3. PRISMA
Nas condições necessárias para o uso de lentes
para óculos, onde o índice de refração do prisma
é maior que o do meio, desvia o raio em direção
a base.
Como consequência a imagem percebida
através de um prisma desloca-se na direção do
ápice.
4. Forma como o usuário do prisma percebe a
imagem
Posição real do objeto.
Posição percebida pelo observador.
Ápice
Base
5. A figura mais clara indica como a pessoa está
vendo a escada e figura escura mostra a posição
real da escada,
Existe aqui um risco de queda.
Isto pode ser provocado pelo efeito prismático nos
óculos.
6. Representação simplificada do desvio
ocasionado por um prisma.
Ápice
ou
Borda Fina
BF
Base
ou
Borda Grossa
BG
BG – BF = DB → Diferença de Bordas
7. Dioptria Prismática
Para medir a Potência de um prisma utilizamos
um unidade chamada Dioptria Prismática.
Uma Dioptria Prismática produz um desvio de 1
centímetro por metro.
Duas Dioptrias Prismática produzem um desvio
de 2 cm por metro.
9. Espessura de um prisma
= , . ∆. ∅
Fórmula para cálculo da espessura da base do prisma, que será
reconhecida como Diferença de Bordas.
Esta fórmula é valida para o índice de 1,530.
10. Espessura de prisma
Qual será a espessura da borda grossa de um prisma de 14,00 dioptrias
prismáticas, feito num diâmetro de 55 mm, em CR39, considerando que a
borda fina com 1,0 mm de espessura.
∆ = × ∆ = 1,062 × 14,00 = 14,87
= 1,499 → = 1,062
= 0,019. ∆. ∅ = 0,019.14,87.55 = 15,54
1,0 mm1,0 mm
15,54 mm
16,54 mm
11. PRISMA
O prisma pode ter aplicações terapêuticas e nesta
situação seu valor é definido pelo profissional que
prescreve determinado seu valor e a posição de sua
base.
Ex: Para perto: Rx +12,00 DE, prisma de 14,00
dioptrias prismáticas com base nasal.
Provavelmente são os óculos que estão sendo
utilizados pela senhora da foto.
12. Com este tipo de lente e
pela proximidade do
objeto o usuário não
conseguiria convergir o
suficiente para preservar
sua visão binocular.
Assim prismas de base
nasal são necessários para
compensar a falta da
convergência.
Prisma em óculos para ler
13.
14. Desvio versus Vergência
Lentes produzem um efeito de convergência ou
divergência dos raios de luz.
A Vergência normalmente é chamada de
Potência e é expressa em Dioptrias Esféricas
Prismas somente produzem desvio dos raios de
luz. O Desvio é expresso em Dioptrias
Prismáticas.
23. Por que precisamos?
Normalmente quando o diâmetro da lente é
pequeno, porém suficiente para a montagem,
podemos através a surfaçagem fabricar uma
lente posicionamento o centro óptico da lente
da melhor forma possível.
24.
25. Se desejarmos uma lente
centrada ela deverá possuir
um diâmetro maior.
Um bloco de menor
diâmetro pode atender as
necessidades desde
consigamos posicionar o
centro óptico de forma
adequada.
Nesta situação o Centro
geométrico e o Centro
Óptico não estão na
mesma posição.
27. dm – descentralização de montagem
Centro da
armação
Pupila do
usuário.
Descentralização de montagem
28. Sobra de Bloco é a diferença entre o diâmetro do bloco e a maior dimensão do aro
Sobra de Bloco
29. ds – descentralização de surfaçagem
Descentralização de surfaçagem
A distância entre o centro
geométrico da lente e o centro
óptico que vamos chamar de “ds” é
a descentralização de surfaçagem.
= −
30. Cálculo da Descentralização de
Surfaçagem
=
∅ −
2
=
−
2
= −
=
58 − 52
2
= 3
=
72 − 58
2
= 7
= 7 − 3 = 4
Bloco = 58 mm
MDA = 52 mm
PA = 72 mm
DP = 58 mm
É possível utilizar uma lente de 58 mm de diâmetro para ambos os olhos se as
confeccionarmos com uma descentralização de 7 mm
31. Cálculo da descentralização de
Surfaçagem
=
∅ −
2
=
− 2
2
= −
=
58 − 52
2
= 3
=
72 − 2 27
2
= 9
= 9 − 3 = 6
Bloco = 58 mm
MDA = 52 mm
PA = 72 mm
DNP = 27/31 mm
Se optarmos pela montagem por DNP, considerando o mesmo bloco de 58 mm,
teremos uma descentralização diferente para cada olho.
