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3CICLO DO CARBONO EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CONTINENTAIS BRASILEIROS
Oecol. Bras., 12 (1): 03-05, 2008
Nos últimos vinte anos, acentuou-se de forma
marcante o debate científico sobre o aumento da
temperatura na superfície terrestre em decorrência
da presença dos gases causadores do Efeito Estufa,
culminando com discussões acaloradas sobre suas
causas, tendências, conseqüências catastróficas e
formas de mitigação. A intensificação na liberação
destes gases é considerada um processo chave para o
entendimento do aumento de temperatura na biosfera.
O IPCC (2001) destaca o dióxido de carbono (CO2
) e
o metano (CH4
) como os principais gases causadores
deste aquecimento.
Estudos evidenciam que nossa sociedade alterou
(e altera) significativamente as taxas de emissão
de CO2
e CH4
dos ecossistemas para atmosfera ao
modificar as condições naturais dos meios aquático,
terrestre e atmosférico. Especialistas têm chamado
atenção sobre a necessidade premente de uma melhor
compreensão ecológica tanto do ciclo do carbono
nos ecossistemas aquáticos continentais, quanto dos
efeitos das alterações humanas sobre este ciclo. Já
se sabe que, apesar de sua pequena contribuição em
termos de área, os ecossistemas aquáticos continen-
tais têm um importante papel no fluxo global do
Carbono (Cole et al. 2007).
A grande maioria dos ecossistemas aquáticos
continentais são pequenos e rasos (Dowing et al.
2006), fato este que favorece a colonização destas
áreas por macrófitas aquáticas (Wetzel 1990).Apesar
da reconhecida importância do papel destes vegetais
no metabolismo aquático (Jeppesen et al. 1997), a
quantidade de estudos realizados com macrófitas
aquáticas no Brasil é muito reduzida quando compa-
rada aos estudos com outras comunidades (Enrich-
Prast 2006). O artigo de Biudes & Camargo (Oeco-
logia Brasiliensis Vol 12, n°1, 2008) vem preencher
uma lacuna sobre os principais fatores reguladores
desta comunidade em ecossistemas aquáticos conti-
nentais Brasileiros. A variação na produção primária
das macrófitas aquáticas tem influencia direta sobre
a geração dos detritos oriundos destas, que acabam
por entrar no ecossistema.
Diversos aspectos relacionados à liberação de
Carbono durante o processo de decomposição das
macrófitas aquáticas foram abordados pelos artigos de
Cunha-Santinho et al. e Bianchini Jr. & Cunha-San-
tino (Oecol. Bras. 12(1), 2008), enquanto Azevedo et
al. (Oecol. Bras. 12(1), 2008), utilizando-se análises
espectroscópicas, demonstraram que a contribuição
da matéria orgânica oriunda da decomposição de
macrófitas aquáticas pode variar entre diferentes
ecossistemas aquáticos da Planície do Rio Paraná.
Fernandes et al. (Oecol. Bras. 12(1), 2008) também
compararam o comportamento sazonal da matéria
orgânica dissolvida cromófora no Rio Paraíba do Sul
e sugeriram que padrões ópticos podem contribuir
para a caracterização e possível monitoramento de
um ecossistema aquático. O processo de decompo-
sição da matéria orgânica, além de liberar nutrientes
para o ambiente, também produz CO2
e CH4
, gases
que promovem o Efeito Estufa bem como carbono
orgânico dissolvido (COD), que é fonte de energia
para a cadeia trófica decompositora (Begon et al.
2006) e até mesmo para níveis mais elevados da teia
trófica (Pace et al. 2004).
O COD disponível à respiração microbiana aquá-
tica pode ser de fontes autóctone ou alóctone. A
importância relativa do fitoplâncton como fonte de
COD para os microrganismos é bastante relevante,
principalmente em ambientes com elevadas concen-
trações de COD de origem terrestre (Brito et al 2006).
Vários autores já demonstraram o papel do aporte
de carbono orgânico terrestre em sustentar a hetero-
trofia líquida na maioria dos lagos do mundo (Caraco
CICLO DO CARBONO EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CONTINENTAIS
BRASILEIROS
Alex Enrich-Prast¹ & Luana Pinho¹,
²
1
Laboratório de Biogeoquímica, Depto. de Ecologia, Inst. de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ilha do Fundão. Caixa Postal:
68020, CEP: 21941-590. Rio de Janeiro, Brasil.
