4. Vamos salvar o mundo
Com as minhas mãos
Uma bolota eu apanhei
E com muito carinho
Num vasinho a coloquei!
Com as minhas mãos
Eu a reguei
E num belo dia
Um rebento encontrei!
Com as minhas mãos
Eu quero um dia abraçar
Um sobreiro alto e forte
Para o Mundo salvar!
Poesia colectiva – Alunos do 1º Ano, EB1 de Casaldelo
5. Natureza
A natureza é muito bela
Bela é a terra quando está verde
Verde estão as àrvores na Primavera
Primavera é uma estação do ano
Ano é um período de doze meses
Meses de Outono são meses de colheitas
Colheitas fazem-se às uvas, castanhas, nozes
Nozes são os frutos da nogueira
Nogueira é uma das plantas que enriquece a natureza
Natureza convida as pessoas a passear
Passear pelos campos da saúde
Saúde é um bem precioso
Precioso é o mar que nos dá peixes
Peixe é apanhado pelos corajosos pescadores
Pescadores arriscam a vida para que possam comer
Inês Raquel C.F.M. Silva
6.
7. O Amor
O Amor é
O melhor,
Há em todo o
Meu redor.
O Amor é
Muito profundo,
E há em todo
O Mundo.
O Amor não
Se consegue parar,
Pois ele está sempre
A aumentar.
O Amor passa por tudo,
Até por um
Homem mudo.
O Amor nasce no
Coração e até
Amor há num
Ladrão.
O Amor está
Espalhado pelo ar
E ninguém o
Consegue apanhar.
O Amor não
Tem fim e a
Poesia acaba
Aqui.
Rafael Ferreira
8. A procura
O menino triste e infeliz
Para fugir da solidão
Procura alguém especial
Para o seu coração.
Estende a sua frágil mão
Para conquistar um amigo
E eu com ternura
Levo-o comigo.
De mãos dadas e juntos
O mundo vamos conquistar.
Somos agora bem fortes
Nada nos vai separar!
Maria Inês Leal
9. Sentimentos
O amor é uma panela
O amor é uma colher de pau
O amor é uma mistura
De batatas com bacalhau.
Amizade a somar
Inimigos a subtrair
Alegrias a multiplicar
Tristezas a dividir.
Tiago André Oliveira Resende
10. A Amizade
A amizade está em todas as crianças
está nos livros
nas histórias
na poesia
até no coração
dos que precisam de uma mão.
A amizade
não tem género
número
idade
é um sentimento
alegre
e de pura sinceridade.
A amizade é uma casa cheia de sons
que se transforme numa suave melodia
umas vezes palavras simples,
outras gestos carinhosos.
Umas vezes tristes,
outras manhosos,
mas quando é verdadeira
é como a pedra e cal.
Nuno Francisco Lima Gomes
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12. O chapéu
Todos os dias ao acordar
Olho sempre para o céu
Para ver se posso usar
O meu bonito chapéu
Afonso Alves Cunha
13. Na minha escola
Toca a levantar,
Toca a apressar,
Um novo dia,
Está a começar!
Logo de manhã cedinho,
Pegamos na cartola,
Toca a campainha,
Vamos para a Escola…
Chega a professora,
Fica tudo curtido,
aprendemos a brincar,
Foi um dia DIVERTIDO!...
Filipa Carvalho Sousa Pinto
14.
15.
16. Os livros
Sou bonito e variado
Todos me adoram
Gostam de me ler
Folha, a folha me exploram.
Quem sou, quem sou
Tu vais adivinhar
É muito fácil
Não tem nada que enganar.
Sou feito de uma árvore
Mas com sabedoria Universal
Sou aquele que se procura
Na Biblioteca Municipal.
Dou para rir e para chorar
E também para adormecer
Mas em todas as situações
Tens interesse em me ver.
Tenho tamanhos diversos
Dou sempre algo para aprender
Posso falar-vos em versos
E em prosa também podia ser
Já descobriste?
Sim, sou o livro!
Tenho boas instruções
E vou estar sempre contigo.
