SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  3
Resumo do livro: “Minha Querida Ine s” 
Minha Querida Inês é um romance histórico, no qual é retratada a vida de D. Inês de Castro, 
designadamente a sua paixão por D. Pedro, filho do rei D. Afonso IV, rei de Portugal na época. 
O livro relata como foram passados os últimos sete dias de vida daquela que foi considerada a 
maior heroína romântica da história de Portugal. Esses dias correspondem aos primeiros sete 
dias do mês de Janeiro do ano de 1355. 
D. Inês, personagem principal, fala-nos das suas tristezas, angústias, medos, alegrias, da 
família, do amor e paixão que existe entre ela e D. Pedro e, também, como tal amor é visto aos 
olhos de Deus, do povo e da corte, narrando-nos assim a sua vida íntima. 
Viviam-se tempos difíceis e de incertezas. Portugal tornara-se independente há apenas dois 
séculos. O amor existente entre D. Pedro e D. Inês, filha de mãe portuguesa e de um dos 
fidalgos mais poderosos do reino de Castela, podia tornar-se num perigo para o reino de 
Portugal. 
Por razões de estado, o Infante D. Pedro viria a casar-se com D. Constança Manuel. Todavia, 
seria por uma das aias de D. Constança, D. Inês, que D. Pedro se viria a apaixonar. A certa 
altura, este romance começou a ser notado, comentado e mal aceite, tanto pela corte como 
pelo povo. 
Como D. Afonso IV não aprovava tal relação amorosa, devido, entre outros motivos, à amizade 
de D. Pedro com os irmãos de D. Inês, mandou exilá-la no castelo de Albuquerque, na fronteira 
castelhana. Apesar da distância, o amor entre D. Pedro e D. Inês não acabou e, quando D. 
Constança, mulher legítima de D. Pedro, faleceu, ao dar a luz o Infante D. Fernando, o futuro 
rei de Portugal, D. Pedro, contra a vontade de seu pai, mandou regressar D. Inês do exílio e os 
dois passaram a viver juntos, tendo provocado um escândalo na corte, pois esta não era 
casada com D. Pedro. 
Desta relação amorosa nasceram quatro filhos, o que veio agravar ainda mais a situação que 
se vivia no reino, bem como as relações de D. Pedro com o pai. Este tinha receio que o trono 
português passasse para o filho mais velho de D. Inês, já que o Infante D. Fernando, filho 
legítimo de D. Pedro com D. Constança, era fisicamente débil, e havia rumores de que os 
irmãos de D. Inês o queriam assassinar. 
D. Pedro e D. Inês, ao fim de alguns anos, instalaram-se no Paço de Santa Clara, em Coimbra, 
habitação, mandada construir pela rainha Santa Isabel, avó de D. Pedro, para Reis e Príncipes, 
seus descendentes, com suas esposas legítimas. Com o passar do tempo, começaram a surgir 
boatos de que D. Pedro se teria casado, em segredo, com D. Inês. 
A ser verdade, este casamento fazia com que a corte se sentisse ameaçada pelos irmãos de D. 
Inês, sendo que os conselheiros do rei o começaram a pressionar no sentido de este arranjar 
uma solução para acabar com a ameaça que existia pelo facto de um dos filhos de D. Inês 
poder vir a ser o herdeiro do trono. Foi então que o rei D. Afonso IV decidiu que a solução seria 
matar D. Inês.
A 7 de Janeiro de 1355, quando D. Pedro, após uma curta visita feita a D. Inês, se ausentou 
para uma caçada, o rei D. Afonso IV, aproveitando-se desta ausência do filho, acompanhado 
dos seus conselheiros, deslocou-se a casa de D. Inês com o fim de a matar. 
D. Inês, desesperada, suplicou ao rei que a poupasse à morte, pois nada tinha a ver com as 
políticas do reino nem com o que pensavam os seus irmãos e que o único pecado que 
cometera foi ter-se apaixonado por D. Pedro. Porém, o rei não lhe deu ouvidos, dando ordens 
para que a sua execução fosse cumprida como, inicialmente, estava planeado. 
Após a morte de D. Inês, D. Pedro entrou em guerra com seu pai e não descansou enquanto 
não vingou a morte da sua amada, tendo morto dois dos seus executantes, Pêro Coelho e 
Álvaro Gonçalves. Mais tarde, D. Pedro mandou construir, no Mosteiro de Alcobaça, dois 
túmulos nos quais se retratavam as suas vidas, tendo, posteriormente, mandado transladar os 
restos mortais de D. Inês para o referido mosteiro. 
A minha reflexa o 
