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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
DINÂMICA DE GRUPO E RECURSOS HUMANOS I
ANDRÉA LILIAM SILVA DA PAIXÃO – DRE: 100121475
DINÂMICA DE GRUPO NO CONTEXTO ESCOLAR
RIO DE JANEIRO, 26 DE JUNHO DE 2008.
APRESENTAÇÃO
Este trabalho pretende considerar os pontos de vista de duas professoras sobre a
Dinâmica de Grupo e a aplicação das técnicas nas salas de aula de uma escola pública de
ensino Fundamental para logo após fazer uma comparação entre a prática da aplicação de
dinâmica de grupo pelas profissionais de educação supracitadas e a teoria estudada no curso
de DGRH I no Instituto de Psicologia – UFRJ no 1º semestre de 2008 sob a regência da
Professora Virgínia Drummond.
FUNDAMENTAÇÃO
O professor regente, na escola pública, traz para a turma que assume em sala de aula
uma base que é a concepção pedagógica a partir da qual olhará para seus alunos e empregará
técnicas que julga serem os instrumentos mais adequados para levá-los a assimilarem os
conteúdos propostos pelo currículo escolar. Muito embora o professor possa ter uma visão
mais renovada1, na realidade, ele se depara com uma instituição cuja visão da educação é,
geralmente, mais conservadora, mais tradicional2.
O papel da escola pode ser resumido em linhas muito gerais como o de preparar a
criança para a vida em sociedade, segundo a concepção de Herbart. Em sua teoria a escola
deveria produzir “pessoas capazes de dominar e reproduzir um determinado saber intelectual e
principalmente moral” (Ghiraldelli, 2002).
Mas, para Dewey, “a atividade escolar deve centrar-se em situações de experiência onde
são ativados as potencialidades, necessidades e interesses naturais da criança” (Libâneo,
1997). Para Dewey o “conhecimento que resolve problemas é o conhecimento do
conhecimento de resolver problemas” (Ghiraldelli, 2002). E para ficar bem clara sua oposição
a Herbart, para Dewey, não se tratava de preparar a criança para a vida em sociedade, porque
a escola já era a vida em sociedade.
Segundo Bock & col. (2002) as concepções pedagógicas criam um problema para a
escola quando isolam-na da sociedade, colocando-a no papel de mediadora entre as crianças e
a sociedade para o qual estão sendo preparadas, mas ao mesmo tempo separando-a da
1 Concepção onde podemos destacara valorização da criança como dotada de liberdade, iniciativa e interesses
próprios (Libâneo, 1997).
2 Concepção onde prepondera a ação de agentes externos na formação do aluno, onde a transmissão do saber é
proporcionada pela palavra do professore pela observação sensorial.( Libâneo, 1997).
sociedade a pretexto de assim se proteger a criança dessa mesma sociedade.
ENTREVISTAS
Bianca é professora graduada em pedagogia, e letras e dá aulas para a turma do 4º ano3
na Escola Municipal Brasil, em Olaria, onde está em exercício desde 2007, quando tomou
posse do cargo público. Naquela ocasião, ao assumir a turma, buscou seguir os métodos da
professora anterior, para facilitar a regência, pois se tratava de uma turma, que era
considerada, na época, uma turma difícil4, pela escola.
Bianca costuma aplicar o recurso da dinâmica de grupo em sala de aula, com seus
alunos, no início do ano letivo, e também, antes de começar a dar uma matéria nova. Para ela,
nesse contexto supracitado, o objetivo ao empregar técnicas de dinâmica de grupo consiste
em:
1 Promover a socialização entre os alunos – geralmente no início do ano letivo;
100011580 Trabalhar determinados conteúdos – no que concerne à matéria,
disciplina;
100011581 Trabalhar valores morais de forma lúdica – não só relativos à matéria,
mas quando surge alguma necessidade em especial, ou mesmo conflitos entre
alunos.
“Normalmente para a realização de uma dinâmica, apresenta-se às atividades que
devem ser realizadas, realiza-se as atividades e termina-se com o fechamento, tentando
conduzir a conclusão de acordo com o objetivo da dinâmica”.
A professora Luiselena trabalha na mesma escola, é formada em pedagogia e dá aula
para crianças do 1º ao 5º ano; em 2008, quando completa tempo de exercício para se
aposentar, está trabalhando com duas turmas de nível fundamental: uma de nível inicial e
outra de intermediário5, ambas do 1º ciclo.
