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Biossegurança 
Caramujo Africano
O QUE É UM CARAMUJO? 
O Caramujo Africano (ACHATINA FULICA) é um molusco grande, 
terrestre, nativo do leste e nordeste da África que, quando adulto, atinge 
15 cm de comprimento, 8 cm de largura e mais de 200 gramas de peso 
total. Foi trazido ao Brasil para ser comercializado como escargot, porém 
logo foi descoberto que a espécie não era comestível, já que pode 
transmitir dois vermes que causam doenças graves e que podem 
provocar perfuração intestinal e hemorragia abdominal levando até 
mesmo à morte. 
De acordo com as novas instruções da Secretaria de Estado, a Vigilância 
Sanitária dos municípios não deve mais promover ações de coleta do 
caramujo-gigante-africano, mas sim realizar ações de conscientização e 
orientação, com a população, sobre o manuseio correto do animal. 
“Cabe aos proprietários de imóveis, ocupados ou não, manterem a 
salubridade de seus espaços e esta é uma responsabilidade de cada 
proprietário. A SESA entende que, ao promover ações de coleta conjunta, 
é maior o risco de contato direto com o caramujo e contaminação do ser 
humano pelos vermes que ele pode transmitir”, informou o gerente do 
Centro de Controle de Zoonoses de Anchieta, Carlos Hemílio.
Meu nome é Achatina fulica e fui descrita por Bowdich em 
1822, pertenço ao filo Mollusca, sou um gastrópoda terrestre e 
minha família é conhecida como Achatinidae. Sou um dos 
poucos caramujos gigantes do mundo e minha história nesse 
planeta é de muito sucesso. O meu sucesso está relacionado ao 
fato de eu conseguir explorar estratégias plásticas e adaptáveis. 
O homem me levou para locais em que eu nunca chegaria 
sozinha, e eu mais uma vez consegui superar todos os desafios 
propostos e me instalar com sucesso por onde andei. O homem 
me considera hoje uma das 100 piores espécies invasoras do 
mundo, só porque luto pelo meu espaço e pela sobrevivência 
da minha prole, objetivo que aliás é comum a todos nós. Eu 
não tinha a intenção de criar todo esse transtorno, o ser 
humano me conduziu a essa situação e por isso me proponho a 
criar esse canal de comunicação para que possamos trocar 
ideias, reflexões e atitudes para reverter a preocupante 
situação das espécies invasoras . Espero contribuir para 
melhorar a vida de todos os seres vivos nesse planeta através 
da construção de uma consciência coletiva e de ações que 
possam mudar a nossa realidade.
Como prevenir e combater 
Antes de iniciar a coleta do caramujo é necessário proteger as mãos com luvas ou 
sacolas plásticas, a fim de evitar o contato direto. 
Não usar veneno, pois não mata o animal e ainda pode afetar o meio ambiente. A 
ação ideal é queimar o caramujo em latas ou tonéis. Ao incinerar o importante é 
conferir a total destruição do animal e, em seguida quebrar as conchas e enterrá-las 
ou destinar os restos à coleta pública devidamente acondicionados em sacolas 
lacradas. 
Uma outra alternativa é simplesmente utilizar cal, ou sal. 
Não coloque os caramujos no lixo, pois poderão estar transferindo a infestação. 
Objetos como telhas, tijolos, sobras de construções ou excesso de plantas 
representam perigo por servirem de criadouro. 
Além de transmitir doenças que podem matar, o caramujo-gigante-africano Ataca e 
destrói plantações, sobe em muros e invade casas.
Alerta 
O ciclo de vida do caramujo é extenso e muito produtivo. A 
cada dois meses, o animal adulto põe cerca de 200 ovos e, 
após cinco meses, os filhotes viram adultos e começam a se 
reproduzir. É resistente à seca e ao frio. 
Atualmente este molusco é encontrado em diversos 
municípios da Região Sul Capixaba, em especial nas regiões 
litorâneas. A proliferação está se tornando um caso de saúde 
pública, já que o animal sobrevive em terrenos baldios, 
plantações abandonadas, sobras de construções, pilhas de 
telhas e de tijolos.
O caramujo africano pode transmitir uma série de 
doenças para o homem, sendo que as pessoas não devem 
manipulá-lo sem luvas, pois o simples contato pode 
causar o contágio. 