Os seus livros são bestsellers. Amada por uns, odiada por outros, Margarida Rebelo Pinto é um 
caso de sucesso na literatura portuguesa com os seus livros light e femininos, e que desde 
sempre foi uma voz extremamente contemporânea, escreveu um livro diferente, um romance 
histórico de D. Inês e D. Pedro. 
Este livro baseado num romance histórico, não foi dos livros que mais me fascinou, agora que 
reflicto na minha decisão de escolha por este, acho que foi um erro e uma perda de tempo ao 
lê-lo. 
Já conhecia a história apaixonante de D. Inês e D. Pedro, e tinha várias ideias do que poderia 
conter este livro, mas sinceramente, tive momentos em que não conseguia continuar a ler, daí 
a demora da leitura deste. Senti-me desinteressada por vezes e apesar de a história me cativar 
e querer encarar o papel de cada personagem, havia partes muito confusas e outras que 
ninguém precisava de saber (como a descrição das relações sexuais que D. Pedro tinha com D 
Inês, e também a orientação sexual de D. Pedro, etc.). 
Desta mínima ideia que tinha desta história, do amor imenso que ambos tinham e que fariam 
de tudo para estar um com outro, ultrapassando todos os obstáculos, considero que não há 
gestos do amor intenso que fez Pedro desafiar tudo e todos por Inês mas antes uma obsessão 
da parte dela e uma total indiferença da dele. Diria mesmo que a relação deles acaba por ser 
basicamente a uma relação carnal, não existindo cumplicidade enquanto casal senão pelas 
palavras de Inês. Quebrou um pouco aquela magia que Camões imprimiu a esta história e 
apresentou-a mais nua e crua, o que de algum modo me entristeceu! 
Apesar das caracterizações feitas de D. Pedro, a imagem que tinha dele mudou 
completamente com o ponto de vista da autora. Achava que D. Pedro era um homem bom, 
que amava imenso D. Inês, que a tratava como sua rainha, que lutou muito para manterem-se
juntos por muito tempo, mas seguindo o ponto de vista da autora, D. Pedro era um homem 
mau, rude, podia amar D. Inês mas o seu desejo carnal por ela e o prazer que desejava era 
maior que este amor, e ainda, quando o rei aceitou o casamento, D. Pedro não ouviu o seu pai 
D.Afonso IV, não mostrando qualquer tipo de interesse por essa união. 
Quanto à D. Inês, a caracterização está bem realizada, e bem explicada, também porque a obra 
concentra-se nos últimos dias de vida dela que é a voz que mais se faz ouvir neste livro. Isto 
permitiu conhecermos o seu amor, as suas angústias, as suas alegrias, os seus medos, e 
também, como tal amor é visto aos olhos de Deus, do povo e da corte (que tem um papel 
fundamental na sociedades desta época. E além desta voz somos presenteados com 6 outras 
vozes que nos trazem diferentes perspectivas: ouvimos os pensamentos daqueles que querem 
bem a Inês e escutamos as intrigas daqueles que vêem Inês como uma ameaça, o que torna a 
obra um pouco mais empolgante. 
Quanto à escrita, considero que a autora fez citações maravilhosas, mas a junção de 
vocabulário daquela época com o calão e o vocabulário de hoje em dia foi de meras confuso e 
desnecessário. 
No fundo este livro mostra a biografia de D. Inês de Castro e a força, o poder, o amor, a 
coragem, a beleza, a capacidade de seduzir os homens, a inteligência, e as lutas que todas as 
mulheres enfrentam. A sua capacidade de comunicarem e o uso intemporal, pelos homens, 
das mulheres ao longo dos anos. Senti que o contexto histórico e a própria história em si, por 
vezes pareciam chocar-se tornando a leitura mais pesada, menos fluída e até ligeiramente 
aborrecida. 
Mas penso que a mensagem a transmitir desta obra seja, que independentemente de tudo o 
que possa acontecer, de todas as circunstâncias, condicionantes, de todos os obstáculos que 
possam interferir no curso normal das coisas, o amor acaba sempre por vencer tudo e todos. 
Este amor de D. Inês e D. Pedro acabou na morte da bela Inês, mas foi por causa das políticas 
do reino, dos conselheiros do rei, e do povo que deu origem a este fim, mas não o amor 
porque ele nunca terminou, nunca acabou e prevalecerá para sempre. Não haverá outro amor 
como este. 
Trabalho realizado por Ana Sofia Dias Gomes, nº3, 10º A.