É uma professora que costuma lançar mão de recursos inovadores tanto dentro de sala
quanto fora. Enquanto as outras turmas formam duas filas sempre uma de meninos e outra de
meninas para se dirigir à sala de aula, ao recreio, saída, as turmas de Luiselena formam uma
única fila com meninos e meninas intercalados. Na sala de aula as carteiras são arrumadas em
3 Antiga 3ª série.
4 Barulhentos, bagunceiros, fracos de conteúdo,etc.
5 Antigos C. A. e 1ª série.
grupos ou em plenária — onde os mais comportados vigiam os mais levados. Suas reuniões
com pais e responsável também não ficam atrás, quando informa quais a técnicas que tem
utilizado com os alunos em classe e busca retorno dos pais. Nessas reuniões também surgem
atividades com técnicas de dinâmica de grupo para levantar, por exemplo, quais as mudanças
que os pais percebem na criança entre um período e outro: “do ano passado para cá, do
trimestre passado para cá, você percebeu alguma melhora em seu filho? Sim? Não? Qual?”
Luiselena tem como maior preocupação em seu trabalho como professora e educadora
formar cidadãos autônomos dentro do contexto escolar da Rede Pública Municipal, e segundo
ela mesma ao aplicar a dinâmica de grupo é este o objetivo a ser alcançado.
Embora tenha formação em pedagogia, lastima que durante sua formação, as aulas onde
deveria ser abordada a dinâmica de grupos tenham se limitado ao emprego de técnicas junto à
turma pelo professor, por este motivo a prática ficou desvinculada de uma teoria naquela
época segundo seu ponto de vista.
Não tendo assim formação específica em dinâmica de grupos, Luiselena se considera
autodidata e faz pesquisa em livros e assim escolhe atividades que sejam adequadas às
situações observadas em classe que necessitam de intervenção ou faz adaptações das técnicas,
quando há necessidade.
Para Luiselena com a dinâmica de grupo é possível “promover a integração do grupo,
promovendo um ambiente de reflexão, sobre o comportamento individual, em grupo ou
parcerias”.
Na prática, Luiselena utiliza a dinâmica de grupo como um recurso para:
1 Para promover a integração do grupo
2 Discutir assuntos que emergem durante as aulas, ou recreios, através de suas
observações do convívio e comportamento dos alunos;
3 Tratar problemas de convívio entre os colegas;
4 Promover a aceitação pelo grupo das crianças com dificuldade de inserção.
“Quase sempre trago para o grupo sob a forma de jogo ou brincadeira; na maioria das
vezes escolho dinâmicas que envolvem música, poesia, expressão gráfica”, diz Luiselena.
Houve uma ocasião em que foi aplicada uma dinâmica de grupo para tratar de uma
situação na qual um menino tinha por hábito de provocar os colegas, mas quando estes
colegas reagiam, aquele encarava como tendo sido vítima de racismo: “isso é porque eu sou
negro!” Se tirava uma nota baixa, ou se não se sai tão bem como esperava nas atividades de
classe, a mesma afirmação surgia.
Na maioria das vezes, Luiselena considera o trabalho realizado com saldo positivo, isto
é, os objetivos esperados são alcançados com a aplicação das dinâmicas. A utilização da
dinâmica pode ser considera como uma “novidade” entrando à sala de aula, diz ela, e só isso
já possui uma conotação positiva para o professor e para os alunos, pois quebra a monotonia
das aulas exclusivamente expositivas, em que o professor fala e o aluno ouve, em que o
professor ensina e o aluno aprende... Naturalmente é esse aspecto de novidade que leva os
alunos a se empenharem nas atividades propostas durante as dinâmicas, e que deveria ser
aplicada de uma forma mais consistente nas escolas públicas, afirma Luiselena; “é uma forma
diferente entrando à sala de aula”. Através das dinâmicas as crianças são levadas a falar o que
entendem sobre o tema abordado. Cada criança pode falar sem se preocupar com emissão de
julgamento por parte da professora, ou das outras crianças, pois há um acordo prévio de que
quem ouve o colega enquanto este fala, também será ouvido quando chegar sua vez. Luiselena
acredita que a dinâmica de grupo deveria ser uma prática comum na sala de aula das escolas
públicas tendo em vista que em suas próprias turmas a dinâmica de grupo tem ajudado e
levado as crianças a encararem as situações que surgem em sala de aula de maneira mais
positiva e isso, é claro, se reverte em um convívio melhor do grupo bem como num melhor
desempenho deste nas atividades escolares.
