Este documento discute as alterações nas unhas que podem indicar doenças sistêmicas subjacente. Algumas dessas alterações incluem: 1) Unhas em vidro de relógio podem sugerir doença pulmonar ou do intestino; 2) Coiloníquia pode significar anemia ou hemocromatose; 3) Onicólise na ausência de trauma ou psoríase pode sugerir hipertereoidismo.
Moxa-tonificação-e-dispersão.pdf medicina tradicional chinesa
Afecções ungueais nas doenças sistêmicas
1. Afecções ungueais nas doenças sistêmicas. O que as unhas
podem dizer-nos
Nail disorders in systemic disease: What the nail tell us
Samira Yarak
Professora e coordenadora da Disciplina de Dermatologia da UNIVASF.
Tiago Moreno de Almeida Araújo
Acadêmico de Medicina da UNIVASF.
RBM Jun 09 V 66 Edição Especial Dermatologia
Indexado na Lilacs Virtual sob nº LLXP: S0034-72642009002600004
Unitermos: unhas, lâmina ungueal, leito ungueal, doenças sistêmicas.
Unterms: nail, nail plate, nail bed, systemic disease.
Numeração de páginas na revista impressa: 15 à 19
Resumo
A aparência das unhas de mãos e pés pode sugerir uma doença sistêmica subjacente. Em geral,
unha em vidro de relógio pode sugerir doença pulmonar ou doença inflamatória do intestino.
Coiloníquia pode significar anemia ou hemocromatose. Na ausência de trauma ou psoríase, a
presença de onicólise pode sugerir hipertereoidismo. As linhas de Beau podem indicar doença febril
severa prévia, trauma ou exposição a temperaturas frias nos pacientes com doença de Raynaud.
Nos pacientes com linhas de Muehrcke devemos checar os níveis de albumina. A presença nas
unhas de hemorragia em estilhaço pode indicar a presença de endocardite. Pacientes com
telangectasias, coiloníquia ou pitting das unhas podem apresentar doença do tecido conectivo.
Neste trabalho, revemos nas unhas os sinais mais comuns, que podem auxiliar-nos no diagnóstico
de doenças sistêmicas.
Introdução
A função primordial das unhas é a proteção. As doenças das unhas são comuns, entretanto a
prevalência exata dessas doenças é desconhecida. As doenças ungueais podem estar associadas a
várias doenças de pele (psoríase, eczema) e/ou doenças sistêmicas ou ocorrer após trauma
externo ou ser efeito adverso a uma medicação. A causa mais comum da doença ungueal é a
infecção, que é causada principalmente por fungos (onicomicose) e, com menor frequência, por
bactérias1,2.
As alterações ungueais, devido às doenças sistêmicas são importantes, por refletirem doença
sistêmica subjacente3. Assim, sob vários aspectos, as unhas podem indicar ou refletir várias
doenças sistêmicas. As anormalidades que fazem parte desse enigma e, que estão presentes, não
apenas na lâmina ungueal, como também no aparelho ungueal são úteis como meio de diagnóstico
das doenças sistêmicas. Os sinais podem ser específicos e não específicos, envolver uma ou mais
unhas e ocorrer simultaneamente ou secundariamente às doenças sistêmicas. A maioria desses
sinais são reações inespecíficas e, eventualmente, específicas1-4.
Cuidadosamente, devemos examinar todas as unhas das mãos e pés e, também, ao redor das
unhas. As alterações ungueais causada por doenças sistêmicas ou por outras injúrias sistêmicas,
como as reações medicamentosas, podem ocorrer devido às anormalidades da matriz ou
vasculares1,3. Entretanto, outras alterações podem ser observadas ao redor do aparelho ungueal,
nas estruturas como cutículas, dobra ungueal proximal, leito ungueal, dobra ungueal lateral e
hiponíquio.