2
Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Inst. de Biologia, UFRJ. Ilha do Fundão. CEP: 21941-590, Caixa Postal: 68020. Rio de Janeiro, Brasil.
*E-mail: aeprast@biologia.ufrj.br
4 ENRICH-PRAST, A. & PINHO, L.
Oecol. Bras., 12 (1): 03-05, 2008
& Cole 2004, 2007, Sobek et al. 2005). No entanto,
a relação entre as comunidades fitoplanctônica e
microbiana não foi observada por Guenter & Valentin
(Oecol. Bras. 12(1), 2008), indicando que o carbono
que sustenta a cadeia microbiana também pode ter
diferentes origens, além da fitoplanctônica.
Alguns artigos presentes neste número especial
abordam questões relacionadas à variações tempo-
rais das concentrações de COD em lagos tropicais
(Marotta et al., Teixeira et al., Fernandes et al., Oecol.
Bras. 12(1), 2008). Sobek et al. (2007) avaliaram as
concentrações de COD em lagos mundiais, e dos
7514 lagos amostrados somente 1 lago localizava-se
no Brasil. Esta ausência de informações a respeito do
funcionamento dos ecossistemas tropicais diminui a
inserção de resultados destes ambientes nos modelos
propostos, fato que pode levar ao estabelecimento
de modelos incompletos, que não representam real-
mente o ambiente, mas que acabam sendo utilizados
indiscriminadamente. Marotta et al. (Oecol. Bras.
12(1), 2008) encontraram uma relação positiva entre
a pluviosidade e as concentrações de COD e CO2
em uma lagoa costeira tropical, enquanto Teixeira
et al. (Oecol. Bras. 12(1), 2008) não encontraram
correlação significativa entre estes parâmetros em
ambientes aquáticos da Planície do Paraná. Estes
resultados conflitantes demonstram que questões
sobre o ciclo do carbono em ambientes tropicais não
são ainda bem conhecidas, precisando ser estudadas e
avaliadas melhor.
Cole et al. (2007) demonstraram que ambientes
aquáticos continentais apresentam um papel relevante
no ciclo global do Carbono. No entanto, a contri-
buição destes ecossistemas tropicais na emissão de
CO2
e CH4
ainda carece de mais informações, mesmo
se tratando de um grupo específico destes ambientes
que são os reservatórios (Fearnside 1995, 1996, Rosa
et al. 1996, 2006). Fearnside e Santos et al. (ambos,
Oecol. Bras. 12(1), 2008) apresentam pontos de vista
totalmente discordantes do que diz respeito à libe-
ração de CO2
e, principalmente, de CH4
por reserva-
tórios. Enquanto Fearnside defende que as hidrelé-
tricas amazônicas são “fábricas” de CH4
, Santos et al.
afirmam que estes dados são baseados em extrapola-
ções desprovidas de critérios científicos estabelecidos
e questionam firmemente as metodologias e os argu-
mentos apresentados pelo estudo anterior. Uma das
questões mais polêmicas é a estimativa de emissão de
gases à jusante de represas, logo após a passagem da
água pelas turbinas, pois alguns estudos afirmam que
hidrelétricas podem contribuir mais para o aumento
do Efeito Estufa do que grandes cidades, como São
Paulo (Fearnside 1995). Um dos aspectos que muitas
vezes não tem sido considerado nesta discussão é
o papel dos reservatórios como acumuladores de
matéria orgânica em seu sedimento.
Os lagos também são ecossistemas reconheci-
damente importantes em relação à acumulação de
matéria orgânica em escalas de décadas a milênios
(Dowing et al. 2008, Cole et al. 2007). Cole et al.