COMENTÁRIO
Embora ambas as professoras utilizem técnicas de dinâmica de grupo em sala de aula,
nenhuma conseguiu se lembrar de um autor, as explicações foram as mesmas; “não lembro do
autor, mas posso pesquisar isso em casa”, todas duas tinham um material impresso de onde
selecionavam as dinâmicas, mas não lembraram de nenhum autor no momento da entrevista,
fator que talvez indique uma prática sem embasamento teórico mais aprofundado como já
havia sido mencionado pela própria Luiselena, mas nem por isso sem efeito.
As técnicas são aplicadas em sala de aula com intuito de auxiliar a aprendizagem das
crianças, mas também são utilizadas na formação de hábitos e mudança de comportamento,
especificamente com relação ao menino da turma da Luiselena, confrontar a auto-imagem
com a realidade.
Lewin ao trabalhar com pesquisa sobre dinâmica de grupos já havia demonstrado "como
é mais fácil mudar atitudes coletivas do que individuais e de contra partida que mudanças
individuais se revelam fáceis em decorrência da mudança de hábitos enraizados no grupo.
A utilização do recurso de discussões para tratar de assuntos emergentes, convívio e
comportamento das crianças também encontra respaldo na pesquisa e teoria de Lewim que
demonstrou que as discussões em grupo favorecem maior grau de interação e interpretação
dos componentes do grupo social o que resulta no maior êxito com relação à mudanças de
hábito em comparação a utilização do discurso como instrumento ou mesmo conferência, por
maior que seja a competência do conferencista". O trabalho de Lewim revelou ainda que a
mudança, através das discussões, nos padrões incorporados ao grupo obedecem a uma
seqüência: "descristalização dos hábitos enraizados; promoção de novas normas a serem
fixadas; e consolidação das novas normas de comportamento social".
Ambas as professoras entrevistadas consideram a dinâmica de grupo como um recurso,
ou conjunto de técnicas que encontra espaço importante em sala de aula, mas é interessante
pontuar algumas diferenciações nos objetivos propostos, identificados nos quadros a seguir:
A B
Promover a integração
do grupo;
Promover um ambiente
de reflexão;
Formar cidadãos
autônomos dentro do
contexto escolar da Rede
Pública Municipal
Promover a
socialização entre os
alunos;
Trabalhar valores
morais;
Trabalhar
determinados conteúdos
LUISELENABIANCA
A idéia de manejo de grupo, que encontramos proposta em Lewin, parece estar em
conformidade com a postura das professoras tendo em vista os objetivos propostos na
aplicação da dinâmica de grupo:
1 Facilitar que indivíduo se conscientize de estar no grupo – quadros A e B.
2 Facilitar que o grupo se conscientize como grupo ou descubra como grupo e
direcione os interesses do próprio grupo – quadro B.
No entanto os objetivos listados no quadro B parecem indicar mais uma abordagem não
diretiva e um posicionamento de facilitador mais congruente com a teoria de Carl Rogers, no
que diz respeito à reflexão e à autonomia. É preciso lembrar ainda a questão do poder falar
sem se preocupar com emissão de julgamento do professor, que mesmo não tendo sido
exposta no quadro ficou bem clara durante a entrevista como método, e a realidade percebida
pelo cliente considerando que a reflexão é pessoal e parte a princípio da percepção de uma
realidade.
O postulado de Schutz a respeito da necessidade de aceitação, de compreensão, de
inclusão, ou necessidade de relacionamento interpessoal é contemplado tanto pelo quadro A
quanto B. “A necessidade interpessoal só pode ser satisfeita através do relacionamento com os
outros e a não satisfação dessa necessidade gera no organismo o mesmo sentimento de
ansiedade ou frustração que a não satisfação de necessidades como alimentação, sono, calor,
etc”. Mas ainda há uma diferença termos empregados socialização de alunos e integração do
grupo, esta última demonstra uma visão de que na sala de aula as crianças já constituem um
grupo antes mesmo de qualquer intervenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Lewin não percebe indivíduo e meio como entidades isoladas. Motivações fisiológicas e
sociais seriam expressões de uma estrutura que é o campo psicológico. A noção de campo
psicológico de grupo implica considerar a realidade tal como percebida pelo próprio grupo.
