O documento descreve os conceitos fundamentais da resposta em frequência de sistemas lineares invariantes no tempo. A saída de um sistema é senoidal com a mesma frequência da entrada, mas com amplitude e fase modificadas, representadas por um número complexo. O módulo e a fase desse número fornecem a caracterização completa da resposta do sistema em cada frequência.
1. Resposta em frequência
Se a entrada é senoidal, a saída também é senoidal (após um transitório)
de mesma frequência mas com fase e amplitude diferentes. A relação entre o
sinal de entrada e o de saída é dada por
H (jω) = aH (ω)ejφH(ω)
(1)
aH (ω) = |H (jω)| (2)
φH (ω) = arg(H (jω)) (3)
O número complexo H (jω) pode ser representado por um vetor com
comprimento aH(ω) que forma um ângulo φH (ω) com o eixo-real.
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3. Resposta em freqüência ...
u(t) = U0ejωt
(4)
U0 cosωt = Re{u(t)},U0 sinωt = Im{u(t)} (5)
y(t) = U0 |H (jω)|ej(ωt+φ(ω))
(6)
Re{y(t)} = U0 |H (jω)|cos(ωt +φ(ω)) (7)
Im{y(t)} = U0 |H (jω)|sin(ωt +φ(ω)) (8)
• Modificação de amplitude e fase.
• Variando ω em [0,∞) tem-se a caracterização do sistema |H (jω)|ejφ(ω)
.
• Diagrama de amplitude e fase ou resposta em freqüência.
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6. Aproximação de Padé
A função transcendental e−sT
pode ser aproximada por
e−sT
≈
1− Ts
2 + (Ts)2
8 − (Ts)3
48 +···
1+ Ts
2 + (Ts)2
8 + (Ts)3
48 +···
(16)
e−sT
=
2−sT
2+sT
(17)
H(s) =
5e−sT
10s+1
≈
5(2−sT)
(2+sT)(10s+1)
. (18)
O sistema acima tem dois pólos estáveis mas apresenta um zero no semi-plano
direito. Esse tipo de sistema é denominado sistema de fase não-mínima.
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7. Traçado assintótico
Se a função de transferência é dada por
H(s) = K
(s+z1)(s+z2)···(s+zm)
(s+ p1)(s+ p2)···(s+ pn)
(19)
H(s) = K
z1z2...zm
p1p2...pn
·
1+s 1
z1
1+s 1
z2
... 1+s 1
zm
1+s 1
p1
1+s 1
p2
... 1+s 1
pn
(20)
Considerando K z1z2...zm
p1p2...pn
= K0, então
H(s) = K0
1+s 1
z1
1+s 1
z2
... 1+s 1
zm
1+s 1
p1
1+s 1
p2
··· 1+s 1
pn
(21)
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8. Forma de Bode: H(s) = K0
(1+sτ1)(1+sτ2)···(1+sτm)
(1+sT1)(1+sT2)···(1+sTn)
(22)
Resposta em frequência:
H(jω) = K0
(1+ jωτ1)(1+ jωτ2)···(1+ jωτm)
(1+ jωT1)(1+ jωT2)···(1+ jωTn)
(23)
Possíveis termos:
• K0(jω)L
• (1+ jωτ)±1
• jω
ωn
2
+2ζ jω
ωn
+1
±1
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9. 1. Pólos na origem: K0( jω)L
Magnitude: 20log K0(jω)L
= 20logK0 +20log (jω)L
= 20logK0 +20Llog|ω|
Em ω = 1, a assíntota passa por 20logK0
ω0 −→ 10ω0, mudança de +20L dB
{20logK0 +20Llog|10ω0|}−{20logK0 +20Llog|ω0|} = 20Llog|10|+20Llog|ω0|−
20Llog|ω0| = 20L
A assíntota é uma reta com variação de 20L dB por década
Fase: ∡(K0(jω)L
) = ∡K0 +∡(jω)L
= 0◦
+L·90◦
= L·90◦
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13. Ex.: jω10+1, a frequência de corte ω = 1
τ = 0.1
Para ω10 ≪ 1, jω10+1 ∼= 1, ∡1 = 0◦
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14. Para ω10 ∼= 1, ∡(jω10+1) ∼= 45◦
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15. Para ω10 ≫ 1, jω10+1 ∼= jω10, ∡ jωτ ∼= 90◦
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16. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 16
17. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 17
18. 3. Termo de segunda ordem: jω
ωn
2
+2ζ jω
ωn
+1
±1
k
s2 +2ζωns+ωn
2
=
k
ωn
2
·
1
1+s2ζ
ωn
+ s2
ωn
2
k
ωn
2
·
1
1+( jω
ωn
)2 + jω2ζ
ωn
=
k
ωn
2
·
1
1−( ω
ωn
)2 + j2ζω
ωn
• Frequência de corte ω = ωn
• Assíntota em baixas frequências ω ≪ ωn, jω
ωn
2
+2ζ jω
ωn
+1 ∼= 1
• Assíntota em altas frequências ω ≫ ωn, jω
ωn
2
+2ζ jω
ωn
+1 ∼= − ω
ωn
2
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19. • Para frequências maiores que a frequência de corte, o módulo muda
+40dB/dec se o termo está no numerador, e −40dB/dec se o termo está
no denominador.
