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LEITURA E REDAÇÃO – 2º. BIMESTRE
GÊNEROS TEXTUAIS ESTUDADOS:
REPORTAGEM
GRÁFICO
CARTA ABERTA
Reportagem
DEFINIÇÃO
A reportagem é um gênero jornalístico que se baseia na observação direta das
ocorrências;
 tenta mostrar os acontecimentos atuais em suporte escrito e através da
imagem ou da emissão televisiva;
 hoje em dia, a divulgação dos acontecimentos é mais rápida e fácil de
compreender através da televisão, pois mostra-nos testemunhos diretos e
espontâneos.
A reportagem escrita apresenta uma estrutura similar à da notícia.
 Os principais pontos que as distinguem são a oportunidade de opinião, que por
vezes surge na reportagem, mas que é impensável quando se trata de uma notícia.
 Para além disso, a reportagem é mais extensa e complexa do que a notícia,
devido ao seu elevado detalhe e à sua descrição.
 E, ainda, é quase sempre assinada, pelo repórter, que foi ao local “ver” e “ouvir”
os “testemunhos”.
Reportagem
A reportagem é um dos gêneros
mais nobres em jornalismo. É na
reportagem que se evidenciam os
grandes jornalistas
Baseia-se no testemunho direto
dos fatos e situações
As fontes podem ser também
documentos, livros, almanaques,
relatórios, recenseamentos, etc.
REPORTAGEM: JORNAL NACIONAL
BULLYING
REVISTA VEJA 20/04/2011
GRÁFICO NA REPORTAGEM
LEIA ABAIXO A NOTÍCIA QUE GEROU A REPORTAGEM E
IDENTIFIQUE O LEAD.
LIDE
Lide é o aportuguesamente da palavra
inglesa "lead" e se refere à abertura (início)
de uma notícia, ou seja, o primeiro
parágrafo.
No texto jornalístico, o primeiro parágrafo
tem que responder às perguntas básicas:
TEXTO
QUEM
O QUÊ
QUANDO
ONDE
COMO
POR QUÊ LEADLEAD
EX-ALUNO ARMADO INVADE ESCOLA MUNICIPAL EM
REALENGO E DEIXA MORTOS E FERIDOS
07/04/2011
RIO - Um ex-aluno invadiu, na manhã desta quinta-feira, a
Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, e fez
vários disparos, que teriam atingido mais de 30 alunos.
Pelo menos 13 pessoas pessoas morreram, incluindo o
assassino. Entre os mortos estão dez meninas entre 12 e 14
anos, e dois meninos. Há feridos, que estão sendo
atendidos no Hospital Albert Schweitzer, no Hospital de
Saracuruna, no Into (Instituto Nacional de Traumatologia e
Ortopedia), no Hospital da PM e no Hospital Pedro
Ernesto. A maioria dos feridos foi atingida no tórax e na
cabeça. O atirador foi identificado como Wellington
Menezes de Oliveira, de 23 anos, que entrou na escola
dizendo que iria dar uma palestra. Ele foi baleado com um
tiro de fuzil na barriga e depois se matou.
SITE: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/07/ex-aluno-armado-invade-
escola-municipal-em-realengo-deixa-mortos-feridos-924179488.asp
Segundo Francisco André, de 28 anos, primo de
Jessica Guedes, de 13 anos, uma das vítimas do
massacre, o atirador teria ido a uma sala de aula e
pedido para as crianças fecharem os olhos e
levantarem as mãos para que ele começasse uma
palestra. Em seguida, ele iniciou os disparos.
Francisco disse estar revoltado com a falta de
segurança na unidade:
- Como pode um homem entrar numa escola, passar
por dois portões fechados sem que ninguém pedisse
para que ele se identificasse?
TEXTO
QUEM
O QUÊ
QUANDO
ONDE
COMO
POR QUÊ LEADLEAD
Um ex-aluno
Invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira
Nesta manhã -07/04/2011
Escola em Realengo
Ele fez vários disparos ...
Não apresenta.
Gênero textual: Carta aberta
ÀS MÃES E PAIS:
Que futuro terão nossos filhos?
Aproveitamos o sentimento de
indignação e tristeza que nos abalou
nos últimos dias para convocá-los
para uma mobilização pelo futuro
das nossas crianças. A tragédia
absurda ocorrida na escola em
Realengo (Rio de Janeiro) é
resultado de uma estrutura
complexa que tem regido nossa
vida em sociedade. O problema vai
muito além de um sujeito qualquer
decidir invadir uma escola e atirar
em crianças. Armas não nascem em
árvores.
A coisa está feia: choramos por essas
crianças, mas não podemos nos deixar
abater pelo medo, nem nos submeter aos
valores deturpados que têm regido nossa
sociedade propiciando esse tipo de crime.