Grupo e meio ambiente constituem “um campo dinâmico, cuja estabilidade e alterações se
podem explicar pelo jogo de forças psicossocias, tais como pressões de normas, resistência de
barreiras, busca de metas, etc”6.
A sala de aula, assim como a escola, constitui um grupo, onde a crianças, em fase
escolar, estão envolvidas e onde precisam alcançar metas, como assimilação de informação,
conhecimento, etc. Mas a escola também é um meio onde as crianças precisam interagir com
outros – colegas e funcionários. Nesse ambiente a criança precisa observar normas, ser
integrado, aprender, etc. Shutz já mostrou as implicações de um comprometimento nas
relações interpessoais e certamente tais implicações envolvem o desempenho escolar da
criança. Visão compartilhada pela professoras Bianca e Luiselena, daí a escolha em utilizar os
recursos da dinâmica de grupo em sala de aula, como um recurso recorrente devido aos
resultados que traz, pois é um recurso que contempla a criança quanto individualmente ao
grupo onde ela está imersa, e que segundo os relatos das professoras favorecem desde a
apreensão de conteúdos até a formação de um cidadão com autonomia para atuar em
sociedade de forma crítica. A dinâmicas de grupo aplicada em sala de aula acaba por criar um
ambiente mais favorável a ação da criança e lhe, assim, experienciar um mundo mais próximo
da realidade.
“A educação é o resultado da interação entre o organismo e o meio através da
experiência e da reconstrução da reconstrução da experiência" (John Dewey, 1859-1952).
REFERÊNCIAS
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O. & TEIXEIRA, M. T. Psicologias: uma introdução
ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva; 2002.
FADIMAN, J. & FRAGER, R. Teorias da personalidade. São Paulo: Habras; 2002.
GHIRALDELLI JR, Paulo. Filosofia da educação. RJ: DP&A, 2002.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1997.
"http://pt.wikipedia.org/wiki/Socializa%C3%A7%C3%A3o"
6 Estabilidade quase estacionária.
Dinâmica de grupos no contexto escolar

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Dinâmica de grupos no contexto escolar

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DINÂMICA DE GRUPO E RECURSOS HUMANOS I ANDRÉA LILIAM SILVA DA PAIXÃO – DRE: 100121475 DINÂMICA DE GRUPO NO CONTEXTO ESCOLAR RIO DE JANEIRO, 26 DE JUNHO DE 2008.
  • 2. APRESENTAÇÃO Este trabalho pretende considerar os pontos de vista de duas professoras sobre a Dinâmica de Grupo e a aplicação das técnicas nas salas de aula de uma escola pública de ensino Fundamental para logo após fazer uma comparação entre a prática da aplicação de dinâmica de grupo pelas profissionais de educação supracitadas e a teoria estudada no curso de DGRH I no Instituto de Psicologia – UFRJ no 1º semestre de 2008 sob a regência da Professora Virgínia Drummond. FUNDAMENTAÇÃO O professor regente, na escola pública, traz para a turma que assume em sala de aula uma base que é a concepção pedagógica a partir da qual olhará para seus alunos e empregará técnicas que julga serem os instrumentos mais adequados para levá-los a assimilarem os conteúdos propostos pelo currículo escolar. Muito embora o professor possa ter uma visão mais renovada1, na realidade, ele se depara com uma instituição cuja visão da educação é, geralmente, mais conservadora, mais tradicional2. O papel da escola pode ser resumido em linhas muito gerais como o de preparar a criança para a vida em sociedade, segundo a concepção de Herbart. Em sua teoria a escola deveria produzir “pessoas capazes de dominar e reproduzir um determinado saber intelectual e principalmente moral” (Ghiraldelli, 2002). Mas, para Dewey, “a atividade escolar deve centrar-se em situações de experiência onde são ativados as potencialidades, necessidades e interesses naturais da criança” (Libâneo, 1997). Para Dewey o “conhecimento que resolve problemas é o conhecimento do conhecimento de resolver problemas” (Ghiraldelli, 2002). E para ficar bem clara sua oposição a Herbart, para Dewey, não se tratava de preparar a criança para a vida em sociedade, porque a escola já era a vida em sociedade. Segundo Bock & col. (2002) as concepções pedagógicas criam um problema para a escola quando isolam-na da sociedade, colocando-a no papel de mediadora entre as crianças e a sociedade para o qual estão sendo preparadas, mas ao mesmo tempo separando-a da 1 Concepção onde podemos destacara valorização da criança como dotada de liberdade, iniciativa e interesses próprios (Libâneo, 1997). 2 Concepção onde prepondera a ação de agentes externos na formação do aluno, onde a transmissão do saber é proporcionada pela palavra do professore pela observação sensorial.( Libâneo, 1997).