20logω2
ω0 → 10ω0
20log(102
ω0
2
)−20logω0
2
= 20log102
= 40
• A fase muda ±180◦
• A transição na frequência de corte depende do fator de amortecimento ζ
• Se o termo está no numerador, então |G(jωn)| = 2ζ
• Se o termo está no denominador, então |G(jωn)| = 1
2ζ
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33. Sistemas com atraso
L [f (t −a)] = e−as
F (s) (28)
Considere um sistema com função de transferência H(s) = e−as
. Então
H(jω) = e− jωa
e
|H(jω)| = e− jωa
= 1 (29)
Um atraso no tempo meramente desloca o sinal no tempo e não modifica a
magnitude do sinal
∡H(jω) = ∡e− jωa
= −ωa (rad) (30)
T =
1
f
=
1
ω
2π
(31)
−
a
T
2π = −
ωa
2π
2π = −ωa (32)
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35. Exemplo: H(s) = 5 e−2s
10s+1
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36. Sistemas de Fase Mínima
• Sistemas de Fase mínima: não apresentam zeros no semi-plano direito
• Sistemas de Fase não-mínima: apresentam zeros no semi-plano direito
– A fase é maior do que se todos os polos e zeros estivessem no semi-plano
esquerdo
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38. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 38
39. Correlação Freqüência x Tempo
H(s) =
ω2
n
s2 +2ζωns+ω2
n
(35)
y(t) = L−1
H(s)
1
s
= 1−e−σt
cosωdt +
σ
ωd
sinωdt (36)
σ = ζωn,ωd = ωn 1−ζ2
,0 ≤ ζ ≤ 1 (37)
tp =
π
ωd
(38)
Mp = exp
−
πζ
1−ζ2
(39)
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40. Ressonância
Por outro lado a resposta em freqüência desse mesmo sistema é calculada
por
H(jω) =
1
1− ω2
ω2
n
+2jζ ω
ωn
. (40)
O pico da resposta em freqüência ocorre na freqüência de ressonância
d
dω
|H (jω)| = 0 ⇒ ωr = ωn 1−2ζ2
(41)
para valores de 0 < ζ ≤
√
2
2 .
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41. Ressonância ...
Na freqüência ω = ωr a expressão
1−
ω2
ω2
n
2
+ 2ζ
ω
ωn
2
(42)
é mínima e valor do ganho do sistema vale
Mr = |H(jω)|ω=ωr
=
1
2ζ 1−ζ2
. (43)
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44. Margem de fase
1+KG(s)H(s) = 0 ⇒ KG(s)H(s) = −1 ⇒
|KG(s)H(s)| = 1
∡(KG(s)H(s)) = ±180◦
(2l +1)
(45)
|KG(s)H(s)| = 1 ⇒ 20log10 |KG(s)H(s)| = 0
|KG(s)H(s)| = 1
∡(KG(s)H(s)) = ±180◦
(2l +1)
(46)
Fazendo s = jω:
|KG(jω)H(jω)| = 1
∡(KG(jω)H(jω)) = ±180◦
(2l +1)
(47)
Essas equações são satisfeitas pelos pontos no eixo imaginário que
pertencem ao lugar das raízes.
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45. Exemplo: L(s) = 1
s(s+1)2
K<2
K=2 K>2
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46. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 46
47. Exemplo: L(s) = 1
s(s+1)2
Nesse caso, se o ganho K > 2, o sistema é instável. Para o sistema
estudado, em que o aumento do ganho causa instabilidade e |KL(s)| cruza
0dB apenas uma vez, a condição de estabilidade é
∠KL(jωc) > −180◦
para ωc em que 20log10 |KL(jωc)| = 0 (48)
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48. Margem de fase
Considere um sistema com função de tranferência de malha aberta L(s)
Nos diagramas de Bode, determinar a frequência de cruzamento do ganho
ωc
1) Se ∠L(jωc) < −180◦
, então o sistema é instável
2) Se ∠L(jωc) = −180◦
, então o sistema é marginalmente estável
3) Se ∠L(jωc) > −180◦
, então o sistema é estável
Seja ∠L(jωc) = φc, e φc > −180◦
. Então γ = φc − (−180◦
) = φc + 180◦
é a
margem da fase
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49. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 49
50. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 50
51. Para o sistema
H(s) =
ω2
n
s(s+2ζωn)
. (49)
|H (jωc)| = 1 (50)
para
ωc = ωn 1+4ζ4
−2ζ2
(51)
e
φ(ωc) = −(∡ jωc +∡(jωc +2ζωn)) (52)
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56. Considere um sistema com função de transferência de malha aberta L(s)
ω180◦ é a frequência tal que ∠L(jω180◦) = −180◦
Para que ele seja estável, é necessário respeitar ωc < ω180◦ para ter
∠L(jωc) > −180◦
Considere que o ganho de malha aberta será multiplicado por um fator Kg,
resultando na FTMA KgL(s)
Qual o valor de Kg em que o sistema se torna marginalmente estável?