Não vamos apenas chorar e reclamar: vamos
assumir nossa responsabilidade, refletir,
trocar ideias e compartilhar planos de ação
por um futuro melhor. Então, mães e pais,
como realizar uma revolução que seja capaz
de mudar esses valores sociais inadequados?
Vamos agir, fazer barulho, promover
mudanças! Acreditamos na mudança a
longo prazo. Precisamos começar a investir
nas novas gerações: a esperança está na
infância. Vamos fazer nossa parte: ensinar
nossos filhos pra que façam a deles.
“Se desejamos alcançar uma paz real no
mundo, temos de começar pelas crianças.”
Gandhi
O que estamos fazendo com a infância de
nossas crianças?
Com frequência pais e mães passam o dia
longe dos filhos porque precisam trabalhar
para manter a dinâmica do consumo
desenfreado. Terceirizam os cuidados e a
educação deles a pessoas cujos valores
pessoais pensam conhecer e que não são os
valores familiares. Acabamos dedicando
pouco tempo de qualidade, quando eles
mais precisam da convivência familiar.
Assim, como é possível orientar, entender,
detectar e reverter tanta influência externa
a que estão expostos na nossa longa
ausência? Estamos educando ou estamos
nos enganando?
O que vemos hoje são crianças massacradas e
hiperestimuladas a serem adultos
competitivos desde a pré-escola. Estão
constantemente expostos à padronização,
competição, preconceito, discriminação,
humilhação, bullying, violência, erotização
precoce, consumo desenfreado, culto ao
corpo, etc.
O estímulo ao consumo desenfreado é uma
das maiores causas da insatisfação
compulsiva de nossa sociedade e de tantos
casos de depressão e episódios de violência.
Daí o desejo de consumo ser a maior causa de
crime entre jovens. O ter superou o ser. Isso
porque a aparência é mais importante do que
o caráter. Precisamos ensinar nossos filhos
que a felicidade não está no que possuímos,
mas no que somos. Afinal, somos o exemplo e
eles repetem tudo o que fazemos e o modo
como nos comportamos. E o que ensinamos a
nossos filhos sobre o consumo? Como nos
comportamos como consumidores? Onde
levamos nossos filhos para passear com mais
frequência? Em shoppings?
Quanto tempo nossos filhos passam na frente da TV? 10
desenhos por dia são 5 horas em frente à TV sentados,
sem se movimentar, sem se exercitar, sendo
bombardeados por mensagens nem sempre educativas
e por publicidade mentirosa que incentiva o consumo
desde cedo, inclusive de alimentos nada saudáveis. Mais
tempo do que passam na escola ou mesmo conosco que
somos seus pais!
Porque os brinquedos voltados para os meninos são
geralmente incentivadores do comportamento violento
como armas, guerras, monstros, luta? A masculinidade
devia ser representada pela violência? Será que isso não
contribui para a banalização da violência desde a
infância? Quando o atirador entrou na escola com armas
em punho, as crianças acharam que ele estava
brincando.
Nós cidadãos precisamos apoiar ações em que
acreditamos e cobrar do Estado sua implementação,
como o controle de armas, segurança nas escolas,
mudança na legislação penal, etc. Mas acima de
qualquer coisa precisamos de pessoas melhores. Isso
inclui educação formal e apoio emocional desde a
infância. É hora de pensar nos filhos que queremos
deixar para o mundo, para que eles possam começar a
vida fazendo seu melhor. Criança precisa brincar para se
desenvolver de forma sadia. É na brincadeira que elas se
descobrem como indivíduos e aprendem a se relacionar
com o mundo.
Nós pais precisamos dedicar mais tempo de convivência
com nossos filhos e estar atentos aos sinais que mostram
se estão indo bem ou não. Colocamos os filhos no mundo e
somos responsáveis por eles! Eles precisam se sentir
amados e amparados. Vamos orientá-los para que eles
sejam médicos por amor não por status, que sejam
políticos para melhorar a sociedade não por poder,
funcionários públicos por competência e não pela
estabilidade, juízes justos, advogados e jornalistas
comprometidos com a verdade e a ética, enfim!
Precisamos cobrar mais responsabilidade das escolas que
precisam se preocupar mais em educar de verdade e para
um futuro de paz. Chega de escolas que tratam alunos
como clientes.
Não temos mais tempo a perder. Ou todos nós, cedo ou
tarde, faremos parte da estatística da violência.
Convidamos todos a começar hoje. Sabemos que não é
fácil. E alguma coisa nessa vida é? Vamos olhar com mais
atenção para nossos filhos, vamos ser pais mais presentes,
vamos cobrar mais da sociedade que nos ajude a preparar
crianças melhores para um mundo melhor! Nossa proposta
aqui é de união e ação para promover uma verdadeira
mudança social. A mudança do medo para o AMOR, do
individualismo para a FRATERNIDADE e para a EMPATIA, da
violência para a GENTILEZA e a PAZ.
http://www.possoamamentar.com.br/blog/carta-aberta-as-
maes-e-pais-blogagem-coletiva/
GRÁFICO
TIPOS DE GRÁFICOS
COLUNA LINHAS
PIZZA BARRA
Muito obrigada pela atenção.
