacientes devem ser avaliados com
frequência definida pelo RN.
10. No tratamento oncológico são utilizados
métodos adequados para avaliar
requerimentos nutricionais. Na estimativa
das necessidades energéticas pode-se
utilizar o método simplificado, que
considera calorias por quilo de peso
corpóreo de acordo com o atual estado
nutricional do paciente (MARTINS;
CARDOSO, 2000).
11. Nas recomendações de necessidades
proteicas são considerados vários fatores,
especialmente a condição metabólica em
que se situa o idoso com câncer,
diferenciando as necessidades conforme
condições do estresse (MELO, 2006).
12. A oferta de líquidos deve ser
individualizada acrescentando perdas
dinâmicas e descontando retenções
hídricas. Em razão da diminuição da
sensação de sede, o idoso está propício à
desidratação, principalmente com
alimentação hiperosmolar (WEITZBERG,
2004).
13. Suas necessidades hídricas podem ser
atendidas com 25 a 30 ml/kg peso/dia e
deve ser administrada de acordo com a
tolerância e a sintomatologia do paciente
(MARTINS; CARDOSO, 2000).
14. A quimioterapia pode favorecer
modificações absortivas de vitaminas e
minerais (QT) (SILVA, 2009), portanto é
recomendado usar as Dietary Reference
Intakes (DRI)/2002, através da alimentação
equilibrada e somente utilizar
complementos/suplementos nutricionais
quando a inadequação da ingestão
prosseguir.
16. • A terapia Nutricional é fundamental por
ofertar proteínas, energia, vitaminas, minerais
e água necessários aos indivíduos que estão
temporariamente, incapazes de ingerir, digerir,
absorver, distribuir ou armazenar energia, e
tem como objetivo manter o estado
nutricional do paciente.
17. Em idosos oncológicos cirúrgico ou clinico a
terapia nutricional dever ter inicio logo após o
diagnóstico de risco nutricional ou de
desnutrição, desde que estejam
hemodinamicamente estáveis em um período
de sete dias.
18. A terapia nutricional enteral via oral ou sonda
• indicada quando o paciente se encontra com o trato
gastrointestinal funcionalmente preservado .
• É usada como auxilio no tratamento durante a terapia
antineoplásica.
Via oral: Ingestão alimentar for < 75% das recomendações
por 5 dias
Via sonda: Quando a Ingestão oral < 60% das
recomendações por 5 dias
Parenteral: Quando há impossibilidade total ou parcial de
uso do TGI
19. Quando a terapia Nutricional deve ser
suspendida?
Via oral:
• Inviabilidade da via,
• recusa do paciente e
• intolerância
Via Enteral:
• Instabilidade hemodinâmica,
• diarreia grave,
• vômitos e
• inviabilidade da via de acesso.
Parenteral: instabilidade
hemodinâmica
20. Como deve ocorrer o desmame?
Via oral: quando a ingestão alimentar
convencional for > 75% do GET por cinco dias
consecutivos
Via Enteral: Deve ocorrer progressivamente na
medida em que o paciente mostrar melhora na
ingestão alimentar convencional.
Parenteral: Quando for possível a utilização do
trato gastrointestinal
21. Conduta nutricional na xerostomia,
diarreia, constipação intestinal,
odinofagia, saciedade precoce e na
neutropenia no paciente
oncológico.
22. Xerostomia: Conscientizar o paciente da necessidade de
comer, apesar da xerostomia. Estimular a ingestão de
alimentos mais prazerosos; adequar os alimentos
conforme aceitação, ajustando a consistência; quando
necessário, utilizar complementos nutricionais
industrializados com flavorizantes cítricos. Orientar o
paciente a: Preparar pratos visualmente agradáveis e
coloridos, utilizar gotas de limão nas saladas e bebida,
ingerir líquidos junto com as refeições para facilitar a
mastigação e deglutição, adicionar caldos e molhos às
preparações, dar preferência a alimentos umedecidos,
usar ervas aromáticas como tempero nas preparações,
evitando sal e condimentos em excesso e mastigar e
chupar gelo feito de água, água de coco e suco de fruta
adoçado.