Note que 20log|L(jω180◦)| < 0
20log|KgL(jω180◦)| = 0 ⇒ |KgL(jω180◦)| = 1 ⇒ Kg |L(jω180◦)| = 1 ⇒
⇒ Kg =
1
|L(jω180◦)|
é a margem de ganho
Margem de ganho em dB:
20logKg = 20log
1
|L(jω180)|
= −20log|L(jω180)| (63)
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57. Desse modo, para o sistema de segunda ordem H(s) = ω2
n
s(s+2ζωn), a margem
de ganho é ∞ já que a fase tende assintoticamente para −180◦
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59. Constantes de Erro - Cp, Cv e Ca
10
−1
10
0
10
1
−60
−50
−40
−30
−20
−10
0
10
20
30
log(ω) (rad/s)
20log(|H(jω)|)(dB)
Cv
ω=1
Os valores das constantes de erro de regime permanente (Cp, Cv e Ca)
podem ser determinadas diretamente dos Diagramas de Bode, a partir da
interseção da assíntota de baixa freqüência com a linha vertical traçada em
ω = 1.
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61. H(s) =
k(1+sτ1)...(1+sτn)
(1+sT1)...(1+sTm−N)
Constante de erro estático de posiçao Cp = lims→0 H(s) = k
Quando ω → 0 , a FTMA tende a G(jω) = k
Quando ω = 1 rad/s : 20log|G(j1)| = 20logk
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62. H(s) =
k(1+sτ1)...(1+sτn)
s(1+sT1)...(1+sTm−N)
Constante de erro estático de velocidade Cv = lims→0 sH(s) = k
Quando ω → 0 , a FTMA tende a G(jω) =
k
jω
Quando ω = 1 rad/s : 20log|G(j1)| = 20log
k
j1
= 20logk
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63. H(s) =
k(1+sτ1)...(1+sτn)
s2(1+sT1)...(1+sTm−N)
Constante de erro estático de aceleração Ca = lims→0 s2
H(s) = k
Quando ω → 0 , a FTMA tende a G(jω) =
k
(jω)2
Quando ω = 1 rad/s : 20log|G(j1)| = 20log
k
(j1)2
= 20logk
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64. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 64
65. Tipo 0 Degrau Rampa Parabola
Fórmula 1/(1+Cp) 1/Cv 2/Ca
Constante Cp = 0 Cv = 0 Ca = 0
Erro 1/(1+Cp) ∞ ∞
Tipo 1 Degrau Rampa Parabola
Fórmula 1/(1+Cp) 1/Cv 2/Ca
Constante Cp = ∞ Cv = 0 Ca = 0
Erro 0 1/Cv ∞
Tipo 2 Degrau Rampa Parabola
Fórmula 1/(1+Cp) 1/Cv 2/Ca
Constante Cp = ∞ Cv = ∞ Ca = 0
Erro 0 0 2/Ca
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66. Critério de Nyquist
F(s) é uma função s ∈ C. Para s0 ∈ C, F(s0) ∈ C, cujo módulo, |F(s0)|, e a
fase, ∠F(s0), dependem de s0. Se s0 ∈ Γs (percurso fechado) então F(s0) ∈ ΓF(s)
(percurso fechado).
A forma da curva descrita por ΓF(s) muda quando muda a forma de Γs e a
expressão de F(s). Se s0 ∈ Γs e
F(s) = k
s+a
(s+b)(s+c)(s+d)
,k > 0,a > 0,b > 0,c > 0,d > 0 (64)
então F(s0) ∈ ΓF(s).
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67. -4 -2 0 2 4 6-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
s0
sΓ
F(s)Γ
C
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68. Teoria ...
