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O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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TAXISTA – Parte Um
Devo dizer-lhe, cara leitora, que sou um tipo comum. Nem bonito nem feio. Tampouco tenho
um pênis grande. No entanto, prefiro guardar meu nome e minhas outras características físicas
pois não quero constrangê-la, caso algum dia viaje comigo.
Estou taxista. Herdei a praça do meu pai, assassinado com um tiro no peito quando estava em
serviço. Até hoje a polícia não descobriu o motivo do crime nem quem o matou. Suspeita-se de
que seja alguém do seu conhecimento, já que o tiro foi dado de fora do carro e à queima-
roupa. Deve ter lutado com o assassino, pois um dos projéteis ficou alojado bem entre as
minhas pernas, na cadeira onde agora estou sentado. Minha mãe, coitada, perdeu a saúde
mental desde o ocorrido. Era ele quem pagava meus estudos, então tive que relaxar a
faculdade de administração para botar comida dentro de casa. Ela queria que eu vendesse o
táxi, mas eu bem sei o quanto papai ralou para poder comprá-lo, pagando altas prestações e
ainda tendo que arranjar dinheiro para o sustento da família. Sou filho único. Logo, cabe a mim
agora tal responsabilidade.
Como pretendo recuperar sua clientela, passei a trabalhar à noite, no mesmo horário em que
ele dirigia. Levaram toda a féria do dia, mas deixaram um livro que eu sempre o via lendo,
como se a decorar seu conteúdo. E o celular que estava no porta-luvas, que ele usava para se
comunicar com os seus clientes. Era o meu primeiro dia na praça. Quando eu cheguei à Praça
do Derby, perto do centro da cidade, por volta das seis da noite - local servia de ponto para
taxistas - muitos vieram conversar comigo e me dar boas-vindas, além dos pêsames. Agradeci
o carinho de todos e fiquei a esperar alguma ligação. A primeira aconteceu por volta das
21h00, quando já me dava sono de ficar sentado ao volante sem fazer mais nada. Nem ouvir o
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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rádio do carro eu podia, pois o som poderia abafar o baixo ruído do celular tocando. Atendi
ansioso à primeira ligação. Era uma voz feminina, melancólica, pedindo que eu a pegasse no
mesmo lugar de sempre. Expliquei que estava substituindo o dono do táxi e que precisava de
mais detalhes de onde deveria apanhá-la. Ela me deu todo o roteiro.
Dez minutos depois eu estava em frente a um luxuoso prédio em Boa Viagem, um dos bairros
mais nobres da cidade. Ao ver o táxi chegar, o porteiro ligou imediatamente para algum dos
apartamentos e depois se aproximou do carro sorridente. Espantou-se em me ver. Expliquei
que estava substituindo o dono do táxi e ele me olhou meio atravessado. Disse na minha cara
que a senhora não iria gostar de mim. Dito e feito. A mulher elegantemente vestida assomou à
portaria em poucos minutos. Apesar de seus cabelos totalmente brancos, aparentava muito
menos a idade que tinha e era belíssima. Mas tinha uma tristeza no olhar que me doía na
alma. Pediu que eu saísse do carro e me examinou de cima a baixo. Depois me dispensou
rudemente, pedindo que o porteiro providenciasse outro táxi. Irritei-me com ela e já ia lhe
dizer poucas e boas quando o senhor que cuidava da portaria me fez um sinal, pedindo para
que eu não dissesse nada.
Perguntou à madama quem ela queria que ele chamasse. Ela deu-lhe o nome do meu pai.
Enquanto ele ligava do telefone da portaria, o celular vibrou dentro do porta-luvas do carro.
Pedi licença, me afastei alguns metros e atendi. Ele passou o telefone para ela. Ela me disse ao
telefone que precisava de mim, achando que quem atendera fosse meu velho. Disse-lhe que
era o filho, e que ele havia falecido. Ela olhou em minha direção com os olhos marejados de
lágrimas. Depois veio até mim e me abraçou fortemente numa crise de choro. Soluçava a
minha perda. Só depois de algum tempo, quando melhorou, entrou no meu táxi e adomodou-
se no banco traseiro. Abriu sua pequenina bolsa e me entregou um envelope cor-de-rosa,
perfumado. Li o endereço num cartão que estava dentro e devolvi a ela. Disse-me que iria
indicando o caminho. Fez-me dar algumas voltas pelo quarteirão, sempre a olhar para trás,
como se quisesse se certificar se não estava sendo seguida. Depois paramos num outro prédio
luxuoso do mesmo bairro. Percebi que estacionamos num edifício a menos de cem metros de
onde partimos, depois de fazer alguns rodeios, mas não comentei nada. Ela desceu do carro e
pediu que eu a aguardasse no estacionamento para levá-la de volta.
A espera foi breve. Menos de meia hora depois ela apontou na luxuosa portaria do edifício
onde eu estava estacionado. Agora vestia um casaco de peles, carregava uma pequena sacola
e parecia esconder o rosto. Abri-lhe a porta e ela acomodou-se no banco de trás. Então,
desatou num choro convulsivo. Deixei que ela desabafasse um pouco e depois perguntei se
podia ajudá-la. Ela pediu que eu a levasse a algum bar na orla. Cruzei a Domingos Ferreira e Av.
Conselheiro Aguiar e voltei um pouco pela Beira-Mar. Parei num restaurante aconchegante e
com poucas mesas ocupadas. Ela aprovou minha escolha, ainda soluçante. Só quando
sentamos e ela escolheu o que iríamos tomar é que eu percebi seu olho roxo. Pedi desculpas
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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pela minha indiscrição e perguntei-lhe o que havia acontecido. Ela pediu que eu puxasse a
cadeira mais para perto e aninhou-se em meu peito. Cheirou o meu perfume e disse que
preferia o que meu pai usava.
Bebeu duas taças do vinho caríssimo que havia pedido enquanto eu saboreava ainda o meu
segundo gole, embevecido pela a bebida. As parcas férias do meu pai não nos possibilitava
fazer estripulias financeiras. Jamais tomei um vinho tão caro. Nem tão gostoso. Evitei olhar o
rótulo, para não cair em tentação de um dia pedi-lo novamente. Ela pareceu ler meus
pensamentos. Acenou para que eu relaxasse, pois seria ela a pagar a conta. Depois, começou a
me contar a história da sua vida.
Disse-me que havia sido Miss Brasil em sua juventude, e essa havia sido a sua ruína. Conheceu
vários homens, mas todos só a viam como um belo monumento de carne. Casou-se três vezes,
mas nunca fora feliz em nenhum dos casamentos. Jamais havia tido um orgasmo. Com o
tempo de convivência era tida como frígida e não demorava muito a seu marido pedir a
separação. Apesar de não ter filhos, seus ex-maridos haviam cada um lhe deixado uma
pequena fortuna. Somando-se isso aos aluguéis de alguns apartamentos deixados de herança
pelos pais falecidos, vivia muito bem. Não tinha uma profissão, pois nenhum dos ex-
companheiros permitiu que trabalhasse. Talvez por ciúmes. Mas sabia pintar muito bem e
conseguia vender seus quadros com certa facilidade. Sobreviveria sem as polpudas pensões
dos ex-maridos. Por um longo tempo, não quis mais saber de homem, até que conheceu um
jovem de 25 anos por quem se apaixonou. Ele fê-la descobrir que o que a excitava eram frases
bonitas ditas na hora do coito, coisa que nenhum de seus companheiros tentara com ela. Sabia
que ele era um gigolô barato, mas se satisfazia ao ter sexo com ele, mesmo pagando caro por
isso. Comprou-lhe um apartamento luxuoso, assim como toda a mobília, e ainda dava-lhe uma
substancial mesada todo mês. Mas um dia ele cansou dela.
Cansou de dizer frases bonitas. Passou a copular com violência. Estuprava-a e xingava com
palavras horríveis. Queria saber onde ela morava, para poder transar com ela em domicílio. Ela
nunca quis, com medo que ele a chantageasse e extorquisse mais dinheiro, ameaçando fazer
escândalo em seu prédio. Por isso dava tantas voltas, com medo que ele a seguisse. Aí
descobriu que ele havia conhecido outra mulher, da alta sociedade, que adorava ser chamada
de cadela, de puta e de tudo que ela abominava. As mulheres que conhecia e que gostavam de
ser tratadas assim eram as que dependiam financeiramente do marido. Muitas vezes faziam
sexo com eles com interesse de ganhar um vestido novo ou um luxo qualquer. Sentiam-se
verdadeiras prostitutas sendo pagas para copular com um homem que já não amavam, e ainda
ficavam iradas com eles por não terem coragem de dizer-lhe na cara que eram vadias. Por isso,
adoravam que outro homem a punissem, xingando-as de tudo que achavam ser. Brigou com o
seu gigolô e disse-lhes algumas palavras duras.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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Então, ela contou de como conheceu meu pai. falou que ele não era romântico, mas
extremamente erótico. Não falava de amor, no entanto dizia frases que despertavam a sua
libido. Encontravam-se quase todos os dias e ela ficava toda molhadinha quando pensava nele
e no que lhe falava. Nunca haviam transado. No entanto, só de pensar como seria uma foda
com ele já a deixava com uma enorme excitação. Às vezes ele enviava torpedos eróticos para o
celular dela e ela se masturbava lendo até à exaustão as suas frases. Aí o gigolô soube da
existência do meu pai. Usou isso para se afastar de vez dela. Hoje, ele bateu-lhe no rosto,
arrumou suas poucas roupas e pediu que ela sumisse da sua frente. Quanto a mim, não
conhecia essa faceta erótica do meu velho. Ele sempre foi muito discreto. Também, nunca
tocamos em assunto de sexo.
A elegante senhora falava-me tudo isso com o rosto encostado ao meu peito. Dizia todas essas
coisas de um jeito dengoso e acariciando-me com a ponta da unha, às vezes cravando ela no
meu tórax. Percebi-me excitado e notei, pelo arfar do seu ainda firme busto, que ela também
estava. Perguntei-lhe por que ela e meu velho nunca haviam transado. Ela olhou-me com
aqueles olhos tristes cheio de lágrimas e me confessou que gostava de homens mais jovens
que ela. Era como se buscasse neles a beleza e a jovialidade perdida dos seus tempos de miss.
Disse-me que me daria tudo o que eu quisesse para fazer amor comigo, mas para isso eu
deveria provar estar á altura do meu pai. Declinei da ideia. Eu não era virgem, mas tivera
poucos relacionamentos. As poucas namoradas que tive tratava com respeito. Queria o seu
amor e não as suas carnes. Acho que, por isso, todas me deixaram.
Ela não quis mais beber e chamamos o garçom. Passou-me discretamente por baixo da mesa
uma nota de cem reais e eu paguei a conta. Quis dar-lhe o troco e ela recusou decididamente.
