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Ananda Trigo RGM:23042-1
Idenilson Oliveira RGM:22488-0
Mariana Alencar RGM:23041-3
Pâmella dos Santos RGM:22352-2
Sabrina Oliveira RGM:23248-3
Thiago Barbosa RGM:23548-2
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ORIENTADORES:
Professor Vagner Novaes Tranche
Professor Leandro Bernardes
Professora Kátia Pellicci Cembrone
Professor Ricardo Brandão Travagin
PROJETO EXPERIMENTAL
CHILLI BEANS
Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca
como exigência para obtenção do título de Bacharel
em Comunicação Social - Publicidade e propaganda.
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SUMÁRIO
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Dose
UM POUCO SOBRE NÓS
O nome Dose vem do grego (dósis, -eos),
é um substantivo feminino e tem como
significados:
1. Quantidade determinada de cada
ingrediente de uma preparação.
2. Porção de medicamento que se deve tomar
de cada vez.
3. Quantidade e porção.
Conjugação da palavra: (dose + -ar) - Verbo
transitivo
1. Proceder à dosagem de.
2. Combinar nas devidas proporções.
Sinônimo Geral: DOSEAR, DOSIFICAR.
Observamos uma avalanche de ações na
mídia que buscam afirmar suas ideias e
pecam no exagero de informações ou
ilustrações. Nós, ao contrário, queremos
ser o ponto exato do sucesso! A medida
certa da mistura de criatividade, informações e
interação. Isso não quer dizer que buscamos
sempre a estabilidade por um caminho mais
fácil e sim que pesquisamos e buscamos
entender o que de fato é melhor para cada
situação. Buscamos sempre atender a
expectativa de nossos clientes e de seus
públicos, e também impressionar não pela
quantidade de informações, mas sim por
sua precisão. Sem exageros, sem falhas.
Nós somos a Dose, a medida certa para o
sucesso da sua empresa!
1
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ANANDA TRIGO
Pesquisa
IDENILSON OLIVEIRA
Marketing
MARIANA ALENCAR
Mídia e Criação
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PÂMELLA DOS SANTOS
Criação
SABRINA OLIVEIRA
Marketing
THIAGO BARBOSA
Atendimento
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Como tudo começou
A história dessa grande marca começa em
1998, quando Caito Maia, músico por forma-
ção e empreendedor por natureza, decidiu abrir
um pequeno estande no Mercado Mundo Mix¹
para vender óculos de sol chineses com design
ligados a tendência fashion da época. Então,
após algumas incursões pelo mundo da mú-
sica, acabou deixando a habilidade comercial
aflorar para transformar seu pequeno estande
de óculos na maior marca de óculos escuros
da América Latina, com lojas distribuídas pelo
Brasil, Estados Unidos, Portugal, Angola, Peru,
Kuait e Colômbia.
Rapidamente o que era um pequeno stand,
na verdade uma tábua de madeira sobre 2 ca-
valetes – começou a chamar cada vez mais
atenção dos frequentadores do mercado pela
oferta de produtos modernos e de qualidade,
com preços bem acessíveis. Tão logo, em
1999, o jovem Caito dividia seu primeiro ponto
de venda com uma loja de roupas na Galeria
Ouro Fino, localizada na Rua Augusta, região
descolada e moderna de São Paulo. A galeria
era muito conhecida por ser ponto de venda
de grifes alternativas. Com as novas tendên-
cias do mercado de óculos, em pouco tempo
as vendas foram impulsionadas, atraindo cada
vez mais consumidores para a loja de Caito.
Com isso, em abril de 2000, foi inaugurado o
primeiro quiosque da Marca no Shopping Villa
Lobos e decorrente do grande sucesso, logo
a marca começou a expandir seus pontos de
venda por meio do franchising. Em meados de
2001, estimava-se que a Chilli Beans já tinha
cerca de sete milhões de óculos de sol comer-
cializados.
Sua receita para o sucesso era simples: marca
jovem, lançamento de 12 modelos de óculos
por semana, preços populares, e que crescia
com a melhor e mais barata forma de publici-
dade, a propaganda boca à boca. Não demo-
rou muito para a marca conquistar fãs famosos
e formadores de opinião como os apresentado-
res Tatiana Mancini e Cazé, da MTV, o vocalis-
ta do Jota Quest, Rogério Flausino, e a global
Regina Casé. Sem ganhar um centavo, eles
declaravam amor explícito pela marca.
No ano de 2002, a empresa começou a inves-
tir nos formatos de lojas, mas sem abandonar
os quiosques que são a grande característica
da marca. Em 2005, o grande primeiro passo
fora do Brasil foi dado: era inaugurada a pri-
meira loja em Lisboa, Portugal. A partir dessa
expansão a marca ficou cada vez mais forte e
no primeiro semestre de 2006 era inaugurada
uma loja em Los Angeles, na Melrose Avenue.
Começou então a exploração de novas áreas
e o mix de produtos foi expandido para bonés,
boinas, chapéus e quepes, tudo mantendo a
qualidade e a tendência fashionista da mar-
ca. Cada vez mais expandidos seus negócios,
em 2010 foram firmadas parceiras com outras
grandes marcas, como Barbie e a Hot Wheels
para a linha Kids
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Também foram firmadas parcerias com diver-
sos estilistas, como Thais Gusmão e Alexandre
Herchovitch. Nesse mesmo período, outra loja
da rede foi inaugurada na Califórnia, a marca
inaugurou mais um canal de venda – a primei-
ra máquina automática (vending machine) de
óculos escuros em São Paulo e aconteceu o
lançamento da linha Vista, modelos de design
exclusivos para óculos de grau.
O modelo de loja criado pela CHILLI BEANS
é um verdadeiro sucesso. Em vez de óculos
expostos em vitrines, são utilizados balcões de
autoatendimento, com pequenas tiragens de
óculos novos a cada dez dias e no lugar de uti-
lizar somente espelhos, a marca conta com um
sistema de câmeras e monitores que filmam o
rosto dos clientes e exibem em 3D o modelo de
óculos que está sendo provado.
Para garantir e comprovar a qualidade de seus
produtos, em todas as lojas da rede está dispo-
nibilizado um fotômetro digital UV 400, apare-
lho que testa a proteção solar das lentes e que
permite comprovar de forma rápida e precisa o
comprimento das ondas de raios ultravioletas
filtradas pelas lentes dos óculos, garantindo
proteção aos olhos do consumidor. O mix de
produtos da marca atende desde o público in-
fantil até o adulto, com grande receptividade
entre os jovens.
No ano de 2013, foi inaugurada a primeira fla-
gship da marca na Rua Oscar Freire, em São
Paulo. A loja conceito da marca conta com 750
m² e uma decoração que faz jus à sua autenti-
cidade. O ambiente conta com todas as linhas
de produtos da marca Chilli Beans, desde os
óculos escuros e de grau até camisetas, reló-
gios, meias, peças intimas, bicicletas, skates,
bolsas, mochilas, cases para celulares e fones
de ouvido. Lá é possível achar todos os produ-
tos licenciados da marca, além de apresentar
grandes parcerias inéditas com estilistas e ar-
tistas. No ambiente também há uma estrutura
com palco, local para exposições e o Café Chilli.
Atualmente a Gávea Investimentos comprou
29,82% das apimentadas ações da marca, o
valor total do investimento não foi revelado.
Desta forma, agora a meta da marca é ganhar
sua fatia no mercado internacional. No ano
de 2014 foi inaugurada a primeira Flagship
internacional, em Las Vegas. Há previsão de
novas lojas também em São Francisco, Nova
York, Dubai e Catar. No mercado nacional, a
meta é atingir o número de 1000 lojas até as
Olimpíadas de 2016.
¹O Mercado Mundo Mix (ou MMM) é um evento multicultural, que se expressa através de múltiplas linguagens artísticas. Trata-se de um movimento de vanguarda com ca-
racterísticas alternativas ligadas à cultura urbana, apresentando novos talentos, ideias e tendências nas áreas das artes, música, moda e design, oferecendo oportunidade
aos artistas selecionados para promover, comercializar e viabilizar as suas criações. O movimento foi criado em 1994 no Brasil, pelo empreendedor do mundo da moda Beto
Lago, e se consolidou na cena cultural brasileira, com eventos em São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Campinas.
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EVENTOS POR ORDEM CRONOLÓGICA
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SOBRE A CHILLI BEANS
Dados corporativos
Origem: Brasil
Fundação: 1998
Fundador: Caíto Maia
Sede mundial: São Paulo, Brasil
Proprietário da marca: Chilli Beans Ltda.
Diretor superintendente: Caito Maia
Lojas: +600
Presença global: 6 países
Presença no Brasil: Sim
Funcionários: +3.000
Faturamentos:
2011 - R$ 284 milhões
2012 - R$ 380 milhões
2013 - previsão de +30%
Identidade Visual
Sempre seguindo as principais tendências de
moda, a marca CHILLI BEANS também se pre-
ocupa com a renovação de sua identidade vi-
sual. Ao longo dos anos o logotipo da marca
passou por algumas modificações, mas sem-
pre manteve como elemento principal de iden-
tificação a tradicional “pimenta vermelha”, que
de tempos em tempo se posiciona de maneira
diferente em sua identidade visual.
Aplicações
Os slogans
• E se colocar pimenta? (2010)
• Sua vida pede muitos. (2008)
Também foram utilizados os slogans “Para to-
das as espécies” e “Ser inconstante
é ser humano.
Nas redes sociais
Facebook (1.401.161 curtidas)
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Instagram (96.038 seguidores)
Twitter (12.9 mil seguidores)
Pinterest (378 seguidores)
Youtube (1.224 escritos)
Esses números estão em constante mudança.
A última contagem foi realizada no mês de Se-
tembro.
Campanhas
Apostando desde sempre na comunicação
multiplataforma, com uma linguagem contem-
porânea e cheia de atitude, ela tornou-se muito
mais do que uma marca de acessórios. Suas
ações chamam a atenção por sua ousadia e
irreverência. Suas campanhas publicitárias en-
volvem temas como sensualidade, cultura pop
e tendências, sempre super atualizadas. Entre
as campanhas de maior destaque, certamente
a intitulada “Para Todas as Espécies” é a que
mais carrega o espírito de diversidade da mar-
ca.
Em 2013, foram lançadas as Linhas Assina-
das, uma plataforma impactante e sofisticada
que conta com linhas assinadas por estilistas
renomados. Em 2014, a primeira parceria in-
ternacional: A Chilli Beans lança uma coleção
com a Kravitz Design, com todo o estilo e atitu-
de rock’n’roll do cantor Lenny Kravitz.
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Marketing
Como estratégia de marketing, a Chilli Beans
patrocina shows, festas, esportes e ações so-
ciais, sempre contemplando a originalidade, o
bom humor e a diversidade, trabalhando assim
a imagem institucional da marca.
Música
A Chilli Beans é uma das marcas que mais in-
veste no segmento musical no Brasil.
Além de referência como ponto de venda de in-
gressos, a Chilli Beans apoia grandes eventos
como as raves Xxxperience, Tribe, Zenith e o
festival Campari Rock.
Também promove shows de artistas internacio-
nais festejados como os DJ´s Skazi (Israel)
ZZTiësto (Holanda), do inglês FatBoy Slim e da
banda belga Vive la Fête;
Esporte
A Chilli Beans incentiva a prática de hábitos
saudáveis, visando o bem-estar e a diversão
por meio do esporte.
Por isso, apoia iniciativas como o projeto Skate
na FEBEM – A Manobra do Bem, coordenado
pelo skatista Sandro Soares, que ensina o es-
porte proporcionando lazer, educação e cons-
cientização a jovens internos da FEBEM de
São Paulo.
Prêmios
•.Bicampeã no prêmio Época Reclame Aqui -
As Melhores Empresas para o Consumidor.
•.Melhor Loja em Inovação, pelo Retail Design
Institute, de Nova York (2012).
•.1º Lugar em Inovação e Design de Loja, em
“Os Mais Importantes no Varejo”, da revista No
Varejo (2012).
• Uma das Três Melhores Franquias do Brasil,
pela Associação Brasileira de Franchising, a
ABF (2012).
• 2º lugar no ranking da revista Pequenas Em-
presas Grandes Negócios, na categoria “Ves-
tuário, Calçados e Acessórios” (2012).
• Selo de Excelência em Franchising, pela
Associação Brasileira de Franchising (2009,
2010, 2011 e 2012).
• Melhor Empresa do Varejo Brasileiro, na cate-
goria “Inovação e Design de Loja”, no Brazilian
Retail Week (2011).
• Prêmio da revista Carta Capital, por estar en-
tre as 100 Empresas mais Admiradas do Brasil
(2010).
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Algumas curiosidades sobre a Pimenta:
• 30% da produção de seus óculos é produzi-
da aqui no Brasil, os outros 70% são feitos na
China.
• Esses são os produtos usados na produção
das armações dos óculos: ACETATO /ALUMÍ-
NIO / METAL / POLICARBONATO / TR 90 /
AÇO INOXIDÁVEL / NÍQUEL
• Jô Soares recebeu em seu programa o astrô-
nomo Victor D’Avilla, do Observatório Nacional,
e no final do programa o apresentador deu ao
convidado um óculos do modelo da Pimenta. E
isso não foi combinado!
No ano de 2012, a Chilli Beans presenteou o
Jô com vários modelos da Linha Vista.
• Chilli Beans é a única marca brasileira cita-
da no Livro “Bold: How to be brave in business
and win”, de Shaun Smith e Andy Milligan. O
exemplar avalia fenômenos de marcas pelo
mundo. Nele, Caito relata a história de sucesso
da Chilli desde seu início. O livro não foi lança-
do no Brasil e nem existe previsão para isso.
• No ano de 2013, na véspera do Oscar - o maior
prêmio da indústria do cinema de Hollywood, a
Chilli Beans expôs pelas ruas de Los Angeles
(cidade sede do evento) diversos de seus mo-
delos de óculos escuros em armações gigan-
tes.
• Caito tem planos ambiciosos de lançar um fil-
me com a história da marca.
• Recentemente um cliente da marca pixou
uma pimenta nos muros da cidade do Kuwait,
fotografou e marcou o Instagram da Chilli Be-
ans na foto.
• Em ação para ganhar a terra do Tio Sam, al-
gumas blogueiras da Califórnia foram escolhi-
das a dedo para desenhar óculos para a marca.
• Estima-se que por ano são lançados mais de
600 modelos de óculos escuro novos.
• O preço não é determinado por região, todas
as lojas tem a mesma tabela de preço, que são
nivelados acima dos preços dos óculos das
marcas nacionais e abaixo da grifes internacio-
nais.
A franquia
Segundo uma pesquisa realizada pelo Grupo
Bittencourt, a marca está entre as 25 melhores
franquias para investir no país, aparecendo em
7º lugar.
A marca também se destaca entre as franquias
mais internacionalizadas do país. Segundo
pesquisa realizada pelo Núcleo de Estratégia
e Negócios Internacionais da FDC​
, a Chilli Be-
ans ocupa o 4º lugar, com base em dados so-
bre unidades franqueadas, receita de royalties
e taxas e receita de vendas de produtos fran-
queados no exterior em relação ao desempe-
nho total desses mesmos dados.
Valores:
Custos Quiosque Loja
Taxa de Franquia R$20.000,00 R$30.000,00
Projeto Arquitetônico - R$5.000,00
Investimento Inicial MKT R$5.000,00 R$10.000,00
Estoque Inicial (média) R$70.000,00 R$90.000,00
Mobiliário (sem frete) R$30.000,00 R$55.000,00
Montagem do Ponto (média) - R$70.000,00
Equipamentos (média) R$10.000,00 R$15.000,00
Capital de Giro R$20.000,00 R$50.000,00
Total R$155.000,00 R$341.000,00
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Crescimento
A estratégia de instalar quiosques nos corredo-
res de shoppings é tida como uma das contri-
buições da Chilli Beans para o modelo atual de
comércio de algumas marcas e franquias. Por
isso mesmo, para o empresário, apesar dos
preços inflacionados, o empreendedor ainda
encontra oportunidades vantajosas em alguns
centros comerciais. Por causa dos altos valo-
res para manter uma loja em shopping, desde
seu aluguel até sua manutenção, a ideia de ex-
por seus produtos no corredor é um risco muito
mais baixo do que qualquer loja.
A Chilli Beans é uma das franquias que mais
cresce no mercado nacional, muito indicada
para empreendedores ousados pela ABF Fran-
chising.
Pontos de venda
A marca conta com quatro tipos de PDV’s, sen-
do eles:
• Quiosques em shoopings
• Lojas (lojas de rua, lojas em shoppings e lojas
concepts)
• Flagships
• Vendas online
Os 4 P’s da Marca
• Preço:
Com valores acessíveis para todos, os produ-
tos são sempre números redondos. A marca
não utiliza valores quebrados, pois associam
essa estratégia à ideia de ofertas ou promo-
ções. Os preços costumam variar da seguinte
forma:
• Óculos escuros de R$ 78,00 a R$ 298,00
• Óculos de grau de R$ 128,00 a 318,00
• Relógios de R$ 69,00 a R$ 698,00
• Praça:
Com presença internacional, atualmente a
Chilli Beans conta com mais 600 pontos de
venda.
Pontos de Vendas no Brasil
Acre 3
Alagoas 3
Amazonas 7
Amapá 1
Bahia 17
Distrito Federal 5
Espírito Santo 5
Goiás 16
Maranhão 7
Minas Gerais 37
Mato Grosso do Sul 8
Mato Grosso do Norte 10
Pará 10
Paraíba 4
Pernambuco 12
Piauí 4
Paraná 23
Rio de Janeiro 41
Rio Grande do Norte 5
Rondônia 3
Roraima 1
Rio Grande do Sul 17
Santa Catarina 17
Sergipe 1
São Paulo 144
Tocantins 4
Pontos de Vendas no Exterior
Israel 2
Peru 6
Kuwait 2
Colômbia 9
Portugal 6
EUA 16
• Produto:
Além dos produtos que são o carro-chefe da
marca como os óculos de sol, óculos de grau e
relógios, a Chilli Beans também oferece acessó-
rios que complementam as linhas, como sprays
limpa-lentes, estojos rígido, flanelas, sicurezza
(cordões) e presilhas porta-óculos para carro.
Além disso, a marca lança produtos com
edição limitada, como bonés, camise-
tas, bolsas, mochilas, chinelos, meias, pe-
ças íntimas, fones de ouvido, cases para
celular e até mesmo guitarras e skates.
Constantemente são lançados produtos com
assinatura de diversos estilistas ou de famo-
sos. Estima-se que por semana a marca chega
a lançar até 45 óculos novos, as novidades são
apresentadas em suas lojas sempre as segun-
das-feiras.
• Promoção:
O principal meio de divulgação da Chilli Beans
é a internet, por meio de suas redes sociais e
o patrocínio. Raramente um comercial é vei-
culado na TV aberta, TV paga ou em rádios.
Ela também não utiliza revistas.Suas ações
chamam a atenção por sua ousadia e irreve-
rência e suas campanhas publicitárias envol-
vem temas como sensualidade e cultura pop.
A marca está presente no Facebook, Twitter,
Pinterest, Instagram e Youtube.
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CONCORRENTES
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Cada empresa que disponibiliza seus produ-
tos no mercado sabe da existência de concor-
rentes, deve conhecer os pontos em que seus
adversários não podem superá-la e o que o
mercado deseja.
É interessante perceber que algumas pesso-
as da empresa não conseguem conhecer nem
mesmo o que sua empresa produz, sejam pro-
dutos ou serviços, existindo apenas o conheci-
mento de uma parte do que é ofertado ao con-
sumidor. Hoje em dia, não há mais espaço para
este tipo de empresa no mercado: deve-se ter
em mente quais são os pontos em que se pode
melhorar e quais podem não ser tão bons.
Os concorrentes podem ser classificados de
acordo com a percepção da empresa, do mer-
cado ou da combinação de ambos, tornando
assim mais fácil o reconhecimento dos pontos
em que se deve atacar para superar a concor-
rência.
Um concorrente é aquele que faz um produto
similar, praticamente igual e que tem os mes-
mos propósitos, ou mesmo de acordo com o
ramo (setor) em que atuam. Por outro lado,
ainda existem aquelas organizações que clas-
sificam os concorrentes por produtos ou ser-
viços de mesma categoria e existem aquelas
que defendem o argumento de que qualquer
empresa no mercado é concorrente, pois está
disputando o mesmo dinheiro do consumidor,
mesmo que sejam de segmentos diferentes
Qualquer empresa deve saber que sempre
existirão concorrentes no mercado, indepen-
dentemente do seu tamanho, localização e po-
der - sempre existem brechas que podem
pegar a todos desprevenidos. Aprender com
os acertos e com os erros dos concorrentes é
saber utilizar de forma correta a disponibilidade
de informações de mercado, é aceitar e tomar
para si a certeza de que não irá cometer estes
erros e de que a concorrência não poderá cor-
rigir os erros tão rapidamente.
Indiretos
Óticas Carol
Há mais de 16 anos no mercado é a 3ª maior
empresa do Brasil em venda de óculos escu-
ros.
• Produto
Óculos de sol e de grau, lentes de contato e
acessórios ópticos de diversas marcas. Ela
não possui marca própria.
• Preço
Devido a sua grade imensa de produtos/mar-
cas e serviços não é possível estabelecer pre-
ços.
• Praça
São mais de 670 unidades espalhadas pelo
país e ela trabalha com modelo de franquia.
• Promoção
A marca investe muito em publicidade e marke-
ting. Usa constantemente atores que estão em
alta em suas campanhas na TV e diversas pro-
moções. Suas campanhas estão em revistas,
tv e rádio.
Está presente no Facebook, Twitter e Insta-
gram.
Diretos
Triton Eyewear
No mercado desde 1981, a marca atualmente
trabalha com linhas de óculos e relógios se-
guindo sempre as tendências fashion da moda.
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• Produto
Óculos de sol, de grau e relógios com design
moderno e jovem. São mais de 10 linhas com
diversos modelos e nesse ano a marca lançou
uma linha de produtos assinada pela atriz glo-
bal Giovanna Antonelli.
• Praça
A marca trabalha com modelos de franquias
com lojas e quiosques. Ela tem presença em
todo território nacional, são 175 pontos de ven-
da físicos.
Seus produtos são exclusivamente vendidos
em lojas da rede, no site da marca e em alguns
sites de compra online de sites de acessórios
famosos.
• Preço
Os produtos tem variação de R$ 60,00 a R$
240,00 os óculos e relógios de R$ 90,00 a R$
360,00.
• Promoção
Trabalha com campanhas em algumas revistas
e em suas redes sociais, onde interagem sem-
pre com seus clientes.
Tem link patrocinado e presença garantida em
diversos eventos de moda.
A marca ainda tem um blog como canal de in-
formações que fala sobre o mundo fashion.
A marca está presente no Twitter, Facebook e
Instagram.
Luxottica /Ray-ban
Grupo italiano é dono de grandes nomes do
mercado de óculos escuro, como por exemplo:
Ray-Ban, Oakley e Vogue.
• Produto
Destacamos aqui os produtos da marca Ray-
-Ban, pois ela trabalha com o mesmo público
alvo que a Chilli Beans, sendo eles jovens, mo-
dernos e com um gosto apurado para diversão.
A marca têm óculos de sol e de grau para o
público masculino, feminino e infantil. Seu prin-
cipal modelo é o famoso aviador, que é o car-
ro chefe da marca desde a sua fundação em
1937.
A matéria-prima para a fabricação da armação
de seus óculos é principalmente plástico e me-
tal e existem 9 tipos de lentes diferentes para a
escolha do cliente.
• Preço
É possível achar produtos a partir de R$ 99,00
até os tops de linhas que às vezes beiram os
R$ 900,00.
• Praça
A marca não possui loja própria, o grupo Luxot-
tica possui uma loja Sunglass Hut que vende
todos os produtos das marcas do grupo.
Com presença mundial, no Brasil é possível
achar as lojas nos seguintes estados: Bahia,
Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernam-
buco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e do
Norte, Santa Catarina e São Paulo, o total de
lojas próprias soma 50 unidades.
Além disso, também são revendidos em diver-
sos óticas e em diversos sites de compra onli-
ne. A marca não possui site próprio para com-
pra on line.
• Promoção
A rede faz algumas campanhas em suas redes
e também trabalham com anúncios em revis-
tas. Ela também trabalha com patrocínio de al-
guns eventos esportivos, de moda ou shows.
Utiliza sempre temas jovens em suas ações.
Está presente no Google+, Twitter, Facebook,
Pinterest e Youtube. Porém, todas as redes so-
ciais da empresa são em inglês, sendo inexis-
tente uma rede especifica para cada país de
atuação.
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AMBIENTE
ECONÔMICO
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Brasil
Ocenárioeconômicobrasileiroestáematenção.