Considerando este fato pode-se demonstrar que o número de voltas que
ΓF(s) dá em torno da origem é vinculado ao número de singularidades (pólos e
zeros) situadas no interior da curva fechada Γs. De fato, sendo mais explícito
pode-se afirmar que quando o ponto de teste s0 percorre a curva Γs no sentido
horário, a variação angular total da fase de F(s) considerada positiva no sentido
trigonométrico é igual a
∆ = 2π(P−Z), (65)
com P e Z sendo o número de pólos e o número de zeros (contada suas
multiplicidades) da função F(s) situados no interior de Γs. Dito de outra
maneira, o número de voltas T que o lugar geométrico ΓF(s) efetua, no sentido
trigonométrico, em torno da origem do plano complexo é dada por
T = P−Z (66)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 68
69. Convenções básicas
Antes de prosseguir convém destacar as três convenções básicas
empregadas na seqüência deste desenvolvimento. A primeira delas é que a
curva fechada Γs será sempre percorrida no sentido horário. A segunda é que
os ângulos são medidos no sentido trigonométrico (anti-horário). A terceira é
que a função F(s) é do tipo racional expressa como
F(s) = k
∏m
i=1(s+zi)µi
Πn
i=1(s+ pi)νi
= k
(s+z1)µ1(s+z2)µ2 ···(s+zm)µm
(s+ p1)ν1(s+ p2)ν2 ···(s+ pn)νn
(67)
onde k é um ganho, µi e νi são as multiplicidades dos zeros e pólos
respectivamente. Os pólos e zeros podem eventualmente ser reais ou
complexos. Os pólos complexos aparecerão sempre juntamente com seus
conjugados. Sem perda de generalidade consideraremos que
µ1 = ··· = µm = ν1 = ··· = νn = 1 (68)
n ≥ m (69)
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70. Pólos e zeros
Dado um ponto de teste, s0, a fase de sua imagem, F(s0), pode ser calculada
por
Φ = Φz −Φp (70)
onde
Φz = ∠(s0 +z1)+∠(s0 +z2)+···+∠(s0 +zm) (71)
Φp = ∠(s0 + p1)+∠(s0 + p2)+···+∠(s0 + pn) (72)
No caso de existirem zeros ou pólos múltiplos, a multiplicidade deve ser
levada em consideração. Por exemplo, se zi é um zero de multiplicidade µi, sua
contribuição angular em Φz é
µi∠(s0 +zi) (73)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 70
71. Pólos e Zeros ...
Cada termo de Φz (Φp) é calculado computando-se o ângulo entre a reta
real (segmento 0x) e o vetor −→zis0 (−→pis0). Este ângulo é representado por (0x,−→zis0)
e, deste modo
Φz = (0x,−→z1s0)+(0x,−→z2s0)+···+(0x,−−→zms0) (74)
Φp = (0x,−−→p1s0)+(0x,−−→p2s0)+···+(0x,−−→pns0) (75)
O valor da variação de fase ∆Φ de F(s) é igual à soma das variações de
cada termo de Φz e Φp quando s0 percorre uma curva fechada Γs no sentido
horário. Antes de chegar a uma conclusão genérica analisa-se a contribuição
de cada termo.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 71
72. Contribuição dos zeros de F(s)
x0z1
s0
Γs
Veja animação em $ https://sites.google.com/a/ee.ufcg.edu.br/controle-analogico/home/2014-2/animacoesnyquist $
• Zero fora do percurso fechadoΓs:
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74. Contribuição dos zeros de F(s)
x0
z1
s0
Γs
• Zero dentro do percurso fechado Γs:
Neste caso ∆(0x,−→z1s0) = −2π.
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75. Contribuição dos zeros de F(s)
• Considerando que Z representa o número de zeros no interior de Γs (z1, z2,
··· ,zk), então a soma das variações dos termos relativos aos zeros vale
∆(0x,−→z1s0)+∆(0x,−→z2s0)+···+∆(0x,−→zks0) = −2πZ (76)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 75
76. Contribuição dos polos de F(s)
x0p
1
s0
Γs
• Pólo fora do percurso fechado Γs:
Neste caso ∆(0x,−−→p1s0) = 0.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 76
77. Contribuição dos polos de F(s)
x0
s0
Γsp
1
• Pólo dentro do percurso fechado Γs:
Neste caso ∆(0x,−−→p1s0) = 2π.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 77
78. Contribuição dos polos de F(s)
• Considerando que P representa o número de pólos no interior de Γs (p1, p2,
··· ,pk), então a soma das variações dos termos relativos aos pólos vale
∆(0x,−−→p1s0)+∆(0x,−−→p2s0)+···+∆(0x,−−→pks0) = 2πP (77)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 78
79. Pólos e Zeros ...
• Se Z e P são respectivamente os números de zeros e pólos de F(s)
circundados por Γs então
∆Φ = 2π(P−Z) (78)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 79
80. Aplicação
A utilização prática dos resultados anteriores requer, inicialmente, que
a função F(s) dos desenvolvimentos anteriores seja igual ao polinômio
característico do sistema de controle. Desta forma, os resultados acima podem
ser aplicados na análise de sistemas de controle em malha fechada.
Neste caso tem-se que
F(s) = 1+G(s)H(s) (79)
onde
G(s)H(s) = k
∏m
i=1(s+zi)µi
Πn
i=1(s+ pi)νi
(80)
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81. representa a função de transferência de malha aberta de um sistema de
controle com realimentação unitária.
