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   Infertilidade conjugal: dificuldade de um
    casal conseguir uma gravidez após um ano
    de relações sexuais, sem uso de métodos
    anticoncepcionais;
   Atualmente: PREOCUPAÇÃO COM O
    HOMEM.
   Pré-testiculares: genético, hormonal;
   Testiculares: varicocele, infeccioso,
    criptorquidia;
   Pós-testiculares: obstrutivos, imunológicos;
   Idiopático.
   Pode ser classificada em três graus, de acordo
    com seu desenvolvimento:
     Grau I (pequenas)- palpáveis somente com
      manobra de Valsalva;
     Grau II (moderadas)- palpáveis, inclusive sem
      manobra de Valsalva;
     Grau III (grandes)- visíveis e palpáveis facilmente.
   Secundárias a Doenças Sexualmente
    Transmissíveis, como uretrites, prostatites,
    epedidimite;
   ITU: pode ser indício de problemas
    imunológicos.
   Fator obstrutivo pode ser:
     Ductal: secundário à agenesia de dutos
      deferentes, obstrução do duto ejaculatório e à
      vasectomia;
     Epididimário: são secundárias a processos
      inflamatórios e infecciosos.
• Um testículo que
permanece na cavidade
abdominal por toda a
vida, é incapaz de
formar SPTZ;

• A maioria dos casos de
criptorquidismo, são
causados por testículos
anormais.
“A não correção cirúrgica desta anomalia
   em tempo devido, deixaria o testículo
exposto a uma temperatura corporal acima
 da ideal, levando a uma piora da fertilidade
               deste indivíduo.”
   Os espermatozóides apresentam antígenos de
    superfície capazes de desenvolver anticorpos
    anti-espermatozóides, entretanto isto
    normalmente não ocorre devido à barreira
    hematotesticular, que isola os espermatozóides
    do sistema imune;
   O rompimento desta barreira, como traumas,
    torções, infecções ou obstruções podem
    desencadear a produção de anticorpos, capazes
    de interferir desde a produção, motilidade até
    a aderência e penetração no óvulo.
   PROPEDÊUTICA:
   História Natural:
    1.   Quantos anos o casal está tentando uma gravidez?
    2.   Teve filhos de outros relacionamentos?
   Antecedentes pessoais:
    1.   Criptorquidia?
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   Antecedentes sexuais:
    1.   Número de relações semanais?
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   Ocupação:
    1.   Locais muito quentes devem ser levados em consideração.
   ALTERAÇÕES PERCEPTÍVEIS AO EXAME FÍSICO:

   Face, atitude e virilização: identificar sinais de
    deficiência androgênica;
   Bolsa testicular: traz informações indiretas sobre
    presença e dimensão dos testículos e alterações de seu
    conteúdo, como nas grandes varicoceles;
   Cordão inguinal: com o paciente em posição
    ortostática auxiliada pela manobra de Valsalva, permite
    o diagnóstico de pequenas e médias varicoceles, verifica
    a presença do ducto deferente e de alterações, como
    granulomas ou falhas decorrentes da vasectomia.
 Testículos: avaliar seu posicionamento, volume,
  e consistência. Diminuição no volume testicular
  traduz-se em menor quantidade de ductos
  seminíferos e pode ser consequência de
  deficiência hormonal durante a puberdade ou de
  alterações locais. Tumores testiculares podem
  causar alterações da espermatogênese;
 Epidídimos: verificar sua presença e alterações
  de forma ou de consistência que sugira processo
  inflamatório.
   Pênis: verificar anomalias que impeçam o ato
    sexual ou a deposição adequada do sêmen no
    fundo vaginal. Deve-se verificar tamanho da
    haste peniana, posição do meato uretral,
    curvatura e calcificação nos corpos
    cavernosos;
   Toque retal: avaliar consistência e existência
    de dor ou de cistos na linha mediana da
    próstata que possam indicar obstrução dos
    ductos ejaculadores.
