SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  6
Célula Eucarionte
1. Célula Eucarionte
Estas células possuem um núcleo delimitado por um sistema de membranas (a membrana nuclear ou carioteca),
nitidamente separado do citoplasma. Têm um rico sistema de membranas que formam numerosos compartimentos, separando
entre si os diversos processos metabólicos que ocorrem na célula. Como modelo de células eucariontes, veremos uma célula
animal e uma célula vegetal.

A. A Célula Animal




                                              Como todas as células, possui uma membrana celular (membrana
plasmática ou plasmalema). Sua espessura é de 7,5 nanômetros, o que a torna visível somente ao microscópio eletrônico, no
qual aparece como um sistema de três camadas: duas escuras, eletrodensas, e entre elas uma camada clara. Esta estrutura
trilaminar é chamada unidade de membrana.
Sua composição química é lipoproteica, sendo 75% de proteínas e 25% de gorduras. A membrana controla a entrada e saída
de substâncias da célula, mantendo quase constante a composição do seu meio interno. Possui permeabilidade seletiva,
permitindo a livre passagem de algumas substâncias e não de outras. Engloba partículas (endocitose) por fagocitose
(partículas grandes) ou por pinocitose(partículas pequenas e gotículas).




O citoplasma é constituído por uma substância fundamental amorfa – o hialoplasma ou citosol – que contém água,
proteínas, íons, aminoácidos e outras substâncias. A parte proteica pode sofrer modificações reversíveis em sua estrutura,
aumentando ou diminuindo sua viscosidade, alternando de gel (mais denso) para sol (mais fluido) ou vice-versa.
Mergulhados no hialoplasma estão os organóides e os grânulos de depósito de substâncias diversas, como glicogênio ou
gorduras. Os organóides possuem funções específicas, sendo alguns revestidos por membranas e outros, não.




As mitocôndrias são alongadas ou esféricas, revestidas por dupla membrana lipoproteica. Possuem DNA próprio e capacidade
de autoduplicação. Liberam energia de moléculas orgânicas, como a glicose, transferindo-a para moléculas de ATP. A energia
do ATP é empregada pelas células na realização de trabalho: síntese de substâncias, movimento, divisão celular, etc. Os
processos de oxidação da glicose constituem a respiração celular aeróbica, dependente de oxigênio.
O retículo endoplasmático (RE) é formado por um extenso sistema de túbulos e vesículas revestidas por membrana
lipoproteica. As cavidades deste sistema são chamadas cisternas do RE. Algumas partes têm ribossomos aderidos (RE
rugoso ou granular, também chamado ergastoplasma) e outras partes não os possuem (RE liso). As funções dos dois
tipos são diferentes, e a proporção de cada um depende dos papéis metabólicos da célula. O RE permite a distribuição de
substâncias pelo interior da célula. O RE rugoso é sede de intensa síntese de proteínas. O RE liso produz lipídios, e
algumas substâncias ligadas a ele podem metabolizar substâncias tóxicas, inativando-as.
Os ribossomos são pequenas partículas formadas por proteínas e por RNA ribossômico. São as organelas responsáveis pela
síntese de proteínas.




O complexo de Golgi é constituído por vesículas achatadas ou esféricas, empilhadas e revestidas por membrana lipoproteica.
Nas células animais, geralmente está próximo do núcleo. Relaciona-se com a concentração e o armazenamento de substâncias
produzidas pelas células e com a transferência destas substâncias para grânulos nos quais serão eliminadas da célula.
Participam, portanto, da secreção celular.

Revestidos por membrana lipoproteica, os lisossomos são pequenas vesículas esféricas cheias de enzimas digestivas. Sua
função básica é a digestão celular, que envolve dois processos:
1) digestão de partículas alimentares englobadas pela célula (digestão heterofágica);
2) digestão de organóides inativos ou em degeneração (digestão autofágica).




Próximo ao núcleo, encontra-se um par de centríolos. Cada um é formado por um cilindro constituído por substância amorfa
e microtúbulos. Tem capacidade de autodupli-cação. Participa da divisão celular.
Em algumas células, observam-se cílios e flagelos vibráteis. Os cílios são pequenos e numerosos, enquanto os flagelos são
longos, havendo apenas um ou alguns por célula. Na base dos cílios e flagelos, está o corpúsculo basa, de estrutura idêntica
à dos centríolos.

Os peroxissomos ou microcorpos são pequenas vesículas que contêm enzimas oxidativas. Possuem, também, quase toda a
catalase da célula, enzima que degrada a água oxigenada.
Participam, ainda, da eliminação de outras substâncias tóxicas, como o etanol e o ácido úrico.




                                          Os microtúbulos e os microfilamentos são estruturas filamentares constituídas por
proteínas. Encontram-se no interior dos cílios e de flagelos ou dispersos pelo citoplasma. Participam dos movimentos
celulares e da manutenção da arquitetura celular, formando o citoesqueleto.

