O autor descreve como o Estado cobra impostos sobre o seu salário, lucros do seu empregador e gastos pessoais. Ele paga impostos quando ganha, gasta ou produz riqueza. Em troca, ele espera que o Estado forneça serviços públicos de qualidade como educação, saúde, infraestrutura e segurança.
1. Em cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho, o Estado, e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social.
2. O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social.
3. E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros.
4. Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou, o Estado, e muito bem, fica com 21 euros para si.
8. Um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro Emprego para os meus filhos. Serviços de saúde exemplares. Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa. Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o país. Auto-estradas sem portagens. Pontes que não caiam. Tribunais com capacidade para decidir processos em menos d’um ano. Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos. Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida.
9. Jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros. Polícia eficiente e equipada. Os monumentos do meu País bem conservados e abertos ao público, uma orquestra sinfónica. Filmes criados em Portugal. E, no mínimo, que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra.
10. Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal garantem ao Estado 100 euros de receita. Portanto, Sr. Primeiro-ministro, governe-se com o dinheirinho que lhe dou porque eu quero e tenho direito a tudo isto.