Ao identificarmos as alterações ungueais, não devemos esquecer-nos de sempre investigar sinais
adicionais na pele e mucosas. A história detalhada dos eventos, antes do desenvolvimento dos
sinais ungueais, bem como as medidas da distância, entre a dobra ungueal proximal e as
alterações da lâmina ungueal, podem ajudar-nos a determinar quando ocorreu a injúria no
2. aparelho ungueal1. Em geral, as doenças sistêmicas acometem mais de uma unha e as unhas dos
dedos das mãos fornecem melhores informações do que as unhas dos pés, em virtude dos sinais
clínicos serem modificados por traumas1,3.
O objetivo deste artigo é rever os sinais ungueais mais comuns, que possam auxiliar no
diagnóstico de doenças sistêmicas.
Figura 1 - Anatomia da unha.
Anatomia básica da unha
A unha é uma estrutura de células escamosas queratinizadas que agem como uma placa
protetora e de suporte.
A lâmina ungueal é produzida pelos queratinócitos da matriz ungueal, na porção proximal do
leito ungueal. Caracteriza-se por ser composta de queratina, apresentar consistência dura e
estar acima do leito ungueal e sobre a face dorsal da falange dista (Figura 1)3.
A matriz ungueal é composta por um epitélio que fixa a unha ao seu leito. As matrizes,
proximal e distal, originam a face dorsal e ventral da lâmina ungueal, respectivamente. O
crescimento da unha sobre o leito ocorre pela adição de células queratinizadas provenientes
da matriz ungueal, tornando a unha mais espessa e aderente. Assim, durante o crescimento da
unha, a porção distal da matriz produz as camadas mais profundas da lâmina ungueal,
enquanto que a proximal as mais superficiais. Esse tipo de produção é importante, porque a
disfunção da matriz proximal (pode ocorrer nos pacientes com psoríase) resulta em alterações
ungueais mais superficiais, enquanto que a disfunção da distal resulta na formação de sulcos
ou fissuras (Figura 1). As alterações lineares transitórias e do crescimento podem formar
linhas transversas na lâmina ungueal, como as linhas de Beau, Mees e Muehrcke. As
modificações na configuração dos capilares no leito ungueal proximal são responsáveis pelos
distúrbios ungueais que ocorrem nos pacientes com doenças do tecido conectivo, enquanto
que as anormalidades dos vasos periosteais contribuem para a formação da unha em vidro de
relógio e baqueteamento dos dedos1-5.
3. A parte proximal da unha é fixada pelo eponíquio (dobra ou prega dorsal que recobre a
superfície proximal da unha), lateralmente pelas dobras ungueais e na parte distal pela dobra
ungueal distal (que é o hiponíquio - localiza-se abaixo da borda livre da lâmina ungueal e
corresponde à camada de epiderme espessada que se encontra na junção entre o leito ungueal
e a pele). O leito ungueal está localizado abaixo da lâmina ungueal e se estende da lúnula ao
hiponíquio. As pregas ou dobras ungueais proximal e lateral (ou paroníquio) correspondem à
junção lateral da unha à pele. O peroníquio corresponde a todas as estruturas que compõem o
aparelho ungueal, incluindo a placa ungueal, o leito ungueal, eponíquio, paroníquio e
hiponíquio (Figura 1). As unhas dos dedos das mãos crescem 0,1mm/dia e as dos pés 0,03
mm/dia1-5.
Lesões lineares transversas, depressões, pitting, leuconíquia e outras alterações da cor
1. Linhas de Beau
É a depressão linear transversa na lâmina ungueal e significa alteração temporária no
crescimento ungueal. Sabe-se que as unhas crescem em torno de 0,10-0,15 mm/dia. Assim,
podemos estimar o intervalo de tempo em que a doença iniciou, ao medirmos a distância
entre a prega ungueal proximal e a linha de Beau. A causa mais comum é o trauma local. As
linhas de Beau também podem refletir estado nutricional pobre, hipersensibilidade a drogas,
doenças febris e exposição a temperatura frias nos pacientes com fenômeno de Raynaud
(Figura 2)1,3.
Figura 2 - Linhas de Beau.
4. Figura 3 - Pitting.
Figura 4 - Leuconíquia puntata.