Professora Marcia Regina Facelli Aguina
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Gêneros textuais 2 o. bim 8o ano

  • 1. LEITURA E REDAÇÃO – 2º. BIMESTRE GÊNEROS TEXTUAIS ESTUDADOS: REPORTAGEM GRÁFICO CARTA ABERTA
  • 2. Reportagem DEFINIÇÃO A reportagem é um gênero jornalístico que se baseia na observação direta das ocorrências;  tenta mostrar os acontecimentos atuais em suporte escrito e através da imagem ou da emissão televisiva;  hoje em dia, a divulgação dos acontecimentos é mais rápida e fácil de compreender através da televisão, pois mostra-nos testemunhos diretos e espontâneos. A reportagem escrita apresenta uma estrutura similar à da notícia.  Os principais pontos que as distinguem são a oportunidade de opinião, que por vezes surge na reportagem, mas que é impensável quando se trata de uma notícia.  Para além disso, a reportagem é mais extensa e complexa do que a notícia, devido ao seu elevado detalhe e à sua descrição.  E, ainda, é quase sempre assinada, pelo repórter, que foi ao local “ver” e “ouvir” os “testemunhos”.
  • 3. Reportagem A reportagem é um dos gêneros mais nobres em jornalismo. É na reportagem que se evidenciam os grandes jornalistas Baseia-se no testemunho direto dos fatos e situações As fontes podem ser também documentos, livros, almanaques, relatórios, recenseamentos, etc.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. LEIA ABAIXO A NOTÍCIA QUE GEROU A REPORTAGEM E IDENTIFIQUE O LEAD. LIDE Lide é o aportuguesamente da palavra inglesa "lead" e se refere à abertura (início) de uma notícia, ou seja, o primeiro parágrafo. No texto jornalístico, o primeiro parágrafo tem que responder às perguntas básicas:
  • 13.
  • 14. EX-ALUNO ARMADO INVADE ESCOLA MUNICIPAL EM REALENGO E DEIXA MORTOS E FERIDOS 07/04/2011 RIO - Um ex-aluno invadiu, na manhã desta quinta-feira, a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, e fez vários disparos, que teriam atingido mais de 30 alunos. Pelo menos 13 pessoas pessoas morreram, incluindo o assassino. Entre os mortos estão dez meninas entre 12 e 14 anos, e dois meninos. Há feridos, que estão sendo atendidos no Hospital Albert Schweitzer, no Hospital de Saracuruna, no Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), no Hospital da PM e no Hospital Pedro Ernesto. A maioria dos feridos foi atingida no tórax e na cabeça. O atirador foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que entrou na escola dizendo que iria dar uma palestra. Ele foi baleado com um tiro de fuzil na barriga e depois se matou.
  • 15. SITE: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/07/ex-aluno-armado-invade- escola-municipal-em-realengo-deixa-mortos-feridos-924179488.asp Segundo Francisco André, de 28 anos, primo de Jessica Guedes, de 13 anos, uma das vítimas do massacre, o atirador teria ido a uma sala de aula e pedido para as crianças fecharem os olhos e levantarem as mãos para que ele começasse uma palestra. Em seguida, ele iniciou os disparos. Francisco disse estar revoltado com a falta de segurança na unidade: - Como pode um homem entrar numa escola, passar por dois portões fechados sem que ninguém pedisse para que ele se identificasse?
  • 16. TEXTO QUEM O QUÊ QUANDO ONDE COMO POR QUÊ LEADLEAD Um ex-aluno Invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira Nesta manhã -07/04/2011 Escola em Realengo Ele fez vários disparos ... Não apresenta.
  • 17. Gênero textual: Carta aberta ÀS MÃES E PAIS: Que futuro terão nossos filhos? Aproveitamos o sentimento de indignação e tristeza que nos abalou nos últimos dias para convocá-los para uma mobilização pelo futuro das nossas crianças. A tragédia absurda ocorrida na escola em Realengo (Rio de Janeiro) é resultado de uma estrutura complexa que tem regido nossa vida em sociedade. O problema vai muito além de um sujeito qualquer decidir invadir uma escola e atirar em crianças. Armas não nascem em árvores. A coisa está feia: choramos por essas crianças, mas não podemos nos deixar abater pelo medo, nem nos submeter aos valores deturpados que têm regido nossa sociedade propiciando esse tipo de crime. Não vamos apenas chorar e reclamar: vamos assumir nossa responsabilidade, refletir, trocar ideias e compartilhar planos de ação por um futuro melhor. Então, mães e pais, como realizar uma revolução que seja capaz de mudar esses valores sociais inadequados?