A produção industrial teve cinco meses de
queda até julho de 2014, quando conse-
guiu avançar 0,7%. Mesmo assim, os da-
dos foram encarados com cautela por
agentes econômicos, pois ainda não estão
convencidos na tendência de recuperação.
No primeiro trimestre de 2014 – havia sido di-
vulgado que a expansão seria de 0,2% – foi re-
visado para queda de 0,2%. Com a seqüência
de dois trimestres seguidos de resultado ne-
gativo, configura-se um quadro que os econo-
mistas chamam de recessão técnica. O Brasil
passou por algo deste tipo no último trimestre
de 2008 e primeiro de 2009, durante a crise
econômica mundial. Pelo terceiro bimestre se-
guido, a equipe econômica reduziu a previsão
oficial de crescimento de nossa economia. O
Relatório de Avaliação de Receitas e Despe-
sas Primárias, que é divulgado a cada 02 me-
ses pelo Ministério do Planejamento, informa
a queda do Produto Interno Bruto: o que antes
totalizava 1,8% passa á ser de apenas 0,9%.
Em valores correntes (em reais), o PIB chegou
no segundo trimestre deste ano a R$ 1,27 tri-
lhão. Os principais impactos no PIB entre abril
e junho vieram do recuo nos investimentos
(5,3%) e na indústria (1,5%). Alguns economis-
tas acreditam que a Copa e a crise na indústria
afetaram o resultado de forma incisiva. “A prin-
cipal causa foi a queda dos investimentos. Já
tem algum tempo que eles estão caindo, mas a
queda foi forte nesse trimestre”, analisa
Rebeca de La Rocque Palis, gerente da Coor-
denação de Contas Nacionais do IBGE.
Menos investimentos
Os investimentos sofreram forte queda de 5,3%
em relação 1º trimestre de 2014, puxando o re-
sultado negativo do PIB.
Na comparação com igual período do ano pas-
sado a baixa chega a 11,2%.
“Os destaques negativos são realmente os in-
vestimentos, que já têm quatro trimestres com
taxas negativas e a taxa ainda mais negativa
nesse trimestre”, afirma Rebeca. “O menor
resultado antes desse foi no primeiro trimes-
tre de 2009, quando (os investimentos) caíram
11,8%.”
A queda forte é influenciada por outros compo-
nentes do investimento, como construção civil
e produção de máquinas e equipamentos, se-
gundo a analista.
Gastos do governo
Houve um recuo nos gastos do governo, che-
gando a 0,7% em relação ao trimestre anterior.
O consumo do governo foi o menor desde o
terceiro trimestre de 2012, quando teve queda
de 0,8%. Na comparação com igual período de
2013, houve expansão de 0,9%.
Consumo das famílias
O consumo das famílias aumentou a uma taxa
de 0,3%, e, em relação ao 2º trimestre do ano
anterior, a expansão foi de 1,2%.
O crescimento é menor do que o que havia
ocorrido no primeiro trimestre, porém continua
crescendo. O IBGE só considerou as quatro
regiões que foram divulgadas pela Pesquisa
Mensal de Emprego (Rio de Janeiro, São Pau-
lo, Belo Horizonte e Recife), e não considerou
Salvador e Porto Alegre na conta.
Exportações
No setor externo, as exportações de bens e
serviços aumentaram 2,8%, enquanto as im-
portações indicaram queda de 2,1%, em rela-
ção ao primeiro trimestre de 2014.
Na comparação anual, as vendas para o exte-
rior tiveram alta de 1,9%, enquanto as importa-
ções recuaram 2,4%, de acordo com o IBGE.
Indústria
Dos três setores analisados pelo IBGE para o
cálculo do PIB, apenas um mostrou variação
positiva, o de agropecuária, que teve ligeira
alta, de 0,2% referente ao trimestre anterior.
A indústria como um todo teve queda de 1,5%:
foi a taxa mais baixa desde 2012, que também
caiu 1,5%.
O IBGE destacou o desempenho ruim da in-
dústria automotiva, que teve férias coletivas
no período e baixa exportação. “Argentina e
Venezuela estão passando por problemas, e
nós exportamos para lá, não está havendo re-
novação interna da frota de veículos. Também
houve aumento do IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) no início desse ano, que recai
sobre vários produtos da indústria automotiva.
Na contramão, as indústrias de alimentos e
bebidas, perfumaria e indústria farmacêutica 
cresceram no segundo trimestre.
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Serviços
O setor de serviços teve queda de 0,5%. Foi a
menor taxa desde o quarto trimestre de 2008,
quando a queda foi de 2,8%. Serviços de
informação continuam sendo um dos setores
que mais crescem. Enquanto isso, a parte de
energia elétrica, água e esgoto não tiveram
crescimento significativo.
Em relação ao segundo trimestre do ano pas-
sado, o setor de agropecuária não teve varia-
ção; serviços sustentaram alta de 0,2%; e a in-
dústria apresentou queda de 3,4%, na mesma
base de comparação.
Mercado Ótico Brasileiro
Segundo o presidente da Abióptica, Bento Al-
coforado, o setor óptico no Brasil cresceu, en-
tre 2007 e 2013, 153%. Especula-se que ha-
verá alta, projetando expansão de 100% nos
próximos cinco anos. Em 2013, o faturamen-
to foi de R$ 22,3 bilhões, 15% a mais em re-
lação ao ano anterior. Para 2014, a projeção
é de um incremento também de 15%, repre-
sentando um faturamento de R$ 25,3 bilhões. 
Podemos ressaltar que a demanda por óculos
e lentes de contato está em alta e as razões
estão baseadas em três fatores: o envelheci-
mento da população, por conta da maior ex-
pectativa de vida; recomendações médicas
(maior acesso aos serviços de saúde) e a nova
classe média (cerca de 40 milhões de brasilei-
ros passaram a ter acesso ao mercado consu-
midor nacional, por meio do aumento de renda
e da ampliação da oferta de crédito).
Mesmo o setor óptico registrando índices su-
periores aos de outros setores da economia, o
mês de julho foi determinante na desaceleração
do crescimento. Nos seis primeiros meses, o
setor havia crescido 15%. Já em julho, eventos
como a Copa do Mundo e a instabilidade eco-
nômica influenciaram o mercado, que fechou
o mês com forte queda nas vendas. Ainda em
relação ao mercado, é possível verificar que a
região Sudeste possui a maior concentração
de consumo, com 58%, seguida pela Região
Sul (16%), Nordeste (16%), Centro-oeste (7%)
e Norte (3%). Por meio do estudo também é
possível visualizar o consumo de acordo com a
classe social. Desta forma, temos as classes B
e C como às maiores consumidoras, totalizan-
do 87% do mercado.
Os artigos mais consumidos
- são armações de óculos (incluindo óculos de
sol), com movimentação de R$ 13 bilhões ou
66% do total;
- lentes de óculos (com grau + lentes de sol)
com R$ 3,3 bilhões ou 17%; seguido das lentes
de contato com R$ 2,6 bilhões (13,4%)
- acessórios, com 600 milhões (3%).
Outro ponto de destaque refere-se ao número
de óticas no país. A tendência é que o segmen-
to se estabilize, porém nos últimos cinco anos
o setor cresceu 11%. Além disso, os números
revelam que 58% das óticas estão concentra-
das no sudeste do Brasil. As outras regiões re-
presentam Sul (16,2); Nordeste (15,6%); Cen-
tro-oeste (6,7%) e Norte (3,4%).
Mercado Ilegal
Com base na pesquisa realizada pela Abiópti-
ca e pelo Instituto Meirelles de Proteção à Pro-
priedade Intelectual (Imeppi), com dados de ór-
gãos oficiais como Receita Federal e Polícias
Estaduais e Federais, entre 2006 e 2013 foram
apreendidas 70,2 milhões de unidades de ócu-
los ilegais no país. Já nos primeiros meses de
2014 foram retiradas de circulação 6.125.635
de unidades de óculos de sol e receituário pi-
ratas.
Além de prejudicar seus consumidores, a ven-
da pirata também afeta de forma negativa a
economia do país, pois dos R$ 19 bilhões que
o setor movimentou no ano de 2012, R$ 8 bi-
lhões foram para o mercado ilegal.
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AMBIENTE
TECNOLÓGICO
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O mercado e a sociedade vêm sofrendo gran-
des mudanças nos últimos anos, principal-
mente devido às inovações tecnológicas e à
globalização, que foram acompanhadas pela
população e que está cada vez mais exigente
quanto aos produtos e serviços que consome
e muito mais atento às ações das empresas.
Todas as organizações utilizam alguma forma
de tecnologia para executar suas operações
e realizar suas tarefas, por isso as condições
tecnológicas influenciam na competitividade
das empresas, principalmente quando se tra-
ta de tecnologia sujeita a inovações. Portanto,
acompanhar a evolução tecnológica é uma es-
tratégia segura para garantir a eficácia e so-
brevivência da organização. É imprescindível a
compreensão das variações e direções desse
ambiente sujeito a constantes mudanças, bem
como o impacto das novas tecnologias no aten-
dimento das necessidades humanas. Diversos
autores afirmam a importância das empresas
procurarem vantagens competitivas por meio
da inovação, melhorando ou criando novas
maneiras de desenvolver suas atividades.
O ambiente tecnológico às vezes acaba sen-
do visto como um gasto excessivo, pois acaba
exigindo grandes investimentos para manter-
-se atual. Afinal, as novas tecnologias surgem
a cada dia e as organizações precisam estar
atualizadas em tempo real, para não perde-
rem seus clientes, necessitando, a partir daí,
de uma tecnologia mais inovadora e rentável
aos negócios. Podemos citar como exemplo, o
e-commerce.
Nos últimos dois anos, o faturamento das lojas
virtuais cresceu 115% de acordo com o Insti-
tuto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi).
As pessoas estão perdendo o medo de com-
prar roupas e acessórios pela internet. Prova
disso é que em 2012, calças jeans, lingeries
e calçados foram os itens que apresentaram
maior crescimento nas vendas em relação ao
ano anterior.
Este aumento nas vendas está associado ao
crescimento vertiginoso do acesso do brasilei-
ro à internet. Estamos mais conectados do que
nunca, seja por meio de computadores, tablets
ou celulares, o que contribui para que, a cada
dia, surjam novos facilitadores para os e-con-
sumidores. Mas não podemos esquecer-nos
do poder que a publicidade exerce nos usuá-
rios, principalmente o email marketing, onde as
marcas podem enviar produtos e ofertas espe-
cíficas, de acordo com as preferências pesso-
ais de cada um.
Mas mesmo com crescimento dos investimen-
tos e retornos aos e-commerces de moda, este
é um mercado que ainda pode e precisa ser
muito explorado, pois, se por um lado estamos
cada vez mais conectados e contamos com a
ajuda das campanhas de marketing, das re-
des sociais com suas fanpages interativas e
que são constantemente atualizadas, ainda
existem muitos desafios a serem superados.
Como por exemplo, 3.300 ou 41,7% dos en-
trevistados pelo Iemi que confirmaram o receio
de adquirir um produto de uma loja que ainda
não tem familiaridade ou que não a conhecem
fisicamente.
A segmentação é essencial neste caso, já que
as chances de venda aumentam quando di-
recionamos as ofertas para públicos bem es-
pecíficos. Da mesma forma, supervisionar os
cliques e conversões de cada grupo ajudará a
formar o perfil de cada cliente.
As perspectivas para o futuro do e-commerce
de moda são brilhantes, se considerarmos a
facilidade de escolha e obtenção dos produtos,
pois não temos mais a necessidade de enfren-
tarmos filas e provadores lotados nas lojas físi-
cas. Porém é preciso traçar estratégias e criar
ofertas que chamem a atenção e façam este
consumidor estreante se “aventurar”. 
Se a experiência de compra for bem sucedida
você pode ter certeza de que terá um cliente
engajado, sempre pronto para acompanhar,
compartilhar e indicar os seus produtos. Os Es-
tados Unidos e a Coréia do Sul são altamente
desenvolvidos tecnologicamente, e merecem
destaquem. No entanto, há mais países que
merecem ser destacados como grandes polos
tecnológicos.
Na região do extremo oriente é importante
observar a essencialidade da Ásia no mundo
da tecnologia. A China possui um dos princi-
pais setores de fabricação dos eletrônicos. O
reconhecimento da importância da tecnologia
é bem óbvio também em Singapura. No país a
cobertura de Wi-fi é gratuita, e atende realmen-
te todo o território.
Já na América Latina o destaque é bem expos-
to quando citamos o Brasil e nos países próxi-
mos com muitos projetos interessantes.
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Uma empresa associada ao jornal britânico Fi-
nancial Times, divulgou nesta terça-feira uma
pesquisa realizada em 27 países, com jovens
entre 18 e 30 anos, a chamada “geração do
milênio”, abordando temas como educação,
mudanças climáticas, desigualdade social e o
uso das novas tecnologias. Segundo o levan-
tamento, os brasileiros que acreditam estar
antenados com as novidades tecnológicas são
maiores que a média global. Ela mostra que
26% dos “millennials” brasileiros acreditam
fortemente estar na vanguarda da tecnologia,
contra 19% na média dos demais países.
A pesquisa mostra ainda que 91% dos jovens
brasileiros descrevem seu conhecimento pes-
soal e familiaridade com a tecnologia como bom
ou excelente, contra 79% do resto do mundo.
A pesquisa, cujos resultados foram revelados
na conferência FT-Telefónica Millennials Sum-
mit: The Interactive Generation, em São Paulo,
ouviu mais de 12 mil pessoas em 27 países,
1.028 delas no Brasil.
Num tempo de 10 anos, a expectativa é que
o país avance 54% e movimente em torno de
US$ 250 bilhões (R$ 550 bilhões). Em 2012, o
desempenho brasileiro foi duas vezes melhor
que a média global (5,9%) e ficou atrás apenas
da China (15%) na velocidade de crescimento.
Segundo a Brasscom, “as áreas de TI In-Hou-
se (54%) e Hardware (35,3%) são as que mais
concentram investimentos, seguidas por Servi-
ços, Software, BPO e Exportações”.
Também devemos nos lembrar que o Brasil re-
úne pesquisadores e investidores com maes-
tria nos fóruns de inovação — além de ter uma
grande gama de desenvolvedores envolvidos
com o software livre. Em São Paulo, temos
duas grandes cidades para citar: Campinas
é um polo de startups de altíssima qualida-
de, tendo inclusive uma associação dedicada
ao tema; e São José dos Campos, que, além
de ter empresas dedicadas à tecnologia, con-
ta com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica
(ITA) — uma das mais respeitadas instituições
de ensino do país. Na região existe muito mais
do que investimentos na produção de tecno-
logia, pois os fomentos educacionais também
são muito presentes.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope, diz que o
brasileiro gasta em média 3 horas e 39 minutos
por semana na internet, superando em dez mi-
nutos o tempo semanal dedicado a televisão.
Entretanto, a mesma pesquisa afirma que a TV
têm mais presença na vida dos brasileiros, pois
enquanto 3% afirmou não assistir a televisão,
53% das pessoas disse não ter o hábito de
acessar a web.
Em âmbito geral, 2013 foi um ano de poucas
mudanças inovadoras na tecnologia: a Apple
manteve os dispositivos já conhecidos, a maior
parte apenas atualizada em diferentes cores e
com telas mais nítidas. As empresas dos media
sociais disputaram os melhores filtros de fotos,
e Silicon Valley ofereceu pequenas interações
sobre os produtos existentes. No entanto, o
ano de 2014 pode ter muito mais para ofere-
cer, como impressoras 3D para uso domésti-
co, drones, smartwatches e até televisões para
moldar o corpo. Tecnologia de ponta que vai
estar acessível a qualquer pessoa.
Um das novidades tecnológicas de 2013 são os
relógios, que já tem vindo a mostrar evoluções
notáveis. Estes aparelhos irão assumir novas
formas e funções, elevando-se a um novo ní-
vel: os “smartwatches”. Daqui em diante será
possível ligar os novos “relógios inteligentes”
aos já conhecidos “smartphones”, criando uma
nova categoria de computação. Com esta asso-
ciação será possível atender chamadas, ouvir
músicas e realizar muitas outras tarefas atra-
vés do relógio. Estes aparelhos serão capazes
de contar os batimentos cardíacos e até regis-
trar o exercício físico diário. Sony e Samsung
já lançaram seus produtos neste segmento. Os
analistas preveem que a Apple lance este ano
o seu “smartwatches”.
Os telemóveis de 2014 também não tiveram
grandes mudanças, sofrendo apenas altera-
ções no tamanho e no peso, ou seja, tornando-
-se mais finos e mais leves. Os softwares tam-
bém serão mais “inteligentes”, em vez de ter
que olhar o telemóvel o tempo todo, o “gadget”
vai informá-lo quando precisar olha-lo.
A aplicação Foursquare fará ainda mais su-
cesso, informando-o quando estiver perto de
locais que pode querer visitar, e o Twitter e o
Facebook irão aconselhá-lo sobre quem deve
parabenizar-se, por exemplo, quando muitos
dos seus amigos estiverem a parabenizar al-
guma pessoa.
A popularização dos smartphones e de outros
tipos de tecnologia móvel fizeram com que a
aceitação e dependência dos aplicativos seja
uma tendência para o futuro.
A previsão é de que para diversificar o uso da
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para diversificar o uso da tecnologia afim de
facilitar as atividades cotidianas, os aplicativos
se tornem ainda mais presentes em todos os
setores da sociedade, como educação, com-
pras, saúde e transporte.
O domínio da tecnologia já é uma realidade e
a segurança eletrônica vem sendo amplamen-
te debatida pelo mercado e especialistas. As
conclusões levaram à constatação de que a
biometria é, provavelmente, o melhor substitu-
to das senhas alfanuméricas.
O leitor digital e, no futuro, de retina vão de-
sempenhar papéis essenciais no acesso aos
dispositivos móveis e de mesa. A pesquisa da
Ericsson revelou que 52% das pessoas que-
rem substituir as longas senhas pelo leitor digi-
tal, enquanto 48% dos usuários de dispositivos
móveis já pretendem utilizar a retina como al-
ternativa aos dígitos.
A interatividade é uma das tendências tecnoló-
gicas mais marcantes dos últimos anos e para
2014 não poderia ser diferente. Os consumi-
dores já estão acostumados aos serviços de
internet interativa e agora esperam cada vez
mais que o ambiente físico também seja sen-
sível.
Até 2016, cerca de 60% dos proprietários de
smartphones acreditam que os sensores se-
rão vistos em todos os setores, nas áreas de
saúde, transporte público, nos carros, casas e
escritórios.
As empresas da área de tecnologia deverão
gastar 9,2% a mais neste ano com TI e Tele-
com no Brasil, totalizando US$ 175 bilhões, se-
gundo projeção da IDC.
O Brasil deverá, portanto, se consolidar como
o quarto maior mercado mundial, atrás dos Es-
tados Unidos, China e Japão.
A previsão é de que o crescimento do país seja
mais de duas vezes superior à media mundial,
de 4,5. A consultoria também apresentou da-
dos acerca do crescimento de 11% nas vendas
de dispositivos conectados, como PCs, tablets
e smartphones. A expectativa é que as vendas
desde tipo de aparelho cheguem a 71 milhões,
contra 51 milhões em 2013.
De acordo com a IDC, a expansão desse tipo
de investimento será impulsionada pela “ter-
ceira plataforma” – uma nova onda tecnológica
em que a entrega de softwares e serviços ao
mercado dependem da computação na nuvem,
aplicativos e dispositivos móveis, big data e re-
des sociais. Dessa maneira, a IDC estima que
as receitas com transmissão de dados móveis
das operadoras vão crescer 21% enquanto os
serviços de voz apresentem um crescimento
de 11,4%.
Segundo o estudo, a mobilidade é uma das
grandes responsáveis pelo aumento nos inves-
timentos em TI e Telecom – principalmente em
relação a adoção da rede 4G, que deve che-
gar a uma base de 3 milhões de assinantes até
dezembro. Em um relatório chamado “State of
LTE” (Estado da LTE), analisando o estado das
conexões de 4G em 16 países, o Brasil ficou
em 3° lugar na lista de melhor velocidade mé-
dia.
O relatório foi organizado pela OpenSignal,
uma organização que analisa torres e cone-
xões móveis ao redor do mundo. De acordo
com o trabalho, a velocidade media de dowlo-
ad da conexão 4G do Brasil é de 21 Mbps (me-
gabits por segundo). O primeiro colocado na
lista, a Austrália, tem velocidade de 24,5 Mbps
e a Itália, segunda colocada, velocidade de
22,2 Mbps.
Por outro lado, o relatório mostra como a
cobertura de 4G ainda é pobre no Brasil. No
ranking de tempo gasto sob cobertura 4G, a
média nacional é baixa. Daqueles que têm co-
bertura 4G, o tempo no qual a cobertura está
disponível é de apenas 47% do tempo. O Bra-
sil, nessa lista, ocupa o 14º lugar. Na Coreia do
Sul, líder em cobertura, as operadoras permi-
tem que seus assinantes passem 91% do tem-
po em locais com cobertura de 4G. 
A implantação de rede 4G no Brasil está sendo
feita aos poucos. O governo havia estabeleci-
do o objetivo de ter a rede nas capitais da Copa
do Mundo até dezembro de 2013. As operado-
ras aproveitaram a deixa e já instalaram a rede
em outras cidades.
Ciência e Tecnologia (MCT)
Ainda que o Brasil seja um grande consumidor
de smartphones, o país ainda engatinha na pro-
dução de aplicativos. O MCT adotou uma políti-
ca de incentivo por meio de uma lei que entrou
em vigor em outubro desse ano. A lei obriga os
produtores de smartphone fabricados no país
a utilizar aplicativos nacionais. Inicialmente era
preciso ter no mínimo 5 aplicativos nacionais
no celular. Esse número subiu para 15 em 1º
de Janeiro e chegará a 50 em dezembro desse
ano. A ideia surge no momento que as vendas
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de smartphones crescem cada vez mais. No
segundo trimestre deste ano houve um cres-
cimento de 110% sobre o mesmo período de
2012. Pela primeira vez as vendas deste tipo
de aparelho superaram as de celulares tradi-
cionais. A Apple divulgou o total gasto por seus
usuários na App Store, sua loja de aplicativos
em 2013. Segundo a companhia americana, fo-
ram investidos 10 bilhões de dólares em apps
nos últimos doze meses.
Falando sobre a tecnologia dos óculos, pode-
mos dizer que se lá fora o dia estiver claro e
límpido, talvez você instintivamente pegue seus
óculos de sol quando for sair. Provavelmente
você faz isso sem pensar muito. E quando vai
comprar óculos de sol, seja em qualquer loja
de descontos, seja em shoppings, fica imedia-
tamente impressionado pela grande variedade
que encontra à sua disposição. Por exemplo,
há diferenças entre óculos de sol coloridos, re-
flexivos, fotocromáticos e polarizados. O estilo
da armação e tamanho das lentes também fa-
zem a diferença.
Um par de óculos de sol parece tão simples,
são duas peças de vidro ou plástico colorido
colocado em algum tipo de armação de plás-
tico ou metal. Mas, no fim das contas, há mui-
tas coisas diferentes que você pode fazer com
duas peças de vidro e essas coisas têm um
grande efeito sobre você quando usa as lentes.
Há quatro coisas que um bom par de óculos
de sol deve fazer por você: proporcionar prote-
ção contra os raios ultravioletas da luz solar ,
proporcionar proteção contra luz intensa, pro-
porcionar proteção contra clarões e eliminar
frequências específicas de luz. Quando você
compra um par de óculos de baixa qualidade,
você acaba desistindo de todos esses benefí-
cios e pode até mesmo tornar as coisas piores.
Por exemplo, se seus óculos de sol não ofe-
recem proteção UV, você aumenta sua expo-
sição aos raios ultravioletas. Os óculos de sol
baratos bloqueiam um pouco da luz, fazendo
com que sua íris abra para permitir a entrada
de mais luz. Isso permite também a entrada
de mais luz UV, aumentando o dano que pode
causar à retina.
Fabricantes de outros produtos também ven-
dem óculos de sol, muitas grandes marcas
incluem óculos de sol entre suas linhas de
produtos. Muitos fabricantes fazem enormes
propagandas sobre as características e quali-
dades especiais de seus produtos. Os preços
podem variar de menos de US$ 20 até várias
centenas de dólares dependendo das carac-
terísticas e do nome. Não podemos deixar de
falar sobre os impostores. Você vai a uma loja
de descontos ou a um camelô e vê os vende-
dores oferecendo óculos de sol que parecem
exatamente os mesmos dos nomes das mar-
cas de alto custo por uma fração desse preço.
Será que realmente você está pagando muito
por um óculos de nome ou há diferenças fun-
damentais entre os óculos de sol genéricos e
os originais?
