O documento apresenta um resumo das principais abordagens teóricas da psicologia, incluindo behaviorismo, gestalt, psicanálise e cognitivismo. O behaviorismo foca no estudo das interações entre estímulos e respostas, enquanto a gestalt enfatiza a percepção global. A psicanálise estuda os processos inconscientes e a sexualidade no desenvolvimento da personalidade. O cognitivismo ressalta a importância das crenças e interpretações na compreensão do comportamento humano.
1. PSICOLOGIA:
ABORDAGENS TEÓRICAS
Professor: Paulo Vinícius Carvalho Silva
Mestre em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde (IP, UnB)
Curso de Direito
Disciplina: Psicologia Jurídica
2. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Surgiu, como área da Ciência, apenas em 1875, com
Wilhelm Wundt (Alemanha):
Definição do objeto de estudo;
Delimitação do campo de estudo;
Formulação de métodos de estudo;
Ideia de um homem autônomo, responsável pelo seu
próprio desenvolvimento.
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3. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
As teorias científicas surgem influenciadas pelas
condições da vida social, nos seus aspectos políticos,
econômicos, culturais.
A Psicologia não ficou estagnada ao longo do tempo.
Ciência recente e em constante processo de construção.
Tendências teóricas que constituem matrizes do
desenvolvimento da ciência tecnológica: Behaviorismo,
Gestalt e Psicanálise. 3
5. ABORDAGENS TEÓRICAS: BEHAVIORISMO
Terminologias: Behaviorismo, Comportamentalismo,
Análise Experimental do Comportamento, Análise do
Comportamento.
Surgimento: objeto observável, mensurável, cujos
experimentos poderiam ser reproduzidos em
diferentes condições e sujeitos (objetividade,
previsão e controle).
Características importantes para que a Psicologia se
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firmasse como ciência.
6. ABORDAGENS TEÓRICAS: BEHAVIORISMO
Em que consiste o comportamento?
Comportamento: interação entre aquilo que o sujeito
faz e o ambiente onde o seu fazer acontece.
Estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, entre
as ações do indivíduo (respostas) e o ambiente (estímulos).
Evolução do Behaviorismo: do comportamento
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respondente ao comportamento operante.
7. BEHAVIORISMO: COMPORTAMENTO RESPONDENTE
Comportamento reflexo ou respondente:
interações estímulos-resposta
incondicionadas, nas quais certos eventos
ambientais confiavelmente eliciam certas
Pavlov
respostas do organismo que independem
da aprendizagem.
Reflexos condicionados: pareamento, o qual leva o
organismo a responder a estímulos que antes não 7
respondia (Ex: jaleco e hospitalização).
8. BEHAVIORISMO: COMPORTAMENTO OPERANTE
Comportamento operante: o que
propicia a aprendizagem dos
comportamentos é a ação do
organismo sobre o meio e o efeito dela
resultante – a satisfação de alguma
Skinner
necessidade: R S
Agimos ou operamos sobre o mundo em função
das consequências criadas pela nossa ação. 8
10. BEHAVIORISMO: REFORÇAMENTO
Reforço: toda consequência que, seguindo uma
resposta, aumenta a probabilidade futura de uma
resposta.
Reforço positivo ou negativo.
A função reforçadora de um evento ambiental
qualquer só é definida por sua função sobre o
comportamento do indivíduo.
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12. BEHAVIORISMO: REFORÇAMENTO
Reforço negativo: fuga e esquiva.
Eventos reforçadores:
Reforços primários: reforçadores de toda uma espécie –
água, alimento e afeto, por exemplo.
Reforços secundários: adquirem a função quando pareados
temporariamente com os primários.
Reforçadores generalizados: reforçadores secundários,
quando emparelhados com muitos outros: dinheiro e
aprovação social. 12
13. BEHAVIORISMO: EXTINÇÃO E PUNIÇÃO
Extinção: procedimento no qual uma resposta deixa
abruptamente de ser reforçada.
Como consequência, a resposta diminuirá de frequência ou
deixará de ser emitida.
Punição: toda consequência que, seguindo uma
resposta, diminui a probabilidade futura de uma
resposta.
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Punição positiva ou negativa.
14. BEHAVIORISMO: PUNIÇÃO
Qual a eficácia da punição?
Punir leva à supressão temporária da resposta sem,
contudo, alterar a motivação.
Relação entre punição e o sistema prisional.
Substituição das práticas punitivas por procedimentos de
instalação de comportamentos desejáveis. 14
15. BEHAVIORISMO: CONTROLE DE ESTÍMULOS
Controle que o ambiente exerce sobre nós.
Controle de estímulos: quando a frequência ou a forma
da resposta é diferente sob estímulos diferentes.