O animal pode ser encontrado em hortas, jardins, planta-ções 
e armazéns de grãos e possui uma significativa 
resistência à seca e ao frio. 
O molusco foi introduzido no Brasil como uma versão do 
escargot, mas depois descobriu-se que a espécie não é 
comestível e transmite doenças. 
Trata-se de um molusco grande, terrestre, que, quando 
adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 
centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso. 
A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.
Se você ainda tiver dúvidas na identificação, vá ao site do Ibama. 
Como recolher o molusco ? 
* A orientação é para que os próprios moradores façam o recolhimento dos moluscos e, munidos 
de luvas descartáveis para não ter contato com o caramujo, os coloquem em recipientes com 
tampa. 
Para exterminar este caramujo, é necessário queimá-lo completamente, pois, caso contrário, os 
vermes continuam no local. 
* Manuseie e colete o caramujo com a proteção de luvas ou sacos plásticos (verifique se o saco e 
as luvas não estão furados). 
* Não coma, não beba, não fume e não leve a mão à boca, durante o manuseio do caramujo. 
Caso queira comer, beber ou fumar, tire as luvas e lave as mãos após ter tido contato com o 
caramujo. 
* Coloque os caramujos africanos em sacos plásticos. 
* Para exterminar os caramujos, mantenha-os dentro de dois sacos plásticos e pise em cima com 
calçado adequado (tênis ou botas) para quebrar as conchas. 
Outra alternativa e ferver os caramujos durante 50 minutos. 
* Após esses procedimentos enterre-os em valas de 80 cm, jogando cal virgem em cima dos 
caramujos mortos nos sacos (cuidado, pois a cal virgem é cáustica e queima, causando danos à 
pele). 
Depois cubra a vala com terra. 
Atenção: essas valas devem estar distantes de poços ou cisternas. 
Caso tenha dúvidas sobre o melhor local para cavar a vala, consulte os órgãos de saúde ou de 
meio ambiente de seu município.
Como identificar o verdadeiro caramujo-gigante africano (Achatina 
fulica) ? 
Como se sabe, os caramujos em geral gostam de locais úmidos e 
sombreados. Por isso, ao iniciar a busca do caramujo africano em seu 
quintal, verifique bem os cantos dos muros, as paredes onde não bate 
muita luz e os lugares em que possa haver acúmulo de galhos, restos 
de poda, folhas, madeiras, etc. 
Também são locais muito propícios os restos de construção, entulhos 
e, em especial, os tijolos furados.
DICAS IMPORTANTES: 
- Ao coletar o molusco, o morador deve se certificar que se trata de um caramujo africano. 
- Os moluscos devem ser coletados sempre com uma proteção nas mãos, como luvas 
descartáveis ou sacolas plásticas. 
- Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não 
afetam o molusco. 
- O excesso de plantas, mato e entulho no quintal serve de criadouro para o caramujo. 
- Frutas, verduras e legumes devem ser bem lavados. Devem ser deixados ao menos 10 
minutos de molho em solução sanitária ou hipoclorito de sódio (uma colher de chá para cada 
litro de água). Após, lavar bem antes de consumir.
O Manejo e Controle do Caramujo Gigante Africano: qual o melhor método? 
Por Msc. Eduardo Colley* 
As “medidas de controle de Achatina fulica” podem ser divididas basicamente em três estratégias 
distintas, e são: controle biológico, controle químico e controle físico. 
O primeiro deles é decorrente da utilização dos inimigos naturais das espécies de Achatina e 
outros gastrópodes terrestres na tentativa de combater a A. fulica. 
Vários são os problemas advindos dessa prática. Esta metodologia é denominada de “controle 
biológico” e inicialmente parece o mais vantajoso, pois utiliza o serviço da natureza, sem mão-de-obra 
e equipamentos. Entretanto, nestes casos existe o problema da ausência de um agente 
controlador espécie-específico, ou seja, de um organismo biológico (vírus, bactéria ou animal) 
que ataque exclusivamente os caramujos da espécie A. fulica. 
