SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  41
Tema: O sector público em Portugal: âmbito, estrutura e contas Universidade dos Açores – Departamento de Economia e Gestão Mestrado em Ciências Económicas Empresariais Aluno: Paulo Batista, nº 20107072 Cadeira: Finanças Públicas  Professor: Prof. Dr. Mário Fortuna Ponta Delgada, 17 de Maio de 2011 1
2 Finanças Públicas 4. O sector público em Portugal: âmbito, estrutura e contas 4.1 As administrações públicas (AP) 4.1.1 As AP: âmbito e estrutura. 4.1.2 Os subsectores do SPA.
3 Conceitos a Reter  Conceitos a reter: Sector público: administrativo (SPA) e empresarial (SPE) Administrações públicas (Adm. Central (Estado+FSA), Adm. Reg. e Local e Segurança Social)  Estado (sentido lato e estrito) Descentralização política Descentralização administrativa Desconcentração administrativa Autonomia administrativa Autonomia administrativa e financeira
4 Sector público É comum falar-se de Estado, sector público ou administração pública como se fossem realidades idênticas. Na verdade, não o são. Há a necessidade de clarificar estes conceitos. O que constitui o sector público? O sector das administrações públicas? As empresas públicas? As entidades públicas que fornecem bens a preços de mercado?
Sector Público No essencial aquilo que distingue as entidades do sector público administrativo das do  sector empresarial é a lógica de funcionamento. Enquanto as segundas têm essencialmente uma lógica de mercado, as primeiras já não. 5
Sector Público Alguns elementos chave caracterizadores destas instituições: −	Produtores não-mercantis; −	Consumo individual ou colectivo; −	Pagamentos obrigatórios; −	Instituições redistributivas. 6
Sector Público 7
8 Sector Público O sector público divide-se em: 	1. Administrações públicas, na óptica da contabilidade nacional (ou Sector público administrativo, na óptica da contabilidade pública)   2. Sector público empresarial (empresas públicas, empresas municipais, SA de capitais maioritariamente públicos,...)
9 Sector público: 2 abordagens diferentes Perspectiva mais jurídica (influenciada pelo direito administrativo): Sector público administrativo (SPA)  Contas do SPA na óptica da Contabilidade Pública Perspectiva mais económica (influenciada pela economia pública): Administrações públicas (AP) Contas das AP na óptica da Contabilidade Nacional (Sistema Europeu de Contas - SEC95)
10 Óptica da Contabilidade Nacional Considera exclusivamente as unidades institucionais produtoras de serviços não mercantis e redistributivas Adopta uma “óptica de compromissos” Ex.: os juros de certificados de aforro vencidos no anot, 	   	    mas pagos no ano t+1, são contabilizados em t É usada na UE (requisitos decorrentes do PEC)
11 Óptica da Contabilidade Pública Considera como integrando o SPA alguns serviços autónomos produtores de serviços mercantis (por exemplo, serviços municipalizados) Adopta uma “óptica de caixa” Ex.: os juros de certificados de aforro vencidos no anot, 	   	    mas pagos no anot+1, são contabilizados em t+1 É usada nos dados originais (OE), e é a partir dela que se calculam os valores em CN
12 Administrações públicas: âmbito O sector das administrações públicas incluiquer as unidades institucionais quesãoprodutoresnãomercantisde bens de consumo individual oucolectivo, quer as queoperamredistribuição do rendimento e riqueza, sendofinanciadasprincipalmenteporpagamentosobrigatórios.
13 Administrações públicas: âmbito  Ideias-chave: ·        Produtores não-mercantis ·        Consumo individual ou colectivo  ·        Pagamentos obrigatórios  ·        Instituições redistributivas  
14 Administrações públicas: âmbito Instituiçãonãomercantil:   Aquelacuja principal fonte de financiamentonão é a receitaassociada a um preço, tarifaoutaxacomocontrapartidadirectapelos bens ouserviçosquefornece.
15 Administrações públicas: âmbito  Instituição não mercantil: É financiada,ou por quotas, donativos (caso das associações) ou por prestações obrigatórias: impostos, contribuições sociais (caso do Estado e outras entidades públicas). Outra situação é existirem preços mas eles não serem economicamente significativos (simbólicos face ao custo de produção).
16 Administrações públicas: estrutura Estrutura das Administrações públicas:  Administração Central (Estado e SFA) Administração Regional e Local  Segurança Social
17 Administrações públicas: estrutura Entende-se por descentralização a transferência de poderes e/ou competências entre pessoas colectivas de direito público diferentes, ou seja, entre distintas entidades públicas.