  • 3. sociedade a pretexto de assim se proteger a criança dessa mesma sociedade. ENTREVISTAS Bianca é professora graduada em pedagogia, e letras e dá aulas para a turma do 4º ano3 na Escola Municipal Brasil, em Olaria, onde está em exercício desde 2007, quando tomou posse do cargo público. Naquela ocasião, ao assumir a turma, buscou seguir os métodos da professora anterior, para facilitar a regência, pois se tratava de uma turma, que era considerada, na época, uma turma difícil4, pela escola. Bianca costuma aplicar o recurso da dinâmica de grupo em sala de aula, com seus alunos, no início do ano letivo, e também, antes de começar a dar uma matéria nova. Para ela, nesse contexto supracitado, o objetivo ao empregar técnicas de dinâmica de grupo consiste em: 1 Promover a socialização entre os alunos – geralmente no início do ano letivo; 100011580 Trabalhar determinados conteúdos – no que concerne à matéria, disciplina; 100011581 Trabalhar valores morais de forma lúdica – não só relativos à matéria, mas quando surge alguma necessidade em especial, ou mesmo conflitos entre alunos. “Normalmente para a realização de uma dinâmica, apresenta-se às atividades que devem ser realizadas, realiza-se as atividades e termina-se com o fechamento, tentando conduzir a conclusão de acordo com o objetivo da dinâmica”. A professora Luiselena trabalha na mesma escola, é formada em pedagogia e dá aula para crianças do 1º ao 5º ano; em 2008, quando completa tempo de exercício para se aposentar, está trabalhando com duas turmas de nível fundamental: uma de nível inicial e outra de intermediário5, ambas do 1º ciclo. É uma professora que costuma lançar mão de recursos inovadores tanto dentro de sala quanto fora. Enquanto as outras turmas formam duas filas sempre uma de meninos e outra de meninas para se dirigir à sala de aula, ao recreio, saída, as turmas de Luiselena formam uma única fila com meninos e meninas intercalados. Na sala de aula as carteiras são arrumadas em 3 Antiga 3ª série. 4 Barulhentos, bagunceiros, fracos de conteúdo,etc. 5 Antigos C. A. e 1ª série.
  • 4. grupos ou em plenária — onde os mais comportados vigiam os mais levados. Suas reuniões com pais e responsável também não ficam atrás, quando informa quais a técnicas que tem utilizado com os alunos em classe e busca retorno dos pais. Nessas reuniões também surgem atividades com técnicas de dinâmica de grupo para levantar, por exemplo, quais as mudanças que os pais percebem na criança entre um período e outro: “do ano passado para cá, do trimestre passado para cá, você percebeu alguma melhora em seu filho? Sim? Não? Qual?” Luiselena tem como maior preocupação em seu trabalho como professora e educadora formar cidadãos autônomos dentro do contexto escolar da Rede Pública Municipal, e segundo ela mesma ao aplicar a dinâmica de grupo é este o objetivo a ser alcançado. Embora tenha formação em pedagogia, lastima que durante sua formação, as aulas onde deveria ser abordada a dinâmica de grupos tenham se limitado ao emprego de técnicas junto à turma pelo professor, por este motivo a prática ficou desvinculada de uma teoria naquela época segundo seu ponto de vista. Não tendo assim formação específica em dinâmica de grupos, Luiselena se considera autodidata e faz pesquisa em livros e assim escolhe atividades que sejam adequadas às situações observadas em classe que necessitam de intervenção ou faz adaptações das técnicas, quando há necessidade. Para Luiselena com a dinâmica de grupo é possível “promover a integração do grupo, promovendo um ambiente de reflexão, sobre o comportamento individual, em grupo ou parcerias”. Na prática, Luiselena utiliza a dinâmica de grupo como um recurso para: 1 Para promover a integração do grupo 2 Discutir assuntos que emergem durante as aulas, ou recreios, através de suas observações do convívio e comportamento dos alunos; 3 Tratar problemas de convívio entre os colegas; 4 Promover a aceitação pelo grupo das crianças com dificuldade de inserção. “Quase sempre trago para o grupo sob a forma de jogo ou brincadeira; na maioria das vezes escolho dinâmicas que envolvem música, poesia, expressão gráfica”, diz Luiselena. Houve uma ocasião em que foi aplicada uma dinâmica de grupo para tratar de uma situação na qual um menino tinha por hábito de provocar os colegas, mas quando estes colegas reagiam, aquele encarava como tendo sido vítima de racismo: “isso é porque eu sou
  • 5. negro!” Se tirava uma nota baixa, ou se não se sai tão bem como esperava nas atividades de classe, a mesma afirmação surgia. Na maioria das vezes, Luiselena considera o trabalho realizado com saldo positivo, isto é, os objetivos esperados são alcançados com a aplicação das dinâmicas. A utilização da dinâmica pode ser considera como uma “novidade” entrando à sala de aula, diz ela, e só isso já possui uma conotação positiva para o professor e para os alunos, pois quebra a monotonia das aulas exclusivamente expositivas, em que o professor fala e o aluno ouve, em que o professor ensina e o aluno aprende... Naturalmente é esse aspecto de novidade que leva os alunos a se empenharem nas atividades propostas durante as dinâmicas, e que deveria ser aplicada de uma forma mais consistente nas escolas públicas, afirma Luiselena; “é uma forma diferente entrando à sala de aula”. Através das dinâmicas as crianças são levadas a falar o que entendem sobre o tema abordado. Cada criança pode falar sem se preocupar com emissão de julgamento por parte da professora, ou das outras crianças, pois há um acordo prévio de que quem ouve o colega enquanto este fala, também será ouvido quando chegar sua vez. Luiselena acredita que a dinâmica de grupo deveria ser uma prática comum na sala de aula das escolas públicas tendo em vista que em suas próprias turmas a dinâmica de grupo tem ajudado e levado as crianças a encararem as situações que surgem em sala de aula de maneira mais positiva e isso, é claro, se reverte em um convívio melhor do grupo bem como num melhor desempenho deste nas atividades escolares. COMENTÁRIO Embora ambas as professoras utilizem técnicas de dinâmica de grupo em sala de aula, nenhuma conseguiu se lembrar de um autor, as explicações foram as mesmas; “não lembro do autor, mas posso pesquisar isso em casa”, todas duas tinham um material impresso de onde selecionavam as dinâmicas, mas não lembraram de nenhum autor no momento da entrevista, fator que talvez indique uma prática sem embasamento teórico mais aprofundado como já havia sido mencionado pela própria Luiselena, mas nem por isso sem efeito. As técnicas são aplicadas em sala de aula com intuito de auxiliar a aprendizagem das crianças, mas também são utilizadas na formação de hábitos e mudança de comportamento, especificamente com relação ao menino da turma da Luiselena, confrontar a auto-imagem
  • 6. com a realidade. Lewin ao trabalhar com pesquisa sobre dinâmica de grupos já havia demonstrado "como é mais fácil mudar atitudes coletivas do que individuais e de contra partida que mudanças individuais se revelam fáceis em decorrência da mudança de hábitos enraizados no grupo. A utilização do recurso de discussões para tratar de assuntos emergentes, convívio e comportamento das crianças também encontra respaldo na pesquisa e teoria de Lewim que demonstrou que as discussões em grupo favorecem maior grau de interação e interpretação dos componentes do grupo social o que resulta no maior êxito com relação à mudanças de hábito em comparação a utilização do discurso como instrumento ou mesmo conferência, por maior que seja a competência do conferencista". O trabalho de Lewim revelou ainda que a mudança, através das discussões, nos padrões incorporados ao grupo obedecem a uma seqüência: "descristalização dos hábitos enraizados; promoção de novas normas a serem fixadas; e consolidação das novas normas de comportamento social". Ambas as professoras entrevistadas consideram a dinâmica de grupo como um recurso, ou conjunto de técnicas que encontra espaço importante em sala de aula, mas é interessante pontuar algumas diferenciações nos objetivos propostos, identificados nos quadros a seguir: A B Promover a integração do grupo; Promover um ambiente de reflexão; Formar cidadãos autônomos dentro do contexto escolar da Rede Pública Municipal Promover a socialização entre os alunos; Trabalhar valores morais; Trabalhar determinados conteúdos LUISELENABIANCA