Beatriz Pinho Pereira
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18. Teces a minha imagem com esse olhar abstracto
Não me reconheço nessa figura que desenhas de mim
Exibes-me em miragens que plantas em cada pedaço de terra que pisas
Em cada pedaço de céu que deslumbras…
Que seja tua essa figura e as tantas outras que crias
Que sejam teus os toques de voracidade
Os lábios de sede e envoltos do sangue que me sugaste
Num beijo que não conseguias mais conter…
Que seja tua a humidade que transpiro de prazer
Cada vez que intimamente te refugias dentro de mim
Sem me pedir permissão
Compreendes aquilo que meus olhos consomem
Aquilo que o meu interior deseja e flameja
Eu pulso e expulso e absorvo tudo o que é prazer
Que existe neste ar saturado de respiração e suor
Saturado de um exorcismo de gritos ofegantes…
Concede-me, dá-me à luz nesta cama
Nestes lençóis molhados
Nas paredes marcadas
No chão que parece que não existe mais…
Expõe o meu corpo para o teu
Tortura-o com as tuas fantasias e os teus instintos
Despe-o e observa-o com todos os sentidos
Vem e pertence aos meus seios, às minhas coxas
Aos meus lábios, ao meu ponto G
19. E despe-me dos limites, das noções, dos pudores…
Possuis-me de repente
E de repente me olhas
Observas a minha vontade de chegar a ti
A minha vontade de te tocar
A minha volúpia em vulcão nos poros da minha pele
E controlas-me com o teu olhar
Atento nas minhas vontades
Desnorteado para satisfazê-las.
Abraças todo o meu corpo num beijo
E percorres todos os seus caminhos
Como se o viajasses pela primeira vez.
Tu percorres-me, quase sem me tocar,
Com um beijo lento e subtil
Fico embebida na minha respiração
Nos meus arrepios que tornas insaciáveis
E depois desse instante que se
Percorreu numa eternidade extasiante
Tu agarraste o meu corpo
E devoraste todo o meu ser como um lobo faminto
Eu adorava cada pedaço carnal que saboreavas em mim…
Senti-me a tua felina
Nos gemidos, no toque, nos beijos selvagens e sensuais
Cátia Freitas
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22. Olhos negros
Negros são teus olhos
Pelos quais me apaixonei
São presença nos meus sonhos
Segredos que a ninguém contei.
Passo noites a sonhar
Nessa densa imensidão
Envolto no teu negro olhar
Guardado no meu coração.
Não ocultes que me amas
Sabes que todos o sentem
No escuro por mim chamas
Teus olhos negros não mentem.
Tudo pode acontecer
Ao embrenhar nessa escuridão
Se teus olhos não puder ver
De tão negros que são.
Joaquim de Almeida
23. As Prateleiras
Tudo parece estar certo,
Arrumou-se a vida em prateleiras
Cada coisa no seu devido lugar.
Parece ou será realidade?
A reflexão ausentou-se uns minutos
E no íntimo uma satisfação incontida
Deseja espraiar-se abundantemente
Mas p’ra ti, que és Tu
Gostaria de me revelar,
De me dar
Tu que ainda não estás em prateleira alguma
Eu gostaria que nunca a tivesses
E simultaneamente dar-te a melhor que arranjar
Mas quando olho p’ra ti
Tu és Tu quando não tens prateleira
Quando o silêncio e um olhar são tudo.
E as prateleiras?...
A vida e a morte
Nada e tudo, tudo e nada.
Heini Bernmat
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25. Fim de dia
Fim de um dia atarefado
Vou de regresso ao lar
No autocarro apinhado
Na hora de regressar
Ainda que distraída
Aprecio a paisagem
Que aparece de fugida
Na minha curta viagem
De um alto da cidade
Vislumbro longe o mar
Reflectindo a claridade
Do sol cadente a brilhar
Quedo os olhos no poente
E uma onda de calma
Envolvo-me lentamente
Dando paz à minha alma
E fico, embevecida,
Serena, a imaginar
Como será outra vida
Vivida p’ra além do mar.
Lizete Gomes
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27. Grandes obras
O poder de Deus é impressionante;
Homens e Mulheres têm levantado;
Para sua obra constante;
Dando conta do recado.
Heróis de muitas maneiras;
Deixam suas terras e lares;
Partindo para terras estrangeiras;
Fazendo as obras aos pares.
Enfrentando, tempestades e marés;
Sem nunca baixar os braços;
Passando sempre através;
Vencendo todos fracassos.
Tomando grandes encargos;
Contando com ajuda dos seus;
Avançam a passos largos;
Fazendo a obra de Deus.
Atravessam montes e vales;
Nada há que os impeça;
Suportando todos os males;
Até cumprir a promessa.
Olhando estes gigantes;
Me alegro em suas obras;
Em apenas uns instantes;
Dá para ver que não há sobras.
Não somos todos iguais;
Mas fazemos com amor;
Uns menos, outros, mais;
Para a Glória do Senhor.
A cada um nos é dado;
Uma tarefa diferente;
Estamos do mesmo lado;
Por isso vamos em frente.
O que importa é cumprir a missão;
É essa a vontade de Deus;
Façamo-lo com gratidão;
Porque Ele ama os filhos Seus.
António Augusto de Almeida