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Síntese do Texto: Por uma história prazerosa e consequente
Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky
Os autores Jaime e Carla Pinsky abordam no texto as mudanças políticas e econômicas
ocorridas no final do século XX, onde tais mudanças causaram certo ceticismo entre
professores e alunos, relacionado ao conhecimento histórico e valor do ensino de História
como agente potencial de transformação social na escola.
Em outra visão com a difusão das novas tecnologias globais os autores questionam
com dúvidas a utilização do livro, sendo supostamente um recurso de ensino já ultrapassado, e
a utilidade dos professores como agentes de ensino e das propostas curriculares ligadas à
realidade nacional e local, ou seja, nas salas de aula os alunos trocam a investigação
bibliográfica por informações superficiais dos sites de pesquisa, em uma substituição do livro
quando deveria ser apenas um complemento, um apoio educacional.
Os autores elaboram suas propostas para o ensino de história nas salas de aulas a
partir de duas problemáticas, o desencanto pelas ideologias do mundo ocidental e a priorização
do século XX enquanto conteúdo, sobretudo no ensino médio colegiais. Partindo desse
pressuposto, avaliarão, por assim dizer, a mudança de época que vivemos acerca de um plano
sistemático neo-liberal quando criticam o simplismo do ensino de história adotado por alguns
historiadores, e o seu conceito tecnicista das escolas com a finalidade de preparar os alunos
para a competição mercadológica.
Partindo desta ótica se fortalece uma proposta pedagógica do ensino de história
diretamente ligada ao conhecimento humanístico visando desenvolver uma prática de ensino
de História adequada aos novos tempos e também a esses novos alunos, buscando aplicar um
conteúdo rico, socialmente responsável e sem o professor passar por ingênuo ou nostálgico.
Para Eric Hobsbrawn “Ser membro de uma comunidade humana é situar-se em relação ao seu
passado (ou da comunidade), ainda que apenas para rejeitá-lo. O passado é, portanto, uma
dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições,
valores e outros padrões da sociedade humana”. A história é referência, é preciso, portanto,
que seja bem ensinada. (Pinky, 2007, 19). Neste aspecto de visão humanística o professor
historiador está sendo mais valorizado, as pesquisas são mais abrangentes e a informática e a
internet facilitam a parte mecânica do trabalho de investigação.
Outro ponto importante observado nos texto é a crítica feita pelo autores sobre o
perigoso movimento onde de algumas escolas tende substituir o ensino de história por outra
disciplina, que poderíamos chamar de “realidade mundial”, como também a pressão que os
pais e diretores exercem sobre o trabalho do professor diante de uma sociedade consumista.
O professor no meio desta “realidade mundial” deve ensinar de forma diacrônica, desalienada e
consciente a história. Outra crítica observada pelos os autores é o abandono de certos
conteúdos em sala de aula, em especial os conteúdos dos séculos anteriores ao século XIX,
alegando não ser possível dar “tudo” esquecendo assim o passado mais distante e valorizando
o passado mais próximo, deixando de oportunizar o aluno uma História mais abrangente.
O passado dever ser questionado o aluno deve perceber-se com sujeito histórico.E
nesse ponto o papel do professor de história é o de se conscientizar de sua responsabilidade
social perante esses sujeitos históricos e ajudá-los a compreender e melhorar o mundo em que
vivem.
Para os autores “mais do que o livro, o professor tem que ter conteúdo”. Logo, o
professor tem que estudar, ler bastantes livros, tem que ser pesquisador, motivador, que tome
as questões sociais e culturais como referência das problemáticas humanas e trabalhando
temas ligados a desigualdades sociais, raciais, sexuais, diferenças culturais, sem, entretanto
distorcer o processo histórico.
É preciso equilíbrio e ponderação na abordagem de assuntos políticos em salas de
aula, entretanto, é atribuído o pensamento marxista “em que não é hora para entender o
mundo, mas de mudá-lo” como uma dificuldade com relação a isso. Aqui, chegam ao ponto
central de suas pesquisas, alegando que a função essencial do professor é fazer com que o
estudante sinta-se participante da história, aproximando-se de uma maneira real, como um
homem de seu tempo.
“Cabe ao professor, utilizando-se dos métodos históricos descritos
acima, aproximar o aluno dos personagens concretos da história, sem
idealização, mostrando que gente como a gente vem fazendo História.”
(PINSKYS, 2010, p. 51).