Discriminação: quando uma resposta se mantém na presença
de um estímulo, mas sofre certo grau de extinção na presença
de outro.
Generalização: respostas semelhantes a um conjunto de
estímulos percebidos como semelhantes.
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16. ABORDAGENS TEÓRICAS: GESTALT
Percepção: ponto de partida e um dos temas
centrais da teoria.
Divergência entre Behaviorismo e Gestalt. Köhler
Para a Gestalt, entre o estímulo que o meio fornece e a
resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção.
O que o indivíduo percebe e como percebe são dados
importantes para a compreensão do comportamento humano.
O comportamento deveria ser estudado nos seus aspectos
mais globais, levando em consideração as condições que
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alteram a percepção do estímulo.
17. ABORDAGENS TEÓRICAS: GESTALT
A Gestalt encontra nos fenômenos da percepção as
condições para a compreensão do comportamento
humano.
Percepção: ponto de partida e um dos temas centrais
da teoria.
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18. GESTALT: BOA-FORMA
O elemento que objetivamos compreender deve ser
apresentado em aspectos básicos, que permitam a sua
decodificação, ou seja, a percepção da boa forma
(equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade).
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19. BOA-FORMA: FIGURA-FUNDO
A tendência da nossa percepção em buscar a boa-
forma permitirá a relação figura-fundo.
Quanto mais clara estiver a forma (boa-forma), mais
clara será a separação entre a figura e o fundo.
Quando isso não ocorre, torna-se difícil distinguir o que
é figura e o que é fundo. 19
28. GESTALT: CAMPO PSICOLÓGICO
Campo psicológico: campo de força que nos leva a
procurar a boa-forma.
Esse campo de força tem uma tendência que garante a
busca da melhor forma possível em situações que não
estão muito estruturadas.
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30. GESTALT: INSIGHT
A Gestalt vê a aprendizagem como a relação entre o
todo e a parte, onde o todo tem papel fundamental na
compreensão do objeto percebido.
Nem sempre as situações vividas por nós apresentam-
se de forma tão clara que permita sua percepção
imediata. Essas situações dificultam o processo de
aprendizagem, pois não permitem uma clara definição
de figura-fundo, impedindo a relação parte/todo.
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31. GESTALT: INSIGHT
Insight: às vezes estamos olhando para uma figura que
não tem sentido para nós e, de repente, sem que
tenhamos feito nenhum esforço especial para isso, a
relação figura-fundo se revela.
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32. ABORDAGENS TEÓRICAS: PSICANÁLISE
Psicanálise:
Teoria: conjunto de conhecimentos sistematizados
sobre o funcionamento da vida psíquica.
Freud
Método de investigação: caracteriza-se pelo método
interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é
manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções
imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações
livres, os atos falhos.
Análise: busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre por
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meio desse autoconhecimento.
33. ABORDAGENS TEÓRICAS: PSICANÁLISE
Da utilização da hipnose à utilização da catarse:
Hipnose: induz o indivíduo a um estado alterado de
consciência e, nesta condição, investiga as conexões entre
condutas e/ou entre fatos e condutas que podem ter
determinado o surgimento de um sintoma.
Método catártico:Tratamento que possibilita a liberação de
afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que
não puderam ser expressos na ocasião da vivência
desagradável ou dolorosa. Essa liberação de afetos leva à
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eliminação dos sintomas.
34. PSICANÁLISE: A DESCOBERTA DO INCONSCIENTE
Associação livre: os pacientes dão livre curso às suas
ideias.
Resistência: força psíquica que se opõe a revelar um
pensamento;
Repressão: visa encobrir, fazer desaparecer da consciência
uma ideia ou representação insuportável e dolorosa que está
na origem do sintoma.
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35. PSICANÁLISE: A DESCOBERTA DO INCONSCIENTE
Inconsciente: exprime o conjunto dos conteúdos não
presentes no campo atual da consciência.
Constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos
sistemas pré-consciente/consciente.
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37. PSICANÁLISE: A SEXUALIDADE
Sexualidade no centro da vida psíquica.
O período de desenvolvimento da sexualidade é longo
e complexo até chegar à sexualidade adulta.
Sexualidade: reprodução e obtenção do prazer.
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38. SEXUALIDADE: FASES DE DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL
Fase oral: a zona de erotização é a boca;
Faze anal: a zona de erotização é o ânus;
Fase fálica: a zona de erotização é o órgão sexual;
Período de latência: diminuição das atividades sexuais;
Fase genital: o objeto de erotização não está mais no
próprio corpo, mas no outro.
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39. SEXUALIDADE: COMPLEXO DE ÉDIPO
Complexo de Édipo: em torno dele ocorre a
estruturação da personalidade do indivíduo.
