3. Centro Universitário FMU
Quem são os sujeitos
que atuamos !
Jovens, meninos, meninas, negros, brancos, trabalhadores, drogados,
doentes, homossexuais, magros, gordos, marginalizados?
Quais os motivos que os envolvem nos projetos desenvolvidos?
São sujeitos diversos que trazem consigo marcas culturais,
conhecimentos, histórias de vida permeadas por diferentes formas de
violência, sofrimentos, vitórias, superações, vontades, desejos, sonhos
Como trabalhar como temáticas como corpo, gênero e sexualidade de
forma a evitar preconceitos, classificações, exclusões e violência (física
e simbólica)?
4. Centro Universitário FMU
Como
problematizar
Problematizar o caráter natural atribuído ao corpo,ao gênero e a
sexualidade é fundamental para nos posicionarmos de forma crítica
em relação a muitos dos discursos que, pautados na anatomia dos
corpos, excluem muitos em detrimentos de poucos, ou educam
alguns corpos, nomeando-os como perfeitos, desejáveis, vitoriosos
em oposição a outros considerados desviantes, deslocados, abjetos
e não desejáveis.
5. Centro Universitário FMU
Como
problematizar
A idéia de que a anatomia dos corpos justifica o acesso e a permanência de
meninos e meninas em diferentes modalidades esportivas.
A importância atribuída à aparência corporal como determinante no julgamento
que se faz sobre as pessoas (gordos, deficientes, sujos, etc..)
A ênfase na beleza como uma obrigação para as meninas e mulheres em função
da qual devem aderir a uma série de práticas (pouca alimentação, cirurgias
estéticas) inclusive, as esportivas. – deslocar o foco do embelezamento
O constante incentivo para que os meninos explicitem, cotidianamente, sinais
de masculinidade (brincadeiras agressivas, práticas esportivas
masculinizadoras, piadas homofóbicas, narrar suas aventuras sexuais com as
meninas, etc).
6. Centro Universitário FMU
Como
problematizar
• A representação de que existe um estereótipo masculino e um feminino
• A percepção de que a maneira correta de viver a sexualidade é a heterossexual.
Outros modos são desvios, doenças, aberrações e precisam ser corrigidas.
• A identificação de que alguns esportes devem ou não devem ser indicados para
meninos e/ou meninas, pois não correspondem ao seu gênero.
• A existência de preconceitos e violências que determinados sujeitos sofrem
apenas por pertencerem à determinada classe social, religião, orientação sexual,
identidade de gênero, habilidade física, etnia, entre outros.
• O uso de linguagem discriminatória e sexista e racista (programa de índio, ele joga
como uma dama, parece um Ronaldinho de saias, a situação tá preta, o buraco
negro, o termo homem utilizado no genérico, etc,)
7. 12 de Maio de 2022
Centro Universitário FMU
Corpo
O corpo é algo produzido na e pela cultura. Mais do que
um dado natural cuja materialidade nos presentifica no
mundo, o corpo é uma construção sobre a qual são
conferidas diferentes marcas em diferentes tempos,
espaços, conjunturas econômicas, grupos sociais,
étnicos, etc.
Não é portanto algo dado à priori
nem mesmo é universal
8. Centro Universitário FMU
Corpo
“A existência é corporal” “Nunca se viu um corpo. O
que se vê são homens, mulheres” (....) “O corpo não
existe em estado natural, sempre será compreendido
na trama social de sentidos” “O corpo é uma falsa
evidência, não é um dado inequívoco, mas efeito de
uma elaboração social e cultural” “O corpo é também
uma construção simbólica”
9. Centro Universitário FMU
Corpo
Uma pessoa sente fome/sede por determinados alimentos e
não por outros; A sensação de dor é biológica mas o limite
suportável da dor varia entre culturas; O choro/riso é uma
capacidade biológica mas o motivo que o determinam
podem ser os mesmos que fazem rir/chorar numa outra
sociedade; A excitação sexual é biológica mas o que excita
numa cultura pode causar repulsa noutra; A capacidade de
sentir cheiros é biológica mas a avaliação entre o que é
agradável ou desagradável é cultural.
10. Centro Universitário FMU
Gênero
• Construção cultural do sexo. Condição social pela qual
somos identificados como masculinos e femininas
• Engloba diferentes processos de produção de
masculinidades e feminilidades como, por exemplo,
processos históricos, sociais, culturais, entre outros.
11. Centro Universitário FMU
Gênero
Jogo das dicotomias (razão x emoção; natureza x cultura)
• Masculinidades e feminilidades no plural
• Estereótipos e papéis sexuais fixam identidades
• Gênero é cultural e histórico
• Práticas sociais generificam os corpos, inclusive o esporte
•Aprende-se a ser homem ou mulher na cultura
12. Centro Universitário FMU
Sexo
•Termo usado para referir as diferenças anatômicas, internas
e externas ao corpo, que tem sido usadas como forma de
diferenciar fisicamente mulheres de homens.
• Diferenças de sexo são aquelas diferenças biológicas que se
apresentam desde o nascimento
13. Centro Universitário FMU
Sexualidade
A sexualidade é entendida como uma construção histórica e social e
não como algo que é inerente ao ser humano.
Envolve uma série de crenças, comportamentos, relações e práticas
que permitem a homens e mulheres viverem, de determinados
modos, seus desejos e seus prazeres corporais.
Cada cultura elege que é considerado “normal” ou não quando
relacionado às praticas sexuais.
Exemplo: Pedofilia, por exemplo, hoje é considerado indesejado mas
há algum tempo atrás, uma menina de 13 anos casar com um homem
de 40 ou 50 era considerado normal.
14. Centro Universitário FMU
Sexualidade
Identidade Sexual trata-se de uma construção através das quais os sujeitos
experienciam os afetos, desejos e prazeres corporais, com parceiros/as do mesmo sexo,
do sexo oposto, de ambos os sexos ou solitárias. A identidade sexual também não é fixa
nem imutável: uma mesma pessoa, ao longo de sua vida, pode apresentar mais de uma
identidade sexual, ou seja, ser heterossexual, homossexual ou bissexual.
Identidade de gênero trata-se de uma construção histórica, cultural e social, que se faz
acerca dos sujeitos e que está relacionada com as distinções que se baseiam no sexo.
Refere-se a como os sujeitos se identificam como masculinos e femininos. Essa
identificação de gênero pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento. Por
exemplo, uma pessoa pode nascer homem e apresentar uma identidade de gênero
feminina.
15. Centro Universitário FMU
Sexualidade
Matriz biologizada atrelada à funções hormonais. Sexualidade é mais
do que isso
•Algo visto como inerente ao ser humano; força interior/ impulso
“selvagem”. Sexualidade é cultural. É na cultura que se aprende a se
relacionar sexualmente e afetivamente.
16. Centro Universitário FMU
Sexualidade e
Gênero
Gênero e sexualidade são duas dimensões que estão muito
próximas. São, também atravessadas por outros marcadores sociais
como raça/etnia, religião, classe social, capacidade física e geração
17. Orientação Sexual
Atração afetiva e/ou
sexual que uma pessoa
sente pela outra. Varia
desde a homossexualidade
exclusiva até a
heterossexualidade
exclusiva, passando
pelas diversas formas de
bissexualidade.
Identidade Sexual
Conjunto de características
sexuais que diferenciam cada
pessoa das demais e que se
expressam pelas preferências
sexuais, sentimentos ou
atitudes em relação ao sexo.
É o sentimento de
masculinidade ou feminilidade
que acompanha a pessoa ao
longo da vida
Sexualidade
Entendida de forma
mais ampla; é
expressão cultural.
Inclui sentimentos,
fantasias desejos,
sensações e
interpretações
Homosexuais
Indivíduos que têm
orientação sexual e
afetiva por pessoas do
mesmo sexo,têm estilo
de vida de acordo com
essa preferência,
vivendo sua sexualidade
abertamente
Sexo
Expressão biológica
que define um
conjunto de
características
anatômicas e
funcionais (genitais
e extragenitais)
Transexuais
Transexuais – pessoas
que não ase
reconhecem no sexo
que ostentam
anatomicamente, sendo
o fato psicológico
predominante
Bisexuais
Relacionam-se com
qualquer dos sexos.
Alguns assumem
publicamente, outros não
Conceitos para nortear nosso
entendimento
de
Conceitos
Livro
18. Modelos
Culturais
As questões de gênero se relacionam
com a sexualidade. A Educação Sexual foi
constituída a partir da compreensão de
que “a sexualidade humana é um campo
que envolve questões fundamentais para
constituição de identidade pessoal”
19. Centro Universitario FMU
A inclusão da perspectiva da
não discriminação por
orientação sexual e de
promoção dos direitos
humanos de gays, lésbicas,
transgêneros e bissexuais,
nas estratégias de
relacionamento com os
adolescentes abrigados.
20. Centro Universitario FMU
CECCARELLI, Paulo Roberto. Psicanálise, sexo e gênero. Estud.
psicanal., Belo Horizonte , n. 48, p. 135-145, dez. 2017 . Disponível
em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S010034372017000200
014&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 mar. 2022.
ARAN, Márcia. A psicanálise e o dispositivo diferença sexual. Rev.
Epos, Rio de Janeiro , v. 2, n. 2, dez. 2011. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S2178700X2011000200
002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 mar. 2022.
CUNHA, Eduardo Leal. Sexualidade e perversão entre o
homossexual e o transgênero:notas sobre psicanálise e teoria
Queer. Rev. Epos, Rio de Janeiro , v. 4, n. 2, dez. 2013 .
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S2178-
700X2013000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos
em 18 mar. 2022.
21. 11 de Maio de 2022
Centro Universitário FMU
Tenham um ótimo dia!
Obrigado!