Os depósitos ou inclusões citoplasmáticas diferem dos organóides por não possuírem organização nem sistemas
enzimáticos específicos. São depósitos intracelulares de substâncias de reserva (glicogênio ou gordura), de pigmentos
(melanina) ou de cristais.

O núcleo, controlador da atividade celular, é bem individualizado e delimitado por uma dupla membrana, a carioteca ou
membrana nuclear. Seu interior é ocupado pela cariolinfa, na qual está mergulhado o material genético formado por DNA
associado a proteínas, a cromatina. Observa-se, ainda, um corpúsculo denso, esférico, chamado nucléolo.


B. Célula Vegetal
A organização eucariótica da célula vegetal é muito parecida com a da célula animal, apresentando muitas organelas comuns,
como mitocôndrias, retículo endoplasmático, complexo de Golgi, ribossomos, entre outras.
A célula vegetal apresenta estruturas típicas, como a membrana celulósica que reveste externamente a célula vegetal,
sendo constituída basicamente de celulose.
Uma outra estrutura que caracteriza a célula vegetal é o cloroplasto, organela na qual ocorre a fotossíntese.




Na verdade, os cloroplastos são, entre outras, organelas que podem ser classificadas como cromoplastos, pois são organelas
que possuem pigmentos (substâncias coloridas) que absorvem energia luminosa para a realização da fotossíntese.
Entre os cromoplastos, além do cloroplasto que contém clorofila (pigmento verde), existem os xantoplastos, que contém
xantofila (pigmento amarelo), os eritroplastos, que contém a licopeno (pigmento vermelho), e assim por diante.
Quando os plastos não possuem pigmentos coloridos, são chamados de leucoplastos, como os amiloplastos que armazenam
amido.
Observe, no esquema da célula vegetal, que o vacúolo é uma organela com dimensões maiores que na célula animal e ocupa
grande parte do hialoplasma da célula.
Podemos diferenciar a célula vegetal da célula animal também pela ausência dos centríolos nos vegetais superiores.
2. Principais diferenças entre célula animal e vegetal




                                                        Nos tecidos vegetais, as comunicações entre as células são feitas por
meio de estruturas denominadas plasmodesmos.
Os plasmodesmos permitem trocas de materiais entre células vegetais vizinhas por meio de pontes citoplasmáticas.




Outra
Células de Animais

As células animais diferem em forma e tamanho conforme o tipo de tecido a que pertencem. As células dos animais não
possuem parede celular, cloroplastos e o vacúolo central característicos das células de plantas.

De acordo com a sua função, uma célula apresentará organelas mais desenvolvidas do que outras. Assim, células que
secretam grande quantidade de enzimas digestivas, como as do pâncreas, têm o aparelho de Golgi bem desenvolvido.
Podemos citar outro exemplo de especialização celular, as hemácias, em que todo o citoplasma é tomado pelo pigmento
hemoglobina. Por este fato as hemácias não tem núcleo e as outras organelas. Como as hemácias precisam ser carregadas
dentro do líquido circulatório, o sangue, elas têm tamanho pequeno e são de forma redonda.



Células de Vegetais

As células vegetais têm várias formas que dependem de sua função e do tecido a que pertencem. São característicos da célula
vegetal a parede celulósica, os plastos, o vacúolo central.

Certas células vegetais apresentam glioxissomos, que são peroxissomos que têm as enzimas do ciclo do glioxilato, uma via
metabólica que converte lipídios em glicídios quando da germinação das sementes.

Alguns vacúolos acumulam grande quantidade de pigmentos arroxeados, as antocianinas. Deste modo certos órgãos da planta
podem ter cor avermelhada ou arroxeada, como as uvas e as folhas de trapoeraba.
As células vegetais comunicam-se entre si por pontes citoplasmáticas, os plasmodesmos.



Células de Protistas

Os protistas são as algas unicelulares e os protozoários. A célula de um protista é semelhante às células de animais e plantas,
mas há particularidades. Os plastos das algas são diferentes dos das plantas quanto à sua organização interna de membranas
fotossintéticas. Ocorrem cílios e flagelos para a locomoção. Alguns protozoários, como certas amebas, têm envoltórios
protetores, as tecas. Os radiolários e heliozoários possuem um esqueleto intracelular composto de sílica. Os foraminíferos são
dotados de carapaças externas feitas de carbonato de cálcio. As algas diatomáceas possuem carapaças silicosas. Os protistas
podem ainda ter adaptações de forma e estrutura de acordo com o seu modo de vida: parasita, ou de vida livre.



Células de Fungos

As células fúngicas são as hifas. As hifas se apresentam como filamentos curtos ou longos, revestido por uma parede celular
fina e tendo no seu interior a membrana plasmática, o citoplasma e as organelas. Afora a ausência total de plastos e grãos de
amido (os fungos são heterotróficos), a célula de fungo pouco difere das células animais e vegetais. O polissacarídio de
reserva é o glicogênio.

Os fungos se reproduzem por esporos, tipo de célula de cuja germinação se originam as hifas. A membrana dos esporos é
bem diferenciada, possuindo dois estratos: o endospório (interno) e o epispório (externo).



