3. Passageiro De Um Falso Lugar
Eu me propus a desenhar um artifício com o qual eu pudesse me identificar, a fim de localizar um ponto de
exotismo e assim fazer valer o som e o suposto sentido das palavras em meu repertório não muito vasto, ou
não muito concreto do que se pode chamar de vocabulário.
Assim eu não me comprometo a buscar nada; apenas experimentar algo de novo ou não muito rebuscado do
glorioso sabor que se sente ao escrever, como se estivesse contando histórias.
Passo a Passo, extremamente rápido fiz Promessas Absurdas com característica vulgar de quem está
querendo protestar alguma coisa, mesmo que seja algo banal.
Mente Exposta sim. Com essa aprendi a definir o que sinto. Já não se tolera mais a simples exposição do
corpo e da alma em favor de uma situação agonizante na qual apenas se liberta energias para se defender
dos mais constrangedores corredores do nosso valioso tempo. É necessário perceber que só através de uma
decisão convicta e plausível, devemos nos expor a situações que criamos. Devemos assumir a nossa própria
postura.
Quem já não sentiu os raios excitantes e o odor perfumado de momentos atraentes? Paro de pensar e
escrevo O Charme que nunca envelhece e que tanto procuram.
Atrás de todo relacionamento corporal e sensorial sentimos a estranha (ou deliciosa) sensação de estarmos
perseguindo algo de valor em nossas carícias e futilidades.
Transa é um desenho estético e carinhoso de valores que aos poucos assumimos.
15. Passageiro De Um Falso Lugar
Todas as letras foram compostas por PAULO MAIA,
exceto “Meu Mundo”, por PAULO MAIA e VANYA SANSIVIERI
São Paulo - 1988