2. Potencial de Ação dos
Nervos
• POTENCIAL DE REPOUSO- É o potencial da membrana, antes do início do potencial
de ação. Diz-se que a membrana está “polarizada” durante esse estágio (-90mV)
• DESPOLARIZAÇÃO - A membrana fica subitamente permeável aos ions Na+
permitindo o fluxo deles para o interior do axônio. O estado normal de ‘‘polarização’’
de -90mV é de imediato, neutralizado pelo influxo dos íons sódio com carga positiva
e faz com que o potencial ultrapasse rapidamente o nível zero e torne-se positivo
• REPOLARIZAÇÃO- Em alguns décimos de milésimos de segundo após a membrana
ter ficado muito permeável aos ions Na+, os canais de K+ se abrem mais que o
normal e os canais de Na+ se fecham. Então, a rápida difusão dos ions potássio
para o exterior restabelece o potencial de repouso negativo da membrana
• HIPERPOLARIZAÇÃO- Grande corrente de saída de íons de potássio pelos canais
voltagem-dependentes de potássio gera temporariamente um potencial mais
negativo do que o potencial de repouso de membrana. Esse fenômeno é conhecido
como hiperpolarização de membrana
3. • PERÍODO REFRATÁRIO RELATIVO- Os canais de Na+ somente
voltam a poder ser estimulados apenas depois que a membrana
estiver totalmente repolarizada. Enquando não houver um número
suficiente de canais de Na+ nessa condição, é possível estimular o
neurônio, mas ele responderá somente se a intensidade for bem
maior. É o que denominamos de período refratário relativo
• PERÍODO REFRATÁRIO ABSOLUTO- Quando os canais estão
totalmente fechados e é impossível estimular o neurônio, por maior
que seja a intensidade do estímulo, dizemos que o período refratário
é absoluto
4. Resolução de Questões
6. Em uma determinada célula qual das fases abaixo é provocada pela inativação
elétrica dos canais de sódio dependentes de voltagem?
a) Despolarização
b) Período refratário relativo
***c) Período refratário absoluto
d) Repolarização
e) Hiperpolarização
5. Transporte Ativo Secundário
O contratransporte é um mecanismo de transporte ativo através do qual uma substância é transportada
contra um gradiente eletroquímico, aproveitando a "carona energética" de uma outra substância que é
transportada a favor de seu gradiente eletroquímico, sendo as duas substâncias transportadas em
sentidos opostos
A proteína transportadora apresenta um sítio receptor para a fixação do íon sódio, voltado para o lado
externo da membrana celular, e um sítio receptor para a fixação do íon hidrogênio, voltado para o lado
interno da membrana. Enquanto o sódio é transportado para dentro da célula, o hidrogênio é
transportado para fora da célula, ou seja, os dois íons são transportados em sentidos opostos
O transporte do íon hidrogênio ocorre contra o seu gradiente eletroquímico, graças ao transporte
simultâneo do íon sódio a favor do seu gradiente eletroquímico. Por sua vez, o gradiente eletroquímico
do sódio é mantido pela Na,K-ATPase (a qual realiza transporte ativo primário), logo, o transporte de
hidrogênio é ativo secundário
6. Resolução de Questões
7. Qual dos seguintes íons sofre contra-transporte para energizar o transporte do
neurotransmissor nas vesículas sinápticas?
a) K+
b) Na+
***c) H+
d) Cl-
e) Ca++
7. Junções Comunicantes ‘’gap
junctions’’
• É um tipo de especialização do domínio basolateral da membrana
plasmática, são canais protéicos hidrofílicos que medeiam a
comunicação elétrica e/ou metabólica entre células vizinhas
diretamente, sem a necessidade de atravessar a importante barreira que
é o plasmalema
• Às junções comunicantes são atribuídas as funções de união elétrica
e/ou metabólica
8. 8. Qual das seguintes afirmativas com relação às junções comunicantes, gap
junctions, é INCORRETA?