23. Diarreia:
• Fazer de 6 a 8 refeições ao dia apesar da
diarreia.
• Fracionar a dieta
• Avaliar a necessidade de restrição de lactose,
sacarose, glúten, cafeína e teína;
• Considerar o uso de prebiótico, probiótico ou
simbiótico;
• Orientar o paciente a evitar alimentos
flatulentos e hiperosmolare;
• Dieta pobre em fibras insolúveis e adequada
em fibras solúveis e
• Ingerir líquidos isotônicos
24. Constipação Intestinal:
• Conscientizar o paciente a fazer todas as
refeições apesar da constipação.
• Orientar a ingestão de alimentos ricos em
fibras e com características laxativas;
• Considerar o uso de prebiótico, probiótico ou
simbiótico;
• Considerar a utilização de módulo fibra
dietética mista;
• Estimular a ingestão hídrica conforme
recomendações.
25. Odinofagia: Conscientizar o paciente da necessidade de
comer, apesar da odinofagia. Modificar a consistência da
dieta de acordo com a aceitação do paciente (intensidade
da dor); aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o
volume por refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia;
quando necessário, utilizar complementos nutricionais
com flavorizantes não cítricos; orientar o paciente a:
Evitar alimentos secos e duros, utilizar alimentos em
temperatura ambiente, utilizar dieta hipolipídica, diminuir
o sal das preparações, dar preferência a alimentos na
consistência pastosa (carnes macias, bem cozidas,
picadas, desfiadas ou moídas) ou liquidificados , usar
papas de frutas e sucos não ácidos , mastigar bem os
alimentos evitando a aerofagia e evitar condimentos
ácidos que possam irritar a mucosa
26. Saciedade Precoce: Conscientizar o paciente da necessidade de
comer, apesar da saciedade precoce. Modificar a consistência da
dieta, se necessário, dando preferência a alimentos abrandados;
aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o volume por
refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia ; aumentar a
densidade calórica das refeições; orientar o paciente a: Dar
preferência à ingestão de legumes cozidos e frutas sem casca e
bagaço, priorizar sucos mistos de legumes com frutas, ao invés de
ingerir separadamente na forma in natura, dar preferência à
ingestão de grãos em geral liquidificados ou somente o caldo da
preparação destes, não ingerir líquidos durante as refeições, utilizar
ervas aromáticas e condimentos nas preparações, diminuir o sal
das preparações, utilizar carnes magras, cozidas, picadas, desfiadas
ou moídas, evitar alimentos e preparações hiperlipídicas , manter
cabeceira elevada (45°) durante e após as refeições, evitar a
ingestão de café, bebidas alcoólicas, refrigerantes ou qualquer
bebida gaseificada
27. • Neutropenia moderada (neutrófilos entre 1.500
e 500 células/mm3 ): Não se recomenda o uso
de probióticos, orientar o paciente a: Higienizar
frutas e verduras com sanitizantes, utilizar água
potável filtrada ou fervida, ingerir apenas frutas
de casca grossa, consumindo apenas a polpa ,
ingerir frutas de casca fina somente cozidas,
ingerir vegetais, condimentos, oleaginosas e
grãos somente coccionados, ingerir leites e
derivados somente pasteurizados , ingerir carnes
e ovos somente bem coccionados, utilizar
preparações produzidas por estabelecimentos
que tenham todos os cuidados adequados à
segurança alimentar.
28. • Neutropenia grave (neutrófilos < 500
células/mm3 ): Orientar a utilização de dieta
“baixa bactéria” (alimentos bem coccionados),
não se recomenda o uso de probióticos.
Orientar o paciente a: Ingerir alimentos
processados em embalagens individuais,
utilizar preparações produzidas por
estabelecimentos que tenham todos os
cuidados adequados à segurança alimentar.