Pediu licença para ir ao toalete, antes de sairmos, e caminhou até lá. Foi quando tive a
oportunidade de vislumbrar melhor o seu corpo. Era alta, esguia, uma silhueta perfeita apesar
da idade. Caminhava lentamente, sem pressa, com uma leveza feminina incomum e uma
graciosa elegância. A expressão triste em seu rosto combinava bem com o seu andar sensual,
porém sem exageros. Deu-me uma intensa vontade de copular com ela.
Quando voltou, tinha a maquiagem retocada e quase não se via mais sinais do olho roxo,
machucado por um murro do amante, que a rejeitara de forma definitiva e violenta. O cara já
tinha tudo que queria e ainda possuía outra ricaça, sua nova fonte de renda. E transando de
forma animalesca, do jeito que ele tanto gostava. Ela pediu-me para levá-la para casa, já
recomposta do choro. Deixei-a na frente do prédio onde morava e o porteiro perguntou-lhe se
era para eu subir com ela. Respondi que não, antes que ela dissesse qualquer coisa. Ela
pareceu ficar triste e ele decepcionado comigo. Mas não dei muita importância. Despedi-me
de ambos e fui embora, depois de entregar os pertences dela que ficarasm dentro do carro.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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Só quando cheguei novamente ao meu ponto de táxi é que me deu curiosidade de pegar o
velho livro do meu pai, dentro do porta-luvas. Senti vontade de lê-lo, para passar o tempo. Já
era mais de meia-noite e todos os taxistas daquele ponto estavam circulando, à procura de
eventuais passageiros. Eu preferia contar apenas com a clientela do meu pai, por enquanto.
Ele sempre me disse que dava para viver exclusivamente dela. Acendi a luzinha interna do
carro e peguei o livro. Apesar de a capa ser bastante interessante, o título não me causou a
mesma impressão. POUCAS PALAVRAS BASTAM, estava estampado. O autor era para mim
desconhecido. Um fulano chamado Ehros Tomasini. Abri a primeira página e o que li fez meus
olhos brilharem de alegria. Sim, meu velho sabia das coisas. Estava ali o segredo do seu
sucesso com a bela e elegante coroa. Procurei entre as chamadas recebidas do meu celular e
localizei o número daquela que já vencera um concurso nacional de beleza. Liguei para ela.
Ela parecia estar esperando meu telefonema. Perguntou-me de chofre qual seria minha
primeira frase para excitá-la. Recitei a primeira que havia lido no velho livro em minhas mãos:
- Ousas desnudar meu teso erotismo. Excitado falo. Entalo-te as dúvidas. Atraco-te de prosa e
de verso. Apeio-te talvez. Semeio-te, quem sabe? Gozas muito, com certeza!
Houve um silêncio repentino do outro lado da linha. Depois ouvi sua voz arfante perguntar o
que eu diria para as suas carnes que tremiam carentes...
Procurei depressa, no velho livro, uma frase que se encaixasse ao momento. Encontrei.
Respondi-lhe entoando a voz de forma bem sensual e lasciva:
- Eu sou vegetariano. No entanto, neste momento tenho fome de ti. Se fatiasse verduras, com
certeza rodelas me excitariam. O talho das frutas decerto lembraria o teu. Até o cheiro da
comida se misturaria flor. Ardo em ânsias de vomitar-te sêmen.
Ouvi um arrastado aaaaaaaaaaaaah do outro lado da linha. Perguntou-me se eu estava muito
longe de seu apartamento. Mais uma vez tive que folhear rapidamente as páginas desgastadas
do livro:
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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- Meu desejo viajaria léguas para te encontrar. Estás lá longe, mas bem dentro de mim. Chego
a te apalpar os seios, sugar tua língua. E esguicharia longe, bem dentro de ti. Oh, curto prazer.
Seu gemido agora foi mais prolongado. Eu podia sentir que ela se aproximava de um orgasmo.
Exigiu num sussurro que eu voltasse imediatamente ao seu prédio. O porteiro me indicaria o
apartamento e o andar. Estaria me aguardando com urgência. Como o trânsito estava livre
àquela hora da madrugada, fiz o trajeto em menos tempo que da primeira vez. O porteiro
abriu a grade assim que me viu dobrar a esquina e me indicou o número do apartamento
fazendo um sinal com ambas as mãos. Não tive problemas em estacionar na garagem interna
do prédio. Subi até o número 501 e a porta estava aberta.
Atravessei toda a ampla e luxuosa sala, decorada com vários quadros de nus artísticos, todos
belíssimos, e logo encontrei seu quarto. Não havia mais ninguém além dela no apartamento. Já
me esperava toda nua numa cama redonda, coberta por uma colcha de vermelho vivo. O
ambiente, à meia-luz, ressaltava toda a beleza do seu corpo. No entanto, mais belo era o seu
sorriso de felicidade, por me ver entrar. Disse-me que eu não precisava dizer mais nada. Ela já
estava bastante excitada. Mas eu ainda quis dizer uma frase que viera decorando pelo
caminho, e que era a última do livro que lera apressadamente:
- Então, que não mais sejam pronunciados galanteios eróticos. Também não te deixarei à
mercê de verdades invasivas, sopros de desejos ao teu ouvido. Mas quero-te excitada, pois
estou aqui contigo!
Ela ajudou-me urgente a me livrar das vestes. Eu quis me lavar antes, mas ela apressou-se a
me dar um rápido banho de língua. Depois abocanhou meu cacete duro enquanto eu levei a
mão à sua boceta. Pingava de tão encharcada que estava. Jogou-me na cama e veio por cima.
Foi uma longa noite de sexo em bandeirada livre...
FIM DA PRIMEIRA PARTE
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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TAXISTA – Parte Dois
Eu tinha rodado a noite inteira. Aos poucos estava me familiarizando com os clientes do meu
pai, assassinado com um tiro no peito quando estava de serviço como motorista de táxi.
Herdei seu carro e sua praça e a cada dia conquistava nova clientela, além de estar sendo bem
aceito pelos contatos antigos que constavam de sua agenda celular. Alguns ficavam indecisos,
principalmente as mulheres, quando eu atendia o seu celular. Tinha sempre que explicar que
ele falecera e eu o estava substituindo. Outras faziam questão de me conhecer e me falavam
muito bem do meu velho.
O sol começava a raiar e eu estava ansioso para terminar minha jornada e ir para casa.
Dormiria até o meio-dia, tomaria um bom banho e iria visitar minha mãe internada numa
clínica psiquiátrica desde a morte do velho. Depois iria para a faculdade, onde faço
Administração. O sonho do meu pai era que eu fizesse medicina. Queria o filho doutor. Mas eu
nunca tive sucesso no vestibular. A concorrência era enorme e eu jamais consegui a média
necessária para ser aprovado. Por outro lado, sempre achei que faculdade pública foi
inventada para gente rica, que não precisasse ralar para ganhar o sustento da família. Os
melhores cursos eram de dia. O pobre que precisasse trabalhar dois expedientes para seu
ganha-pão não poderia frequentar as aulas, perdendo a oportunidade para quem tem pais que
o sustente. Estava nessas divagações quando o celular tocou.
Atendi, olhando para o relógio. Eram quase quatro da matina. Uma voz possante pediu que eu
me dirigisse ao local de sempre, pois tinha um pacote para ser entregue. Eu disse que estava
substituindo meu pai, mas não falei que ele havia falecido. Houve um breve silêncio do outro
lado da linha, antes que ele me desse coordenadas para chegar até onde se encontrava. Era
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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um bar na orla de Boa Viagem, frequentado por turistas, principalmente estrangeiros.
Estacionei na frente do estabelecimento e já me dispunha a ligar de volta para o número da
última ligação recebida quando um homenzarrão vestido de garçom veio em minha direção.
Reconhecera o táxi do meu pai e veio me dar boas vindas. Apertei a mão estendida e quase
tive a minha esmagada por ela. O cara apertava com entusiasmo. Disse que gostou de mim.
Perguntou se o trato feito com meu pai seria mantido e eu respondi que sim, mesmo sem
saber do que se tratava. Ele sorriu satisfeito e me convidou a acompanhá-lo até o bar.
O pacote era um estrangeiro bêbado. O garçom me levou até sua mesa, onde estava
debruçado e sonolento, acompanhado por uma morena tão bonita e gostosa que minha
respiração ficou suspensa. Quando ela se levantou, abrindo espaço para que eu e o
homenzarrão suspendêssemos seu companheiro pelas axilas para levá-lo dali, pude ver em
êxtase suas curvas perfeitas. Um mulherão. Alta, bonita e elegante, com a pele bronzeada pelo
sol. Ela percebeu meu interesse e deu um sorriso delicioso. Quase gozo. No entanto, tive que
voltar minha atenção ao estrangeiro embriagado, que tivemos que levar até o táxi.
Depositamos o “pacote” no banco traseiro e ela se sentou graciosamente ao seu lado. Depois
me indicou um motel afastado do centro da cidade e rumamos para lá. Mas antes, eu teria que
parar num outro bar da orla para apanhar outra pessoa. Consenti e ela pegou seu delicado
celular, ligando para um número de sua agenda. Avisou que estaria chegando dentro de
poucos minutos e desligou o telefone. Ajeitei o espelho do carro e vi seu olhar de desprezo
para com o cara visivelmente embriagado e eu fiquei fantasiando substituí-lo lá no motel,
numa noite intensa de sexo, já que não acreditava que ele seria capaz de contentar a bela e
gostosa morena, tal seu estado de embriaguês.
Cinco minutos depois, paramos num outro bar da orla de Boa Viagem, bairro nobre da cidade.
Já havia feito antes uma corrida até ali e percebi que era mais frequentado por homossexuais.
Ao ver o táxi encostar, acercou-se de nós uma réplica perfeita da morena que acompanhava o
gringo. Até as roupas que usava eram idênticas. Fiquei olhando abismado para uma e para a
outra, não acreditando em meus olhos. Mas o “boa noite” dado pelo clone da morena me
arrepiou até os cabelos do cu. Foi entoado numa voz tão grave e potente que me deixou de
queixo caído. Respondi o cumprimento aos gaguejos, e ambos sorriram divertidos da minha
cara de surpresa. O travesti pediu licença e entrou no carro, acomodando-se ao lado do cara
embriagado. A morena apresentou-o como Cassandra - nome de guerra. Disse que eram
gêmeos idênticos, mas ele nascera com um pinto entre as pernas. Depois se esqueceram de
mim e ficaram conversando entre si, ela contando como conhecera o gringo. Ele parecia
repassar tudo quanto ela dizia, até decorando algumas frases importantes. Senti cheiro de
sacanagem no ar. Percebi logo ser uma dupla de irmãos golpistas. Porra, meu pai se metia em
cada uma!...