(2007) sugerem que, em termos de acumulação de
matéria orgânica, lagos pequenos e médios prova-
velmente tem uma maior contribuição em termos
globais, em virtude de seu elevado número e taxas
mais rápidas de acumulação. Um dos aspectos que
tem chamado a atenção de pesquisadores no momento
é a determinação das taxas de EACO (Eficiência no
Acúmulo de Carbono Orgânico, traduzido de Organic
Carbon Burrial Efficiency). Esta seria uma medida da
Eficiência de Acúmulo, que é a razão entre a quanti-
dade de matéria orgânica que está sendo depositada
e a que está sendo efetivamente seqüestrada sem ser
mineralizada (Galy et al. 2007). Dois estudos publi-
cados no presente número (Oecol. Bras. 12(1), 2008)
contribuem para um melhor entendimento desta
questão. O primeiro são os resultados apresentados
por Cordeiro et al., que demonstram a participação
dos sistemas aquáticos amazônicos no acúmulo de
carbono em função de mudanças paleoclimáticas
e antrópicas na Amazônia. Já o segundo, Bezerra
& Mozetto, mensuraram as taxas de deposição de
carbono na planície de inundação do rio Paraguai no
Holoceno, observando que a deposição de carbono
nas lagoas do Pantanal reflete as oscilações climá-
ticas desde o Pleistoceno Tardio.
O Brasil é um país estratégico para estudos à
respeito da liberação de gases de Efeito Estufa, por
possuir em seu território importante parcela dos
ecossistemas aquáticos continentais e florestas do
planeta que têm papel relevante sobre o clima e o
fluxo de carbono global. Este número especial de
Oecologia Brasiliensis (Oecol. Bras. 12(1), 2008),
lançado durante o II Simpósio em Ecologia: Ciclo
do Carbono em Ambientes Aquáticos Continentais,
visa divulgar e discutir o papel dos ecossistemas
aquáticos tropicais no ciclo global do Carbono. Os
5CICLO DO CARBONO EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CONTINENTAIS BRASILEIROS
Oecol. Bras., 12 (1): 03-05, 2008
artigos publicados neste número abordam diversas
questões que estão sendo discutidas direta ou indi-
retamente pela academia e mídia em geral. Espe-
ramos que este número venha a contribuir para
disseminar o conhecimento científico sobre Ciclo
do Carbono no Brasil.
REFERÊNCIAS
BEGON, M.; TOWNSEND, C.R. & HARPER, J.L. 2006.
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Publishing, Oxford, 759p.
BRITO, E.F.; MOULTON, T.P. ; SOUZA, M.L. & BUNN,
S.E. 2006. Stable Isotope Analysis Indicates Microalgae as
the Predominant Food Source of Fauna in a Coastal Forest
Stream, Southeast Brazil. Austral Ecology, 31(5): 623-633.
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matter is sent down the river: Importance of allochthonous C
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A. Polis, M. E. Power & G.R. Huxley (eds.). Food webs at
the landscape level. University of Chicago Press. 548 p.
COLE, J.J.; PRAIRIE, Y.T.; CARACO, N.F.; MCDOWELL,
W.H.; TRANVIK, L.J.; STRIEGL, R.G.; DUARTE, C.M.;
KORTELAINEN, P.; DOWNING, J.A.; MIDDELBURG, J.J.
& MELACK, J. 2007. Plumbing the Global Carbon Cycle:
Integrating Inland Waters into the Terrestrial Carbon Budget.
Ecosystems, 10: 171-184.
DOWNING, J.A.; PRAIRIE, Y.T.; COLE, J.J.; DUARTE, C.M.;
TRANVIK, L.J.; STRIEGL, R.G.; MCDOWELL, W.H.;
KORTELAINEN, P.; CARACO, N.F.; MELACK, J.M. &
MIDDELBURG, J.J. 2006. The Global Abundance and Size
Distribution of Lakes, Ponds, and Impoundments. Limnology
and Oceanography, 51: 2388-2397.
DOWNING, J.A.; COLE, J.J.; MIDDELBURG, J.J.; STRIEGL,
R.G.; DUARTE, C.M.; KORTELAINEN, P.; PRAIRIE, Y.T.
& LAUBE, K.A. 2008. Sediment organic carbon burial in
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Global Biogeochemistry Cycles, 22(1): GB1018.
ENRICH-PRAST, A. 2006. Importância, Desafios e Perspectivas
no Estudo da Ecologia Aquática Microbiana no Brasil.
Boletim da Sociedade Brasileira de Limnologia, 36: 30-35.
JEPPESEN, E.; SONDERGAARD, M.; SONDERGAARD,
M. & CHRISTOFFERSEN, C. 1997. The structuring role
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Springer, 421p.