Contenu connexe

Tendances

Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Lurdes Augusto
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
FilipaFonseca
 
Texto dramático - características
Texto dramático - característicasTexto dramático - características
Texto dramático - características
Lurdes Augusto
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
layssa09
 

Tendances (20)

Ai flores, ai flores
Ai flores, ai floresAi flores, ai flores
Ai flores, ai flores
 
Os Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVIOs Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVI
 
Esquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 ano
Esquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 anoEsquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 ano
Esquema de Frei Luís de Sousa - Português 11 ano
 
Trabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida Romântica
Trabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida RomânticaTrabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida Romântica
Trabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida Romântica
 
Frei luís de sousa Contextualização
Frei luís de sousa Contextualização Frei luís de sousa Contextualização
Frei luís de sousa Contextualização
 
Auto/ Farsa de Inês Pereira
Auto/ Farsa de Inês PereiraAuto/ Farsa de Inês Pereira
Auto/ Farsa de Inês Pereira
 
Teste3
Teste3Teste3
Teste3
 
Os Maias - Capítulo XV
Os Maias - Capítulo XVOs Maias - Capítulo XV
Os Maias - Capítulo XV
 
Mensagem
MensagemMensagem
Mensagem
 
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
 
Os maias jornalismo português
Os maias  jornalismo portuguêsOs maias  jornalismo português
Os maias jornalismo português
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
 
Antero de Quental
Antero de QuentalAntero de Quental
Antero de Quental
 
Resumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os MaiasResumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os Maias
 
Geração de 70
Geração de 70Geração de 70
Geração de 70
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Texto dramático - características
Texto dramático - característicasTexto dramático - características
Texto dramático - características
 
Impressionismo
ImpressionismoImpressionismo
Impressionismo
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Poema Liberdade, de Fernando Pessoa
Poema Liberdade, de Fernando PessoaPoema Liberdade, de Fernando Pessoa
Poema Liberdade, de Fernando Pessoa
 

Similaire à "Minha Querida Inês"

Pedro ines paulo_ventura
Pedro ines paulo_venturaPedro ines paulo_ventura
Pedro ines paulo_ventura
Sérgio Neto
 
D.Pedro E D.InêS De Castro Uma TráGica HistóRia De Amor
D.Pedro E D.InêS De Castro Uma TráGica HistóRia De AmorD.Pedro E D.InêS De Castro Uma TráGica HistóRia De Amor
D.Pedro E D.InêS De Castro Uma TráGica HistóRia De Amor
Juliana Campos
 
Power Point Sobre InêS De Castro
Power Point Sobre InêS De CastroPower Point Sobre InêS De Castro
Power Point Sobre InêS De Castro
dmcb
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto Histórico Amores Inês Pedro A L T
Contexto Histórico  Amores  Inês  Pedro  A  L  TContexto Histórico  Amores  Inês  Pedro  A  L  T
Contexto Histórico Amores Inês Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto Histórico Amores Inês Pedro A L T
Contexto Histórico  Amores  Inês  Pedro  A  L  TContexto Histórico  Amores  Inês  Pedro  A  L  T
Contexto Histórico Amores Inês Pedro A L T
ricardocostacruz
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
ricardocostacruz
 