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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Chegamos ao motel e fomos bem recebidos na portaria. A dupla parecia ser bem conhecida ali,
e a recepcionista entregou-lhes uma chave sem nem perguntar que tipo de quarto os dois
queriam. Estacionei na garagem do apto. 69 e o travesti me ajudou a retirar o gringo do carro e
levá-lo até o luxuoso quarto. Deitamos o cara na cama, balbuciando frases desconexas.
Enquanto Cassandra retirava de uma bolsa uns apetrechos de filmagem, a irmã usava dois
pares de algemas para prender o cara ao móvel, deitando-o de bruços. Retirou com grande
prática as roupas do cara, deixando-o totalmente nu. Depois sacou um batom bem vermelho
da bolsa e passou nos lábios do bêbado. Ele pareceu-me incomodado, mas estava embriagado
demais para resistir. A morena procurou em seus bolsos sua carteira e retirou todos os dólares
que tinha dentro. Contou-os e dividiu-os pela metade, entregando a parte do irmão, que
guardou na bolsa. Depois Cassandra despiu-se totalmente, exibindo um pau duro enorme em
contraste com o corpo escultural totalmente feminino que possuía. Em seguida, se ajeitou
sobre o cara abrindo bem as pernas dele. Cuspiu na mão e lambuzou o cu do sujeito. Então,
enfiou-lhe aquele caralho enorme na bunda. Eu me senti incomodado e saí do quarto,
voltando para o carro. Ouvi o urro medonho do cara sendo enrabado.
A morena também saiu do quarto e entrou no táxi, sentando ao meu lado. Olhava para mim
com aquele sorriso sacana que eu passei a detestar. Pediu-me que eu a levasse para casa, pois
estava cansada da noitada. Seguimos mudos por um bom trecho, até que ela me perguntou
sobre meu pai. Não sabia que ela conhecia o velho. Contei do seu assassinato. Ela mostrou-se
bastante surpresa com a morte dele. Não tinha saído nada nos noticiários. Expliquei que havia
sido publicada uma nota no jornal, sem foto. Já os telejornais disseram o seu nome e não o seu
apelido, como carinhosamente era conhecido pelos amigos. Então, o fato passou
despercebido. Ela lamentou minha perda e até acho que vi uma lágrima escorrendo dos seus
olhos, mas disfarçou muito bem. Percorremos toda a Avenida Agamenon Magalhães,
ultrapassamos o limite entre Recife e Olinda e pegamos a Av. Marcos Freire, que margeia a
praia de Casa Caiada. Chegamos, finalmente, em frente ao seu apartamento. Ela perguntou se
eu queria o pagamento da corrida em dólares ou reais, e eu me decidi pela moeda nacional.
Fez com que eu subisse com ela, para pegar o dinheiro que deixara em seu apartamento.
Assim que abriu a porta da sua residência, começou a tirar a roupa. Primeiro tirou o
casaquinho vermelho que vestia sobre uma blusa de malha preta, bem curta, mostrando o
umbigo, e com um decote tão generoso que parecia que os seus seios iam saltar sobre mim.
Jogou ambas as peças no sofá da sala. Estava sem sutiã. Depois tirou as botas de cano longo e
a calça jeans apertada que vestia, modelando suas curvas perfeitas. Ficou de costas para mim
apenas de calcinha. Caminhou com seu andar felino em direção ao quarto e me chamou até lá.
Eu a seguia como um cachorrinho, babando de tanto tesão. Então ela entrou no banheiro da
suíte e se cobriu com uma longa toalha. Feito isso, retirou de uma das gavetas do móvel de
cabeceira um monte de dinheiro e entregou para mim. Eu disse que queria apenas o valor
marcado no taxímetro. Ela jogou todas as notas em cima da cama, com um sorriso sacana.
Quando me aproximei para pegar o que me pertencia pela corrida, ela prendeu-me com um
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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par de algemas à cama. Olhei surpreso em sua direção e me deparei com uma arma apontada
para a minha cara.
Jogou-me sobre os lençóis e apagou a lâmpada. As cortinas do quarto não deixavam passar a
luz do sol que já despontava. Ficamos numa escuridão total. Aí ela me virou, de supetão,
deixando-me de bunda para cima. Juro, prezadas leitoras, que a primeira coisa que me veio à
mente foi o grito do gringo sendo enrabado. Coloquei a mão livre protegendo a bunda, mas ela
pegou meu pulso e me imobilizou com grande facilidade. Tentei dizer alguma coisa e ela me
enfiou um lençol na boca, impedindo-me de gritar. Sim, eu ia gritar por socorro. Não queria ser
enrabado. Suei por todos os poros, me debatendo, tentando me soltar. Aí senti aquela língua
quente roçando pelas minhas costas, descendo até entre as minhas nádegas. Apertei-as uma
contra a outra, querendo proteger meu buraquinho virgem. Então ela lambeu bem ali, me
causando um arrepio misto de medo e prazer. Com certeza – pensei - ela estava umedecendo
meu patrimônio para poder me enfiar sua grande trolha. No auge do meu terror, ela me virou
de frente.
Meus olhos já se acostumavam com a escuridão. Procurei avistar um pênis enorme entre suas
pernas e só enxerguei uma buceta raspadinha. Ela acocorou-se sobre mim e senti sua vulva
abocanhar meu cacete duro. Uma xana quente e úmida, que se enfiou até o talo em mim.
Senti o cano frio da arma encostado ao meu rosto. Ela gemia para que eu ficasse imóvel.
Engatilhou a arma e eu quase que me borro todo. Enfiou o cano na minha boca, me fazendo
doer os dentes. Aumentou os movimentos das ancas, quase me levando ao orgasmo. Então ela
apertou o gatilho.
Porra, o medo que senti naquela hora foi incomensurável. Eu, já traumatizado pela morte a
tiros do meu pai, quase me borro sobre os lençóis. Ela puxou novamente o gatilho e o estalido
seco da arma me fez ter um intenso orgasmo. Mas ela ainda não estava satisfeita. Rindo muito
da minha cara aterrorizada, começou a mordiscar meu pinto com a vulva. Colocou a mão
desarmada por trás de si e massageou meus bagos, sem tirar cacete de dentro da sua buceta
quente. Aos poucos, meu pau voltou a ficar em ponto de bala. Ela esticou a mão e retirou
munição de dentro da gaveta do criado-mudo. Aí eu dei um pulo e saí debaixo dela. Mesmo
com uma das mãos algemada, derrubei-a na cama com toda a raiva e medo que havia em
mim. Aquela mulher parecia louca. Queria colocar balas no revólver para voltar a me meter
medo. Dominei-a dando-lhe uma gravata, quase fazendo com que desfalecesse sufocada.
Deitei-me sobre ela e forcei-a a ficar de cara nos lençóis. Ela empinou aquela bunda
maravilhosa tentando impedir que eu a subjugasse. Então meu cacete duro encostou bem
entre suas nádegas.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
12
Nem lubrifiquei meu pau, enfiei-o de uma vez só no seu cuzinho apertado, de tanta raiva que
eu estava dela. Nunca alguém me fizera tanto medo na vida. Achei que iria se debater para se
livrar da minha pica, mas ela me ajudou a me encaixar melhor no seu buraquinho. Gemeu
delirante quando eu me enfiei até o talo. Depois rebolou suavemente, até sentir-se lubrificada.
Aí, fincou-se em mim num rebolado louco gritando impropérios desconexos. Eu já havia me
livrado do pano que me tapava a boca. Gemi alto, sem me importar se algum vizinho fosse
escutar naquela hora tão cedo. Então ela lançou um jato esbranquiçado, forte e demorado,
molhando todo o espelho da cama, inclusive os travesseiros. E eu caí prostrado de lado,
procurando um lugarzinho mais enxuto. Ela deitou-se perto de mim e se agarrou
carinhosamente ao meu corpo.
Quando eu achei que ela estava dormindo, começou a falar com daquela forma manhosa que
me deixara excitado assim que a conheci. Disse que era policial federal, assim como o irmão. O
trabalho dos dois era caçar gringos que vinham ao Brasil à procura de mulheres para servirem
de escravas sexuais no exterior. Enganava-as prometendo vantagens caso viajassem com eles e
estas terminavam sendo vendidas para o mercado internacional de prostituição. Outros
arregimentavam menores para uso de conterrâneos tarados que viajavam para cá à procura de
menininhas de doze, treze anos e, além de usá-las sexualmente, ainda as fotografava para
deleite de amigos depravados. A maioria desses gringos apenas queria ganhar uns trocados a
mais, aproveitando-se da estadia em nosso país. Mas alguns faziam parte de um grupo
organizado internacional. Esses eram presos quando descoberto seu envolvimento com a
máfia internacional da prostituição. Os amadores recebiam o castigo do grupo formado por
ela, o garçom do bar onde a encontrei e o irmão traveco.
Na verdade, Cassandra era considerada uma aberração da natureza. Desenvolvera formas
femininas, teve os seios crescidos sem precisar usar de esteroides ou fazer implante, mas não
gostava de dar o cu. Preferia enrabar a ser enrabado. Adorava estuprar machões. Frequentava
bares gays por saber que estes eram os principais responsáveis em apontar crianças para
gringos em troca de grana, que usavam para pagar seus parceiros sexuais.
O esquema funcionava da seguinte forma: o garçom grandalhão recebia um pedido para
indicar uma vítima do sexo feminino que seria convencida a viajar com o gringo para o exterior
com mirabolantes promessas de riqueza fácil. O homenzarrão ligava para a morena e
preparavam a armadilha. Marcava um encontro com a policial, que se passava por uma garota
ingênua. A bebida do gringo era aditivada com Rupinol, um forte medicamento para pessoas
com problemas de nervos, e o cara ficava grogue. Achava que convencia a morena a ir com ele
para algum motel e, no meio do caminho, o irmão assumia o seu lugar. Roubavam-lhe todo o
seu dinheiro, dividindo de forma igual entre ela, o garçom, o irmão e o eventual taxista, além
de Cassandra comer-lhe o cu filmando seu suplício. Depois que o efeito do psicotrópico
passava, o cara via o DVD deixado por Cassandra onde estava gravado o travesti enrabando-o.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
13
A vítima jurava que estivera noite toda com uma mulher. Ficava perplexo de ter confundido
com um travesti. No entanto, reconhecendo as vestes – que Cassandra usava sempre iguais às
da irmã – ficava envergonhado de ter sido estuprado e nunca dava queixa á polícia. Melhor
para o grupo. Sem dinheiro e traumatizado, o gringo logo voltava para seu país de origem. O
trio fazia justiça e ainda ganhava uma grana extra.
Antes de finalmente adormecer a morena, que fez questão de manter sigilo sobre sua
identidade e a do irmão, disse-me que foi amante do meu pai por alguns anos. Apaixonara-se
por ele, que sempre a levava para casa aos fins de longas noites, depois que ela efetuava
prisões ou punia algum gringo safado. Ela adorava sexo violento, e meu pai sabia contentá-la
muito bem. Apesar de saber-se bela e gostosa, não tinha muitas oportunidades para namorar.
