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UNIVERSIDADE PAULISTA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC
  CURSOS DE LETRAS LICENCIATURA E BACHARELADO
                 Português e Inglês

                 Campus Vergueiro




                  Plano de Aula


                    Profª Cielo




                             Alessandra Cantero RA: A53ABH-J

                              Fernando Ribeiro da Silva RA: A43PHJ-7

                              Maria das Dores Ricardo RA: A613102

                              Ryo Segawa RA: 609149-0

                              Rodrigo Rezende RA: 609149-0

                              Sandra Almeida Severo RA: A63683-8
April/2012

                                  Plano de Aula
PROLIT – LITERATURA NORTE AMERICANA E BRASILEIRA / TRADUÇÃO
DE POESIA (elementos semânticos e formais)

Leitura / intertextualidade / interpretação / teoria brasileira da tradução – a partir
de Augusto de Campos.

Material completo para pesquisa no blog:
http://eecummingsbioflashes.blogspot.com.br/p/aula-i-de-campos-tradutor.html


Aula 1:

Entregar para os alunos folha com o texto na forma 1 e 2. A forma 3, eles
anotarão posteriormente a caneta.

Texto 1 (forma 1) – Poesia de Augusto de Campos – (visual):

POEMA DE AUGUSTO DE CAMPOS EM HOMENAGEM AO
CENTENÁRIO DE E. E. CUMMINGS EM 1994:
(primeira referência discreta à cummings)

                            "Pérolas para Cummings"
Texto 1 (forma 2) – Poesia de Augusto de Campos – (verbal / organização
espacial fragmentada, mas sem outros recursos visuais):

                            "Pérolas para Cummings"

quem
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tivo
olev
o
uavi
verj
o
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opér
o
lasp
arap
o
ocos

Texto 1 (forma 3) - linear convencional:


   "Que motivo o levou a viver jogando pérolas para porcos (para poucos)?"

disponível em: < http://www.gvsu.edu/english/cummings/perolas.htm > Acesso em: 21 Abril
2012.



Breve apresentação do Poeta Augusto de Campos
(release fornecida pelo próprio poeta)

Biografia do Augusto em colaboração com os alunos (lembrar Encontro de
Letras)

Augusto de Campos, poeta, ensaísta e tradutor, foi um dos criadores da
poesia concreta (fazer com que os alunos definam a poesia concreta, pois já
conhecem do encontro de letras 2011 / completar discretamente...comunicação
de formas, estrutura, conteúdo, etc...). Sua obra poética está parcialmente
coligida nos livros Viva Vaia (1979) e Despoesia (1994). Crítico de poesia e de
música (lembrar a influência da música erudita contemporânea na obra dele),
participa de atividades relacionadas com as novas mídias, apresentando seus
poemas em painéis eletrônicos, holografias, projeções em laser, animações
computadorizadas e eventos multidisciplinares. Parte de seu projeto Poesia É
Risco está no site:
http://www.uol.com.br/augustodecampos/audio.htm.
Mais informações no blog:
http://eecummingsbioflashes.blogspot.com.br/p/aula-i-de-campos-tradutor.html



Como vcs lêem o texto?

o que vcs entenderam do texto?

Pedir para que escrevam – 5 minutos

Passar o mesmo Poema em vídeo:
Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=zZV4MbI2BZg&feature=related>.
                                                     Acesso em 22 abril 2012

Ler juntos a forma 3, Identificar intertextualidade e interpretar – 5 minutos
A partir da intertextualidade

Evangelho (Mt 7,6): «Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas
pérolas diante dos porcos. Pois estes, ao pisoteá-las se voltariam contra vós e
vos estraçalhariam.”

dar dicas sobre o papel de cummings como precursor do modernismo e da
inovação formal enquanto rompimento da estrutura padrão do verso: recusa,
trangressão, revolução, ajudá-los a perceber as conseqüências sociais de suas
inovações poéticas... lembrar e retomar a poesia do augusto.

Reforçar com o texto do augusto sobre a recusa poética:

“Não há concessões. Não há apelações. A poesia requer de nós algum instinto
revolucionário, sem o qual ela não tem sentido. Os textos escolhidos
manifestam, implícita ou explicitamente, formas de desacordo com a sociedade
ou com a vida, capazes – eu suponho – de despertar esse ímpeto
revolucionário nos leitores e fazer com que as suas vivências se enriqueçam
com a sofrida experiência da recusa poética”

CAMPOS, A. Poesia da Recusa. São Paulo; SP, perspectiva, 2006


Breve apresentação do Tradutor Augusto de Campos


Lembrar rapidamente o que é plano do conteúdo e plano da expressão

Teoria da tradução dos irmãos Campos.

