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Texto: Edmar Freitas
Ilustrações: Eduardo Azevedo
Fortaleza ● Ceará ● 2018
Texto: Edmar Freitas
Ilustrações: Eduardo Azevedo
Copyright © 2018 Edmar Freitas
Copyright © 2018 Eduardo Azevedo
SEDUC - Secretaria da Educação do Estado do Ceará
Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, s/n - Cambeba - Fortaleza - Ceará | CEP: 60.822-325
(Todos os Direitos Reservados)
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Orientadora da Célula de Apoio à Gestão Municipal
Gilgleane Silva do Carmo
Orientador da Célula
de Fortalecimento da Aprendizagem
Idelson de Almeida Paiva Júnior
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
F862m 	 Freitas, Edmar.
O menino e o cata-vento / Edmar Freitas; ilustrações de Eduardo Azevedo.
- Fortaleza: SEDUC, 2018.
24p.; il.
ISBN 978-85-8171-204-8
1. Literatura infanto-juvenil. I. Azevedo, Eduardo. II. Título.
CDU 028.5
Para os meninos sertanejos que nunca deixarão de ser crianças.
4
Num sertão quase sem fim,
Onde a chuva era pouca
E o vento nunca acabava,
Foi erguido um cata-vento
Que puxava goles d’água
Toda vez que o vento dava.
5
De noite, quando o silêncio
Deitava-se nos cercados,
O cata-vento aguava
Covas de milho e feijão,
Cantando uma linda canção
Toda vez que o vento dava.
6
7
E com bastante cuidado,
Guardava como um segredo
Tudo que o vento ventava,
Porém nunca se esquecia
De rodar sua grande roda
Toda vez que o vento dava.
8
9
10
Todo dia de tardinha,
Na porteira do curral,
Um menino se sentava
Só para ficar olhando
A sua roda girando
Toda vez que o vento dava.
11
Banhar-se em sua bica,
Enlambuzar-se de lama,
Pra ele nada importava
A não ser o cata-vento,
Molhando o pasto do tempo
Toda vez que o vento dava.
12
13
14
Porém, num final de tarde,
Uma forte ventania
Somente de uma rajada
Derrubou o cata-vento,
Restando só o silêncio
Toda vez que o vento dava.
15
16
Desde então o menininho
Ficou triste, acabrunhado.
Não tinha gosto por nada
E dos seus pequenos olhos
Saiam gotinhas d’água
Toda vez que o vento dava.
17
18
Mas um dia ele acordou
E foi ver seu cata-vento
E o que dele restava.
Triste e sozinho chorou,
Sentindo tamanha dor
Toda vez que o vento dava.
19
O Sol nasceu e se pôs,
Trazendo a boca da noite
E com ela a madrugada.
Mesmo assim, ele ficou
Só pra lembrar o seu canto
Toda vez que o vento dava.
20
21
22
E de manhã percebeu,
No lugar do cata-vento,
Surgida assim do nada
Uma grande poça d’água
Que se transformava em chuva
Toda vez que o vento dava.
23
Edmar Freitas
Oi. Sou o Poeta Edmar Freitas. Nasci em
Limoeiro do Norte, Sertão Jaguaribano. Vivi
minha infância em meio às carnaubeiras
e contemplando a Lua. Já adolescente vim
morar em Messejana, terra mãe de José de
Alencar. Aqui, a inspiração tomou minha
alma e, desde então, escrevo poesias e
histórias infantis com o objetivo de garantir
às crianças de hoje uma forma de vivenciar
esse mundo mágico que vai além dos muros
dos condomínios.
Eduardo Azevedo
Geógrafo de formação e ilustrador de vocação,
Eduardo Azevedo começou sua carreira
desenhando capas para folhetos de cordel. Logo
depois se aventurou no mundo fantástico dos
livros infantis, trabalhando nesse ramo desde
2006. Já teve suas ilustrações publicadas em
dezenas de livros por várias editoras do país. Foi
um dos vencedores do Prêmio Literário para Autor
Cearense, da Secretaria de Cultura do Estado do
Ceará (SECULT), como o selo Prêmio Luís Sá de
Quadrinhos, com a obra A Batalha de Oliveiros
com Ferrabrás. Coordenou a terceira edição do
Festival de Ilustração de Fortaleza durante a
Bienal Internacional do Livro do Ceará em 2017.
Realização
Apoio
O Governo do Estado do Ceará desenvolve, com os seus 184 municípios, o
Programa de Aprendizagem na Idade Certa - MAIS PAIC, com o compro-
misso de garantir e elevar a qualidade e os resultados da educação de suas
crianças e seus jovens.
Publicada pela Secretaria da Educação do Estado, através do MAIS PAIC, a
Coleção Paic, Prosa e Poesia, rica em identidade cultural, reúne narrativas
de autores do Ceará que tiveram seus textos selecionados por meio de se-
leção pública. Esse acervo constitui um estímulo a mais para se ler e contar
histórias em sala de aula, garantindo, assim, um letramento competente.

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O menino e o catavento

  • 2.
  • 3. Fortaleza ● Ceará ● 2018 Texto: Edmar Freitas Ilustrações: Eduardo Azevedo
  • 4. Copyright © 2018 Edmar Freitas Copyright © 2018 Eduardo Azevedo SEDUC - Secretaria da Educação do Estado do Ceará Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, s/n - Cambeba - Fortaleza - Ceará | CEP: 60.822-325 (Todos os Direitos Reservados) Coordenação Editorial, Preparação de Originais e Revisão Raymundo Netto Projeto e Coordenação Gráfica Daniel Dias Revisão Final Marta Maria Braide Lima Conselho Editorial Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda Sammya Santos Araújo Antônio Élder Monteiro de Sales Sandra Maria Silva Leite Antônia Varele da Silva Gama Catalogação e Normalização Gabriela Alves Gomes Governador Camilo Sobreira de Santana Vice-Governadora Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Secretário da Educação Rogers Vasconcelos Mendes Secretária-Executiva da Educação Rita de Cássia Tavares Colares Coordenador de Cooperação com os Municípios (COPEM) Márcio Pereira de Brito Orientadora da Célula de Apoio à Gestão Municipal Gilgleane Silva do Carmo Orientador da Célula de Fortalecimento da Aprendizagem Idelson de Almeida Paiva Júnior Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) F862m Freitas, Edmar. O menino e o cata-vento / Edmar Freitas; ilustrações de Eduardo Azevedo. - Fortaleza: SEDUC, 2018. 24p.; il. ISBN 978-85-8171-204-8 1. Literatura infanto-juvenil. I. Azevedo, Eduardo. II. Título. CDU 028.5
  • 5. Para os meninos sertanejos que nunca deixarão de ser crianças.
  • 6. 4
  • 7. Num sertão quase sem fim, Onde a chuva era pouca E o vento nunca acabava, Foi erguido um cata-vento Que puxava goles d’água Toda vez que o vento dava. 5
  • 8. De noite, quando o silêncio Deitava-se nos cercados, O cata-vento aguava Covas de milho e feijão, Cantando uma linda canção Toda vez que o vento dava. 6
  • 9. 7
  • 10. E com bastante cuidado, Guardava como um segredo Tudo que o vento ventava, Porém nunca se esquecia De rodar sua grande roda Toda vez que o vento dava. 8
  • 11. 9
  • 12. 10
  • 13. Todo dia de tardinha, Na porteira do curral, Um menino se sentava Só para ficar olhando A sua roda girando Toda vez que o vento dava. 11
  • 14. Banhar-se em sua bica, Enlambuzar-se de lama, Pra ele nada importava A não ser o cata-vento, Molhando o pasto do tempo Toda vez que o vento dava. 12
  • 15. 13
  • 16. 14
  • 17. Porém, num final de tarde, Uma forte ventania Somente de uma rajada Derrubou o cata-vento, Restando só o silêncio Toda vez que o vento dava. 15
  • 18. 16
  • 19. Desde então o menininho Ficou triste, acabrunhado. Não tinha gosto por nada E dos seus pequenos olhos Saiam gotinhas d’água Toda vez que o vento dava. 17
  • 20. 18
  • 21. Mas um dia ele acordou E foi ver seu cata-vento E o que dele restava. Triste e sozinho chorou, Sentindo tamanha dor Toda vez que o vento dava. 19
  • 22. O Sol nasceu e se pôs, Trazendo a boca da noite E com ela a madrugada. Mesmo assim, ele ficou Só pra lembrar o seu canto Toda vez que o vento dava. 20
  • 23. 21
  • 24. 22
  • 25. E de manhã percebeu, No lugar do cata-vento, Surgida assim do nada Uma grande poça d’água Que se transformava em chuva Toda vez que o vento dava. 23
  • 26. Edmar Freitas Oi. Sou o Poeta Edmar Freitas. Nasci em Limoeiro do Norte, Sertão Jaguaribano. Vivi minha infância em meio às carnaubeiras e contemplando a Lua. Já adolescente vim morar em Messejana, terra mãe de José de Alencar. Aqui, a inspiração tomou minha alma e, desde então, escrevo poesias e histórias infantis com o objetivo de garantir às crianças de hoje uma forma de vivenciar esse mundo mágico que vai além dos muros dos condomínios. Eduardo Azevedo Geógrafo de formação e ilustrador de vocação, Eduardo Azevedo começou sua carreira desenhando capas para folhetos de cordel. Logo depois se aventurou no mundo fantástico dos livros infantis, trabalhando nesse ramo desde 2006. Já teve suas ilustrações publicadas em dezenas de livros por várias editoras do país. Foi um dos vencedores do Prêmio Literário para Autor Cearense, da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT), como o selo Prêmio Luís Sá de Quadrinhos, com a obra A Batalha de Oliveiros com Ferrabrás. Coordenou a terceira edição do Festival de Ilustração de Fortaleza durante a Bienal Internacional do Livro do Ceará em 2017.
  • 27.
  • 28. Realização Apoio O Governo do Estado do Ceará desenvolve, com os seus 184 municípios, o Programa de Aprendizagem na Idade Certa - MAIS PAIC, com o compro- misso de garantir e elevar a qualidade e os resultados da educação de suas crianças e seus jovens. Publicada pela Secretaria da Educação do Estado, através do MAIS PAIC, a Coleção Paic, Prosa e Poesia, rica em identidade cultural, reúne narrativas de autores do Ceará que tiveram seus textos selecionados por meio de se- leção pública. Esse acervo constitui um estímulo a mais para se ler e contar histórias em sala de aula, garantindo, assim, um letramento competente.