Dedicava todo o seu tempo ao trabalho policial. Então, foder com meu pai era tudo que queria
depois de uma noitada turbulenta. Mais uma vez fiquei abismado com essa faceta do meu pai.
O velho era muito bem provido de mulheres lindas. Eu senti inveja dele. E um grande orgulho
por ser seu filho.
Quando acordei, a morena já não estava no apartamento. Deixara, junto com uma quantia em
dinheiro vinte vezes maior que a devida pela corrida, um bilhete agradecendo a ótima noite de
amor e seu número do celular. Pedia para eu deixar a chave na portaria. Mas eu estava
cansado demais para ir embora. Resolvi dormir mais e esperar folgadamente a sua volta para
casa.
FIM DA SEGUNDA PARTE
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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TAXISTA – Parte Três
A Praça do Derby fica bem próxima ao centro do Recife. É nela onde estaciono meu táxi,
quando não estou rondando as ruas á procura de passageiros. Pra dizer a verdade, atendo
mais a chamados feitos pelo celular. Mas ontem o movimento foi fraco e o apurado foi pouco.
Por isso, decidi faltar à faculdade e fazer horas-extras ao volante. A praça também é ponto de
desembarque de ônibus interestaduais, então apostei comigo mesmo que iria conseguir
alguém para complementar sua viagem de táxi até o seu destino. Passavam de nove horas da
noite quando um expresso vindo de João Pessoa estacionou e dele desceram algumas pessoas
com suas bagagens. Nenhuma estava interessada em pegar táxi. Quando eu já dava partida
para aventurar algum passageiro nas redondezas, uma mocinha decidiu-se de última hora a
fazer uma corrida comigo. Assoviou alto, levando dois dedos aos lábios. Parei imediatamente e
olhei pelo retrovisor. Ela veio apressada em direção ao meu carro, com um pedaço de papel na
mão.
Mostrou-me um endereço e perguntou se eu sabia onde era. Lembrei-me que já havia levado
um passageiro lá, se bem que eu não me recordava bem quem havia sido. Ela não carregava
nenhuma bagagem. Como afirmei saber onde era o edifício indicado no endereço escrito no
papel, abriu a porta do táxi e sentou-se no banco traseiro. Iniciamos o trajeto em silêncio, mas
logo percebi que ela estava bastante apreensiva. Roia as unhas nervosamente, o tempo todo.
Perguntei se ela estava ansiosa por algo e ela pareceu ficar mais nervosa ainda. Chegou a
estremecer com a minha indagação. Pedi desculpas pela minha indiscrição e falei que estava
claro o seu desconforto com alguma coisa que a incomodava. Aí ela começou a chorar
convulsivamente. Estacionei o carro e me virei para trás, perguntando o que estava
acontecendo. Trêmula, ela quase não conseguia falar. Encostei o táxi num dos quiosques à
beira da avenida e pedi uma água mineral. Destampei a garrafinha plástica e ofereci a ela. A
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
15
pobre tomou o líquido gelado em grandes goles. Depois me confessou que estava sem
dinheiro.
Amaldiçoei meu azar. Aquela era a minha primeira corrida do dia, e quando o dia começa mal
é melhor recolher o táxi e voltar para casa. Perguntei se ela estava fugitiva. Ela garantiu-me
que não. No entanto, estava no Recife escondida dos pais, que não sabiam que ela havia
viajado. Dissera a eles que iria passar alguns dias na casa de uma amiga. Estivera, sim, na casa
dela, mas apenas para que lhe emprestasse algum dinheiro para comprar as passagens. Mas
não havia lhe dado nenhuma satisfação do que pretendia fazer. Adivinhei logo que se tratava
de um encontro com algum namorado. Porém, as coisas eram mais complicadas do que
pensei.
Ao pedido dela, comprei outra garrafinha de água e nos afastamos do quiosque, pois o
vendedor parecia muito curioso depois de perceber seu rosto banhado de lágrimas. Percorri
um trecho da Av. Agamenon Magalhães, cruzei o Pina e adentrei a Domingos Ferreira,
seguindo o trajeto para chegar ao endereço que me mostrara, até encontrar um barzinho
tranquilo onde pudéssemos conversar mais à vontade. Perguntei se ela queria comer alguma
coisa. Confessou-me estar morrendo de fome. Eu também não jantara na ânsia de descolar
algum passageiro, então sentamos em uma das mesas do barzinho aconchegante. Ela queria
uma calabresa com fritas. Com uma Coca-cola, se eu pudesse pagar-lhe. Imediatamente se
arrependeu do refrigerante e perguntou se podia beber uma cerveja. Dei de ombros e chamei
o garçom. Ele fez questão de ver algum documento seu. O bar não servia bebidas alcoólicas a
menores. Ela mostrou-lhe a carteira de identidade. Disse ter dezenove anos.
Só depois do terceiro copo de cerveja ela resolveu se abrir comigo. Disse que conheceu um
cara do Recife, pela Internet, e passaram a se comunicar assiduamente. Ele era muito
libidinoso. Gostava de vê-la pela webcam e ficava incentivando-a a fazer strip tease. No início
ela ficava envergonhada, mas depois começou a achar excitante aquela situação. Passou a
adorar sabê-lo com tesão e cada dia o atiçava mais. Ultimamente, vinha se masturbando em
frente à câmera, para deixá-lo louco de desejo. Então, quando percebia que ele estava bem
excitado, interrompia a conexão, deixando-o puto da vida. Ela se divertia fazendo isso com
frequência, sem saber que ele vinha gravando tudo através de um programa específico. Até
que, nos últimos dias, ele ameaçou colocar os vídeos no You Tube. Ela ficou apavorada
temendo que principalmente seu pai viesse a saber. Pertencia a uma família tradicional e
muito conhecida em sua cidade. Aí ele passou a chantageá-la. Argumentou que estava
aniversariando e queria comer seu cuzinho virgem, de presente. Entregaria todas as cópias dos
filmes se ela viesse até sua casa e transasse com ele. Garantiu que não ficaria com nenhuma
das cópias onde ela aparecia numa desvairada siririca. Com medo de ser exposta na rede, ela
topou o acordo. Mas agora estava temerosa de que ele não cumprisse sua parte do trato.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
16
Perguntei por que ela não havia procurado a polícia, já que estava de posse do seu endereço e
telefone. Ela me disse que teria vergonha das perguntas que decerto os policiais iriam fazer, e
temia que o caso fosse parar nos noticiários. Seria pior do que a morte, para seus pais de
educação conservadora. Concordei com ela. Eu tinha feito a pergunta sem pensar. O impasse
ainda continuava. Como fazer para recuperar os vídeos, sem precisar usar de violência? A
primeira coisa que pensei foi ir com ela até a casa do cara e obrigar ele a nos entregar todo o
material gravado, nem que fosse ameaçando-o com alguma arma. Aí me lembrei da morena
gostosona, policial federal. Tinha mais de uma semana que eu não a via. Decerto ela saberia
resolver essa bronca. Liguei para o seu celular. Ela me disse que estava viajando a trabalho e
que só retornaria após três dias. Ao ver minha cara decepcionada, a mocinha me fez uma
confissão que me deixou estarrecido.
Disse-me que não se importaria de dar seu cuzinho virgem. O problema era que o pau do cara
que também se exibia na Internet pela webcam era enorme e muito grosso. Estava disposta a
transar com ele, mas temia não aguentar tamanha vara. Eu estava embasbacado. Mas ainda
tinha mais: ela perguntou se eu podia prepará-la para o encontro com o cara. Percebera,
observando meu volume entre as pernas, que eu não era muito bem dotado. Se aguentasse
minha pica, serviria como um treino para ser varada por ele. Mas foi logo me advertindo que
não me daria a buceta. Tinha medo de engravidar, mesmo se eu usasse camisinha. Garantiu
que conhecia algumas amigas que haviam ficado grávidas desse jeito. Eu não acreditava nessa
possibilidade, mas não quis estender a discussão. Concordamos em passar a noite num motel.
Antes, ela ligou para o cara e marcou para se encontrarem no outro dia pela manhã.
Encontrei um motelzinho simpático e barato. Ela entrou no quarto e ficou visivelmente
admirada. Disse-me que nunca havia entrado num motel, apesar de que sempre teve
curiosidade em conhecer um. Mas no momento não queria perder tempo. Ansiava por minha
primeira aula. Sugeri tomarmos um banho morno, primeiro. Ela fez questão de tirar minhas
roupas, uma por uma. Depois fez um strip tease bem sensual, rebolando suavemente a bunda
para mim. Fiquei logo excitado e carreguei-a nos braços até o chuveiro. Ensaboei todo o seu
corpo, me detendo em suas partes mais íntimas. Ela delirava quando eu passava a mão na sua
vulva e, mais ainda, quando massageava seu buraquinho. Então, debaixo da ducha morna,
virou de costas para mim. Pediu que eu o fizesse com carinho.
Passei xampu em todo o cacete duríssimo e arreganhei suas nádegas com as duas mãos. Ela
empinou mais a bundinha. Apontei a glande para o seu cano de escape e pincelei suavemente
o buraquinho apertado. A danada se preparou para a dor. Respirou fundo e pediu que eu
enfiasse devagar. Empurrei firme, mas com cuidado. A cabeça entrou com certa dificuldade.
Ela gemeu dorida. Fiquei imóvel, esperando ela se recuperar. Arreganhei mais ainda suas
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
17
nádegas. Ela comprimiu o ânus e depois afrouxou a pressão. Nem bem fez isso, eu empurrei
mais um pouco. Entrou-lhe mais de um terço do meu cacete. Senti a quentura da sua fenda
apertada e quase gozo. Deu trabalho para eu me segurar. Apesar dos protestos, retirei
totalmente o pênis de dentro dela. Pedi para ela ter paciência. Lambuzei mais xampu, dessa
vez no cuzinho e nas nádegas dela. Apontei novamente a glande e ela mesma se enfiou. Deu
um choramingo arrastado, mas continuou firme. Retirou de dentro novamente e segurou no
meu caralho, apontando-o melhor. Agora, sim, aguentou sem gritar que meu pênis lhe
adentrasse até tocar com os bagos nas suas pregas. Então, comecei os movimentos
cadenciados.
No início, trincou os dentes. Depois se desvairou em movimentos rápidos, cada vez mais
voluptuosos. Desligou a ducha e se apoiou com as duas mãos na parede do banheiro. Baixou a
cabeça e se enfiou todinha em mim, rebolando gostosamente. Gemia, gritava e urrava para eu
não gozar logo. Mas quanto mais ela dizia isso, mais me dava vontade. Por fim não aguentei e
jorrei esperma em seu cuzinho quente. Ela se virou irritada e ficou batendo com os punhos no
meu peito. Queria mais, muito mais.