a) Permitem a passagem dos segundos mensageiros de célula para célula
b) Permitem alterações de voltagem em uma célula para se disseminar nas
outras células
c) Podem conter um ou mais tipos de subunidades
***d) Tipicamente são abertas para o espaço extracelular
e) São reguladas por voltagem
Resolução de
Questões
9. Bainha de Mielina
•É uma bainha rica em lipídeos revestindo muitos axônios tanto no sistema nervoso central
como no periférico. A bainha de mielina é um isolante elétrico que permite uma condução
mais rápida e mais energeticamente eficiente dos impulsos
•Esta bainha é formada pelas membranas celulares das células da glia (células de
Schwann no sistema nervoso periférico e oligodendróglia no sistema nervoso central)
Fonte: Bireme – DeCs (Descritores em Ciência da Saúde)
10. Bainha de Mielina
Problemas da desmielinização
Se a mielinização começar a se desfazer no cérebro de um indivíduo, podem
ocorrer problemas neurológicos como a esclerose múltipla, a doença de Parkinson
e o mal de Alzheimer
11. Fatores que interferem na velocidade
de condução do potencial de ação
1- Capacitância da membrana: Quanto maior a capacitância, menor é a velocidade de
condução, já que é necessário maior tempo para descarregar o capacitor (membrana no caso)
2- Resistência (interna e da membrana): Quanto maior a resistência, menor é a velocidade de
condução
3- Diâmetro da fibra nervosa: Quanto maior o diâmetro da fibra, maior é a velocidade
4- Meirinha: Fibras mielinizadas conduzem muito mais rapidamente que fibras não mielinizadas,
visto que as fibras mielinizadas tem menor capacitância, portanto descarregam mais rapidamente,
além do mais a resistência interna não se modifica. Somente a resistência da membrana aumenta.
Além disto, os pot. de ação, são gerados somente em locais de alta condutância, os chamados
Nodos de Ranvier, que são espaços que aparecem a cada 1 a 2 mm, permitindo a chamada
condução saltatória
5- Temperatura: Quanto maior a temperatura, maior é a “agitação” molecular, aumentando
conseqüentemente o fluxo iônico e a velocidade de condução do potencial elétrico
12. Resolução de Questões
9. A mielinização dos axônios:
a) reduz a velocidade de condução para promover transmissão mais confiável
***b) força o impulso nervoso para saltar de nó em nó
c) ocorre em excesso na esclerose múltipla
d) leva a um aumento da capacitância efetiva da membrana
e) reduz a constante de comprimento para a disseminação passiva do potencial de
membrana
13. Potencial Inibitório Pós-sináptico
(PIPS)
É uma diminuição temporária do potencial de membrana pós-sináptico causado por um
fluxo de ions negativos para dentro ou positivos para fora da célula pós-sináptica. É o
oposto do potencial pós-sináptico excitatório, causado por um influxo de íons positivos
para dentro da célula
• O Potencial Inibitório Pós-sináptico é gerado quando há hiperpolarização da célula pós-
sináptica, tornando mais difícil a geração de um potencial de ação
• A duração do PIPS é curta e o potencial da célula rapidamente retorna ao normal
• As sinapses que geram esses potenciais inibitórios geralmente são do tipo axossomáticas,
dessa forma os PIPS compensam seu menor número, pois chegam mais rapidamente à
zona de disparo, além de perderem menos energia em seu trajeto
14. Os potenciais pós-sinápticos podem ser inibitórios ouOs potenciais pós-sinápticos podem ser inibitórios ou
excitatórios dependendo do neurotransmissorexcitatórios dependendo do neurotransmissor
Potenciais inibitórios pós-sinápticos
Neurotransmissores: GABA, Glicina
Potenciais excitatórios pós-sinápticos
Neurotransmissores: glutamato,
acetilcolina
15. Resolução de Questões
10. Os potenciais inibitórios pós-sinápticos podem surgir de todos os fatores
seguintes, EXCETO do(a):
a) aumento da permeabilidade da membrana nervosa aos íons Cl-
b) aplicação direta de GABA nos neurônios
c) aumento da permeabilidade da membrana celular aos íons K+
***d) aumento da permeabilidade da membrana celular aos íons Na+
e) inibição do glutamato nos neurônios