FEARNSIDE, P.M. 1995. Hydroelectric Dams in the Brazilian
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FEARNSIDE, P.M. 1996. Hydroelectric Dams in Brazilian
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GALY,V.; FRANCE-LANORD, C.; BEYSAC, O.; FAURE,
P.; KUDRASS, H. & PALHOL, F. 2007. Efficient organic
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PACE, M.L.; COLE, J.J.; CARPENTER, S.R.; KITCHELL, J.F.;
HODGSON, J.R.; VAN DE BOGERT, M.C.; BADE, D.L.;
KRITZBERG, E.S. & BASTVIKEN, D. 2004. Whole-Lake
Carbon-13 Additions Reveal Terrestrial Support of Aquatic
Food Webs. Nature, 427: 240-243.
ROSA, L.P.; SCHAEFFER, R. & SANTOS, M.A. 1996. Are
Hydroelectric Dams in the Brazilian Amazon Significant
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66: 2-6.
ROSA, L.P.; SANTOS, M.A.; MATVIENKO, B.; SIKAR, E.
& SANTOS, E.O. 2006. Scientific Errors in the Fearnside
Comments on Greenhouse Gas Emissions (GHG) from
Hydroelectric Dams and Response to His Political Claiming.
Climatic Change, 75: 498-510.
SOBEK, S.; TRANVIK, L.J. & COLE, J.J. 2005. Temperature
Independence of Carbon Dioxide Supersaturation in Global
Lakes. Global Biogeochemical Cycles, 19: 1-10.
SOBEK, S.;TRANVIK, L.J.; Prairie,Y.T.; Kortelainen, P. & Cole,
J.J. 2007. Patterns and regulation of dissolved organic carbon:
An analysis of 7500 widely distributed lakes. Limnology and
Oceanographic, 52(3), 1208-1219.
WETZEL, R.G. 1990. Land-water interfaces: Metabolic and
limnological regulators. Int. Ver. Theor. Angew. Limnol. Verh.,
24: 6-24.
Artigo de apresentação do Número Especial
Oecol. Bras. 12(1), 2008.

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Ciclo do Carbono em Ecossistemas Aquáticos Continentais Brasileiros

  • 1. 3CICLO DO CARBONO EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CONTINENTAIS BRASILEIROS Oecol. Bras., 12 (1): 03-05, 2008 Nos últimos vinte anos, acentuou-se de forma marcante o debate científico sobre o aumento da temperatura na superfície terrestre em decorrência da presença dos gases causadores do Efeito Estufa, culminando com discussões acaloradas sobre suas causas, tendências, conseqüências catastróficas e formas de mitigação. A intensificação na liberação destes gases é considerada um processo chave para o entendimento do aumento de temperatura na biosfera. O IPCC (2001) destaca o dióxido de carbono (CO2 ) e o metano (CH4 ) como os principais gases causadores deste aquecimento. Estudos evidenciam que nossa sociedade alterou (e altera) significativamente as taxas de emissão de CO2 e CH4 dos ecossistemas para atmosfera ao modificar as condições naturais dos meios aquático, terrestre e atmosférico. Especialistas têm chamado atenção sobre a necessidade premente de uma melhor compreensão ecológica tanto do ciclo do carbono nos ecossistemas aquáticos continentais, quanto dos efeitos das alterações humanas sobre este ciclo. Já se sabe que, apesar de sua pequena contribuição em termos de área, os ecossistemas aquáticos continen- tais têm um importante papel no fluxo global do Carbono (Cole et al. 2007). A grande maioria dos ecossistemas aquáticos continentais são pequenos e rasos (Dowing et al. 2006), fato este que favorece a colonização destas áreas por macrófitas aquáticas (Wetzel 1990).Apesar da reconhecida importância do papel destes vegetais no metabolismo aquático (Jeppesen et al. 1997), a quantidade de estudos realizados com macrófitas aquáticas no Brasil é muito reduzida quando compa- rada aos estudos com outras comunidades (Enrich- Prast 2006). O artigo de Biudes & Camargo (Oeco- logia Brasiliensis Vol 12, n°1, 2008) vem preencher uma lacuna sobre os principais fatores reguladores desta comunidade em ecossistemas aquáticos conti- nentais