   AVALIAÇÃO DA QUALIDADE SEMINAL COM
    DIAGNÓSTICO DE AZOOSPERMIA E
    OLIGOZOOSPERMIA SEVERA:

 Volume ejaculado;
 pH ;
 Concentração de espermatozóides;
 Motilidade ;
 Morfologia;
 Concentração de leucócitos.
   Espermograma (apesar da variação entre
    indivíduos)
     Dois exames
     Abstinência sexual de 48 a 120 horas
     15 dias entre os exames
     Número, mobilidade, morfologia
   FSH, LH, Testosterona
   Cultura de urina e esperma
   Urina pós-masturbação
   Análise genética = fibrose cística
   Ultrassonografia
     bolsa escrotal
      ▪ Lesões expansivas testiculares e paratestitulares
      ▪ Varioceles (difícil diagnóstico e recidivas, doppler)
     Transretal
      ▪ Obstrução ducto ejaculatório
      ▪ Vesículas seminais e cistos prostáticos
   Deferentografia
     Obstrução (muito invasivo, pouco usado)
   Biópsia testicular
     Apenas em casos de azospermia
     Diferencia obstrução de falência testicular
   Clínico
     Inespecífico
      ▪ Orientação para casais
        ▪ relação em períodos férteis,
        ▪ uso de drogas,
        ▪ fumar,
        ▪ uso de lubrificantes,
        ▪ períodos de troca de medicamento.
   Clínico
     Específico
      ▪ Infecção = bactérias gram-negativas TRIMETROPIM
        ▪ Mínimo 4 semanas de tratamento
      ▪ Reposição Hormonal = hipogonadismo hipogonadotrófico
        (FSH + HCG)
        ▪ FSH 75U 3x por semana + HCG 2000U 1x por semana
        ▪ Reavaliação de testosterona após 30 dias, se aumentar mantém
          tratamento por mais 2 meses e avaliação de novo
          espermograma.
      ▪ Terapia antioxidante
        ▪ Não tem uma resposta muito boa
      ▪ Ejaculação Retrógrada
        ▪ Uso de simpatomiméticos e alfaestimulantes
   Cirúrgico
     Primeira escolha quando possível
     Varicocele
      ▪ Ligadura das veias espermáticas e suas tributárias
      ▪ Preservação da artéria testicular e drenagem linfática
      ▪ Acesso retroperitoneal, inguinal e subinguinal.
     Reversão de Vasectomia
      ▪ reanastomose do deferente
      ▪ Chances de sucesso inversamente proporcionais ao tempo e
        vasectomia
     Obstrução de ducto ejaculador
      ▪ ressecção endoscópica para criar uma fístula entre ele e a
        uretra posterior
      ▪ Recidiva por fibrose cicatricial
   Reprodução Assistida
     Quando tratamento clínico ou cirúrgico não
      surtem efeito
     Inseminação intra-uterina
      ▪   Estímulo hormonal feminino prévio
      ▪   Por via USG determina-se época de ovulação
      ▪   Preparo do sêmen
      ▪   Sêmen injetado no fundo uterino
      ▪   Diminui tempo e espaço entre óvulo e sptz
      ▪   Taxa de fertilidade de 10 a 20 %
      ▪   Depende da idade
 Fertilização in-vitro
  ▪ Estímulo hormonal feminino prévio
  ▪ Coleta de óvulos no dia da ovulação por via vaginal
  ▪ Em laboratório, o óvulo é colocado em contado com
    sêmen previamente preparado
  ▪ Fecundação e reprodução do embrião em ambiente
    extracorpóreo
  ▪ Essa fecundação pode ser
    ▪ tradicional = sptz + óvulo colocados em contado e espera-
      se que ocorra a fecundação. Taxa de fertilidade 25%.
    ▪ Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI) =
      introdução do sptz no citoplasma do óvulo para que ocorra
      a fecundação. Taca de fertilidade 30%.
- Ricardo Destro Saade. Professor doutor da
Disciplina de Urologia da Unicamp.
Infertilidade masculina.
