Este programa apresenta um curso de Filosofia Medieval no Departamento de Filosofia da Universidade Agostinho Neto. O curso é anual e abrange temas como a patrística, neoplatonismo, Santo Agostinho, e o desenvolvimento da Escolástica com pensadores como Anselmo, Abelardo e Tomás de Aquino. O objetivo é fornecer aos estudantes um conhecimento essencial dos principais filósofos e pensamentos deste período histórico.
1. UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
PROGRAMA DE FILOSOFIA
MEDIEVAL
Luanda, 2013
2. Designação: Filosofia Medieval.
Regime: Anual.
Ano de ensino: 2º.
Carga horária anual: 120 horas
Introdução
O Programa de História de História Medieval é continuação da parte leccionada no 1º
ano sobre a Filosofia Antiga.
A Filosofia Medieval marca os acontecimentos filosóficos da Idade Média, um período
preocupado em integrar a fé e a razão ou a Teologia e a Filosofia.
Este programa faz uma incursão desde a patrística, neoplatonismo, Santo Agostinho ao
desenvolvimento da Escolástica de Anselmo, Abelardo, Tomás de Aquino e G. de
Ockham.
O conhecimento e o estudo dos pensadores e filósofos desta época é essencial para uma
formação sólida em Filosofia, pois que, muitos deles influenciaram pensadores da época
moderna e contemporânea.
Objectivo Geral:
• Conhecer as bases teóricas do filosofar do homem medievo.
Objectivos específicos:
• Caracterizar a patrística, o agosticismo e o tomismo;
• Conhecer a fundamentação teórica da relação entre a fé e a razão;
• Conhecer a doutrina de Agostinho, Tomás de Aquino Abelardo, Anselmo e G.
de Ockham;
• Dominar e explicar o nominalismo na idade média e hoje;
3. • Reflectir à volta dos conceitos de heresia, gnosticismo, pelagianismo,
donatismo, maniqueísmo etc;
• Saber sintetizar a Filosofia Medieval e determinar a sua influência na época
actual.
Indicações Metodológicas
• Conferências à volta dos temas e textos escolhidos pelo docente;
• Reflexão e discussão de temas concernentes ao desenvolvimento dos aspectos de
cultura do estudante;
• Utilização do método de trabalho independente e em grupo.
Sistema de Avaliação
• Duas provas obrigatórias;
• Elaboração, apresentação e discussão de trabalhos individuais e colectivos;
• Avaliação sistemática.
PROGRAMA SINTÉTICO
N/O CONTEÚDO TEMÁTICO
I Caracterização Geral da Filosofia Medieval
II Patrística
II Escolástica
4. PROGRAMA ANALÍTICO
I. Caracterização geral da Filosofia medieval
II. Patrística
II.1. Os apologetas: Justino e Tertuliano.
II.2. A gnose: Carpócrates, Valentino etc.
II.3. A escola de Alexandria: Fílon, Clemente e Orígenes.
II.4. Aurélio Agostinho.
III. A escolástica
III.1. Programa de estudos e métodos de ensino.
III.2. Anselmo e o argumento ontológico.
III.3. A síntese de Abelardo
III.4. Tomás de Aquino.
III.5. Guilherme de Ockham e a sua Navalha.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA
1. AGOSTINHO, S. Confissões. Trad. Alex Marins.Editora Martin Claret, Série
Livro. SP Brasil, 2008
2. REALE, G e ANTISERI, Dario. História da Filosofia – Patrística e escolástica.
Paulus 2º Volume, SP 2003.
3. SRATHERN, Paul. Santo Agostinho em 90 Minutos. Trad. Maria Helena
Geordane. Zahar Editora RJ, 1999.
4. STORCK, Alfredo. Filosofia Medieval.Jorge Zahar Editora RJ, 2003.
5. TOMATIS, Francesco. O argumento ontológico – a existência de Deus de
Anselmo a Schelling. Trad. Sérgio José Schirato, SP, Paulus, 2003.
5. UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
PROGRAMA DE
ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA I
LUANDA, 2013.
6. Designação: Antropologia Filosófica I.
Regime: Semestral (I).
Ano de ensino: 2º.
Carga horária anual: 90 horas
Introdução
A cadeira de Antropologia Filosófica I apresenta-se como uma oportunidade que se
oferece ao estudante para fazer uma incursão história e problemática a respeito do
homem, das suas origens e fins últimos que o constituem.
Objectivo Geral Instrutivo:
• Conhecer os fundamentos teóricos acerca do homem: quem é ele? Donde vem?
Para onde vai?
Objectivo Geral Educativo:
• Respeito pela dignidade da pessoa humana
Objectivos específicos:
• Conhecer o conceito de homem apresentado pelos filósofos ao longo da História
da Filosofia;
• Identificar a contribuição dada pelas Ciências do Homem;
• Determinar a pertinência da Antropologia Filosófica no âmbito das Ciências do
Homem
Indicações metodológicas
• Aulas teóricas (conferências) e trabalhos práticos com base aos textos escolhidos
pelo docente.
• Reflexão e discussão de temas concernentes ao desenvolvimento dos aspectos de
cultura do estudante;
• Uso do método de trabalho independente e em grupo.
7. Sistema de Avaliação
• Uma frequência obrigatória;
• Elaboração, apresentação e discussão de um trabalho individual e colectivo.
PROGRAMA SINTÉCTICO
N/O CONTEÚDOS TEMÁTICO
I Introdução
II O homem na história do pensamento grego.
III A concepção do homem na idade média
IV O pensamento antropológico na Filosofia Moderna
V O homem na Filosofia Contemporânea.