Então eu fiz-lhe se agachar e se apoiar na tampa arriada do vaso. Coloquei-lhe primeiro um
dedo, depois dois e finalmente três dedos em seu buraquinho agora relaxado e lambuzado de
xampu e gozo. Ela se abriu mais para mim. Enfiei-lhe o quarto dedo, com a mão em concha, e
iniciei um movimento de vai e vem. Ela relaxava cada vez mais o ânus e minha mão se
encaixava melhor. Então ela teve um gozo tão intenso que se atirou sobre a tampa fechada da
privada. Passou a ter espasmos contínuos, olhos revirados, e eu mantendo meu punho firme
nela. Até que desfaleceu no chão molhado do banheiro e eu finalmente me retirei do seu ânus.
Mesmo ainda trêmulo, carreguei-a nos braços até a cama. Ela adormeceu e eu fiquei olhando
para aquele corpo franzino, porém de uma bravura admirável. Seus peitinhos eram miúdos,
quase de uma menina. Seu rosto tinha algumas espinhas e sua boca era muito sensual. Nem
bela nem fera. Catei entre as vestes sua carteira de identidade e confirmei sua idade. Fiquei
mais tranquilo. Temia que ela fosse menor. Então, enquanto ela ressonava, eu fiquei bolando
um meio de tirar os vídeos gravados do cara.
Quando ela acordou, ainda fizemos sexo por duas vezes. Pedi para que me chupasse um
pouco, depois de tomarmos o segundo banho, mas ela disse que tinha nojo. Nunca fizera tal
coisa e também tinha vergonha. Ainda levou minha glande à boca, mas depois desistiu, com
ânsias de vomitar. Não quis forçá-la. Contentei-me em meter-lhe na bunda outras vezes, cada
vez mais gostosamente. Até que nos saciamos e resolvemos conversar sobre os vídeos. Ela
disse que iria mesmo enfrentar o cara. Pediu-me para levá-la até ele assim que saíssemos do
motel, de manhã. Foi o que fiz. Fiquei com o seu telefone e emprestei-lhe o meu, que tinha
câmera fotográfica. Pedi que ela o fotografasse, para eu ver quem era o tal sujeito. Disse
também que iria ficar nas proximidades, e qualquer coisa ela me ligasse. Concordou com tudo.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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As próximas duas horas de espera foram angustiantes. Mas quando ela apareceu, vi que tinhas
uns DVDs na mão e um sorriso de felicidade no rosto. Estava eufórica e confesso que fiquei um
tanto enciumado. Mas quando ela sentou-se ao meu lado, logo soube o motivo do seu
contentamento. Exibiu umas fotos que havia tirado com o meu celular. Em algumas, aparecia
um moreno sarado com as mãos no rosto e ela com a cara bem perto do seu pinto mole, com
um sorriso gaiato. Noutras, ele parecia estar pedindo misericórdia a ela, que aparecia com o
polegar apontado para baixo, indicando que o cara era broxa. Eu não conhecia o dito cujo. Ela
contou que, como chegou disposta a dar-lhe a bunda, ele ficou espantado com seu
entusiasmo. Esperava estuprá-la, e não fodê-la com seu consentimento. Por isso, não
conseguiu ter ereção nem uma vez. Ela fingiu ter enviado as imagens para o próprio e-mail e o
sujeito caiu na armadilha. Devia ser um novato em termos de tecnologia digital. Negociou os
vídeos que tinha gravado em troca de ela não publicar as fotos. Ela disse que não tinha
intenção de publicá-las, mas serviriam de garantia caso ele tivesse escondido algum vídeo e
fizesse chantagem com ela. Depois de muito implorar ele acabou cedendo aos argumentos.
Achando que ela havia mesmo enviado uma cópia para si, nem se preocupou em apagar as
fotos do celular. Rimos muito da esperteza dela e do azar e babaquice do cara.
Depois de fazermos um lanche, em um local qualquer de perto, levei-a até a rodoviária.
Destrocamos os celulares e fiquei de enviar as fotos por e-mail para ela. Anotamos em nossas
agendas os números dos nossos telefones e os endereços dos nossos correios eletrônicos. Ela
me agradeceu fervorosamente pelas aulas e prometeu voltar qualquer dia para tentar
novamente a felação. Tinha certeza que o cara não iria mais chantageá-la, por isso voltava
tranquila para casa. Quanto a mim, iria para minha residência descansar. Dormiria um pouco e
depois começaria a rodar mais cedo, de modo a descolar alguma grana. Mas não podia dizer
que a noite havia sido de todo ruim.
FIM DA TERCEIRA PARTE
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
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TAXISTA – Parte Quatro
Tirei a tarde para visitar minha mãe na clínica psiquiátrica onde estava internada. Vasculhei
sua gaveta à procura de algumas peças íntimas para levar para ela e eis que encontro uma
velha caderneta do meu pai escondida entre as roupas. Lembro-me de tê-lo visto fazendo
algumas anotações nela, por diversas vezes, mas nunca tive a curiosidade de ver o que estava
escrito ali. Folheei as páginas amareladas pelo tempo e vi que continham nomes, endereços e
telefones de várias mulheres. A lista estava organizada em dias do mês, e alguns nomes se
repetiam mais adiante, só que em datas diferentes. Os dados continuavam os mesmos. Não
encontrei nenhum sentido em ele repetir tais anotações. No entanto, aos poucos eu vinha
percebendo motivos em tudo que meu pai fazia. Resolvi guardar a caderneta comigo.
Deu-me curiosidade de comparar alguns telefones com os anotados em sua agenda celular. Fui
procurando em ordem alfabética e, de fato, a maioria estava gravado nela. Guardei tudo no
porta-luvas do táxi e fui visitar minha pobre mãe, perturbada do juízo desde o assassinato
recente do velho. Estive algum tempo com ela, falei com os médicos que a tratavam e
disseram que aos poucos estava se recuperando. Sinceramente, eu não via nenhuma melhora
nela. Saí da clínica sem que ela sequer me reconhecesse, a coitada.
Resolvi dar umas voltas para ver se conseguia algum eventual passageiro, já que àquela hora
eu não receberia nenhum chamado por celular. Meus clientes só me contatavam após as seis
da noite. Rodei por mais de uma hora e desisti, voltando para o meu ponto na Praça do Derby,
bem próximo ao centro da cidade. Procurei um número aleatório da lista do celular, que eu
sabia pertencer a alguém da caderneta do velho, e arrisquei ligar. Atendeu uma voz feminina
que parecia pertencer a alguém de meia-idade. Ela ficou contente com a ligação e me tratou
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
20
pelo apelido carinhoso do meu pai, pensando que era ele a ligar. Depois disse que aquele não
era o seu dia. Ainda faltava uma semana.
Identifiquei-me como filho do falecido taxista e ela lamentou minha perda. Perguntou por que
eu havia ligado. Falei-lhe da velha caderneta e ela deu uma bela gargalhada. Indagou-me se eu
sabia do esquema do meu velho. Confessei que não. Perguntou a minha idade e, ao sabê-la, se
demorou um pouco em silêncio, como se estivesse na dúvida em me esclarecer as coisas ou
não. Depois deu seu endereço e pediu que eu passasse qualquer dia por lá. Ela me contaria
tudo, tintim por tintim. Curioso e tendo algumas horas livres antes do meu turno como taxista,
perguntei se podia visitá-la imediatamente. Ela consentiu.
Parei num estabelecimento onde havia uma placa bem vistosa indicando ser ali um salão de
beleza. A dona veio me atender toda sorridente, ao reconhecer o táxi que pertencera a meu
pai. Abraçou-me ternamente e pediu que eu entrasse. Era simpática e ainda demonstrava
certa beleza. Notava-se que outrora tivera um belo corpo, pois ainda se enalteciam suas
formas sinuosas. Apresentou-me a funcionárias suas que atendiam algumas clientes e
entramos por uma porta que dava na sala de sua residência. Pediu que eu me acomodasse e
desse-lhe a caderneta. Olhava todas as anotações e sorria divertida, exclamando algumas
vezes:
- Que velho mais safado!...
Achei que ela estava se referindo ao meu pai, mas ela logo me explicou que aquela era a lista
do “Açougueiro”, um antigo cliente dela. Viuva, passara um tempo quase na miséria, pois o
falecido não lhe deixara muito dinheiro. Foi quando meu pai apresentou-lhe um senhor careca,
muito forte e grandalhão. Ele pagava muito bem para ter sexo, mas só queria as mulheres que
estivessem... “naqueles” dias. Percebi que ela ficou ruborizada ao me contar tal coisa. Fez uma
pausa e logo prosseguiu. Como o grandalhão parecia um touro reprodutor, costumando foder
quase todos os dias, meu pai fez uma lista de mulheres que topariam transar com ele.
Organizou uma caderneta por dia de menstruação de todas elas, e tinha o cuidado de fazer
uma tabelinha mensal para cada uma. Rindo, ela me pediu o celular emprestado. Queria
passar um trote no velho cliente.
- Oi, amor. Sou eu, sua viuvinha vestida de vermelho... Estou com uma saudade enorme de
nossas safadezas. Não, sei que hoje não é meu dia, não estou daquele jeito que você gosta.
Mas não podia abrir uma exceção para mim?...
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
21
Ela encolheu-se toda, como se estivesse levando um esculacho por telefone. Depois me
entregou o celular de volta, confirmando que ele havia batido o telefone na cara dela. Ria
escandalosamente, divertida. Sabia que o “Açougueiro” não iria topar o encontro. Em seguida,
eu e a dona do salão de beleza levamos ainda algum tempo conversando sobre trivialidades e
depois me despedi dela, agradecendo por me esclarecer o mistério da caderneta. Entrei no
táxi e rumei em direção ao meu ponto.
Estava repassando novamente os nomes da caderneta quando o celular tocou. Era o
“Açougueiro”, puto da vida por eu ter emprestado o celular para a cabeleireira zoar com ele.
Reconheci a voz. Pertencia ao garçom que tinha um esquema com a morena policial federal e
seu irmão gêmeo travesti. Eu ri divertido e disse que não sabia que era ele, pois da primeira
vez ligara de outro número. Ele aceitou minhas desculpas e confessou que a conversa com a
viúva o deixara excitado. Perguntou-me quem, pela caderneta do meu velho, estava na vez.
Repassei as velhas folhas e disse-lhe que era uma apelidada de Mulata. Ele vibrou de
satisfação. Pediu que eu ligasse para ela e marcasse para apanhá-la no início da noite. Ela me
indicaria aonde ir.
A mulata era elegantíssima e boazuda. Muito simpática, também. Devia ter a minha idade,
talvez um ou dois anos mais nova. Gostei do seu jeito alegre de ser. Não parecia prostituta,
apesar de morar numa parte pobre da cidade. Ficou triste quando falei que meu pai falecera,
apesar de eu omitir a causa da sua morte. Disse-me que por anos ele pagou livros e cadernos
para ela, sem nunca querer nada em troca. Mais uma vez me espantei com mais essa faceta do
meu velho. Eu me orgulhava cada vez mais dele. Continuamos conversando até chegarmos a
uma pousada nos Aflitos que era composta de vários flats, pequenos e bem simpáticos, neste
bairro nobre do Recife.