Este pequeno detalhe torna essa alternativa totalmente inviável tento em vista que o agente 
biológico utilizado pode vir afetar a sobrevivência de inúmeras outras espécies animais e 
vegetais, além de transmitir doenças para as pessoas. Uma segunda alternativa seria a utilização 
de medidas de “controle químico”, ou seja, a utilização de pesticidas para combater o caramujo 
invasor. Contudo, o controle químico assim como o método 
A última alternativa para o combate do caramujo invasor A. fulica é denominada de “medida de 
controle físico” que é considerada a menos dispendiosa se comparada aos dois métodos citados 
anteriormente e ainda possui a vantagem de poder ser adaptado a qualquer condição ambiental. 
Dentre as medidas de controle físico existentes, a coleta manual é a melhor alternativa para o 
controle, manejo e erradicação de A. fulica. 
O melhor exemplo de que a erradicação de A. fulica é possível de ser realizada através da coleta 
manual é o excelente programa de controle da espécie executado em Miami, Flórida, nos Estados 
Unidos.
O primeiro deles é decorrente da utilização dos inimigos naturais das espécies de Achatina e 
outros gastrópodes terrestres na tentativa de combater a A. fulica. 
Vários são os problemas advindos dessa prática. Esta metodologia é denominada de “controle 
biológico” e inicialmente parece o mais vantajoso, pois utiliza o serviço da natureza, sem mão-de-obra 
e equipamentos. Entretanto, nestes casos existe o problema da ausência de um agente 
controlador espécie-específico, ou seja, de um organismo biológico (vírus, bactéria ou animal) 
que ataque exclusivamente os caramujos da espécie A. fulica. 
Este pequeno detalhe torna essa alternativa totalmente inviável tento em vista que o agente 
biológico utilizado pode vir afetar a sobrevivência de inúmeras outras espécies animais e 
vegetais, além de transmitir doenças para as pessoas. Uma segunda alternativa seria a utilização 
de medidas de “controle químico”, ou seja, a utilização de pesticidas para combater o caramujo 
invasor. Contudo, o controle químico assim como o método 
anterior, também não conta com um produto específico para combater a A. fulica. 
Outro grande problema deste método é que a elevada toxicidade dos venenos existentes e a 
permanência destas substâncias no ambiente colocam em risco a biodiversidade e a saúde 
humana. 
O sucesso desta ação foi resultado de um conjunto de medidas que envolveram primeiramente a 
detecção precoce, ou seja, o reconhecimento rápido e preciso da introdução da espécie invasora 
a partir de um estudo prévio sobre a população do molusco e sua distribuição; além de um 
trabalho contínuo de sensibilização da sociedade através de informações veiculadas pela mídia 
em toda área afetada com campanhas educativas nas escolas, empresas, comércio, entre outros. 
A principal medida de controle utilizada foi à coleta manual realizada de forma intensa por 
profissionais capacitados que também coordenaram a ação. O trabalho contou com a cooperação 
da comunidade através da catação dos caramujos e eliminação dos pontos que contribuíam para 
o estabelecimento da população de A. fulica pela manutenção dos terrenos limpos e retirada das 
plantas exóticas, lixo e entulho. 
Esta ação de sucesso contou com a articulação do órgão ambiental e da agricultura Norte-americano 
como gestores e financiadores de toda campanha.
A execução destas estratégias realizadas em diferentes países tem na maioria 
dos casos resultado em insucesso. No entanto, existe um grande exemplo de 
sucesso na erradicação de A. fulica após uma grande infestação que resume 
bem a receita a ser seguida em busca do controle da espécie invasora. Porém, 
antes de apresentar a receita do sucesso é importante conhecer outros 
métodos largamente testados e que resultaram em consequências 
desastrosas. 
Semelhantemente, no Brasil o principal articulador nacional é o Ministério do 
Meio Ambiente (MMA), tem buscado com pouco sucesso o estabelecimento 
de um marco integrador dos segmentos governamentais envolvidos (MMA, 
IBAMA, ANVISA, MAPA) com a sociedade. 
Portanto, no Brasil a realidade de prevenir novas invasões de moluscos 
terrestres e manejar e erradicar o caramujo africano A. fulica está muito 
distante de ser alcançada tendo em vista a falta de atitude governamental. 
Para que esta ação de manejo, controle e erradicação de A. fulica no Brasil 
ocorra com sucesso é fundamental que os órgãos governamentais 
competentes tenham uma mudança radical de mentalidade e executem com 
seriedade a receita de sucesso realizada em outros países. 