Mais uma

 CITOLOGIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
                                                                       Mariana de Senzi Zancul
                                          Bióloga Faculdade de Ciências Farmacêuticas - UNESP
Existe uma característica comum a todos os seres vivos – eles são formados por pequenas unidades vivas,
chamadas células .
A invenção do microscópio, há menos de 400 anos, possibilitou a descoberta e o estudo das células. Com a
evolução do microscópio foi inaugurado um novo campo de investigação científica, a Citologia , a parte da
biologia que estuda as células.
A Citologia é fundamental para a compreensão de como os organismos funcionam, além de ser um campo de
aplicações importantes. O tratamento de muitas doenças, por exemplo, depende de conhecimentos sobre o
funcionamento e as funções das células.
A célula é definida como a unidade fundamental dos seres vivos, ou a menor unidade capaz de manifestar as
propriedades de um ser vivo. Ela é capaz de sintetizar seus componentes, de crescer e de multiplicar-se. Todos
os seres vivos são compostos desta unidade fundamental, desde as mais simples estruturas, formadas de uma
única célula - chamadas de unicelulares , como as bactérias e os protozoários, até os mais complexos, como o
ser humano e as plantas, que são compostos por muitas células e chamados de organismos pluricelulares. A
exceção são os vírus (agentes infecciosos microscópicos), que ao contrário de todos os seres vivos, não
apresentam organização celular.
As células são formadas por diversas partes que funcionam em conjunto, sendo três os principais componentes:
a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo.
Esquema de célula animal
A membrana plasmática é uma película que envolve e protege a célula. Ela regula a entrada e saída de
substâncias e, através dela, a célula recebe oxigênio e nutrientes e elimina gás carbônico e outras substâncias. O
citoplasma , local onde se processa a maior parte das reações químicas, possui várias organelas celulares,
que são estruturas responsáveis por diversas atividades da célula. O núcleo é a sede de comando das
atividades celulares, onde estão os cromossomos, estruturas que carregam as informações genéticas.
Os seres vivos podem ser divididos em procariontes e eucariontes , dependendo do tipo de estrutura celular
que apresentam.
Os procariontes são unicelulares e têm estrutura celular mais simples, sem núcleo individualizado, ou seja, seu
material genético fica disperso no citoplasma. São representados pelas bactérias.
Os eucariontes têm uma estrutura celular mais complexa e apresentam núcleo. Seu material genético está
separado do citoplasma por uma membrana nuclear. Alguns eucariontes são unicelulares, por exemplo, os
protozoários e algumas algas. Outros, como animais e plantas, são pluricelulares
As células eucariontes são divididas em dois grupos: as animais e as vegetais, que apresentam basicamente os
mesmos componentes celulares, mas possuem algumas diferenças importantes.
As células eucariontes vegetais são revestidas por parede celular, têm um pigmento verde chamado clorofila
(encontrado nos cloroplastos) e grande parte do seu volume é ocupado por um vacúolo central. Estas estruturas
que não estão presentes nas células eucariontes animais.
A forma e o tamanho das células também variam. Cada uma tem forma adaptada à sua função, que é
controlada pelos genes e influenciada por vários fatores externos.
A compreensão das estruturas e funcionamento das células é de fundamental importância para a compreensão
total de Ciências e de Biologia.
 Leia mais sobre o assunto:
AMABIS e MARTHO Biologia: Biologia das Células, v.1. Ed Moderna, 2004.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos:
apresentação dos temas transversais/ Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. 436p.
JUNQUEIRA e CARNEIRO Biologia Celular e Molecular.Ed. Guanabara Koogan, 2000.


Bisuu http://www.trabalhosfeitos.com/search_results.php?query=C
%C3%A9lulas+eucariontes+animais+e+vegetais&start=60

Contenu connexe

Tendances

Introdução a biologia celular
Introdução a biologia celularIntrodução a biologia celular
Introdução a biologia celularJulio D'Almeida
 
Introdução a biologia e citologia objetivo
Introdução a biologia e citologia objetivoIntrodução a biologia e citologia objetivo
Introdução a biologia e citologia objetivoMarcos Albuquerque
 
Ponto da ciência Biologia celular Aula 1
Ponto da ciência Biologia celular Aula 1Ponto da ciência Biologia celular Aula 1
Ponto da ciência Biologia celular Aula 1Adrielly Kétcia
 
Introduçao biologia celular
Introduçao biologia celularIntroduçao biologia celular
Introduçao biologia celularPedro Lopes
 
Introdução a biologia celular - Leitura complementar
Introdução a biologia celular - Leitura complementarIntrodução a biologia celular - Leitura complementar
Introdução a biologia celular - Leitura complementaremanuel
 
Introdução a biologia e citologia objetivo
Introdução a biologia e citologia objetivoIntrodução a biologia e citologia objetivo
Introdução a biologia e citologia objetivoMarcos Albuquerque
 
Resumo de Introdução a Citologia
Resumo de Introdução a CitologiaResumo de Introdução a Citologia
Resumo de Introdução a Citologialoirissimavivi
 
1ª aula biologia celular
1ª aula biologia celular1ª aula biologia celular
1ª aula biologia celularFlávio Silva
 
Organização celular - tipos de célula
Organização celular - tipos de célulaOrganização celular - tipos de célula
Organização celular - tipos de célulaRoberta Almeida
 
A1 origem-organização-celular
A1 origem-organização-celularA1 origem-organização-celular
A1 origem-organização-celularSimone Costa
 
Bio celular e molecular
Bio celular e molecularBio celular e molecular
Bio celular e molecularfamiliaestagio
 
Aula 1 citologia - introdução
Aula 1 citologia - introduçãoAula 1 citologia - introdução
Aula 1 citologia - introduçãoAmarildo César
 
Apresentação sobre células citologia
Apresentação sobre células    citologiaApresentação sobre células    citologia
Apresentação sobre células citologiaTeus_matt
 
Aula 1 origem e evolução das células
Aula 1   origem e evolução das célulasAula 1   origem e evolução das células
Aula 1 origem e evolução das célulasEd_Fis_2015
 

Tendances (20)

Introdução a biologia celular
Introdução a biologia celularIntrodução a biologia celular
Introdução a biologia celular
 
Biologia Celular
Biologia Celular Biologia Celular
Biologia Celular
 
Biologia celular
Biologia celularBiologia celular
Biologia celular
 
Introdução a biologia e citologia objetivo
Introdução a biologia e citologia objetivoIntrodução a biologia e citologia objetivo
Introdução a biologia e citologia objetivo
 
Ponto da ciência Biologia celular Aula 1
Ponto da ciência Biologia celular Aula 1Ponto da ciência Biologia celular Aula 1
Ponto da ciência Biologia celular Aula 1
 
Introduçao biologia celular
Introduçao biologia celularIntroduçao biologia celular
Introduçao biologia celular
 
Caderno De Bio
Caderno De BioCaderno De Bio
Caderno De Bio
 
Citologia
CitologiaCitologia
Citologia
 
Introdução a biologia celular - Leitura complementar
Introdução a biologia celular - Leitura complementarIntrodução a biologia celular - Leitura complementar
Introdução a biologia celular - Leitura complementar
 
Introdução a biologia e citologia objetivo
Introdução a biologia e citologia objetivoIntrodução a biologia e citologia objetivo
Introdução a biologia e citologia objetivo
 
Resumo de Introdução a Citologia
Resumo de Introdução a CitologiaResumo de Introdução a Citologia
Resumo de Introdução a Citologia
 
1ª aula biologia celular
1ª aula biologia celular1ª aula biologia celular
1ª aula biologia celular
 
Biologia Celular
Biologia CelularBiologia Celular
Biologia Celular
 
Organização celular - tipos de célula
Organização celular - tipos de célulaOrganização celular - tipos de célula
Organização celular - tipos de célula
 
A1 origem-organização-celular
A1 origem-organização-celularA1 origem-organização-celular
A1 origem-organização-celular
 
A célula
A célulaA célula
A célula
 
Bio celular e molecular
Bio celular e molecularBio celular e molecular
Bio celular e molecular
 
Aula 1 citologia - introdução
Aula 1 citologia - introduçãoAula 1 citologia - introdução
Aula 1 citologia - introdução
 
Apresentação sobre células citologia
Apresentação sobre células    citologiaApresentação sobre células    citologia
Apresentação sobre células citologia
 
Aula 1 origem e evolução das células
Aula 1   origem e evolução das célulasAula 1   origem e evolução das células
Aula 1 origem e evolução das células
 

En vedette

Questões de Biologia Molecular
Questões de Biologia MolecularQuestões de Biologia Molecular
Questões de Biologia MolecularGilmar Giraldelli
 
Tópico 5 ligacoes quimicas parte 2
Tópico 5   ligacoes quimicas parte 2Tópico 5   ligacoes quimicas parte 2
Tópico 5 ligacoes quimicas parte 2estead2011
 
Bactériasaula raquel
Bactériasaula raquelBactériasaula raquel
Bactériasaula raquelRaquel Freiry
 
Prof Márcio Bandeira interações intermoleculares e funções inorgânicas
Prof Márcio Bandeira   interações intermoleculares e funções inorgânicasProf Márcio Bandeira   interações intermoleculares e funções inorgânicas
Prof Márcio Bandeira interações intermoleculares e funções inorgânicasColégio Municipal Paulo Freire
 
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios Tabela PerióDica Q. Geral 2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios  Tabela PerióDica   Q. Geral    2007Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios  Tabela PerióDica   Q. Geral    2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios Tabela PerióDica Q. Geral 2007Profª Cristiana Passinato
 
Apostila quimica ens medio 000
Apostila quimica ens medio 000Apostila quimica ens medio 000
Apostila quimica ens medio 000resolvidos
 
introducao a quimica basica
introducao a quimica basicaintroducao a quimica basica
introducao a quimica basicaNadson Barros
 
Exercício de imagens 1ª a 3ª semana
Exercício de imagens 1ª a 3ª semana Exercício de imagens 1ª a 3ª semana
Exercício de imagens 1ª a 3ª semana Jaqueline Almeida
 
Aula de Biologia Molecular sobre Síntese de Proteínas
Aula de Biologia Molecular sobre Síntese de ProteínasAula de Biologia Molecular sobre Síntese de Proteínas
Aula de Biologia Molecular sobre Síntese de ProteínasJaqueline Almeida
 
Cronograma aula de Citologia Oncotica
Cronograma aula de Citologia OncoticaCronograma aula de Citologia Oncotica
Cronograma aula de Citologia OncoticaJaqueline Almeida
 
Controle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilizaçãoControle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilizaçãoGildo Crispim
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosAula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosJaqueline Almeida
 
Aula de Biologia Molecular Tipos de mutações e carcinogenese
Aula de Biologia Molecular Tipos de mutações e carcinogeneseAula de Biologia Molecular Tipos de mutações e carcinogenese
Aula de Biologia Molecular Tipos de mutações e carcinogeneseJaqueline Almeida
 

En vedette (20)

Aula sobre células
Aula sobre célulasAula sobre células
Aula sobre células
 
Tipos celulares
Tipos celularesTipos celulares
Tipos celulares
 
Questões de Biologia Molecular
Questões de Biologia MolecularQuestões de Biologia Molecular
Questões de Biologia Molecular
 
Fungos
FungosFungos
Fungos
 
Tópico 5 ligacoes quimicas parte 2
Tópico 5   ligacoes quimicas parte 2Tópico 5   ligacoes quimicas parte 2
Tópico 5 ligacoes quimicas parte 2
 
Bactériasaula raquel
Bactériasaula raquelBactériasaula raquel
Bactériasaula raquel
 
Prof Márcio Bandeira interações intermoleculares e funções inorgânicas
Prof Márcio Bandeira   interações intermoleculares e funções inorgânicasProf Márcio Bandeira   interações intermoleculares e funções inorgânicas
Prof Márcio Bandeira interações intermoleculares e funções inorgânicas
 
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios Tabela PerióDica Q. Geral 2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios  Tabela PerióDica   Q. Geral    2007Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios  Tabela PerióDica   Q. Geral    2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios Tabela PerióDica Q. Geral 2007
 
Apostila quimica ens medio 000
Apostila quimica ens medio 000Apostila quimica ens medio 000
Apostila quimica ens medio 000
 
introducao a quimica basica
introducao a quimica basicaintroducao a quimica basica
introducao a quimica basica
 
Sandrogreco Aula 4 LigaçãO QuíMica
Sandrogreco Aula 4 LigaçãO QuíMicaSandrogreco Aula 4 LigaçãO QuíMica
Sandrogreco Aula 4 LigaçãO QuíMica
 
Exercício de imagens 1ª a 3ª semana
Exercício de imagens 1ª a 3ª semana Exercício de imagens 1ª a 3ª semana
Exercício de imagens 1ª a 3ª semana
 
Aula de Biologia Molecular sobre Síntese de Proteínas
Aula de Biologia Molecular sobre Síntese de ProteínasAula de Biologia Molecular sobre Síntese de Proteínas
Aula de Biologia Molecular sobre Síntese de Proteínas
 
Aula 1 - Biologia Celular
Aula 1 - Biologia CelularAula 1 - Biologia Celular
Aula 1 - Biologia Celular
 
Cronograma aula de Citologia Oncotica
Cronograma aula de Citologia OncoticaCronograma aula de Citologia Oncotica
Cronograma aula de Citologia Oncotica
 
Aula Digital de Química - Óxidos
Aula Digital de Química - ÓxidosAula Digital de Química - Óxidos
Aula Digital de Química - Óxidos
 
Controle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilizaçãoControle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilização
 
Sandrogreco EquilíBrio QuíMico
Sandrogreco EquilíBrio QuíMicoSandrogreco EquilíBrio QuíMico
Sandrogreco EquilíBrio QuíMico
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosAula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
 
Aula de Biologia Molecular Tipos de mutações e carcinogenese
Aula de Biologia Molecular Tipos de mutações e carcinogeneseAula de Biologia Molecular Tipos de mutações e carcinogenese
Aula de Biologia Molecular Tipos de mutações e carcinogenese
 

Similaire à Células eucariontes: estruturas e funções das organelas

Similaire à Células eucariontes: estruturas e funções das organelas (20)

Célula 2
Célula 2Célula 2
Célula 2
 
Organelas
OrganelasOrganelas
Organelas
 
Resumão Citologia
Resumão CitologiaResumão Citologia
Resumão Citologia
 
Explicação da Célula Vegetal
Explicação da Célula Vegetal Explicação da Célula Vegetal
Explicação da Célula Vegetal
 
Biologia
BiologiaBiologia
Biologia
 
Citologia
CitologiaCitologia
Citologia
 
Estruturas Celulares
Estruturas CelularesEstruturas Celulares
Estruturas Celulares
 
Citologia organelas
Citologia   organelasCitologia   organelas
Citologia organelas
 
organização geral das celulas
organização geral das celulasorganização geral das celulas
organização geral das celulas
 
_aula 1 - 8 ano.ppt
_aula 1 - 8 ano.ppt_aula 1 - 8 ano.ppt
_aula 1 - 8 ano.ppt
 
_aula 1 - 8 ano.ppt
_aula 1 - 8 ano.ppt_aula 1 - 8 ano.ppt
_aula 1 - 8 ano.ppt
 
Células Procariontes e Eucariontes
Células Procariontes e EucariontesCélulas Procariontes e Eucariontes
Células Procariontes e Eucariontes
 
Citologia i
Citologia iCitologia i
Citologia i
 
Biologia celular
Biologia celularBiologia celular
Biologia celular
 
Organelas avaliação ii
Organelas   avaliação iiOrganelas   avaliação ii
Organelas avaliação ii
 
Organelas avaliação ii
Organelas   avaliação iiOrganelas   avaliação ii
Organelas avaliação ii
 
Organelas avaliação II
Organelas   avaliação IIOrganelas   avaliação II
Organelas avaliação II
 
Organelas avaliação II
Organelas   avaliação IIOrganelas   avaliação II
Organelas avaliação II
 
Citoplasma e algumas de suas organelas
Citoplasma  e  algumas  de suas organelasCitoplasma  e  algumas  de suas organelas
Citoplasma e algumas de suas organelas
 
CéLulas EucarióTicas
CéLulas EucarióTicasCéLulas EucarióTicas
CéLulas EucarióTicas
 

Dernier

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptAlberto205764
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 

Dernier (8)

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 

Células eucariontes: estruturas e funções das organelas

  • 1. Célula Eucarionte 1. Célula Eucarionte Estas células possuem um núcleo delimitado por um sistema de membranas (a membrana nuclear ou carioteca), nitidamente separado do citoplasma. Têm um rico sistema de membranas que formam numerosos compartimentos, separando entre si os diversos processos metabólicos que ocorrem na célula. Como modelo de células eucariontes, veremos uma célula animal e uma célula vegetal. A. A Célula Animal Como todas as células, possui uma membrana celular (membrana plasmática ou plasmalema). Sua espessura é de 7,5 nanômetros, o que a torna visível somente ao microscópio eletrônico, no qual aparece como um sistema de três camadas: duas escuras, eletrodensas, e entre elas uma camada clara. Esta estrutura trilaminar é chamada unidade de membrana. Sua composição química é lipoproteica, sendo 75% de proteínas e 25% de gorduras. A membrana controla a entrada e saída de substâncias da célula, mantendo quase constante a composição do seu meio interno. Possui permeabilidade seletiva, permitindo a livre passagem de algumas substâncias e não de outras. Engloba partículas (endocitose) por fagocitose (partículas grandes) ou por pinocitose(partículas pequenas e gotículas). O citoplasma é constituído por uma substância fundamental amorfa – o hialoplasma ou citosol – que contém água, proteínas, íons, aminoácidos e outras substâncias. A parte proteica pode sofrer modificações reversíveis em sua estrutura, aumentando ou diminuindo sua viscosidade, alternando de gel (mais denso) para sol (mais fluido) ou vice-versa. Mergulhados no hialoplasma estão os organóides e os grânulos de depósito de substâncias diversas, como glicogênio ou gorduras. Os organóides possuem funções específicas, sendo alguns revestidos por membranas e outros, não. As mitocôndrias são alongadas ou esféricas, revestidas por dupla membrana lipoproteica. Possuem DNA próprio e capacidade de autoduplicação. Liberam energia de moléculas orgânicas, como a glicose, transferindo-a para moléculas de ATP. A energia do ATP é empregada pelas células na realização de trabalho: síntese de substâncias, movimento, divisão celular, etc. Os processos de oxidação da glicose constituem a respiração celular aeróbica, dependente de oxigênio.
  • 2. O retículo endoplasmático (RE) é formado por um extenso sistema de túbulos e vesículas revestidas por membrana lipoproteica. As cavidades deste sistema são chamadas cisternas do RE. Algumas partes têm ribossomos aderidos (RE rugoso ou granular, também chamado ergastoplasma) e outras partes não os possuem (RE liso). As funções dos dois tipos são diferentes, e a proporção de cada um depende dos papéis metabólicos da célula. O RE permite a distribuição de substâncias pelo interior da célula. O RE rugoso é sede de intensa síntese de proteínas. O RE liso produz lipídios, e algumas substâncias ligadas a ele podem metabolizar substâncias tóxicas, inativando-as. Os ribossomos são pequenas partículas formadas por proteínas e por RNA ribossômico. São as organelas responsáveis pela síntese de proteínas. O complexo de Golgi é constituído por vesículas achatadas ou esféricas, empilhadas e revestidas por membrana lipoproteica. Nas células animais, geralmente está próximo do núcleo. Relaciona-se com a concentração e o armazenamento de substâncias produzidas pelas células e com a transferência destas substâncias para grânulos nos quais serão eliminadas da célula. Participam, portanto, da secreção celular. Revestidos por membrana lipoproteica, os lisossomos são pequenas vesículas esféricas cheias de enzimas digestivas. Sua função básica é a digestão celular, que envolve dois processos: 1) digestão de partículas alimentares englobadas pela célula (digestão heterofágica); 2) digestão de organóides inativos ou em degeneração (digestão autofágica). Próximo ao núcleo, encontra-se um par de centríolos. Cada um é formado por um cilindro constituído por substância amorfa e microtúbulos. Tem capacidade de autodupli-cação. Participa da divisão celular. Em algumas células, observam-se cílios e flagelos vibráteis. Os cílios são pequenos e numerosos, enquanto os flagelos são longos, havendo apenas um ou alguns por célula. Na base dos cílios e flagelos, está o corpúsculo basa, de estrutura idêntica à dos centríolos. Os peroxissomos ou microcorpos são pequenas vesículas que contêm enzimas oxidativas. Possuem, também, quase toda a catalase da célula, enzima que degrada a água oxigenada.
  • 3. Participam, ainda, da eliminação de outras substâncias tóxicas, como o etanol e o ácido úrico. Os microtúbulos e os microfilamentos são estruturas filamentares constituídas por proteínas. Encontram-se no interior dos cílios e de flagelos ou dispersos pelo citoplasma. Participam dos movimentos celulares e da manutenção da arquitetura celular, formando o citoesqueleto. Os depósitos ou inclusões citoplasmáticas diferem dos organóides por não possuírem organização nem sistemas enzimáticos específicos. São depósitos intracelulares de substâncias de reserva (glicogênio ou gordura), de pigmentos (melanina) ou de cristais. O núcleo, controlador da atividade celular, é bem individualizado e delimitado por uma dupla membrana, a carioteca ou membrana nuclear. Seu interior é ocupado pela cariolinfa, na qual está mergulhado o material genético formado por DNA associado a proteínas, a cromatina. Observa-se, ainda, um corpúsculo denso, esférico, chamado nucléolo. B. Célula Vegetal A organização eucariótica da célula vegetal é muito parecida com a da célula animal, apresentando muitas organelas comuns, como mitocôndrias, retículo endoplasmático, complexo de Golgi, ribossomos, entre outras. A célula vegetal apresenta estruturas típicas, como a membrana celulósica que reveste externamente a célula vegetal, sendo constituída basicamente de celulose. Uma outra estrutura que caracteriza a célula vegetal é o cloroplasto, organela na qual ocorre a fotossíntese. Na verdade, os cloroplastos são, entre outras, organelas que podem ser classificadas como cromoplastos, pois são organelas que possuem pigmentos (substâncias coloridas) que absorvem energia luminosa para a realização da fotossíntese. Entre os cromoplastos, além do cloroplasto que contém clorofila (pigmento verde), existem os xantoplastos, que contém xantofila (pigmento amarelo), os eritroplastos, que contém a licopeno (pigmento vermelho), e assim por diante. Quando os plastos não possuem pigmentos coloridos, são chamados de leucoplastos, como os amiloplastos que armazenam amido. Observe, no esquema da célula vegetal, que o vacúolo é uma organela com dimensões maiores que na célula animal e ocupa grande parte do hialoplasma da célula. Podemos diferenciar a célula vegetal da célula animal também pela ausência dos centríolos nos vegetais superiores.
  • 4. 2. Principais diferenças entre célula animal e vegetal Nos tecidos vegetais, as comunicações entre as células são feitas por meio de estruturas denominadas plasmodesmos. Os plasmodesmos permitem trocas de materiais entre células vegetais vizinhas por meio de pontes citoplasmáticas. Outra Células de Animais As células animais diferem em forma e tamanho conforme o tipo de tecido a que pertencem. As células dos animais não possuem parede celular, cloroplastos e o vacúolo central característicos das células de plantas. De acordo com a sua função, uma célula apresentará organelas mais desenvolvidas do que outras. Assim, células que secretam grande quantidade de enzimas digestivas, como as do pâncreas, têm o aparelho de Golgi bem desenvolvido. Podemos citar outro exemplo de especialização celular, as hemácias, em que todo o citoplasma é tomado pelo pigmento hemoglobina. Por este fato as hemácias não tem núcleo e as outras organelas. Como as hemácias precisam ser carregadas dentro do líquido circulatório, o sangue, elas têm tamanho pequeno e são de forma redonda. Células de Vegetais As células vegetais têm várias formas que dependem de sua função e do tecido a que pertencem. São característicos da célula vegetal a parede celulósica, os plastos, o vacúolo central. Certas células vegetais apresentam glioxissomos, que são peroxissomos que têm as enzimas do ciclo do glioxilato, uma via metabólica que converte lipídios em glicídios quando da germinação das sementes. Alguns vacúolos acumulam grande quantidade de pigmentos arroxeados, as antocianinas. Deste modo certos órgãos da planta podem ter cor avermelhada ou arroxeada, como as uvas e as folhas de trapoeraba.
  • 5. As células vegetais comunicam-se entre si por pontes citoplasmáticas, os plasmodesmos. Células de Protistas Os protistas são as algas unicelulares e os protozoários. A célula de um protista é semelhante às células de animais e plantas, mas há particularidades. Os plastos das algas são diferentes dos das plantas quanto à sua organização interna de membranas fotossintéticas. Ocorrem cílios e flagelos para a locomoção. Alguns protozoários, como certas amebas, têm envoltórios protetores, as tecas. Os radiolários e heliozoários possuem um esqueleto intracelular composto de sílica. Os foraminíferos são dotados de carapaças externas feitas de carbonato de cálcio. As algas diatomáceas possuem carapaças silicosas. Os protistas podem ainda ter adaptações de forma e estrutura de acordo com o seu modo de vida: parasita, ou de vida livre. Células de Fungos As células fúngicas são as hifas. As hifas se apresentam como filamentos curtos ou longos, revestido por uma parede celular fina e tendo no seu interior a membrana plasmática, o citoplasma e as organelas. Afora a ausência total de plastos e grãos de amido (os fungos são heterotróficos), a célula de fungo pouco difere das células animais e vegetais. O polissacarídio de reserva é o glicogênio. Os fungos se reproduzem por esporos, tipo de célula de cuja germinação se originam as hifas. A membrana dos esporos é bem diferenciada, possuindo dois estratos: o endospório (interno) e o epispório (externo). Mais uma CITOLOGIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL Mariana de Senzi Zancul Bióloga Faculdade de Ciências Farmacêuticas - UNESP Existe uma característica comum a todos os seres vivos – eles são formados por pequenas unidades vivas, chamadas células . A invenção do microscópio, há menos de 400 anos, possibilitou a descoberta e o estudo das células. Com a evolução do microscópio foi inaugurado um novo campo de investigação científica, a Citologia , a parte da biologia que estuda as células. A Citologia é fundamental para a compreensão de como os organismos funcionam, além de ser um campo de aplicações importantes. O tratamento de muitas doenças, por exemplo, depende de conhecimentos sobre o funcionamento e as funções das células. A célula é definida como a unidade fundamental dos seres vivos, ou a menor unidade capaz de manifestar as propriedades de um ser vivo. Ela é capaz de sintetizar seus componentes, de crescer e de multiplicar-se. Todos os seres vivos são compostos desta unidade fundamental, desde as mais simples estruturas, formadas de uma única célula - chamadas de unicelulares , como as bactérias e os protozoários, até os mais complexos, como o ser humano e as plantas, que são compostos por muitas células e chamados de organismos pluricelulares. A exceção são os vírus (agentes infecciosos microscópicos), que ao contrário de todos os seres vivos, não apresentam organização celular. As células são formadas por diversas partes que funcionam em conjunto, sendo três os principais componentes: a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo.
  • 6. Esquema de célula animal A membrana plasmática é uma película que envolve e protege a célula. Ela regula a entrada e saída de substâncias e, através dela, a célula recebe oxigênio e nutrientes e elimina gás carbônico e outras substâncias. O citoplasma , local onde se processa a maior parte das reações químicas, possui várias organelas celulares, que são estruturas responsáveis por diversas atividades da célula. O núcleo é a sede de comando das atividades celulares, onde estão os cromossomos, estruturas que carregam as informações genéticas. Os seres vivos podem ser divididos em procariontes e eucariontes , dependendo do tipo de estrutura celular que apresentam. Os procariontes são unicelulares e têm estrutura celular mais simples, sem núcleo individualizado, ou seja, seu material genético fica disperso no citoplasma. São representados pelas bactérias. Os eucariontes têm uma estrutura celular mais complexa e apresentam núcleo. Seu material genético está separado do citoplasma por uma membrana nuclear. Alguns eucariontes são unicelulares, por exemplo, os protozoários e algumas algas. Outros, como animais e plantas, são pluricelulares As células eucariontes são divididas em dois grupos: as animais e as vegetais, que apresentam basicamente os mesmos componentes celulares, mas possuem algumas diferenças importantes. As células eucariontes vegetais são revestidas por parede celular, têm um pigmento verde chamado clorofila (encontrado nos cloroplastos) e grande parte do seu volume é ocupado por um vacúolo central. Estas estruturas que não estão presentes nas células eucariontes animais. A forma e o tamanho das células também variam. Cada uma tem forma adaptada à sua função, que é controlada pelos genes e influenciada por vários fatores externos. A compreensão das estruturas e funcionamento das células é de fundamental importância para a compreensão total de Ciências e de Biologia. Leia mais sobre o assunto: AMABIS e MARTHO Biologia: Biologia das Células, v.1. Ed Moderna, 2004. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais/ Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. 436p. JUNQUEIRA e CARNEIRO Biologia Celular e Molecular.Ed. Guanabara Koogan, 2000. Bisuu http://www.trabalhosfeitos.com/search_results.php?query=C %C3%A9lulas+eucariontes+animais+e+vegetais&start=60