O grande problema com óculos de sol está no
modo como as lentes são feitas. Óculos de sol
com baixa qualidade têm lentes feitas de plásti-
co comum com uma pequena cobertura de co-
loração sobre elas. Embora a cor tonalizante e
e um design de armação similar possam fazê-
-los parecer com os originais, as lentes reais
são muito diferentes.
É importante sabermos que bons óculos de sol
são “condicionadores de luz” extremamente
eficazes. Eles modificam a luz que entra para
adequá-la a seus olhos.
Os óculos de sol usam uma variedade enor-
me de tecnologias para eliminar os problemas
com luz. As diferentes tecnologias atualmente
em uso são: Colorização, Polarização, Lentes
fotocromáticas, Espelhamento, Cobertura re-
sistente a riscos, Cobertura anti-reflexiva, Co-
bertura UV.
Quanto a colorização, a tonalidade das lentes
determina as partes do espectro de luz que são
absorvidos. Os fabricantes usam diferentes co-
res para produzir resultados específicos.
De qualquer forma, o mercado óptico conta
com diversas novas tecnologias para proteger
a visão dos consumidores de acordo com suas
necessidades – sempre atendendo também às
tendências de moda.
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AMBIENTE
NATURAL
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Mudanças climáticas
O aquecimento global e as mudanças cli-
máticas causadas por ele continuam sendo
o assunto mais comentado - e mais preocu-
pante quando falamos sobre o meio natural.
Somente no início do ano de 2014 foram re-
gistrados climas extremos por todo o mundo.
Nos Estados Unidos, houveram nevascas e
frio intenso, chegando a 50º negativos em Chi-
cago (temperatura mais baixa dos últimos 40
anos). Também foram registrados incêndios
florestais na Austrália e Inglaterra, e ondas de
calor no Alasca e na China em pleno inverno.
NoBrasil,tivemosdiasdetemperaturasescaldan-
tes e secas, principalmente na região Sudeste.
Em fevereiro, foram registrados os dias mais
quentes na cidade de São Paulo desde 1943.
Já na cidade do Rio de Janeiro, a sensa-
ção térmica atingiu os 50º, elevando extre-
mamente os níveis de radiação ultravioleta.
Segundo pesquisadores, todas essas mu-
danças climáticas estão interligadas e
são causadas pelo aquecimento global
e pela emissão de gases na atmosfera.
No ano de 2013, foi atingido o maior nível de
C02 na camada atmosférica dos ultimos 3 mi-
lhões de anos. O maior emissor continua sendo
a China, seguido pelos países da América La-
tina e do Caribe (totalizando 12,5% das emis-
sões mundiais). Essas regiões são as mais
propensas a serem atingidas pelas mudanças
climáticas.
Escassez de recursos
Aescassez de recursos naturais é um problema
quejáatingediversospaísespelomundointeiro.
Isso deve-se principalmente ao crescimento da
população mundial e ao consumo desenfreado.
Segundo relatório elaborado pela WWF, a
humanidade está usando 20% a mais dos
recursos que a Terra é capaz de repor, ou
seja, está avançando sobre o estoque na-
tural da Terra. Isso compromete não só a
nossa geração, como também as futuras.
De acordo com esse relatório, o plane-
ta tem 11,4 bilhões de hectares produtivos
- ou 1,9 hectares de área produtiva per ca-
pita. Mas a humanidade está usando o equi-
valente a 13,7 bilhões de hectares para pro-
duzir os grãos, peixes e crustáceos, carne
e derivados, água e energia que consome.
Estima-se que em 2075 a população mun-
dial chegue a 9,5 bilhões de pessoas e com
isso determinados recursos podem tornar-
-se escassos, tornando-se objeto de dis-
puta política e de interesses econômicos.
Em parâmetro mundial, a água é o re-
curso mais preocupante. Do volu-
me total, apenas 2,5% é de água doce.
Segundo a FAO, a falta de água atinge mais de
40% em nosso planeta, em diversos continen-
tes. Caso prossigam as tendências atuais, em
2025 aproximadamente 1,8 bilhão de pessoas
viverão em regiões com escassez absoluta de
água.
O Brasil é considerado um país privilegiado
em recursos naturais: temos a maior floresta
do mundo, possuimos nove ecossistemas
compostos por uma fauna e flora diversifica-
das, temos matriz energética limpa e reno-
vável, dentre outras vantagens ambientais
que são alvo de olhares por todo o mundo.
Porém, mesmo com essa vantagem
competitiva, devemos explorar adequa-
damente nossos recursos naturais, vi-
sando o desenvolvimento sustentável.
Nossos recursos já foram mais abundantes.
Temos como maior exemplo a Mata Atlânti-
ca, que já ocupou cerca de 50% do territó-
rio Brasileiro antes de ser devastada. Porém
atualmente, somente 10% desse território
ainda sobrevive. A exploração desenfreada
desses recursos é motivo de preocupação
para estudiosos e ONG’S do mundo todo.
As mudanças climáticas tem trazido diversos
prejuízos para o país como secas mais in-
tensas, prejuízo na agricultura, diminuição do
pescado e reformulação da matriz energética.
Segundo a Agencia Nacional das Águas, as
alterações dos níveis de chuva poderão causar
secas e enchentes mais frequentes e intensas,
podendo também ter impacto sobre os reser-
vatórios de águas subterrâneas.
As taxas de vazão dos rios também sofrerão
variação. No leste da Amazônia e no Nordeste,
as perdas podem chegar a 20%, sendo que na
bacia do Tocantins o valor é de 30%. Já na do
Paraná-Prata, a expectativa é de aumento de
10% a 40%. Estima-se que em 2015, mais de 2
mil cidades terão problemas com abastecimen-
to de água.
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Nas áreas costeiras, o aumento do nível do mar
deve intensificar as inundações e os processos
erosivos. Além disso, o aumento da tempera-
tura e da acidificação dos oceanos deverá ter
impacto negativo sobre os ecossistemas mari-
nhos e sobre a pesca – tendo perda de até 6%.
Custo de energia
Em2013,apresidentaDilmaRousseff determi-
nou corte nas tarifas de energia, o que, para a in-
dústria, representou uma queda média de 20%.
Apesar disso, a tarifa de energia elétrica brasi-
leira continua entre as mais caras do mundo.
Emjaneirode2014,oconsumodeeletricidadeno
Brasil cresceu 4,9% em relação ao mesmo perí-
odo do ano anterior, devido à forte onda de calor.
As residências tiveram um aumento no con-
sumo de 7,9% devido ao uso frequente de
equipamentos de refrigeração. O setor de co-
mércio teve crescimento de 7,6%, a indústria
de 0,9% e no setor rural esse aumento repre-
sentou 10,7% devido ao uso de irrigações.
Devido à escassez de chuva, os reservató-
rios das principais hidrelétricas brasileiras
atingiram os níveis mais baixos desde 2001 –
ano em que houve racionamento de energia.
Com isso, as distribuidoras de energia têm
adquirido energia das termelétricas, que pro-
duzem energia mais cara, e, desse modo, os
gastos registrados são maiores. O governo re-
passou R$ 1,2 bilhão para as concessionárias
de distribuição de energia elétrica, para neu-
tralizar as despesas das empresas. O governo
ambém informou que caso esse investimen-
to não ocorresse, o valor pago pela ener-
gia elétrica poderia aumentar ainda mais.
Quando tratamos de energias renováveis,
pouco se utiliza no Brasil. Segundo a ANE-
EL, 66% da energia gerada no Brasil é hi-
drelétrica, seguida da fóssil (18%), biomassa
(7%), nuclear (2%) e por ultimo eólica (1%).
Porém, segundo o Greenpeace, esse panora-
ma pode mudar – e muito. A estimativa é de
que o Brasil pode crescer até 47% até o ano de
2015 nesse âmbito, pois tem potencial para ter
uma matriz energética com 66,5% de participa-
ção de fontes renováveis.
Matéria prima
Alumínio: Oelemento metálico maisabundan-
te da crosta terrestre. É leve, macio e resisten-
te à corrosão, por isso é aplicado em diversas
áreas. Não é tóxico e tem um baixo custo para
reciclagem, aumentando sua vida útil e a esta-
bilidade de seu valor, porém utiliza uma quanti-
dade muito alta de energia para sua obtenção.
Justamente devido ao preço baixo e ao alto
custo de energia, o Brasil deve terminar 2014
com um saldo negativo na balança comercial
do metal. Há pelo menos 6 anos, quatro fabri-
cantes de alumínio do país fecharam as portas.
A projeção da Associação Brasileira do Alumí-
nio é de um déficit de 130 mil toneladas: resul-
tado de importações de 442 mil toneladas - 2,6
vezes o volume de 2013 - e exportações de
311 mil toneladas, basicamente para o Japão.
Policarbonato: Muito utilizado atualmente
na moderna manufatura industrial e no design.
É semelhante ao vidro, porém altamente resis-
tente ao impacto e a chamas. O policarbonato
já se tornou um material comum no uso do dia-
-a-dia e é reciclável.
Aço Inoxidável: Superior ao aço comum,
por ser resistente á oxidação atmosférica, à
corrosão e a altas temperaturas. O material
tem forte apelo visual, aparência higiênica, bai-
xo custo de manutenção e custo/benefício fa-
vorável. Também pode ser reciclado.
Sustentabilidade
Em decorrência dos diversos assuntos destaca-
dosedosproblemasambientaisqueafetamnos-
so Planeta, a sustentabilidade é um ponto cada
vez mais abordado – e praticado mundialmente.
As empresas estão cada vez mais engaja-
das e grande parte delas possuem ao me-
nos um projeto sustentável, se preocupan-
do com diversas questões como: emissão
de gases, energias renováveis, reciclagem
de materiais, utilização de matéria-prima
que não agrida o ambiente, dentre outras.
Assim como as empresas, os consumidores
estão cada vez mais preocupados com os as-
pectos ambientais, sendo a sustentabilidade
um dos fatores determinantes para decisão de
compra. Segundo uma pesquisa realizada pela
Nielsen, 46% dos brasileiros estão dispostos a
pagar mais por produtos que venham de em-
presas com programas sustentáveis.Além dis-
so, nosso país abriga cinco das empresas mais
sustentáveis do mundo.
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AMBIENTE
DEMOGRÁFICO
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Os aspectos populacionais de uma socieda-
de, incluindo a análise das componentes de-
mográficas, tamanho da população, alterações
no tempo, sua distribuição espacial e a com-
posição segundo diferentes características,
são essenciais em uma análise de indicadores
sociais.
População do Brasil em 2014
O Brasil encontra-se no ranking
dos países mais populosos mundo
perdendo apenas para China que
conta com 1,3 bilhões de habitantes, a Ín-
dia que tem mais de 1,1 bilhões, os Estados
Unidos com mais 314 milhões de habitantes
e a Indonésia que tem aproximadamente 229
milhões de habitantes.
Segundo dados retirados do site do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-
ca), em 2014 a população brasileira chegou
a 203.150,990 pessoas. A data base é 1 de
julho de 2014 e nesta mesma data de refe-
rência, a população do Brasil em 2013 tinha
201.032.714 habitantes. O numero representa
uma taxa de crescimento de 0,86%.Segun-
do a projeção do IBGE para 2015, o país
alcançara 204.450.649 pessoas e, em 2016,
206.081.432. Ainda seguindo os dados do
IBGE, temos os 5 municípios mais populosos
do Brasil, com São Paulo como o primeiro,
com 11, 9 milhões de habitantes. Em seguida
são apresentados o Rio de Janeiro com 6,5
milhões, Salvador com 2,9 milhões, Brasília
com 2,9 milhões e Fortaleza com 2,6 milhões.
Distribuição Regional
Apesar de ser populoso, o Brasil é pouco povo-
ado, pois sua densidade demográfica é de ape-
nas 22,4 habitantes por quilometro quadrado,
logo seu território é habitado de forma desigual.
Segundo as últimas informações do IBGE, os
números aproximados de população brasileira
era dividida da seguinte forma:
• Região Sudeste do país tendo mais de
80.364,410 habitantes.
• A região Nordeste abriga cerca de 53.081.950
habitantes.
• O Sul conta com cerca de 27,3 milhões.
• A região Norte tem apenas 15.864.454 habi-
tantes.
• O Centro-Oeste possui um pouco mais de 14
milhões de habitantes.
Divisão por Sexo
Mulheres 51% Homens 49%
As mulheres também também são a maioria
nas Universidades – somam 57%.
Divisão por Faixa Etária
A distribuição populacional por idade e sexo se-
gue apontando para a tendência de envelheci-
mento da estrutura etária do país. Segundo da-
dos do IBGE, nos últimos 50 anos o percentual
de idosos mais que dobrou no pais. Segundo
a pesquisadora de indicadores sociais Bárbara
Cobo, O Brasil ainda é um país com a maio-
ria da população jovem, ainda temos elevado
percentual de jovens no mercado de trabalho,
mas temos que nos preparar para o envelheci-
mento da população. Ela também afirma que o
envelhecimento da população é uma tendên-
cia e grande parte dos países desenvolvidos já
chegou nessa etapa. Isso é fruto do avanço da
medicina, de melhorias nas condições de sa-
neamento nas cidades, da diminuição da taxa
de fecundidade, dentre outros fatores, por
28
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por exemplo a expectativa de vida,
que atualmente é de 73,4 anos.
Apesar do crescimento absoluto de pes-
soas, a quantidade de crianças dimi-
nuiu. Em 2000, 32,9 milhões de bra-
sileiros tinham menos de 10 anos; em
2010, o número caiu para 28,7 milhões.
Dentre as faixas etárias separadas pelo
IBGE, a mais povoada em 2010 era a que
fica entre os 20 e os 24 anos – 17,2 mi-
lhões (9%) de brasileiros têm essas idades.
Em 2000, a maior concentração era na faixa
etária imediatamente abaixo – 17,9 milhões
(10,6%) tinham entre 15 e 19 anos de idade.
Há 50 anos, as crianças pequenas eram
a parcela mais significativa da população
– 11,1 milhões (15,8%) tinham entre 0 e 4
anos.
A tabela ao lado retrata a pirâmide etária do
Brasil atualmente. Os dados foram atuali-
zados no ano de 2010.
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Renda mensal
Em setembro de 2014, a Pesquisa Nacio-
nal por Amostra de Domicílios (PNAD) di-
vulgou dados que podem afirmar uma
trajetória de queda das desigualdades.
Os novos dados reforçam que a renda do bra-
sileiro tem aumentado com velocidade cres-
cente nos últimos anos. Entre 2011 e 2013, um
brasileiro levaria 12,8 anos para ver sua renda
mensal dobrar de valor. Se levado em conside-
ração o período iniciado em 1993, esse mesmo
cidadão levaria 23,6 anos para ver sua renda
dobrar, apontam os dados revisados pelo IBGE.
O ministro da Secretaria de Assuntos Es-
tratégicos, Marcelo Néri, observou que
apesar de ainda não haver números con-
solidados, 2014 marca a maior que-
da na desigualdade nos últimos 10 anos.
Além disso, é importante apontar o índice que
mostra a queda nas diferenças de renda fami-
liar per capita. Segundo Néri, o índice foi de
0,527 em 2011 para 0,524 em 2012 e 0,522
em 2013. Levando em consideração que quan-
to mais próximo de 1, maior é a desigualdade.
Portanto, a diminuição do índice é um resul-
tado positivo para o país. Podemos ressal-
tar também que o rendimento dos brasileiros
cresceu, em média, 5,5% por ano entre 2011
e 2013, e que a desigualdade também atingiu,
no ano passado, seu menor nível histórico em
outras dimensões, como nos rendimentos do
trabalho e nos rendimentos pessoais de todas
as fontes. Apesar de o percentual de pessoas
que ganham até um salário mínimo ter ficado
em 25,2% da população empregada em 2013,
a desigualdade diminuiu porque a taxa
dos que ganham de 5 a 20 salários míni-
mos passou de 7,6% para 7,3% entre as
duas análises e os que recebem mais de
20 salários mínimos permaneceu em 0,7%.
Já o rendimento mensal do trabalho variou me-
nos que o estimado: 3,8%. Com isso, o valor do
rendimento médio mensal ficou em R$ 1.651.
Desemprego
Pela primeira vez desde 2009, a taxa de de-
semprego no Brasil cresceu - apontam dados
da Pand divulgados pelo IBGE.
O índice, que era de 6,1% do total da popula-
ção ativa em 2012, subiu para 6,5% em 2013.
O levantamento apontou que, em 2013,
de um total de 102,5 milhões de pes-
soas economicamente ativas, 95,9 mi-
lhões de brasileiros estavam ocupados.
Já o número de pessoas classificadas como
desocupadas, mas tomaram providência para
conseguir trabalho, foi estimado em 6,7 mi-
lhões de pessoas. Entre os desocupados,
68,8% já haviam trabalhado em algum mo-
mento da vida, ao passo que 31,2% nunca
participaram do mercado de trabalho.O ín-
dice de negros é maior do que o de bran-
cos entre os desempregados: 60,6% das
pessoas que não tinham emprego em 2012
declararam-se negros ou pardos ao IBGE.
Com relação a gênero, as mulheres são maio-
ria entre os brasileiros desempregados, com
um índice de 56,9%.Apesar do aumento da
taxa de desemprego em números gerais, o nú-
mero de pessoas empregadas também subiu
com um aumento de 0,6% em relação
aos dados de 2012. Quanto aos jovens,
a maior parte trabalha, somando 62%.
Dentre esse número: 90% o fazem em jorna-
da integral. Há também 36% que trabalham e
estudam ao mesmo tempo. Já entre os 38%
que não trabalham, 10% estão procurando o
primeiro emprego.
Perfil do Jovem brasileiro
Segundo dados do Núcleo de Tendências e
Pesquisa do Espaço Experiência da FAME-
COS/PUCRS, dividimos a classe jovem do
país em 54,3% de mulheres e 45,7% de ho-
mens e a faixa etária nos indica que 25,4% dos
jovens são de 25 a 34 anos e 74,6% de 18 a
24. A ocupação varia:
5% de estudantes fazem estágios não remu-
nerados
1,3% não trabalham nem estudam
38,9% apenas estudam
16,1% apenas trabalham em empregos efeti-
vos
18,8% são estudantes e possuem trabalho
efetivo
19,8% são estudantes com estágio remunera-
do
Quanto aos dados que refletem a moradia:
11% moram sozinhos
9,8% moram com o (a) companheiro (a)
66,5% moram com os pais e ou responsáveis
12,7% moram com irmãos, amigos ou repu-
blica.
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A relação financeira tem melhorado em com-
paração aos últimos anos.
A avaliação dos jovens segue os seguintes
parâmetros:
Péssimo é de apenas 1,9%
Ruim 7,7%
Mediano 38%
Bom 47,7%
Ótimo 9,8%
Referente aos hábitos de consumo:
88,5% tem como prioridade o gasto com ali-
mentação
64,8% utlizam boa parte do orçamento com
transporte
47,2% priorizam o gasto com educação
46,8% preferem lazer/diversão
45,8% consomem roupas, calçados e asses-
sórios,
40% utilizam gastos com serviços
29% com farmácia
28,1% com cultura,
20% materiais de construção para casa
O que os jovens levam em conta na hora de
comprar?
A utilidade tem a maior porcentagem com
95,2% e a durabilidade com 94,4%, custo-be-
nefício em terceiro, com 93,5%.
Jovens e a Internet
Em março de 2012, foi divulgada uma pesqui-
sa feita com mais de três mil jovens entre 18 e
30 anos para a boo-box e Hello Research.
O objetivo da pesquisa foi traçar um perfil da
geração Y quanto ao seu comportamento na
internet, seu consumo e sua relação com as
marcas, dentro e fora da internet. Um dos gran-
des diferenciais da pesquisa, realizada por
meio da metodologia On-Target Hello Resear-
ch, é que ela foi feita exclusivamente por meio
da internet e tem representatividade nacional.
Com relação ao uso da internet, a pesquisa
apontou que a geração y brasileira passa em
média 31 horas por semana conectada.
Com relação a conexão, o acesso é feito em
casa por 74% das classes A, B e C.
Já as lan houses, aparecem como principal lo-
cal de acesso à internet para 3% dos jovens
das classes D e E.
O Facebook já é a rede social mais utiliza-
da pelos jovens e adultos (89%) e lidera em
todas as regiões, sexos e faixas etárias.
Na classe A, o Twitter também se destaca,
sendo utilizado por 76% dos jovens com mais
alto poder aquisitivo.
A internet também é a fonte de informa-
ção mais utilizada por este público, 53%
dos entrevistados afirmaram que se infor-
mam por meio de blogs e sites de noticias.
Grande parte dos jovens buscam saber sobre
lançamentos de produtos através da Internet,
sendo 92%.
Porém 48% delem também acham importante
conversar com amigos e familiares para decidir
uma compra.
Na internet, 65% dos usuários consideram im-
portante interagir com suas marcas favoritas e
16% usam as mídias sociais para acompanhar,
curtir ou reclamar.
Ainda falando sobre a internet, os pro-
dutos mais comprados são os livros com
50,5% e roupas com 27,2%.
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AMBIENTE
SOCIOCULTURAL
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O mundo da moda
A princípio não se falava em moda, já que rou-
pas e acessórios eram apenas instrumentos de
proteção do corpo e representação da cultura
local. O conceito de moda como conhecemos
hoje, englobando estilo e elegância, começou
a surgir no renascimento, junto com as profis-
sões de alfaiate, costureira e modelista.
Até a década de 70, a moda no Brasil se res-
tringia a copiar coleções que faziam sucesso
no exterior. A partir de então, as empresas fo-
ram, aos poucos, percebendo que moda é di-
nheiro e investir significa aumentar lucros. No
final dos anos 80, as empresas tomaram cons-
ciência do potencial de crescimento da moda
no país e da necessidade de profissionais bem
preparados.
A moda no Brasil começou a deslanchar na
década de 90, com a abertura econômica pro-
movida pelo governo Collor. Àquela época,
uma série de medidas foram tomadas para es-
timular a entrada de produtos e capitais estran-
geiros, promovendo a ampliação do mercado
da moda no país.
Os acessórios assumiram uma dimensão im-
portante no mercado da moda. Com eles, é
possível dar um toque pessoal, criar um esti-
lo. E moda e estilo são duas coisas diferentes.
De acordo com Glória Kalil, crítica de moda,
“moda é uma oferta permanente da indústria”.
Ela completa: “A atitude correta diante das
ofertas da moda é escolher o que vai bem para
o seu estilo pessoal e recusar tudo o que está
na moda e não combina com você. Isso é es-
tilo fica, e a moda passa.”
É possível perceber que o consumidor de
acessórios de moda, como relógios e óculos,
preferem “imprimir” o seu estilo ao optarem
por determinados modelos. Eles compram não
apenas para satisfazer suas necessidades bá-
sicas, como também para suprir os seus dese-
jos.
Existem grupos de pensadores, filósofos, ar-
tistas e estilistas que, baseados nos cenários
político, econômico, cultural e social atuais,
conseguem ter uma visão antecipada do que
será a moda daqui a dois, três anos. Estes pro-
fissionais estão organizados em bureaux de
estilo ou escritórios de moda espalhados pelas
principais cidades do mundo: Paris, Nova York,
Tóquio e Milão.
Os bureaux são responsáveis por pesquisar
as tendências comportamentais dos consumi-
dores em diversos países, captar dados sobre
matérias-primas naturais, sintéticas e animais
disponíveis na indústria e transformar tudo isso
em informações que “antecipam o futuro” para
os produtores de moda. Além da consultoria
dada à indústria e aos criadores de moda, os
escritórios também produzem os chamados
cadernos de tendências, verdadeiros guias
ilustrados que antecipam em até 18 meses as
informações sobre tecidos, cores e formas das
próximas estações.
O fator sócio-cultural mais importante no mun-
do da moda é a tendência de uma sociedade
capitalista, excessivamente individualista e
consumista, que tem o consumo como sinôni-
mo de bem-estar.
A necessidade, status ou modismo são algum
dos motivos que levam milhares de pessoas
às compras. Neste contexto, encontramos em
grande parte da sociedade um desejo insaciá-
vel de obter coisas, como se a grande felicidade
estivesse em possuir muitos bens. Muitas ve-
zes a pessoa justifica uma compra como uma
auto gratificação, como um simples reforço
da auto-estima e do investimento construtivo.
A capacidade aquisitiva vai gradualmente se
transformando em medida para valorizar os in-
divíduos e servir como fonte de prestígio so-
cial. A ânsia de adquirir e acumular bens deixa
de ser um meio para a realização da vida, tor-
nando-se um fim em si mesmo, o símbolo da
felicidade capitalista.
Influência de Celebridades
No ambiente cultural, é perceptível o poder da
comunicação em influenciar a moda. Novelas,
reality shows ou qualquer outro entretenimento
onde celebridades se destacam é refletido no
público em geral. Essas pessoas – formadoras
deopinião–acabamsendocomoummodelo,ou
seja, ditam tendências e lançam novos estilos.
