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Educação humanista,
solidária e inclusiva
Ir. Afonso Murad
murad4@hotmail.com
afonsomurad.blogspot.com
Educação
Humanista
SolidáriaInclusiva
Educação
• Sentido estrito: processo de ensino-aprendizagem
numa instituição formal, de conhecimentos,
habilidades e valores (escola e obra social
educativa)
• Sentido lato: evangelizar é também educar
(paróquia).
Educação humanista
• Parece redundante...
• Para se diferenciar da educação conteudista,
tecnicista ou mercadológica.
• Educação humanista forma cristãos e cidadãos.
• A Congregação para a educação católica publicou
em abril de 2017 o documento: Educar ao
humanismo solidário. Para construir uma “civilização do
amor” 50 anos após a Populorum progressio.
Educar ao humanismo solidário
1. Cenários atuais
2. Humanizar a educação
3. Cultura do diálogo
4. Globalizar a esperança
5. Por uma verdadeira inclusão
6. Redes de cooperação
7. Perspectivas
Educação para formar cristãos
•Espaços educativos confessionais são também
plurais. Respeitam as diferenças de crenças.
Promovem a cultura da paz entre as confissões
cristãs e as religiões. Oferecem a proposta cristã
sem proselitismo.
•Para evangelizar na educação: Clima propício->
Valores traduzidos em práticas -> Sensibilização ->
Iniciação -> engajamento -> aprofundamento.
Formar cristãos nas paróquias
Diretrizes da CNBB 2019-2023
• Paróquia: comunidade de comunidades dos
discípulos missionários.
• Os quatro pilares da Ação Evangelizadora:
*Palavra: iniciação à vida Cristã, animação bíblica da
vida e da pastoral.
*Pão: liturgia e espiritualidade
*Caridade/solidariedade: serviço à vida plena
*Ação missionária: estado permanente de missão
(DGAE 88-120)
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• Lugar de encontro
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• Do Eu para o Nós (Bem Comum, o coletivo)
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Dois clamores de cidadania
• Ecologia
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Ecologia e consciência planetária
• Consciência planetária: o mundo se torna uno; somos
filhos e filhas da Terra; responsáveis para que ela
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• Referência para Cuidar da Casa Comum: Encíclica Laudato
Si, do Papa Francisco.
• Ecologia nas Instituições religiosas:
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*Política institucional de sustentabilidade
A educação humanista hoje é também
ecológica.
Ou então não é humanista.
Pois o ser humano é parte da Terra.
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Defesa das vítimas de abuso
• Apelo explícito do Papa Francisco!
• Do encobrimento para a transparência.
• Assumir a causa dos mais frágeis: crianças,
adolescentes e mulheres.
• Conversar sobre o tema.
• Denunciar os abusadores.
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A Igreja em saída é a comunidade de
discípulos missionários que apresenta
cinco atitudes básicas (EG 24):
Tomar a iniciativa
Envolver-se
Acompanhar
Frutificar
Festejar.
(1) Ir na frente: a
comunidade
experimenta que o
Senhor tomou a
iniciativa, precedeu-a
amor (1 Jo 4, 10).
Por isso, ela vai à
vai ao encontro,
os afastados e chega
encruzilhadas dos
caminhos para
os que estão à
(2) Envolver-se: com obras
e gestos, os
entram na vida diária dos
outros, encurtam as
abaixam-se e assumem a
humana, tocando a carne
sofredora de Cristo no
Contraem assim o “cheiro
ovelha”, e estas escutam a
voz.
(3) Acompanhar: a
comunidade acompanha a
humanidade nos seus
processos, por mais duros
demorados que sejam.
Conhece e suporta as
esperas.
A evangelização exige
paciência, e evita deter-se
limitações.
(4) Frutificar: o
missionário/a mantém-
atento aos frutos,
Senhor a quer fecunda.
Cuida do trigo e não
a paz por causa do joio.