Brasileiros. A variação na produção primária das macrófitas aquáticas tem influencia direta sobre a geração dos detritos oriundos destas, que acabam por entrar no ecossistema. Diversos aspectos relacionados à liberação de Carbono durante o processo de decomposição das macrófitas aquáticas foram abordados pelos artigos de Cunha-Santinho et al. e Bianchini Jr. & Cunha-San- tino (Oecol. Bras. 12(1), 2008), enquanto Azevedo et al. (Oecol. Bras. 12(1), 2008), utilizando-se análises espectroscópicas, demonstraram que a contribuição da matéria orgânica oriunda da decomposição de macrófitas aquáticas pode variar entre diferentes ecossistemas aquáticos da Planície do Rio Paraná. Fernandes et al. (Oecol. Bras. 12(1), 2008) também compararam o comportamento sazonal da matéria orgânica dissolvida cromófora no Rio Paraíba do Sul e sugeriram que padrões ópticos podem contribuir para a caracterização e possível monitoramento de um ecossistema aquático. O processo de decompo- sição da matéria orgânica, além de liberar nutrientes para o ambiente, também produz CO2 e CH4 , gases que promovem o Efeito Estufa bem como carbono orgânico dissolvido (COD), que é fonte de energia para a cadeia trófica decompositora (Begon et al. 2006) e até mesmo para níveis mais elevados da teia trófica (Pace et al. 2004). O COD disponível à respiração microbiana aquá- tica pode ser de fontes autóctone ou alóctone. A importância relativa do fitoplâncton como fonte de COD para os microrganismos é bastante relevante, principalmente em ambientes com elevadas concen- trações de COD de origem terrestre (Brito et al 2006). Vários autores já demonstraram o papel do aporte de carbono orgânico terrestre em sustentar a hetero- trofia líquida na maioria dos lagos do mundo (Caraco CICLO DO CARBONO EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CONTINENTAIS BRASILEIROS Alex Enrich-Prast¹ & Luana Pinho¹, ² 1 Laboratório de Biogeoquímica, Depto. de Ecologia, Inst. de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ilha do Fundão. Caixa Postal: 68020, CEP: 21941-590. Rio de Janeiro, Brasil. 2 Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Inst. de Biologia, UFRJ. Ilha do Fundão. CEP: 21941-590, Caixa Postal: 68020. Rio de Janeiro, Brasil. *E-mail: aeprast@biologia.ufrj.br
  • 2. 4 ENRICH-PRAST, A. & PINHO, L. Oecol. Bras., 12 (1): 03-05, 2008 & Cole 2004, 2007, Sobek et al. 2005). No entanto, a relação entre as comunidades fitoplanctônica e microbiana não foi observada por Guenter & Valentin (Oecol. Bras. 12(1), 2008), indicando que o carbono que sustenta a cadeia microbiana também pode ter diferentes origens, além da fitoplanctônica. Alguns artigos presentes neste número especial abordam questões relacionadas à variações tempo- rais das concentrações de COD em lagos tropicais (Marotta et al., Teixeira et al., Fernandes et al., Oecol. Bras. 12(1), 2008). Sobek et al. (2007) avaliaram as concentrações de COD em lagos mundiais, e dos 7514 lagos amostrados somente 1 lago localizava-se no Brasil. Esta ausência de informações a respeito do funcionamento dos ecossistemas tropicais diminui a inserção de resultados destes ambientes nos modelos propostos, fato que pode levar ao estabelecimento de modelos incompletos, que não representam real- mente o ambiente, mas que acabam sendo utilizados indiscriminadamente. Marotta et al. (Oecol. Bras. 12(1), 2008) encontraram uma relação positiva entre a pluviosidade e as concentrações de COD e CO2 em uma lagoa costeira tropical, enquanto Teixeira et al. (Oecol. Bras. 12(1), 2008) não encontraram correlação significativa entre estes parâmetros em ambientes aquáticos da Planície do Paraná. Estes resultados conflitantes demonstram que questões sobre o ciclo do