18 Administrações públicas: estrutura A descentralização pode ser:  Política - para unidades territoriais sucessivamente mais pequenas (ex: regiões e autarquias locais) Administrativa– Quando “horizontal”, isto é, por exemplo, quando o Estado cria entidades públicas que tutela, mas  que dele são independentes e autónomas (SFA- Universidades, Hospitais públicos)
19 Administrações públicas: estrutura A descentralizaçãopolítica:  Tem a ver com a estrutura “vertical” do poder político em Portugal A descentralização administrativa Tem a ver com a estrutura “horizontal”, ou seja a criação de entidades com autonomia administrativa e financeira.
20 Administrações públicas: estrutura
21 O Estado (sentido estrito) o Estado, o sub-sector daadministração central queintegraosserviçosintegrados. Estádesconcentradoadministrativamente, isto é, compreendecertasunidades institucionais que, nãotendoemgeralpersonalidadejurídica, têmcontudoautonomiaadministrativa.
22 O Estado (sentido estrito) Que significa ter autonomia administrativa? Dirigentes podem tomar decisões de gestão corrente. Liberdade de gestão limita-se aos duodécimos. Nota: Não têm personalidade jurídica, logo não têm património, nem receitas próprias, nem recurso ao crédito, nem flexibilidade contratual.
23 Os Fundos e Serviços Autónomos Os Fundos e ServiçosAutónomos (FSA), fazendo parte integrantedaadministração central, apresentamjá um grau de autonomiamaisconsiderável, poistêmautonomiaadministrativa e financeira.
Que entidades podem ser FSA? Ter 2/3 de receitas próprias, (ou) Gerir fundos comunitários (ou) Ser entidade reguladora (ou) Ser do S.N.S Ser Universidade ou Politécnico. 24
25 Os Fundos e Serviços Autónomos Que entidades constituem os FSA? Hospitais Universidades e Politécnicos Regiões de Turismo Teatros Nacionais
26 Os Fundos e Serviços Autónomos Que significa ter autonomia administrativa e financeira? 1. Ter personalidade jurídica 2.  Poder ter/adquirir património 3. Ter autonomia de tesouraria 4. Ter receitas próprias 5. Poder aceder a crédito 6. Ter maior liberdade contratual
27 Autonomia Administrativa e Financeira
28 A Segurança social O sub-sector daSegurança Social (SS), engloba as unidades institucionais quetêmcomofunção primordial o fornecimento de prestaçõessociais e quetêmcomorecursosessencialmente as contribuiçõessociaisobrigatórias.
29 A Segurança social As prestações sociais mais importantes são: pensões de reforma e invalidez, subsídios de desemprego rendimento mínimo Não se enquadram na AC por uma questão de maior transparência do sistema, mas integram o OE
30 A Segurança social Concretiza, numaperspectivanacional as políticaspúblicasredistributivasassociadas com prestaçõessociais.
31 Dimensão e  centralização das Adm. Pub. Rácios: 1. Dimensão do sector público: Despesas consolidadas de  (A.C (Estado +FSA)+SS+Transf.Municípios-Transf.RA)/PIB 2. Centralização: Despesas consolidadas de (A.C (Estado +FSA)+SS)/(A.C+SS+ARL)
32 A administração regional e local Na realidade tratam-se de duas realidades distintas: Administração Regional (Madeira e Açores) Administração Local (Câmaras e Freguesias) Descentralização política Órgãos de Governo próprios Independência orçamental Orçamentos elaborados, votados, fiscalizados por esses órgãos, mas sujeitos a: Lei da Finanças Regionais Lei das Finanças Locais Lei de Enquadramento Orçamental
As Contas e os Saldos das Administrações Públicas Quando se fala em défice público ou excedente orçamental está-se a referir o saldo  global das administrações públicas, no que respeita às receitas e  despesas efectivas, isto  é, não financeiras. Deste modo ao referir, “saldo global”, importa clarificar o seguinte: 33
Cont. 1. Há que distinguir contabilização na óptica da contabilidade nacional ou na óptica da contabilidade pública. 2. Deve ter-se em consideração  se  são  valores  executados,  valores  estimados provisórios ou orçamentados. 3. Devem  ser  consideradas  receitas  e  despesas  de  todos  os  subsectores  das administrações públicas. 4. São consideradas  apenas  receitas  e  despesas  efectivas  (excluindo  activos  e passivos financeiros). 34
Gráficos 35
Gráficos 36
Gráficos 37
Gráficos 38
Notícias http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=456457 http://www.rtp.pt/noticias/?t=Governo-britanico-corta-a-doer-no-sector-publico.rtp&headline=20&visual=9&article=357790&tm=7 39
Podem ver o trabalho em: Blog: http://manualsectorpublico.blogspot.com/ 40
Fim 41