Encontra o modo para
a Palavra se encarne na
situação concreta e dê
frutos de vida nova,
de imperfeitos.
(5) Festejar: os
evangelizadores,
de alegria, sabem
festejar: celebram
pequena vitória, cada
passo dado.
E se alimentam da
liturgia.
As atitudes dos discípulos
missionários de Jesus:
- Ousar
- Envolver-se
- Acompanhar
- Frutificar
- Festejar.
• Qual delas você e seu grupo cultivam
com mais intensidade? Qual delas
vocês devem desenvolver?
PARA REFLETIR
Modelos de Solidariedade
Assistência
Encontro
Conscientização
Empenho socioambiental
1. Solidariedade como assistência
• Ajudar quem precisa, fornecendo-lhe
condições e recursos.
• A assistência é necessária em alguns
casos, como em doença graves e
senilidade.
• O pobre é visto como um indivíduo
necessitado, carente.
• Pobres: objeto da solidariedade, mas não
tomam parte dela como protagonistas.
• Limite: Pouca perspectiva coletiva e
estrutural.
• Risco: degenerar em assistencialismo.
• Lado obscuro: submissão dos pobres,
dependência, favoritismo. Fortalece a
2. Solidariedade como Encontro
• Ser solidário é dedicar algo de si para
o outro, num diálogo que enriquece
a ambos.
• Inspira as práticas de voluntariado
em todo o mundo.
• Encontro significa: aprender e
ensinar, trocar saberes, respeitar a
visão do outro, partilhar algo de sua
vida.
• O voluntariado pode ser assistencial
ou libertador. Não se define pelo
conteúdo, mas pela perspectiva.
3.Solidariedade como
conscientização
* Ser solidário é estar ao lado do povo, na sua luta por uma nova sociedade.
* Originalidade da “Igreja dos pobres”:
- Acredita na força histórica dos excluídos
Investe em formação e desenvolvimento das lideranças populares.
- Resgata a sabedoria dos nossos povos, valoriza sua cultura, aprende deles.
- Reconhece os diferentes rostos dos pobres: trabalhadores, mulheres,
crianças, indios, negros e mestiços, migrantes.
- Afloram as questões específicas das culturas, etnias e de gênero.
* Método libertador: dá a palavra aos pobres, desenvolve a sua capacidade de
“ler a realidade” em comunidade.
4. Solidariedade como compromisso
socioambiental
• Não se resolvem problemas sociais somente com a soma de
atitudes individuais, mas sim com redes comunitárias. Será
necessária uma união de forças e uma unidade de
contribuições (LS 219).
• A conversão ecológica, para uma mudança duradoura, é
também comunitária (LS 219).
• Juntamente com os pequenos gestos diários, o amor social
impele-nos a grandes estratégias que detenham a
degradação ambiental e incentivem uma cultura do cuidado,
que permeie toda a sociedade (LS 231).
• Intervir, com os outros, nas dinâmicas sociais, faz parte da
espiritualidade; é exercício da caridade, que amadurece o
cristão (LS 231).
Há uma única e complexa crise
socioambiental.
A abordagem integral visa:
-combater a pobreza,
-devolver a dignidade aos
excluídos
- cuidar da natureza (LS 139)
Educação inclusiva
• Sentido estrito: possibilitar às pessoas com
deficiência o acesso à instituição escolar,
oferecendo-lhes condições para seu
desenvolvimento integral.
• Sentido amplo: criar uma cultura do diálogo, que
valorize as diferenças, sobretudo as étnicas,
culturais e de gênero.
• No contexto brasileiro: a inclusão social.
Um vídeo-parábola
No coração deste mundo
permanece presente o
Senhor da vida que tanto
nos ama.
Ele não nos abandona, não
nos deixa sozinhos, porque
se uniu definitivamente à
nossa terra e o seu amor
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Disponível em:
afonsomurad.blogspot.com

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Educacao humanista solidaria e inclusiva

  • 1. Educação humanista, solidária e inclusiva Ir. Afonso Murad murad4@hotmail.com afonsomurad.blogspot.com
  • 2.