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82. Aplicação ...
O segundo passo é a definição do percurso Γs que será utilizado para avaliar
F(s). O percurso Γs que é empregado para fins práticos foi proposto em 1945
por H. Nyquist e é especificado como segue:
• Uma reta paralela, do lado direito do plano complexo, ao eixo imaginário. A
distância entre esta reta e o eixo imaginário é infinitesimal.
• Uma semi-circunferência de raio infinito no lado direito do plano complexo.
O centro desta semi-circunferência fica sobre o eixo real a uma distância
infinitesimal da origem.
O percurso assim definido é denominado percurso de Nyquist (Γn) e envolve
qualquer zero ou pólo que tenha parte real positiva.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 82
84. Percurso de Nyquist
Quando s0 percorre Γn é necessário distinguir duas situações:
• Quando s0 percorre a reta paralela no sentido horário, s0 ∈ (j0, j∞), a
imagem descreve o lugar geométrico de 1 + G(jω)H(jω) que é completado
pelo seu lugar simétrico em relação ao eixo real 1 + G(−jω)H(−jω) com
s0 ∈ (−j∞, j0).
• Quando s0 percorre a semi-circunferência no sentido horário s0 = Rejθ
(R → ∞
e θ ∈ [π/2,0]), para o caso das funções consideradas (racionais, próprias ou
estritamente próprias) não há variação de fase da imagem. Se G(s)H(s) é
própria então
lim
s→∞
F(s) = 1+ lim
s→∞
G(s)H(s) = 1+k (81)
por outro lado, se G(s)H(s) é estritamente própria então
lim
s→∞
F(s) = 1+ lim
s→∞
G(s)H(s) = 1 (82)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 84
85. Percurso de Nyquist ...
Se o diagrama de Nyquist de 1 + G(s)H(s) circunda a origem, então o
diagrama de Nyquist de G(s)H(s) circunda −1 no eixo real.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 85
86. Percurso de Nyquist ...
1+G(s)H(s) = 1+
b(s)
a(s)
=
a(s)+b(s)
a(s)
(83)
As raízes de a(s)+b(s) = 0 são os polos de malha fechada
As raízes de a(s) = 0 são os polos de 1+G(s)H(s) e de malha aberta
Os polos de 1+G(s)H(s) são também os polos de G(s)H(s)
Os polos de malha aberta em G(s)H(s) são conhecidos
Se não há polos de G(s)H(s) no semi-plano direito (P = 0), e o diagrama
de Nyquist de G(s)H(s) circunda −1 no eixo real, verifica-se a partir de ∆Φ =
2π(P − Z) que há Z zeros de 1 + G(s)H(s) no semi-plano direito, ou seja, polos
do sistema em malha fechada no semi-plano direito
Reformulando a conclusão anterior pode-se dizer que se
Z = número de zeros de 1+G(s)H(s) com parte real positiva (84)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 86
87. P = número de pólos de 1+G(s)H(s) com parte real positiva (85)
ou equivalentemente
P = número de pólos de G(s)H(s) com parte real positiva (86)
contadas as respectivas multiplicidades, então a variação de fase de 1 +
G(jω)H(jω) quando ω cresce de −∞ a +∞ vale
2π(P−Z) no sentido anti-horário (87)
Considere N voltas no sentido horário
N = Z −P ⇒ Z = N +P (88)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 87
88. Percurso de Nyquist ...
As funções G(s)H(s) e 1+G(s)H(s) tem os mesmos pólos.
O envolvimento da origem para 1 + G(jω)H(jω) é equivalente ao
envolvimento do ponto de −1+ j0 para G(jω)H(jω).
A estabilidade de um sistema de controle em malha fechada poder ser
determinada a partir do exame dos envolvimentos do ponto −1 + j0 do lugar
geométrico de G(jω)H(jω).
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 88
89. Critério
Definida a função do ramo direto G(s)H(s) de um sistema realimentado a
relação
Z = N +P (89)
determina o número Z de zeros instáveis de 1+G(s)H(s) em função do
1. número de pólos instáveis P de G(s)H(s)
2. número de envolvimentos N que G(jω)H(jω) faz em torno do ponto −1+ j0
no sentido horário
Um sistema de controle é dito estável se Z = 0
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 89
90. Exemplo 5
(s+1)2
Polos : -1 e -1. Não há pólo no semi - plano direito. Então P = 0
Vamos mapear a curva fechada C usando a função E(s) =
5
(s+1)2
Trecho I: s = jω
E(jω) =
5
(jω+1)2
=
5(1− jω)2
(1+ jω)2(1− jω)2
=
5(1−2jω−ω2
)
(1+ω2)2
=
=
5(1−ω2
)
(1+ω2)2
− j
10ω
(1+ω2)2
ω = 0, E(jω) = 5− j0
ω → ∞, E(jω) = −δ− jδ , (δ → 0)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 90
91. Trecho II: s = Rejφ
E(Rejφ
) =
5
(Rejφ +1)2
limR→∞ E(Rejφ
) = 0
O trecho II é mapeado na origem.