=
72 − 2 31
2
= 5
Olho direito:
Olho esquerdo:
= 5 − 3 = 2
32. Outra forma de entender a
descentralização
=
∅ − ∅
Bloco = 58 mm
MDA = 52 mm
PA = 72 mm
DP = 58 mm
∅ = − +
Ou
∅ = − . +
=
−
=
∅ = − + =
33. Como produzir a descentralização na
lente
Em nosso estudo vamos considerar somente uma necessidade de descentralização
na direção horizontal, ela pode também ser necessária na vertical.
Será necessário adicionar um prisma a lente, que será reconhecido na lente através
de uma diferença de bordas (DB).
Podemos aplicar este prisma de duas formas diferentes dependendo da localização
espessura mínima.
36. Borda Fina (Ápice do Prisma)
Borda Grossa (Base do Prisma)
Na lente positiva o
centro óptico se desloca
em direção da base do
prisma.
Eixo óptico deslocado pelo efeito
do prisma
Nova posição do centro
óptico
38. Borda Fina (Ápice do Prisma)
Borda Grossa (Base do Prisma)
Na lente negativa o centro
óptico se desloca em direção do
ápice do prisma.
Eixo óptico deslocado
pelo prisma
Nova posição do
centro óptico
39. Prisma em descentralização
É necessário calcular o prisma que se deve
aplicar na lente a partir da prescrição e da
Descentralização desejada.
Este valor é obtido através da Regra de Prentice.
∆=
.
40. Aplicando a descentralização em uma
lente esférica
Consideremos a prescrição:
OE Rx +4,00 DE,
• Feita em CR39 (n = 1,499),
• Ø = 58 mm, Diâmetro do bloco disponível
• ds = 5 mm, no sentido nasal obtido a partir
dos dados da armação e da DP do cliente.
41. Normalmente a descentralização ocorre na direção horizontal e no sentido nasal.
Como se trata de uma lente positiva então a base do prisma deverá ser posiciona
no sentido nasal para garantir a descentralização desejada.
Queremos a com a lente pronta o centro fique deslocado em 5 mm.
Vamos calcular o valor do prisma necessário para produzir esta descentralização.
ds
42. ∆=
.
=
, .
= , ∆
= , → = ,
= × = , × , = ,
Como a lente é em CR39 precisamos obter a receita de trabalho para o laboratório.
Com a receita de trabalho e a descentralização podemos calcular o prisma
necessário para descentralizar a lente
Vamos verificar no desenho como será o posicionamento deste prisma na lente
43. Se nossa lente fosse centralizada seu desenho esquemático seria:
44. Precisamos adicionar um prisma na horizontal para poder produzir a
descentralização desejada e para saber a posição da base precisamos indicar a
posição do nasal do usuário.
Posição no nasal
em relação a
lente
45. Como a lente é positiva a base do prisma ficará no sentido nasal, vamos posiciona-
la de forma a afetar da menor forma possível a espessura da lente.
Posição no nasal
em relação a
lente
O prisma adicionado a lente
implicará em um aumento
das espessuras.
DB
DB/2
EM + DB
SP
SP
EM
46. Cálculo da Diferença de Bordas
= 0,019. ∆. ∅
Valor da diferença de bordas a partir do prisma calculado
a partir do prisma e do diâmetro do bloco.
O valor de “0,019” é uma constante relativa ao índice de
refração de 1,530 e do arco tangente do ângulo apical de
um prisma de 1,00 dioptria prismática.
= 0,019. ∆. ∅ = 0,019 . 2,2 . 58 = 2,4
Faltam os demais cálculos que normalmente desenvolvemos para o cálculo da
lente.
47. Ságita Pura = . = 4,24 . 0,79 = 3, 4
Índice de ságita ∅ = 58 → = 0,79
Espessura Mínima = 0,5
Vamos retornar ao nosso desenho para determinar as espessuras.
48. Posição no nasal
em relação a
lente
O prisma adicionado a lente
implicará em um aumento
das espessuras.
2,4
1,2
0,5 + 2,4
3,4
0,5
3,4
1,2 + 0,5
2,9 0,5
1,7
1,7
5,1