  • 4. Educação • Sentido estrito: processo de ensino-aprendizagem numa instituição formal, de conhecimentos, habilidades e valores (escola e obra social educativa) • Sentido lato: evangelizar é também educar (paróquia).
  • 5. Educação humanista • Parece redundante... • Para se diferenciar da educação conteudista, tecnicista ou mercadológica. • Educação humanista forma cristãos e cidadãos. • A Congregação para a educação católica publicou em abril de 2017 o documento: Educar ao humanismo solidário. Para construir uma “civilização do amor” 50 anos após a Populorum progressio.
  • 6. Educar ao humanismo solidário 1. Cenários atuais 2. Humanizar a educação 3. Cultura do diálogo 4. Globalizar a esperança 5. Por uma verdadeira inclusão 6. Redes de cooperação 7. Perspectivas
  • 7. Educação para formar cristãos •Espaços educativos confessionais são também plurais. Respeitam as diferenças de crenças. Promovem a cultura da paz entre as confissões cristãs e as religiões. Oferecem a proposta cristã sem proselitismo. •Para evangelizar na educação: Clima propício-> Valores traduzidos em práticas -> Sensibilização -> Iniciação -> engajamento -> aprofundamento.
  • 8. Formar cristãos nas paróquias Diretrizes da CNBB 2019-2023 • Paróquia: comunidade de comunidades dos discípulos missionários. • Os quatro pilares da Ação Evangelizadora: *Palavra: iniciação à vida Cristã, animação bíblica da vida e da pastoral. *Pão: liturgia e espiritualidade *Caridade/solidariedade: serviço à vida plena *Ação missionária: estado permanente de missão (DGAE 88-120)
  • 9. Paróquia: comunidade Casa • Lugar de encontro • Lugar de ternura • Lugar das famílias • Lugar de portas sempre abertas (DGAE, 129-143)
  • 10. Formar cidadãs e cidadãos • Do Eu para o Nós (Bem Comum, o coletivo) • Exercitar a cooperação • Desenvolver o senso crítico (compreender a realidade para além das aparências). • Atuar em grupo, em várias instâncias. • Estimular o protagonismo (das crianças e jovens, dos leigos e leigas) • Conhecer a realidade local e contribuir na solução dos seus problemas.
  • 11. Dois clamores de cidadania • Ecologia • Defesa das vítimas de abuso
  • 12. Ecologia e consciência planetária • Consciência planetária: o mundo se torna uno; somos filhos e filhas da Terra; responsáveis para que ela continue habitável. • Referência para Cuidar da Casa Comum: Encíclica Laudato Si, do Papa Francisco. • Ecologia nas Instituições religiosas: *Incorporação na proposta pedagógica e pastoral *Atitudes individuais *Ações coletivas (processos e campanhas) *Política institucional de sustentabilidade
  • 13. A educação humanista hoje é também ecológica. Ou então não é humanista. Pois o ser humano é parte da Terra. Supera-se o antropocentrismo despótico.
  • 14. Defesa das vítimas de abuso • Apelo explícito do Papa Francisco! • Do encobrimento para a transparência. • Assumir a causa dos mais frágeis: crianças, adolescentes e mulheres. • Conversar sobre o tema. • Denunciar os abusadores. • Proteger as vítimas.
  • 15. A Igreja em saída é a comunidade de discípulos missionários que apresenta cinco atitudes básicas (EG 24): Tomar a iniciativa Envolver-se Acompanhar Frutificar Festejar.
  • 16. (1) Ir na frente: a comunidade experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, precedeu-a amor (1 Jo 4, 10). Por isso, ela vai à vai ao encontro, os afastados e chega encruzilhadas dos caminhos para os que estão à
  • 17. (2) Envolver-se: com obras e gestos, os entram na vida diária dos outros, encurtam as abaixam-se e assumem a humana, tocando a carne sofredora de Cristo no Contraem assim o “cheiro ovelha”, e estas escutam a voz.