Trecho III : E(−jω) =
5
(1− jω)2
=
5(1+ jω)2
(1− jω)2(1+ jω)2
=
5(1−ω2
+2jω)
(1+ω2)2
=
5(1−ω2
)
(1+ω2)2
+ j
10ω
(1+ω2)2
E(jω) é simétrico a E(−jω) em relação ao eixo das abscissas.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 91
92. -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
Nyquist Diagram
Real Axis
ImaginaryAxis
Root Locus
Real Axis
ImaginaryAxis
-1.5 -1 -0.5 0 0.5
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
N = 0 voltas em torno de −1 no plano E(s). Como P = 0 polos de malha
aberta no semi-plano direito, há Z = N +P = 0 polos de malha fechada no semi-
plano direito. Então o sistema em malha fechada é estável.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 92
93. Exemplo 7
s(s+1)(s+2)
Polos: 0, -1, -2
Vamos mapear a curva fechada C usando a função E(s) = 7
s(s+1)(s+2)
Trecho I: s = εejφ
E(εejφ
) =
7
εejφ(εejφ +1)(εejφ +2)
=
7
2ε
e− jφ
, pois ε → 0
φ de −
π
2
a
π
2
. Então E(εejφ
) de
π
2
a −
π
2
Trecho II : s = jω
E(jω) =
7
jω(jω+1)(jω+2)
=
−j7(1− jω)(2− jω)
ω(1+ω2)(4+ω2)
=
−j7(2−ω2
− j3ω)
ω(1+ω2)(4+ω2)
=
−21ω+ j7(ω2
−2)
ω(1+ω2)(4+ω2)
=
−21ω
ω(1+ω2)(4+ω2)
+
j7(ω2
−2)
ω(1+ω2)(4+ω2)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 93
94. ω = 0 : E(jω) →
−21
4
− j∞
ω → ∞ : E(jω) → −δ+ jδ
ω2
− 2 = 0 ⇒ ω =
√
2, que é a frequência para a qual a parte imaginária é
igual a 0
E(j
√
2) =
−21
(1+2)(4+2)
=
−21
18
Trecho III: s = Rejφ
E(Rejφ
) =
7
Rejφ(Rejφ +1)(Rejφ +2)
limR→∞ E(Rejφ
) = 0
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 94
95. -10 -8 -6 -4 -2 0
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
Nyquist Diagram
Real Axis
ImaginaryAxis
-1 -0.5 0
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
Nyquist Diagram
Real Axis
ImaginaryAxis
-10 -5 0 5
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
Root Locus
Real Axis
ImaginaryAxis
N = 2 voltas em torno de −1 no plano E(s). Como P = 0 polos de malha
aberta no semi-plano direito, há Z = N +P = 2 polos de malha fechada no semi-
plano direito. Então o sistema em malha fechada é instável.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 95
96. Segundo Método de Ziegler & Nichols
O método em freqüência de Ziegler-Nichols para a sintonia de controladores
PID usa o ponto na curva de resposta em frequência no qual a fase é igual a
−180◦
. Este ponto é chamado de ponto crítico e a frequência de cruzamento é
denominada freqüência crítica.
O método de Ziegler-Nichols original baseia-se na observação de
que muitos sistemas podem se tornar instáveis quando sujeitos a uma
realimentação proporcional. Aumentando o ganho proporcional, o sistema
pode atingir o limite da estabilidade (ganho limite).
KcH (jωc) = −1,H (jωc) = −
1
Kc
(90)
a(ωc) =
1
Kc
,ϕ(ωc) = 180◦
(91)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 96
97. Determinação do ganho crítico
H(s)+
-
R(s) Y(s)E(s) U(s)
K
O experimento é difícil de ser implementado, pois deve-se ir aumentando o
ganho até que o sistema oscile.
A amplitude de oscilação depende do sistema e pode não ser controlada,
podendo ser inaceitável.
Além disso, manter um processo próximo à instabilidade pode ser perigoso.
A observação que muitos processos oscilam com um ciclo limite quando
é acrescentado um relé em sua malha de realimentação é um método mais
confiável para obter a informação desejada.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 97
98. Usando o relé em malha fechada
H(s)+
-
R(s) Y(s)E(s) U(s)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 98
99. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
t (s)
A vantagem da introdução do relé é que a amplitude de oscilação na saída
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 99
100. do processo pode ser controlada variando-se a amplitude da saída do relé (Vr),
ou seja:
u(t) =
+Vr,e(t) > 0
−Vr,e(t) < 0
ou u(t) =
+Vr,e(t) > h
−Vr,e(t) < −h
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 100
101. Método da função descritiva ...
Considerando o comportamento do sistema realimentado para o primeiro
harmônico, pode-se considerar que o elemento não linear pode ser modelado
como um número complexo (modulo e fase).
