21. 2<br />Dia posterior à morte de Gabriel Lins e a agência da revista Conta Mais que antes desejava revelar o mistério da ligação entre o prefeito do Rio e Gabriel Lins , agora, estava focada em obter todas as informações sobre o assassinato do ator.<br />Natasha chegou ao trabalho e foi estranho ver seus colegas em tamanha dedicação. Logo ela que teve a chance de tirar as primeiras fotos do local onde Gabriel fora assassinado e entregar à agência, mas ela, amedrontada, resolveu ir embora sem registrar nada. Uma sensação de arrependimento a atingiu no momento, mas logo a razão fez com que se desprendesse daquele pensamento. Eu fiz a coisa certa. Eu poderia estar me arriscando muito — pensou. <br />Enquanto dirigia-se à sua mesa, ouvia os comentários de seus colegas sobre o assassinato:<br />— Mas também quem mandou ele reagir ao assalto.<br />— Que assalto que nada, menina. É droga. Devia estar devendo alguma boca de fumo. Não pagou e aí foi ele que tomou fumo.<br />Apesar de conhecer a verdade sobre a morte de Gabriel, Natasha nada comentava. Estava decidida a esquecer o que vira.<br />No caminho até a mesa, Natasha avistou o chefe que fez um sinal para que ela o acompanhasse. Quando percebeu que estava se dirigindo novamente à sala dele, parou e disse:<br />— Chefe?<br />O chefe parou e se virou. Natasha em um tom carregado de raiva disse:<br />— Se vai me demitir poupe o meu tempo e me mande logo para os recursos humanos. Não quero ouvir a mesma ladainha que já ouvi ontem. <br />O chefe deu um sorriso irônico e rebateu:<br />— Pois bem. Faça isso então. Saiba que é um grande prazer me livrar de você.<br />— Digo o mesmo.<br />Em meio aos olhares pasmos dos funcionários do que havia acabado de acontecer, Natasha se virou e seguiu em direção ao setor de recursos humanos para se desligar da empresa.<br />Assim que acertou todo o processo do desligamento, Natasha ligou para André.<br />— Oi, amor — atendeu André.<br />— Me demitiram, André.<br />— Meu Deus. Bem que você comentou. E como você está?<br />— Estou bem. Eu não estava muito satisfeita lá mesmo. Deixa eu te perguntar: está de pé o que me prometeu ontem?<br />— Claro que está. Assim que eu sair do serviço, passo aí na sua casa pra gente dar uma volta.<br />— Tô precisando mesmo. Então eu te aguardo. Um beijo.<br />— Um beijo também, amor. Tchau — disse finalizando a ligação.<br />Como tinha combinado, André buscou Natasha em casa e começou a dirigir pelas ruas do centro do Rio. Já era depois da meia-noite e o lugar pretendido era qualquer um que fosse escuro, deserto, mas que ao mesmo tempo tivesse um certo risco. <br />André estacionou o carro em frente a uma praça. Antes de descer, André e Natasha se certificaram que não havia ninguém. Eles então desceram. André após isso trancou o carro e mais uma vez olhou em volta para se certificar se havia alguém próximo, e como não havia, em um impulso selvagem, André e Natasha começaram a se beijar e se despir até ficarem os dois totalmente nus. Enquanto André tocava os seios de Natasha com a boca, ela olhava em volta da praça escolhendo o lugar que considerasse mais inusitado para fazerem amor. Quando escolheu, disse como se fosse um gemido:<br />— Quero ali, amor. Na cadeira de balanço. <br />Deitada parcialmente de frente na cadeira de balanço, com as mãos apoiadas nas correntes, Natasha começou a ser penetrada.<br />O prazer era tão intenso que Natasha tampouco se preocupou em fazer silêncio. Seus gemidos eram altos o suficiente para que qualquer pessoa próxima dali a pudesse ouvir. Mas não havia ninguém. Após Natasha e André atingirem o orgasmo, ambos se sentaram em um banco da praça e ficaram contemplando a belíssima lua cheia que se formara. <br />© Todos os direitos reservados<br />