- Miguel Zerati Filho, Archimedes Nardozza
Júnior, Rodolfo Borges dos Reis. Urologia
Fundamental. São Paulo, Planmark, 2010.

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Infertilidade masculina

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  • 2. Infertilidade conjugal: dificuldade de um casal conseguir uma gravidez após um ano de relações sexuais, sem uso de métodos anticoncepcionais;  Atualmente: PREOCUPAÇÃO COM O HOMEM.
  • 3. Pré-testiculares: genético, hormonal;  Testiculares: varicocele, infeccioso, criptorquidia;  Pós-testiculares: obstrutivos, imunológicos;  Idiopático.
  • 4.
  • 5. Pode ser classificada em três graus, de acordo com seu desenvolvimento:  Grau I (pequenas)- palpáveis somente com manobra de Valsalva;  Grau II (moderadas)- palpáveis, inclusive sem manobra de Valsalva;  Grau III (grandes)- visíveis e palpáveis facilmente.
  • 6. Secundárias a Doenças Sexualmente Transmissíveis, como uretrites, prostatites, epedidimite;  ITU: pode ser indício de problemas imunológicos.
  • 7. Fator obstrutivo pode ser:  Ductal: secundário à agenesia de dutos deferentes, obstrução do duto ejaculatório e à vasectomia;  Epididimário: são secundárias a processos inflamatórios e infecciosos.
  • 8. • Um testículo que permanece na cavidade abdominal por toda a vida, é incapaz de formar SPTZ; • A maioria dos casos de criptorquidismo, são causados por testículos anormais.
  • 9. “A não correção cirúrgica desta anomalia em tempo devido, deixaria o testículo exposto a uma temperatura corporal acima da ideal, levando a uma piora da fertilidade deste indivíduo.”
  • 10.
  • 11. Os espermatozóides apresentam antígenos de superfície capazes de desenvolver anticorpos anti-espermatozóides, entretanto isto normalmente não ocorre devido à barreira hematotesticular, que isola os espermatozóides do sistema imune;  O rompimento desta barreira, como traumas, torções, infecções ou obstruções podem desencadear a produção de anticorpos, capazes de interferir desde a produção, motilidade até a aderência e penetração no óvulo.
  • 12. PROPEDÊUTICA:  História Natural: 1. Quantos anos o casal está tentando uma gravidez? 2. Teve filhos de outros relacionamentos?  Antecedentes pessoais: 1. Criptorquidia? 2. Traumas testiculares? 3. Infecções urinárias ou testiculares? 4. Doenças sexualmente transmissíveis?  Antecedentes sexuais: 1. Número de relações semanais? 2. Filhos de outros relacionamentos?  Ocupação: 1. Locais muito quentes devem ser levados em consideração.
  • 13. ALTERAÇÕES PERCEPTÍVEIS AO EXAME FÍSICO:  Face, atitude e virilização: identificar sinais de deficiência androgênica;  Bolsa testicular: traz informações indiretas sobre presença e dimensão dos testículos e alterações de seu conteúdo, como nas grandes varicoceles;  Cordão inguinal: com o paciente em posição ortostática auxiliada pela manobra de Valsalva, permite o diagnóstico de pequenas e médias varicoceles, verifica a presença do ducto deferente e de alterações, como granulomas ou falhas decorrentes da vasectomia.
  • 14.  Testículos: avaliar seu posicionamento, volume, e consistência. Diminuição no volume testicular traduz-se em menor quantidade de ductos seminíferos e pode ser consequência de deficiência hormonal durante a puberdade ou de alterações locais. Tumores testiculares podem causar alterações da espermatogênese;  Epidídimos: verificar sua presença e alterações de forma ou de consistência que sugira processo inflamatório.
  • 15. Pênis: verificar anomalias que impeçam o ato sexual ou a deposição adequada do sêmen no fundo vaginal. Deve-se verificar tamanho da haste peniana, posição do meato uretral, curvatura e calcificação nos corpos cavernosos;  Toque retal: avaliar consistência e existência de dor ou de cistos na linha mediana da próstata que possam indicar obstrução dos ductos ejaculadores.