PROGRAMA ANALÍTICO
I. Introdução. Definição, objecto, método e pertinência de estudo da
Antropologia Filosófica.
II. O homem na história do pensamento grego.
II.1. A concepção clássica do homem.
II.1.1. A antropologia pré-socrática.
II.1.2. A antropologia socrática.
II.1.3. O dualismo antropológico platónico.
II.1.4. A antropológica aristotélica.
III. A concepção do homem na idade média.
III.1. A concepção agostiniana de homem.
III.2. A antropologia tomista.
IV. O pensamento antropológico na Filosofia Moderna.
8. IV.1. O humanismo renascentista
IV.2. O racionalismo antropológico em: R. Descartes e Blaise Pascal.
IV.3. A influência das Ciências Humanas no século XVII.
IV.4. A concepção kantiana do homem.
V. A concepção do homem na Filosofia Contemporânea.
V.1. A concepção do homem em Hegel
V.2. A influência das ciências do homem e a Filosofia no século XIX.
V.3. A diversidade de concepções do homem na filosofia dos nossos dias.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. ARLT, Gerhard. Antropologia Filosófica. Vozes, RJ, 2008.
2. DE LIMA VAZ, Henrique C. A antropologia Filosófica 7ª ed. SP-Brasil,
Outubro de 2004.
3. GROETHUYESEN, Bernard. Antropologia Filosófica. 2ª ed. Presença, Lisboa,
1998.
4. HEINAMANN, Fritz. Filosofia do Século XX. Fundação Calouste Gulbenkian,
2ª ed. Lisboa s/d.
5. IMBAMBA, José Manuel. Uma nova cultura para mulheres e homens novos:
um projecto filosófico para Angola do 3º milénio à luz da filosofia de Battista
Mondin.2ª ed.Luanda, 2010.
6. MONDIN, Battista. O homem quem é ele? Elementos de Antropologia
Filosófica, Paulus, 11ª ed. SP. Brasil 2003.
7. RABUSKE, Edvino A. Antropologia Filosófica, 11ª ed, Vozes, RJ, 2008.
9. UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
PROGRAMA DE ANTROPOLOGIA
FILOSÓFICA II
LUANDA, 2013
Designação: Antropologia Filosófica II.
Regime: Semestral (II).
10. Ano de ensino: 2º.
Carga horária anual: 90 horas
Introdução
A cadeira de Antropologia Filosófica II reflectirá sobre a questão da somaticidade da
pessoa humana e da morte. Nos nossos dias a pessoa é muitas vezes coisificada perante
uma sociedade cada vez mais materialista. Esta cadeira oferece-nos subsídios de
analisar as questões da somaticidade como questões próprias do homem. Não há homem
sem as suas dimensões fundamentais.
Objectivo Geral Instrutivo:
• Conhecer os fundamentos teóricos acerca do homem: quem é ele? Donde vem?
Para onde vai?
Objectivo Geral Educativo:
• Respeito pela vida e dignidade da pessoa humana e pelo outro.
Objectivos específicos:
• Diferenciar o conceito de pessoa e homem;
• Reflectir à volta da problemática da morte;
• Dominar os conceitos de corpo, espírito e alma;
Indicações metodológicas
• Aulas teóricas (Conferências) e trabalhos práticos com base aos textos
escolhidos pelo docente.
• Reflexão e discussão de temas concernentes ao desenvolvimento dos aspectos de
cultura do estudante;
• Uso do método de trabalho independente e em grupo.
Sistema de Avaliação
11. • Uma frequência obrigatória;
• Elaboração, apresentação e discussão de um trabalho individual e colectivo.
PROGRAMA SINTÉCTICO
N/O CONTEÚDO TEMÁTICO
I As dimensões fundamentais do ser humano
II A pessoa humana
PROGRAMA ANALÍTICO
I. As Dimensões Fundamentais do ser humano.
1.1. A dimensão do próprio corpo.
1.1.1. As funções da somaticidade.
1.1.2. As implicações onto-antropológicas da somaticidade.
1.2. A categoria do espírito.
1.3. A questão da origem da alma
II. A pessoa humana.
2.1. O problema da pessoa na História da Filosofia.
2.1.1. A “coisificação” da pessoa humana.
2.2. A pessoa como princípio de autonomia e transcendência.
2.3. O problema da morte.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. CORETH, E. Antropologia Filosófica. Ed. Morcelian, 1978.
12. 2. DE LIMA VAZ, Henrique C. A antropologia Filosófica 7ª ed. SP-Brasil,
Outubro de 2004.
3. E. Barbotin. L´humanité de l´homme. Aubier, paris, 1974.
4. GUISTINIANI, Pascuale. O homem: fascínio e desafio. Antropologia
Filosófica. Ed. Paulinas, Lisboa 1993
5. IMBAMBA, José Manuel. Uma nova cultura para mulheres e homens
novos: um projecto filosófico para Angola do 3º milénio à luz da filosofia de
Battista Mondin.2ª ed. Luanda, 2010
6. MONDIN, Battista. O homem quem é ele? Elementos de Antropologia
Filosófica, Paulus, 11ª ed. SP. Brasil 2003.
7. MOUNIER, Emmanuel. O personalismo (tradução Vinício Eduardo Alves),
SP, Centauro, 2004.
8. SILVA, Paulo César. A antropologia personalista de Karol Wojtyla.
Aparecida, Ideias e Letras 2005.
9. J. VARELA, Francisco, et alli. The embodied mind cognitive science and
human. Experience, MIT, 1991.