Uma pesquisa realizada pelo Portal Opticanet
em 2013 revelou que 80% do público repara
nos óculos de famosos e que isso influencia na
escolha dos modelos.
Além da receita de juventude e sensualida-
de, as celebridades adicionam um ingrediente
igualmente irresistível: marcas. Ainda que mui-
tas vezes cheguem até a assinar coleções para
lojas mais populares, as celebridades possuem
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preferência por marcas de luxo, e esse é um
desejo praticamente geral. Hoje, as mulheres
não querem estar nas revistas de moda, mas
sim nas listas de mulheres mais sexys do mun-
do, pois absolutamente tudo tem a ver com o
ego, a autoestima e o status. Empresas tradi-
cionais não ignoram o fenômeno, mas não se
rendem totalmente ao novo conceito. Sendo
assim, pode-se concluir que há a possibilidade
de ser uma vantagem patrocinar e vincular a
marca a famosos e artistas de grande exposi-
ção na mídia para que eles usem seus produ-
tos e divulguem de forma indireta a marca para
o consumidor final.
Influência nas Redes Sociais
Hoje, as redes sociais estão ao alcance de
todos as pessoas, a todo o momento, e por
isso é importante ficar antenado e entender
como as influências giram na rede e formam
opiniões e tendências da noite para o dia.
O Brasil lidera o ranking de usuários na Amé-
rica Latina, 76 milhões de usuários ativos men-
sais, sendo que 57,9% deles se conectam tan-
to por computadores quanto por dispositivos
móveis, seguido por México e Argentina, que
possuem 47 e 22 milhões de usuários respec-
tivamente. Em todo o mundo, a rede social
de Mark Zuckerberg tem mais de 1,15 bilhão
de adeptos. Em entrevista à Reuters, o vice-
-presidente do Facebook - Alexandre Hohagen
afirmou que “os números têm uma força muito
grande em termos de marketing”. Segundo ele,
“é preciso conscientizar as empresas de que as
marcasrepresentamumaoportunidadeincrível”.
Com modelos mais acessíveis, os smartpho-
nes mais que dobraram sua participação entre
a população de classe C no Brasil em 2013.
De acordo com a empresa de pesquisa Kantar
Worldpanel, o uso desses aparelhos passou de
um patamar de 8% dessa população em 2012
para 17% no ano passado. Os dados foram le-
vantados por meio de uma pesquisa com 24
mil consumidores.
Além da classe C, o uso dos smartphones
também teve um avanço significativo na classe
D/E. De acordo com a Kantar, o número pas-
sou de 5% da população em 2012 para 12%
em 2013. Na classe A, o uso chegou a 26%
em 2013. Com os smartphones ao alcance de
novas classes, a popularidade de auto-modas
tem crescido e se espalhado mais facilmente.
Atualmente temos o “selfie” (auto-fotografias)
como a cartada da vez, pois mesmo empresas
e famosos usam o ato para se promover.
Sobre o movimento de se auto-fotografar - o
selfie, é febre nas redes sociais. Porém,ao con-
trario que alguns possam pensar, isso não vem
de hoje. O hábito que ficou conhecido como
selfie é uma redução da expressão em inglês
“self-portrait” e foi escolhida como a palavra do
ano pelo dicionário britânico Oxford. A defini-
ção aconteceu após um programa de pesqui-
sas analisar cerca de 150 milhões de palavras
em inglês e contabilizar um aumento de 17
mil% nos últimos 12 meses no uso do termo. O
sucesso é tanto que o movimento tem ser vido
de inspiração para o aparecimento de outras
palavras com a mesma proposta, como auto
retratos de penteados (helfie), exercício (drel-
fie) e a autopromoção literária (bookshelfie).
Com um celular na mão e a popularização
das redes sociais, não é difícil flagrar pelo fa-
cebook, instagram ou twitter as já comuns fo-
tos no banheiro, fazendo os famosos “biqui-
nho” ou até mesmo registros íntimos. Quando
se arriscam como paparazzis de si mesmos,
publicando fotos de suas vidas pessoais,
muitos acabam cometendo alguns abusos.
Na avaliação do psicólogo Adriano Pereira Jar-
dim, doutor em Psicologia do Desenvolvimen-
to e da Personalidade, o movimento demons-
tra um certo exagero por parte dos usuários,
que, na avaliação do especialista, ainda estão
aprendendo a entender o que deve e o que
não deve ser publicado.“Isso é mais um sinto-
ma dessa novidade que são as redes sociais
e o impacto da internet na comunicação. E até
mesmo na maneira como nos relacionamos.
Tudo está mudando. E o que é novo causa
uma falta de reconhecimento claro sobre como
deve ser. Há essa dúvida sobre como agir na
internet, e isso traz exageros”, alerta.
Tendências de moda
Atualmente temos em alta a tendência de
relançar modelos clássicos de outras dé-
cadas. O verão/outono brasileiro de 2014
promete relembrar grandes clássicos.
As tendências em sua grande maioria são im-
pactantes e baseadas em algo que já vivemos.
Os principais modelos 2014 são os óculos de
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lentes redondas, famosos nos anos 60 e 70,
chamado de “statement”. Os óculos redon-
dos são ícones de elegância máxima, garan-
tindo grande personalidade e estilo. Eles são
o hit entre os fashionistas. Desenvolvidos na
década de 20, os óculos feitos para pilotos da
Aeronáutica - o modelo Aviador - é o maior de
hit de muitas das principais grifs e sempre per-
manece na cena fashion. Os óculos aviadores
vieram para virar um acessório de moda com-
plementar, trazendo um ar jovial e gracioso
Um modelo muito popular nos anos 50, os
óculos de gatinho são a pedida para a ten-
dência 2014. Ideais para deixar o visual mais
delicado e o rosto com ar doce e sensual.
O mais recente, mas não menos clássico, mo-
delo D Frame também está apontando para
chegar forte em 2014, focando no público mas-
culino. O modelo deixa o estilo mais contem-
porâneo. A novidade fica por conta dos forma-
tos que estão se mostrando mais quadrados/
retangulares e por muitas vezes mais conven-
cionais.
Além disso, as estampas chamadas de “etnia
geométrica” prometem fazer sucesso,  apre-
sentando um mix de texturas e referências que
lembram pinturas, esculturas e outras expres-
sões de arte. Ainda de acordo com as tendên-
cias do ano, o inverno virá também com muitas
peças de tonalidades escuras, sendo muita
mistura do preto e branco, o animal print e o
xadrez com o floral como as grandes apostas
da estação. Entre as novidades, os tecidos
em couro voltam com tudo e serão explorados
em calças justas e jaquetas sofisticadas. “Clás-
sico e democrático, o couro chega às vitrines
rico em detalhes vazados e costuras aparen-
tes”, disse o consultor de tendências Reginaldo
Fonseca.
Referente à oftalmologia
Em 2013, o IBOPE realizou uma pesquisa com
mais de duas mil pessoas em todas as regiões
do país. O estudo revela um dado preocupan-
te: cerca de 50 milhões de brasileiros acima de
16 anos de idade nunca foram ao oftalmologis-
ta e, dos que já foram ao especialista, cerca
de 16 milhões só o procuraram uma única vez.
Esses números despertam um alerta para o
risco de problemas relacionados à visão. A uti-
lização de produtos piratas também retarda o
diagnóstico dessas doenças. Por isso, profis-
sionais da área indicam que exames sejam fei-
tos ao menos uma vez ao ano.
Ainda sobre os problemas de visão, uma
pesquisa realizada pelo instituto inglês You-
Gov, revela que cerca de um quarto dos bra-
sileiros (24%) sente dificuldade visual ao
ler um livro, por exemplo. Menos da meta-
de dos entrevistados (46%) avaliou sua vi-
são como satisfatória e 27% sinalizaram
que sua visão está fraca ou muito fraca.
Os números chamam a atenção também quan-
do se trata da visão para dirigir.
Dos brasileiros ouvidos, 24% confirmam sentir
dificuldades quando estão dirigindo. O índice
aumenta para 26% quando dirigem à noite.
Utilização de óculos e lentes
No Brasil, 67% dos homens e 59% das mulhe-
res usam óculos de grau. No caso dos óculos
de sol, o percentual das mulheres cresce para
65%. Já 15% dos homens e 10% das mulheres
usam lentes de contato, preferidas por quem
costuma fazer alguma atividade física. O es-
tudo mostra algumas curiosidades. A classe A
lidera o consumo de óculos de sol, com 84%.
Em seguida, aparecem a classe B e C, com
69% e 58%, respectivamente. E, segundo o le-
vantamento, os consumidores têm em média,
três óculos de sol, que se acumulam e não são
substituídos, como acontecem com os óculos
de grau.
Além de proteger os olhos contra os raios so-
lares, os óculos escuros são ótimos acessórios
para compor um look diferente. Como qualquer
outra peça de moda, eles também seguem ten-
dências e possuem seus clássicos.
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AMBIENTE
POLÍTICO-LEGAL
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O consumo de óculos cresce 5% ao ano se-
gunda pesquisa feita pela ANVISA. No entan-
to, o consumidor precisa ficar atento a algumas
regulamentações do governo, referente as
empresas que fornecem o acessório. Os ócu-
los vão além da estética e também significam
saúde. Segundo a ANVISA, desde o dia 18 de
março 2010 está proibida a venda de óculos
em redes de drogarias e farmácias. Esta regra
está sendo aplicado com rigor em São Paulo.
Segundo o oftalmologista do Instituto Penido
Burnier - Leôncio Queiroz Neto, hoje o uso
de óculos sem prescrição médica é a maior
causa do agravamento da presbiopia ou vista
cansada. A partir de 35 anos, o cristalino, lente
natural dos olhos, começa a perder a flexibili-
dade e com isso a capacidade de focalizar as
imagens de perto diminui, com isso as pesso-
as começam a forçar a visão e assim chegan-
do ao diagnóstico da vista cansada. Segundo
a pesquisa feita pela ANVISA em 2010, 6 em
cada 10 brasileiros tem este tipo de proble-
mas nas vistas, e esse número vem crescendo
cada vez mais com o aumento da expectativa
de vida da população . Mais da metade dos pa-
cientes chegam ao consultório usando óculos
de farmácia. Já foram constatados casos de
pacientes com menos de 60 anos e 3 graus de
presbiopia, quando o normal é atingir este grau
somente aos 70 anos.
As pessoas compram os óculos de farmácia
por dois motivos: primeiramente pela rapidez
em utilizar os óculos sem procedimentos médi-
cos e em segundo lugar os valores: um óculos
realizado em alguma ótica tem o valor médio
entre 150 até 1.000 reais, dependendo do mo-
delo da armação que for escolhido. Enquanto
isso, um óculos vendido em farmácia custa de
30 a 90 reais, sendo uma fator no momento de
compra.
Os brasileiros não estão preparados para o en-
velhecimento da população. Por isso resistem
ao uso de óculos de leitura. A prova disso é que
60% preferiam estar bem longe dos óculos. Se-
gundo Queiroz Neto, médico especialista nesta
docência, a vista cansada associada à miopia,
hipermetropia ou astigmatismo pode também
ser corrigida por lentes de contato multifocais,
que oferecem melhor acuidade e campo visual
que os óculos. O problema é que a adaptação
se torna mais difícil com o envelhecimento por
causa da redução lacrimal, comenta. Os bra-
sileiros querem parecer mais jovens devido
ao crescimento da população e a redução de
tempo de trabalho. Até o ano de 1980, quem ti-
nha 50 anos já poderia se aposentar por idade.
Hoje estes números mudaram – a aposenta-
doria se dá por direito aos 70 anos. Isso muda
a perspectiva de vida dos brasileitos, pois os
mesmos vivem mais e envelhecem mais tarde.
 A boa notícia é que a cirurgia para correção
da presbiopia acaba de dar um salto de quali-
dade. O especialista que faz parte de um sele-
to grupo de médicos credenciados a utilizar o
laser de femtosegundo, diz que hoje a cirurgia
é mais rápida e segura. Isso porque há todo
um procedimento em que o centro da córnea
é moldado para enxergar de perto e a perife-
ria para enxergar de longe. A cirurgia é feita a
laser, garantindo maior precisão. As restrições
de vendas para óculos crescem devido ao
elevado número de pirataria encontrado não
só em vendedores ambulantes, mas também
em lojas com grandes nomes no mercado.mA
Comissão de Desenvolvimento Econômico,
Indústria e Comércio da Câmara, restringiu
a comercialização e distribuição de produtos
ópticos, como lentes e óculos. No entanto, es-
ses produtos continuam a ser comercializados
em lojas não autorizadas. A proposta estabe-
lece que as armações para óculos, os óculos
de proteção solar e os óculos de segurança
utilizados no trabalho só poderão ser comer-
cializados em estabelecimentos credenciados
para essa atividade pela Vigilância Sanitária.
A proposta também restringiria a venda de
lentes de contato. Em março de 2013, uma
resolução do Conselho Federal de Medicina
proibiu a venda de lentes de contato em óticas
e outros estabelecimentos não especializados.
A proposta transformaria essa norma em lei.
Quem desrespeitar as normas fica sujeito à
apreensão de mercadorias e multa de R$ 682
a R$ 5.967. A fiscalização e a comercialização
de produtos ópticos deverão seguir a legisla-
ção federal e a regulamentação da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). .
Já está em análise no Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)
um programa de certificação de óculos . A
expectativa é que, a partir do ano que vem, já
exista um selo capaz de certificar a qualidade
dos óculos produzidos no país.
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AMBIENTE
COMPETITIVO
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Nos últimos quatro anos, o Brasil foi o país
que mais perdeu posições no ranking mundial
de competitividade. De 2010 para 2014, o país
caiu do 38° lugar para o 54° entre as 60 eco-
nomias analisadas pelo International Institute
for Management Development (IMD) e pela
Fundação Dom Cabral. O estudo avaliou as
condições oferecidas pelos países para que as
empresas que atuam nele tenham sucesso na-
cional e internacionalmente, promovendo cres-
cimento e melhorias nas condições de vida da
sua população. Um país competitivo tem bom
desempenho econômico, boa infraestrutura e
governos e empresas eficientes.
Depois do Brasil, entre os que caíram mais po-
sições no ranking, nos últimos quatro anos, es-
tão Índia, Austrália e Grécia. “De 2010 à 2013,
o Brasil vinha perdendo posições relativas,
porque a competitividade de outros países es-
tava aumentando. Agora em 2014 aconteceu
algo diferente, a perda foi absoluta. O Brasil
perdeu para ele mesmo. A competitividade, de
fato, diminuiu.”, disse Carlos Arruda, professor
da Dom Cabral e responsável pela coleta e
análise dos dados do estudo.
Na passagem de 2013 para 2014, o Brasil per-
deu três posições no ranking, passando da 51ª
para a 54ª, ficando à frente da Eslovênia, Bul-
gária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela.
Os primeiros lugares foram ocupados por Esta-
dos Unidos, Suiça e Cingapura.
“O que levou o Brasil a cair tantas posições
nesses últimos anos foi, principalmente, a não
implementação dos investimentos em infraes-
trutura e a questão energética. Em 2013, o
Brasil não teve um bom comportamento nes-
se setor e está entre os países com as tarifas
mais caras do mundo. Aliado a isso está a dis-
ponibilidade energética, que antes não entrava
na agenda de preocupação dos empresários”,
afirmou Arruda.
Além de dados estatísticos, a pesquisa do In-
ternational Institute for Management Develop-
ment e da Fundação Dom Cabral considera as
opiniões de executivos sobre a economia bra-
sileira. E esse foi um dos itens que mais contri-
buíram para o resultado negativo deste ano, de
acordo com o professor.
A percepção da comunidade empresarial está
negativa e isso foi importante para a queda de
posições. Este ano está crítico nesse sentido.
Carlos Arruda também atribui parte do desem-
penho negativo no ranking à baixa participação
do Brasil no comércio Internacional, já que tan-
to o setor privado quanto o governo estão foca-
dos no consumo interno.
O resultado é fruto do declínio das exporta-
ções para mercados tradicionais como Argen-
tina, União Europeia e Estados Unidos, e do
aumento das importações de produtos indus-
triais provenientes principalmente da China e
de outros países asiáticos.
Na avaliação dos executivos ouvidos na pes-
quisa, de uma lista de 15 indicadores, os execu-
tivos escolheram itens que consideram os mais
atrativos da economia brasileira: “dinamismo
da economia” e “atitudes abertas e positivas”.
Por outro lado, a “competência do governo” e
a “regulação tributária” são os apontados como
os menos atrativos.
No ranking geral deste ano de 2014, o Brasil
ocupa posições de destaque quanto ao tama-
nho da economia doméstica (7ª posição no in-
dicador Consumo das Famílias), à atração de
investimentos diretos (7ª posição) e ao empre-
go (6ª posição). “No entanto, conforme ponde-
ra a pesquisa, esses dados já não sustentam o
crescimento do sétimo maior PIB do mundo”.
“É importante ressaltar que o país ainda man-
tém um percentual significativo do PIB investi-
do em educação e saúde, o que é um resultado
positivo, pois mostra que há interesse e atitu-
des voltadas para a melhoria destes dois fato-
res. Porém, diante dos resultados negativos do
país nestes pilares, é preciso refletir se esses
gastos estão realmente sendo feitos da for-
ma eficiente e em que medida as ações estão
corretamente direcionadas”, afirmou Arruda.
O Produto Interno Bruto (PIB) corresponde à
soma dos bens e serviços que um país produz
e serve para medir a sua atividade econômica
e o nível de riqueza.
A pesquisa é feita a partir da análise de dados
estatísticos nacionais e internacionais de 2013
a 2014 e de uma pesquisa de opinião com 4 mil
executivos realizada entre janeiro e abril deste
ano. No Brasil, a pesquisa e a coleta de dados
são coordenadas e conduzidas pela Fundação
Dom Cabral. O índice que permite aos pesqui-
sadores definir posições no ranking é criado a
partir da análise comparativa de cada uma das
mais 300 variáveis pesquisadas e à distância
em relação ao país mais competitivo do rela-
tório.
Falando sobre o setor ótico, podemos dizer
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que no geral as óticas são estabelecimentos
comerciais com autorização sanitária para
adaptação, comercialização e dispensação de
armações, lentes oftálmicas, óculos de prote-
ção solar, lentes de contato e acessórios ópti-
cos.
Quanto as tendências e oportunidades, po-
demos dizer que o mercado da comercializa-
ção de óculos está crescendo no Brasil. Jus-
tamente por esse motivo, as óticas estão se
aperfeiçoando cada vez mais para atender as
necessidades e desejos dos consumidores
que buscam não apenas um produto com qua-
lidade, mais um bom atendimento, ambientes
agradáveis, ótimos preços, condições de paga-
mentos e variedade de produtos. O segmen-
to movimenta atualmente no país 19,5 bilhões
por ano.
O Brasil está entre os dez países mais impor-
tantes com ofertas para o mercado de luxo na
área de óticas Premium, que representa uma
das mais relevantes oportunidades em poten-
cial evolução, comparável à Europa. Atual-
mente, as coleções de óculos são cíclicas e se
associam diretamente com a marca, aliando o
apelo mais fashion às tendências da moda.
Em relação aos clientes, podemos dizer que
o público consumidor que vai até às óticas é
heterogêneo. Quando se refere a óculos cor-
retivos, existe certa predominância de clientes
que já estejam acima dos 40 anos, pois esse é
o período da vida quando a necessidade dos
chamados “óculos de leitura” começa a aumen-
tar. O público jovem é bastante demandante de
óculos de sol, que estejam preferencialmente
na moda e sigam as tendências mercadológi-
cas. Os clientes tendem a adquirir vários ócu-
los, de várias cores e de vários formatos.
Podemos dizer que sobre os produtos e servi-
ços demandados, devem ter boa qualidade e
ser duradouros, além de estarem adequados
às últimas tendências da moda e valorizar a
beleza do cliente. Há uma tendência de com-
binar arte e tecnologia para oferecer o melhor
produto, que tenha atributos e características
excepcionais e agrade ao consumidor. Atual-
mente, os óculos, muito mais do que um arti-
fício corretor de uma deficiência visual, se tor-
naram parte da estética da moda e os clientes
exigem das óticas o atendimento das expecta-
tivas mercadológicas.
Quanto à concorrência nesse setor, podemos
dizer que é de igual para igual, os principais
empreendimentos que concorrem com as óti-
cas são outras óticas. Não existe uma variação
muito grande dos produtos vendidos, já que os
estabelecimentos vendem, basicamente, pro-
dutos clássicos ou os aliados às tendências. O
atendimento personalizado ao cliente faz toda
a diferença, pois o consumidor vai escolher
qual ótica prefere frequentar.
Pirataria
Além da concorrência entre as óticas, é de ex-
trema importância ressaltar que um dos gran-
des entraves do setor são os produtos ilegais,
normalmente exportados, que são vendidos
por um preço reduzido ao cliente. Esses pro-
dutos sem procedência costumam ter custo
baixíssimo e qualidade duvidosa.
Para o mercado de óculos, o principal pro-
blema ainda é a pirataria . Um levantamento
mostrou que quase metade dos óculos ven-
didos no Brasil é pirata. Estima-se que entre
2006 e 2012, cerca de 70 milhões de unidades
de óculos falsificados foram apreendidos no
Brasil, de acordo com levantamento feito pelo
Instituto Meirelles de Proteção à Propriedade
Intelectual (Imeppi), com base em informações
da Receita Federal.
Em 2012, a venda de óculos falsos representou
41% do total de vendas de óculos no país, de
acordo com levantamento do Fórum Nacional
contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP); sendo
que em 2010, essa parcela tinha sido de 36%.
Esses produtos piratas representam um gran-
de risco para a saúde ocular, tanto por atra-
sar o diagnóstico de doenças importantes
quanto por trazer prejuízos diretos aos olhos.
Mesmo consciente de vários prejuízos que
esse hábito pode causar, muitos ainda optam
por comprá-lo principalmente pelo fato de que
o preço é muito inferior a um produto certifica-
do com qualidade. “Se existe oferta é porque
tem demanda e o consumidor não cuida da sua
parte”, afirma Bento Alcoforado, presidente da
Abiótica.
Os óculos de sol encontrados nos lugared onde
aconteceram as apreensões foram lacrados e
analisados num laboratório da Universidade de
São Paulo. Todas as lentes foram reprovadas.
O que os olhos deveriam ver de forma nítida,
fica distorcido e embaçado. Além disso, as len-
tes falsificadas não têm proteção adequada.
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“Essas pessoas terão uma incidência maior de
catarata. Aqueles que vão apresentar catarata
aos 80, 90 anos poderão apresentar catara-
ta aos 50, 60 anos. Então o preço que se vai
pagar é mais para a frente”, alerta Milton Ruiz
Alves, presidente do Conselho Brasileiro de
Oftalmologia.
O Brasil é um país tropical, onde temos sol
forte e altas temperaturas quase o ano inteiro.
Para aliviar tanto calor e como forma de lazer,
grande parte dos brasileiros costumam ir às
praias. Sempre lotadas, elas se tornam points
de pessoas descoladas e de estilos variados.
É exatamente nesse ponto que a pirataria aca-
ba disparando na frente: os vendederes ambu-
lantes estão exatamente onde o público está,
sendo assim, a venda de óculos falsificados
em praias e calçadões são extremamente ele-
vadas. Diante desses dados devemos salientar
as saúdes dos olhos, afinal, temos de um lado
as óticas recomendadas, que constituem um
mercado responsável, aptas para tratar e indi-
car as melhores lentes e armações para cada
tipo de problema e de proteção, fiscalizado e
regularizado pelos órgãos competentes. E,
do outro lado, temos vendedores ambulantes,
quiosques improvisados e óticas de procedên-
cia duvidosa, sem qualquer tipo de fiscaliza-
ção, que, em outras palavras, constituem um
mercado obscuro, com profissionais desorde-
nados, sem comprometimento no aspecto da
saúde e cometendo vários crimes de falsifica-
ção de marcas e patentes, ou seja, visando
unicamente os resultados financeiros, pouco
importando os danos causados aos “clientes”.
Você pode se perguntar como típicas lojas de
óculos independentes se comparam com as
maiores cadeias de lojas de óculos corpora-
tivos. A compreensão de seus pontos fortes
e fracos ajuda a vender para os clientes no
caminho certo. Em geral, lojas de grandes
cadeias têm algumas vantagens de custo e
de marca, mas lojas independentes, muitas
vezes melhor pontuação em um serviço per-
sonalizado e útil.
Uma área em que as lojas de óculos corpo-
rativos muitas vezes mantêm a vantagem é o
custo. Porque as grandes cadeias têm maior
poder de barganha com fornecedores, nor-
malmente podendo oferecer os produtos com
menor custo. Este não é sempre o caso, mas
muitas cadeias corporativas enfatizam os pre-
ços baixos em suas mensagens de marketing.