Lembrar que a atividade de tradução de poetas inovadores ajudou na
consolidação da poesia concreta e vice-versa...

3 - TEORIA DA TRADUÇÃO
“Sem forma revolucionária não há arte revolucionária”
                                                                                  Maiakóvski



Vìdeo do Augusto falando sobre tradução (29 segundos)


disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=u2Gl6vrsU94&noredirect=1>. acessado em: 22 abril
2012


a) Concepção da tradução enquanto co-criação, recriação, releitura cultural. O
texto traduzido necessita reproduzir os elementos formais que causam o
estranhamento responsável pela construção de sentido da poesia por parte do
leitor. A tradução literal, preocupada apenas com a correspondência conceitual
semântica dos textos, segundo os autores Augusto, Haroldo e Guilherme de
Almeida, não é totalmente fiel ao texto original, pois, segundo eles, a poesia é,
sim, plano do conteúdo, mas, essencialmente, plano da expressão.




O poeta e tradutor Augusto de Campos, então recém chegado de Paris, na plateia do simpósio,
                            ao lado do filho e músico Cid Campos.


b) Reprodução de trecho de Haroldo de Campos por ocasião da 2 edição do
livro Maiakóvski poemas, traduzido por ele mesmo em colaboração com o
irmão Augusto de Campos e o escritor e tradutor Boris Schnaiderman pela
editora perspectiva:
Ao contrário daqueles tradutores "medianeiros" que consideram impossível a
transposição dos aspectos técnicos da poesia maiakovskiana, sobretudo de
sua intricada tessitura sonora, onde se destacavam a variedade e a mobilidade
do rimário imprevisto, os responsáveis por essa antologia adotaram a
orientação de verter para o português não apenas os elementos comumente
chamados "conteudísticos" ("temáticos") mas, inclusive, de transcriar o texto na
sua materialidade mesma, com a preservação dos elementos formais
agenciados pelo poeta, certos de que só assim estariam sendo fiéis ao espírito
desse extraordinário criador. De fato, em todo poema realizado, forma e
conteúdo se estruturam numa unidade indecomponível, a unidade da
informação estética, na qual o estrato semântico é inseparável dos signos que
a corporificam e a transmitem.


     CAMPOS, A.; SHNAIDERMAN, B.; CAMPOS, H. Maiakóvski: Poemas. 8 ed. São Paulo:
                                                                 Perspectiva, 2011.




E, Augusto de Campos procurando explicar, a lógica antropofágica da
tradução:

c) Assim como há gente que tem medo do novo, há gente que tem medo do
antigo. Eu defenderia até a morte o novo por causa do antigo e até a vida o
antigo por causa do novo. O que preciso é saber dicerni-lo no meio das
velhacas velharias que nos impingiram durante muito tempo.
Arnaut Daniel, João Airas de Santiago, Hohn Donne, Marino Corbière ou
Hopkins, Gregório de Matos ou Sousândrade ou Kilkerry, num sentido mais
largo, não são menos noVos que Joyce ou Pound ou Oswald ou Pignatari. São
irmãos no tempo, irmãos e mais próximos que a diluente maioria dos literatti
que nos cercam. Como não amá-los? Meu amor vegetal crescendo vasto.
Ler para e com os alunos:
Professor: “Com uma tal falta de gente coexistível, como há hoje, que
pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos,
ou quando menos, os seus companheiros de espírito?”(Fernando
Pessoa).
Alunos: A minha maneira de amá-los é traduzi-los. Ou degluti-los,
segundo a Lei Antropofágica de Oswald de Andrade: só me interessa o
que não é meu. Tradução para mim é persona. Quase heterônimo. Entrar
dentro da pele do fingidor para refingir tudo de novo, dor por dor, som
por som, cor por cor. Por isso nunca me propus traduzir tudo. Só aquilo
que sinto. Só aquilo que minto. Ou que minto que sinto, como diria, ainda
mais uma vez, Pessoa em sua própria persona.
             CAMPOS, A. Verso Reverso Controverso. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 1998


Tarefa de Casa: Pesquisar sobre cummings e levar o texto com versão do
augusto e do cummings para trazer na 2ª aula.
PESQUISE MAIS E CONHEÇA MELHOR:

POESIA CONCRETA:

http://www.poesiaconcreta.com/

http://www.poesiaconcreta.com/poetas.php

Manifesto da poesia concreta:

http://www.mariosantiago.net/Textos%20em%20PDF/Manifesto%20Concretista.pdf



MÚSICA ERUDITA CONTEMPORÂNEA:

http://www.marcelomelloweb.kinghost.net/mmtecnico_musicabr_10.pdf

http://johncage.org/

http://educacao.uol.com.br/biografias/john-cage.jhtm

http://www.rem.ufpr.br/_REM/REMv7/Campos/Violentado.html

http://seer.fclar.unesp.br/casa/article/view/4721/4021



ENTREVISTAS COM AUGUSTO DE CAMPOS

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=25808715

http://www.elsonfroes.com.br/acampos.htm

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/novembro2008/ju417_pag05.php

http://www.cronopios.com.br/tvcronopios/conteudo.asp?id=39

http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/1275,1.shl

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  • 2. April/2012 Plano de Aula PROLIT – LITERATURA NORTE AMERICANA E BRASILEIRA / TRADUÇÃO DE POESIA (elementos semânticos e formais) Leitura / intertextualidade / interpretação / teoria brasileira da tradução – a partir de Augusto de Campos. Material completo para pesquisa no blog: http://eecummingsbioflashes.blogspot.com.br/p/aula-i-de-campos-tradutor.html Aula 1: Entregar para os alunos folha com o texto na forma 1 e 2. A forma 3, eles anotarão posteriormente a caneta. Texto 1 (forma 1) – Poesia de Augusto de Campos – (visual): POEMA DE AUGUSTO DE CAMPOS EM HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE E. E. CUMMINGS EM 1994: (primeira referência discreta à cummings) "Pérolas para Cummings"
  • 3. Texto 1 (forma 2) – Poesia de Augusto de Campos – (verbal / organização espacial fragmentada, mas sem outros recursos visuais): "Pérolas para Cummings" quem o tivo olev o uavi verj o gand opér o lasp arap o ocos Texto 1 (forma 3) - linear convencional: "Que motivo o levou a viver jogando pérolas para porcos (para poucos)?" disponível em: < http://www.gvsu.edu/english/cummings/perolas.htm > Acesso em: 21 Abril 2012. Breve apresentação do Poeta Augusto de Campos (release fornecida pelo próprio poeta) Biografia do Augusto em colaboração com os alunos (lembrar Encontro de Letras) Augusto de Campos, poeta, ensaísta e tradutor, foi um dos criadores da poesia concreta (fazer com que os alunos definam a poesia concreta, pois já conhecem do encontro de letras 2011 / completar discretamente...comunicação de formas, estrutura, conteúdo, etc...). Sua obra poética está parcialmente coligida nos livros Viva Vaia (1979) e Despoesia (1994). Crítico de poesia e de música (lembrar a influência da música erudita contemporânea na obra dele), participa de atividades relacionadas com as novas mídias, apresentando seus poemas em painéis eletrônicos, holografias, projeções em laser, animações computadorizadas e eventos multidisciplinares. Parte de seu projeto Poesia É Risco está no site: http://www.uol.com.br/augustodecampos/audio.htm.
  • 4. Mais informações no blog: http://eecummingsbioflashes.blogspot.com.br/p/aula-i-de-campos-tradutor.html Como vcs lêem o texto? o que vcs entenderam do texto? Pedir para que escrevam – 5 minutos Passar o mesmo Poema em vídeo: Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=zZV4MbI2BZg&feature=related>. Acesso em 22 abril 2012 Ler juntos a forma 3, Identificar intertextualidade e interpretar – 5 minutos A partir da intertextualidade Evangelho (Mt 7,6): «Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos. Pois estes, ao pisoteá-las se voltariam contra vós e vos estraçalhariam.” dar dicas sobre o papel de cummings como precursor do modernismo e da inovação formal enquanto rompimento da estrutura padrão do verso: recusa, trangressão, revolução, ajudá-los a perceber as conseqüências sociais de suas inovações poéticas... lembrar e retomar a poesia do augusto. Reforçar com o texto do augusto sobre a recusa poética: “Não há concessões. Não há apelações. A poesia requer de nós algum instinto revolucionário, sem o qual ela não tem sentido. Os textos escolhidos manifestam, implícita ou explicitamente, formas de desacordo com a sociedade ou com a vida, capazes – eu suponho – de despertar esse ímpeto revolucionário nos leitores e fazer com que as suas vivências se enriqueçam com a sofrida experiência da recusa poética” CAMPOS, A. Poesia da Recusa. São Paulo; SP, perspectiva, 2006 Breve apresentação do Tradutor Augusto de Campos Lembrar rapidamente o que é plano do conteúdo e plano da expressão Teoria da tradução dos irmãos Campos. Lembrar que a atividade de tradução de poetas inovadores ajudou na consolidação da poesia concreta e vice-versa... 3 - TEORIA DA TRADUÇÃO
