O documento discute as contribuições dos Estudos CTS para a concepção de museus de ciências na internet. Propõe que os museus adotem o modelo do "Museu-Fórum", com postura dialógica para construção social do conhecimento. Analisa as práticas museológicas emergentes e conclui que a maioria dos museus brasileiros ainda adota postura transmissionista, não explorando todo o potencial da internet.
2. PESQUISA EXPLORATÓRIA GEROU A PERGUNTA INICIAL ...
Se alguém tivesse de projetar formas
de presença online de um museu de
ciências brasileiro, quais deveriam ser
as orientações teóricas e as bases
tecnológicas?
3. ... QUE GEROU MUITAS OUTRAS PERGUNTAS ...
Estudos
CTS?
Que
tecnologias
WEB?
O que há
de novo na
museologia?
O que é
um museu,
afinal??
E a situação
brasileira?
5. • ESTUDOS SOCIAIS DA CIÊNCIA (STS)
• CTS NA AMÉRICA LATINA
HOJE: TEORIA POLÍTICA
Pressuposto:
A dependência do conhecimento especialista é
o problema-chave da democracia contemporânea.
Reivindicação:
O reconhecimento da esfera técnica como esfera
política.
Conseqüência:
Substituição do Modelo de Déficit de
Conhecimento pelo Modelo Construtivista
/Interacionista CTS
ESPECIALISTAS LEIGOS
CONTRIBUIÇÕES
DOS ESTUDOS CTS
PARA A CONCEPÇÃO
DE MUSEUSDE CIÊNCIAS
NA INTERNET
6. • ESTUDOS SOCIAIS DA CIÊNCIA (STS)
• CTS NA AMÉRICA LATINA
Pressupostos do Modelo de Déficit de
Compreensão Pública da Ciência
Falta de capacidade do público em
compreender as conquistas da ciência;
A superação do estado de ignorância resulta
em atitudes favoráveis às inovações
tecnocientíficas;
Problematização das relações entre ciência e
público polarizando o discurso neste último.
Resultado: Adoção de uma postura
transmissionista de informação
ESPECIALISTAS LEIGOS
CONTRIBUIÇÕES
DOS ESTUDOS CTS
PARA A CONCEPÇÃO
DE MUSEUSDE CIÊNCIAS
NA INTERNET
7. • ESTUDOS SOCIAIS DA CIÊNCIA (STS)
• CTS NA AMÉRICA LATINA
Problema:
Escassez de espaços públicos latino-
americanos disponíveis para a prática do
debate público entre especialistas e não-
especialistas, fora dos sistemas formais
de Ensino.
CONTRIBUIÇÕES
DOS ESTUDOS CTS
PARA A CONCEPÇÃO
DE MUSEUSDE CIÊNCIAS
NA INTERNET
9. FUNÇÃO DOS MUSEUS DE CIÊNCIAS
“mostrar a evolução da Natureza, do Homem e das suas
realizações científicas e técnicas; fornecer informação
inteligível sobre o avanço da Ciência e da Tecnologia;
fazer despertar no indivíduo, sobretudo jovem, uma
vocação destes domínios; educar, no sentido da aquisição
de um espírito e mentalidade científica; contribuir para que
o indivíduo não se sinta marginalizado ou temeroso
perante a Ciência e a Tecnologia e possa compreender,
avaliar e julgar os diferentes usos – incluindo os negativos
- que delas faz a sociedade contemporânea.”
(GIL, 1988, p.74) (grifo meu)
10. Para redefinir sua função social, em uma
sociedade moldada tecnologicamente, os
museus deveriam praticar uma negociação
mais estreita com seu público, adquirindo a
função de mediadores entre sociedade e
organismos decisórios.
PAPEL SOCIAL DOS
MUSEUS E CENTROS
DE CIÊNCIA NO SÉC. XXI
12. MUSEU TEMPLO
Lugar do acervo.
+
MUSEU FÓRUM
Lugar de confrontação,
experimentação e debate.
PAPEL SOCIAL DOS
MUSEUS E CENTROS
DE CIÊNCIA NO SÉC. XXI
..............................................
The Museum, A Temple Or The
Forum, Duncan Cameron, 1971
13. MUSEU FÓRUM
Ao considerar o problema de restrição
orçamentária para a construção do fórum
como espaço público distinto, mas
complementar ao museu, Cameron sugeriu
que, na impossibilidade do distanciamento
estrutural, os ambientes fossem diferenciados
com recursos visuais e psicológicos.
PAPEL SOCIAL DOS
MUSEUS E CENTROS
DE CIÊNCIA NO SÉC. XXI
18. AS PRÁTICAS
MUSEOLÓGICAS
EMERGENTES NA
INTERNET E AS
TECNOLOGIAS
QUE AS VIABILIZAM
Classificação de Piacente (1996):
folhetos, museu no mundo virtual
e realmente interativos
Problema:
Novas tecnologias e formas de
interação on line
19. AS PRÁTICAS
MUSEOLÓGICAS
EMERGENTES NA
INTERNET E AS
TECNOLOGIAS
QUE AS VIABILIZAM
(Na interação mútua) “os agentes
transformam-se mutuamente durante o
processo e o relacionamento que emerge
entre eles vai sendo recriado a cada
intercâmbio. Pode-se afirmar que se torna
impossível prever o que acontecerá nessas
interações (...) pois o encaminhamento do
relacionamento é negociado durante a
interação.
Por outro lado, as interações reativas (...)
são limitadas por certas determinações e,
se a mesma ação fosse tomada uma
segunda vez (mesmo que por outro
interagente), o efeito seria o mesmo.”
(PRIMO, 2007, p.57)
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29. MUSEUS NA WEB - Espiral das Formas de Presença Online
30. MUSEUS NA WEB - Espiral das Formas de Presença Online
38. Os pressupostos dos Estudos CTS
podem ser uma alternativa ao Modelo de
Déficit de Conhecimento como orientador
das práticas de divulgação científica;
CONCLUSÃO
O conceito de Museu-Fórum constitui
uma resposta pertinente às demandas da
atualidade por agências mediadoras
entre sociedade e organismos
decisórios;
O estudo indicou que as práticas
museológicas emergentes na internet
caminham para a flexibilização da
autoridade museal, rumo à adoção de
uma postura dialógica com seu público.
39. Os museus, independente da tipologia,
tendem a ocupar e a se apropriar da web
em estágios evolutivos;
CONCLUSÃO
A Espiral Evolutiva das Formas de
Presença Online permite a visualização
do fenômeno progressivo, de ocupação a
apropriação da internet, pelos museus.
O atual estágio de desenvolvimento da
web favorece a configuração de Museus-
Fórum online;
40. CONCLUSÃO
A ocupação do ambiente virtual pelos
museus de ciências brasileiros limita-se,
quase que em sua totalidade, ao modelo
transmissionista de divulgação do museu
físico e de fornecimento de conteúdo
complementar às visitas, em um
comportamento típico da web de primeira
geração.
41. CONCLUSÃO
Acervos como objetos de aprendizagem,
elementos identitários de cada instituição
e objetos estratégicos para a deflagação
de diálogos
Público como intelecutores
Conhecimento como uma construção social
Museus online orientados pelos estudos
CTS entendem:
42. CONCLUSÃO
Espera-se que o presente esforço contribua
para uma maior compreensão do papel dos
museus em sociedades tecnocientíficas,
enfatizando que o déficit democrático não
pode ser vencido, unicamente, pelo
saneamento do déficit de conhecimento
científico, mas também pela ampliação das
formas de participação cidadã nas decisões
que afetam toda a sociedade.