2. Linha de Mees
É a linha esbranquiçada transversa na lâmina ungueal, que pode ser única ou múltipla. Essa
linha pode significar intoxicação por arsênico, septicemia, aneurisma dissecante da aorta,
várias infecções parasitárias, insuficiência renal, bem como o resultado de alguns
medicamentos (quimeoterápicos)1,3.
3. Linhas de Muehrcke
São linhas brancas transversas paralelas a lúnula. Estas linhas horizontais surgem ao pares,
atravessando por toda a unha e desaparecem quando se comprime as unhas. Essas linhas
representam anormalidade vascular do leito ungueal e, assim, não se movimentam com o
crescimento da unha. Essas características a diferenciam das linhas de Mees. Surgem nos
pacientes com hipoalbuminemia (albumina < que 2 g/dl) e desaparecem quando as proteínas
se normalizam. Também podem estar presentes em pacientes com síndrome nefrótica,
doenças hepáticas, má nutrição, uso de drogas quimioterápicas, síndrome de Peutz-Jeghers,
5. bem como nos transplantados renais1,3,5.
4. Pittings
São pequenas depressões disseminadas na unha normal. A causa desses pits é devido a focos
de paraceratose na matriz ungueal. Em geral, pitting está associado a psoríase. Podem ocorrer
na dermatite atopica, líquen plano sarcoidose, pênfigo vulgar, alopecia areata, incontinência
pigmentar, síndrome de Reiter (Figura 3)1,3,5.
5. Leuconíquias
Crianças e adultos apresentam máculas ou linhas esbranquiçadas na lâmina ungueal em uma
ou mais unhas. A leuconíquia pode ser estriada, puntata, parcial e total. A leuconíquia puntata
é o padrão mais comum e ocorre devido a pequenos traumas locais (Figura 4). A leuconíquia
estriada pode ter caráter hereditário, secundariamente a trauma local ou por doença sistêmica
quando múltiplas unhas estão envolvidas. A leuconíquia parcial foi encontrada na
tuberculose, nefrite, doença de Hodgkin, metástases de carcinomas, hanseníase, perniose e
por causas idiopáticas. A leuconíquia total pode ser hereditária ou por doenças sistêmicas,
como a febre tifoide, colite ulcerativa, cirrose e hanseníase1,3,5.
6. Síndrome meio a meio ou metade-metade
A metade proximal da unha é normal ou esbranquiçada. A porção distal (20% a 60%) pode
ser acastanhada ou rósea. Observou-se essa síndrome na doença renal com uremia e
indivíduos que utilizam 5-fluorouracil1,3,5.
7. Unhas de Terry
Alteração semelhante a unha metade-metade, mas acomete apenas 1 a 2 mm da porção distal
(<20%). Ocorre nos indivíduos com cirrose hepática, Aids, insuficiência cardíaca congetiva e
diabetes mellitus1,3,5.
8. Unha vermelha
A lúnula é vermelha. A unha vermelha está associada a alopecia areata, doença vascular do
colágeno, uso de prednisona oral na artrite reumatoide, insuficiência cardíaca, doença
pulmonar obstrutiva crônica, cirrose, urticária crônica, psoríase, monóxido de carbono1,3,5.
9. Unhas azul
São observadas nas patologias degenerativas hepatolenticulares (doença de Wilson), argiria e
drogas do tipo 5-fluorouracil e AZT (azidotimidina)1,3,5.
6. Figura 5 - Unhas em vidro de relógio.
Figura 6 - Onicólise.
7. Figura 7 - Coiloníquia.
Alteração do crescimento
1. Síndrome das unhas amarelas
Nesta síndrome as unhas param de crescer e desenvolvem a aparência de unhas espessas,
duras e curvas, com coloração amarelada. A lâmina ungueal se apresenta opaca e a lúnula
está ausente. Ocasionalmente pode ocorrer onicólise. Essa síndrome está associada a várias
patologias sistêmicas e as mais comuns são as doenças pulmonares (DPOC – Doença
pulmonar obstrutiva crônica), pleurais e linfedema1,3,5.