Maiores detalhes sobre “medidas de controle de Achatina fulica” podem ser 
encontradas no livro “O caramujo Gigante Africano no Brasil”
https://www.editorachampagnat.pucpr.br/produto.php?dd0=135
Senac Nova Iguaçu Apresentou 
Biossegurança – Caramujos Africanos 
Alunos: Cléia, Cristiano, Danilo, David, Gabriella e Lucas 
Instrutora: Ingrid 
Turma 2014.7

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  • 1.
  • 3. O QUE É UM CARAMUJO? O Caramujo Africano (ACHATINA FULICA) é um molusco grande, terrestre, nativo do leste e nordeste da África que, quando adulto, atinge 15 cm de comprimento, 8 cm de largura e mais de 200 gramas de peso total. Foi trazido ao Brasil para ser comercializado como escargot, porém logo foi descoberto que a espécie não era comestível, já que pode transmitir dois vermes que causam doenças graves e que podem provocar perfuração intestinal e hemorragia abdominal levando até mesmo à morte. De acordo com as novas instruções da Secretaria de Estado, a Vigilância Sanitária dos municípios não deve mais promover ações de coleta do caramujo-gigante-africano, mas sim realizar ações de conscientização e orientação, com a população, sobre o manuseio correto do animal. “Cabe aos proprietários de imóveis, ocupados ou não, manterem a salubridade de seus espaços e esta é uma responsabilidade de cada proprietário. A SESA entende que, ao promover ações de coleta conjunta, é maior o risco de contato direto com o caramujo e contaminação do ser humano pelos vermes que ele pode transmitir”, informou o gerente do Centro de Controle de Zoonoses de Anchieta, Carlos Hemílio.
  • 4. Meu nome é Achatina fulica e fui descrita por Bowdich em 1822, pertenço ao filo Mollusca, sou um gastrópoda terrestre e minha família é conhecida como Achatinidae. Sou um dos poucos caramujos gigantes do mundo e minha história nesse planeta é de muito sucesso. O meu sucesso está relacionado ao fato de eu conseguir explorar estratégias plásticas e adaptáveis. O homem me levou para locais em que eu nunca chegaria sozinha, e eu mais uma vez consegui superar todos os desafios propostos e me instalar com sucesso por onde andei. O homem me considera hoje uma das 100 piores espécies invasoras do mundo, só porque luto pelo meu espaço e pela sobrevivência da minha prole, objetivo que aliás é comum a todos nós. Eu não tinha a intenção de criar todo esse transtorno, o ser humano me conduziu a essa situação e por isso me proponho a criar esse canal de comunicação para que possamos trocar ideias, reflexões e atitudes para reverter a preocupante situação das espécies invasoras . Espero contribuir para melhorar a vida de todos os seres vivos nesse planeta através da construção de uma consciência coletiva e de ações que possam mudar a nossa realidade.
  • 5. Como prevenir e combater Antes de iniciar a coleta do caramujo é necessário proteger as mãos com luvas ou sacolas plásticas, a fim de evitar o contato direto. Não usar veneno, pois não mata o animal e ainda pode afetar o meio ambiente. A ação ideal é queimar o caramujo em latas ou tonéis. Ao incinerar o importante é conferir a total destruição do animal e, em seguida quebrar as conchas e enterrá-las ou destinar os restos à coleta pública devidamente acondicionados em sacolas lacradas. Uma outra alternativa é simplesmente utilizar cal, ou sal. Não coloque os caramujos no lixo, pois poderão estar transferindo a infestação. Objetos como telhas, tijolos, sobras de construções ou excesso de plantas representam perigo por servirem de criadouro. Além de transmitir doenças que podem matar, o caramujo-gigante-africano Ataca e destrói plantações, sobe em muros e invade casas.
  • 6.
  • 7. Alerta O ciclo de vida do caramujo é extenso e muito produtivo. A cada dois meses, o animal adulto põe cerca de 200 ovos e, após cinco meses, os filhotes viram adultos e começam a se reproduzir. É resistente à seca e ao frio. Atualmente este molusco é encontrado em diversos municípios da Região Sul Capixaba, em especial nas regiões litorâneas. A proliferação está se tornando um caso de saúde pública, já que o animal sobrevive em terrenos baldios, plantações abandonadas, sobras de construções, pilhas de telhas e de tijolos.