carbono em ambientes tropicais não são ainda bem conhecidas, precisando ser estudadas e avaliadas melhor. Cole et al. (2007) demonstraram que ambientes aquáticos continentais apresentam um papel relevante no ciclo global do Carbono. No entanto, a contri- buição destes ecossistemas tropicais na emissão de CO2 e CH4 ainda carece de mais informações, mesmo se tratando de um grupo específico destes ambientes que são os reservatórios (Fearnside 1995, 1996, Rosa et al. 1996, 2006). Fearnside e Santos et al. (ambos, Oecol. Bras. 12(1), 2008) apresentam pontos de vista totalmente discordantes do que diz respeito à libe- ração de CO2 e, principalmente, de CH4 por reserva- tórios. Enquanto Fearnside defende que as hidrelé- tricas amazônicas são “fábricas” de CH4 , Santos et al. afirmam que estes dados são baseados em extrapola- ções desprovidas de critérios científicos estabelecidos e questionam firmemente as metodologias e os argu- mentos apresentados pelo estudo anterior. Uma das questões mais polêmicas é a estimativa de emissão de gases à jusante de represas, logo após a passagem da água pelas turbinas, pois alguns estudos afirmam que hidrelétricas podem contribuir mais para o aumento do Efeito Estufa do que grandes cidades, como São Paulo (Fearnside 1995). Um dos aspectos que muitas vezes não tem sido considerado nesta discussão é o papel dos reservatórios como acumuladores de matéria orgânica em seu sedimento. Os lagos também são ecossistemas reconheci- damente importantes em relação à acumulação de matéria orgânica em escalas de décadas a milênios (Dowing et al. 2008, Cole et al. 2007). Cole et al. (2007) sugerem que, em termos de acumulação de matéria orgânica, lagos pequenos e médios prova- velmente tem uma maior contribuição em termos globais, em virtude de seu elevado número e taxas mais rápidas de acumulação. Um dos aspectos que tem chamado a atenção de pesquisadores no momento é a determinação das taxas de EACO (Eficiência no Acúmulo de Carbono Orgânico, traduzido de Organic Carbon Burrial Efficiency). Esta seria uma medida da Eficiência de Acúmulo, que é a razão entre a quanti- dade de matéria orgânica que está sendo depositada e a que está sendo efetivamente seqüestrada sem ser mineralizada (Galy et al. 2007). Dois estudos publi- cados no presente número (Oecol. Bras. 12(1), 2008) contribuem para um melhor entendimento desta questão. O primeiro são os resultados apresentados por Cordeiro et al., que demonstram a participação dos sistemas aquáticos amazônicos no acúmulo de carbono em função de mudanças paleoclimáticas e antrópicas na Amazônia. Já o segundo, Bezerra & Mozetto, mensuraram as taxas de deposição de carbono na planície de inundação do rio Paraguai no Holoceno, observando que a deposição de carbono nas lagoas do Pantanal reflete as oscilações climá- ticas desde o Pleistoceno Tardio. O Brasil é um país estratégico para estudos à respeito da liberação de gases de Efeito Estufa, por possuir em seu território importante parcela dos ecossistemas aquáticos continentais e florestas do planeta que têm papel relevante sobre o clima e o fluxo de carbono global. Este número especial de Oecologia Brasiliensis (Oecol. Bras. 12(1), 2008), lançado durante o II Simpósio em Ecologia: Ciclo do Carbono em Ambientes Aquáticos Continentais, visa divulgar e discutir o papel dos ecossistemas aquáticos tropicais no ciclo global do Carbono. Os
