O documento discute a infertilidade masculina, suas causas, avaliação e tratamentos. Aborda condições como varicocele, obstruções dos dutos e infecções que podem levar à infertilidade, assim como exames e terapias clínicas, cirúrgicas e de reprodução assistida.
2. Infertilidade conjugal: dificuldade de um
casal conseguir uma gravidez após um ano
de relações sexuais, sem uso de métodos
anticoncepcionais;
Atualmente: PREOCUPAÇÃO COM O
HOMEM.
5. Pode ser classificada em três graus, de acordo
com seu desenvolvimento:
Grau I (pequenas)- palpáveis somente com
manobra de Valsalva;
Grau II (moderadas)- palpáveis, inclusive sem
manobra de Valsalva;
Grau III (grandes)- visíveis e palpáveis facilmente.
6. Secundárias a Doenças Sexualmente
Transmissíveis, como uretrites, prostatites,
epedidimite;
ITU: pode ser indício de problemas
imunológicos.
7. Fator obstrutivo pode ser:
Ductal: secundário à agenesia de dutos
deferentes, obstrução do duto ejaculatório e à
vasectomia;
Epididimário: são secundárias a processos
inflamatórios e infecciosos.
8. • Um testículo que
permanece na cavidade
abdominal por toda a
vida, é incapaz de
formar SPTZ;
• A maioria dos casos de
criptorquidismo, são
causados por testículos
anormais.
9. “A não correção cirúrgica desta anomalia
em tempo devido, deixaria o testículo
exposto a uma temperatura corporal acima
da ideal, levando a uma piora da fertilidade
deste indivíduo.”
10.
11. Os espermatozóides apresentam antígenos de
superfície capazes de desenvolver anticorpos
anti-espermatozóides, entretanto isto
normalmente não ocorre devido à barreira
hematotesticular, que isola os espermatozóides
do sistema imune;
O rompimento desta barreira, como traumas,
torções, infecções ou obstruções podem
desencadear a produção de anticorpos, capazes
de interferir desde a produção, motilidade até
a aderência e penetração no óvulo.
12. PROPEDÊUTICA:
História Natural:
1. Quantos anos o casal está tentando uma gravidez?
2. Teve filhos de outros relacionamentos?
Antecedentes pessoais:
1. Criptorquidia?
2. Traumas testiculares?
3. Infecções urinárias ou testiculares?
4. Doenças sexualmente transmissíveis?
Antecedentes sexuais:
1. Número de relações semanais?
2. Filhos de outros relacionamentos?
Ocupação:
1. Locais muito quentes devem ser levados em consideração.
13. ALTERAÇÕES PERCEPTÍVEIS AO EXAME FÍSICO:
Face, atitude e virilização: identificar sinais de
deficiência androgênica;
Bolsa testicular: traz informações indiretas sobre
presença e dimensão dos testículos e alterações de seu
conteúdo, como nas grandes varicoceles;
Cordão inguinal: com o paciente em posição
ortostática auxiliada pela manobra de Valsalva, permite
o diagnóstico de pequenas e médias varicoceles, verifica
a presença do ducto deferente e de alterações, como
granulomas ou falhas decorrentes da vasectomia.
14. Testículos: avaliar seu posicionamento, volume,
e consistência. Diminuição no volume testicular
traduz-se em menor quantidade de ductos
seminíferos e pode ser consequência de
deficiência hormonal durante a puberdade ou de
alterações locais. Tumores testiculares podem
causar alterações da espermatogênese;
Epidídimos: verificar sua presença e alterações
de forma ou de consistência que sugira processo
inflamatório.
15. Pênis: verificar anomalias que impeçam o ato
sexual ou a deposição adequada do sêmen no
fundo vaginal. Deve-se verificar tamanho da
haste peniana, posição do meato uretral,
curvatura e calcificação nos corpos
cavernosos;
Toque retal: avaliar consistência e existência
de dor ou de cistos na linha mediana da
próstata que possam indicar obstrução dos
ductos ejaculadores.
16. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE SEMINAL COM
DIAGNÓSTICO DE AZOOSPERMIA E
OLIGOZOOSPERMIA SEVERA:
Volume ejaculado;
pH ;
Concentração de espermatozóides;
Motilidade ;
Morfologia;
Concentração de leucócitos.
17.
18. Espermograma (apesar da variação entre
indivíduos)
Dois exames
Abstinência sexual de 48 a 120 horas
15 dias entre os exames
Número, mobilidade, morfologia
FSH, LH, Testosterona
Cultura de urina e esperma
Urina pós-masturbação
Análise genética = fibrose cística
19. Ultrassonografia
bolsa escrotal
▪ Lesões expansivas testiculares e paratestitulares
▪ Varioceles (difícil diagnóstico e recidivas, doppler)
Transretal
▪ Obstrução ducto ejaculatório
▪ Vesículas seminais e cistos prostáticos
Deferentografia
Obstrução (muito invasivo, pouco usado)
Biópsia testicular
Apenas em casos de azospermia
Diferencia obstrução de falência testicular
20. Clínico
Inespecífico
▪ Orientação para casais
▪ relação em períodos férteis,
▪ uso de drogas,
▪ fumar,
▪ uso de lubrificantes,
▪ períodos de troca de medicamento.
21. Clínico
Específico
▪ Infecção = bactérias gram-negativas TRIMETROPIM
▪ Mínimo 4 semanas de tratamento
▪ Reposição Hormonal = hipogonadismo hipogonadotrófico
(FSH + HCG)
▪ FSH 75U 3x por semana + HCG 2000U 1x por semana
▪ Reavaliação de testosterona após 30 dias, se aumentar mantém
tratamento por mais 2 meses e avaliação de novo
espermograma.
▪ Terapia antioxidante
▪ Não tem uma resposta muito boa
▪ Ejaculação Retrógrada
▪ Uso de simpatomiméticos e alfaestimulantes
22. Cirúrgico
Primeira escolha quando possível
Varicocele
▪ Ligadura das veias espermáticas e suas tributárias
▪ Preservação da artéria testicular e drenagem linfática
▪ Acesso retroperitoneal, inguinal e subinguinal.
Reversão de Vasectomia
▪ reanastomose do deferente
▪ Chances de sucesso inversamente proporcionais ao tempo e
vasectomia
Obstrução de ducto ejaculador
▪ ressecção endoscópica para criar uma fístula entre ele e a
uretra posterior
▪ Recidiva por fibrose cicatricial
23. Reprodução Assistida
Quando tratamento clínico ou cirúrgico não
surtem efeito
Inseminação intra-uterina
▪ Estímulo hormonal feminino prévio
▪ Por via USG determina-se época de ovulação
▪ Preparo do sêmen
▪ Sêmen injetado no fundo uterino
▪ Diminui tempo e espaço entre óvulo e sptz
▪ Taxa de fertilidade de 10 a 20 %
▪ Depende da idade
24. Fertilização in-vitro
▪ Estímulo hormonal feminino prévio
▪ Coleta de óvulos no dia da ovulação por via vaginal
▪ Em laboratório, o óvulo é colocado em contado com
sêmen previamente preparado
▪ Fecundação e reprodução do embrião em ambiente
extracorpóreo
▪ Essa fecundação pode ser
▪ tradicional = sptz + óvulo colocados em contado e espera-
se que ocorra a fecundação. Taxa de fertilidade 25%.
▪ Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI) =
introdução do sptz no citoplasma do óvulo para que ocorra
a fecundação. Taca de fertilidade 30%.
25. - Ricardo Destro Saade. Professor doutor da
Disciplina de Urologia da Unicamp.
Infertilidade masculina.
- Miguel Zerati Filho, Archimedes Nardozza
Júnior, Rodolfo Borges dos Reis. Urologia
Fundamental. São Paulo, Planmark, 2010.