O documento discute a história da psiquiatria no Brasil desde sua chegada com a família real portuguesa, tendo como objetivo colocar ordem na sociedade. O saber médico criou a legitimidade de intervenção sobre os despossuídos através da psiquiatria e dos manicômios. Os internados nestas instituições eram vítimas de solidão e abandono, tendo seus objetivos focados no funcionamento da instituição e não no indivíduo.
3.
A Psiquiatria no Brasil surge, com a
chegada da Família Real ao Brasil, com o
objetivo de colocar ordem na urbanização
e disciplinar a sociedade
O saber e o poder médico, artificialmente,
criam uma legitimidade de intervenção da
classe dominante sobre os despossuídos
através da nova especialidade - a
psiquiatria – e da nova instituição.
4.
O objeto dessa intervenção, o sofrimento
mental, é reduzido através de um artifício
conceitual, a categoria de “doença
mental”, subtraindo-se toda a
complexidade de fenômenos diversos,
singulares e compreensíveis, no contexto
da existência humana.
O Manicômio, dentre outros dispositivos
disciplinares igualmente complexos,
atravessou séculos até os nossos dias,
conformando uma sociedade disciplinar.
5. Manicômios:
Asile,
madhouse, asylum, hospizio,
denominam as instituições cujo fim é
abrigar, recolher ou dar algum tipo de
assistência aos "loucos”.
Designa o hospital psiquiátrico, com a
função de dar atendimento médico,
sistemático e especializado, aos doentes
mentais.
6.
Os internados nestas instituições são vítimas
da
solidão,
do
abandono
e
da
impessoalidade.
O tempo é considerado morto, os doentes
tem como único caminho a seguir aquele
determinado pelo hospital.
Seus objetivos são unicamente o bom
funcionamento da instituição e acabam por
serem responsáveis também pela morte do
indivíduo, da pessoa como um ser humano.
7.
Segundo Goffman (1974), os pacientes
internados nos manicômios eram submetidos
a
uma
série
de
rebaixamentos,
degradações, humilhações e profanações
do “eu”, sendo muitas vezes mortificados.
Ainda segundo Goffman (1974), o indivíduo
começava a passar por mudanças radicais
que
afetavam
profundamente
sua
consciência
moral,
gerando
uma
deformação pessoal decorrente do fato de
a pessoa perder seu conjunto de identidade.
8.
9. •O interior destes hospitais era baseado
no isolamento e organizado como um
espaço asilar, assemelhando-se com
instituições prisionais.
• Constituía-se nestes locais uma relação
terapêutica baseada na autoridade.
10.
11.
Nenhum critério é, por si só, indicador de
conduta anormal.
Nenhum critério é, por si só, suficiente para
definir uma conduta como anormal.
A anormalidade deve ser definida por
vários critérios.
Um sintoma isolado não é patológico, pois
pode ser encontrado em determinadas
circunstâncias em pessoas normais (Por
exemplo: Alucinações).
12.
Saúde:
Estado do indivíduo cujas funções orgânicas,
físicas e mentais se acham em situação
normal; estado do que é sadio ou são.
Doença:
Denominação genérica de qualquer desvio
do estado normal.
Conjunto de sinais e/ou sintomas que têm
uma só causa; moléstia.
Dicionário Aurélio
13. “Saúde é um estado
de completo bemestar físico, mental
e social e não
somente a
ausência da
doença.”
(OMS)
14. Doença é o
desequilíbrio entre
o físico e o
emocional e suas
intercorrências
com a realidade
social do paciente.
15.
Saúde:
equilíbrio entre os fatores físico, psíquico
e social.
Doença:
transtorno de saúde que pode afetar
sentimentos, pensamentos e o
comportamento.
16.
“Saúde Mental é o conjunto de ações de promoção,
prevenção e tratamento referentes ao melhoramento ou à
manutenção ou à restauração da Saúde Mental de uma
população” (Saraceno, 1999). Tem correlação com
dimensões legislativas, sociais, econômicas, culturais e
políticas.
Abordagem holística e pluridisciplinar, abordagem
complexa e orientada à comunidade e não exclui a
abordagem biológica.