  • 8. O caramujo africano pode transmitir uma série de doenças para o homem, sendo que as pessoas não devem manipulá-lo sem luvas, pois o simples contato pode causar o contágio. O animal pode ser encontrado em hortas, jardins, planta-ções e armazéns de grãos e possui uma significativa resistência à seca e ao frio. O molusco foi introduzido no Brasil como uma versão do escargot, mas depois descobriu-se que a espécie não é comestível e transmite doenças. Trata-se de um molusco grande, terrestre, que, quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.
  • 9. Se você ainda tiver dúvidas na identificação, vá ao site do Ibama. Como recolher o molusco ? * A orientação é para que os próprios moradores façam o recolhimento dos moluscos e, munidos de luvas descartáveis para não ter contato com o caramujo, os coloquem em recipientes com tampa. Para exterminar este caramujo, é necessário queimá-lo completamente, pois, caso contrário, os vermes continuam no local. * Manuseie e colete o caramujo com a proteção de luvas ou sacos plásticos (verifique se o saco e as luvas não estão furados). * Não coma, não beba, não fume e não leve a mão à boca, durante o manuseio do caramujo. Caso queira comer, beber ou fumar, tire as luvas e lave as mãos após ter tido contato com o caramujo. * Coloque os caramujos africanos em sacos plásticos. * Para exterminar os caramujos, mantenha-os dentro de dois sacos plásticos e pise em cima com calçado adequado (tênis ou botas) para quebrar as conchas. Outra alternativa e ferver os caramujos durante 50 minutos. * Após esses procedimentos enterre-os em valas de 80 cm, jogando cal virgem em cima dos caramujos mortos nos sacos (cuidado, pois a cal virgem é cáustica e queima, causando danos à pele). Depois cubra a vala com terra. Atenção: essas valas devem estar distantes de poços ou cisternas. Caso tenha dúvidas sobre o melhor local para cavar a vala, consulte os órgãos de saúde ou de meio ambiente de seu município.
  • 10. Como identificar o verdadeiro caramujo-gigante africano (Achatina fulica) ? Como se sabe, os caramujos em geral gostam de locais úmidos e sombreados. Por isso, ao iniciar a busca do caramujo africano em seu quintal, verifique bem os cantos dos muros, as paredes onde não bate muita luz e os lugares em que possa haver acúmulo de galhos, restos de poda, folhas, madeiras, etc. Também são locais muito propícios os restos de construção, entulhos e, em especial, os tijolos furados.
  • 11. DICAS IMPORTANTES: - Ao coletar o molusco, o morador deve se certificar que se trata de um caramujo africano. - Os moluscos devem ser coletados sempre com uma proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou sacolas plásticas. - Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não afetam o molusco. - O excesso de plantas, mato e entulho no quintal serve de criadouro para o caramujo. - Frutas, verduras e legumes devem ser bem lavados. Devem ser deixados ao menos 10 minutos de molho em solução sanitária ou hipoclorito de sódio (uma colher de chá para cada litro de água). Após, lavar bem antes de consumir.
  • 12. O Manejo e Controle do Caramujo Gigante Africano: qual o melhor método? Por Msc. Eduardo Colley* As “medidas de controle de Achatina fulica” podem ser divididas basicamente em três estratégias distintas, e são: controle biológico, controle químico e controle físico. O primeiro deles é decorrente da utilização dos inimigos naturais das espécies de Achatina e outros gastrópodes terrestres na tentativa de combater a A. fulica. Vários são os problemas advindos dessa prática. Esta metodologia é denominada de “controle biológico” e inicialmente parece o mais vantajoso, pois utiliza o serviço da natureza, sem mão-de-obra e equipamentos. Entretanto, nestes casos existe o problema da ausência de um agente controlador espécie-específico, ou seja, de um organismo biológico (vírus, bactéria ou animal) que ataque exclusivamente os caramujos da espécie A. fulica. Este pequeno detalhe torna essa alternativa totalmente inviável tento em vista que o agente biológico utilizado pode vir afetar a sobrevivência de inúmeras outras espécies animais e vegetais, além de transmitir doenças para as pessoas. Uma segunda alternativa seria a utilização de medidas de “controle químico”, ou seja, a utilização de pesticidas para combater o caramujo invasor. Contudo, o controle químico assim como o método A última alternativa para o combate do caramujo invasor A. fulica é denominada de “medida de controle físico” que é considerada a menos dispendiosa se comparada aos dois métodos citados anteriormente e ainda possui a vantagem de poder ser adaptado a qualquer condição ambiental. Dentre as medidas de controle físico existentes, a coleta manual é a melhor alternativa para o controle, manejo e erradicação de A. fulica. O melhor exemplo de que a erradicação de A. fulica é possível de ser realizada através da coleta manual é o excelente programa de controle da espécie executado em Miami, Flórida, nos Estados Unidos.