Desse modo, se r(t) = 0,t > t0 então o sinal de erro que aciona o relé é o
próprio sinal de saída do processo.
e(t) = −y(t) = −Y1 sin(ωct)
então o ganho do relé é, consequentemente,
Kr =
4Vr
πY1
Entretanto, a amplitude do sinal de saída é dado por
Y1 =
4Vr
π
|H (jωc)|
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 101
102. Método da função descritiva ...
A condição para que haja oscilação é
KrH (jωc) = −1,H (jωc) = −
1
Kr
(92)
então
H (jωc) = −
πY1
4Vr
Isso significa que o experimento do relé permite levar o sistema a uma
operação oscilatória controlada pois a amplitude de oscilação é proporcional
à magnitude do sinal de saída do relé.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 102
103. Parâmetros do controlador
Considerando que o controlador é modelado por
G(s) = Kp 1+
1
sTi
+Tds
seus parâmetros podem ser determinados realizando o experimento do relé.
Os parâmetros do controlador podem ser calculados a partir do ganho limite Kr
e do período de oscilação Tc = 2π/ωc utilizando-se a tabela de Ziegler & Nichols.
Controlador Kp Ti Td
P 0.5Kr ∞ 0
PI 0.45Kr 0.83Tc 0
PID 0.6Kr 0.5Tc 0.125Tc
(93)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 103
104. Parâmetros do controlador ...
O método de sintonia baseado na Tabela de Ziegler & Nichols pode ser
visto como um técnica de projeto que determina os parâmetros do controlador
de tal forma que o ponto crítico seja movido para −0.6+0.28j. A resposta em
frequência do controlador é dada por
GPID (jωc) = Kp 1+
1
j0.5Tcωc
+ j0.125Tcωc (94)
GPID (jωc) = 0.6Kr 1+ j
2π
8
−
1
π
(95)
GPID (jωc) = Kr (0.6+0.28j) (96)
|GPID (jωc)| = 0.66212Kr e arg(GPID (jωc)) = 25.017◦
(97)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 104
105. Compensação - fórmulas
Considere um compensador cuja função de transferência é dada por
G(s) =
a1s+a0
b1s+1
(98)
na qual a0 é o ganho de regime permanenente, −a0/a1 é o zero do
compensador e −1/b1 é o pólo do compensador.
Deseja-se projetar esse compensador de modo que na freqüência ω = ωPM
tenha-se
a1 (jωPM)+a0
b1 (jωPM)+1
H (jωPM) = ej(−180
◦
+PM) (99)
na qual PM > 0 é a margem de fase.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 105
106. Compensação - fórmulas ...
A partir dessa expressão pode-se mostrar que
a1 =
1−a0 |H (jωPM)|cosθ
ωPM |H (jωPM)|sinθ
(100)
b1 =
cosθ−a0 |H (jωPM)|
ωPM sinθ
(101)
θ = −180
◦
+PM −∠H (jωPM) (102)
θ = ∠G(jωPM) (103)
Ao final do projeto, verificar se a1 e b1 são positivos.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 106
107. Compensação - fórmulas ...
Dado o valor do ganho de regime permanente a0 e a resposta em freqüência
do sistema a controlar (i.e.|H (jω)|, ∠H (jω) ω ∈ [0,∞)) pode-se projetar o
compensador que garantirá a margem de fase desejada (PM) na freqüência
especificada (ωPM).
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 107
108. Compensação - fórmulas ...
De modo geral o ganho de regime permanente do compensador é
determinado para satisfazer uma especificação de erro estacionário. Por outro
lado a escolha da margem de fase na freqüência de projeto é feita a partir do
tempo de estabelecimento desejado (ts), isto é
tan(PM) =
8
tsωPM
(104)
A representação usual de um compensador em avanço é
G(s) = K
Ts+1
αTs+1
(105)
com α < 1.
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 108
109. Compensação - fórmulas ...
A contribuição de fase desse compensador é
φ = arctan(Tω)−arctan(αTω) (106)
cujo valor máximo ocorre em
ωmax =
1
T
√
α
(107)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 109
110. Exemplo: H(s) = 10
s(s+1) e compensador avanço de fase G(s)
FT da planta com o ganho compensado: G1(s) = 20
s(s+1)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 110
111. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 111
112. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 112
113. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 113
114. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 114
115. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 115
116. Exemplo: H(s) = 1
s(s+1)(0.5s+1) e compensador atraso de fase G(s)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 116
117. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 117
118. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 118
119. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 119
120. Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 120
121. Compensador PID
A função de transferência do compensador PID é
G(s) = kp +
ki
s
+kds =
kps+ki +kds2
s
=
ki
s
(
kd
ki
s2
+
kp
ki
s+1) (108)
G(jω) = kp +
ki
jω
+kd jω =
ki
jω
jω
ki
kd
2
+ jω
kp
ki
+1
(109)
• A ação integral tem um efeito em baixas frequências
• A ação derivativa tem um efeito em altas frequências
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 121
123. Deseja-se projetar esse compensador de modo que na freqüência ω = ωPM
tenha-se
G(jωPM)H (jωPM) = ej(−180◦+PM)
(110)
na qual PM > 0 é a margem de fase.
