2. •
Escolher os melhores alimentos para a nossa mesa nem sempre é tarefa fácil
e exige uma disciplina rigorosa que aposte na descoberta dos sabores
naturais e variados que a natureza tem para nos oferecer. Uma
alimentação saudável é uma alimentação variada.
Mas é igualmente importante saber preparar corretamente os alimentos
para as refeições, respeitando cuidados de higiene e de conservação que
previnam a contaminação alimentar e garantam uma maior frescura dos
produtos.
Aqui se relembram alguns conselhos:
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Inicie o seu dia com um pequeno-almoço completo, equilibrado e
saudável.
Coma de três em três horas. Não salte refeições. Não coma demais.
Reduza o consumo de sal. Opte por usar ervas aromáticas e especiarias
para que os seus cozinhados fiquem mais apetitosos.
Coma mais legumes, mais hortícolas e mais frutas
Beba água simples em abundância ao longo do dia! Evite as bebidas
alcoólicas.
Modere a ingestão de açúcar.
Privilegie o azeite, tanto para cozinhar, como para temperar os pratos.
3.
4.
Quais os hábitos dos portugueses que mais prejudicam a
saúde?
Se virmos a saúde como um todo, eu começaria pelos
hábitos psicológicos, pois a complexidade destes hábitos
é o que mais nos distingue dos outros
animais. A evolução das nossas sociedades, desde os
tempos da organização tribal até à corrente sociedade
virtual, tem exigido uma extraordinária capacidade de
adaptação psicológica.
Uma das causas de stress diário na nossa sociedade
portuguesa é a condução automobilística. É um drama
quando vejo à porta duma escola, uma cruz preta com
o nome de uma jovem, a KiKA, a qual, insensatamente,
atravessou a rua a correr. O carro, que ia a passar
depressa demais, não lhe partiu a perna mas matou-a.
Terrível castigo!
Ainda no campo da psicologia, eu diria que o tempo de
convívio familiar onde as palavras traziam histórias que
ressoavam nas paredes das nossas casas e nas quais nos
revíamos, nos analisávamos e nos repensávamos, foi
engolido pelo som da TV. A nossa saúde individual
depende do equilíbrio, da energia, da criatividade, dos
grupos a que pertencemos. A família ainda é a nossa
unidade social básica e encontra-se atualmente em
sofrimento, pondo em causa as estruturas de segurança
de que tanto dependemos psicologicamente.
5.
Comer rápido, ingerir líquidos durante a
alimentação, ficar em jejum por muitas horas e depois
exagerar na comida, enfim, são vários os maus hábitos
alimentares das pessoas que tornam a saúde destas
cada vez mais frágil. Manter uma rotina alimentar
pode ser uma solução. É a partir da mudança para
melhor desses hábitos, que o indivíduo pode começar
a perder peso, e ver melhoras consideráveis
até, mesmo na sua disposição para as tarefas do
cotidiano.
Ingerir alimentos saudáveis e de forma correta é o
ideal. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), hoje, o alimento mais
ingerido pelo brasileiro é o café, de acordo com uma
pesquisa do órgão, em média cada pessoa bebe
entre quatro e cinco cafezinhos por dia. O feijão fica
em segundo lugar, com cerca de cindo conchas
diárias, e o arroz uma concha e meia, logo após o
feijão. O ato de alimentar inclui não somente o
preparo e o consumo dos alimentos, mas também a
busca e a escolha. Os fatores econômicos e sociais
também estão associados à forma como as pessoas
se alimentam. Além disso, há aspetos culturais de
6.
A Anorexia é um distúrbio alimentar que pode gerar
sérios problemas de saúde. Ela costuma ser motivada por
problemas psicológicos, já que o doente pára de se
alimentar devido ao fato de ver uma imagem destorcida
do seu corpo, imaginando ter mais peso do que
realmente possui.
As adolescentes são as que mais sofrem com a anorexia,
elas não conseguem entender as mudanças que
acontecem no corpo e por isso desenvolvem a doença.
Paralelamente também há a bulimia, um transtorno onde
acontecem vômitos forçados para a eliminação dos
alimentos.
Uma pessoa que sofre de anorexia tem mais chances de
desenvolver outras doenças, já que seu corpo não
contém a quantidade de nutrientes necessários para
funcionar corretamente. Para que o tratamento seja bem
sucedido, é fundamental que o diagnóstico seja feito o
quanto antes. Um psicólogo e um nutricionista poderão
trabalhar juntos para ajudar o paciente.
7.
A obesidade caracteriza-se também como um problema de natureza estética e psicológica, além
de ser um grande risco para a saúde. Segundo um estudo realizado pela OMS em 2005, atualmente
cerca de 500 milhões de adultos são obesos5 .
Nauru, ilha no Pacífico apresenta os maiores problemas de obesidade, pois 80% de sua população
sofre de obesidade, sendo que o país onde há mais subnutrição é a Somália, onde 75,02% da
população passa fome. Países como Barbados, EUA, Brasil também sofrem de sérios problemas com
uma população acima do peso.
Percentagem de obesos no mundo
Nos últimos vinte anos, a América Latina tem atravessado transição epidemiológica, demográfica e
nutricional, refletindo em mudanças relacionadas à nutrição. Nessa população, tais alterações estão
bem caracterizadas pelos levantamentos que demonstram a passagem da maior ocorrência de
desnutrição para a maior ocorrência de obesidade. Dá-se a esse fenômeno a denominação de
Transição Nutricional 5.
Segundo o IBGE, em pesquisa feita em 2008 e 2009, no Brasil a obesidade atinge 12,4% dos homens e
16,9% das mulheres com mais de 20 anos, 4,0% dos homens e 5,9% das mulheres entre 10 e 19 anos e
16,6% dos meninos e 11,8% das meninas entre 5 a 9 anos.6 A obesidade aumentou entre 1989 e 1997
de 11% para 15% e se manteve razoavelmente estável desde então sendo maior no sudeste do país e
menor no nordeste.7 De acordo com estudos do IBGE, está aumentando o número de pessoas
obesas. As pesquisas indicam que há cerca de 17 milhões de obesos no Brasil, o que representa 9,6%
da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS (2010), há 300 milhões de obesos
no mundo e, destes, um terço está nos países em desenvolvimento. A OMS considera a obesidade
um dos dez principais problemas de saúde pública do mundo, classificando-a como epidemia.
Em Portugal, a prevalência de excesso de peso e obesidade em crianças entre os 6-12 anos de idade
ronda os 30%, seguindo a tendência de outros países do sul da Europa