Lojas independentes são fortes no serviço
e na personalização, mas as cadeias nor-
malmente oferecem um nível consistente de
serviços de nomeação e qualidade do produ-
to. Você geralmente sabe o que pode espe-
rar se for visitar uma cadeia corporativa em
vários locais. Lojas de cadeias também têm a
capacidade de oferecer descontos de vários
produtos, substituição de produtos danificados
e outros benefícios de produtos. Essas lojas
têm mais dificuldade em cobrir todas as suas
necessidades de recursos humanos, como re-
cepcionistas e assistentes capazes. Enquanto
as lojas independentes podem enfatizar fun-
cionários fortes e com experiência mais per-
sonalizada para os clientes locais, deixando
claro a qualidade do serviço e a experiência
em diferenciar-se das demais lojas de cadeia
padronizada.
Cadeias independentes pontuaram mais em
qualidade de óculos acabados na pesquisa da
Consumer Reports. Por causa de sua ênfase
sobre custos, cadeias de lojas tendem a levar
quadros padrão e tentar obter óculos a preços
acessíveis para o custo-consciente clientes.
Franquias
Podemos falar agora sobre as franquias,
que são encaradas pela empresa como
estratégia de expansão de seus negócios,
ampliando o seu acesso ao mercado e
consumidores, e tornando esse canal de
vendas efetivo para todos os envolvidos
no sistema de distribuição de seus produ-
tos e serviços.
Portanto a operação de Franchising deve
estar bem estruturada, implantada e gerida
de forma adequada e assim, as principais
vantagens para o Franqueador serão as
seguintes:
Expansão mais rápida – a rapidez do sis-
tema de franquias é um dos principais dife-
renciais desse formato de negócios, tendo
em vista que o investimento maior será
feito pelos franqueados individualmente,
portanto a necessidade de capital da em-
presa é bem menor. Dessa forma, espaços
podem ser ocupados mais rapidamente,
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TCC Publicidade e Propaganda - Chilli Beans

  • 4. Ananda Trigo RGM:23042-1 Idenilson Oliveira RGM:22488-0 Mariana Alencar RGM:23041-3 Pâmella dos Santos RGM:22352-2 Sabrina Oliveira RGM:23248-3 Thiago Barbosa RGM:23548-2 Book.indd 4 27/10/2014 03:09:14
  • 5. ORIENTADORES: Professor Vagner Novaes Tranche Professor Leandro Bernardes Professora Kátia Pellicci Cembrone Professor Ricardo Brandão Travagin PROJETO EXPERIMENTAL CHILLI BEANS Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca como exigência para obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social - Publicidade e propaganda. Book.indd 5 27/10/2014 03:09:14
  • 9. Dose UM POUCO SOBRE NÓS O nome Dose vem do grego (dósis, -eos), é um substantivo feminino e tem como significados: 1. Quantidade determinada de cada ingrediente de uma preparação. 2. Porção de medicamento que se deve tomar de cada vez. 3. Quantidade e porção. Conjugação da palavra: (dose + -ar) - Verbo transitivo 1. Proceder à dosagem de. 2. Combinar nas devidas proporções. Sinônimo Geral: DOSEAR, DOSIFICAR. Observamos uma avalanche de ações na mídia que buscam afirmar suas ideias e pecam no exagero de informações ou ilustrações. Nós, ao contrário, queremos ser o ponto exato do sucesso! A medida certa da mistura de criatividade, informações e interação. Isso não quer dizer que buscamos sempre a estabilidade por um caminho mais fácil e sim que pesquisamos e buscamos entender o que de fato é melhor para cada situação. Buscamos sempre atender a expectativa de nossos clientes e de seus públicos, e também impressionar não pela quantidade de informações, mas sim por sua precisão. Sem exageros, sem falhas. Nós somos a Dose, a medida certa para o sucesso da sua empresa! 1 Book.indd 9 27/10/2014 03:09:16
  • 10. ANANDA TRIGO Pesquisa IDENILSON OLIVEIRA Marketing MARIANA ALENCAR Mídia e Criação 2 Book.indd 10 27/10/2014 03:09:18
  • 11. PÂMELLA DOS SANTOS Criação SABRINA OLIVEIRA Marketing THIAGO BARBOSA Atendimento 3 Book.indd 11 27/10/2014 03:09:27
  • 13. Como tudo começou A história dessa grande marca começa em 1998, quando Caito Maia, músico por forma- ção e empreendedor por natureza, decidiu abrir um pequeno estande no Mercado Mundo Mix¹ para vender óculos de sol chineses com design ligados a tendência fashion da época. Então, após algumas incursões pelo mundo da mú- sica, acabou deixando a habilidade comercial aflorar para transformar seu pequeno estande de óculos na maior marca de óculos escuros da América Latina, com lojas distribuídas pelo Brasil, Estados Unidos, Portugal, Angola, Peru, Kuait e Colômbia. Rapidamente o que era um pequeno stand, na verdade uma tábua de madeira sobre 2 ca- valetes – começou a chamar cada vez mais atenção dos frequentadores do mercado pela oferta de produtos modernos e de qualidade, com preços bem acessíveis. Tão logo, em 1999, o jovem Caito dividia seu primeiro ponto de venda com uma loja de roupas na Galeria Ouro Fino, localizada na Rua Augusta, região descolada e moderna de São Paulo. A galeria era muito conhecida por ser ponto de venda de grifes alternativas. Com as novas tendên- cias do mercado de óculos, em pouco tempo as vendas foram impulsionadas, atraindo cada vez mais consumidores para a loja de Caito. Com isso, em abril de 2000, foi inaugurado o primeiro quiosque da Marca no Shopping Villa Lobos e decorrente do grande sucesso, logo a marca começou a expandir seus pontos de venda por meio do franchising. Em meados de 2001, estimava-se que a Chilli Beans já tinha cerca de sete milhões de óculos de sol comer- cializados. Sua receita para o sucesso era simples: marca jovem, lançamento de 12 modelos de óculos por semana, preços populares, e que crescia com a melhor e mais barata forma de publici- dade, a propaganda boca à boca. Não demo- rou muito para a marca conquistar fãs famosos e formadores de opinião como os apresentado- res Tatiana Mancini e Cazé, da MTV, o vocalis- ta do Jota Quest, Rogério Flausino, e a global Regina Casé. Sem ganhar um centavo, eles declaravam amor explícito pela marca. No ano de 2002, a empresa começou a inves- tir nos formatos de lojas, mas sem abandonar os quiosques que são a grande característica da marca. Em 2005, o grande primeiro passo fora do Brasil foi dado: era inaugurada a pri- meira loja em Lisboa, Portugal. A partir dessa expansão a marca ficou cada vez mais forte e no primeiro semestre de 2006 era inaugurada uma loja em Los Angeles, na Melrose Avenue. Começou então a exploração de novas áreas e o mix de produtos foi expandido para bonés, boinas, chapéus e quepes, tudo mantendo a qualidade e a tendência fashionista da mar- ca. Cada vez mais expandidos seus negócios, em 2010 foram firmadas parceiras com outras grandes marcas, como Barbie e a Hot Wheels para a linha Kids 5 Book.indd 13 27/10/2014 03:09:31
  • 14. Também foram firmadas parcerias com diver- sos estilistas, como Thais Gusmão e Alexandre Herchovitch. Nesse mesmo período, outra loja da rede foi inaugurada na Califórnia, a marca inaugurou mais um canal de venda – a primei- ra máquina automática (vending machine) de óculos escuros em São Paulo e aconteceu o lançamento da linha Vista, modelos de design exclusivos para óculos de grau. O modelo de loja criado pela CHILLI BEANS é um verdadeiro sucesso. Em vez de óculos expostos em vitrines, são utilizados balcões de autoatendimento, com pequenas tiragens de óculos novos a cada dez dias e no lugar de uti- lizar somente espelhos, a marca conta com um sistema de câmeras e monitores que filmam o rosto dos clientes e exibem em 3D o modelo de óculos que está sendo provado. Para garantir e comprovar a qualidade de seus produtos, em todas as lojas da rede está dispo- nibilizado um fotômetro digital UV 400, apare- lho que testa a proteção solar das lentes e que permite comprovar de forma rápida e precisa o comprimento das ondas de raios ultravioletas filtradas pelas lentes dos óculos, garantindo proteção aos olhos do consumidor. O mix de produtos da marca atende desde o público in- fantil até o adulto, com grande receptividade entre os jovens. No ano de 2013, foi inaugurada a primeira fla- gship da marca na Rua Oscar Freire, em São Paulo. A loja conceito da marca conta com 750 m² e uma decoração que faz jus à sua autenti- cidade. O ambiente conta com todas as linhas de produtos da marca Chilli Beans, desde os óculos escuros e de grau até camisetas, reló- gios, meias, peças intimas, bicicletas, skates, bolsas, mochilas, cases para celulares e fones de ouvido. Lá é possível achar todos os produ- tos licenciados da marca, além de apresentar grandes parcerias inéditas com estilistas e ar- tistas. No ambiente também há uma estrutura com palco, local para exposições e o Café Chilli. Atualmente a Gávea Investimentos comprou 29,82% das apimentadas ações da marca, o valor total do investimento não foi revelado. Desta forma, agora a meta da marca é ganhar sua fatia no mercado internacional. No ano de 2014 foi inaugurada a primeira Flagship internacional, em Las Vegas. Há previsão de novas lojas também em São Francisco, Nova York, Dubai e Catar. No mercado nacional, a meta é atingir o número de 1000 lojas até as Olimpíadas de 2016. ¹O Mercado Mundo Mix (ou MMM) é um evento multicultural, que se expressa através de múltiplas linguagens artísticas. Trata-se de um movimento de vanguarda com ca- racterísticas alternativas ligadas à cultura urbana, apresentando novos talentos, ideias e tendências nas áreas das artes, música, moda e design, oferecendo oportunidade aos artistas selecionados para promover, comercializar e viabilizar as suas criações. O movimento foi criado em 1994 no Brasil, pelo empreendedor do mundo da moda Beto Lago, e se consolidou na cena cultural brasileira, com eventos em São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Campinas. 6 Book.indd 14 27/10/2014 03:09:31
  • 15. EVENTOS POR ORDEM CRONOLÓGICA 7 Book.indd 15 27/10/2014 03:09:31
  • 16. SOBRE A CHILLI BEANS Dados corporativos Origem: Brasil Fundação: 1998 Fundador: Caíto Maia Sede mundial: São Paulo, Brasil Proprietário da marca: Chilli Beans Ltda. Diretor superintendente: Caito Maia Lojas: +600 Presença global: 6 países Presença no Brasil: Sim Funcionários: +3.000 Faturamentos: 2011 - R$ 284 milhões 2012 - R$ 380 milhões 2013 - previsão de +30% Identidade Visual Sempre seguindo as principais tendências de moda, a marca CHILLI BEANS também se pre- ocupa com a renovação de sua identidade vi- sual. Ao longo dos anos o logotipo da marca passou por algumas modificações, mas sem- pre manteve como elemento principal de iden- tificação a tradicional “pimenta vermelha”, que de tempos em tempo se posiciona de maneira diferente em sua identidade visual. Aplicações Os slogans • E se colocar pimenta? (2010) • Sua vida pede muitos. (2008) Também foram utilizados os slogans “Para to- das as espécies” e “Ser inconstante é ser humano. Nas redes sociais Facebook (1.401.161 curtidas) 8 Book.indd 16 27/10/2014 03:09:34
  • 17. Instagram (96.038 seguidores) Twitter (12.9 mil seguidores) Pinterest (378 seguidores) Youtube (1.224 escritos) Esses números estão em constante mudança. A última contagem foi realizada no mês de Se- tembro. Campanhas Apostando desde sempre na comunicação multiplataforma, com uma linguagem contem- porânea e cheia de atitude, ela tornou-se muito mais do que uma marca de acessórios. Suas ações chamam a atenção por sua ousadia e irreverência. Suas campanhas publicitárias en- volvem temas como sensualidade, cultura pop e tendências, sempre super atualizadas. Entre as campanhas de maior destaque, certamente a intitulada “Para Todas as Espécies” é a que mais carrega o espírito de diversidade da mar- ca. Em 2013, foram lançadas as Linhas Assina- das, uma plataforma impactante e sofisticada que conta com linhas assinadas por estilistas renomados. Em 2014, a primeira parceria in- ternacional: A Chilli Beans lança uma coleção com a Kravitz Design, com todo o estilo e atitu- de rock’n’roll do cantor Lenny Kravitz. 9 Book.indd 17 27/10/2014 03:09:36
  • 18. Marketing Como estratégia de marketing, a Chilli Beans patrocina shows, festas, esportes e ações so- ciais, sempre contemplando a originalidade, o bom humor e a diversidade, trabalhando assim a imagem institucional da marca. Música A Chilli Beans é uma das marcas que mais in- veste no segmento musical no Brasil. Além de referência como ponto de venda de in- gressos, a Chilli Beans apoia grandes eventos como as raves Xxxperience, Tribe, Zenith e o festival Campari Rock. Também promove shows de artistas internacio- nais festejados como os DJ´s Skazi (Israel) ZZTiësto (Holanda), do inglês FatBoy Slim e da banda belga Vive la Fête; Esporte A Chilli Beans incentiva a prática de hábitos saudáveis, visando o bem-estar e a diversão por meio do esporte. Por isso, apoia iniciativas como o projeto Skate na FEBEM – A Manobra do Bem, coordenado pelo skatista Sandro Soares, que ensina o es- porte proporcionando lazer, educação e cons- cientização a jovens internos da FEBEM de São Paulo. Prêmios •.Bicampeã no prêmio Época Reclame Aqui - As Melhores Empresas para o Consumidor. •.Melhor Loja em Inovação, pelo Retail Design Institute, de Nova York (2012). •.1º Lugar em Inovação e Design de Loja, em “Os Mais Importantes no Varejo”, da revista No Varejo (2012). • Uma das Três Melhores Franquias do Brasil, pela Associação Brasileira de Franchising, a ABF (2012). • 2º lugar no ranking da revista Pequenas Em- presas Grandes Negócios, na categoria “Ves- tuário, Calçados e Acessórios” (2012). • Selo de Excelência em Franchising, pela Associação Brasileira de Franchising (2009, 2010, 2011 e 2012). • Melhor Empresa do Varejo Brasileiro, na cate- goria “Inovação e Design de Loja”, no Brazilian Retail Week (2011). • Prêmio da revista Carta Capital, por estar en- tre as 100 Empresas mais Admiradas do Brasil (2010). 10 Book.indd 18 27/10/2014 03:09:37
  • 19. Algumas curiosidades sobre a Pimenta: • 30% da produção de seus óculos é produzi- da aqui no Brasil, os outros 70% são feitos na China. • Esses são os produtos usados na produção das armações dos óculos: ACETATO /ALUMÍ- NIO / METAL / POLICARBONATO / TR 90 / AÇO INOXIDÁVEL / NÍQUEL • Jô Soares recebeu em seu programa o astrô- nomo Victor D’Avilla, do Observatório Nacional, e no final do programa o apresentador deu ao convidado um óculos do modelo da Pimenta. E isso não foi combinado! No ano de 2012, a Chilli Beans presenteou o Jô com vários modelos da Linha Vista. • Chilli Beans é a única marca brasileira cita- da no Livro “Bold: How to be brave in business and win”, de Shaun Smith e Andy Milligan. O exemplar avalia fenômenos de marcas pelo mundo. Nele, Caito relata a história de sucesso da Chilli desde seu início. O livro não foi lança- do no Brasil e nem existe previsão para isso. • No ano de 2013, na véspera do Oscar - o maior prêmio da indústria do cinema de Hollywood, a Chilli Beans expôs pelas ruas de Los Angeles (cidade sede do evento) diversos de seus mo- delos de óculos escuros em armações gigan- tes. • Caito tem planos ambiciosos de lançar um fil- me com a história da marca. • Recentemente um cliente da marca pixou uma pimenta nos muros da cidade do Kuwait, fotografou e marcou o Instagram da Chilli Be- ans na foto. • Em ação para ganhar a terra do Tio Sam, al- gumas blogueiras da Califórnia foram escolhi- das a dedo para desenhar óculos para a marca. • Estima-se que por ano são lançados mais de 600 modelos de óculos escuro novos. • O preço não é determinado por região, todas as lojas tem a mesma tabela de preço, que são nivelados acima dos preços dos óculos das marcas nacionais e abaixo da grifes internacio- nais. A franquia Segundo uma pesquisa realizada pelo Grupo Bittencourt, a marca está entre as 25 melhores franquias para investir no país, aparecendo em 7º lugar. A marca também se destaca entre as franquias mais internacionalizadas do país. Segundo pesquisa realizada pelo Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC​ , a Chilli Be- ans ocupa o 4º lugar, com base em dados so- bre unidades franqueadas, receita de royalties e taxas e receita de vendas de produtos fran- queados no exterior em relação ao desempe- nho total desses mesmos dados. Valores: Custos Quiosque Loja Taxa de Franquia R$20.000,00 R$30.000,00 Projeto Arquitetônico - R$5.000,00 Investimento Inicial MKT R$5.000,00 R$10.000,00 Estoque Inicial (média) R$70.000,00 R$90.000,00 Mobiliário (sem frete) R$30.000,00 R$55.000,00 Montagem do Ponto (média) - R$70.000,00 Equipamentos (média) R$10.000,00 R$15.000,00 Capital de Giro R$20.000,00 R$50.000,00 Total R$155.000,00 R$341.000,00 11 Book.indd 19 27/10/2014 03:09:37
  • 20. Crescimento A estratégia de instalar quiosques nos corredo- res de shoppings é tida como uma das contri- buições da Chilli Beans para o modelo atual de comércio de algumas marcas e franquias. Por isso mesmo, para o empresário, apesar dos preços inflacionados, o empreendedor ainda encontra oportunidades vantajosas em alguns centros comerciais. Por causa dos altos valo- res para manter uma loja em shopping, desde seu aluguel até sua manutenção, a ideia de ex- por seus produtos no corredor é um risco muito mais baixo do que qualquer loja. A Chilli Beans é uma das franquias que mais cresce no mercado nacional, muito indicada para empreendedores ousados pela ABF Fran- chising. Pontos de venda A marca conta com quatro tipos de PDV’s, sen- do eles: • Quiosques em shoopings • Lojas (lojas de rua, lojas em shoppings e lojas concepts) • Flagships • Vendas online Os 4 P’s da Marca • Preço: Com valores acessíveis para todos, os produ- tos são sempre números redondos. A marca não utiliza valores quebrados, pois associam essa estratégia à ideia de ofertas ou promo- ções. Os preços costumam variar da seguinte forma: • Óculos escuros de R$ 78,00 a R$ 298,00 • Óculos de grau de R$ 128,00 a 318,00 • Relógios de R$ 69,00 a R$ 698,00 • Praça: Com presença internacional, atualmente a Chilli Beans conta com mais 600 pontos de venda. Pontos de Vendas no Brasil Acre 3 Alagoas 3 Amazonas 7 Amapá 1 Bahia 17 Distrito Federal 5 Espírito Santo 5 Goiás 16 Maranhão 7 Minas Gerais 37 Mato Grosso do Sul 8 Mato Grosso do Norte 10 Pará 10 Paraíba 4 Pernambuco 12 Piauí 4 Paraná 23 Rio de Janeiro 41 Rio Grande do Norte 5 Rondônia 3 Roraima 1 Rio Grande do Sul 17 Santa Catarina 17 Sergipe 1 São Paulo 144 Tocantins 4 Pontos de Vendas no Exterior Israel 2 Peru 6 Kuwait 2 Colômbia 9 Portugal 6 EUA 16 • Produto: Além dos produtos que são o carro-chefe da marca como os óculos de sol, óculos de grau e relógios, a Chilli Beans também oferece acessó- rios que complementam as linhas, como sprays limpa-lentes, estojos rígido, flanelas, sicurezza (cordões) e presilhas porta-óculos para carro. Além disso, a marca lança produtos com edição limitada, como bonés, camise- tas, bolsas, mochilas, chinelos, meias, pe- ças íntimas, fones de ouvido, cases para celular e até mesmo guitarras e skates. Constantemente são lançados produtos com assinatura de diversos estilistas ou de famo- sos. Estima-se que por semana a marca chega a lançar até 45 óculos novos, as novidades são apresentadas em suas lojas sempre as segun- das-feiras. • Promoção: O principal meio de divulgação da Chilli Beans é a internet, por meio de suas redes sociais e o patrocínio. Raramente um comercial é vei- culado na TV aberta, TV paga ou em rádios. Ela também não utiliza revistas.Suas ações chamam a atenção por sua ousadia e irreve- rência e suas campanhas publicitárias envol- vem temas como sensualidade e cultura pop. A marca está presente no Facebook, Twitter, Pinterest, Instagram e Youtube. 12 Book.indd 20 27/10/2014 03:09:39
  • 22. Cada empresa que disponibiliza seus produ- tos no mercado sabe da existência de concor- rentes, deve conhecer os pontos em que seus adversários não podem superá-la e o que o mercado deseja. É interessante perceber que algumas pesso- as da empresa não conseguem conhecer nem mesmo o que sua empresa produz, sejam pro- dutos ou serviços, existindo apenas o conheci- mento de uma parte do que é ofertado ao con- sumidor. Hoje em dia, não há mais espaço para este tipo de empresa no mercado: deve-se ter em mente quais são os pontos em que se pode melhorar e quais podem não ser tão bons. Os concorrentes podem ser classificados de acordo com a percepção da empresa, do mer- cado ou da combinação de ambos, tornando assim mais fácil o reconhecimento dos pontos em que se deve atacar para superar a concor- rência. Um concorrente é aquele que faz um produto similar, praticamente igual e que tem os mes- mos propósitos, ou mesmo de acordo com o ramo (setor) em que atuam. Por outro lado, ainda existem aquelas organizações que clas- sificam os concorrentes por produtos ou ser- viços de mesma categoria e existem aquelas que defendem o argumento de que qualquer empresa no mercado é concorrente, pois está disputando o mesmo dinheiro do consumidor, mesmo que sejam de segmentos diferentes Qualquer empresa deve saber que sempre existirão concorrentes no mercado, indepen- dentemente do seu tamanho, localização e po- der - sempre existem brechas que podem pegar a todos desprevenidos. Aprender com os acertos e com os erros dos concorrentes é saber utilizar de forma correta a disponibilidade de informações de mercado, é aceitar e tomar para si a certeza de que não irá cometer estes erros e de que a concorrência não poderá cor- rigir os erros tão rapidamente. Indiretos Óticas Carol Há mais de 16 anos no mercado é a 3ª maior empresa do Brasil em venda de óculos escu- ros. • Produto Óculos de sol e de grau, lentes de contato e acessórios ópticos de diversas marcas. Ela não possui marca própria. • Preço Devido a sua grade imensa de produtos/mar- cas e serviços não é possível estabelecer pre- ços. • Praça São mais de 670 unidades espalhadas pelo país e ela trabalha com modelo de franquia. • Promoção A marca investe muito em publicidade e marke- ting. Usa constantemente atores que estão em alta em suas campanhas na TV e diversas pro- moções. Suas campanhas estão em revistas, tv e rádio. Está presente no Facebook, Twitter e Insta- gram. Diretos Triton Eyewear No mercado desde 1981, a marca atualmente trabalha com linhas de óculos e relógios se- guindo sempre as tendências fashion da moda. 14 Book.indd 22 27/10/2014 03:09:39
  • 23. • Produto Óculos de sol, de grau e relógios com design moderno e jovem. São mais de 10 linhas com diversos modelos e nesse ano a marca lançou uma linha de produtos assinada pela atriz glo- bal Giovanna Antonelli. • Praça A marca trabalha com modelos de franquias com lojas e quiosques. Ela tem presença em todo território nacional, são 175 pontos de ven- da físicos. Seus produtos são exclusivamente vendidos em lojas da rede, no site da marca e em alguns sites de compra online de sites de acessórios famosos. • Preço Os produtos tem variação de R$ 60,00 a R$ 240,00 os óculos e relógios de R$ 90,00 a R$ 360,00. • Promoção Trabalha com campanhas em algumas revistas e em suas redes sociais, onde interagem sem- pre com seus clientes. Tem link patrocinado e presença garantida em diversos eventos de moda. A marca ainda tem um blog como canal de in- formações que fala sobre o mundo fashion. A marca está presente no Twitter, Facebook e Instagram. Luxottica /Ray-ban Grupo italiano é dono de grandes nomes do mercado de óculos escuro, como por exemplo: Ray-Ban, Oakley e Vogue. • Produto Destacamos aqui os produtos da marca Ray- -Ban, pois ela trabalha com o mesmo público alvo que a Chilli Beans, sendo eles jovens, mo- dernos e com um gosto apurado para diversão. A marca têm óculos de sol e de grau para o público masculino, feminino e infantil. Seu prin- cipal modelo é o famoso aviador, que é o car- ro chefe da marca desde a sua fundação em 1937. A matéria-prima para a fabricação da armação de seus óculos é principalmente plástico e me- tal e existem 9 tipos de lentes diferentes para a escolha do cliente. • Preço É possível achar produtos a partir de R$ 99,00 até os tops de linhas que às vezes beiram os R$ 900,00. • Praça A marca não possui loja própria, o grupo Luxot- tica possui uma loja Sunglass Hut que vende todos os produtos das marcas do grupo. Com presença mundial, no Brasil é possível achar as lojas nos seguintes estados: Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernam- buco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e do Norte, Santa Catarina e São Paulo, o total de lojas próprias soma 50 unidades. Além disso, também são revendidos em diver- sos óticas e em diversos sites de compra onli- ne. A marca não possui site próprio para com- pra on line. • Promoção A rede faz algumas campanhas em suas redes e também trabalham com anúncios em revis- tas. Ela também trabalha com patrocínio de al- guns eventos esportivos, de moda ou shows. Utiliza sempre temas jovens em suas ações. Está presente no Google+, Twitter, Facebook, Pinterest e Youtube. Porém, todas as redes so- ciais da empresa são em inglês, sendo inexis- tente uma rede especifica para cada país de atuação. 15 Book.indd 23 27/10/2014 03:09:40