  • 3. 5CICLO DO CARBONO EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CONTINENTAIS BRASILEIROS Oecol. Bras., 12 (1): 03-05, 2008 artigos publicados neste número abordam diversas questões que estão sendo discutidas direta ou indi- retamente pela academia e mídia em geral. Espe- ramos que este número venha a contribuir para disseminar o conhecimento científico sobre Ciclo do Carbono no Brasil. REFERÊNCIAS BEGON, M.; TOWNSEND, C.R. & HARPER, J.L. 2006. Ecology: from individuals to ecosystems. Blackwell Publishing, Oxford, 759p. BRITO, E.F.; MOULTON, T.P. ; SOUZA, M.L. & BUNN, S.E. 2006. Stable Isotope Analysis Indicates Microalgae as the Predominant Food Source of Fauna in a Coastal Forest Stream, Southeast Brazil. Austral Ecology, 31(5): 623-633. CARACO, N. F. & COLE, J. J. 2004. When terrestrial organic matter is sent down the river: Importance of allochthonous C inputs to the metabolism in lakes and rivers. Pp 301-316 In: A. Polis, M. E. Power & G.R. Huxley (eds.). Food webs at the landscape level. University of Chicago Press. 548 p. COLE, J.J.; PRAIRIE, Y.T.; CARACO, N.F.; MCDOWELL, W.H.; TRANVIK, L.J.; STRIEGL, R.G.; DUARTE, C.M.; KORTELAINEN, P.; DOWNING, J.A.; MIDDELBURG, J.J. & MELACK, J. 2007. Plumbing the Global Carbon Cycle: Integrating Inland Waters into the Terrestrial Carbon Budget. Ecosystems, 10: 171-184. DOWNING, J.A.; PRAIRIE, Y.T.; COLE, J.J.; DUARTE, C.M.; TRANVIK, L.J.; STRIEGL, R.G.; MCDOWELL, W.H.; KORTELAINEN, P.; CARACO, N.F.; MELACK, J.M. & MIDDELBURG, J.J. 2006. The Global Abundance and Size Distribution of Lakes, Ponds, and Impoundments. Limnology and Oceanography, 51: 2388-2397. DOWNING, J.A.; COLE, J.J.; MIDDELBURG, J.J.; STRIEGL, R.G.; DUARTE, C.M.; KORTELAINEN, P.; PRAIRIE, Y.T. & LAUBE, K.A. 2008. Sediment organic carbon burial in agriculturally eutrophic impoundments over the last century. Global Biogeochemistry Cycles, 22(1): GB1018. ENRICH-PRAST, A. 2006. Importância, Desafios e Perspectivas no Estudo da Ecologia Aquática Microbiana no Brasil. Boletim da Sociedade Brasileira de Limnologia, 36: 30-35. JEPPESEN, E.; SONDERGAARD, M.; SONDERGAARD, M. & CHRISTOFFERSEN, C. 1997. The structuring role of submerged macrophytes in lakes. Ecological Studies, Springer, 421p. FEARNSIDE, P.M. 1995. Hydroelectric Dams in the Brazilian Amazon Significant Sources of Greenhouse Gases, Environmental Conservation, 22: 7-19. FEARNSIDE, P.M. 1996. Hydroelectric Dams in Brazilian Amazonia: Response to Rosa, Schaeffer and Santos, Environmental Conservation, 23:2-2. GALY,V.; FRANCE-LANORD, C.; BEYSAC, O.; FAURE, P.; KUDRASS, H. & PALHOL, F. 2007. Efficient organic carbon burial in the Bengal fan sustained by the Himalayan erosional system. Nature, 450: 407-410. IPCC. 2001. Climate Change, The Scientific Basis. Univ. Press, Cambridge, 881p. PACE, M.L.; COLE, J.J.; CARPENTER, S.R.; KITCHELL, J.F.; HODGSON, J.R.; VAN DE BOGERT, M.C.; BADE, D.L.; KRITZBERG, E.S. & BASTVIKEN, D. 2004. Whole-Lake Carbon-13 Additions Reveal Terrestrial Support of Aquatic Food Webs. Nature, 427: 240-243. ROSA, L.P.; SCHAEFFER, R. & SANTOS, M.A. 1996. Are Hydroelectric Dams in the Brazilian Amazon Significant Sources of Greenhouse Gases. Environmental Conservation, 66: 2-6. ROSA, L.P.; SANTOS, M.A.; MATVIENKO, B.; SIKAR, E. & SANTOS, E.O. 2006. Scientific Errors in the Fearnside Comments on Greenhouse Gas Emissions (GHG) from Hydroelectric Dams and Response to His Political Claiming. Climatic Change, 75: 498-510. SOBEK, S.; TRANVIK, L.J. & COLE, J.J. 2005. Temperature Independence of Carbon Dioxide Supersaturation in Global Lakes. Global Biogeochemical Cycles, 19: 1-10. SOBEK, S.;TRANVIK, L.J.; Prairie,Y.T.; Kortelainen, P. & Cole, J.J. 2007. Patterns and regulation of dissolved organic carbon: An analysis of 7500 widely distributed lakes. Limnology and Oceanographic, 52(3), 1208-1219. WETZEL, R.G. 1990. Land-water interfaces: Metabolic and limnological regulators. Int. Ver. Theor. Angew. Limnol. Verh., 24: 6-24. Artigo de apresentação do Número Especial Oecol. Bras. 12(1), 2008.