Diante disto os autores como forma de despertar o interesse do aluno definem cinco recortes
com demonstração na atualidade de coisas cronologicamente remotas onde a matéria escolar
pode estar relacionada a vários recortes da História. Onde citamos:
1) Um acontecimento ou evento histórico (Revolução Francesa, II Guerra, Proclamação da
República no Brasil).
2) Uma instituição social (a escravidão no Brasil, o imperialismo, a globalização).
3) Um processo de longa duração (o desenvolvimento das primeiras civilizações).
4) Uma interação cultural (o encontro entre europeus e indígenas).
5) Um tema monográfico (a mulher na idade média).
O primeiro pode ser estudado sob a ótica da continuidade e da ruptura histórica (A
história é um processo que sofre rupturas. Há fatos que mudaram a ordem mundial). Os
desenvolvimentos políticos, sociais e culturais de países inseridos no contexto
mundial. Exemplos de revoltas contra a ordem estabelecida e da tentativa de reconstrução
social, assim como dos problemas que impediram que os objetivos fossem alcançados.
O segundo tema pode ser trabalhado tendo em vista a ordem e o contexto histórico
desse período que permitiram e permitem que determinada instituição exerça poder sobre
determinada sociedade.
O terceiro tema deve levar o aluno a entender, que mais do que grandes
acontecimentos a história deve ser entendida como um largo período em que as mudanças
também ocorrem, mas de forma menos perceptíveis. Ex, surgimento do homem até as
primeiras civilizações.
O quarto tema visa abordar a problemática da pluralidade cultural e do choque que
ocorre no entre elas.
No último, um tema monográfico significa escolher um elemento (muitas vezes
desconsiderado na História) e estudá-lo. Um exemplo são os estudos sobre a mulher no Brasil
colônia.
Conclusão
O texto faz uma abordagem real do que é o ensino de história nos dias de hoje,
perpassando por um processo histórico do Ensino de História, fazendo uma analise através do
papel do professor como mediador e transformador e, principalmente como agente de uma
História que relacione o passado com o presente de forma a despertar no aluno o
questionamento real do seu processo de construção histórica e sua identificação com essa
“gente como a gente” do meio sócio-cultural da qual ele faz parte, e ainda como tornar este
ensino um momento de prazer e conseqüentemente se é prazeroso acaba se tornando fácil de
ensinar e aprender.

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  • 1.
  • 2. Síntese do Texto: Por uma história prazerosa e consequente Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky Os autores Jaime e Carla Pinsky abordam no texto as mudanças políticas e econômicas ocorridas no final do século XX, onde tais mudanças causaram certo ceticismo entre professores e alunos, relacionado ao conhecimento histórico e valor do ensino de História como agente potencial de transformação social na escola. Em outra visão com a difusão das novas tecnologias globais os autores questionam com dúvidas a utilização do livro, sendo supostamente um recurso de ensino já ultrapassado, e a utilidade dos professores como agentes de ensino e das propostas curriculares ligadas à realidade nacional e local, ou seja, nas salas de aula os alunos trocam a investigação bibliográfica por informações superficiais dos sites de pesquisa, em uma substituição do livro quando deveria ser apenas um complemento, um apoio educacional. Os autores elaboram suas propostas para o ensino de história nas salas de aulas a partir de duas problemáticas, o desencanto pelas ideologias do mundo ocidental e a priorização do século XX enquanto conteúdo, sobretudo no ensino médio colegiais. Partindo desse pressuposto, avaliarão, por assim dizer, a mudança de época que vivemos acerca de um plano sistemático neo-liberal quando criticam o simplismo do ensino de história adotado por alguns historiadores, e o seu conceito tecnicista das escolas com a finalidade de preparar os alunos para a competição mercadológica. Partindo desta ótica se fortalece uma proposta pedagógica do ensino de história diretamente ligada ao conhecimento humanístico visando desenvolver uma prática de ensino de História adequada aos novos tempos e também a esses novos alunos, buscando aplicar um conteúdo rico, socialmente responsável e sem o professor passar por ingênuo ou nostálgico. Para Eric Hobsbrawn “Ser membro de uma comunidade humana é situar-se em relação ao seu passado (ou da comunidade), ainda que apenas para rejeitá-lo. O passado é, portanto, uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana”. A história é referência, é preciso, portanto, que seja bem ensinada. (Pinky, 2007, 19). Neste aspecto de visão humanística o professor historiador