Contenu connexe

Tendances

1ª Republica De Portugal
1ª Republica De Portugal1ª Republica De Portugal
1ª Republica De Portugal
crie_historia9
 
O desenvolvimento dos estados unidos da américa
O desenvolvimento dos estados unidos da américaO desenvolvimento dos estados unidos da américa
O desenvolvimento dos estados unidos da américa
Mayjö .
 
Muro de Berlim, antes e depois
Muro de Berlim, antes e depois Muro de Berlim, antes e depois
Muro de Berlim, antes e depois
Sylvia Lenz
 
Tipos de Transportes
Tipos de TransportesTipos de Transportes
Tipos de Transportes
lidia76
 
6 terciario
6  terciario6  terciario
6 terciario
Mayjö .
 

Tendances (20)

1ª Republica De Portugal
1ª Republica De Portugal1ª Republica De Portugal
1ª Republica De Portugal
 
Apresentação | Alargamento da União Europeia e Critérios de adesão (atualizaç...
Apresentação | Alargamento da União Europeia e Critérios de adesão (atualizaç...Apresentação | Alargamento da União Europeia e Critérios de adesão (atualizaç...
Apresentação | Alargamento da União Europeia e Critérios de adesão (atualizaç...
 
O desenvolvimento dos estados unidos da américa
O desenvolvimento dos estados unidos da américaO desenvolvimento dos estados unidos da américa
O desenvolvimento dos estados unidos da américa
 
Muro de Berlim, antes e depois
Muro de Berlim, antes e depois Muro de Berlim, antes e depois
Muro de Berlim, antes e depois
 
Slides revolução industrial
Slides revolução industrialSlides revolução industrial
Slides revolução industrial
 
Aula de história – 8º ano guerra fria
Aula de história – 8º ano   guerra friaAula de história – 8º ano   guerra fria
Aula de história – 8º ano guerra fria
 
A Baixa Idade Média - 7º Ano (2018)
A Baixa Idade Média - 7º Ano (2018)A Baixa Idade Média - 7º Ano (2018)
A Baixa Idade Média - 7º Ano (2018)
 
Tipos de Transportes
Tipos de TransportesTipos de Transportes
Tipos de Transportes
 
História 9ºano
História 9ºanoHistória 9ºano
História 9ºano
 
Nazismo alemão
Nazismo alemãoNazismo alemão
Nazismo alemão
 
Modelos econômicos
Modelos econômicosModelos econômicos
Modelos econômicos
 
areas funcionais cidade_1ª.pptx
areas funcionais cidade_1ª.pptxareas funcionais cidade_1ª.pptx
areas funcionais cidade_1ª.pptx
 
A conferência de berlim
A conferência de berlimA conferência de berlim
A conferência de berlim
 
O nazismo[1]
O nazismo[1]O nazismo[1]
O nazismo[1]
 
Revoltas Emancipacionistas
Revoltas EmancipacionistasRevoltas Emancipacionistas
Revoltas Emancipacionistas
 
Expansão territorial da colônia
Expansão territorial da colôniaExpansão territorial da colônia
Expansão territorial da colônia
 
Era vargas
Era vargasEra vargas
Era vargas
 
Revolução industrial pdf
Revolução industrial pdfRevolução industrial pdf
Revolução industrial pdf
 
Cultura Espanhola
Cultura EspanholaCultura Espanhola
Cultura Espanhola
 
6 terciario
6  terciario6  terciario
6 terciario
 

Similaire à Sector Público

Sector Público - Manual Reduzido
Sector Público - Manual ReduzidoSector Público - Manual Reduzido
Sector Público - Manual Reduzido
batistapaulo7
 
10 pratica planejamento 2013
10 pratica planejamento 201310 pratica planejamento 2013
10 pratica planejamento 2013
Clever Oliveira
 