Entre 3 e 5 anos, durante a fase fálica:
A mãe é o objeto de desejo do menino, e o pai é o rival que
impede o seu acesso ao objeto desejado. Ele procura então
ser o pai para ter a mãe, escolhendo-o como modelo de
comportamento, passando a internalizar as regras e as normas
sociais representadas e impostas pela figura paterna.
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40. TRÊS SISTEMAS DA PERSONALIDADE
Conceitos:
Id: reservatório da energia psíquica; regido pelo princípio do
prazer (pulsões de vida e de morte);
Ego: estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as
exigências da realidade e as normas do superego; regido pelo
princípio da realidade; é um regulador.
Funções básicas do ego: percepção, memória, sentimentos,
pensamento.Complexo de Édipo: em torno dele ocorre a
estruturação da personalidade do indivíduo.
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Superego: exigências sociais e culturais; origina-se com o
complexo de Édipo.
42. TRÊS SISTEMAS DA PERSONALIDADE
O ego e o superego são diferenciações do id, o que
demonstra uma interdependência entre esses três
sistemas.
Esses sistemas não existem enquanto uma estrutura
vazia, mas são sempre habitados pelo conjunto de
experiências pessoas e particulares de cada um, que
se constitui como sujeito em uma relação com o outro
e em determinadas circunstâncias sociais.
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43. SINTOMAS E MECANISMOS DE DEFESA
Sintoma: produção – comportamento ou pensamento –
resultante de um conflito psíquico entre o desejo e os
mecanismos de defesa.
Mecanismos de defesa: processos inconscientes
realizados pelo ego, ocorrem independentemente da
vontade do indivíduo.
Recalque, formação reativa, regressão, projeção,
racionalização.
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44. ABORDAGENS TEÓRICAS: COGNITIVISMO
Importância das crenças e interpretações.
Alguns estudiosos acreditam que a causa de problemas
humanos encontra-se em crenças irracionais, que levam as
pessoas a um estado de não adaptação ao ambiente.
Crenças arraigadas desempenham um papel
fundamental na maneira de ver o mundo e responder
aos estímulos.
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45. ABORDAGENS TEÓRICAS: COGNITIVISMO
As crenças constituem a base de comparação de que os
indivíduos possuem para interpretar os acontecimentos.
Muitas crenças, principalmente as ligadas a princípios
morais, tornam-se parte do caráter do indivíduo e
passam a dirigir seus comportamentos.
Há associação direta entre crenças e valores que a
pessoa considera como seu e que orientam seus
comportamentos.
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Atuações: mudanças de padrões de pensamentos.
46. ABORDAGENS TEÓRICAS: ABORDAGEM SISTÊMICA
O sistema não é a soma das partes. Para se
compreender um sistema, não é suficiente conhecer as
partes isoladamente.
O que define um sistema é a relação das partes com o
todo e do todo com as partes.
Capacidade de autoproteção, autoequilíbrio e
autocrescimento.
Todo sistema possui a capacidade de autocontrole.
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47. ABORDAGENS TEÓRICAS: ABORDAGEM SISTÊMICA
A noção de contexto é primordial para se compreender a
proposta da abordagem sistêmica, que consiste numa
maneira de abordar, de ver, de situar, de pensar um
problema em relação a seu contexto.
Faz com que a situação-problema seja vista de outras
maneiras: multicausalidade.
É sempre interativa, ensinando as pessoas a
perceberem as outras em sua relação com a família,
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sociedade, valores e crenças.
48. ABORDAGENS TEÓRICAS: ABORDAGEM SISTÊMICA
As pessoas participam de uma rede de relações onde
cada pessoa influi e é influenciada pelas demais.
Em um sistema, o que acontece com qualquer
integrante afeta a todos.
O comportamento resultante, visto como um todo, não é
a simples soma do comportamento de cada uma das
partes.
A definição precisa do que seja um sistema inclui a
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determinação de seus limites, sendo sempre relativa.
49. ABORDAGEM SISTÊMICA: CARACTERÍSTICAS DE UM
SISTEMA
O sistema funciona como um todo, com total
independência.
O comportamento de cada elemento influencia e
também sofre influência por parte do todo. Há uma
influência recíproca.
É importante destacar que só é possível compreender
um elemento ou uma das partes do sistema se houver
conhecimento acerca do sistema como um todo.
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50. VYGOTSKY E A PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA
Perspectiva histórico-cultural: homem como
constituído e constituidor do meio social no
qual encontra-se inserido. Interação do ser Vygotsky
humano em seu meio social.
Relação entre aprendizagem e desenvolvimento.
Zona de desenvolvimento proximal.
Impacto no campo educacional.
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