  • 13. O primeiro deles é decorrente da utilização dos inimigos naturais das espécies de Achatina e outros gastrópodes terrestres na tentativa de combater a A. fulica. Vários são os problemas advindos dessa prática. Esta metodologia é denominada de “controle biológico” e inicialmente parece o mais vantajoso, pois utiliza o serviço da natureza, sem mão-de-obra e equipamentos. Entretanto, nestes casos existe o problema da ausência de um agente controlador espécie-específico, ou seja, de um organismo biológico (vírus, bactéria ou animal) que ataque exclusivamente os caramujos da espécie A. fulica. Este pequeno detalhe torna essa alternativa totalmente inviável tento em vista que o agente biológico utilizado pode vir afetar a sobrevivência de inúmeras outras espécies animais e vegetais, além de transmitir doenças para as pessoas. Uma segunda alternativa seria a utilização de medidas de “controle químico”, ou seja, a utilização de pesticidas para combater o caramujo invasor. Contudo, o controle químico assim como o método anterior, também não conta com um produto específico para combater a A. fulica. Outro grande problema deste método é que a elevada toxicidade dos venenos existentes e a permanência destas substâncias no ambiente colocam em risco a biodiversidade e a saúde humana. O sucesso desta ação foi resultado de um conjunto de medidas que envolveram primeiramente a detecção precoce, ou seja, o reconhecimento rápido e preciso da introdução da espécie invasora a partir de um estudo prévio sobre a população do molusco e sua distribuição; além de um trabalho contínuo de sensibilização da sociedade através de informações veiculadas pela mídia em toda área afetada com campanhas educativas nas escolas, empresas, comércio, entre outros. A principal medida de controle utilizada foi à coleta manual realizada de forma intensa por profissionais capacitados que também coordenaram a ação. O trabalho contou com a cooperação da comunidade através da catação dos caramujos e eliminação dos pontos que contribuíam para o estabelecimento da população de A. fulica pela manutenção dos terrenos limpos e retirada das plantas exóticas, lixo e entulho. Esta ação de sucesso contou com a articulação do órgão ambiental e da agricultura Norte-americano como gestores e financiadores de toda campanha.
  • 14. A execução destas estratégias realizadas em diferentes países tem na maioria dos casos resultado em insucesso. No entanto, existe um grande exemplo de sucesso na erradicação de A. fulica após uma grande infestação que resume bem a receita a ser seguida em busca do controle da espécie invasora. Porém, antes de apresentar a receita do sucesso é importante conhecer outros métodos largamente testados e que resultaram em consequências desastrosas. Semelhantemente, no Brasil o principal articulador nacional é o Ministério do Meio Ambiente (MMA), tem buscado com pouco sucesso o estabelecimento de um marco integrador dos segmentos governamentais envolvidos (MMA, IBAMA, ANVISA, MAPA) com a sociedade. Portanto, no Brasil a realidade de prevenir novas invasões de moluscos terrestres e manejar e erradicar o caramujo africano A. fulica está muito distante de ser alcançada tendo em vista a falta de atitude governamental. Para que esta ação de manejo, controle e erradicação de A. fulica no Brasil ocorra com sucesso é fundamental que os órgãos governamentais competentes tenham uma mudança radical de mentalidade e executem com seriedade a receita de sucesso realizada em outros países. Maiores detalhes sobre “medidas de controle de Achatina fulica” podem ser encontradas no livro “O caramujo Gigante Africano no Brasil”
  • 16. Senac Nova Iguaçu Apresentou Biossegurança – Caramujos Africanos Alunos: Cléia, Cristiano, Danilo, David, Gabriella e Lucas Instrutora: Ingrid Turma 2014.7