O “Açougueiro” veio nos receber na entrada. Quase não o reconheço, sem a peruca. Ele estava
cabeludo, lá no bar onde fui buscar o “pacote” – que era como chamavam os estrangeiros
grogues após serem adicionados psicotrópicos à sua bebida. Agora estava com a cabeça
brilhando de tão raspada. Mais uma vez apertou-me a mão com bastante força e entusiasmo e
conversamos um pouco. Depois me despedi, querendo deixá-los à vontade. Mas ele exigiu que
eu esperasse na sala do pequeno flat. Não demoraria muito com a morena e pagaria minhas
horas paradas, além de querer que eu a levasse de volta à sua casa. A morena me piscou um
olho, pedindo que eu ficasse. Peguei um jornal que estava jogado sobre um centro no
aposento e sentei-me num confortável sofá. Eles se trancaram no quarto. Estive lendo por
alguns minutos quando a morena, nua, assomou à porta e me chamou para participar da festa.
Declinei do convite, encabulado. Mas o garçom grandalhão reforçou o chamado, virando-a de
costas e dando-lhe umas palmadinhas na bunda. Pediu-me ajuda para comer aquele pedação
de mulher.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
22
Eu nunca tinha feito sexo a três. Tendo o seu consentimento, fiquei tentado a experimentar.
Ela puxou-me pelo braço e me levou pro quarto cuja iluminação em vermelho lembrava um
cabaré. Ele jogou-se na cama e ficou de barriga para cima, segurando o pau duro, a esperar
pela gente. Ela tirou toda a minha roupa e depois começou a mamar no meu cacete enquanto
ele se masturbava. Mas logo ela também subiu na cama e engatinhou sobre ela. Sua pele
oleosa reluzia sob a tênue luz. Levou a mão à boceta e depois passou no rosto dele. A
iluminação quase não deixava ver o sangue manchando o rosto do garçom grandalhão,
confundindo-o em tons rubros. Depois a mulata se agachou sobre o seu pau e fez um
demorado boquete, empinando a bunda em minha direção. Em meio aos gemidos, o
“açougueiro” perguntou o que eu estava esperando para fincar o cacete naquela bunda
grandona.
Eu ainda estava tão abestalhado em participar de um ménage que ficara lá, nu e de pé junto à
cama, servindo apenas de voyeur. Mas o pau já doía de tanto tesão, lembrando-me que eu
tinha um trabalho a fazer. Cuspi na mão e lambuzei o cu da mulata. Ela pediu que eu esperasse
um pouco e novamente passou os dedos na xoxota ensanguentada, lambuzando o buraquinho
com menstruação, inclusive lá dentro. Confesso que senti certa repulsa, mas não iria perder a
oportunidade de meter numa bunda tão apetitosa. Então ela deitou-se sobre o grandalhão e
enfiou a rola dele todinha na sua buceta à cabidela. Ele gemeu todo contente. Ela pediu para
eu vir por cima e enfiar no seu cuzinho lambuzado. Não me fiz de rogado.
Apontei meu mastro para o seu anel e enfiei apressado. O sangue menstrual fez minha pica
escorregar como se fosse em baba de quiabo, apesar do seu cu ser apertadinho. Não demorei
muito a gozar e a mulata segurou fortemente na minha bunda quando sentiu meu esperma
jorrar dentro dela. Aumentou os movimentos das ancas, fazendo o “açougueiro” urrar de
prazer. Cai de lado na cama, retirando-me do jogo, já satisfeito. O homenzarrão ainda
continuou copulando por mais algum tempo, depois a jogou de cima dele. Arreganhou-lhe
bem as pernas e meteu profundo, estando sobre ela. Quando tirou a pica de dentro, esta veio
pingando sangue, sujando os lençóis e ainda dura.
Pensei que ele ia enfiar no rabo dela, mas parece que se deu por satisfeito. No entanto, a
mulata, não. Percebendo que eu já havia me recuperado um pouco, montou sobre mim.
Enfiou-se no meu pau ainda bambo e fê-lo endurecer com rebolados sensuais sem tirar de
dentro. Aí eu estava de novo em ponto de bala. Foi quando entendi o porquê da preferência
do “açougueiro” por vaginas menstruadas. O sangue, por ser viscoso, torna a lubrificação da
vulva diferente, um tanto pegajosa, e isso dá uma sensação estranha muito excitante. Foi o
que percebi assim que ela enfiou a buceta na minha pica. A fricção com o sangue que a
lambuzava esquentava meu membro e dava a impressão de que ele ardia em febre. Meti
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
23
naquela perereca melecada até ela urrar de prazer tendo um demorado orgasmo. O garçom,
ao meu lado, se masturbava enquanto nos via transar.
Ficamos um tempo recuperando nossos fôlegos e a mulata acendeu um cigarro. Acariciava, ora
o pau enorme do “açougueiro”, ora o meu pinto em descanso, afim de que a gente tivesse
nova ereção. Ambos estávamos satisfeitos. Concordamos em tomar um banho e irmos
embora, pois eu precisava trabalhar. Entramos os três no pequeno banheiro assim que ela
terminou de fumar. Deu-nos um demorado banho ensaboando com muito afinco. Também a
banhamos, ele encarregado da frente e eu das costas dela. Depois nos despedimos do
grandalhão e ele pediu para eu deixá-la em casa. Enfiou um dinheiro no bolso dela e a mulata
pareceu-me muito satisfeita. O "Açougueiro" falou que depois acertava comigo, logo mais na
madrugada, quando eu o fosse pegar lá no bar, à saída do trabalho. Eu disse que não havia
nenhum problema. Ela o beijou carinhosamente nos lábios e fomos embora.
A caminho de sua residência, fomos conversando animadamente. Confessei-lhe nunca haver
participado de uma foda a três e ela me prometeu que teríamos outras oportunidades. Mas eu
estava curioso em saber por que todos o chamavam de Açougueiro. Ela contou que o cara
havia sido marchante, responsável pelo abate e corte do gado em matadouro. Possuía
também um pequeno negócio de carnes, daí o seu apelido. Dizia-se que tinha verdadeiro
fascínio por sangue e até que metera o facão em um colega de trabalho. Como foi em legítima
defesa, numa briga entre cortadores de carne, conseguiu ficar fora da cadeia. No entanto, a
Justiça proibiu-o de exercer sua querida profissão, alegando que esta trazia à tona seu instinto
assassino. Encontrou uma vaga como garçom e passou até a colaborar com a polícia,
melhorando o próprio padrão de vida. Assim, adquiriu o hábito de foder com mulheres
menstruadas, excitado pelo sangue que escorria da menstruação. Pediu ajuda a meu pai, que
contatava mulheres para ele. Pagava muito bem e era carinhoso com elas. Por isso nunca
faltava quem quisesse trepar com ele. Eu nunca ouvira história tão singular.
Descemos em frente à sua residência, uma humilde casinha situada num morro nos arredores
de Casa Amarela, o bairro de maior extensão da cidade. Ela beijou-me com muito ardor, ao se
despedir. Disse que tudo faria por mim em agradecimento ao que meu pai fez por ela.
Perguntei se ela estava fazendo algum curso superior. Respondeu-me que cursava o sexto
período de Medicina pela Universidade Federal. Confesso que senti inveja dela. Era justamente
o curso que meu pai queria que eu fizesse, talvez por isso tenha ajudado tanto nos estudos
dela. Rodei todo o meu turno e atendi diversos chamados por celular naquele e nos dias
seguintes. Mas nenhum me proporcionou tão prazerosa e excêntrica foda como aquela “ao
sugo”, com a mulata.
FIM DA QUARTA PARTE
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
24
TAXISTA – Parte Cinco
Já passava da meia-noite quando ele voltou. O pivete passara parte do dia pedindo uns
trocados aos taxistas que faziam ponto junto a mim e ninguém dava dinheiro a ele. Eu não o
conhecia. Nunca o havia visto por ali. Mas os meus colegas de profissão diziam que ele era
assaltante ou, pelo menos, vivia metido com alguns. Só aparecia de vez em quando, sempre
com algo roubado para vender. Se alguém desse uma bobeira ele levava o celular. Por isso eu
também não dei nenhum trocado a ele, apesar de ter o hábito de dar esmolas. Fui acostumado
a isso por meu pai, assassinado com um tiro no peito poucos dias atrás. Todos os taxistas
tinham ido dar um giro à procura de passageiros, mas eu decidi contar com meus clientes que
contratavam a corrida por celular. O trombadinha se aproximou do meu carro e pediu uns
trocados para comer. Disse que estava morrendo de fome. Ainda não comera desde o almoço.
Eu também estava com fome. A noite tinha sido movimentada e não tive tempo para jantar.
Meu celular estava no bolso, longe das vistas do pivete. Por isso convidei-o a ir jantar comigo.
Ele exibiu um sorriso maior do que a cara e abriu a porta, sentando-se ao meu lado. O menino
devia ter uns doze ou treze anos e fedia bastante. Reclamei. Ele pediu para eu esperar um
pouco e saiu do carro, indo em direção a uma torneira de jardim que tinha bem no meio da
Praça do Derby, que ficava bem próximo ao centro da cidade, onde eu fazia meu ponto. Tirou
toda a roupa e tomou um rápido banho, esfregando-se com as mãos limpas. Eu tinha um
pedaço de sabonete usado dentro do meu porta-luvas e chamei-o, entregando a ele. Ficou
mais ainda agradecido. Demorou se asseando e tive que chamá-lo para irmos embora. Quis me
devolver o resto do sabonete. Eu disse que podia ficar com ele. Guardou no bolso da surrada
bermuda que vestia e sentou-se de novo ao meu lado. Aí vi que o mau cheiro vinha de suas
roupas e não do corpo. No entanto, resolvi não comentar nada.
Rodei alguns minutos procurando um boteco qualquer, entramos e nos sentamos. O garçom
não queria atender-nos, mas o dono do bar já me conhecia de outras vezes que jantei lá e
deixou-nos ficar. O garçom saiu resmungando e xingando o pivete de ladrão. Ele olhava para
mim, esperando que eu fosse repreendê-lo também. Dei de ombros. Estava com fome e
pedimos cada qual um prato diferente. Ele queria uma macarronada e eu uma dobradinha.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
25
Pedi um refrigerante de um litro e dividimos o conteúdo. Aí ele começou a falar sem parar.
Falou de economia, de política, de futebol e até de mulher. Notava-se que repetia algum papo
ouvido de alguém, mas sabia escolher bem as opiniões.
Perguntei se já havia frequentado uma escola e ele me confessou que sua cultura era como a
de um papagaio: aprendeu ouvindo as pessoas nas ruas e repetia o que escutava. Sabia ler
algumas coisas pelos “desenhos” das palavras. Apontava para os cartazes no bar e lia: Sprite,
Hollywood, Antarctica, Schincariol. Rabisquei em letras de forma, num guardanapo, meu nome
e ele não soube o que estava escrito. No entanto, reconheceu algumas letras e me pediu que
eu dissesse as outras que não conhecia. Quando eu fiz isso, ele formou rapidamente a palavra
e adivinhou como eu me chamava. Mostrou que conhecia números muito bem e leu algumas
milhares escritas num quadro de Jogo do Bicho. Fiquei espantado com a sua esperteza.
Terminamos de comer, paguei a conta e cedi-lhe o troco. Cerca de dois reais. Ele me
agradeceu felicíssimo. Afirmou que seria o dinheiro do pão do dia seguinte, que levaria para
casa. Disse ter cinco irmãos menores que ele. A mãe morrera de AIDS e o pai foi morto
praticando um assalto. Ele e uma irmã de dez anos cuidavam dos outros menores. Despediu-se
de mim quando eu falei que iria demorar-me mais um pouco para fazer a digestão. Foi embora
se mostrando muito agradecido. Uns dez minutos depois eu voltei para o táxi e retornei ao
meu ponto na praça. Só então dei pela falta do meu celular, que estava no bolso da minha
calça. O filhodaputa pegara e eu nem sentira. Dei umas voltas pelas redondezas à sua procura.
Havia rapidamente sumido do mapa.
Fiquei desolado. O celular continha a agenda de toda a minha clientela. Parei num lugar
qualquer e fiquei maldizendo a minha idiotice com o fedelho. Nem percebi um casal que se
aproximava do meu táxi. Quando vi, o cara já apontava uma arma para a minha cabeça. Gelei.
Era muito azar para uma única noite. O sujeito de tez negra abriu a porta de trás e empurrou
com violência a mulher dentro do carro. Ela implorou-lhe, chorosa, que não a machucasse. O
negrão mandou-a calar a boca e sentou-se ao lado dela, no banco traseiro, apontando o
revólver para a minha nuca. Ordenou que eu seguisse para a zona norte da cidade.
Percorremos a Agamenon Magalhães, entramos na Rosa e Silva, desembocamos na Av. Norte
e enveredamos pelas ruas da Macaxeira até chegarmos à área de matagais da Guabiraba.
Durante todo o percurso, torci para encontrar uma viatura policial sem, no entanto, ter êxito.
Tremi quando o cara me mandou enveredar por uma trilha deserta e escura no meio do mato.
Depois de alguns minutos, chegamos a uma clareira. Aí ele nos mandou descer do táxi.
Ordenou-nos tirar toda a roupa. Tentei argumentar algo que fizesse com que desistisse da sua
intenção, mas ele não queria conversa. Ameaçou atirar em mim e levar meu táxi, caso eu
dissesse mais alguma palavra ou tentasse qualquer reação. Mesmo no escuro, deu para eu ver
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
26
melhor a mulher do que quando estava dentro do táxi. Ela era branca, ruiva e sardenta,
bastante alta, pernas bonitas e seios empinados. Já estava totalmente nua. Escondia o rosto
entre as mãos, talvez por vergonha, por isso não pude ver-lhe logo a face. Mas se despira
assim que o negrão deu a ordem. Resolvi não contrariá-lo e me despi também. Ele empurrou-a
com violência, derrubando-a no chão. Ela gritava apavorada, mas ele ameaçava com a arma
mandando que calasse a boca. Obrigou-a se ajoelhar na minha frente e me chupar gostoso. Ela
atendeu-o prontamente. Meu pau estava flácido, por causa da tensão, mas ela soube
endurecê-lo em segundos. Lambeu minhas bolas e toda a extensão do meu cacete, antes de
abocanhá-lo com muito gosto. Fechei os olhos, encabulado. Não queria me aproveitar da
situação, mas aquilo estava muito bom. Quando abri os olhos, o cara botara o pau pra fora e
estava se masturbando.
Antes que eu gozasse, ele mandou que ela ficasse de quatro na minha frente. Ordenou que eu
metesse com força na bunda dela. Quis enrabá-la com cuidado, para não machucá-la, mas ele
gritou comigo, me encostando a arma no ouvido, dizendo que queria ver entusiasmo da minha
parte. Pedi desculpas à pobre coitada e empurrei meu pau de vez, até o talo, e comecei os
movimentos de cópula. Ela gritava, pedindo que eu não fizesse aquilo. Chorava copiosamente
e eu não conseguia diferenciar se era de dor ou de prazer. Pedi perdão a Deus por ter ficado
mais excitado ainda. Novamente, antes que eu gozasse, ele pediu para ela deitar de costas e
abrir bem as pernas. Exigiu que eu lambesse sua xoxota. Era uma boceta cheirosa, como se
tivesse passado um longo tempo sendo lavada com algum sabonete especial. Ou talvez
tivessem colocado ali algum desodorante ou colônia. Estava com os pelos cortados rentes e
oxigenados. Mesmo no escuro, dava para ver o brilho dourado. E o seu grelo tinha sabor de
cerejas, ou algo parecido. Porra, eu estava gostando daquilo!
Lambi com fervor e ela urrou de prazer, ao mesmo tempo em que me chamava de cafajeste e
todos os piores tipos de impropérios. Mesmo assim, segurava minha cabeça entre suas pernas
quando eu ameaçava parar de chupá-la. Finalmente o negrão ordenou que eu metesse na sua
buceta, enquanto ainda se masturbava. Gozamos os três quase ao mesmo tempo. Ele ejaculou
na cara e nos peitos dela, sujando-a toda de esperma. Eu caí de lado, exausto. A minha foi uma
gozada intensa, poderosa. Ela ergueu-se rápido e mamou na minha pica, secando dali todo o
resto do meu leitinho. Depois o cara agarrou a ruiva pelos cabelos e fez com que ela o
chupasse também. Eu quis aproveitar sua distração e me atirei sobre ele, resolvido a dominá-
lo. No entanto, levei um safanão tão violento que beijei o chão. Tentei me levantar e recebi um
golpe na nuca, caindo desacordado.
Quando recobrei os sentidos, estava totalmente vestido e dentro do carro. Olhei em volta e
percebi que estava no meu ponto de táxi, na Praça do Derby. A nuca ainda doía, atestando que
não fora apenas um sonho. Aí tomei um susto danado quando olhei pelo retrovisor interno e vi
o casal tranquilamente sentado no banco de trás. Estavam agarradinhos, no maior amor do
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
27
mundo. Voltei-me furioso, mas ele me apontou a arma novamente. Mandou-me ficar frio que
ele já ia embora. Olhei em volta e não tinha nenhum taxista por perto para me socorrer. O
negrão puxou do bolso algumas notas e me entregou. O taxímetro marcava quase sessenta
reais, mas o bolo de dinheiro que ele me deu continha muito mais que isso. Depois foi a vez de
a moça ruiva entregar rindo meu celular que havia sido roubado. Disse-me que a foda doida
tinha sido cortesia do pivete que jantara comigo. Precisou surrupiar meu telefone para ligar
para eles, passando-lhes a placa do meu carro, de modo a encenarem o estupro. Eu não estava
entendendo nada daquela história. O casal abriu a porta e foi embora, num instante se
perdendo de vista.
Eu fiquei lá, embasbacado e contando o dinheiro que tinha no bolso e o que me deram antes
de sair. Não estava faltando nem um centavo. Peguei o celular e conferi se tinha chamada
perdida. Sim, o “Açougueiro” havia ligado para mim. Telefonei de volta. Ele pediu para eu
apanhá-lo no bar onde trabalhava. Iria largar dentro de meia hora. Queria que eu o levasse em
casa. Eu também queria encerrar meu expediente e voltar para a minha residência. Foram
tantas as emoções que não conseguiria me concentrar de modo satisfatório para terminar
meu turno...
FIM DA QUINTA PARTE
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
28
TAXISTA – Parte Seis
A morena bonitona e gostosona, policial federal, estava de volta. Ligou-me pedindo que eu a
apanhasse no aeroporto. Fui buscá-la com enorme entusiasmo, pois estava com saudades
dela. Mas seu voo atrasou e tive que esperá-la por mais de uma hora. Quando vi aquele
colosso empunhando apenas uma pequena maletinha de mão e caminhando sorridente em
minha direção, fiquei eufórico. Apressei-me a encontrá-la. Quando ia beijá-la, aquela voz
masculina e de timbre grave me fez estancar de chofre. Disse que, se eu o beijasse, teria que
dar-lhe a bunda também. Eu o havia confundido com a minha adorada morena, tal a
semelhança com o irmão gêmeo travesti. Cassandra – seu nome de guerra – avisou-me,
zoando da minha cara, que ela vinha mais atrás. Fiquei atabalhoado e pedi-lhe desculpas pelo
engano. Ele sorriu sacanamente. Percebi que já esperava que eu o confundisse com a irmã, por
isso sorrira antes de eu ir ao seu encontro.
De fato, a irmã vinha logo atrás. Quase não a reconheço. Estava loiríssima, apesar de seu
bronzeado de sempre. Não portava nenhuma bagagem. Agora, sim, beijei-a com entusiasmo.
Cassandra seguiu na frente e eu e ela fomos andando de mãos dadas, sob os olhares de cobiça
masculina e de inveja feminina. Ela estava exuberante com aquela minissaia e casaco de jeans,
e uma blusa curtinha, de generoso decote, fazendo os seios parecer quererem pular na minha
boca. Confessou ao meu ouvido estar doida para dar uma foda gostosa. Ali mesmo, no
aeroporto. Eu é que tive que convencê-la a esperar até chegarmos à sua residência. Fez
biquinho de descontentamento. Mas advertiu que queria gozar bem muito. Sorri ansioso por
chegarmos logo em casa.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
29
Quando nos acercamos do meu táxi, estacionado à saída do Aeroporto Internacional dos
Guararapes, Cassandra pediu-me as chaves. Iria dirigindo, enquanto eu e a irmã seguiríamos
no banco de trás. Passei-as sem relutar, apesar de ter o maior ciúme do carro que fora do meu
pai. Manobrou com grande perícia, enquanto eu e a morena ficamos namorando no banco
traseiro. Meti minhas mãos entre as pernas dela e, para o meu espanto, estava sem calcinha.
Disse-me, sorrindo, que havia tirado no toalete do aeroporto, antes de me encontrar. Por isso
o irmão seguira na frente. O travesti deu uma gargalhada, divertido com a sua astúcia. Toquei
com meus dedos a sua vagina. Já estava molhadinha. Aí ela abriu meu zíper e botou meu
cacete duro para fora. Estávamos agora numa rodovia de pouco movimento e ela pediu ao
irmão para enfiar o pé na tábua. Queria chegar logo em casa.