Apresentação de Antonio Tuccilio sobre Orçamento Estadual e Servidor
Apresentação de Antonio Tuccilio sobre Orçamento Estadual e ServidorApresentação de Antonio Tuccilio sobre Orçamento Estadual e Servidor
Apresentação de Antonio Tuccilio sobre Orçamento Estadual e Servidor
Sylvio Micelli
 
Estado e atividade económica
Estado e atividade económicaEstado e atividade económica
Estado e atividade económica
Tiago Filipe
 

Similaire à Sector Público (20)

Sector Público - Manual Reduzido
Sector Público - Manual ReduzidoSector Público - Manual Reduzido
Sector Público - Manual Reduzido
 
2ªapresentação
2ªapresentação2ªapresentação
2ªapresentação
 
10 pratica planejamento 2013
10 pratica planejamento 201310 pratica planejamento 2013
10 pratica planejamento 2013
 
Orcamento e contabilidade publica (alexandre freitas)
Orcamento e contabilidade publica (alexandre freitas)Orcamento e contabilidade publica (alexandre freitas)
Orcamento e contabilidade publica (alexandre freitas)
 
CN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.pptCN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.ppt
 
CN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.pptCN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.ppt
 
Economia Publica. Prof. Doutor Rui Teixeira Santos. (ISCAD, 2011)
Economia Publica. Prof. Doutor Rui Teixeira Santos. (ISCAD, 2011)Economia Publica. Prof. Doutor Rui Teixeira Santos. (ISCAD, 2011)
Economia Publica. Prof. Doutor Rui Teixeira Santos. (ISCAD, 2011)
 
Afo - despesa publica
Afo - despesa publicaAfo - despesa publica
Afo - despesa publica
 
Aula 1 - Módulo III
Aula 1 - Módulo IIIAula 1 - Módulo III
Aula 1 - Módulo III
 
Receitas publicas aula 7
Receitas publicas aula 7Receitas publicas aula 7
Receitas publicas aula 7
 
md6 economia
 md6 economia md6 economia
md6 economia
 
Economia e Finanças Publicas. Qual o papel do Estado? Conferencia na AJPD do ...
Economia e Finanças Publicas. Qual o papel do Estado? Conferencia na AJPD do ...Economia e Finanças Publicas. Qual o papel do Estado? Conferencia na AJPD do ...
Economia e Finanças Publicas. Qual o papel do Estado? Conferencia na AJPD do ...
 
Entenda o Orçamento Público
Entenda o Orçamento PúblicoEntenda o Orçamento Público
Entenda o Orçamento Público
 
Apresentação de Antonio Tuccilio sobre Orçamento Estadual e Servidor
Apresentação de Antonio Tuccilio sobre Orçamento Estadual e ServidorApresentação de Antonio Tuccilio sobre Orçamento Estadual e Servidor
Apresentação de Antonio Tuccilio sobre Orçamento Estadual e Servidor
 
Actividade economica
Actividade economicaActividade economica
Actividade economica
 
Estado e atividade económica
Estado e atividade económicaEstado e atividade económica
Estado e atividade económica
 
POLÍTICAS PÚBLICAS E LIMITE ORÇAMENTÁRIO.pptx
POLÍTICAS PÚBLICAS E LIMITE ORÇAMENTÁRIO.pptxPOLÍTICAS PÚBLICAS E LIMITE ORÇAMENTÁRIO.pptx
POLÍTICAS PÚBLICAS E LIMITE ORÇAMENTÁRIO.pptx
 
Orcamento publico
Orcamento publicoOrcamento publico
Orcamento publico
 
As Funções do setor Público de uma Economia
As Funções do setor Público de uma EconomiaAs Funções do setor Público de uma Economia
As Funções do setor Público de uma Economia
 