|G(jωPM)|ej∠G(jωPM)
·|H(jωpn)|ej∠H(jωPM)
=
= |G(jωPM)|·|H(jωPM)|ej(∠G(jωPM)+∠H(jωPM))
= 1ej(−180◦+PM)
|G(jωPM)|·|H(jωPM)| = 1 ⇒ |G(jωPM)| = 1
|H( jωPM)|
∠G(jωPM)
θ
+∠H(jωPM) = −180◦
+PM ⇒
⇒ θ = ∡G(jωPM) = −180◦
+PM −∡H (jωPM)
Kp + j kdωPM −
ki
ωPM
= |G(jωPM)|(cosθ+ jsinθ) =
cosθ+ jsinθ
|H (jωPM)|
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 123
124. Igualando as partes reais e imaginárias:
Kp =
cosθ
|H (jωPM)|
(111)
ki pode ser determinado por uma especificação de regime permanente
kdωPM −
ki
ωPM
=
sinθ
|H (jωPM)|
⇒ kd =
sinθ
ωPM |H (jωPM)|
+
ki
ω2
PM
(112)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 124
125. Exemplo: H(s) = 3
s2+0.4s+4
e compensador PID G(s)
Especificação:
• PM = 80◦
• ωPM = 50rad/s
• Se a entrada de referência for uma rampa, o erro em regime permanente
deve ser menor ou igual a 0.01
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 125
128. Da especificação de regime permanente, ess = 1
C′
v
⇒ C′
v = 1
ess
, onde C′
v é a
constante de erro de velocidade da planta com o compensador
C′
v = lim
s→0
s
kds2
+kps+ki
s
·H(s) = ki lim
s→0
H(s) = kiCp (114)
kiCp =
1
ess
⇒ ki =
1
essCp
= 133.0067 (115)
kd =
sinθ
ωPM |H (jωPM)|
+
ki
ω2
PM
= 16.4173 (116)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 128
129. 10
-2
10
-1
10
0
10
1
10
2
10
3
10
4
-180
-135
-90
-45
0
P.M.: 80 deg
Freq: 50 rad/s
Frequency (rad/s)
-20
0
20
40
60
80
G.M.: inf
Freq: NaN
Stable loop
Open-Loop Bode Editor for Open Loop 1(OL1)
-40 -35 -30 -25 -20 -15 -10 -5 0
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Root Locus Editor for Open Loop 1(OL1)
Real Axis
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 129
130. 0 5 10 15 20 25 30
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
Linear Simulation Results
Time (seconds)
Amplitude
y*(t)
yMA
(t)
yMF
(t)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 130
131. 9.99 9.992 9.994 9.996 9.998 10 10.002 10.004 10.006 10.008
9.98
9.985
9.99
9.995
10
10.005
System: y(t)
Time (seconds): 10
Amplitude: 9.99
Linear Simulation Results
Time (seconds)
Amplitude
y*(t)
y(t)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 131
132. Exemplo: H(s) = 3
s2+0.4s+4
e compensador PID G(s)
G(s) = kp +
ki
s
+kd pd
s
s+ pd
(117)
Foram utilizados kp, ki e kd do exemplo anterior
Foi escolhido pd = 1000 para afetar minimamente a margem de fase PM =
80◦
em ωPM = 50rad/s
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 132
134. 10
-2
10
0
10
2
10
4
10
6
-180
-135
-90
-45
0
P.M.: 77.3 deg
Freq: 50.4 rad/s
Frequency (rad/s)
-100
-50
0
50
100
G.M.: inf
Freq: Inf
Stable loop
Open-Loop Bode Editor for Open Loop 1(OL1)
-1000 -800 -600 -400 -200 0
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
Root Locus Editor for Open Loop 1(OL1)
Real Axis
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 134
135. 0 5 10 15 20 25 30
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
Linear Simulation Results
Time (seconds)
Amplitude
y*(t)
y
MA
(t)
y
MF com pd
(t)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 135
136. 9.996 9.998 10 10.002 10.004 10.006
9.986
9.988
9.99
9.992
9.994
9.996
9.998
10
10.002
10.004
10.006
System: y_{MF com pd}(t)
Time (seconds): 10
Amplitude: 9.99
Linear Simulation Results
Time (seconds)
Amplitude
y*(t)
yMF com pd
(t)
Saulo O. D. Luiz, AMNLima/Controle Analógico/UFCG/DEE - 136