  • 5. “Sem forma revolucionária não há arte revolucionária” Maiakóvski Vìdeo do Augusto falando sobre tradução (29 segundos) disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=u2Gl6vrsU94&noredirect=1>. acessado em: 22 abril 2012 a) Concepção da tradução enquanto co-criação, recriação, releitura cultural. O texto traduzido necessita reproduzir os elementos formais que causam o estranhamento responsável pela construção de sentido da poesia por parte do leitor. A tradução literal, preocupada apenas com a correspondência conceitual semântica dos textos, segundo os autores Augusto, Haroldo e Guilherme de Almeida, não é totalmente fiel ao texto original, pois, segundo eles, a poesia é, sim, plano do conteúdo, mas, essencialmente, plano da expressão. O poeta e tradutor Augusto de Campos, então recém chegado de Paris, na plateia do simpósio, ao lado do filho e músico Cid Campos. b) Reprodução de trecho de Haroldo de Campos por ocasião da 2 edição do livro Maiakóvski poemas, traduzido por ele mesmo em colaboração com o irmão Augusto de Campos e o escritor e tradutor Boris Schnaiderman pela editora perspectiva:
  • 6. Ao contrário daqueles tradutores "medianeiros" que consideram impossível a transposição dos aspectos técnicos da poesia maiakovskiana, sobretudo de sua intricada tessitura sonora, onde se destacavam a variedade e a mobilidade do rimário imprevisto, os responsáveis por essa antologia adotaram a orientação de verter para o português não apenas os elementos comumente chamados "conteudísticos" ("temáticos") mas, inclusive, de transcriar o texto na sua materialidade mesma, com a preservação dos elementos formais agenciados pelo poeta, certos de que só assim estariam sendo fiéis ao espírito desse extraordinário criador. De fato, em todo poema realizado, forma e conteúdo se estruturam numa unidade indecomponível, a unidade da informação estética, na qual o estrato semântico é inseparável dos signos que a corporificam e a transmitem. CAMPOS, A.; SHNAIDERMAN, B.; CAMPOS, H. Maiakóvski: Poemas. 8 ed. São Paulo: Perspectiva, 2011. E, Augusto de Campos procurando explicar, a lógica antropofágica da tradução: c) Assim como há gente que tem medo do novo, há gente que tem medo do antigo. Eu defenderia até a morte o novo por causa do antigo e até a vida o antigo por causa do novo. O que preciso é saber dicerni-lo no meio das velhacas velharias que nos impingiram durante muito tempo. Arnaut Daniel, João Airas de Santiago, Hohn Donne, Marino Corbière ou Hopkins, Gregório de Matos ou Sousândrade ou Kilkerry, num sentido mais largo, não são menos noVos que Joyce ou Pound ou Oswald ou Pignatari. São irmãos no tempo, irmãos e mais próximos que a diluente maioria dos literatti que nos cercam. Como não amá-los? Meu amor vegetal crescendo vasto. Ler para e com os alunos: Professor: “Com uma tal falta de gente coexistível, como há hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos, ou quando menos, os seus companheiros de espírito?”(Fernando Pessoa). Alunos: A minha maneira de amá-los é traduzi-los. Ou degluti-los, segundo a Lei Antropofágica de Oswald de Andrade: só me interessa o que não é meu. Tradução para mim é persona. Quase heterônimo. Entrar dentro da pele do fingidor para refingir tudo de novo, dor por dor, som
  • 7. por som, cor por cor. Por isso nunca me propus traduzir tudo. Só aquilo que sinto. Só aquilo que minto. Ou que minto que sinto, como diria, ainda mais uma vez, Pessoa em sua própria persona. CAMPOS, A. Verso Reverso Controverso. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 1998 Tarefa de Casa: Pesquisar sobre cummings e levar o texto com versão do augusto e do cummings para trazer na 2ª aula.
  • 8. PESQUISE MAIS E CONHEÇA MELHOR: POESIA CONCRETA: http://www.poesiaconcreta.com/ http://www.poesiaconcreta.com/poetas.php Manifesto da poesia concreta: http://www.mariosantiago.net/Textos%20em%20PDF/Manifesto%20Concretista.pdf MÚSICA ERUDITA CONTEMPORÂNEA: http://www.marcelomelloweb.kinghost.net/mmtecnico_musicabr_10.pdf http://johncage.org/ http://educacao.uol.com.br/biografias/john-cage.jhtm http://www.rem.ufpr.br/_REM/REMv7/Campos/Violentado.html http://seer.fclar.unesp.br/casa/article/view/4721/4021 ENTREVISTAS COM AUGUSTO DE CAMPOS http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=25808715 http://www.elsonfroes.com.br/acampos.htm http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/novembro2008/ju417_pag05.php http://www.cronopios.com.br/tvcronopios/conteudo.asp?id=39 http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/1275,1.shl