O documento resume os principais movimentos artísticos modernos na Europa e sua influência no Brasil, como o Impressionismo, Fauvismo, Expressionismo, Cubismo, Surrealismo, Abstracionismo, Futurismo, Dadaísmo e o Modernismo brasileiro. Destaca a Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil e o movimento Antropofágico de Tarsila do Amaral, que buscou criar uma arte genuinamente brasileira a partir da assimilação dos estilos europeus.
3. Vimos que o primeiro movimento artístico do
período da arte moderna foi o Impressionismo
Influenciados pelo advento da fotografia,
procuraram captar a impressão da luz nas cores
dos objetos
Com o tempo esse tipo de pintura foi perdendo o
brilho e, um pouco antes da Primeira Guerra
Mundial eclodir, em 1914, o artista moderno sente a
necessidade de produzir uma arte mais
substancial, com maior peso e relevância
São os chamados Movimentos de Vanguarda, que
vamos conhecer agora, ou Ismos (de Modernismo)
CONTEXTO HISTÓRICO
4. Durante a realização do Salão de Outono em
Paris, em 1905, alguns jovens pintores foram
chamados pelo crítico Louis Vauxcelles de fauves
(do francês “feras”). Assim, ficaram conhecidos
como fauvistas.
FAUVISMO - 1905
5. O artista fauvista age por
instinto (como uma fera)
não permitindo que o lado
racional interfira na
pintura.
Por isso, a principal
característica desse grupo
é a simplificação das
formas e o emprego das
cores puras.
Essas características
podem ser vistas em “A
Dança”, de Henri Matisse
6. Características da pintura:
Simplificação das formas, não há busca pela perspectiva;
Pincelada violenta, espontânea e definitiva;
Ausência de pinturas ao ar livre;
Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não
correspondendo à realidade;
O movimento rítmico das linhas, texturas e para dar continuidade dos elementos
desenhados;
Uso exclusivo das cores puras, assim como saem das bisnagas, há pouca ou
nenhuma gradação entre os matizes;
Pintura por manchas largas, formando grandes planos;
Impulsividade e experimentação, em vez de exaustivos estudos preparatórios.
7. No período da história da arte moderna, um grupo de
artistas procurou expressar as emoções humanas e
interpretar as angústias que caracterizam
psicologicamente o homem do início do século XX. É o
que chamamos de subjetivismo na arte.
Esse grupo foi identificado como os Expressionistas.
EXPRESSIONISMO - 1920
8. A pintura “O Grito”, de Edvard Munch,
retrata justamanete esse estado de
angústia interna que tanto o afligia,
como ele mesmo descreveu:
“Passeava com dois amigos ao pôr-
do-sol – o céu ficou de súbito
vermelho-sangue – eu parei,
exausto, e inclinei-me sobre a
mureta– havia sangue e línguas de
fogo sobre o azul escuro do fjord e
sobre a cidade – os meus amigos
continuaram, mas eu fiquei ali a
tremer de ansiedade – e senti o grito
infinito da Natureza.”
9. • Pesquisa no domínio psicológico;
• Cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou
separadas;
• Dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
• Pasta grossa, martelada, áspera;
• Técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem,
fazendo e refazendo, empastando ou provocando
explosões;
Principais características:
10.
11. Trabalho de Arte
O MEU GRITO- A REFORMA EM
MIM
Faça sua releitura da obra “O grito”
de Edvard Munch, baseado nessa
pergunta: O que hoje você gritaria
para si mesmo como uma
necessidade de Reforma em sua
vida como cristão? Sua arte
buscará retratar a expressão do
seu grito em busca de uma
mudança interior.
12. Os artistas cubistas passaram a representar os
objetos com todas as suas partes num mesmo
plano. É como se estivessem abertos e apresentassem
todos os lados no plano frontal em relação ao
espectador.
Existem dois tipos de Cubismo: Analítico e Sintético
CUBISMO - 1907
13. Principais características:
geometrização das formas e volumes
renúncia à perspectiva
o claro-escuro perde sua função
representação do volume colorido sobre
superfícies planas
sensação de pintura escultórica
cores austeras, do branco ao negro passando
pelo cinza, por um ocre apagado ou um
castanho suave
14. CUBISMO ANALÍTICO
Pablo Picasso é considerado o pai do Cubismo. Em “Guernica” ele retrata a Guerra Civil
Espanhola em que morreram vários civis da cidade de Guernica. Ele fragmentou as
formas dos seres e colocou tudo em plano frontal (observe as figuras em perfil com
os dois olhos de frente). Além disso usou poucas cores. Essas são as características do
Cubismo Analítico.
16. CUBISMO SINTÉTICO
já em “A Guitarra”, Picasso introduziu
alterações ao nível da utilização de
novos materiais, incorporando-os na
obra ao misturar tinta com materiais
exteriores.
A partir deste método os quadros
passam então a integrar objetos
comuns, pelo método da colagem, como
o papel, cartão, tecido, madeira, corda,
entre outros objetos do dia a dia. Essas
são as características do Cubismo
Sintético.
17. OBRAS DE ARTE CUBISTA E
INFLUÊNCIA NO BRASIL
VEJA AS IMAGENS...
19. O surrealismo foi um movimento da literatura e das artes
plásticas que começou na França, em 1924, sob a liderança do
escritor André Breton. Influenciados pelo estudos do
subconsciente, do psicanalista Sigmund Freud, a arte
surrealista não resulta de pensamentos racionais e lógicos
do artista; ela é, isto sim, resultado de pensamentos absurdos
e ilógicos, como as imagens dos sonhos.
SURREALISMO - 1924
20. O principal artista surrealista foi o espanhol Salvador Dali. Ele mesmo admitiu que sua
obra era uma loucura: “Como posso querer que meus amigos entendam as coisas loucas
que passam pela minha cabeça, se eu mesmo, não entendo?”
22. Contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos conjuntos.
Justaposição de objetos comuns de um modo impossível de ser encontrado na vida
real.
23. Uma tela abstrata não representa a realidade que nos cerca, nem
narra com imagens uma cena histórica, literária, religiosa ou
mitológica.
A principal característica do movimento abstracionismo é
ausência de relação imediata entre as formas e as cores
representadas e as formas e as cores reais de um ser.
Nesse sentido, a pintura abstrata pode ser classificada em:
INFORMAL (ou lírica) e GEOMÉTRICA
ABSTRACIONISMO - 1910
25. GEOMÉTRICO
Já na obra de Piet Mondrian
as formas e as cores são
organizadas de maneira que a
composição resultante é
apenas a expressão de uma
concepção geométrica.
26. O s futuristas saúdam a e ra m o de rna, ade rindo e ntusiasticam e nte à m áq uina. Para
Balla, "é m ais be lo um fe rro e lé trico q ue um a e scultura". Para o s futuristas, o s
o bje to s não se e sg o tam no co nto rno apare nte e se us aspe cto s se inte rpe ne tram
co ntinuam e nte a um só te m po , o u vário s te m po s num só e spaço . O futurism o é a
co ncre tização de sta pe sq uisa no e spaço bidim e nsio nal. Pro cura-se ne ste e stilo
e xpre ssar o m o vim e nto re al, re g istrando a ve lo cidade de scrita pe las fig uras e m
m o vim e nto no e spaço . O artista futurista não e stá inte re ssado e m pintar um
auto m ó ve l, m as captar a fo rm a plástica a ve lo cidade de scrita po r e le no e spaço .
Futurismo
27. Fo rm ado e m 1 9 1 6 e m Zuriq ue po r jo ve ns france se s e ale m ãe s q ue , se tive sse m
pe rm ane cido e m se us re spe ctivo s paíse s, te riam sido co nvo cado s para o se rviço
m ilitar, o Dada fo i um m o vim e nto de ne g ação . Durante a Prim e ira Gue rra Mundial,
artistas de várias nacio nalidade s, e xilado s na Suíça, e ram co ntrário s ao
e nvo lvim e nto do s se us pró prio s paíse s na g ue rra.
Fundaram um m o vim e nto lite rário para e xpre ssar suas de ce pçõ e s e m re lação a
incapacidade da ciê ncias, re lig ião , filo so fia q ue se re ve laram po uco e ficaze s e m
e vitar a de struição da Euro pa. A palavra Dada fo i de sco be rta acide ntalm e nte po r
Hug o Ball e po r Tzara Tristan num dicio nário ale m ão -francê s. Dada é um a palavra
france sa q ue sig nifica na ling uag e m infantil "cavalo de pau". Esse no m e e sco lhido
não fazia se ntido , assim co m o a arte q ue pe rde ra to do o se ntido diante da
irracio nalidade da g ue rra.
Sua pro po sta é q ue a arte ficasse so lta das am arras racio nalistas e fo sse ape nas o
re sultado do auto m atism o psíq uico , se le cio nado e co m binando e le m e nto s po r
acaso . Se ndo a ne g ação to tal da cultura, o Dadaísm o de fe nde o absurdo , a
inco e rê ncia, a de so rde m , o cao s. Po liticam e nte , firm a-se co m o um pro te sto co ntra
um a civilização q ue não co nse g uiria e vitar a g ue rra.
Dadaísmo
30. Alguns artistas brasileiros tiveram contatos com os
Movimentos de Vanguarda Europeus, os Ismos
Na busca por novos caminhos esses artistas idealizaram
a Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro de
1922 no Teatro Municipal de São Paulo (também chamada
apenas de Semana de 22)
No evento foram apresentados concertos e conferências,
além de exposições de artistas plásticos.
(CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO FEITO POR DI CAVALCANTI)
MODERNISMO NO BRASIL
31. INFLUÊNCIA EUROPEIA NA ARTE BRASILEIRA
SURREALISMOEXPRESSIONISMO CUBISMO
Anita
Malfatti
Ismael
Nery
Vicente
do Rêgo Monteiro
32. Em 1928, Tarsila do Amaral, juntamente com seu
marido, o escritor Oswald de Andrade, deu início a
uma nova fase: a Antropofágica (aquele que come)
A teoria antropofágica propunha que o artista deveria
“deglutir” a arte europeia e , a partir dela,
produzir uma arte genuinamente brasileira.
Movimento Antropofágico
33. “Abaporu” é o melhor exemplo desse antropofagismo:
Tarsila consegue aplicar várias características de
diferentes movimentos europeus: formas
expressionistas, um tanto surrealistas, um pouco de
abstracionismo e até fauvismo. Porém são apenas
traços desses movimentos. O que ela quis mesmo foi
retratar o homem trabalhador brasileiro (indicados
pelas mãos e pés enormes e cabeça pequena), as
cores da bandeira do Brasil, assim como o clima e a
vegetação típica brasileira.
Abaporu é uma palavra de origem tupi e significa
“homem que come”. Mais uma alusão às nossas raízes
culturais.
34. SemanadeArteModernade1922
Essa arte no va apare ce inicialm e nte atravé s da atividade crítica e lite rária de
O swald de Andrade , Me no tti de l Picchia, Mário de Andrade e alg uns o utro s artistas
q ue vão se co nscie ntizando do te m po e m q ue vive m . O swald de Andrade , já e m
1 9 1 2, co m e ça a falar do Manife sto Futurista, de Marine tti, q ue pro põ e “o
co m pro m isso da lite ratura co m a no va civilização té cnica”.
Mas, ao m e sm o te m po , O swald de Andrade ale rta para a valo rização das raíze s
nacio nais, q ue de ve m se r o po nto de partida para o s artistas brasile iro s. Assim , cria
m o vim e nto s, co m o o Pau-Brasil, e scre ve para o s jo rnais e xpo ndo suas idé ias
re no vado re s de g rupo s de artistas q ue co m e çam a se unir e m to rno de um a no va
pro po sta e sté tica.
Ante s do s ano s 20 , são fe itas e m São Paulo duas e xpo siçõ e s de pintura q ue
co lo cam a arte m o de rna de um m o do co ncre to para o s brasile iro s: a de Lasar
Se g all, e m 1 9 1 3, e a de Anita Malfatti, e m 1 9 1 7 .
Essa divisão e ntre o s de fe nso re s de um a e sté tica co nse rvado ra e o s de um a
re no vado ra, pre vale ce u po r m uito te m po e ating iu se u clím ax na Se m ana de Arte
Mo de rna re alizada no s dias 1 3, 1 5 e 1 7 de fe ve re iro de 1 9 22, no Te atro Municipal
de São Paulo . No inte rio r do te atro , fo ram apre se ntado s co nce rto s e co nfe rê ncias,
e nq uanto no sag uão fo ram m o ntadas e xpo siçõ e s de artistas plástico s, co m o o s
arq uite to s Anto nio Mo ya e G e o rg e Prsyre m be l, o s e sculto re s Víto r Bre che re t e W.
Hae rbe rg e o s de se nhistas e pinto re s Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Jo hn Graz,
Martins Ribe iro , Zina Aita, Jo ão Fe rnando de Alm e ida Prado , Ig nácio da Co sta
35. Sam ba - Di Cavalcanti
ANe g ra – Tarsília do Am aral
Carnaval- Di Cavalcanti
Antro po fag ia
Tarsília do Am aral
O pe rário s
Tarsília do
Am aral
36. ArteExpressionista
No Brasil, o bse rva-se , co m o nunca, um de se jo e xpre sso e inte nso de pe sq uisar
no ssa re alidade so cial, e spiritual e cultural. A arte m e rg ulha fundo no te nso
pano ram a ide o ló g ico da é po ca, buscando analisar as co ntradiçõ e s vividas pe lo país
e re pre se ntá-las pe la ling uag e m e sté tica.
37. A partir de 1930, o modernismo
assume um figurativismo com
características mais expressionistas,
temas regionalistas e preocupação
social, no qual se destaca Candido
Portinari.
Desponta o trabalho de
Osvaldo Goeldi, Cícero Dias e Alberto
da Veiga Guignard.
Com a nomeação de Lúcio
Costa para a Escola Nacional de
Belas-Artes, abre-se espaço para os
modernos no Rio de Janeiro.
A partir da
disseminação nos salões de arte, e o
respeito que artistas brasileiros
passam a conquistar no exterior,
como no caso de Portinari que é
convidado a pintar dois imensos
painéis na sede da ONU, o
modernismo começa a ser aceito pelo
grande público.
38.
39.
40.
41. ArtePrimitiva
Aarte do s cham ado s "artistas prim itivo s" passo u a se r valo rizada apó s o Mo vim e nto
Mo de rnista, q ue apre se nto u, e ntre suas te ndê ncias, o g o sto po r tudo o q ue e ra
g e nuinam e nte nacio nal. E um artista prim itivo é alg ué m q ue se le cio na e le m e nto s da
tradição po pular de um a so cie dade e o s co m bina plasticam e nte , g uiando -se po r
um a clara inte nção po é tica. Ge ralm e nte e sse s pinto re s são auto didatas e criado re s
do s re curso s té cnico s co m q ue trabalham .
42. ARQUITETURA MODERNISTA BRASILEIRA
A arquitetura moderna brasileira teve suas características que podem ser
encontradas em origens diversas como a Bauhaus, na Alemanha, e em Le Corbusier,
que esteve no Brasil para assessorar o projeto do MEC – Rio.
Para comemorar o quarto centenário da cidade de S. Paulo, foi construído o Parque
do Ibirapuera que impulsionou a arquitetura modernista em uma série de
construções de residências e edifícios pela cidade.
43.
44.
45. Em 1947, em São Paulo, é criado o Museu de Arte de São Paulo (Masp) pelo
empresário Assis Chateaubriand. Seu acervo de pinturas européias
abrange desde os góticos italianos até os mestres do impressionismo
francês.
Em 1948 é fundado o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) pelo
industrial de origem italiana Francisco Matarazzo Sobrinho. O modelo de
organização era idêntico ao de Rockfeller com o MoMa de Nova York.
E no ano seguinte é criado o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
com acervo formado basicamente por artistas contemporâneos nacionais e
estrangeiros.