Psiquiatria (modelo biomédico) X Saúde Mental (holismo
biopsicossocial)
18.
“A SAÚDE é a vida no silêncio dos
órgãos.”
“A DOENÇA é aquilo que perturba os
homens no exercício normal de sua
vida e em suas ocupações e, sobretudo,
aquilo que os faz sofrer.”
(René Leriche)
19.
NORMAL como Fato - descritivo
(aquilo que se encontra mais
frequentemente ou está na média)
NORMAL como Valor – avaliativo
(aquilo que é como deve ser)
20. * Anomalia (omalos) – variação, diferença
* Anormal (nomos) – normas, leis
Importante:
Se a anomalia não apresentar
repercussão negativa na funcionalidade
do indivíduo, não será considerada
anormal.
21. Patológico:
Qualquer modificação indesejável de uma
função , ou mudança negativa na
estrutura de um órgão ou sistema do
corpo.
Tem qualidade diferente.
Não é encontrado nas pessoas normais
22.
Anormalidade positiva e negativa
Inteligência
Toda patologia é anormalidade, mas
nem toda anormalidade é patologia.
23.
O doente enquanto vive, está
normatizado por uma norma
conservadora, que se repete, idêntica a
si mesma.
A doença não é uma variação da
dimensão da saúde, ela é uma nova
dimensão da vida.
28.
Popularmente há uma tendência em se
julgar à sanidade da pessoa, de acordo
com seu comportamento, de acordo
com sua adequação às conveniências
sócio-culturais como, por exemplo, a
obediência aos familiares, o sucesso no
sistema de produção, a postura sexual,
etc.
29.
Causas: Internas e externas.
› Internas: resultado de alterações orgânicas
e psicológicas no organismo;
› Externas: depende da reação da pessoa e
experiência anterior, onde a
hereditariedade e o meio ambiente é que
determinam qual intensidade e o tipo de
tensão que um indivíduo pode suportar e
aprender a lidar com situações emocionais
durante a vida.
31.
Há duas classificações básicas de doenças
mentais, que são as neuroses, e as psicoses.
› A - Neurose é chamada neurose toda a
psicopatologia leve, onde a pessoa tem a
noção (mesmo que vaga) de seu problema.
› Ele tem contato com a realidade, porém há
manifestações psicossomáticas, que são
notadas por este, e que servem de aviso para a
pessoa procurar um tratamento psicológico, ou
psiquiátrico.
› É um fator comum a ansiedade exacerbada.
32. B - Psicose: se caracteriza por uma
intensa fuga da realidade. É, como a
Filosofia e as artes chamam, a loucura,
propriamente dita.
› Pode ser classificada de três formas:
› A) pela manifestação;
› B) pelo aspecto neurofisiológico;
› C) pela intensidade.
33.
A reforma psiquiátrica pretende modificar
o sistema de tratamento clínico da doença
mental, eliminando gradualmente a
internação como forma de exclusão social.
Este modelo seria substituído por uma rede
de serviços territoriais de atenção
psicossocial, visando a integração da
pessoa que sofre de transtornos mentais à
comunidade.
34.
A rede territorial de serviços proposta na pela
Reforma Psiquiátrica inclui centros de atenção
psicossocial (CAPS), centros de convivência e
cultura assistidos, cooperativas de trabalho
protegido (economia solidária), oficinas de
geração de renda e residências terapêuticas,
descentralizando e territorializando o
atendimento em saúde, conforme previsto na
Lei Federal que institui o Sistema Único de
Saúde (SUS) no Brasil.
Esta rede substituiria o modelo arcaico dos
manicômios do Brasil.
35.
Na perspectiva da Reforma Psiquiátrica,
e em defesa da humanização da
atenção em saúde mental, o papel das
emergências psiquiátricas, sobretudo
em hospital geral, vem sendo redefinido
nas últimas décadas.
A internação deixou de ser a única
opção de tratamento.
36.
Segundo a Lei 10.216 no parágrafo único,
incisos I e II refere sobre os direitos da
pessoa portadora de transtorno mental e
diz:
I – ter acesso ao melhor tratamento do
sistema de saúde, consentâneo às suas
necessidades;
II – ser tratada com humanidade e
respeito e no interesse exclusivo de
beneficiar sua saúde, visando alcançar sua
recuperação pela inserção na família, no
trabalho e na comunidade;
37.
A reforma psiquiátrica a desativação
gradual dos manicômios, para que aqueles
que sofrem de transtornos mentais possam
conviver livremente na sociedade.
Ocorre que muitos deles sequer têm nome
conhecido, documentos, familiares,
dificultando a reinserção social. Também
não possuem acesso aos benefícios sociais
oferecidos pelo Estado, como a
aposentadoria e auxílio-doença.
38.
Redireciona a assistência em saúde
mental, privilegiando o oferecimento de
tratamento em serviços de base
comunitária, dispõe sobre a proteção e
os direitos das pessoas com transtornos
mentais, mas não institui mecanismos
claros para a progressiva extinção dos
manicômios.
39.
Existem em funcionamento hoje no país
689 Centros de Atenção Psicossocial e,
ao final de 2004, os recursos gastos com
os hospitais psiquiátricos passam a
representar cerca de 64% do total dos
recursos do Ministério da Saúde para a
saúde mental.
41. Admissão em Neuropsiquiatria
Atendimento ao Paciente Psiquiátrico:
Não despreze ou condene os pacientes pelos seus atos;
Demonstre confiança e habilidade profissional;
Não se envolva em amizades particulares com os pacientes;
Não dê valor demasiado as observações dos pacientes;
Manter serenidade;
Cultive a paciência que procede da compreensão;
Seja sincero;
Seja sensível;
Os pacientes são seres humanos, trate-os como tais;
Atenda os pacientes sem pressa individualmente;
Trata com cordialidade;
Manifestar interesse cortez;
Cultive a paciência;
Tenha trato;
Estimule a independência;
Seja paciente;
Elogie quando eles conseguem realizar trabalhos em grupo;
Dê atenção a todos, até mesmo a aqueles que não requerem atenção.
42. Admissão ao Doente Mental
Receber cordialmente;
Controle dos sinais vitais e peso
(semanalmente);
Observar cicatriz, equimose, manchas,
parasitas;
Apresentação de pessoal e planta física;
Explicar sobre rotina;
Anotações de enfermagem dia e hora da
internação, aceitação da internação: se veio
acompanhado e condições do paciente.
43. Classificação
Uma
classificação é um modo
de ver o mundo de um ponto
no tempo.
Norman Sartorius
Diretor da Divisão de Saúde Mental - OMS Responsável pela CID - 10
44. Doenças Mentais
Causas: Internas e externas.
Internas:
resultado de alterações orgânicas e
psicológicas no organismo;
Externas:
depende da reação da pessoa e
experiência anterior, onde a hereditariedade e o
meio ambiente é que determinam qual intensidade
e o tipo de tensão que um indivíduo pode suportar
e aprender a lidar com situações emocionais
durante a vida.
45.
Seja qual for a causa original, ela deve ser
comumente considerada como a
manifestação de um disfunção
comportamental, psicológica ou biológica na
pessoa.
Nem desvio de comportamento, por exemplo,
político, religioso ou sexual, nem os conflitos
que são primariamente entre o indivíduo e a
sociedade são considerados transtornos
mentais, a menos que o desvio ou conflito
seja um sintoma de uma disfunção na
pessoa, conforme descrito acima. (APA 1987)
46. Doenças Mentais
Fatores de Risco
Fatores sócio-econômicos ;
Doença mental prévia;
Desemprego;
Baixa renda;
Tendência a suicídio.
47. Formas de Manifestações
Psicóticos – perda do teste de realidade
com delírios e alucinações
Neuróticos – sem perda do teste de
realidade; baseado principalmente em
conflitos intrapsíquicos ou acontecimentos
ansiogênicos.
48. Formas de Manifestações
Funcionais – ausência de um dano
estrutural ou fator etiológico claro que
explique o comprometimento.
Orgânico – Doença causa por um agente
específico que causa uma alteração
estrutural no cérebro
49. A importância dos diagnósticos
Facilitar a comunicação;
Estabelecer a história natural das
doenças;
Testarmos tratamentos de tal forma que
seus resultados possam ser extrapolados;
Possibilitar pesquisas epidemiológicas
50. A importância dos diagnósticos
Facilitar a comunicação;
Estabelecer a história natural das
doenças;
Testarmos tratamentos de tal forma que
seus resultados possam ser extrapolados;
Possibilitar pesquisas epidemiológicas
51. Apresentação dos grupos diagnósticos
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Transtornos geralmente diagnosticados pela
primeira vez na infância ou adolescência
Delirium, demências e outros transtornos
cognitivos
Transtornos devidos a condições médicas
gerais
Relacionados a substâncias
Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos
Transtornos do Humor
Transtornos de Ansiedade
52. Transtornos
É conjunto de sintomas ou
comportamentos clinicamente
reconhecível associado, na maioria dos
casos, a sofrimento e interferências com
funções pessoais.
Desvio ou conflito social sozinho, sem
disfunção pessoal, não deve ser incluído
em transtorno mental, como aqui definido
Obs – não usa-se os termos doença ou
enfermidade
53. Transtornos Alimentares
O comportamento alimentar inclui algumas dimensões
complementares: Dimensão fisiológica-nutritiva,
Dimensões psicodinâmicas e afetiva (fome e alimentação
vinculam-se à satisfação a ao prazer),
Dimensão Relacional ( no desenvolvimento da criança a boca é
o mediador da primeira relação mãe-filho).
Compulsão X Impulsão.
54. Transtornos Alimentares
1) Compulsão Alimentar Episódica (CAE)
São episódios de compulsão alimentar, com consumo
exagerado de calorias.
Dois fatores (restrição alimentar e humores negativos)
parecem ser importantes na manutenção da CAE e
subseqüente purgação.
2% das mulheres da população geral. Na proporção
entre os sexos de 3:2 (M/H).
55. Transtornos Alimentares
Embora obesidade não seja um pré-requisito,
existe uma superposição substancial entre CAE
e obesidade.
Obesos com CAE têm mais diagnóstico de
depressão maior, Pânico e Transtorno da
personalidade (Yanovski el al. 1992).
Dois fatores (restrição alimentar e humores
negativos) parecem ser importantes na
manutenção da CAE e subseqüente purgação.
56. Transtornos Alimentares
Bulimia Nervosa:
Preocupação persistente com o comer e um desejo
irresistível de comida. Afeta 1 a 2% das mulheres.
Aparecimento no final da adolescência e início da idade
adulta. Iniciando com uma preocupação com o peso,
insatisfação com o corpo e restrição alimentar
importante.
57. Transtornos Alimentares.
Bulimia Nervosa:
Etiologia: psicológico, neuroquímicos (restrições e
serotonina) e sociais (padrão de beleza).
Prevenção: discussão de hábitos alimentares saudáveis,
particularmente entre adolescentes. Imposição do
padrão de beleza.
58. Transtornos Alimentares.
Anorexia Nervosa:
Transtorno caracterizado pela acentuada perda de peso
auto-induzida(15% abaixo do peso ideal) por abstinência
de alimentos ou por comportamento purgativos, uso de
anorexígenos ou exercícios físicos, excessivos.
Existe um medo intenso em ganhar peso, um distúrbio
na existência da forma do corpo e amenorréia, em
mulheres.
59. Bulimia x Anorexia
São consideradas enfermidades
psiquiátricas pela OMS, do grupo de
transtornos alimentares.
Os Transtornos Alimentares são definidos
como desvios do comportamento
alimentar que podem levar ao
emagrecimento extremo (caquexia) ou à
obesidade, entre outros problemas físicos
e incapacidades.
60. Bulimia x Anorexia
Bulimia
Transtorno que leva a
pessoa ingerir grandes
quantidades de comida e,
logo após provoca emese,
por culpa, pelo excesso
cometido.
Nem sempre há perda
acentuada de peso.
Pode usar diuréticos e
laxantes.
Mais comum, mas menos
letal
Anorexia
Desejo patológico de
emagrecer.
Redução drástica da
alimentação
Uso de exercícios físicos
intensos, induzir o vômito,
jejuar, tomar diuréticos e
usar laxantes.
Entre 5% a 18% morrem em
decorrência desse
transtorno.
Ocorre entre os 14 e 18
anos.
61. Sintomas
Bulimia
Osteoporose, por falta de
nutrientes;
Arritmias;
Queda do cabelos e
alopecia;
Dores abdominais;
Inflamações intestinais e
descontrole intestinal;
Ansiedade e depressão.
Anorexia
Queda do cabelo;
Hipotermia;
Visão distorcida do corpo;
Ressecamento das
unhas;
Interrupção do ciclo
menstrual, infertilidade;
Depressão, pânico, TOC;
Perda de tecidos ósseos;
Arritmias
62. Transtornos Psicóticos.
Caracterizam-se por ter sintomas típicos
como delírios e/ou alucinações, distúrbios
do pensamento e comportamento bizarro.
Os psiquiatras clássicos dão ênfase a
perda de contato com a realidade.
63. Transtornos Psicóticos.
1) ESQUIZOFRENIA.
Aproximadamente 1% da população é afetada pela
Esquizofrenia.
Equivalente em ambos sexos (17 a 27 anos homens e 17 a
37 anos nas mulheres).
Sintomas de Primeira Ordem de Kurt Schneider:
percepção delirante; alucinação com vozes de comando; eco do
pensamento; roubo do pensamento; difusão do pensamento;
vivência de influência.
Existe um perda da relação eu-mundo, imposição do que vem de
fora.
Sintomas negativos:
distanciamento afetivo, retração social, empobrecimento da fluência
verbal, diminuição da vontade, autonegligência, lentificação
psicomotora.
64. Transtornos Psicóticos.
1)ESQUIZOFRENIA.
Sintomas positivos:
Sintomas negativos:
alucinação, delírios, comportamento bizarro,agitação
psicomotora, neologismos.
distanciamento afetivo, retração social, empobrecimento da
fluência verbal, diminuição da vontade, autonegligência,
lentificação psicomotora.
Classicamente se divide a esquizofrenia em três tipos.
65. Transtornos Psicóticos.
1)ESQUIZOFRENIA.
Classicamente se divide a esquizofrenia em três tipos:
Forma Paranóide: idéias delirantes de cunho persecutório.
Forma Catatônica: alterações motoras, hipertonia, flexibilidade
cerácea, negativismo, mutismo.
Forma hebefrênica: pensamento desorganizado,
comportamento bizarro, afeto pueril.
Forma simples: sem sintomas característicos, observa-se um
lento empobrecimento psíquico, comportamental, embotamento
afetivo e distanciamento social.
66. Transtornos Delirantes Que Evoluem Sem
Déficits.
2) Paranóias:
Caracterizam por delírios sistematizados
(encistado ou cristalizado), com preservação da
personalidade e da cognição. Após os 35 anos.
3) Parafrenias:
Início tardio, delírios e alucinações de forma
“fantasiosa”.
67. Tratamento dos Transtornos Psicóticos
O tratamento das psicoses é feito através:
1 – Psicofarmacologia;
2- Psicoterapias;
3 – Reabilitação Psicossocial.
O fio condutor é não deixar o paciente perder seus laços
sociais e familiares, buscando sua subjetividade, entendendose aqui também a criação de aparatos que impeçam a perda
de sua cidadania.
Antipsicóticos.
Antipsicóticos convencionais.
Haloperidol (Haldol).
Tioridazina (Melleril).
Clorpromazina (Amplictil).
Levomepromazina (Neozine).
68. Transtornos Maníacos.
Sintoma central: euforia, exaltação do humor.
Deve estar presente a aceleração de todas
as funções psíquicas (taquipsiquismo),
apresentando agitação motora.
Aumento da auto-estima; elação
(engrandecimento do eu); insônia; logorreia;
hipertenaz, hipervigil; irritabilidade;
heteroagressividade;desinibição social e
sexual; compras exageradas; delírios de
grandeza; alucinações; labilidade afetiva.
69. Transtornos Maníacos.
1 )Mania franca e grave.
Sintomas citados acima de forma muito
acentuada.
Idosos ou com lesões cerebrais prévias podem
se apresentar confusos, consciência
rebaixada.
2) Hipomania.
Sujeito mais disposto que o normal, fala muito
mas sem fuga de idéias, sem limites.
Pouco sono, excessivo nas atividades diárias.
Sem disfunção social.
70. Transtornos Maníacos.
3) Ciclotimia.
Pacientes que apresentam ao longo da vida freqüentes
períodos de leves sintomas depressivos seguidos de
períodos de hipomania.
Isto ocorre sem que o indivíduo apresente um episódio
completo de mania ou depressão.
4) Mania com sintomas psicóticos.
Sintomas graves de mania acompanhados por delírios
de grandeza, perseguição ou místicos, agitação
psicomotora, alucinações auditivas.
71. Transtorno Bipolar tipo I e II
Transtorno bipolar = Psicose Maníaco Depressiva.
Tipo I:
episódios
depressivos leves a graves, intercalados
com fase de anormalidade e de fases maníacas bem
caracterizadas.
Tipo II:
episódios
depressivos leves a graves intercalados
com períodos de normalidade e seguidos de fase
hipomaníacas.
72. Tratamento dos Transtornos Afetivos.
1- Carbonato de lítio.
Também usado em pacientes violentos ou
com raiva impulsiva ou episódica.
Criados nos anos 40.
É necessário a monitorização sérica para o
tratamento ser seguro e não causar riscos de
intoxicação.
73. Tratamento dos Transtornos Afetivos.
Apresentação de comprimidos de 300mg ou de
liberação longa de 450 mg.
Podem causar irritação gástrica, diarréia e
náuseas.
O sintoma colateral mais comum é o tremor,
principalmente nos dedos.
Podem também reclamar de esquecimentos.
74. Tratamento dos Transtornos
Afetivos.
Pode ocorrer ganho de peso. Podem ocorrer
distúrbios tireoidianos.
Deve-se pedir exames laboratoriais periódicos
para avaliar a função renal dos pacientes em
litioterapia.
75. Tratamento dos Transtornos Afetivos.
2- Carbamazepina
É um anticonvulsivante.
Comprimidos de 200 e 400 mg, solução oral.
Sintetizada em 1957, mas só na década de
70 começou ser usada na psiquiatria como
estabilizador do humor.
76. Tratamento dos Transtornos Afetivos.
Podem ser usadas somadas ao lítio.
Melhores para pacientes com ciclos rápidos.
É usada para controle da impulsividade.
Deve ser monitorizada com exames de dosagem
sangüínea e hemogramas para evitar distúrbios
sangüíneos (agranulocitose e anemia aplástica).
Não devem ser usadas em pacientes grávidas.
77. Tratamento dos Transtornos Afetivos.
3- Ácido Valpróico (Valproato).
Comprimidos e solução.
Também são anticonvulsivantes.
Eficaz no controle da mania aguda.
Profilático do transtorno bipolar.Distúrbios
gastrointestinais, náusea, vômitos, tremor e
sedação.
Teratogêmicos.
Monitorização sangüínea.
É a partir do embasamento nos conceitos da psiquiatria européia, como degenerescência moral, organicidade e hereditariedade do fenômeno mental, que a psiquiatria brasileira intervém no comportamento considerado como desviante e inadequado às necessidades do acúmulo de capital, isolando-o e tratando-o no hospital psiquiátrico.
O impacto que os Transtornos Alimentares exercem sobre as mulheres é mais prevalente, ainda que a incidência masculina esteja aumentando assustadoramente. A Vigorexia, por exemplo, tem sido predominante nos homens, mas já se estão detectando casos de mulheres obcecadas pelo músculo. Já os Transtornos Dismórficos acometem igualmente ambos sexos.