2. Unhas em vidro de relógio
É definido como aumento da curvatura transversa e longitudinal da unha, hipertrofia dos
componentes dos tecidos moles da polpa digital e hiperplasia do tecido fibrovascular na base
da unha. Ocorre baqueteamento dos dedos, em virtude dessas alterações não envolverem
apenas as unhas, mas também as falanges distais. Há aumento do ângulo formado entre a
superfície dorsal da falange distal e a lâmina ungueal. O normal desse ângulo (ângulo de
Lovibond) é de 160 graus e na unha em vidro de relógio esse ângulo é de 180 graus (Figura
5). As unhas em vidro de relógio podem ser familiares, idiopáticas e adquiridas. Em geral, a
forma adquirida é o resultado de patologias pulmonares, cardíacas, hepáticas ou
gastrointestinais (doença celíaca ou inflamatória do intestino)1,3,5-6.
3. Onicólise
É a separação distal da lâmina ungueal do leito ungueal. Inicia-se na margem livre distal da
lâmina ungueal e progride em direção a borda proximal. A onicólise é observada em
associação com várias patologias sistêmicas, entretanto não é específica (Figura 6). As
patologias que podem estar associadas são hipertiroidismo, hipotereoidismo, psoríase,
pelagra, porfirias. Nos pacientes com hipertireoidismo é conhecida como unhas de
Plummers1-5,7.
4. Onicomadese
É a separação proximal da lâmina ungueal do leito ungueal, que resulta em perda da lâmina
ungueal. Em geral é causada por traumas, mas ocasionalmente pode ocorrer por má nutrição e
8. estados febris1,3-5.
5. Coiloníquia
É representada pela concavidade longitudinal e transversa da unha. As unhas são côncavas,
finas e com bordas evertidas, semelhantes a uma colher (Figura 7). É mais comum nas unhas
da mãos do que nas unhas dos pés. Esse sinal pode ser o resultado de trauma, exposição
constante das mãos a solventes derivados de petróleo ou síndrome do cotovelo-patella-unha
(hipoplasia de patela/cotovelo, anormalidades renais e esqueléticas). Em geral, a coiloníquia
está associada a deficiência do ferro e, ocasionalmente, pode ocorrer nos indivíduos com
hemocromatose. Outras causas de doenças sistêmicas incluem doença coronariana,
hipotireoidismo e lúpus eritmatoso com fenômeno de Raynaud. A coiloníquia também pode
ser uma variante normal nos recém-nascidos e, em geral, ela pode desaparecer nos primeiros
anos de vida1,3-5.
6. Onicorrexe
É a presença de estrias longitudinais na lâmina ungueal. É comum em indivíduos idosos
(Figura 8). Também pode ocorrer em na artrite reumatoide, doença vascular periférica, líquen
plano e doença de Darier1-3.
Alterações vasculares e leito ungueal
1. Hemorragias lineares ou em estilhas
Representa o extravasamento de sangue dos vasos do leito ungueal com disposição
longitudinal. A causa mais comum de doença sistêmica é a endocardite bacteriana. Dos
pacientes, 15% com endocardite bacteriana podem apresentar esse sinal,. Entretanto, 20% de
indivíduos sem endocardite também podem apresentar esse sinal, como, por exemplo, nos
traumas, psoríase e nódulos de Osler1,3-6.
2. Prega ungueal proximal com alças de capilares proeminentes e anormais
Esse sinal é indicador de doença sistêmica subjacente, como, por exemplo, no lúpus
eritematoso sistêmico, dermatomiosite, fibrose cística etc.1,3-5.
3. Pterígio ungueal inverso ou pterígio ventral
É a adesão da parte distal do leito ungueal a face ventral da lâmina ungueal. O tecido mole é
ligado firmemente e diretamente abaixo da lâmina ungueal. Há uma forma congênita e outra
adquirida. A forma adquirida está associado as doenças do tecido conectivo, especialmente a
esclerodermia sistêmica progressiva1,3-5.
Conclusão
Neste trabalho discutimos as alterações mais específicas do aparelho ungueal. Entretanto, há
várias alterações ungueais não específicas associadas a doenças sistêmicas. Desse modo,
devemos sempre realizar o exame clínico das unhas para obtermos importantes sinais para o
diagnóstico de doenças sistêmicas.
Podopatias
Alopecia Areata-pode causar erosão,aparênciajateada,cisão devida a adelgamento da placa ungueal,
leuconíquia transversa ou focal,coloração amarelada ou marrom,coilníquia,hiperqueratosesubungueal
com ou sem onicólise.
Anoníquia-ausência deunha,pode causar deformidadena polpa distal.
9. Bolhas-lesão por atrito ou suporte excessivo de carga , maior de 1cm, conteúdo líquido.
Bromidrose-é o odor da transpiração.
Calo Duro-hiperqueratoseassociadaà presença de núcleo do mesmo material,formato cônico voltado
para dentro.
Calo Interdigital-calo mole,olho de peixe, localizado entre os dedos, causado por desvios dos dedos,pé
plano ou em garra.
Calo Neurovascular-nosmesmos pontos do vascular,exceto no dorso,inclusões vasculares enervosas.
Calo Vascular-temnúcleo com vasos sangüíneos,no apoio plantar.
CandidíaseUngueal-manchas amarelas ou esverdeadas(pseudônomas),tende a descolar.
Coiloníquia-unhaem forma de colher.
Desidrose-dermatite de contato, alergia provocadapor meias,calçadosepelo calor.
10. Distrofia da vinte unhas-principalmente na infância eocasionalmente em adultos,as unhas parecemser
atingidas por umjato de areia ou lixadascomlixa d´água no eixo longitudinal.
Espícula Ungueal-produzida após tentativa falidadeextrair a unha,ficando resíduos da mesma que ao
crescer causa danos edor.
Esporão de Calcâneo-formação cartilaginosana região do calcâneo.
Exostose- Fruto da protuberância excessivadesaliências ou epífises ósseas,são adquiridaspor pressçao
e atrito , mas podem ser congênitas,ou seja,o indivíduo pode nascer com elas.O médico pode resolver
cirurgicamente, já que o tratamento podológico é paliativo comórteses ungueais e remoção do tecido
hiperqueratósico.
11. FascitePlantar-éuma inflamação muscular queacomete a mesma região do esporão de calcâneo e
pode confundir.
Fissuras-ressecamento da pele associadas a hiperqueratose.
Granuloma Piogênico-éum neocrescimento ulcerado de tecido vascular,resultantede irritação da
pele(unha encravada).
Hálux Rígido-rigidezna articulação na basedo hálux.Artrite degenerativa.
Hálux Valgus-desvio do 1º metatarso e lateral da falangeproximal do hálux,diferede joanete, que é o
resultado da deformidade imposta pelo hálux valgus.
12. Hiperidrose-transpiração excessiva dos pés,causando desconforto e propiciando o surgimento de
micoses,em razão do ambiente quente e úmido.Problemas gladulares,alimentos ingeridos(como alho),
medicamentos (como dipirona) eoutros distúrbios,inclusivede origem nervosa(estresse),podem
causar a hiper-transpiração.
Leuconíquia-decoloração esbranquiçada da unha,manchas ou estrias,transversal.
Liquen Plano- apresentção aguda típica envolve coloração azulada ou avermelhada da prega ungueal
com ou sem paroníquia,pápulassubungueaispurpúreas,arredondadasou lineares podemalgumas
vezes ser vistas no leito ungueal.
Onicalgia-dor nasunhas.
Onicauxe-hipertrofiada lâminaungueal.
Onicoatrofia-atrofia da unha.
Onicocriptose- unhas encravadas.
Onicoesquízia-uma borda livrea qual parte-seem duas,a linha de quebra segue a direção das fibras de
queratina.
Onicofagia-hábito de roer as unhas.
Onicofose- calosidadeperiungueal.
Onicogrifose- lâminasem forma de grifo e espessa,hipertrofia em garra,geralmente a pessoa se
encontra em estado de abandono.
13. Onicohelcosis-ulceração queacomete a matrizungueal.
Onicólise-descolamento da lâmina ungueal.
Onicoma-tumor que acomete o leito ungueal.
Onicomadese-descolamento da lâmina ungueal,iniciana região da matrizproximal.
Onicomicose-infecção fúngica das lâminas.
Onicoptose-desvio que acomete a lâmina ungueal impelindo-a parabaixo.
Onicorrexe-unhas frágeis equebradiças.
Onicosclerose- espessamento da unha.
Oníquia-inflamação do tecido da derme que acompanha a lâmina ungueal.
Paroníquia-inflamação periungual.
Pé-de-atleta-micose com fissura comlíquido viscoso comcoceira,não tem maceração,é conhecida
como frieiras.
Polidactilia-excesso dededos, 6 ou mais.
Psoríase-alterações ungueais são encontradasem50% a 80% dos pacientes com psoríase.
Sindactilia-anormaliladeembriológicaqueresulta na visível união entre dois ou mais dedos.
Tendinites de Aquiles-dor por inflamação no tendão de Aquiles,2 a 3cm acima do calcâneo.
Tínea Interdigital- micoses nos interdígitos.
Tinea Pedis-vesículascomconteúdo líquido,eritema, prurido e descamação,causadapela umidade.
Tromboflebite-inflamação deuma veia como conseqüência de uma trombose.
Tungíase-vesículas quecontem tungas,popular bicho-de-pé.
Úlcera-lesão por perda tecidual.
14. Verruga Plantar-agente causal HPV,papilomatosevascularizadas.
DOENÇAS DAS UNHAS E UNHAS
FRÁGEIS
Postado por Dr Rafael Crippa 3 de dezembro de 2014 1 Comentário
Unhas frágeis, rachadas, manchadas, que quebram fácil, descamam nas extremidades e
crescem pouco. Essas são queixas comuns nos consultórios dos Dermatologistas. A
indústria cosmética vem desenvolvendo a cada dia opções que prometem deixar as unhas
mais fortes e bonitas. Antes de sai por aí comprando qualquer produto para tratar o
problema, é importante você saber o que está está acontecendo de verdade com suas
unhas.
15. A unha é um aparelho um tanto complexo com características bem peculiares. Sua lamina
possui uma estrutura dura e transparente formada por vários elementos:
Água 18%
Aminoácidos: cistina (10%), ac.glutâmico e arginina
Lipídios: colesterol (5%)
Ácidos graxos saturados e insaturados ( ac. oléico)
Além disso, possui vestígios de oligoelementos; entre eles, os de maior quantidade o zinco
e o ferro. É a combinação de todas essas substâncias que mantém a lamina ungueal firme,
elástica, flexível e resistente.
Ela possui um crescimento lento e contínuo, e a velocidade das unhas das mãos (1,8-
4,8mm/mês) é maior que a dos pés (1,8mm/mês). Essa velocidade diminui em idosos, e
pode ser reduzida ou aumentada de acordo com condições fisiologias ou patológicas.
Existem diversas afecções dermatológicas e sistêmicas que causam alterações na lâmina
ungueal . A unha quebrada, lascada, manchada, muito espessa, além de esteticamente
desagradável, é causa de forte incomodo para pacientes e pode ser sinal de uma patologia
mais séria.
Causas
Estados carências
Alterações ungueais são comumente presentes em pessoas portadoras de
carências dietéticas, de alguns minerais e vitaminas. A dureza e resistência da lamina
ungueal, por exemplo, são correlatas a quantidade de queratinas duras e aminoácidos
sulfatados em seu conteúdo, em especial de cistina.
Já a carência de ferro pode acarretar afinamento e fragilidade da lamina. Em
contrapartida não existe relação entre as propriedades mecânicas da lâmina e sua
quantidade de cálcio; os rastros de cálcio são provem de contaminações ambientais
Substâncias importantes para a funcionalidade e crescimento correto das
unhas
Oligoelementos Ferro, Zinco, Selênio
Vitaminas B6, A, C, E, Biotina
Aminoácidos Cistina, Arginina, Ac. Glutamico
Lipídios
Idiopática
Fatores ambientais podem favorecer a desidratação das unhas: lavagens freqüentes,
sobretudo com água quente, contato prolongado com agentes alcalinos, solventes ácidos e
detergentes.
Pode apresentar-se com 2 quadros clínicos principais:
16. - Onicorrexe: lâmina afinada com estrias e fissuras (“rachadura”) longitudinais
- Onicosquisia: Descamação lamelar nas “pontas” das unhas
Traumas
Ocorre em profissionais sujeitos a contato com produtos químicos e microtraumatismos:
químicos, sanitaristas, fotógrafos, pintores e sapateiros
E os esmaltes e removedores?
A aplicação constante de alguns esmaltes pode provocar uma degradação dosextratos mais
superficiais da lamina e provocar pequenas manhas. Já o contato freqüente com os
solventes presentes nos removedores pode contribuir para fragilidade ungueal.
Doenças Dermatológicas
A fragilidade ungueal pode ser conseqüência de diversas afecções dermatológicas
causando alterações desde a matriz da unha – vide tabela.
A principal doença dermatológica que afetam as unhas é a ONICOMICOSE
A onicomicose é uma infecção nas unhas, causada por fungos, que se alimentam da
queratina das unhas. As unhas dos pés são as mais afetadas por enfrentarem ambientes
úmidos, escuros e quentes com maior frequência do que as mãos.
Veja alguns tipos de micoses de unhas:
Descolamento da borda livre: Forma mais frequente em que a unha se descola,
geralmente iniciando pelos cantos. O espaço fica oco, podendo acumular sujeira
Espessamento: é quando as unhas ficam mais duras e grossas, geralmente
escurecem. Pode doer. A unha pode adquirir um aspecto grosso, que chamamos
popularmente de “unha de telha” ou “unha de gavião”
Leuconíquia: é quando aparece manchas brancas na superfície da unha.
Destruição e deformidades: a unha fica frágil e quebradiça. Causando deformidades.
Paroníquia: é a micose se chamamos de “unheiro”. Popularmente conhecida como mão
de lavadeira ou unheiro. Ocorre inflamação da pele ao redor da unha, provocada por
fungos e bactérias, alterando o formato da unha. E ela cresce ondulada e com
alterações de cor e na superfície. A principal causa é umidade constante da mão,
principalmente em pessoas que manipulam muito a água.
17. Doenças Sistêmicas
Doenças que provocam diminuição da perfusão digital, neuropatias e uso de alguns
medicamentos podem afetar o crescimento da lâmina e suas características.
18. Tratamento:
Evitar traumas, ambientes úmidos, substancias químicas
Manter as unhas curtas
Usar luvas de algodão sob as de borracha
Aplicar hidratantes tópicos sobre as unhas conforme orientação do seu médico
Medicações que contenham oligoelementos, vitaminas e aminoácidos
Em alguns casos suplementação de ferro
Tratar doença de base e dermatológica
Onicomicose: Os tratamentos podem ser de uso local, sob a forma de cremes (cremes
não servem para unha!!! Esses seriam para a paroníquea e o granuloma piogênico.
Não penetra corretamente na lâmina ungueal!), soluções ou esmaltes. Em casos
graves ( acometimento de mais de 50% de uma unha ou várias unhas acometidas ao
mesmo tempo) é necessário tratamento via oral também. O tratamento dura ( em
média 6 meses, podendo chegar a 1 ano) por 12 meses, pois depende do crescimento
das unhas, que é lento.
19. E lembre – se: unhas frágeis podem ser conseqüências de doenças dermatológicas e
sistêmicas. Evite tratamentos caseiros e indicações de manicures para tratar qualquer lesão
ungueal ou periungueal. Portanto, antes de sair por aí comprando ou usando cosméticos
que prometem fortalecer e crescer suas unhas procure um Dermatologista antes, pois ele é
o profissional mais habilitado para investigar e instituir a terapia correta.
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