Similaire à "Minha Querida Inês" (20)

Ficha de leitura - Mariana Afonso
Ficha de leitura - Mariana AfonsoFicha de leitura - Mariana Afonso
Ficha de leitura - Mariana Afonso
 
O Romance
O RomanceO Romance
O Romance
 
O Romance
O RomanceO Romance
O Romance
 
Pedro ines paulo_ventura
Pedro ines paulo_venturaPedro ines paulo_ventura
Pedro ines paulo_ventura
 
D.Pedro E D.InêS De Castro Uma TráGica HistóRia De Amor
D.Pedro E D.InêS De Castro Uma TráGica HistóRia De AmorD.Pedro E D.InêS De Castro Uma TráGica HistóRia De Amor
D.Pedro E D.InêS De Castro Uma TráGica HistóRia De Amor
 
Da histoìria com amor...
Da histoìria com amor...Da histoìria com amor...
Da histoìria com amor...
 
Power Point Sobre InêS De Castro
Power Point Sobre InêS De CastroPower Point Sobre InêS De Castro
Power Point Sobre InêS De Castro
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 
Contexto Histórico Amores Inês Pedro A L T
Contexto Histórico  Amores  Inês  Pedro  A  L  TContexto Histórico  Amores  Inês  Pedro  A  L  T
Contexto Histórico Amores Inês Pedro A L T
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 
Contexto Histórico Amores Inês Pedro A L T
Contexto Histórico  Amores  Inês  Pedro  A  L  TContexto Histórico  Amores  Inês  Pedro  A  L  T
Contexto Histórico Amores Inês Pedro A L T
 
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L TContexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
Contexto HistóRico Amores InêS Pedro A L T
 

Plus de AnaGomes40

parque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadianaparque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadiana
AnaGomes40
 
Revolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesaRevolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesa
AnaGomes40
 

Plus de AnaGomes40 (20)

Al 3.1
Al 3.1Al 3.1
Al 3.1
 
Síndrome de Marfan
Síndrome de MarfanSíndrome de Marfan
Síndrome de Marfan
 
O Cancro
O CancroO Cancro
O Cancro
 
O rastreio dos transgénicos
O rastreio dos transgénicosO rastreio dos transgénicos
O rastreio dos transgénicos
 
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os LusíadasEpisódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
 
Afonso da maia
Afonso da maiaAfonso da maia
Afonso da maia
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Estilos de vida
Estilos de vidaEstilos de vida
Estilos de vida
 
O casamento - opinião
O casamento - opiniãoO casamento - opinião
O casamento - opinião
 
Termorregulação e Osmorregulação
Termorregulação e OsmorregulaçãoTermorregulação e Osmorregulação
Termorregulação e Osmorregulação
 
Alimentação do estudante
Alimentação do estudanteAlimentação do estudante
Alimentação do estudante
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andrade
 
O tabaco
O tabaco O tabaco
O tabaco
 
Formação do reino de Portugal
Formação do reino de PortugalFormação do reino de Portugal
Formação do reino de Portugal
 
parque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadianaparque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadiana
 
3096 dias de cativeiro
3096 dias de cativeiro3096 dias de cativeiro
3096 dias de cativeiro
 
Revolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesaRevolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesa
 
Desportos
DesportosDesportos
Desportos
 
Fome
FomeFome
Fome
 

Dernier

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
andrenespoli3
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 

Dernier (20)

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 

"Minha Querida Inês"

  • 1. Resumo do livro: “Minha Querida Ine s” Minha Querida Inês é um romance histórico, no qual é retratada a vida de D. Inês de Castro, designadamente a sua paixão por D. Pedro, filho do rei D. Afonso IV, rei de Portugal na época. O livro relata como foram passados os últimos sete dias de vida daquela que foi considerada a maior heroína romântica da história de Portugal. Esses dias correspondem aos primeiros sete dias do mês de Janeiro do ano de 1355. D. Inês, personagem principal, fala-nos das suas tristezas, angústias, medos, alegrias, da família, do amor e paixão que existe entre ela e D. Pedro e, também, como tal amor é visto aos olhos de Deus, do povo e da corte, narrando-nos assim a sua vida íntima. Viviam-se tempos difíceis e de incertezas. Portugal tornara-se independente há apenas dois séculos. O amor existente entre D. Pedro e D. Inês, filha de mãe portuguesa e de um dos fidalgos mais poderosos do reino de Castela, podia tornar-se num perigo para o reino de Portugal. Por razões de estado, o Infante D. Pedro viria a casar-se com D. Constança Manuel. Todavia, seria por uma das aias de D. Constança, D. Inês, que D. Pedro se viria a apaixonar. A certa altura, este romance começou a ser notado, comentado e mal aceite, tanto pela corte como pelo povo. Como D. Afonso IV não aprovava tal relação amorosa, devido, entre outros motivos, à amizade de D. Pedro com os irmãos de D. Inês, mandou exilá-la no castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana. Apesar da distância, o amor entre D. Pedro e D. Inês não acabou e, quando D. Constança, mulher legítima de D. Pedro, faleceu, ao dar a luz o Infante D. Fernando, o futuro rei de Portugal, D. Pedro, contra a vontade de seu pai, mandou regressar D. Inês do exílio e os dois passaram a viver juntos, tendo provocado um escândalo na corte, pois esta não era casada com D. Pedro. Desta relação amorosa nasceram quatro filhos, o que veio agravar ainda mais a situação que se vivia no reino, bem como as relações de D. Pedro com o pai. Este tinha receio que o trono português passasse para o filho mais velho de D. Inês, já que o Infante D. Fernando, filho legítimo de D. Pedro com D. Constança, era fisicamente débil, e havia rumores de que os irmãos de D. Inês o queriam assassinar. D. Pedro e D. Inês, ao fim de alguns anos, instalaram-se no Paço de Santa Clara, em Coimbra, habitação, mandada construir pela rainha Santa Isabel, avó de D. Pedro, para Reis e Príncipes, seus descendentes, com suas esposas legítimas. Com o passar do tempo, começaram a surgir boatos de que D. Pedro se teria casado, em segredo, com D. Inês. A ser verdade, este casamento fazia com que a corte se sentisse ameaçada pelos irmãos de D. Inês, sendo que os conselheiros do rei o começaram a pressionar no sentido de este arranjar uma solução para acabar com a ameaça que existia pelo facto de um dos filhos de D. Inês poder vir a ser o herdeiro do trono. Foi então que o rei D. Afonso IV decidiu que a solução seria matar D. Inês.
  • 2. A 7 de Janeiro de 1355, quando D. Pedro, após uma curta visita feita a D. Inês, se ausentou para uma caçada, o rei D. Afonso IV, aproveitando-se desta ausência do filho, acompanhado dos seus conselheiros, deslocou-se a casa de D. Inês com o fim de a matar. D. Inês, desesperada, suplicou ao rei que a poupasse à morte, pois nada tinha a ver com as políticas do reino nem com o que pensavam os seus irmãos e que o único pecado que cometera foi ter-se apaixonado por D. Pedro. Porém, o rei não lhe deu ouvidos, dando ordens para que a sua execução fosse cumprida como, inicialmente, estava planeado. Após a morte de D. Inês, D. Pedro entrou em guerra com seu pai e não descansou enquanto não vingou a morte da sua amada, tendo morto dois dos seus executantes, Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves. Mais tarde, D. Pedro mandou construir, no Mosteiro de Alcobaça, dois túmulos nos quais se retratavam as suas vidas, tendo, posteriormente, mandado transladar os restos mortais de D. Inês para o referido mosteiro. A minha reflexa o Os seus livros são bestsellers. Amada por uns, odiada por outros, Margarida Rebelo Pinto é um caso de sucesso na literatura portuguesa com os seus livros light e femininos, e que desde sempre foi uma voz extremamente contemporânea, escreveu um livro diferente, um romance histórico de D. Inês e D. Pedro. Este livro baseado num romance histórico, não foi dos livros que mais me fascinou, agora que reflicto na minha decisão de escolha por este, acho que foi um erro e uma perda de tempo ao lê-lo. Já conhecia a história apaixonante de D. Inês e D. Pedro, e tinha várias ideias do que poderia conter este livro, mas sinceramente, tive momentos em que não conseguia continuar a ler, daí a demora da leitura deste. Senti-me desinteressada por vezes e apesar de a história me cativar e querer encarar o papel de cada personagem, havia partes muito confusas e outras que ninguém precisava de saber (como a descrição das relações sexuais que D. Pedro tinha com D Inês, e também a orientação sexual de D. Pedro, etc.). Desta mínima ideia que tinha desta história, do amor imenso que ambos tinham e que fariam de tudo para estar um com outro, ultrapassando todos os obstáculos, considero que não há gestos do amor intenso que fez Pedro desafiar tudo e todos por Inês mas antes uma obsessão da parte dela e uma total indiferença da dele. Diria mesmo que a relação deles acaba por ser basicamente a uma relação carnal, não existindo cumplicidade enquanto casal senão pelas palavras de Inês. Quebrou um pouco aquela magia que Camões imprimiu a esta história e apresentou-a mais nua e crua, o que de algum modo me entristeceu! Apesar das caracterizações feitas de D. Pedro, a imagem que tinha dele mudou completamente com o ponto de vista da autora. Achava que D. Pedro era um homem bom, que amava imenso D. Inês, que a tratava como sua rainha, que lutou muito para manterem-se
  • 3. juntos por muito tempo, mas seguindo o ponto de vista da autora, D. Pedro era um homem mau, rude, podia amar D. Inês mas o seu desejo carnal por ela e o prazer que desejava era maior que este amor, e ainda, quando o rei aceitou o casamento, D. Pedro não ouviu o seu pai D.Afonso IV, não mostrando qualquer tipo de interesse por essa união. Quanto à D. Inês, a caracterização está bem realizada, e bem explicada, também porque a obra concentra-se nos últimos dias de vida dela que é a voz que mais se faz ouvir neste livro. Isto permitiu conhecermos o seu amor, as suas angústias, as suas alegrias, os seus medos, e também, como tal amor é visto aos olhos de Deus, do povo e da corte (que tem um papel fundamental na sociedades desta época. E além desta voz somos presenteados com 6 outras vozes que nos trazem diferentes perspectivas: ouvimos os pensamentos daqueles que querem bem a Inês e escutamos as intrigas daqueles que vêem Inês como uma ameaça, o que torna a obra um pouco mais empolgante. Quanto à escrita, considero que a autora fez citações maravilhosas, mas a junção de vocabulário daquela época com o calão e o vocabulário de hoje em dia foi de meras confuso e desnecessário. No fundo este livro mostra a biografia de D. Inês de Castro e a força, o poder, o amor, a coragem, a beleza, a capacidade de seduzir os homens, a inteligência, e as lutas que todas as mulheres enfrentam. A sua capacidade de comunicarem e o uso intemporal, pelos homens, das mulheres ao longo dos anos. Senti que o contexto histórico e a própria história em si, por vezes pareciam chocar-se tornando a leitura mais pesada, menos fluída e até ligeiramente aborrecida. Mas penso que a mensagem a transmitir desta obra seja, que independentemente de tudo o que possa acontecer, de todas as circunstâncias, condicionantes, de todos os obstáculos que possam interferir no curso normal das coisas, o amor acaba sempre por vencer tudo e todos. Este amor de D. Inês e D. Pedro acabou na morte da bela Inês, mas foi por causa das políticas do reino, dos conselheiros do rei, e do povo que deu origem a este fim, mas não o amor porque ele nunca terminou, nunca acabou e prevalecerá para sempre. Não haverá outro amor como este. Trabalho realizado por Ana Sofia Dias Gomes, nº3, 10º A.