  • 7. A idéia de manejo de grupo, que encontramos proposta em Lewin, parece estar em conformidade com a postura das professoras tendo em vista os objetivos propostos na aplicação da dinâmica de grupo: 1 Facilitar que indivíduo se conscientize de estar no grupo – quadros A e B. 2 Facilitar que o grupo se conscientize como grupo ou descubra como grupo e direcione os interesses do próprio grupo – quadro B. No entanto os objetivos listados no quadro B parecem indicar mais uma abordagem não diretiva e um posicionamento de facilitador mais congruente com a teoria de Carl Rogers, no que diz respeito à reflexão e à autonomia. É preciso lembrar ainda a questão do poder falar sem se preocupar com emissão de julgamento do professor, que mesmo não tendo sido exposta no quadro ficou bem clara durante a entrevista como método, e a realidade percebida pelo cliente considerando que a reflexão é pessoal e parte a princípio da percepção de uma realidade. O postulado de Schutz a respeito da necessidade de aceitação, de compreensão, de inclusão, ou necessidade de relacionamento interpessoal é contemplado tanto pelo quadro A quanto B. “A necessidade interpessoal só pode ser satisfeita através do relacionamento com os outros e a não satisfação dessa necessidade gera no organismo o mesmo sentimento de ansiedade ou frustração que a não satisfação de necessidades como alimentação, sono, calor, etc”. Mas ainda há uma diferença termos empregados socialização de alunos e integração do grupo, esta última demonstra uma visão de que na sala de aula as crianças já constituem um grupo antes mesmo de qualquer intervenção. CONSIDERAÇÕES FINAIS Lewin não percebe indivíduo e meio como entidades isoladas. Motivações fisiológicas e sociais seriam expressões de uma estrutura que é o campo psicológico. A noção de campo psicológico de grupo implica considerar a realidade tal como percebida pelo próprio grupo. Grupo e meio ambiente constituem “um campo dinâmico, cuja estabilidade e alterações se podem explicar pelo jogo de forças psicossocias, tais como pressões de normas, resistência de
  • 8. barreiras, busca de metas, etc”6. A sala de aula, assim como a escola, constitui um grupo, onde a crianças, em fase escolar, estão envolvidas e onde precisam alcançar metas, como assimilação de informação, conhecimento, etc. Mas a escola também é um meio onde as crianças precisam interagir com outros – colegas e funcionários. Nesse ambiente a criança precisa observar normas, ser integrado, aprender, etc. Shutz já mostrou as implicações de um comprometimento nas relações interpessoais e certamente tais implicações envolvem o desempenho escolar da criança. Visão compartilhada pela professoras Bianca e Luiselena, daí a escolha em utilizar os recursos da dinâmica de grupo em sala de aula, como um recurso recorrente devido aos resultados que traz, pois é um recurso que contempla a criança quanto individualmente ao grupo onde ela está imersa, e que segundo os relatos das professoras favorecem desde a apreensão de conteúdos até a formação de um cidadão com autonomia para atuar em sociedade de forma crítica. A dinâmicas de grupo aplicada em sala de aula acaba por criar um ambiente mais favorável a ação da criança e lhe, assim, experienciar um mundo mais próximo da realidade. “A educação é o resultado da interação entre o organismo e o meio através da experiência e da reconstrução da reconstrução da experiência" (John Dewey, 1859-1952). REFERÊNCIAS BOCK, A. M. B.; FURTADO, O. & TEIXEIRA, M. T. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva; 2002. FADIMAN, J. & FRAGER, R. Teorias da personalidade. São Paulo: Habras; 2002. GHIRALDELLI JR, Paulo. Filosofia da educação. RJ: DP&A, 2002. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1997. "http://pt.wikipedia.org/wiki/Socializa%C3%A7%C3%A3o" 6 Estabilidade quase estacionária.