  • 18. (3) Acompanhar: a comunidade acompanha a humanidade nos seus processos, por mais duros demorados que sejam. Conhece e suporta as esperas. A evangelização exige paciência, e evita deter-se limitações.
  • 19. (4) Frutificar: o missionário/a mantém- atento aos frutos, Senhor a quer fecunda. Cuida do trigo e não a paz por causa do joio. Encontra o modo para a Palavra se encarne na situação concreta e dê frutos de vida nova, de imperfeitos.
  • 20. (5) Festejar: os evangelizadores, de alegria, sabem festejar: celebram pequena vitória, cada passo dado. E se alimentam da liturgia.
  • 21. As atitudes dos discípulos missionários de Jesus: - Ousar - Envolver-se - Acompanhar - Frutificar - Festejar. • Qual delas você e seu grupo cultivam com mais intensidade? Qual delas vocês devem desenvolver? PARA REFLETIR
  • 23. 1. Solidariedade como assistência • Ajudar quem precisa, fornecendo-lhe condições e recursos. • A assistência é necessária em alguns casos, como em doença graves e senilidade. • O pobre é visto como um indivíduo necessitado, carente. • Pobres: objeto da solidariedade, mas não tomam parte dela como protagonistas. • Limite: Pouca perspectiva coletiva e estrutural. • Risco: degenerar em assistencialismo. • Lado obscuro: submissão dos pobres, dependência, favoritismo. Fortalece a
  • 24. 2. Solidariedade como Encontro • Ser solidário é dedicar algo de si para o outro, num diálogo que enriquece a ambos. • Inspira as práticas de voluntariado em todo o mundo. • Encontro significa: aprender e ensinar, trocar saberes, respeitar a visão do outro, partilhar algo de sua vida. • O voluntariado pode ser assistencial ou libertador. Não se define pelo conteúdo, mas pela perspectiva.
  • 25. 3.Solidariedade como conscientização * Ser solidário é estar ao lado do povo, na sua luta por uma nova sociedade. * Originalidade da “Igreja dos pobres”: - Acredita na força histórica dos excluídos Investe em formação e desenvolvimento das lideranças populares. - Resgata a sabedoria dos nossos povos, valoriza sua cultura, aprende deles. - Reconhece os diferentes rostos dos pobres: trabalhadores, mulheres, crianças, indios, negros e mestiços, migrantes. - Afloram as questões específicas das culturas, etnias e de gênero. * Método libertador: dá a palavra aos pobres, desenvolve a sua capacidade de “ler a realidade” em comunidade.
  • 26. 4. Solidariedade como compromisso socioambiental • Não se resolvem problemas sociais somente com a soma de atitudes individuais, mas sim com redes comunitárias. Será necessária uma união de forças e uma unidade de contribuições (LS 219). • A conversão ecológica, para uma mudança duradoura, é também comunitária (LS 219). • Juntamente com os pequenos gestos diários, o amor social impele-nos a grandes estratégias que detenham a degradação ambiental e incentivem uma cultura do cuidado, que permeie toda a sociedade (LS 231). • Intervir, com os outros, nas dinâmicas sociais, faz parte da espiritualidade; é exercício da caridade, que amadurece o cristão (LS 231).
  • 27. Há uma única e complexa crise socioambiental. A abordagem integral visa: -combater a pobreza, -devolver a dignidade aos excluídos - cuidar da natureza (LS 139)
  • 28. Educação inclusiva • Sentido estrito: possibilitar às pessoas com deficiência o acesso à instituição escolar, oferecendo-lhes condições para seu desenvolvimento integral. • Sentido amplo: criar uma cultura do diálogo, que valorize as diferenças, sobretudo as étnicas, culturais e de gênero. • No contexto brasileiro: a inclusão social.
  • 30. No coração deste mundo permanece presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Ele não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque se uniu definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos.