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África

        Muitos brasileiros de hoje
descendem de povos africanos.
   Por isso, conhecer melhor nossa
própria história.
A África e o mundo

  Hoje em dia, os países da África são pobres
e a população passa por grandes
necessidades.
   Parece uma tristíssima ironia da História,
porque no passado a África colaborou com o
desenvolvimento das civilizações na Europa,
na América e na Ásia.
   Nosso continente deve muito ao trabalho e
aos ensinamentos dos povo africanos!
O Egito antigo

       A civilização egípcia antiga
desenvolveu-se       no     nordeste
africano (margens do rio Nilo)
entre 3200 a.C A maioria dos
egípcios antigos eram africanos e
tinham a pele negra ou mulata. O
que é mais uma prova contra as
pessoas racistas que teimam em
dizer que “os negros não foram
capazes de formar uma grande
civilização”. Acontece que o Egito
não foi a única grande civilização
da África existiram muitas outras.
O reino núbio




 Ao sul do Egito, no começo do rio Nilo, numa região chamada Núbia,desenvolveu-se
a civilização Kush. Seu apogeu se deu por volta de 1700a.C. A capital era a cidade de
Kerma. O povo núbio tinha a pele negra bem escura e recebeu muita influência da
cultura egípcia.
Os túmulos dos seus reis (que
chegavam a 90 metros de alturas, o
equivalente a um prédio de 25
andares!) tinham câmaras maiores
do que qualquer pirâmide egípcia
     A riqueza de Kerma vinha das
abundantes minas de ouro, das
peles de animais e do marfim. Os
tesouros excitaram a cobiça dos
egípcios que      invadiram o reino    Ruins of Temple at Kerma
núbio por volta de 1500a.C.
    Por volta de 900a.C., os núbios
voltaram a criar um reino autônomo.
A capital agora era a cidade de
Napata.
   No século V a.C., a capital desse
novo reino Kush foi transferida para
Meroe. A cidade se tornou um
centro de rotas comerciais que
uniam a África central com os povos
do Mediterrâneo.
                                       Figurines of Nubian Archers
Navegadores africanos

      Em 814ª.C, os fenícios fundaram a
cidade de Cartago é uma antiga cidade,
originariamente uma colônia fenícia no
norte da África, situada a leste do Lago
de Túnis, perto do centro de Túnis, na
Tunísia. Foi uma potência do mundo
antigo, disputando com Roma o controle
do Mar Mediterrâneo. Dessa disputa
originaram-se as três Guerras Púnicas,
após as quais Cartago foi destruída.
     Os cartagineses não eram os únicos
africanos a se aventurarem no oceano.
No começo do século XIV, o pai do rei
Musa, do Mali, organizou uma grande
expedição naval de mais de dois mil
pequenos barcos. Seu objetivo era saber
o que havia no “final” do oceano
Atlântico. Para isso, navegaram para o
oeste. Nunca retornaram e jamais se
soube do destino da expedição.             As ruínas da outrora poderosa cidade
                                           de Cartago, perto da moderna cidade
                                           de Túnis.
O reino de Gana

      Os antigos árabes chamavam
de Sudão uma região africana que
ficava entre o Sahel ( área ao sul do
deserto do Saara) e a floresta
tropical, na costa do Atlântico (não
confundir com o país atual chamado
de Sudão).
       Tratava-se de um bom lugar
para viver, com água suficiente para
plantar e jazidas de minério de ferro.
Por volta do século VIII de nossa
era, floresceu o importante reino
Gana.
     Os árabes contavam que Gana
era tão rica que, no palácio do rei,
os cachorros tinham coleiras de
ouro. Na capital havia casas de
pedras de dois andares, onde
moravam os nobres e altos
funcionários do estado. Os mais
pobres viviam em cabanas de terra
cobertas de palhas.
O islamismo se espalha




    “Só existe um Deus, que é Alha, e
Muhammad é seu profeta”, diz o
livro sagrado Alcorão. Os árabes de
religião muçumana construíram um
enorme império que ia do Oriente
Médio, passando       pelo Norte da
África, até alcançar um bom pedaço
da Península Ibérica.
       No século XI, os muçulmanos
conquistaram a capital de Gana.
Dessa maneira, o islamismo se
espalhou entre os povos negros da
África (no Sudão), e até hoje marca
sua presença no continente.
O grande Império Mali

   No século XIII d.C., na região do rio Níger
desenvolveu-se o reino de Mali. A riqueza do
Estado de Mali vinha de suas minas de ouro
e dos impostos cobrados dos mercadores.
   O mais importante rei do Mali foi Kango
Mussa. Ele desenvolveu o comércio da
cidade de Tombucu. Essa cidade tinha
milhares de habitantes e uma das maiores
universidades do mundo.
       Era também um grande centro de
comércio internacional. Vendia-se até livros
escritos em árabes que abordavam assuntos
como Medicina, Geometria, Poesia e
História.
 No século XV, o reino de Mali foi superado
pelo reino de Songai, que se tornou o mais
importante da região até 1591, quando foi
invadido pelo Marrocos.
A mesquita de Djenne (Jenne, Djena),
Universidade de Mali       no Mali




         Mapa do Império de Mali (século XIV)
Os hauças

      A civilização dos hauças começou a ser
construída por volta do século XI, no Sudão
Central. Os hauças eram diversos povos que
falavam uma língua semelhante. Eles viviam em
cidades-estados localizadas no centro e no
noroeste de onde hoje está a Nigéria.
   Os hauças não tinham tradição de guerreiros.
Sua principal força estava nos frutos do trabalho.O
artesanato era de alta qualidade, vendido até no
Norte da África.
     Os hauças aceitavam conviver com nações
estrangeiras devido ao grande comércio
internacional que acontecia em suas cidades-
estados.
    No século XVI, o império árabe no Norte da
África estava em declínio, atacado pelos europeus
e pelos turcos. Essa situação provocou a
decadência das cidades-estados hauças.
No final do século XVIII, os
peules, que viviam no sudeste e
sudoeste do Sudão, tomaram as
cidades-estados       hauças        e
escravizaram seus habitantes.
     É considerada uma das línguas
africanas importantes, pela extensão
territorial em que é falada e pelos
fins sociais a que serve. Seus
dialetos são numerosos; nenhum
outro idioma da África Central é tão    Escravos Hauças
espalhado como o hauçá
   Os árabes gostavam de escravos
hauças porque eles tinham fama de
vigorosos e
        Os hauças também foram
vendidos        para      traficantes
portugueses, que os trouxeram
para o Brasil.
A escravidão negra

    Até o século XV, os europeus só tinham
contato direto com o litoral norte da África.
Mas, a partir de 1415, os navegadores
portugueses aprenderam a contornar todo o
continente africano. Depois dos portugueses,
os holandeses, os ingleses, os espanhóis, os
franceses e até os dinamarqueses também
enviaram seus navios para a costa africana.

  A escravidão não era novidade na África.
 Desde o século XI os árabes adquiriam
escravos africanos. Mas os árabes tinham
poucos escravos e geralmente os filhos dos
escravos já eram quase livres.

    Havia duas maneiras de os comerciantes
europeus obterem escravos africanos. O
primeiro era direto: desembarcavam soldados
que invadiam uma aldeia e capturavam seus
moradores.
Os povos africanos faziam guerras uns
com os outros e vendiam os prisioneiros
para    os   comerciantes     europeus.
Algumas nações africanas chegaram a
enriquecer atacando outras nações e
vendendo os habitantes aos traficantes
de escravos árabes e europeus.
A Guiné

   Os europeus chamavam de Guiné a região relacionada com
o golfo da Guiné.
   A Guiné era coberta de florestas tropicais, com clima quente
e úmido. Lá desenvolveram-se importantes civilizações como
a dos iorubás, ibos, askans e adjas. Os iorubás viviam no
sudoeste da atual Nigéria. As cidades mais notáveis eram Oio
e Ifé.
     Todos os iorubás tinham que pagar impostos para o
governo, controlado pelos nobres.
   Muitos habitantes do povo iorubá vieram escravizados para
o Brasil, a partir do século XVIII. Era comum chamá-los de
nagôs, embora na verdade os nagôs fossem apenas os
iorubás estabelecidos onde hoje está o Benin, cuja capital era
Ubini (onde morava o rei).
O reino Adomei, também chamado de Daomé, foi fundado no
século XVII e atingiu o apogeu no século XIX.
  No final do século XVII, várias aldeias se uniram para formar
o reino Ashanti, que enriqueceu com a venda de escravos
para traficantes portugueses
Kongo e Ndongo

   O reino de Kongo ocupava uma grande
área onde hoje estão o Congo e Angola.
A capital era a cidade de Mbanza Kongo,
que no século XVII, tinha mais de 30 mil
habitantes. Ao sul existia o reino de
Ndongo. O rei de Ndongo tinha o título de
ngola, daí a palavra portuguesa Angola.

    A organização social dos reinos Kongo
e Ndongo era semelhante. Produziam
ferro e sal, criavam galinhas, cachorros e
cabritos. Os artesãos faziam objetos de
ferro, cobre e marfim.

    Desde o século XVI, pessoas desses
reinos seriam levadas como escravas
pelos portugueses, para trabalhar nas
plantações do Brasil colonial.
O MAGNÍFICO ZIMBÁBUE

      Ao sul do rio Zambeze, mais ou
menos onde hoje estão os países como
Zimbábue e Moçambique, o povo chona
construiu diversos reinos, todos eles
disputando o controle das rotas
comerciais de cobre e de marfim na
região. Essas rotas eram importantes
porque chegavam até o litoral leste da
África, onde havia presença de
comerciantes árabes e indianos.

  Os criadores de gado bovino eram os
melhores soldados, e os donos dos
maiores     rebanhos      tornavam-se
comandantes.

    Por volta de 1400d.C., os chonas
construíram grandes palácios de pedra
chamados de zimbábue. O maior de            São quase 250 metros de muralha ( o
todos, o Grande Zimbábue, levou quase    comprimento de três campos de
300 anos para ser terminado.             futebol), com 10 metros de altura ( o
                                         equivalente a uma casa de três andares
                                         e 5 metros de espessura.
A costa oriental da África


     A África é um território banhado pelo
Oceano Atlântico, pelo Mar Mediterrâneo e
pelo Oceano Índico, onde provavelmente
surgiram os primeiros seres humanos.

   No litoral oeste da África, banhado
pelo oceano Índico, muitas cidades-
estados se desenvolveram em função
do comércio internacional. Mercadores
árabes e chineses traziam seus
produtos em troca de ouro, marfim e
cobre. As escavações dos arqueólogos
já encontraram até mesmo vasos de
porcelana chinesa antiga!.
AS RELIGIÕES DA ÁFRICA

       Muitas pessoas acham que todos os
africanos seguiam a mesma crença religiosa,
vagamente chamada de “macumba” havia
inúmeras religiões diferentes.


          Na África havia inúmeras religiões
diferentes:
   - Existiam deuses semelhantes aos
egípcios;
 - Havia o culto aos antepassados;
  - Havia o candomblé dos iorubás (que
marcou a cultura brasileira)
 - Havia o cristianismo e o islamismo.
   O islamismo chegou na África por volta do
século     XI,   quando     os   muçulmanos
conquistaram a capital de Gana.
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India história

  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4. África Muitos brasileiros de hoje descendem de povos africanos. Por isso, conhecer melhor nossa própria história.
  • 5. A África e o mundo Hoje em dia, os países da África são pobres e a população passa por grandes necessidades. Parece uma tristíssima ironia da História, porque no passado a África colaborou com o desenvolvimento das civilizações na Europa, na América e na Ásia. Nosso continente deve muito ao trabalho e aos ensinamentos dos povo africanos!
  • 6. O Egito antigo A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C A maioria dos egípcios antigos eram africanos e tinham a pele negra ou mulata. O que é mais uma prova contra as pessoas racistas que teimam em dizer que “os negros não foram capazes de formar uma grande civilização”. Acontece que o Egito não foi a única grande civilização da África existiram muitas outras.
  • 7. O reino núbio Ao sul do Egito, no começo do rio Nilo, numa região chamada Núbia,desenvolveu-se a civilização Kush. Seu apogeu se deu por volta de 1700a.C. A capital era a cidade de Kerma. O povo núbio tinha a pele negra bem escura e recebeu muita influência da cultura egípcia.
  • 8. Os túmulos dos seus reis (que chegavam a 90 metros de alturas, o equivalente a um prédio de 25 andares!) tinham câmaras maiores do que qualquer pirâmide egípcia A riqueza de Kerma vinha das abundantes minas de ouro, das peles de animais e do marfim. Os tesouros excitaram a cobiça dos egípcios que invadiram o reino Ruins of Temple at Kerma núbio por volta de 1500a.C. Por volta de 900a.C., os núbios voltaram a criar um reino autônomo. A capital agora era a cidade de Napata. No século V a.C., a capital desse novo reino Kush foi transferida para Meroe. A cidade se tornou um centro de rotas comerciais que uniam a África central com os povos do Mediterrâneo. Figurines of Nubian Archers
  • 9. Navegadores africanos Em 814ª.C, os fenícios fundaram a cidade de Cartago é uma antiga cidade, originariamente uma colônia fenícia no norte da África, situada a leste do Lago de Túnis, perto do centro de Túnis, na Tunísia. Foi uma potência do mundo antigo, disputando com Roma o controle do Mar Mediterrâneo. Dessa disputa originaram-se as três Guerras Púnicas, após as quais Cartago foi destruída. Os cartagineses não eram os únicos africanos a se aventurarem no oceano. No começo do século XIV, o pai do rei Musa, do Mali, organizou uma grande expedição naval de mais de dois mil pequenos barcos. Seu objetivo era saber o que havia no “final” do oceano Atlântico. Para isso, navegaram para o oeste. Nunca retornaram e jamais se soube do destino da expedição. As ruínas da outrora poderosa cidade de Cartago, perto da moderna cidade de Túnis.
  • 10. O reino de Gana Os antigos árabes chamavam de Sudão uma região africana que ficava entre o Sahel ( área ao sul do deserto do Saara) e a floresta tropical, na costa do Atlântico (não confundir com o país atual chamado de Sudão). Tratava-se de um bom lugar para viver, com água suficiente para plantar e jazidas de minério de ferro. Por volta do século VIII de nossa era, floresceu o importante reino Gana. Os árabes contavam que Gana era tão rica que, no palácio do rei, os cachorros tinham coleiras de ouro. Na capital havia casas de pedras de dois andares, onde moravam os nobres e altos funcionários do estado. Os mais pobres viviam em cabanas de terra cobertas de palhas.
  • 11. O islamismo se espalha “Só existe um Deus, que é Alha, e Muhammad é seu profeta”, diz o livro sagrado Alcorão. Os árabes de religião muçumana construíram um enorme império que ia do Oriente Médio, passando pelo Norte da África, até alcançar um bom pedaço da Península Ibérica. No século XI, os muçulmanos conquistaram a capital de Gana. Dessa maneira, o islamismo se espalhou entre os povos negros da África (no Sudão), e até hoje marca sua presença no continente.
  • 12. O grande Império Mali No século XIII d.C., na região do rio Níger desenvolveu-se o reino de Mali. A riqueza do Estado de Mali vinha de suas minas de ouro e dos impostos cobrados dos mercadores. O mais importante rei do Mali foi Kango Mussa. Ele desenvolveu o comércio da cidade de Tombucu. Essa cidade tinha milhares de habitantes e uma das maiores universidades do mundo. Era também um grande centro de comércio internacional. Vendia-se até livros escritos em árabes que abordavam assuntos como Medicina, Geometria, Poesia e História. No século XV, o reino de Mali foi superado pelo reino de Songai, que se tornou o mais importante da região até 1591, quando foi invadido pelo Marrocos.
  • 13. A mesquita de Djenne (Jenne, Djena), Universidade de Mali no Mali Mapa do Império de Mali (século XIV)
  • 14. Os hauças A civilização dos hauças começou a ser construída por volta do século XI, no Sudão Central. Os hauças eram diversos povos que falavam uma língua semelhante. Eles viviam em cidades-estados localizadas no centro e no noroeste de onde hoje está a Nigéria. Os hauças não tinham tradição de guerreiros. Sua principal força estava nos frutos do trabalho.O artesanato era de alta qualidade, vendido até no Norte da África. Os hauças aceitavam conviver com nações estrangeiras devido ao grande comércio internacional que acontecia em suas cidades- estados. No século XVI, o império árabe no Norte da África estava em declínio, atacado pelos europeus e pelos turcos. Essa situação provocou a decadência das cidades-estados hauças.
  • 15. No final do século XVIII, os peules, que viviam no sudeste e sudoeste do Sudão, tomaram as cidades-estados hauças e escravizaram seus habitantes. É considerada uma das línguas africanas importantes, pela extensão territorial em que é falada e pelos fins sociais a que serve. Seus dialetos são numerosos; nenhum outro idioma da África Central é tão Escravos Hauças espalhado como o hauçá Os árabes gostavam de escravos hauças porque eles tinham fama de vigorosos e Os hauças também foram vendidos para traficantes portugueses, que os trouxeram para o Brasil.
  • 16. A escravidão negra Até o século XV, os europeus só tinham contato direto com o litoral norte da África. Mas, a partir de 1415, os navegadores portugueses aprenderam a contornar todo o continente africano. Depois dos portugueses, os holandeses, os ingleses, os espanhóis, os franceses e até os dinamarqueses também enviaram seus navios para a costa africana. A escravidão não era novidade na África. Desde o século XI os árabes adquiriam escravos africanos. Mas os árabes tinham poucos escravos e geralmente os filhos dos escravos já eram quase livres. Havia duas maneiras de os comerciantes europeus obterem escravos africanos. O primeiro era direto: desembarcavam soldados que invadiam uma aldeia e capturavam seus moradores.
  • 17. Os povos africanos faziam guerras uns com os outros e vendiam os prisioneiros para os comerciantes europeus. Algumas nações africanas chegaram a enriquecer atacando outras nações e vendendo os habitantes aos traficantes de escravos árabes e europeus.
  • 18. A Guiné Os europeus chamavam de Guiné a região relacionada com o golfo da Guiné. A Guiné era coberta de florestas tropicais, com clima quente e úmido. Lá desenvolveram-se importantes civilizações como a dos iorubás, ibos, askans e adjas. Os iorubás viviam no sudoeste da atual Nigéria. As cidades mais notáveis eram Oio e Ifé. Todos os iorubás tinham que pagar impostos para o governo, controlado pelos nobres. Muitos habitantes do povo iorubá vieram escravizados para o Brasil, a partir do século XVIII. Era comum chamá-los de nagôs, embora na verdade os nagôs fossem apenas os iorubás estabelecidos onde hoje está o Benin, cuja capital era Ubini (onde morava o rei). O reino Adomei, também chamado de Daomé, foi fundado no século XVII e atingiu o apogeu no século XIX. No final do século XVII, várias aldeias se uniram para formar o reino Ashanti, que enriqueceu com a venda de escravos para traficantes portugueses
  • 19. Kongo e Ndongo O reino de Kongo ocupava uma grande área onde hoje estão o Congo e Angola. A capital era a cidade de Mbanza Kongo, que no século XVII, tinha mais de 30 mil habitantes. Ao sul existia o reino de Ndongo. O rei de Ndongo tinha o título de ngola, daí a palavra portuguesa Angola. A organização social dos reinos Kongo e Ndongo era semelhante. Produziam ferro e sal, criavam galinhas, cachorros e cabritos. Os artesãos faziam objetos de ferro, cobre e marfim. Desde o século XVI, pessoas desses reinos seriam levadas como escravas pelos portugueses, para trabalhar nas plantações do Brasil colonial.
  • 20. O MAGNÍFICO ZIMBÁBUE Ao sul do rio Zambeze, mais ou menos onde hoje estão os países como Zimbábue e Moçambique, o povo chona construiu diversos reinos, todos eles disputando o controle das rotas comerciais de cobre e de marfim na região. Essas rotas eram importantes porque chegavam até o litoral leste da África, onde havia presença de comerciantes árabes e indianos. Os criadores de gado bovino eram os melhores soldados, e os donos dos maiores rebanhos tornavam-se comandantes. Por volta de 1400d.C., os chonas construíram grandes palácios de pedra chamados de zimbábue. O maior de São quase 250 metros de muralha ( o todos, o Grande Zimbábue, levou quase comprimento de três campos de 300 anos para ser terminado. futebol), com 10 metros de altura ( o equivalente a uma casa de três andares e 5 metros de espessura.
  • 21. A costa oriental da África A África é um território banhado pelo Oceano Atlântico, pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Índico, onde provavelmente surgiram os primeiros seres humanos. No litoral oeste da África, banhado pelo oceano Índico, muitas cidades- estados se desenvolveram em função do comércio internacional. Mercadores árabes e chineses traziam seus produtos em troca de ouro, marfim e cobre. As escavações dos arqueólogos já encontraram até mesmo vasos de porcelana chinesa antiga!.
  • 22.
  • 23. AS RELIGIÕES DA ÁFRICA Muitas pessoas acham que todos os africanos seguiam a mesma crença religiosa, vagamente chamada de “macumba” havia inúmeras religiões diferentes. Na África havia inúmeras religiões diferentes: - Existiam deuses semelhantes aos egípcios; - Havia o culto aos antepassados; - Havia o candomblé dos iorubás (que marcou a cultura brasileira) - Havia o cristianismo e o islamismo. O islamismo chegou na África por volta do século XI, quando os muçulmanos conquistaram a capital de Gana.
  • 24. O CONTINENTE AFRICANO - aSPECTOS GEOGRÁFICOS