  • 25. Brasil Ocenárioeconômicobrasileiroestáematenção. A produção industrial teve cinco meses de queda até julho de 2014, quando conse- guiu avançar 0,7%. Mesmo assim, os da- dos foram encarados com cautela por agentes econômicos, pois ainda não estão convencidos na tendência de recuperação. No primeiro trimestre de 2014 – havia sido di- vulgado que a expansão seria de 0,2% – foi re- visado para queda de 0,2%. Com a seqüência de dois trimestres seguidos de resultado ne- gativo, configura-se um quadro que os econo- mistas chamam de recessão técnica. O Brasil passou por algo deste tipo no último trimestre de 2008 e primeiro de 2009, durante a crise econômica mundial. Pelo terceiro bimestre se- guido, a equipe econômica reduziu a previsão oficial de crescimento de nossa economia. O Relatório de Avaliação de Receitas e Despe- sas Primárias, que é divulgado a cada 02 me- ses pelo Ministério do Planejamento, informa a queda do Produto Interno Bruto: o que antes totalizava 1,8% passa á ser de apenas 0,9%. Em valores correntes (em reais), o PIB chegou no segundo trimestre deste ano a R$ 1,27 tri- lhão. Os principais impactos no PIB entre abril e junho vieram do recuo nos investimentos (5,3%) e na indústria (1,5%). Alguns economis- tas acreditam que a Copa e a crise na indústria afetaram o resultado de forma incisiva. “A prin- cipal causa foi a queda dos investimentos. Já tem algum tempo que eles estão caindo, mas a queda foi forte nesse trimestre”, analisa Rebeca de La Rocque Palis, gerente da Coor- denação de Contas Nacionais do IBGE. Menos investimentos Os investimentos sofreram forte queda de 5,3% em relação 1º trimestre de 2014, puxando o re- sultado negativo do PIB. Na comparação com igual período do ano pas- sado a baixa chega a 11,2%. “Os destaques negativos são realmente os in- vestimentos, que já têm quatro trimestres com taxas negativas e a taxa ainda mais negativa nesse trimestre”, afirma Rebeca. “O menor resultado antes desse foi no primeiro trimes- tre de 2009, quando (os investimentos) caíram 11,8%.” A queda forte é influenciada por outros compo- nentes do investimento, como construção civil e produção de máquinas e equipamentos, se- gundo a analista. Gastos do governo Houve um recuo nos gastos do governo, che- gando a 0,7% em relação ao trimestre anterior. O consumo do governo foi o menor desde o terceiro trimestre de 2012, quando teve queda de 0,8%. Na comparação com igual período de 2013, houve expansão de 0,9%. Consumo das famílias O consumo das famílias aumentou a uma taxa de 0,3%, e, em relação ao 2º trimestre do ano anterior, a expansão foi de 1,2%. O crescimento é menor do que o que havia ocorrido no primeiro trimestre, porém continua crescendo. O IBGE só considerou as quatro regiões que foram divulgadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (Rio de Janeiro, São Pau- lo, Belo Horizonte e Recife), e não considerou Salvador e Porto Alegre na conta. Exportações No setor externo, as exportações de bens e serviços aumentaram 2,8%, enquanto as im- portações indicaram queda de 2,1%, em rela- ção ao primeiro trimestre de 2014. Na comparação anual, as vendas para o exte- rior tiveram alta de 1,9%, enquanto as importa- ções recuaram 2,4%, de acordo com o IBGE. Indústria Dos três setores analisados pelo IBGE para o cálculo do PIB, apenas um mostrou variação positiva, o de agropecuária, que teve ligeira alta, de 0,2% referente ao trimestre anterior. A indústria como um todo teve queda de 1,5%: foi a taxa mais baixa desde 2012, que também caiu 1,5%. O IBGE destacou o desempenho ruim da in- dústria automotiva, que teve férias coletivas no período e baixa exportação. “Argentina e Venezuela estão passando por problemas, e nós exportamos para lá, não está havendo re- novação interna da frota de veículos. Também houve aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) no início desse ano, que recai sobre vários produtos da indústria automotiva. Na contramão, as indústrias de alimentos e bebidas, perfumaria e indústria farmacêutica  cresceram no segundo trimestre. 17 Book.indd 25 27/10/2014 03:09:40
  • 26. Serviços O setor de serviços teve queda de 0,5%. Foi a menor taxa desde o quarto trimestre de 2008, quando a queda foi de 2,8%. Serviços de informação continuam sendo um dos setores que mais crescem. Enquanto isso, a parte de energia elétrica, água e esgoto não tiveram crescimento significativo. Em relação ao segundo trimestre do ano pas- sado, o setor de agropecuária não teve varia- ção; serviços sustentaram alta de 0,2%; e a in- dústria apresentou queda de 3,4%, na mesma base de comparação. Mercado Ótico Brasileiro Segundo o presidente da Abióptica, Bento Al- coforado, o setor óptico no Brasil cresceu, en- tre 2007 e 2013, 153%. Especula-se que ha- verá alta, projetando expansão de 100% nos próximos cinco anos. Em 2013, o faturamen- to foi de R$ 22,3 bilhões, 15% a mais em re- lação ao ano anterior. Para 2014, a projeção é de um incremento também de 15%, repre- sentando um faturamento de R$ 25,3 bilhões.  Podemos ressaltar que a demanda por óculos e lentes de contato está em alta e as razões estão baseadas em três fatores: o envelheci- mento da população, por conta da maior ex- pectativa de vida; recomendações médicas (maior acesso aos serviços de saúde) e a nova classe média (cerca de 40 milhões de brasilei- ros passaram a ter acesso ao mercado consu- midor nacional, por meio do aumento de renda e da ampliação da oferta de crédito). Mesmo o setor óptico registrando índices su- periores aos de outros setores da economia, o mês de julho foi determinante na desaceleração do crescimento. Nos seis primeiros meses, o setor havia crescido 15%. Já em julho, eventos como a Copa do Mundo e a instabilidade eco- nômica influenciaram o mercado, que fechou o mês com forte queda nas vendas. Ainda em relação ao mercado, é possível verificar que a região Sudeste possui a maior concentração de consumo, com 58%, seguida pela Região Sul (16%), Nordeste (16%), Centro-oeste (7%) e Norte (3%). Por meio do estudo também é possível visualizar o consumo de acordo com a classe social. Desta forma, temos as classes B e C como às maiores consumidoras, totalizan- do 87% do mercado. Os artigos mais consumidos - são armações de óculos (incluindo óculos de sol), com movimentação de R$ 13 bilhões ou 66% do total; - lentes de óculos (com grau + lentes de sol) com R$ 3,3 bilhões ou 17%; seguido das lentes de contato com R$ 2,6 bilhões (13,4%) - acessórios, com 600 milhões (3%). Outro ponto de destaque refere-se ao número de óticas no país. A tendência é que o segmen- to se estabilize, porém nos últimos cinco anos o setor cresceu 11%. Além disso, os números revelam que 58% das óticas estão concentra- das no sudeste do Brasil. As outras regiões re- presentam Sul (16,2); Nordeste (15,6%); Cen- tro-oeste (6,7%) e Norte (3,4%). Mercado Ilegal Com base na pesquisa realizada pela Abiópti- ca e pelo Instituto Meirelles de Proteção à Pro- priedade Intelectual (Imeppi), com dados de ór- gãos oficiais como Receita Federal e Polícias Estaduais e Federais, entre 2006 e 2013 foram apreendidas 70,2 milhões de unidades de ócu- los ilegais no país. Já nos primeiros meses de 2014 foram retiradas de circulação 6.125.635 de unidades de óculos de sol e receituário pi- ratas. Além de prejudicar seus consumidores, a ven- da pirata também afeta de forma negativa a economia do país, pois dos R$ 19 bilhões que o setor movimentou no ano de 2012, R$ 8 bi- lhões foram para o mercado ilegal. 18 Book.indd 26 27/10/2014 03:09:40
  • 28. O mercado e a sociedade vêm sofrendo gran- des mudanças nos últimos anos, principal- mente devido às inovações tecnológicas e à globalização, que foram acompanhadas pela população e que está cada vez mais exigente quanto aos produtos e serviços que consome e muito mais atento às ações das empresas. Todas as organizações utilizam alguma forma de tecnologia para executar suas operações e realizar suas tarefas, por isso as condições tecnológicas influenciam na competitividade das empresas, principalmente quando se tra- ta de tecnologia sujeita a inovações. Portanto, acompanhar a evolução tecnológica é uma es- tratégia segura para garantir a eficácia e so- brevivência da organização. É imprescindível a compreensão das variações e direções desse ambiente sujeito a constantes mudanças, bem como o impacto das novas tecnologias no aten- dimento das necessidades humanas. Diversos autores afirmam a importância das empresas procurarem vantagens competitivas por meio da inovação, melhorando ou criando novas maneiras de desenvolver suas atividades. O ambiente tecnológico às vezes acaba sen- do visto como um gasto excessivo, pois acaba exigindo grandes investimentos para manter- -se atual. Afinal, as novas tecnologias surgem a cada dia e as organizações precisam estar atualizadas em tempo real, para não perde- rem seus clientes, necessitando, a partir daí, de uma tecnologia mais inovadora e rentável aos negócios. Podemos citar como exemplo, o e-commerce. Nos últimos dois anos, o faturamento das lojas virtuais cresceu 115% de acordo com o Insti- tuto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi). As pessoas estão perdendo o medo de com- prar roupas e acessórios pela internet. Prova disso é que em 2012, calças jeans, lingeries e calçados foram os itens que apresentaram maior crescimento nas vendas em relação ao ano anterior. Este aumento nas vendas está associado ao crescimento vertiginoso do acesso do brasilei- ro à internet. Estamos mais conectados do que nunca, seja por meio de computadores, tablets ou celulares, o que contribui para que, a cada dia, surjam novos facilitadores para os e-con- sumidores. Mas não podemos esquecer-nos do poder que a publicidade exerce nos usuá- rios, principalmente o email marketing, onde as marcas podem enviar produtos e ofertas espe- cíficas, de acordo com as preferências pesso- ais de cada um. Mas mesmo com crescimento dos investimen- tos e retornos aos e-commerces de moda, este é um mercado que ainda pode e precisa ser muito explorado, pois, se por um lado estamos cada vez mais conectados e contamos com a ajuda das campanhas de marketing, das re- des sociais com suas fanpages interativas e que são constantemente atualizadas, ainda existem muitos desafios a serem superados. Como por exemplo, 3.300 ou 41,7% dos en- trevistados pelo Iemi que confirmaram o receio de adquirir um produto de uma loja que ainda não tem familiaridade ou que não a conhecem fisicamente. A segmentação é essencial neste caso, já que as chances de venda aumentam quando di- recionamos as ofertas para públicos bem es- pecíficos. Da mesma forma, supervisionar os cliques e conversões de cada grupo ajudará a formar o perfil de cada cliente. As perspectivas para o futuro do e-commerce de moda são brilhantes, se considerarmos a facilidade de escolha e obtenção dos produtos, pois não temos mais a necessidade de enfren- tarmos filas e provadores lotados nas lojas físi- cas. Porém é preciso traçar estratégias e criar ofertas que chamem a atenção e façam este consumidor estreante se “aventurar”.  Se a experiência de compra for bem sucedida você pode ter certeza de que terá um cliente engajado, sempre pronto para acompanhar, compartilhar e indicar os seus produtos. Os Es- tados Unidos e a Coréia do Sul são altamente desenvolvidos tecnologicamente, e merecem destaquem. No entanto, há mais países que merecem ser destacados como grandes polos tecnológicos. Na região do extremo oriente é importante observar a essencialidade da Ásia no mundo da tecnologia. A China possui um dos princi- pais setores de fabricação dos eletrônicos. O reconhecimento da importância da tecnologia é bem óbvio também em Singapura. No país a cobertura de Wi-fi é gratuita, e atende realmen- te todo o território. Já na América Latina o destaque é bem expos- to quando citamos o Brasil e nos países próxi- mos com muitos projetos interessantes. 20 Book.indd 28 27/10/2014 03:09:41
  • 29. Uma empresa associada ao jornal britânico Fi- nancial Times, divulgou nesta terça-feira uma pesquisa realizada em 27 países, com jovens entre 18 e 30 anos, a chamada “geração do milênio”, abordando temas como educação, mudanças climáticas, desigualdade social e o uso das novas tecnologias. Segundo o levan- tamento, os brasileiros que acreditam estar antenados com as novidades tecnológicas são maiores que a média global. Ela mostra que 26% dos “millennials” brasileiros acreditam fortemente estar na vanguarda da tecnologia, contra 19% na média dos demais países. A pesquisa mostra ainda que 91% dos jovens brasileiros descrevem seu conhecimento pes- soal e familiaridade com a tecnologia como bom ou excelente, contra 79% do resto do mundo. A pesquisa, cujos resultados foram revelados na conferência FT-Telefónica Millennials Sum- mit: The Interactive Generation, em São Paulo, ouviu mais de 12 mil pessoas em 27 países, 1.028 delas no Brasil. Num tempo de 10 anos, a expectativa é que o país avance 54% e movimente em torno de US$ 250 bilhões (R$ 550 bilhões). Em 2012, o desempenho brasileiro foi duas vezes melhor que a média global (5,9%) e ficou atrás apenas da China (15%) na velocidade de crescimento. Segundo a Brasscom, “as áreas de TI In-Hou- se (54%) e Hardware (35,3%) são as que mais concentram investimentos, seguidas por Servi- ços, Software, BPO e Exportações”. Também devemos nos lembrar que o Brasil re- úne pesquisadores e investidores com maes- tria nos fóruns de inovação — além de ter uma grande gama de desenvolvedores envolvidos com o software livre. Em São Paulo, temos duas grandes cidades para citar: Campinas é um polo de startups de altíssima qualida- de, tendo inclusive uma associação dedicada ao tema; e São José dos Campos, que, além de ter empresas dedicadas à tecnologia, con- ta com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) — uma das mais respeitadas instituições de ensino do país. Na região existe muito mais do que investimentos na produção de tecno- logia, pois os fomentos educacionais também são muito presentes. Uma pesquisa realizada pelo Ibope, diz que o brasileiro gasta em média 3 horas e 39 minutos por semana na internet, superando em dez mi- nutos o tempo semanal dedicado a televisão. Entretanto, a mesma pesquisa afirma que a TV têm mais presença na vida dos brasileiros, pois enquanto 3% afirmou não assistir a televisão, 53% das pessoas disse não ter o hábito de acessar a web. Em âmbito geral, 2013 foi um ano de poucas mudanças inovadoras na tecnologia: a Apple manteve os dispositivos já conhecidos, a maior parte apenas atualizada em diferentes cores e com telas mais nítidas. As empresas dos media sociais disputaram os melhores filtros de fotos, e Silicon Valley ofereceu pequenas interações sobre os produtos existentes. No entanto, o ano de 2014 pode ter muito mais para ofere- cer, como impressoras 3D para uso domésti- co, drones, smartwatches e até televisões para moldar o corpo. Tecnologia de ponta que vai estar acessível a qualquer pessoa. Um das novidades tecnológicas de 2013 são os relógios, que já tem vindo a mostrar evoluções notáveis. Estes aparelhos irão assumir novas formas e funções, elevando-se a um novo ní- vel: os “smartwatches”. Daqui em diante será possível ligar os novos “relógios inteligentes” aos já conhecidos “smartphones”, criando uma nova categoria de computação. Com esta asso- ciação será possível atender chamadas, ouvir músicas e realizar muitas outras tarefas atra- vés do relógio. Estes aparelhos serão capazes de contar os batimentos cardíacos e até regis- trar o exercício físico diário. Sony e Samsung já lançaram seus produtos neste segmento. Os analistas preveem que a Apple lance este ano o seu “smartwatches”. Os telemóveis de 2014 também não tiveram grandes mudanças, sofrendo apenas altera- ções no tamanho e no peso, ou seja, tornando- -se mais finos e mais leves. Os softwares tam- bém serão mais “inteligentes”, em vez de ter que olhar o telemóvel o tempo todo, o “gadget” vai informá-lo quando precisar olha-lo. A aplicação Foursquare fará ainda mais su- cesso, informando-o quando estiver perto de locais que pode querer visitar, e o Twitter e o Facebook irão aconselhá-lo sobre quem deve parabenizar-se, por exemplo, quando muitos dos seus amigos estiverem a parabenizar al- guma pessoa. A popularização dos smartphones e de outros tipos de tecnologia móvel fizeram com que a aceitação e dependência dos aplicativos seja uma tendência para o futuro. A previsão é de que para diversificar o uso da 21 Book.indd 29 27/10/2014 03:09:41
  • 30. para diversificar o uso da tecnologia afim de facilitar as atividades cotidianas, os aplicativos se tornem ainda mais presentes em todos os setores da sociedade, como educação, com- pras, saúde e transporte. O domínio da tecnologia já é uma realidade e a segurança eletrônica vem sendo amplamen- te debatida pelo mercado e especialistas. As conclusões levaram à constatação de que a biometria é, provavelmente, o melhor substitu- to das senhas alfanuméricas. O leitor digital e, no futuro, de retina vão de- sempenhar papéis essenciais no acesso aos dispositivos móveis e de mesa. A pesquisa da Ericsson revelou que 52% das pessoas que- rem substituir as longas senhas pelo leitor digi- tal, enquanto 48% dos usuários de dispositivos móveis já pretendem utilizar a retina como al- ternativa aos dígitos. A interatividade é uma das tendências tecnoló- gicas mais marcantes dos últimos anos e para 2014 não poderia ser diferente. Os consumi- dores já estão acostumados aos serviços de internet interativa e agora esperam cada vez mais que o ambiente físico também seja sen- sível. Até 2016, cerca de 60% dos proprietários de smartphones acreditam que os sensores se- rão vistos em todos os setores, nas áreas de saúde, transporte público, nos carros, casas e escritórios. As empresas da área de tecnologia deverão gastar 9,2% a mais neste ano com TI e Tele- com no Brasil, totalizando US$ 175 bilhões, se- gundo projeção da IDC. O Brasil deverá, portanto, se consolidar como o quarto maior mercado mundial, atrás dos Es- tados Unidos, China e Japão. A previsão é de que o crescimento do país seja mais de duas vezes superior à media mundial, de 4,5. A consultoria também apresentou da- dos acerca do crescimento de 11% nas vendas de dispositivos conectados, como PCs, tablets e smartphones. A expectativa é que as vendas desde tipo de aparelho cheguem a 71 milhões, contra 51 milhões em 2013. De acordo com a IDC, a expansão desse tipo de investimento será impulsionada pela “ter- ceira plataforma” – uma nova onda tecnológica em que a entrega de softwares e serviços ao mercado dependem da computação na nuvem, aplicativos e dispositivos móveis, big data e re- des sociais. Dessa maneira, a IDC estima que as receitas com transmissão de dados móveis das operadoras vão crescer 21% enquanto os serviços de voz apresentem um crescimento de 11,4%. Segundo o estudo, a mobilidade é uma das grandes responsáveis pelo aumento nos inves- timentos em TI e Telecom – principalmente em relação a adoção da rede 4G, que deve che- gar a uma base de 3 milhões de assinantes até dezembro. Em um relatório chamado “State of LTE” (Estado da LTE), analisando o estado das conexões de 4G em 16 países, o Brasil ficou em 3° lugar na lista de melhor velocidade mé- dia. O relatório foi organizado pela OpenSignal, uma organização que analisa torres e cone- xões móveis ao redor do mundo. De acordo com o trabalho, a velocidade media de dowlo- ad da conexão 4G do Brasil é de 21 Mbps (me- gabits por segundo). O primeiro colocado na lista, a Austrália, tem velocidade de 24,5 Mbps e a Itália, segunda colocada, velocidade de 22,2 Mbps. Por outro lado, o relatório mostra como a cobertura de 4G ainda é pobre no Brasil. No ranking de tempo gasto sob cobertura 4G, a média nacional é baixa. Daqueles que têm co- bertura 4G, o tempo no qual a cobertura está disponível é de apenas 47% do tempo. O Bra- sil, nessa lista, ocupa o 14º lugar. Na Coreia do Sul, líder em cobertura, as operadoras permi- tem que seus assinantes passem 91% do tem- po em locais com cobertura de 4G.  A implantação de rede 4G no Brasil está sendo feita aos poucos. O governo havia estabeleci- do o objetivo de ter a rede nas capitais da Copa do Mundo até dezembro de 2013. As operado- ras aproveitaram a deixa e já instalaram a rede em outras cidades. Ciência e Tecnologia (MCT) Ainda que o Brasil seja um grande consumidor de smartphones, o país ainda engatinha na pro- dução de aplicativos. O MCT adotou uma políti- ca de incentivo por meio de uma lei que entrou em vigor em outubro desse ano. A lei obriga os produtores de smartphone fabricados no país a utilizar aplicativos nacionais. Inicialmente era preciso ter no mínimo 5 aplicativos nacionais no celular. Esse número subiu para 15 em 1º de Janeiro e chegará a 50 em dezembro desse ano. A ideia surge no momento que as vendas 22 Book.indd 30 27/10/2014 03:09:41
  • 31. de smartphones crescem cada vez mais. No segundo trimestre deste ano houve um cres- cimento de 110% sobre o mesmo período de 2012. Pela primeira vez as vendas deste tipo de aparelho superaram as de celulares tradi- cionais. A Apple divulgou o total gasto por seus usuários na App Store, sua loja de aplicativos em 2013. Segundo a companhia americana, fo- ram investidos 10 bilhões de dólares em apps nos últimos doze meses. Falando sobre a tecnologia dos óculos, pode- mos dizer que se lá fora o dia estiver claro e límpido, talvez você instintivamente pegue seus óculos de sol quando for sair. Provavelmente você faz isso sem pensar muito. E quando vai comprar óculos de sol, seja em qualquer loja de descontos, seja em shoppings, fica imedia- tamente impressionado pela grande variedade que encontra à sua disposição. Por exemplo, há diferenças entre óculos de sol coloridos, re- flexivos, fotocromáticos e polarizados. O estilo da armação e tamanho das lentes também fa- zem a diferença. Um par de óculos de sol parece tão simples, são duas peças de vidro ou plástico colorido colocado em algum tipo de armação de plás- tico ou metal. Mas, no fim das contas, há mui- tas coisas diferentes que você pode fazer com duas peças de vidro e essas coisas têm um grande efeito sobre você quando usa as lentes. Há quatro coisas que um bom par de óculos de sol deve fazer por você: proporcionar prote- ção contra os raios ultravioletas da luz solar , proporcionar proteção contra luz intensa, pro- porcionar proteção contra clarões e eliminar frequências específicas de luz. Quando você compra um par de óculos de baixa qualidade, você acaba desistindo de todos esses benefí- cios e pode até mesmo tornar as coisas piores. Por exemplo, se seus óculos de sol não ofe- recem proteção UV, você aumenta sua expo- sição aos raios ultravioletas. Os óculos de sol baratos bloqueiam um pouco da luz, fazendo com que sua íris abra para permitir a entrada de mais luz. Isso permite também a entrada de mais luz UV, aumentando o dano que pode causar à retina. Fabricantes de outros produtos também ven- dem óculos de sol, muitas grandes marcas incluem óculos de sol entre suas linhas de produtos. Muitos fabricantes fazem enormes propagandas sobre as características e quali- dades especiais de seus produtos. Os preços podem variar de menos de US$ 20 até várias centenas de dólares dependendo das carac- terísticas e do nome. Não podemos deixar de falar sobre os impostores. Você vai a uma loja de descontos ou a um camelô e vê os vende- dores oferecendo óculos de sol que parecem exatamente os mesmos dos nomes das mar- cas de alto custo por uma fração desse preço. Será que realmente você está pagando muito por um óculos de nome ou há diferenças fun- damentais entre os óculos de sol genéricos e os originais? O grande problema com óculos de sol está no modo como as lentes são feitas. Óculos de sol com baixa qualidade têm lentes feitas de plásti- co comum com uma pequena cobertura de co- loração sobre elas. Embora a cor tonalizante e e um design de armação similar possam fazê- -los parecer com os originais, as lentes reais são muito diferentes. É importante sabermos que bons óculos de sol são “condicionadores de luz” extremamente eficazes. Eles modificam a luz que entra para adequá-la a seus olhos. Os óculos de sol usam uma variedade enor- me de tecnologias para eliminar os problemas com luz. As diferentes tecnologias atualmente em uso são: Colorização, Polarização, Lentes fotocromáticas, Espelhamento, Cobertura re- sistente a riscos, Cobertura anti-reflexiva, Co- bertura UV. Quanto a colorização, a tonalidade das lentes determina as partes do espectro de luz que são absorvidos. Os fabricantes usam diferentes co- res para produzir resultados específicos. De qualquer forma, o mercado óptico conta com diversas novas tecnologias para proteger a visão dos consumidores de acordo com suas necessidades – sempre atendendo também às tendências de moda. 23 Book.indd 31 27/10/2014 03:09:41
  • 33. Mudanças climáticas O aquecimento global e as mudanças cli- máticas causadas por ele continuam sendo o assunto mais comentado - e mais preocu- pante quando falamos sobre o meio natural. Somente no início do ano de 2014 foram re- gistrados climas extremos por todo o mundo. Nos Estados Unidos, houveram nevascas e frio intenso, chegando a 50º negativos em Chi- cago (temperatura mais baixa dos últimos 40 anos). Também foram registrados incêndios florestais na Austrália e Inglaterra, e ondas de calor no Alasca e na China em pleno inverno. NoBrasil,tivemosdiasdetemperaturasescaldan- tes e secas, principalmente na região Sudeste. Em fevereiro, foram registrados os dias mais quentes na cidade de São Paulo desde 1943. Já na cidade do Rio de Janeiro, a sensa- ção térmica atingiu os 50º, elevando extre- mamente os níveis de radiação ultravioleta. Segundo pesquisadores, todas essas mu- danças climáticas estão interligadas e são causadas pelo aquecimento global e pela emissão de gases na atmosfera. No ano de 2013, foi atingido o maior nível de C02 na camada atmosférica dos ultimos 3 mi- lhões de anos. O maior emissor continua sendo a China, seguido pelos países da América La- tina e do Caribe (totalizando 12,5% das emis- sões mundiais). Essas regiões são as mais propensas a serem atingidas pelas mudanças climáticas. Escassez de recursos Aescassez de recursos naturais é um problema quejáatingediversospaísespelomundointeiro. Isso deve-se principalmente ao crescimento da população mundial e ao consumo desenfreado. Segundo relatório elaborado pela WWF, a humanidade está usando 20% a mais dos recursos que a Terra é capaz de repor, ou seja, está avançando sobre o estoque na- tural da Terra. Isso compromete não só a nossa geração, como também as futuras. De acordo com esse relatório, o plane- ta tem 11,4 bilhões de hectares produtivos - ou 1,9 hectares de área produtiva per ca- pita. Mas a humanidade está usando o equi- valente a 13,7 bilhões de hectares para pro- duzir os grãos, peixes e crustáceos, carne e derivados, água e energia que consome. Estima-se que em 2075 a população mun- dial chegue a 9,5 bilhões de pessoas e com isso determinados recursos podem tornar- -se escassos, tornando-se objeto de dis- puta política e de interesses econômicos. Em parâmetro mundial, a água é o re- curso mais preocupante. Do volu- me total, apenas 2,5% é de água doce. Segundo a FAO, a falta de água atinge mais de 40% em nosso planeta, em diversos continen- tes. Caso prossigam as tendências atuais, em 2025 aproximadamente 1,8 bilhão de pessoas viverão em regiões com escassez absoluta de água. O Brasil é considerado um país privilegiado em recursos naturais: temos a maior floresta do mundo, possuimos nove ecossistemas compostos por uma fauna e flora diversifica- das, temos matriz energética limpa e reno- vável, dentre outras vantagens ambientais que são alvo de olhares por todo o mundo. Porém, mesmo com essa vantagem competitiva, devemos explorar adequa- damente nossos recursos naturais, vi- sando o desenvolvimento sustentável. Nossos recursos já foram mais abundantes. Temos como maior exemplo a Mata Atlânti- ca, que já ocupou cerca de 50% do territó- rio Brasileiro antes de ser devastada. Porém atualmente, somente 10% desse território ainda sobrevive. A exploração desenfreada desses recursos é motivo de preocupação para estudiosos e ONG’S do mundo todo. As mudanças climáticas tem trazido diversos prejuízos para o país como secas mais in- tensas, prejuízo na agricultura, diminuição do pescado e reformulação da matriz energética. Segundo a Agencia Nacional das Águas, as alterações dos níveis de chuva poderão causar secas e enchentes mais frequentes e intensas, podendo também ter impacto sobre os reser- vatórios de águas subterrâneas. As taxas de vazão dos rios também sofrerão variação. No leste da Amazônia e no Nordeste, as perdas podem chegar a 20%, sendo que na bacia do Tocantins o valor é de 30%. Já na do Paraná-Prata, a expectativa é de aumento de 10% a 40%. Estima-se que em 2015, mais de 2 mil cidades terão problemas com abastecimen- to de água. 25 Book.indd 33 27/10/2014 03:09:42
  • 34. Nas áreas costeiras, o aumento do nível do mar deve intensificar as inundações e os processos erosivos. Além disso, o aumento da tempera- tura e da acidificação dos oceanos deverá ter impacto negativo sobre os ecossistemas mari- nhos e sobre a pesca – tendo perda de até 6%. Custo de energia Em2013,apresidentaDilmaRousseff determi- nou corte nas tarifas de energia, o que, para a in- dústria, representou uma queda média de 20%. Apesar disso, a tarifa de energia elétrica brasi- leira continua entre as mais caras do mundo. Emjaneirode2014,oconsumodeeletricidadeno Brasil cresceu 4,9% em relação ao mesmo perí- odo do ano anterior, devido à forte onda de calor. As residências tiveram um aumento no con- sumo de 7,9% devido ao uso frequente de equipamentos de refrigeração. O setor de co- mércio teve crescimento de 7,6%, a indústria de 0,9% e no setor rural esse aumento repre- sentou 10,7% devido ao uso de irrigações. Devido à escassez de chuva, os reservató- rios das principais hidrelétricas brasileiras atingiram os níveis mais baixos desde 2001 – ano em que houve racionamento de energia. Com isso, as distribuidoras de energia têm adquirido energia das termelétricas, que pro- duzem energia mais cara, e, desse modo, os gastos registrados são maiores. O governo re- passou R$ 1,2 bilhão para as concessionárias de distribuição de energia elétrica, para neu- tralizar as despesas das empresas. O governo ambém informou que caso esse investimen- to não ocorresse, o valor pago pela ener- gia elétrica poderia aumentar ainda mais. Quando tratamos de energias renováveis, pouco se utiliza no Brasil. Segundo a ANE- EL, 66% da energia gerada no Brasil é hi- drelétrica, seguida da fóssil (18%), biomassa (7%), nuclear (2%) e por ultimo eólica (1%). Porém, segundo o Greenpeace, esse panora- ma pode mudar – e muito. A estimativa é de que o Brasil pode crescer até 47% até o ano de 2015 nesse âmbito, pois tem potencial para ter uma matriz energética com 66,5% de participa- ção de fontes renováveis. Matéria prima Alumínio: Oelemento metálico maisabundan- te da crosta terrestre. É leve, macio e resisten- te à corrosão, por isso é aplicado em diversas áreas. Não é tóxico e tem um baixo custo para reciclagem, aumentando sua vida útil e a esta- bilidade de seu valor, porém utiliza uma quanti- dade muito alta de energia para sua obtenção. Justamente devido ao preço baixo e ao alto custo de energia, o Brasil deve terminar 2014 com um saldo negativo na balança comercial do metal. Há pelo menos 6 anos, quatro fabri- cantes de alumínio do país fecharam as portas. A projeção da Associação Brasileira do Alumí- nio é de um déficit de 130 mil toneladas: resul- tado de importações de 442 mil toneladas - 2,6 vezes o volume de 2013 - e exportações de 311 mil toneladas, basicamente para o Japão. Policarbonato: Muito utilizado atualmente na moderna manufatura industrial e no design. É semelhante ao vidro, porém altamente resis- tente ao impacto e a chamas. O policarbonato já se tornou um material comum no uso do dia- -a-dia e é reciclável. Aço Inoxidável: Superior ao aço comum, por ser resistente á oxidação atmosférica, à corrosão e a altas temperaturas. O material tem forte apelo visual, aparência higiênica, bai- xo custo de manutenção e custo/benefício fa- vorável. Também pode ser reciclado. Sustentabilidade Em decorrência dos diversos assuntos destaca- dosedosproblemasambientaisqueafetamnos- so Planeta, a sustentabilidade é um ponto cada vez mais abordado – e praticado mundialmente. As empresas estão cada vez mais engaja- das e grande parte delas possuem ao me- nos um projeto sustentável, se preocupan- do com diversas questões como: emissão de gases, energias renováveis, reciclagem de materiais, utilização de matéria-prima que não agrida o ambiente, dentre outras. Assim como as empresas, os consumidores estão cada vez mais preocupados com os as- pectos ambientais, sendo a sustentabilidade um dos fatores determinantes para decisão de compra. Segundo uma pesquisa realizada pela Nielsen, 46% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos que venham de em- presas com programas sustentáveis.Além dis- so, nosso país abriga cinco das empresas mais sustentáveis do mundo. 26 Book.indd 34 27/10/2014 03:09:42
  • 36. Os aspectos populacionais de uma socieda- de, incluindo a análise das componentes de- mográficas, tamanho da população, alterações no tempo, sua distribuição espacial e a com- posição segundo diferentes características, são essenciais em uma análise de indicadores sociais. População do Brasil em 2014 O Brasil encontra-se no ranking dos países mais populosos mundo perdendo apenas para China que conta com 1,3 bilhões de habitantes, a Ín- dia que tem mais de 1,1 bilhões, os Estados Unidos com mais 314 milhões de habitantes e a Indonésia que tem aproximadamente 229 milhões de habitantes. Segundo dados retirados do site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti- ca), em 2014 a população brasileira chegou a 203.150,990 pessoas. A data base é 1 de julho de 2014 e nesta mesma data de refe- rência, a população do Brasil em 2013 tinha 201.032.714 habitantes. O numero representa uma taxa de crescimento de 0,86%.Segun- do a projeção do IBGE para 2015, o país alcançara 204.450.649 pessoas e, em 2016, 206.081.432. Ainda seguindo os dados do IBGE, temos os 5 municípios mais populosos do Brasil, com São Paulo como o primeiro, com 11, 9 milhões de habitantes. Em seguida são apresentados o Rio de Janeiro com 6,5 milhões, Salvador com 2,9 milhões, Brasília com 2,9 milhões e Fortaleza com 2,6 milhões. Distribuição Regional Apesar de ser populoso, o Brasil é pouco povo- ado, pois sua densidade demográfica é de ape- nas 22,4 habitantes por quilometro quadrado, logo seu território é habitado de forma desigual. Segundo as últimas informações do IBGE, os números aproximados de população brasileira era dividida da seguinte forma: • Região Sudeste do país tendo mais de 80.364,410 habitantes. • A região Nordeste abriga cerca de 53.081.950 habitantes. • O Sul conta com cerca de 27,3 milhões. • A região Norte tem apenas 15.864.454 habi- tantes. • O Centro-Oeste possui um pouco mais de 14 milhões de habitantes. Divisão por Sexo Mulheres 51% Homens 49% As mulheres também também são a maioria nas Universidades – somam 57%. Divisão por Faixa Etária A distribuição populacional por idade e sexo se- gue apontando para a tendência de envelheci- mento da estrutura etária do país. Segundo da- dos do IBGE, nos últimos 50 anos o percentual de idosos mais que dobrou no pais. Segundo a pesquisadora de indicadores sociais Bárbara Cobo, O Brasil ainda é um país com a maio- ria da população jovem, ainda temos elevado percentual de jovens no mercado de trabalho, mas temos que nos preparar para o envelheci- mento da população. Ela também afirma que o envelhecimento da população é uma tendên- cia e grande parte dos países desenvolvidos já chegou nessa etapa. Isso é fruto do avanço da medicina, de melhorias nas condições de sa- neamento nas cidades, da diminuição da taxa de fecundidade, dentre outros fatores, por 28 Book.indd 36 27/10/2014 03:09:43
  • 37. por exemplo a expectativa de vida, que atualmente é de 73,4 anos. Apesar do crescimento absoluto de pes- soas, a quantidade de crianças dimi- nuiu. Em 2000, 32,9 milhões de bra- sileiros tinham menos de 10 anos; em 2010, o número caiu para 28,7 milhões. Dentre as faixas etárias separadas pelo IBGE, a mais povoada em 2010 era a que fica entre os 20 e os 24 anos – 17,2 mi- lhões (9%) de brasileiros têm essas idades. Em 2000, a maior concentração era na faixa etária imediatamente abaixo – 17,9 milhões (10,6%) tinham entre 15 e 19 anos de idade. Há 50 anos, as crianças pequenas eram a parcela mais significativa da população – 11,1 milhões (15,8%) tinham entre 0 e 4 anos. A tabela ao lado retrata a pirâmide etária do Brasil atualmente. Os dados foram atuali- zados no ano de 2010. 29 Book.indd 37 27/10/2014 03:09:43
  • 38. Renda mensal Em setembro de 2014, a Pesquisa Nacio- nal por Amostra de Domicílios (PNAD) di- vulgou dados que podem afirmar uma trajetória de queda das desigualdades. Os novos dados reforçam que a renda do bra- sileiro tem aumentado com velocidade cres- cente nos últimos anos. Entre 2011 e 2013, um brasileiro levaria 12,8 anos para ver sua renda mensal dobrar de valor. Se levado em conside- ração o período iniciado em 1993, esse mesmo cidadão levaria 23,6 anos para ver sua renda dobrar, apontam os dados revisados pelo IBGE. O ministro da Secretaria de Assuntos Es- tratégicos, Marcelo Néri, observou que apesar de ainda não haver números con- solidados, 2014 marca a maior que- da na desigualdade nos últimos 10 anos. Além disso, é importante apontar o índice que mostra a queda nas diferenças de renda fami- liar per capita. Segundo Néri, o índice foi de 0,527 em 2011 para 0,524 em 2012 e 0,522 em 2013. Levando em consideração que quan- to mais próximo de 1, maior é a desigualdade. Portanto, a diminuição do índice é um resul- tado positivo para o país. Podemos ressal- tar também que o rendimento dos brasileiros cresceu, em média, 5,5% por ano entre 2011 e 2013, e que a desigualdade também atingiu, no ano passado, seu menor nível histórico em outras dimensões, como nos rendimentos do trabalho e nos rendimentos pessoais de todas as fontes. Apesar de o percentual de pessoas que ganham até um salário mínimo ter ficado em 25,2% da população empregada em 2013, a desigualdade diminuiu porque a taxa dos que ganham de 5 a 20 salários míni- mos passou de 7,6% para 7,3% entre as duas análises e os que recebem mais de 20 salários mínimos permaneceu em 0,7%. Já o rendimento mensal do trabalho variou me- nos que o estimado: 3,8%. Com isso, o valor do rendimento médio mensal ficou em R$ 1.651. Desemprego Pela primeira vez desde 2009, a taxa de de- semprego no Brasil cresceu - apontam dados da Pand divulgados pelo IBGE. O índice, que era de 6,1% do total da popula- ção ativa em 2012, subiu para 6,5% em 2013. O levantamento apontou que, em 2013, de um total de 102,5 milhões de pes- soas economicamente ativas, 95,9 mi- lhões de brasileiros estavam ocupados. Já o número de pessoas classificadas como desocupadas, mas tomaram providência para conseguir trabalho, foi estimado em 6,7 mi- lhões de pessoas. Entre os desocupados, 68,8% já haviam trabalhado em algum mo- mento da vida, ao passo que 31,2% nunca participaram do mercado de trabalho.O ín- dice de negros é maior do que o de bran- cos entre os desempregados: 60,6% das pessoas que não tinham emprego em 2012 declararam-se negros ou pardos ao IBGE. Com relação a gênero, as mulheres são maio- ria entre os brasileiros desempregados, com um índice de 56,9%.Apesar do aumento da taxa de desemprego em números gerais, o nú- mero de pessoas empregadas também subiu com um aumento de 0,6% em relação aos dados de 2012. Quanto aos jovens, a maior parte trabalha, somando 62%. Dentre esse número: 90% o fazem em jorna- da integral. Há também 36% que trabalham e estudam ao mesmo tempo. Já entre os 38% que não trabalham, 10% estão procurando o primeiro emprego. Perfil do Jovem brasileiro Segundo dados do Núcleo de Tendências e Pesquisa do Espaço Experiência da FAME- COS/PUCRS, dividimos a classe jovem do país em 54,3% de mulheres e 45,7% de ho- mens e a faixa etária nos indica que 25,4% dos jovens são de 25 a 34 anos e 74,6% de 18 a 24. A ocupação varia: 5% de estudantes fazem estágios não remu- nerados 1,3% não trabalham nem estudam 38,9% apenas estudam 16,1% apenas trabalham em empregos efeti- vos 18,8% são estudantes e possuem trabalho efetivo 19,8% são estudantes com estágio remunera- do Quanto aos dados que refletem a moradia: 11% moram sozinhos 9,8% moram com o (a) companheiro (a) 66,5% moram com os pais e ou responsáveis 12,7% moram com irmãos, amigos ou repu- blica. 30 Book.indd 38 27/10/2014 03:09:43
  • 39. A relação financeira tem melhorado em com- paração aos últimos anos. A avaliação dos jovens segue os seguintes parâmetros: Péssimo é de apenas 1,9% Ruim 7,7% Mediano 38% Bom 47,7% Ótimo 9,8% Referente aos hábitos de consumo: 88,5% tem como prioridade o gasto com ali- mentação 64,8% utlizam boa parte do orçamento com transporte 47,2% priorizam o gasto com educação 46,8% preferem lazer/diversão 45,8% consomem roupas, calçados e asses- sórios, 40% utilizam gastos com serviços 29% com farmácia 28,1% com cultura, 20% materiais de construção para casa O que os jovens levam em conta na hora de comprar? A utilidade tem a maior porcentagem com 95,2% e a durabilidade com 94,4%, custo-be- nefício em terceiro, com 93,5%. Jovens e a Internet Em março de 2012, foi divulgada uma pesqui- sa feita com mais de três mil jovens entre 18 e 30 anos para a boo-box e Hello Research. O objetivo da pesquisa foi traçar um perfil da geração Y quanto ao seu comportamento na internet, seu consumo e sua relação com as marcas, dentro e fora da internet. Um dos gran- des diferenciais da pesquisa, realizada por meio da metodologia On-Target Hello Resear- ch, é que ela foi feita exclusivamente por meio da internet e tem representatividade nacional. Com relação ao uso da internet, a pesquisa apontou que a geração y brasileira passa em média 31 horas por semana conectada. Com relação a conexão, o acesso é feito em casa por 74% das classes A, B e C. Já as lan houses, aparecem como principal lo- cal de acesso à internet para 3% dos jovens das classes D e E. O Facebook já é a rede social mais utiliza- da pelos jovens e adultos (89%) e lidera em todas as regiões, sexos e faixas etárias. Na classe A, o Twitter também se destaca, sendo utilizado por 76% dos jovens com mais alto poder aquisitivo. A internet também é a fonte de informa- ção mais utilizada por este público, 53% dos entrevistados afirmaram que se infor- mam por meio de blogs e sites de noticias. Grande parte dos jovens buscam saber sobre lançamentos de produtos através da Internet, sendo 92%. Porém 48% delem também acham importante conversar com amigos e familiares para decidir uma compra. Na internet, 65% dos usuários consideram im- portante interagir com suas marcas favoritas e 16% usam as mídias sociais para acompanhar, curtir ou reclamar. Ainda falando sobre a internet, os pro- dutos mais comprados são os livros com 50,5% e roupas com 27,2%. 31 Book.indd 39 27/10/2014 03:09:43
  • 41. O mundo da moda A princípio não se falava em moda, já que rou- pas e acessórios eram apenas instrumentos de proteção do corpo e representação da cultura local. O conceito de moda como conhecemos hoje, englobando estilo e elegância, começou a surgir no renascimento, junto com as profis- sões de alfaiate, costureira e modelista. Até a década de 70, a moda no Brasil se res- tringia a copiar coleções que faziam sucesso no exterior. A partir de então, as empresas fo- ram, aos poucos, percebendo que moda é di- nheiro e investir significa aumentar lucros. No final dos anos 80, as empresas tomaram cons- ciência do potencial de crescimento da moda no país e da necessidade de profissionais bem preparados. A moda no Brasil começou a deslanchar na década de 90, com a abertura econômica pro- movida pelo governo Collor. Àquela época, uma série de medidas foram tomadas para es- timular a entrada de produtos e capitais estran- geiros, promovendo a ampliação do mercado da moda no país. Os acessórios assumiram uma dimensão im- portante no mercado da moda. Com eles, é possível dar um toque pessoal, criar um esti- lo. E moda e estilo são duas coisas diferentes. De acordo com Glória Kalil, crítica de moda, “moda é uma oferta permanente da indústria”. Ela completa: “A atitude correta diante das ofertas da moda é escolher o que vai bem para o seu estilo pessoal e recusar tudo o que está na moda e não combina com você. Isso é es- tilo fica, e a moda passa.” É possível perceber que o consumidor de acessórios de moda, como relógios e óculos, preferem “imprimir” o seu estilo ao optarem por determinados modelos. Eles compram não apenas para satisfazer suas necessidades bá- sicas, como também para suprir os seus dese- jos. Existem grupos de pensadores, filósofos, ar- tistas e estilistas que, baseados nos cenários político, econômico, cultural e social atuais, conseguem ter uma visão antecipada do que será a moda daqui a dois, três anos. Estes pro- fissionais estão organizados em bureaux de estilo ou escritórios de moda espalhados pelas principais cidades do mundo: Paris, Nova York, Tóquio e Milão. Os bureaux são responsáveis por pesquisar as tendências comportamentais dos consumi- dores em diversos países, captar dados sobre matérias-primas naturais, sintéticas e animais disponíveis na indústria e transformar tudo isso em informações que “antecipam o futuro” para os produtores de moda. Além da consultoria dada à indústria e aos criadores de moda, os escritórios também produzem os chamados cadernos de tendências, verdadeiros guias ilustrados que antecipam em até 18 meses as informações sobre tecidos, cores e formas das próximas estações. O fator sócio-cultural mais importante no mun- do da moda é a tendência de uma sociedade capitalista, excessivamente individualista e consumista, que tem o consumo como sinôni- mo de bem-estar. A necessidade, status ou modismo são algum dos motivos que levam milhares de pessoas às compras. Neste contexto, encontramos em grande parte da sociedade um desejo insaciá- vel de obter coisas, como se a grande felicidade estivesse em possuir muitos bens. Muitas ve- zes a pessoa justifica uma compra como uma auto gratificação, como um simples reforço da auto-estima e do investimento construtivo. A capacidade aquisitiva vai gradualmente se transformando em medida para valorizar os in- divíduos e servir como fonte de prestígio so- cial. A ânsia de adquirir e acumular bens deixa de ser um meio para a realização da vida, tor- nando-se um fim em si mesmo, o símbolo da felicidade capitalista. Influência de Celebridades No ambiente cultural, é perceptível o poder da comunicação em influenciar a moda. Novelas, reality shows ou qualquer outro entretenimento onde celebridades se destacam é refletido no público em geral. Essas pessoas – formadoras deopinião–acabamsendocomoummodelo,ou seja, ditam tendências e lançam novos estilos. Uma pesquisa realizada pelo Portal Opticanet em 2013 revelou que 80% do público repara nos óculos de famosos e que isso influencia na escolha dos modelos. Além da receita de juventude e sensualida- de, as celebridades adicionam um ingrediente igualmente irresistível: marcas. Ainda que mui- tas vezes cheguem até a assinar coleções para lojas mais populares, as celebridades possuem 33 Book.indd 41 27/10/2014 03:09:44
  • 42. preferência por marcas de luxo, e esse é um desejo praticamente geral. Hoje, as mulheres não querem estar nas revistas de moda, mas sim nas listas de mulheres mais sexys do mun- do, pois absolutamente tudo tem a ver com o ego, a autoestima e o status. Empresas tradi- cionais não ignoram o fenômeno, mas não se rendem totalmente ao novo conceito. Sendo assim, pode-se concluir que há a possibilidade de ser uma vantagem patrocinar e vincular a marca a famosos e artistas de grande exposi- ção na mídia para que eles usem seus produ- tos e divulguem de forma indireta a marca para o consumidor final. Influência nas Redes Sociais Hoje, as redes sociais estão ao alcance de todos as pessoas, a todo o momento, e por isso é importante ficar antenado e entender como as influências giram na rede e formam opiniões e tendências da noite para o dia. O Brasil lidera o ranking de usuários na Amé- rica Latina, 76 milhões de usuários ativos men- sais, sendo que 57,9% deles se conectam tan- to por computadores quanto por dispositivos móveis, seguido por México e Argentina, que possuem 47 e 22 milhões de usuários respec- tivamente. Em todo o mundo, a rede social de Mark Zuckerberg tem mais de 1,15 bilhão de adeptos. Em entrevista à Reuters, o vice- -presidente do Facebook - Alexandre Hohagen afirmou que “os números têm uma força muito grande em termos de marketing”. Segundo ele, “é preciso conscientizar as empresas de que as marcasrepresentamumaoportunidadeincrível”. Com modelos mais acessíveis, os smartpho- nes mais que dobraram sua participação entre a população de classe C no Brasil em 2013. De acordo com a empresa de pesquisa Kantar Worldpanel, o uso desses aparelhos passou de um patamar de 8% dessa população em 2012 para 17% no ano passado. Os dados foram le- vantados por meio de uma pesquisa com 24 mil consumidores. Além da classe C, o uso dos smartphones também teve um avanço significativo na classe D/E. De acordo com a Kantar, o número pas- sou de 5% da população em 2012 para 12% em 2013. Na classe A, o uso chegou a 26% em 2013. Com os smartphones ao alcance de novas classes, a popularidade de auto-modas tem crescido e se espalhado mais facilmente. Atualmente temos o “selfie” (auto-fotografias) como a cartada da vez, pois mesmo empresas e famosos usam o ato para se promover. Sobre o movimento de se auto-fotografar - o selfie, é febre nas redes sociais. Porém,ao con- trario que alguns possam pensar, isso não vem de hoje. O hábito que ficou conhecido como selfie é uma redução da expressão em inglês “self-portrait” e foi escolhida como a palavra do ano pelo dicionário britânico Oxford. A defini- ção aconteceu após um programa de pesqui- sas analisar cerca de 150 milhões de palavras em inglês e contabilizar um aumento de 17 mil% nos últimos 12 meses no uso do termo. O sucesso é tanto que o movimento tem ser vido de inspiração para o aparecimento de outras palavras com a mesma proposta, como auto retratos de penteados (helfie), exercício (drel- fie) e a autopromoção literária (bookshelfie). Com um celular na mão e a popularização das redes sociais, não é difícil flagrar pelo fa- cebook, instagram ou twitter as já comuns fo- tos no banheiro, fazendo os famosos “biqui- nho” ou até mesmo registros íntimos. Quando se arriscam como paparazzis de si mesmos, publicando fotos de suas vidas pessoais, muitos acabam cometendo alguns abusos. Na avaliação do psicólogo Adriano Pereira Jar- dim, doutor em Psicologia do Desenvolvimen- to e da Personalidade, o movimento demons- tra um certo exagero por parte dos usuários, que, na avaliação do especialista, ainda estão aprendendo a entender o que deve e o que não deve ser publicado.“Isso é mais um sinto- ma dessa novidade que são as redes sociais e o impacto da internet na comunicação. E até mesmo na maneira como nos relacionamos. Tudo está mudando. E o que é novo causa uma falta de reconhecimento claro sobre como deve ser. Há essa dúvida sobre como agir na internet, e isso traz exageros”, alerta. Tendências de moda Atualmente temos em alta a tendência de relançar modelos clássicos de outras dé- cadas. O verão/outono brasileiro de 2014 promete relembrar grandes clássicos. As tendências em sua grande maioria são im- pactantes e baseadas em algo que já vivemos. Os principais modelos 2014 são os óculos de 34 Book.indd 42 27/10/2014 03:09:44
  • 43. lentes redondas, famosos nos anos 60 e 70, chamado de “statement”. Os óculos redon- dos são ícones de elegância máxima, garan- tindo grande personalidade e estilo. Eles são o hit entre os fashionistas. Desenvolvidos na década de 20, os óculos feitos para pilotos da Aeronáutica - o modelo Aviador - é o maior de hit de muitas das principais grifs e sempre per- manece na cena fashion. Os óculos aviadores vieram para virar um acessório de moda com- plementar, trazendo um ar jovial e gracioso Um modelo muito popular nos anos 50, os óculos de gatinho são a pedida para a ten- dência 2014. Ideais para deixar o visual mais delicado e o rosto com ar doce e sensual. O mais recente, mas não menos clássico, mo- delo D Frame também está apontando para chegar forte em 2014, focando no público mas- culino. O modelo deixa o estilo mais contem- porâneo. A novidade fica por conta dos forma- tos que estão se mostrando mais quadrados/ retangulares e por muitas vezes mais conven- cionais. Além disso, as estampas chamadas de “etnia geométrica” prometem fazer sucesso,  apre- sentando um mix de texturas e referências que lembram pinturas, esculturas e outras expres- sões de arte. Ainda de acordo com as tendên- cias do ano, o inverno virá também com muitas peças de tonalidades escuras, sendo muita mistura do preto e branco, o animal print e o xadrez com o floral como as grandes apostas da estação. Entre as novidades, os tecidos em couro voltam com tudo e serão explorados em calças justas e jaquetas sofisticadas. “Clás- sico e democrático, o couro chega às vitrines rico em detalhes vazados e costuras aparen- tes”, disse o consultor de tendências Reginaldo Fonseca. Referente à oftalmologia Em 2013, o IBOPE realizou uma pesquisa com mais de duas mil pessoas em todas as regiões do país. O estudo revela um dado preocupan- te: cerca de 50 milhões de brasileiros acima de 16 anos de idade nunca foram ao oftalmologis- ta e, dos que já foram ao especialista, cerca de 16 milhões só o procuraram uma única vez. Esses números despertam um alerta para o risco de problemas relacionados à visão. A uti- lização de produtos piratas também retarda o diagnóstico dessas doenças. Por isso, profis- sionais da área indicam que exames sejam fei- tos ao menos uma vez ao ano. Ainda sobre os problemas de visão, uma pesquisa realizada pelo instituto inglês You- Gov, revela que cerca de um quarto dos bra- sileiros (24%) sente dificuldade visual ao ler um livro, por exemplo. Menos da meta- de dos entrevistados (46%) avaliou sua vi- são como satisfatória e 27% sinalizaram que sua visão está fraca ou muito fraca. Os números chamam a atenção também quan- do se trata da visão para dirigir. Dos brasileiros ouvidos, 24% confirmam sentir dificuldades quando estão dirigindo. O índice aumenta para 26% quando dirigem à noite. Utilização de óculos e lentes No Brasil, 67% dos homens e 59% das mulhe- res usam óculos de grau. No caso dos óculos de sol, o percentual das mulheres cresce para 65%. Já 15% dos homens e 10% das mulheres usam lentes de contato, preferidas por quem costuma fazer alguma atividade física. O es- tudo mostra algumas curiosidades. A classe A lidera o consumo de óculos de sol, com 84%. Em seguida, aparecem a classe B e C, com 69% e 58%, respectivamente. E, segundo o le- vantamento, os consumidores têm em média, três óculos de sol, que se acumulam e não são substituídos, como acontecem com os óculos de grau. Além de proteger os olhos contra os raios so- lares, os óculos escuros são ótimos acessórios para compor um look diferente. Como qualquer outra peça de moda, eles também seguem ten- dências e possuem seus clássicos. 35 Book.indd 43 27/10/2014 03:09:44
  • 45. O consumo de óculos cresce 5% ao ano se- gunda pesquisa feita pela ANVISA. No entan- to, o consumidor precisa ficar atento a algumas regulamentações do governo, referente as empresas que fornecem o acessório. Os ócu- los vão além da estética e também significam saúde. Segundo a ANVISA, desde o dia 18 de março 2010 está proibida a venda de óculos em redes de drogarias e farmácias. Esta regra está sendo aplicado com rigor em São Paulo. Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier - Leôncio Queiroz Neto, hoje o uso de óculos sem prescrição médica é a maior causa do agravamento da presbiopia ou vista cansada. A partir de 35 anos, o cristalino, lente natural dos olhos, começa a perder a flexibili- dade e com isso a capacidade de focalizar as imagens de perto diminui, com isso as pesso- as começam a forçar a visão e assim chegan- do ao diagnóstico da vista cansada. Segundo a pesquisa feita pela ANVISA em 2010, 6 em cada 10 brasileiros tem este tipo de proble- mas nas vistas, e esse número vem crescendo cada vez mais com o aumento da expectativa de vida da população . Mais da metade dos pa- cientes chegam ao consultório usando óculos de farmácia. Já foram constatados casos de pacientes com menos de 60 anos e 3 graus de presbiopia, quando o normal é atingir este grau somente aos 70 anos. As pessoas compram os óculos de farmácia por dois motivos: primeiramente pela rapidez em utilizar os óculos sem procedimentos médi- cos e em segundo lugar os valores: um óculos realizado em alguma ótica tem o valor médio entre 150 até 1.000 reais, dependendo do mo- delo da armação que for escolhido. Enquanto isso, um óculos vendido em farmácia custa de 30 a 90 reais, sendo uma fator no momento de compra. Os brasileiros não estão preparados para o en- velhecimento da população. Por isso resistem ao uso de óculos de leitura. A prova disso é que 60% preferiam estar bem longe dos óculos. Se- gundo Queiroz Neto, médico especialista nesta docência, a vista cansada associada à miopia, hipermetropia ou astigmatismo pode também ser corrigida por lentes de contato multifocais, que oferecem melhor acuidade e campo visual que os óculos. O problema é que a adaptação se torna mais difícil com o envelhecimento por causa da redução lacrimal, comenta. Os bra- sileiros querem parecer mais jovens devido ao crescimento da população e a redução de tempo de trabalho. Até o ano de 1980, quem ti- nha 50 anos já poderia se aposentar por idade. Hoje estes números mudaram – a aposenta- doria se dá por direito aos 70 anos. Isso muda a perspectiva de vida dos brasileitos, pois os mesmos vivem mais e envelhecem mais tarde.  A boa notícia é que a cirurgia para correção da presbiopia acaba de dar um salto de quali- dade. O especialista que faz parte de um sele- to grupo de médicos credenciados a utilizar o laser de femtosegundo, diz que hoje a cirurgia é mais rápida e segura. Isso porque há todo um procedimento em que o centro da córnea é moldado para enxergar de perto e a perife- ria para enxergar de longe. A cirurgia é feita a laser, garantindo maior precisão. As restrições de vendas para óculos crescem devido ao elevado número de pirataria encontrado não só em vendedores ambulantes, mas também em lojas com grandes nomes no mercado.mA Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara, restringiu a comercialização e distribuição de produtos ópticos, como lentes e óculos. No entanto, es- ses produtos continuam a ser comercializados em lojas não autorizadas. A proposta estabe- lece que as armações para óculos, os óculos de proteção solar e os óculos de segurança utilizados no trabalho só poderão ser comer- cializados em estabelecimentos credenciados para essa atividade pela Vigilância Sanitária. A proposta também restringiria a venda de lentes de contato. Em março de 2013, uma resolução do Conselho Federal de Medicina proibiu a venda de lentes de contato em óticas e outros estabelecimentos não especializados. A proposta transformaria essa norma em lei. Quem desrespeitar as normas fica sujeito à apreensão de mercadorias e multa de R$ 682 a R$ 5.967. A fiscalização e a comercialização de produtos ópticos deverão seguir a legisla- ção federal e a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). . Já está em análise no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) um programa de certificação de óculos . A expectativa é que, a partir do ano que vem, já exista um selo capaz de certificar a qualidade dos óculos produzidos no país. 37 Book.indd 45 27/10/2014 03:09:47
  • 47. Nos últimos quatro anos, o Brasil foi o país que mais perdeu posições no ranking mundial de competitividade. De 2010 para 2014, o país caiu do 38° lugar para o 54° entre as 60 eco- nomias analisadas pelo International Institute for Management Development (IMD) e pela Fundação Dom Cabral. O estudo avaliou as condições oferecidas pelos países para que as empresas que atuam nele tenham sucesso na- cional e internacionalmente, promovendo cres- cimento e melhorias nas condições de vida da sua população. Um país competitivo tem bom desempenho econômico, boa infraestrutura e governos e empresas eficientes. Depois do Brasil, entre os que caíram mais po- sições no ranking, nos últimos quatro anos, es- tão Índia, Austrália e Grécia. “De 2010 à 2013, o Brasil vinha perdendo posições relativas, porque a competitividade de outros países es- tava aumentando. Agora em 2014 aconteceu algo diferente, a perda foi absoluta. O Brasil perdeu para ele mesmo. A competitividade, de fato, diminuiu.”, disse Carlos Arruda, professor da Dom Cabral e responsável pela coleta e análise dos dados do estudo. Na passagem de 2013 para 2014, o Brasil per- deu três posições no ranking, passando da 51ª para a 54ª, ficando à frente da Eslovênia, Bul- gária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela. Os primeiros lugares foram ocupados por Esta- dos Unidos, Suiça e Cingapura. “O que levou o Brasil a cair tantas posições nesses últimos anos foi, principalmente, a não implementação dos investimentos em infraes- trutura e a questão energética. Em 2013, o Brasil não teve um bom comportamento nes- se setor e está entre os países com as tarifas mais caras do mundo. Aliado a isso está a dis- ponibilidade energética, que antes não entrava na agenda de preocupação dos empresários”, afirmou Arruda. Além de dados estatísticos, a pesquisa do In- ternational Institute for Management Develop- ment e da Fundação Dom Cabral considera as opiniões de executivos sobre a economia bra- sileira. E esse foi um dos itens que mais contri- buíram para o resultado negativo deste ano, de acordo com o professor. A percepção da comunidade empresarial está negativa e isso foi importante para a queda de posições. Este ano está crítico nesse sentido. Carlos Arruda também atribui parte do desem- penho negativo no ranking à baixa participação do Brasil no comércio Internacional, já que tan- to o setor privado quanto o governo estão foca- dos no consumo interno. O resultado é fruto do declínio das exporta- ções para mercados tradicionais como Argen- tina, União Europeia e Estados Unidos, e do aumento das importações de produtos indus- triais provenientes principalmente da China e de outros países asiáticos. Na avaliação dos executivos ouvidos na pes- quisa, de uma lista de 15 indicadores, os execu- tivos escolheram itens que consideram os mais atrativos da economia brasileira: “dinamismo da economia” e “atitudes abertas e positivas”. Por outro lado, a “competência do governo” e a “regulação tributária” são os apontados como os menos atrativos. No ranking geral deste ano de 2014, o Brasil ocupa posições de destaque quanto ao tama- nho da economia doméstica (7ª posição no in- dicador Consumo das Famílias), à atração de investimentos diretos (7ª posição) e ao empre- go (6ª posição). “No entanto, conforme ponde- ra a pesquisa, esses dados já não sustentam o crescimento do sétimo maior PIB do mundo”. “É importante ressaltar que o país ainda man- tém um percentual significativo do PIB investi- do em educação e saúde, o que é um resultado positivo, pois mostra que há interesse e atitu- des voltadas para a melhoria destes dois fato- res. Porém, diante dos resultados negativos do país nestes pilares, é preciso refletir se esses gastos estão realmente sendo feitos da for- ma eficiente e em que medida as ações estão corretamente direcionadas”, afirmou Arruda. O Produto Interno Bruto (PIB) corresponde à soma dos bens e serviços que um país produz e serve para medir a sua atividade econômica e o nível de riqueza. A pesquisa é feita a partir da análise de dados estatísticos nacionais e internacionais de 2013 a 2014 e de uma pesquisa de opinião com 4 mil executivos realizada entre janeiro e abril deste ano. No Brasil, a pesquisa e a coleta de dados são coordenadas e conduzidas pela Fundação Dom Cabral. O índice que permite aos pesqui- sadores definir posições no ranking é criado a partir da análise comparativa de cada uma das mais 300 variáveis pesquisadas e à distância em relação ao país mais competitivo do rela- tório. Falando sobre o setor ótico, podemos dizer 39 Book.indd 47 27/10/2014 03:09:50
  • 48. que no geral as óticas são estabelecimentos comerciais com autorização sanitária para adaptação, comercialização e dispensação de armações, lentes oftálmicas, óculos de prote- ção solar, lentes de contato e acessórios ópti- cos. Quanto as tendências e oportunidades, po- demos dizer que o mercado da comercializa- ção de óculos está crescendo no Brasil. Jus- tamente por esse motivo, as óticas estão se aperfeiçoando cada vez mais para atender as necessidades e desejos dos consumidores que buscam não apenas um produto com qua- lidade, mais um bom atendimento, ambientes agradáveis, ótimos preços, condições de paga- mentos e variedade de produtos. O segmen- to movimenta atualmente no país 19,5 bilhões por ano. O Brasil está entre os dez países mais impor- tantes com ofertas para o mercado de luxo na área de óticas Premium, que representa uma das mais relevantes oportunidades em poten- cial evolução, comparável à Europa. Atual- mente, as coleções de óculos são cíclicas e se associam diretamente com a marca, aliando o apelo mais fashion às tendências da moda. Em relação aos clientes, podemos dizer que o público consumidor que vai até às óticas é heterogêneo. Quando se refere a óculos cor- retivos, existe certa predominância de clientes que já estejam acima dos 40 anos, pois esse é o período da vida quando a necessidade dos chamados “óculos de leitura” começa a aumen- tar. O público jovem é bastante demandante de óculos de sol, que estejam preferencialmente na moda e sigam as tendências mercadológi- cas. Os clientes tendem a adquirir vários ócu- los, de várias cores e de vários formatos. Podemos dizer que sobre os produtos e servi- ços demandados, devem ter boa qualidade e ser duradouros, além de estarem adequados às últimas tendências da moda e valorizar a beleza do cliente. Há uma tendência de com- binar arte e tecnologia para oferecer o melhor produto, que tenha atributos e características excepcionais e agrade ao consumidor. Atual- mente, os óculos, muito mais do que um arti- fício corretor de uma deficiência visual, se tor- naram parte da estética da moda e os clientes exigem das óticas o atendimento das expecta- tivas mercadológicas. Quanto à concorrência nesse setor, podemos dizer que é de igual para igual, os principais empreendimentos que concorrem com as óti- cas são outras óticas. Não existe uma variação muito grande dos produtos vendidos, já que os estabelecimentos vendem, basicamente, pro- dutos clássicos ou os aliados às tendências. O atendimento personalizado ao cliente faz toda a diferença, pois o consumidor vai escolher qual ótica prefere frequentar. Pirataria Além da concorrência entre as óticas, é de ex- trema importância ressaltar que um dos gran- des entraves do setor são os produtos ilegais, normalmente exportados, que são vendidos por um preço reduzido ao cliente. Esses pro- dutos sem procedência costumam ter custo baixíssimo e qualidade duvidosa. Para o mercado de óculos, o principal pro- blema ainda é a pirataria . Um levantamento mostrou que quase metade dos óculos ven- didos no Brasil é pirata. Estima-se que entre 2006 e 2012, cerca de 70 milhões de unidades de óculos falsificados foram apreendidos no Brasil, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Meirelles de Proteção à Propriedade Intelectual (Imeppi), com base em informações da Receita Federal. Em 2012, a venda de óculos falsos representou 41% do total de vendas de óculos no país, de acordo com levantamento do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP); sendo que em 2010, essa parcela tinha sido de 36%. Esses produtos piratas representam um gran- de risco para a saúde ocular, tanto por atra- sar o diagnóstico de doenças importantes quanto por trazer prejuízos diretos aos olhos. Mesmo consciente de vários prejuízos que esse hábito pode causar, muitos ainda optam por comprá-lo principalmente pelo fato de que o preço é muito inferior a um produto certifica- do com qualidade. “Se existe oferta é porque tem demanda e o consumidor não cuida da sua parte”, afirma Bento Alcoforado, presidente da Abiótica. Os óculos de sol encontrados nos lugared onde aconteceram as apreensões foram lacrados e analisados num laboratório da Universidade de São Paulo. Todas as lentes foram reprovadas. O que os olhos deveriam ver de forma nítida, fica distorcido e embaçado. Além disso, as len- tes falsificadas não têm proteção adequada. 40 Book.indd 48 27/10/2014 03:09:51
  • 49. “Essas pessoas terão uma incidência maior de catarata. Aqueles que vão apresentar catarata aos 80, 90 anos poderão apresentar catara- ta aos 50, 60 anos. Então o preço que se vai pagar é mais para a frente”, alerta Milton Ruiz Alves, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. O Brasil é um país tropical, onde temos sol forte e altas temperaturas quase o ano inteiro. Para aliviar tanto calor e como forma de lazer, grande parte dos brasileiros costumam ir às praias. Sempre lotadas, elas se tornam points de pessoas descoladas e de estilos variados. É exatamente nesse ponto que a pirataria aca- ba disparando na frente: os vendederes ambu- lantes estão exatamente onde o público está, sendo assim, a venda de óculos falsificados em praias e calçadões são extremamente ele- vadas. Diante desses dados devemos salientar as saúdes dos olhos, afinal, temos de um lado as óticas recomendadas, que constituem um mercado responsável, aptas para tratar e indi- car as melhores lentes e armações para cada tipo de problema e de proteção, fiscalizado e regularizado pelos órgãos competentes. E, do outro lado, temos vendedores ambulantes, quiosques improvisados e óticas de procedên- cia duvidosa, sem qualquer tipo de fiscaliza- ção, que, em outras palavras, constituem um mercado obscuro, com profissionais desorde- nados, sem comprometimento no aspecto da saúde e cometendo vários crimes de falsifica- ção de marcas e patentes, ou seja, visando unicamente os resultados financeiros, pouco importando os danos causados aos “clientes”. Você pode se perguntar como típicas lojas de óculos independentes se comparam com as maiores cadeias de lojas de óculos corpora- tivos. A compreensão de seus pontos fortes e fracos ajuda a vender para os clientes no caminho certo. Em geral, lojas de grandes cadeias têm algumas vantagens de custo e de marca, mas lojas independentes, muitas vezes melhor pontuação em um serviço per- sonalizado e útil. Uma área em que as lojas de óculos corpo- rativos muitas vezes mantêm a vantagem é o custo. Porque as grandes cadeias têm maior poder de barganha com fornecedores, nor- malmente podendo oferecer os produtos com menor custo. Este não é sempre o caso, mas muitas cadeias corporativas enfatizam os pre- ços baixos em suas mensagens de marketing. Lojas independentes são fortes no serviço e na personalização, mas as cadeias nor- malmente oferecem um nível consistente de serviços de nomeação e qualidade do produ- to. Você geralmente sabe o que pode espe- rar se for visitar uma cadeia corporativa em vários locais. Lojas de cadeias também têm a capacidade de oferecer descontos de vários produtos, substituição de produtos danificados e outros benefícios de produtos. Essas lojas têm mais dificuldade em cobrir todas as suas necessidades de recursos humanos, como re- cepcionistas e assistentes capazes. Enquanto as lojas independentes podem enfatizar fun- cionários fortes e com experiência mais per- sonalizada para os clientes locais, deixando claro a qualidade do serviço e a experiência em diferenciar-se das demais lojas de cadeia padronizada. Cadeias independentes pontuaram mais em qualidade de óculos acabados na pesquisa da Consumer Reports. Por causa de sua ênfase sobre custos, cadeias de lojas tendem a levar quadros padrão e tentar obter óculos a preços acessíveis para o custo-consciente clientes. Franquias Podemos falar agora sobre as franquias, que são encaradas pela empresa como estratégia de expansão de seus negócios, ampliando o seu acesso ao mercado e consumidores, e tornando esse canal de vendas efetivo para todos os envolvidos no sistema de distribuição de seus produ- tos e serviços. Portanto a operação de Franchising deve estar bem estruturada, implantada e gerida de forma adequada e assim, as principais vantagens para o Franqueador serão as seguintes: Expansão mais rápida – a rapidez do sis- tema de franquias é um dos principais dife- renciais desse formato de negócios, tendo em vista que o investimento maior será feito pelos franqueados individualmente, portanto a necessidade de capital da em- presa é bem menor. Dessa forma, espaços podem ser ocupados mais rapidamente, 41 Book.indd 49 27/10/2014 03:09:51