Este documento discute como atingir uma alimentação saudável e sustentável em Portugal. Primeiro, analisa o que as pessoas necessitam comer para serem saudáveis versus o que elas realmente comem atualmente. Em seguida, discute como melhorar a alimentação considerando fatores nutricionais, ambientais, econômicos, sociais e históricos. Finalmente, argumenta que um conjunto concertado de ações coordenadas é a melhor forma de melhorar o estado nutricional da população portuguesa.
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
O Caso Português: Uma Análise Crítica do Modelo Alimentar Atual e Futuro
1. O caso Português
Pedro Graça
Alimentação e Saúde
LISBOA
11 | ABRIL | 2012
2. É possível uma
alimentação
saudável e
simultaneamente
sustentável?
Uma análise sobre a
evolução do consumo
alimentar no mundo
e uma proposta
para a sua regulação/auto-
governo.
Tim Lang
3. É possível uma O Caso
alimentação Português
saudável e
simultaneamente
sustentável? Que
especificidades
Uma análise sobre a são as nossas
evolução do consumo e como utilizar
alimentar no mundo de forma crítica
e uma proposta o pensamento
para a sua regulação/auto- atual sobre
governo. estas questões
Tim Lang para a
construção de
um modelo
alimentar
adaptado a
Portugal ?
4. O que necessitamos comer para ser saudáveis ?
O que comemos atualmente ?
O que queremos comer no futuro ?
Qual a melhor forma de atingir este objetivo ?
5. O que necessitamos comer para ser saudáveis ?
Fonte: Dietary Reference Intakes for Calcium, Phosphorous, Magnesium, Vitamin D, and Fluoride (1997); Dietary Reference Intakes for
Thiamin, Riboflavin, Niacin, Vitamin B6 , Folate, Vitamin B12 , Pantothenic Acid, Biotin, and Choline (1998); Dietary Reference Intakes
for Vitamin C, Vitamin E, Selenium, and Carotenoids (2000); Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron,
Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium, and Zinc (2001); Dietary Reference Intakes for
Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids (2002/2005); and Dietary Reference Intakes for
Calcium and Vitamin D (2011).
8. O que necessitamos? O que comemos ? O Caso
Português
O que cada
português
come
atualmente é
suficiente ?
IOM,2011 Rodrigues S et al, 2007
9. O que necessitamos? O que queremos comer ?
O Caso Português
do ponto de vista:
Nutricional
Ambiental
Económico
Social
Histórico
IOM,2011 IC,2008
10. O que queremos comer ?
O Caso Português
do ponto de vista:
Nutricional
Ambiental
Económico
Social
Histórico
11. O que queremos comer ?
Meal components, dietary energy and life cycle inputs in two different meals
O Caso Português
MJ MJ do ponto de vista:
Meal component Kg dietary life cycle
energy inputs
Nutricional
Dinner A
Ambiental
Beef 0,13 0,80 9,4
Rice 0,15 0,68 1,1
Tomato greenhouse 0,070 0,06 4,6
Económico
Wine 0,30 0,98 4,2
Butter 0,014 0,44 0,56 Social
Total 0,66 2,96 19,86 Histórico
Dinner B
Chicken 0,13 0,81 4,37
Pasta 0,175 0,61 1,08
Tomato fresh 0,070 0,06 0,37
Water from tap 0,20 0,00 0,00
Olive oil 0,02 0,74 0,48
Total 0,60 2,22 6,30
1 Kcal = 4.184 kJ Cálculos baseados em: Annika Carlsson-Kanyama, Marianne
1 MJ = 239 kcal Pipping Ekstromb e Helena Shanahan, 2003
12. O que queremos comer ?
O Caso Português
do ponto de vista:
Nutricional
Ambiental
Económico
Social
Histórico
Drewnowski A & Specter SE, 2004
13. O que queremos comer ?
O Caso Português
do ponto de vista:
Nutricional
Ambiental
Económico
Social
Histórico
Darmon N, 2007
14. O que queremos comer ?
O Caso Português
do ponto de vista:
Nutricional
Ambiental
Económico
Social
Histórico
Obepi 1997 e Obepi 2006, Darmon N, 2007
15. O que queremos comer ?
O Caso Português
do ponto de vista:
Nutricional
Ambiental
Económico
Social
Histórico
% de hab. com rendimentos
anuais por adulto
< 414 Euros por mês
16. O que queremos comer ?
O Caso Português
do ponto de vista:
Nutricional
Ambiental
Económico
Social
Histórico
Data taken from across 21 countries of the Organisation for Economic Co-operation
and Development (http://www1.oecd.org/scripts/cde/members/lfsdataauthenticate.asp)
17. O que queremos comer ?
O Caso Português
do ponto de vista:
Nutricional
Ambiental
Económico
Social
Histórico
Modelo
19. Qual a melhor forma de atingir este objetivo ?
Health outcomes and impact for different interventions
(OECD HEALTH WORKING PAPERS No. 48, 2009)
“Quais as melhores ações ?”
20. Qual a melhor forma de atingir este objetivo ?
Health outcomes and impact for combinations of
interventions (OECD HEALTH WORKING PAPERS No. 48, 2009)
“Quais as melhores ações ?”
Multiple int 1 - School-based int + mass media camp + physician-dietician couns
Multiple int 2 - Fiscal measures + food advert reg + worksite int
Multiple int 3 - Food label + food advert self-reg + school-based int + mass media camp +
physician-dietician couns
Multiple int 4 - Food label + food advert self-reg + school-based int + mass media camps
+ physician-dietician couns (diff assumpt)
21. Qual a melhor forma de atingir este objetivo ?
"um conjunto concertado de
acções destinadas a melhorar
o estado nutricional das
populações“
Elisabeth Helsing
Nutrition Reviews,1997
22. Qual a melhor forma de atingir este objetivo ?
"um conjunto concertado de
acções destinadas a melhorar
o estado nutricional das
populações“
Elisabeth Helsing
Nutrition Reviews,1997
23. Qual a melhor forma de atingir este objetivo ?
Norwegian Nutrition Nutrition and Nutrition and Norwegian Action
and Food Policy Food Policy Food Policy Plan on Nutrition *
(1975-76) (1981) (1991) (2007-2011)
* 12 Ministries
"um conjunto concertado de
acções destinadas a melhorar
o estado nutricional das
populações“
Elisabeth Helsing
Nutrition Reviews,1997
(1976-78/78/78/78-79/79-80/80-81/81-83/83-85/85-87/87-91/91-95/95-99/99-02/02-04/04-05/05-09/09-11)
24. Alimentação e Saúde em Português
"É a alimentação que nos faz
pequenos ou grandes, imbecis ou
inteligentes, frágeis ou fortes,
apáticos ou intervenientes,
insociáveis ou capazes de saudável
convivência; mata-nos cedo, ainda
em embrião no ventre materno, ou
tarde, no ocaso de uma vida plena.”
Emílio Peres
Alimentação e Saúde,
Editorial Caminho,
6ª Edição, Lisboa,1983