  • 18. Vamos agir, fazer barulho, promover mudanças! Acreditamos na mudança a longo prazo. Precisamos começar a investir nas novas gerações: a esperança está na infância. Vamos fazer nossa parte: ensinar nossos filhos pra que façam a deles. “Se desejamos alcançar uma paz real no mundo, temos de começar pelas crianças.” Gandhi O que estamos fazendo com a infância de nossas crianças? Com frequência pais e mães passam o dia longe dos filhos porque precisam trabalhar para manter a dinâmica do consumo desenfreado. Terceirizam os cuidados e a educação deles a pessoas cujos valores pessoais pensam conhecer e que não são os valores familiares. Acabamos dedicando pouco tempo de qualidade, quando eles mais precisam da convivência familiar. Assim, como é possível orientar, entender, detectar e reverter tanta influência externa a que estão expostos na nossa longa ausência? Estamos educando ou estamos nos enganando? O que vemos hoje são crianças massacradas e hiperestimuladas a serem adultos competitivos desde a pré-escola. Estão constantemente expostos à padronização, competição, preconceito, discriminação, humilhação, bullying, violência, erotização precoce, consumo desenfreado, culto ao corpo, etc. O estímulo ao consumo desenfreado é uma das maiores causas da insatisfação compulsiva de nossa sociedade e de tantos casos de depressão e episódios de violência. Daí o desejo de consumo ser a maior causa de crime entre jovens. O ter superou o ser. Isso porque a aparência é mais importante do que o caráter. Precisamos ensinar nossos filhos que a felicidade não está no que possuímos, mas no que somos. Afinal, somos o exemplo e eles repetem tudo o que fazemos e o modo como nos comportamos. E o que ensinamos a nossos filhos sobre o consumo? Como nos comportamos como consumidores? Onde levamos nossos filhos para passear com mais frequência? Em shoppings?
  • 19. Quanto tempo nossos filhos passam na frente da TV? 10 desenhos por dia são 5 horas em frente à TV sentados, sem se movimentar, sem se exercitar, sendo bombardeados por mensagens nem sempre educativas e por publicidade mentirosa que incentiva o consumo desde cedo, inclusive de alimentos nada saudáveis. Mais tempo do que passam na escola ou mesmo conosco que somos seus pais! Porque os brinquedos voltados para os meninos são geralmente incentivadores do comportamento violento como armas, guerras, monstros, luta? A masculinidade devia ser representada pela violência? Será que isso não contribui para a banalização da violência desde a infância? Quando o atirador entrou na escola com armas em punho, as crianças acharam que ele estava brincando. Nós cidadãos precisamos apoiar ações em que acreditamos e cobrar do Estado sua implementação, como o controle de armas, segurança nas escolas, mudança na legislação penal, etc. Mas acima de qualquer coisa precisamos de pessoas melhores. Isso inclui educação formal e apoio emocional desde a infância. É hora de pensar nos filhos que queremos deixar para o mundo, para que eles possam começar a vida fazendo seu melhor. Criança precisa brincar para se desenvolver de forma sadia. É na brincadeira que elas se descobrem como indivíduos e aprendem a se relacionar com o mundo. Nós pais precisamos dedicar mais tempo de convivência com nossos filhos e estar atentos aos sinais que mostram se estão indo bem ou não. Colocamos os filhos no mundo e somos responsáveis por eles! Eles precisam se sentir amados e amparados. Vamos orientá-los para que eles sejam médicos por amor não por status, que sejam políticos para melhorar a sociedade não por poder, funcionários públicos por competência e não pela estabilidade, juízes justos, advogados e jornalistas comprometidos com a verdade e a ética, enfim! Precisamos cobrar mais responsabilidade das escolas que precisam se preocupar mais em educar de verdade e para um futuro de paz. Chega de escolas que tratam alunos como clientes. Não temos mais tempo a perder. Ou todos nós, cedo ou tarde, faremos parte da estatística da violência. Convidamos todos a começar hoje. Sabemos que não é fácil. E alguma coisa nessa vida é? Vamos olhar com mais atenção para nossos filhos, vamos ser pais mais presentes, vamos cobrar mais da sociedade que nos ajude a preparar crianças melhores para um mundo melhor! Nossa proposta aqui é de união e ação para promover uma verdadeira mudança social. A mudança do medo para o AMOR, do individualismo para a FRATERNIDADE e para a EMPATIA, da violência para a GENTILEZA e a PAZ. http://www.possoamamentar.com.br/blog/carta-aberta-as- maes-e-pais-blogagem-coletiva/
  • 23. Muito obrigada pela atenção. Professora Marcia Regina Facelli Aguina LEMBRE-SE: