O documento fornece diretrizes e sugestões para a confecção e organização de portfólios de alunos. As 3 principais regras são: 1) Deve conter pelo menos 1 atividade por mês; 2) Deve conter registros específicos sobre o desenvolvimento individual de cada aluno; 3) As atividades devem estar sem correção do professor e organizadas de forma limpa.
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Manual do
Portfolio
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Regras para o portfólio
• Deverá conter no mínimo 1(uma) atividade por mês;
• Deverá conter registro na atividade ou no bimestre e este deve
ser específicos sobre o desenvolvimento da criança, sua
dificuldade e avanço, pois as mesmas deverão mostrar para o
próximo professor a realidade pedagógica em que a criança se
encontra, na dúvida me procure que ajudarei;
• Nosso portfólio está organizado em pastas separadas e cada
atividade deverá estar em saquinhos diferentes, a disposição
com a coordenação: (pasta e plásticos, sempre que necessário);
• As atividades que serão colocadas no portfólio deverão estar
sem correção e sem intervenção do professor, não vale corrigir
e pedir para o aluno passar a limpo;
• As atividades que serão colocadas no portfólio, bem como as que
serão trabalhadas em sala de aula, deverão estar organizadas de
formas claras, limpas e com carinho e dedicação, não vale pedir
que o aluno utilize uma folha de caderno e depois colocar essa
atividade de qualquer jeito na pasta de portfólio, mostre-me
antes ou peça ajuda;
• Combinamos no início do ano que nosso portfólio seria sobre o
desenvolvimento da escrita e deve conter atividades de escrita,
espontânea, produção de textos. (Não vale cruzadinha, ditado,
caça palavras, entre outras, e sempre que existirem palavras
soltas e a criança se encontra em nível pré-silábico, silábico
o professor deverá anotar quais são as palavras, e fazer
registros).
• Caso o professor queira acrescentar atividades de matemática,
também pode, mas será além das de português;
• Quanto a qualidade de confecção das atividades em geral, fiquem
atentos para a organização, limpeza e capricho do stencil, você
verá a seguir algumas sugestões que poderão ser feitas com os
mais variados materiais;
• Notei durante a analise dos registros no portfólio, que algumas
professoras ainda estão com dificuldade em classificar em qual
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hipótese de escrita a criança se encontra, a seguir coloco
também algumas observação importantes, se quiser podemos
analisar e classificar juntas;
• Professoras, fica aqui o meu registro, me procure sempre que
tiver dúvidas quanto aos registros, hipóteses e intervenções,
se quiser mostrar-me antes de montar na pasta, é só
combinarmos.
Professor lembre-se, esse documento acompanhará os alunos nos
próximos anos, ou para onde ele for e é seu nome que estará
junto.
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Sugestões de registros
Professoras, os registros aqui propostos são fictícios mas
servem como parâmetro para os registros que devem ser feitos com
relação as características individuais de cada criança para as
atividades propostas em sala de aula, não devem constar sobre a sala
ou níveis de escrita geral, pois, estes já são mencionados na ata de
conselho e ficha de níveis.
O aluno este bimestre saiu-se muito bem durante suas
atividades, apresentou um aproveitamento satisfatório, atendendo aos
objetivos propostos, é um aluno participativo e está sempre disposto
a ajudar seus colegas.
Este aluno durante o bimestre não teve um bom aproveitamento,
faltou muito durante as aulas, apresentou um atestado médico, mais
mesmo oferecendo-lhe atividades de recuperação paralela como
encontram-se registrados em meu caderno de planejamento diário, o
aluno não conseguiu acompanhar o ritmo da sala e o seu próprio, mas
por ser um aluno participativo e interessado espero que no próximo
bimestre consiga recuperar esta defasagem.
É um aluno desinteressado, não realizou as atividades propostas
durante o bimestre, apresenta um comportamento difícil durante a
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aula o que prejudica seu rendimento e também de seus colegas, como
podemos verificar na atividade que fez de qualquer jeito e sempre se
recusando a realizá-la.
Este aluno apresenta uma defasagem perante a sala, em meus
registro no caderno de planejamento, constam todas as atividades que
foram lhe oferecidas durante a recuperação contínua durante o
bimestre, o aluno já foi encaminhado para a recuperação paralela,
mas seu progresso é lento.
Este aluno encontra-se no nível pré silábico com hipótese
reduzida de letras, e nota-se que não mistura símbolos, o que já é
um avanço se observarmos as atividades e registros do bimestre
anterior, escreve seu nome corretamente e sem referencial, quando
durante as aulas faço intervenções começa a encontrar conflitos ao
associar a fala com a escrita, quase já percebe a relação, acredito
que para o próximo bimestre o avanço será bastante satisfatório.
É um aluno esforçado, encontra alfabético mesmo ainda não tendo
o domínio da ortografia correta das palavras, mas tenho incentivado
o uso do dicionário e venho observando melhoras.
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A LEITURA E A ESCRITA
No Construtivismo, o professor tem a necessidade de um maior
conhecimento a respeito da criança, além de considerá-la um ser
ativo e capaz, com idéias próprias, que segue um caminho definido,
envolvendo a compreensão da natureza do sistema da língua escrita e
a descoberta das leis que o regulam.
Para que a criança se desenvolva, a escola e o professor
deverão proporcionar a ela um farto e variado material que envolva a
escrita e a leitura, e permitir que ela produza escritas
espontâneas, da maneira que pensa que deve ser escrita, de acordo
com suas hipóteses, com a ausência de censura quanto ao CERTO’’ e
“ERRADO”.
Assim, ao escrever espontaneamente, a criança pensa, analisa,
descobre contradições e busca novos esquemas interpretativos.
Segundo pesquisa de Emília Ferreiro, a escrita passa por quatro
níveis de evolução, cada um comportando subníveis.
A ALFABETIZAÇÃO
É importante que o professor, ao iniciar a alfabetização de seus
alunos, pense na perspectiva do que a escrita representa, de seus
valores e usos sociais, alem da compreensão de como se organiza esse
sistema de representação.
O professor terá em mente que o processo da aquisição da escrita já teve
início muito antes de a criança entrar para a escola.
Segundo VYGOTSKY, “o processo da aquisição da língua escrita
tem uma pré-história, que é o momento progressivo de apropriação,
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pela criança, da idéia de representação que sempre tem como base a
fala”.
Essa idéia de representação deve ser trabalhada com a criança
logo no início do processo da aprendizagem. Para isso, pode utilizar
marcas de produtos, logotipos, placas de trânsito, bandeiras de
clubes, possibilitando ao aluno relacionar o símbolo à palavra.
O professor deverá então propor atividades que coloquem a
criança em contato com materiais abundantes e diversificados como:
• jornais • revistas • livros • avisos
• rótulos • propagandas • placas • cartazes
Possibilitará, assim, ações de uso de leitura e escrita.
Algumas sugestões de atividades que o professor deverá utilizar:
• ler para as crianças histórias, notícias, poesias;
• escrever em todas oportunidades que surgirem recados, avisos,
bilhetes, convites aos colegas de outras salas, pais e
professores;
• fazer escritas com ou sem desenho de relatos, histórias e casos
contados pelos alunos.
Através dessas atividades, a criança terá oportunidade de
conhecer situações variadas de escritas, reconhecendo também a
escrita como uma forma de registro e percebendo que as idéias se
transformam em símbolos.
É necessário também que desde o início o professor coloque em destaque na
sala de aula o alfabeto em formas e materiais variados para o manuseio pelas
crianças: alfabeto móvel, alfabeto concreto(feito com pedaços de madeira,
tampas de Nescau ou leite em pó, emborrachado, embalagens de Yakult,
caixinhas de Toddynho ou de leite longa vida.
As tradicionais atividades de preparação para a leitura e
escrita, em que a criança cobre folhas e mais folhas de exercícios
pontilhados, sem significado concreto, deverão ser evitadas.
E necessário que a criança vivencie a leitura e a escrita
através de atividades inovadoras e mais dinâmicas, com atividades de
coordenação motora e discriminação visual se desenvolvendo no
próprio ato de ler e escrever.
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Assim ela terá o domínio do lápis através de situações concretas
de desenho e escrita, possibilitando a aquisição e o domínio de
traçados cada vez melhores.
No início do processo da alfabetização, deverá ser utilizada a
letra de imprensa maiúscula: BOLA.
Sendo um tipo de letra com linhas retas e curvas, é de fácil
leitura e reprodução na escrita e também é o tipo de letra onde a
criança tem os primeiros contatos de leitura: placas, títulos de
livros, out-doors, manchetes de jornais e revistas.
As letras, alfabetos e palavras poderão ser utilizados em Bingos
de Letras e Nomes, Dominós de Letras e Nomes, Caça-palavras, Jogo da
Memória e outros jogos adaptados pelo professor.
Poderão também ser trabalhados variados tipos de palavras:
produtos de supermercado, animais, flores, objetos da sala, objetos
e utensílios de uma casa, etc.
Essas palavras devem ser utilizadas pelos alunos em organização
de murais, leitura, pesquisa, ditados, etc.
Nível 1 – Fase Pré-silábica
A criança produz riscos e/ou rabiscos. Esses rabiscos podem ser:
• rabiscos separados
• linhas retas e curvas
• rabiscos ondulados
Nesse nível, a criança utiliza as letras convencionais ou outros
símbolos quaisquer para escrever o que deseja.
A criança identifica os nomes de coisas e pessoas de acordo com
o seu tamanho (coisas pequenas devem ter nomes pequenos; coisas
grandes, nomes grandes).
Para a criança, avião será uma palavra grande e abelha uma
palavra pequena.
Dentro do nível 1, existe uma subfase, porém, mais evoluída.
Nessa subfase, a criança já descobriu que existem nomes
diferentes para coisas diferentes. Então, ela utiliza diferentes
letras (grafismos) na escrita das palavras, às vezes apenas mudando
a seqüência das letras (ou traçados semelhantes às letras
convencionais).
Ex: BACE (MAÇÃ)
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CEAB (LIMÃO)
ABE (JABUTICABA)
Nível 2 - Hipótese Silábica
Nessa fase, se tem um grande avanço e é um dos mais importantes
esquemas construídos pela criança, onde ela trabalha com a hipótese
de que a escrita representa partes sonoras da tala, onde, para ela,
cada letra representa uma sílaba.
OA = BOTA AO= BOLA
Se pedirmos à criança para escrever:
• gato • pato
• mato • lago,
Ela poderá representá-las com as letras AO.
Quando pedimos que leia o que escreveu, vai descobrir que as
grafias são iguais, o que a levará a um conflito.
Buscando uma saída, a criança poderá acrescentar mais letras às
palavras, para compor.
Ex: GATO → AUO
Outra dificuldade da criança é quando pedimos que ela escreva
CAPA ou SALADA. Então, ela escreveria AA ou AAA, surgindo outro
conflito, o da repetição, onde ela o resolverá intercalando outras
letras diferentes, mantendo a forma fixa na primeira e última
letras.
SALADA = AEA
Os conflitos levarão a criança a novos avanços. A criança, aos
poucos, vai reformulando suas hipóteses, até chegar à compreensão do
sistema de representação da língua escrita, reconstruindo-o.
Nível 3- Hipótese silábico-alfabética
É a transição entre a fase silábica e a alfabética.
Ante os conflitos da hipótese silábica, a criança sente a
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necessidade de fazer uma análise que vai além da sílaba. Descobrindo
que o esquema de uma letra para cada sílaba não funciona, procura
acrescentar letras à escrita da fase anterior, grafando algumas
sílabas completas, embora represente algumas por uma só letra.
Exemplo: BO E CA GA O
(boneca) (gato)
Esse fato é uma progressão onde a criança está acrescentando
letras à sua escrita e não uma omissão de letras.
Nível 4- Escrita Alfabética
É a fase final da evolução da criança. Ela venceu as barreiras
do sistema de representação da língua escrita, tornando-se capaz de
fazer uma análise sonora dos fonemas das palavras que escreve, mas
nem todas as dificuldades foram vencidas.
Surgem então os problemas relativos à ortografia, problemas
esses que não correspondem ao sistema de escrita que já venceu.
Nesse nível, pode-se considerar que a criança venceu a barreira
do código, sendo capaz de compreender que cada um dos caracteres da
escrita corresponde a valores sonoros menores que a sílaba.
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Leia o que Floquinho escreveu para Huguinho
Huguinho,
No próximo domingo, iremos novamente à praia.
Você gostaria de ir conosco?
Passe aqui em casa para combinarmos.
Aguardo você
Floquinho
1) Que nome se dá a esse tipo de mensagem?
__________________________________________________
2) Para quem foi enviado o bilhete?
__________________________________________________
3) Quem enviou o bilhete?
_________________________________________________
4) De que se tratava o bilhete?
_________________________________________________
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Escreva bilhetes de acordo com a mensagem pedida:
1) Fazendo um convite.
_______________________ ,
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
_____________________
_____________________
2) Cumprimentando pelo sucesso.
_______________________ ,
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
_____________________
_____________________
3) Fazendo um pedido.
_______________________ ,
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
_____________________
_____________________
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Modelo para bilhetes
Observação: Bilhetes devem ter sido trabalhados antes para que
não seja necessária a intervenção do professor quando a atividade
for para o portfólio.
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PRODUÇÃO DE TEXTO
Imagine que você foi passar férias em uma fazenda e conheceu
dois ursinhos que se achavam o máximo. Conte-nos a sua história.
Registro:
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PRODUÇÃO DE TEXTO
Descreva o animal do desenho. Lembre-se: a descrição é um texto
formado de parágrafos, pontuação correta e seqüência (começo, meio e
fim).
Personagem Características físicas
• Que é? • Como ele é?
• Tem penas ou pêlo?
Outras características Ação do personagem
• Forte ou fraco? • O que está fazendo?
• Manso ou bravo? • O que gosta de fazer?
• O que acontece na vida
dele?
Professor: vale lembrar que as atividades aqui sugeridas devem
antes ser trabalhada com o aluno, pois a criança deve ter
conhecimento do que lhe é oferecido para que não haja intervenção
durante o desenvolvimento da mesma, os itens acima podem ser
lembrados oralmente, mas não devem estar na atividade elaborada pelo
professor.
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Imagine que coce estava tomando um gostoso sorvete. De repente,
chega seu (sua) melhor amigo (a). Qual seria sua reação? Atenção!
Não se esqueça do título.
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Não esqueça o espaço para o registro
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18. E. M. Profª Iraydes Lobo Vianna do Rego
Observe os desenhos e escreva uma história com diálogo. Não se
esqueça de lhe dar um título.
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19. E. M. Profª Iraydes Lobo Vianna do Rego
Imagine que você se perdeu em uma floresta e encontrou um urso.
Crie um texto com diálogo contando o que aconteceu e como você
conseguiu encontrar o caminho de volta. Não se esqueça de lhe dar um
título.
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Registro: ________________________________________________________
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20. E. M. Profª Iraydes Lobo Vianna do Rego
Imagine que você é amigo(a) da Mariana e mudou de cidade. Agora
lhe escreva uma carta contando o que tem acontecido com você.
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21. E. M. Profª Iraydes Lobo Vianna do Rego
Preencha corretamente o envelope com os seus dados como
remetente e com os de um (a) colega como destinatário.
CEP
Remetente:
Endereço:
CEP:
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