Orçamento público
Orçamento públicoOrçamento público
Orçamento público
 

Sector Público

  • 1. Tema: O sector público em Portugal: âmbito, estrutura e contas Universidade dos Açores – Departamento de Economia e Gestão Mestrado em Ciências Económicas Empresariais Aluno: Paulo Batista, nº 20107072 Cadeira: Finanças Públicas Professor: Prof. Dr. Mário Fortuna Ponta Delgada, 17 de Maio de 2011 1
  • 2. 2 Finanças Públicas 4. O sector público em Portugal: âmbito, estrutura e contas 4.1 As administrações públicas (AP) 4.1.1 As AP: âmbito e estrutura. 4.1.2 Os subsectores do SPA.
  • 3. 3 Conceitos a Reter Conceitos a reter: Sector público: administrativo (SPA) e empresarial (SPE) Administrações públicas (Adm. Central (Estado+FSA), Adm. Reg. e Local e Segurança Social) Estado (sentido lato e estrito) Descentralização política Descentralização administrativa Desconcentração administrativa Autonomia administrativa Autonomia administrativa e financeira
  • 4. 4 Sector público É comum falar-se de Estado, sector público ou administração pública como se fossem realidades idênticas. Na verdade, não o são. Há a necessidade de clarificar estes conceitos. O que constitui o sector público? O sector das administrações públicas? As empresas públicas? As entidades públicas que fornecem bens a preços de mercado?
  • 5. Sector Público No essencial aquilo que distingue as entidades do sector público administrativo das do sector empresarial é a lógica de funcionamento. Enquanto as segundas têm essencialmente uma lógica de mercado, as primeiras já não. 5
  • 6. Sector Público Alguns elementos chave caracterizadores destas instituições: − Produtores não-mercantis; − Consumo individual ou colectivo; − Pagamentos obrigatórios; − Instituições redistributivas. 6
  • 8. 8 Sector Público O sector público divide-se em: 1. Administrações públicas, na óptica da contabilidade nacional (ou Sector público administrativo, na óptica da contabilidade pública) 2. Sector público empresarial (empresas públicas, empresas municipais, SA de capitais maioritariamente públicos,...)
  • 9. 9 Sector público: 2 abordagens diferentes Perspectiva mais jurídica (influenciada pelo direito administrativo): Sector público administrativo (SPA) Contas do SPA na óptica da Contabilidade Pública Perspectiva mais económica (influenciada pela economia pública): Administrações públicas (AP) Contas das AP na óptica da Contabilidade Nacional (Sistema Europeu de Contas - SEC95)
  • 10. 10 Óptica da Contabilidade Nacional Considera exclusivamente as unidades institucionais produtoras de serviços não mercantis e redistributivas Adopta uma “óptica de compromissos” Ex.: os juros de certificados de aforro vencidos no anot, mas pagos no ano t+1, são contabilizados em t É usada na UE (requisitos decorrentes do PEC)
  • 11. 11 Óptica da Contabilidade Pública Considera como integrando o SPA alguns serviços autónomos produtores de serviços mercantis (por exemplo, serviços municipalizados) Adopta uma “óptica de caixa” Ex.: os juros de certificados de aforro vencidos no anot, mas pagos no anot+1, são contabilizados em t+1 É usada nos dados originais (OE), e é a partir dela que se calculam os valores em CN
  • 12. 12 Administrações públicas: âmbito O sector das administrações públicas incluiquer as unidades institucionais quesãoprodutoresnãomercantisde bens de consumo individual oucolectivo, quer as queoperamredistribuição do rendimento e riqueza, sendofinanciadasprincipalmenteporpagamentosobrigatórios.
  • 13. 13 Administrações públicas: âmbito  Ideias-chave: ·        Produtores não-mercantis ·        Consumo individual ou colectivo ·        Pagamentos obrigatórios ·        Instituições redistributivas  
  • 14. 14 Administrações públicas: âmbito Instituiçãonãomercantil: Aquelacuja principal fonte de financiamentonão é a receitaassociada a um preço, tarifaoutaxacomocontrapartidadirectapelos bens ouserviçosquefornece.
  • 15. 15 Administrações públicas: âmbito  Instituição não mercantil: É financiada,ou por quotas, donativos (caso das associações) ou por prestações obrigatórias: impostos, contribuições sociais (caso do Estado e outras entidades públicas). Outra situação é existirem preços mas eles não serem economicamente significativos (simbólicos face ao custo de produção).
  • 16. 16 Administrações públicas: estrutura Estrutura das Administrações públicas: Administração Central (Estado e SFA) Administração Regional e Local Segurança Social