  • 16. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE SEMINAL COM DIAGNÓSTICO DE AZOOSPERMIA E OLIGOZOOSPERMIA SEVERA:  Volume ejaculado;  pH ;  Concentração de espermatozóides;  Motilidade ;  Morfologia;  Concentração de leucócitos.
  • 17.
  • 18. Espermograma (apesar da variação entre indivíduos)  Dois exames  Abstinência sexual de 48 a 120 horas  15 dias entre os exames  Número, mobilidade, morfologia  FSH, LH, Testosterona  Cultura de urina e esperma  Urina pós-masturbação  Análise genética = fibrose cística
  • 19. Ultrassonografia  bolsa escrotal ▪ Lesões expansivas testiculares e paratestitulares ▪ Varioceles (difícil diagnóstico e recidivas, doppler)  Transretal ▪ Obstrução ducto ejaculatório ▪ Vesículas seminais e cistos prostáticos  Deferentografia  Obstrução (muito invasivo, pouco usado)  Biópsia testicular  Apenas em casos de azospermia  Diferencia obstrução de falência testicular
  • 20. Clínico  Inespecífico ▪ Orientação para casais ▪ relação em períodos férteis, ▪ uso de drogas, ▪ fumar, ▪ uso de lubrificantes, ▪ períodos de troca de medicamento.
  • 21. Clínico  Específico ▪ Infecção = bactérias gram-negativas TRIMETROPIM ▪ Mínimo 4 semanas de tratamento ▪ Reposição Hormonal = hipogonadismo hipogonadotrófico (FSH + HCG) ▪ FSH 75U 3x por semana + HCG 2000U 1x por semana ▪ Reavaliação de testosterona após 30 dias, se aumentar mantém tratamento por mais 2 meses e avaliação de novo espermograma. ▪ Terapia antioxidante ▪ Não tem uma resposta muito boa ▪ Ejaculação Retrógrada ▪ Uso de simpatomiméticos e alfaestimulantes
  • 22. Cirúrgico  Primeira escolha quando possível  Varicocele ▪ Ligadura das veias espermáticas e suas tributárias ▪ Preservação da artéria testicular e drenagem linfática ▪ Acesso retroperitoneal, inguinal e subinguinal.  Reversão de Vasectomia ▪ reanastomose do deferente ▪ Chances de sucesso inversamente proporcionais ao tempo e vasectomia  Obstrução de ducto ejaculador ▪ ressecção endoscópica para criar uma fístula entre ele e a uretra posterior ▪ Recidiva por fibrose cicatricial
  • 23. Reprodução Assistida  Quando tratamento clínico ou cirúrgico não surtem efeito  Inseminação intra-uterina ▪ Estímulo hormonal feminino prévio ▪ Por via USG determina-se época de ovulação ▪ Preparo do sêmen ▪ Sêmen injetado no fundo uterino ▪ Diminui tempo e espaço entre óvulo e sptz ▪ Taxa de fertilidade de 10 a 20 % ▪ Depende da idade
  • 24.  Fertilização in-vitro ▪ Estímulo hormonal feminino prévio ▪ Coleta de óvulos no dia da ovulação por via vaginal ▪ Em laboratório, o óvulo é colocado em contado com sêmen previamente preparado ▪ Fecundação e reprodução do embrião em ambiente extracorpóreo ▪ Essa fecundação pode ser ▪ tradicional = sptz + óvulo colocados em contado e espera- se que ocorra a fecundação. Taxa de fertilidade 25%. ▪ Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI) = introdução do sptz no citoplasma do óvulo para que ocorra a fecundação. Taca de fertilidade 30%.
  • 25. - Ricardo Destro Saade. Professor doutor da Disciplina de Urologia da Unicamp. Infertilidade masculina. - Miguel Zerati Filho, Archimedes Nardozza Júnior, Rodolfo Borges dos Reis. Urologia Fundamental. São Paulo, Planmark, 2010.