está sendo mais valorizado, as pesquisas são mais abrangentes e a informática e a internet facilitam a parte mecânica do trabalho de investigação. Outro ponto importante observado nos texto é a crítica feita pelo autores sobre o perigoso movimento onde de algumas escolas tende substituir o ensino de história por outra disciplina, que poderíamos chamar de “realidade mundial”, como também a pressão que os pais e diretores exercem sobre o trabalho do professor diante de uma sociedade consumista. O professor no meio desta “realidade mundial” deve ensinar de forma diacrônica, desalienada e consciente a história. Outra crítica observada pelos os autores é o abandono de certos conteúdos em sala de aula, em especial os conteúdos dos séculos anteriores ao século XIX, alegando não ser possível dar “tudo” esquecendo assim o passado mais distante e valorizando o passado mais próximo, deixando de oportunizar o aluno uma História mais abrangente. O passado dever ser questionado o aluno deve perceber-se com sujeito histórico.E nesse ponto o papel do professor de história é o de se conscientizar de sua responsabilidade social perante esses sujeitos históricos e ajudá-los a compreender e melhorar o mundo em que vivem. Para os autores “mais do que o livro, o professor tem que ter conteúdo”. Logo, o professor tem que estudar, ler bastantes livros, tem que ser pesquisador, motivador, que tome as questões sociais e culturais como referência das problemáticas humanas e trabalhando temas ligados a desigualdades sociais, raciais, sexuais, diferenças culturais, sem, entretanto distorcer o processo histórico. É preciso equilíbrio e ponderação na abordagem de assuntos políticos em salas de aula, entretanto, é atribuído o pensamento marxista “em que não é hora para entender o mundo, mas de mudá-lo” como uma dificuldade com relação a isso. Aqui, chegam ao ponto central de suas pesquisas, alegando que a função essencial do professor é fazer com que o estudante sinta-se participante da história, aproximando-se de uma maneira real, como um homem de seu tempo.
  • 3. “Cabe ao professor, utilizando-se dos métodos históricos descritos acima, aproximar o aluno dos personagens concretos da história, sem idealização, mostrando que gente como a gente vem fazendo História.” (PINSKYS, 2010, p. 51). Diante disto os autores como forma de despertar o interesse do aluno definem cinco recortes com demonstração na atualidade de coisas cronologicamente remotas onde a matéria escolar pode estar relacionada a vários recortes da História. Onde citamos: 1) Um acontecimento ou evento histórico (Revolução Francesa, II Guerra, Proclamação da República no Brasil). 2) Uma instituição social (a escravidão no Brasil, o imperialismo, a globalização). 3) Um processo de longa duração (o desenvolvimento das primeiras civilizações). 4) Uma interação cultural (o encontro entre europeus e indígenas). 5) Um tema monográfico (a mulher na idade média). O primeiro pode ser estudado sob a ótica da continuidade e da ruptura histórica (A história é um processo que sofre rupturas. Há fatos que mudaram a ordem mundial). Os desenvolvimentos políticos, sociais e culturais de países inseridos no contexto mundial. Exemplos de revoltas contra a ordem estabelecida e da tentativa de reconstrução social, assim como dos problemas que impediram que os objetivos fossem alcançados. O segundo tema pode ser trabalhado tendo em vista a ordem e o contexto histórico desse período que permitiram e permitem que determinada instituição exerça poder sobre determinada sociedade. O terceiro tema deve levar o aluno a entender, que mais do que grandes acontecimentos a história deve ser entendida como um largo período em que as mudanças também ocorrem, mas de forma menos perceptíveis. Ex, surgimento do homem até as primeiras civilizações. O quarto tema visa abordar a problemática da pluralidade cultural e do choque que ocorre no entre elas. No último, um tema monográfico significa escolher um elemento (muitas vezes desconsiderado na História) e estudá-lo. Um exemplo são os estudos sobre a mulher no Brasil colônia. Conclusão O texto faz uma abordagem real do que é o ensino de história nos dias de hoje, perpassando por um processo histórico do Ensino de História, fazendo uma analise através do papel do professor como mediador e transformador e, principalmente como agente de uma História que relacione o passado com o presente de forma a despertar no aluno o questionamento real do seu processo de construção histórica e sua identificação com essa “gente como a gente” do meio sócio-cultural da qual ele faz parte, e ainda como tornar este ensino um momento de prazer e conseqüentemente se é prazeroso acaba se tornando fácil de ensinar e aprender.