  • 17. 17 Administrações públicas: estrutura Entende-se por descentralização a transferência de poderes e/ou competências entre pessoas colectivas de direito público diferentes, ou seja, entre distintas entidades públicas.
  • 18. 18 Administrações públicas: estrutura A descentralização pode ser: Política - para unidades territoriais sucessivamente mais pequenas (ex: regiões e autarquias locais) Administrativa– Quando “horizontal”, isto é, por exemplo, quando o Estado cria entidades públicas que tutela, mas que dele são independentes e autónomas (SFA- Universidades, Hospitais públicos)
  • 19. 19 Administrações públicas: estrutura A descentralizaçãopolítica: Tem a ver com a estrutura “vertical” do poder político em Portugal A descentralização administrativa Tem a ver com a estrutura “horizontal”, ou seja a criação de entidades com autonomia administrativa e financeira.
  • 21. 21 O Estado (sentido estrito) o Estado, o sub-sector daadministração central queintegraosserviçosintegrados. Estádesconcentradoadministrativamente, isto é, compreendecertasunidades institucionais que, nãotendoemgeralpersonalidadejurídica, têmcontudoautonomiaadministrativa.
  • 22. 22 O Estado (sentido estrito) Que significa ter autonomia administrativa? Dirigentes podem tomar decisões de gestão corrente. Liberdade de gestão limita-se aos duodécimos. Nota: Não têm personalidade jurídica, logo não têm património, nem receitas próprias, nem recurso ao crédito, nem flexibilidade contratual.
  • 23. 23 Os Fundos e Serviços Autónomos Os Fundos e ServiçosAutónomos (FSA), fazendo parte integrantedaadministração central, apresentamjá um grau de autonomiamaisconsiderável, poistêmautonomiaadministrativa e financeira.
  • 24. Que entidades podem ser FSA? Ter 2/3 de receitas próprias, (ou) Gerir fundos comunitários (ou) Ser entidade reguladora (ou) Ser do S.N.S Ser Universidade ou Politécnico. 24
  • 25. 25 Os Fundos e Serviços Autónomos Que entidades constituem os FSA? Hospitais Universidades e Politécnicos Regiões de Turismo Teatros Nacionais
  • 26. 26 Os Fundos e Serviços Autónomos Que significa ter autonomia administrativa e financeira? 1. Ter personalidade jurídica 2. Poder ter/adquirir património 3. Ter autonomia de tesouraria 4. Ter receitas próprias 5. Poder aceder a crédito 6. Ter maior liberdade contratual
  • 28. 28 A Segurança social O sub-sector daSegurança Social (SS), engloba as unidades institucionais quetêmcomofunção primordial o fornecimento de prestaçõessociais e quetêmcomorecursosessencialmente as contribuiçõessociaisobrigatórias.
  • 29. 29 A Segurança social As prestações sociais mais importantes são: pensões de reforma e invalidez, subsídios de desemprego rendimento mínimo Não se enquadram na AC por uma questão de maior transparência do sistema, mas integram o OE
  • 30. 30 A Segurança social Concretiza, numaperspectivanacional as políticaspúblicasredistributivasassociadas com prestaçõessociais.
  • 31. 31 Dimensão e centralização das Adm. Pub. Rácios: 1. Dimensão do sector público: Despesas consolidadas de (A.C (Estado +FSA)+SS+Transf.Municípios-Transf.RA)/PIB 2. Centralização: Despesas consolidadas de (A.C (Estado +FSA)+SS)/(A.C+SS+ARL)
  • 32. 32 A administração regional e local Na realidade tratam-se de duas realidades distintas: Administração Regional (Madeira e Açores) Administração Local (Câmaras e Freguesias) Descentralização política Órgãos de Governo próprios Independência orçamental Orçamentos elaborados, votados, fiscalizados por esses órgãos, mas sujeitos a: Lei da Finanças Regionais Lei das Finanças Locais Lei de Enquadramento Orçamental
  • 33. As Contas e os Saldos das Administrações Públicas Quando se fala em défice público ou excedente orçamental está-se a referir o saldo global das administrações públicas, no que respeita às receitas e despesas efectivas, isto é, não financeiras. Deste modo ao referir, “saldo global”, importa clarificar o seguinte: 33
  • 34. Cont. 1. Há que distinguir contabilização na óptica da contabilidade nacional ou na óptica da contabilidade pública. 2. Deve ter-se em consideração se são valores executados, valores estimados provisórios ou orçamentados. 3. Devem ser consideradas receitas e despesas de todos os subsectores das administrações públicas. 4. São consideradas apenas receitas e despesas efectivas (excluindo activos e passivos financeiros). 34
  • 40. Podem ver o trabalho em: Blog: http://manualsectorpublico.blogspot.com/ 40