Cassandra não se fez de rogado. Aumentou a velocidade, passando inicialmente dos 100 km
por hora. Eu fiquei apreensivo. Não costumava dirigir em alta velocidade, mesmo a pedido do
cliente mais apressado. Ia pedir para ele ir mais devagar quando ela lambeu minha glande com
sua boca quente. Fechei os olhos querendo relaxar. Ela manuseava meu pau numa gostosa
masturbação, enquanto me abocanhava a cabeça da pica. Gemia baixinho, como se estivesse
adorando me chupar. Eu comecei a gemer também, de tão gostosa que estava a felação. Ao
escutar meus gemidos, Cassandra imprimiu mais velocidade ao veículo, como se quisesse
testar o quanto o carro podia correr. Mais uma vez me deu medo de que a gente sofresse um
acidente. Adverti para que ele fosse mais devagar. Ele rebateu que eu me concentrasse na
putaria e não me deu ouvidos. Enquanto isso a morena me masturbava com a boca, em
movimentos rápidos subindo e descendo, até tocar a goela com minha glande. Massageava
meus bagos com uma perícia avassaladora. Quando pressentiu que eu ia gozar, ajeitou-se
dentro do carro e sentou-se no meu colo, de costas para mim. Levantou a saia e enfiou sua
boceta pingando de tesão no meu pau babado. O irmão olhava divertido pelo retrovisor
interno sem, no entanto, deixar de ficar atento ao volante.
Prendi a vontade de gozar esperando até que ela estivesse no ponto. Segurei seus seios em
minhas mãos e apertei-os com gosto. Ela gritava desvairada. Cassandra pisou mais fundo no
acelerador e chegamos a uma velocidade vertiginosa. Devo confessar, prezadas leitoras, que
eu estava me borrando de medo da loucura do travesti. Mas o rebolado da morena enfiada no
meu pau, com aquela xoxota ardendo em fogo, me fazia esquecer que estava em perigo. Aí ela
gozou. Deu um urro animal, sentada de costas para mim, saltitando em meu colo. Gozei
também, num jato poderoso, enfiando-me mais profundamente nela. Depois ela voltou-se
ofegante e trocamos um demorado beijo. Disse que eu era muito gostoso. Eu nem sabia o que
dizer dela. Aí Cassandra diminuiu a velocidade do carro, deixando-a coerente com a avenida
que agora despontava em nossa frente. Era como se tivesse calculado exatamente o quanto
demoraria a nossa foda até chegar a uma via mais movimentada de automóveis. Relaxei. Por
causa do gozo e por ele ter voltado a uma velocidade plausível.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
30
Pouco tempo depois, estávamos na casa dela. Cassandra se despediu da gente e entrou em um
dos quartos, dizendo que iria tomar um banho e dormir, pois estava muito cansado. Já passava
das onze da noite e eu precisava voltar ao trabalho. Não tinha sido um dos meus melhores dias
e eu estava precisando de grana. Esperei que ela tirasse a roupa e lhe disse que iria partir.
Rapidamente ela sacou um par de algemas não sei de onde e me prendeu ao móvel mais
próximo. Falou zangada que eu não iria me livrar dela tão fácil. E foi tomar um demorado
banho, sem ligar para os meus protestos. Havia me algemado a uma cadeira da sala. Carreguei
a peça até a suíte, onde ela se banhava, e sentei na cama, resignado. Quando ela saiu do
toalete, estava sem a peruca loira e empunhava uma vela acesa. Apagou a luz do quarto e a
casa ficou às escuras, iluminada apenas pelo cotoco de parafina aceso. Aproximou-se de mim
com aquele sorriso sacana que eu detestava. Ao invés de me soltar, prendeu-me a outra mão
ao espelho da cama com mais um par de algemas. Depois simplesmente arrancou minhas
roupas, rasgando-as totalmente, sob minhas mais veementes reclamações. Pegou meu braço
algemado à cadeira e prendeu-o também ao espelho da cama. Depois tomou a vela, que havia
depositado em um criado-mudo, e se aproximou de mim...
Deitou-se ao meu lado, na cama, e pingou um pouco de cera no meu peito. Dei um grito de
dor seguido de uma série de impropérios. Ela sorria divertida. Pingou de novo em mim, só que
dessa vez um pouco mais abaixo. Adivinhando sua intenção, me apavorei. Cassandra gritou lá
do quarto para eu relaxar e gozar, que ele estava querendo dormir. O próximo pingo foi na
minha barriga e eu já estava aos poucos me acostumando a reprimir a dor. Ao quarto pingo,
mais embaixo, eu já estava gostando daquilo. Parei de reclamar e ela sorriu satisfeita. Meu pau
estava duro, apesar da tensão. Ela demorou um pouco a pingar novamente, deixando-me
ansioso por causa do suspense. Então, finalmente, ela pingou bem encima do meu cacete.
Antes mesmo que eu gritasse de dor, ela abocanhou-o depressa. Sua boca agora estava
geladíssima. Deve ter colocado algum produto, lá no banheiro, que a deixou assim. A dor foi
imediatamente substituída por uma sensação gelada muito prazerosa. Então ela deixou a vela
de lado e me chupou bem gostoso.
Depois se acocorou sobre mim e apontou minha glande para o seu cuzinho. Estava lambuzado
por uma espécie de gel e senti a mesma sensação gélida de sua boca. O líquido pastoso
também servia de lubrificação e meu pau adentrou seu ânus numa rapidez incrível, quase sem
esforço de nossa parte. Mas seu túnel estava muito gelado, me causando até um arrepio na
espinha. No entanto, quando ela começou a fazer os movimentos de cópula, seu buraquinho
aos poucos foi se aquecendo. Num instante, meu cacete estava pegando fogo. Ela parecia
sentir a mesma impressão que eu, pois aumentou os movimentos. Desvairou-se num ritmo
alucinado e a temperatura do seu ânus voltou a ficar gelada. Mas, nem bem eu me
acostumava, e voltava a ficar em brasa novamente. Até que gozamos ao mesmo tempo, de
forma animalesca, novamente ouvindo reclamação do irmão que queria dormir. Então nos
quedamos exaustos e satisfeitos, ficando agarradinhos um ao outro, curtindo aquele momento
após o prazer.
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
31
Logo que ela me soltou das algemas, perguntei quais as novidades e ela disse que infelizmente
não podia falar sobre o seu trabalho. Por enquanto nem diria seu nome. Seria melhor para
mim que não soubesse muito sobre ela e o irmão, pois poderia ser envolvido em algo perigoso
num momento que ela não pudesse me proteger. Compreendi sua preocupação comigo e não
me estendi mais no assunto. Então me perguntou o que andei fazendo nesse tempo que
passou viajando a trabalho. Claro que omiti alguns detalhes das minhas aventuras sexuais
recentes, mas falei a ela sobre o caso do tarado da Internet, que havia chantageado a garota
paraibana obrigando-a ceder seu fiofó virgem. Mostrei-lhes as fotos que eu tinha guardado no
celular, após enviar cópias para a mocinha quase vítima de estupro. Claro que não contei que
havia “amaciado” o cuzinho dela. A morena parecia em transe, olhando para as fotos,
repassando-as várias vezes, com uma expressão muito séria no rosto. Perguntei se ela o
conhecia e não me respondeu, levantando-se da cama e caminhando em direção ao quarto
onde dormia o irmão. Fechou-se com ele e passaram um bom tempo conversando em voz
baixa. Fiquei curioso, mas não me atrevi a ir até lá.
Uns dez minutos depois, estava de volta e sentou-se ao meu lado. Perguntei o que estava
acontecendo e ela disse que eu não me preocupasse. Era apenas trabalho. Pediu-me para levá-
la e ao irmão ao mesmo bar onde eu a conhecera. Eu perguntei se havia esquecido que
destruíra minhas roupas. Ela sorriu, pela primeira vez desde que viu as fotografias, e caminhou
até o enorme guarda-roupa que ficava no quarto. Abriu a porta e retirou alguns pacotes de
dentro. Espalhou tudo sobre a cama, dizendo que era uma surpresa para mim. Abri curioso e vi
tratar-se de vários pares de roupas elegantíssimas. Beijou-me na boca, dizendo que eu iria ser
o taxista mais elegante da praça. Beijei-a com furor, agradecido. Pediu que eu escolhesse uma
para vestir e levasse as outras comigo. Escolhi a menos elegante e disse que deixaria as outras
para alguma ocasião especial. Ela me ajudou a vestir e achamos que ficou bem assentada em
mim. Tamanho perfeito e cores bem escolhidas. Falou que havia comprado antes de viajar às
pressas e só agora havia tido a oportunidade de me dar. Mais uma vez a beijei agradecido.
Guardei as outras roupas no porta-malas.
Pouco tempo depois, deixei a morena, agora sem a peruca loira igual ao irmão, num bar em
Boa Viagem. O mesmo onde trabalhava o Açougueiro. Trocamos um apaixonado beijo antes de
ela entrar no bar lotado. O garçom grandalhão, de peruca, veio me cumprimentar assim que
me viu, e tive que aguentar seu forte aperto de mão novamente. Conversamos rapidamente e
depois continuei a viagem até outro bar, frequentado por gays, onde Cassandra ficou. Ele
usava novamente roupas idênticas às da irmã. Disse que eu não me preocupasse. Estava tudo
bem. Apenas surgiu um trabalho que ela considerava urgente, e nem o deixou dormir
sossegado. Por outro lado – disse ele – ficara muito excitado com a nossa algazarra sexual e
agora estava com muita vontade de comer um cu de macho. Lembrei-me do gringo que ele
estuprara na primeira noite que o conheci e sorri constrangido. Ele me confidenciou que a
irmã lhe confessara estar apaixonada por mim e pediu que eu não lhe fizesse nenhum mal. E
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
32
quem poderia fazer mal àquela garota? Eu é que precisava tomar muito cuidado com ela –
disse-lhe espantado, me lembrando das duas vezes que ela usou de artifícios violentos para
transar comigo. Ele deu uma sonora gargalhada e pediu que eu fosse trabalhar. Mas eu deveria
ficar atento, pois iriam me chamar novamente no fim da madrugada.
Atendi a alguns chamados por celular, normalmente de clientes bêbados querendo que eu lhes
rebocasse para casa, e depois fui dar um tempo no meu ponto de táxi. Conversei com alguns
companheiros taxistas sobre trivialidades até que o celular tocou. Era o garçom grandalhão
pedindo para eu ir apanhar outro “pacote”. Imediatamente, segui para lá. Dessa vez reconheci
a vítima. Era o cara saradão que aparecia na foto em meu celular. Eu e o garçom repetimos o
ritual: pegamos o cara pelo braço, rebocamos até o táxi e a morena sentou-se ao lado dele. O
cara parecia muito chapado, quase não conseguia falar. Ficaram se beijando no banco de trás e
eu morrendo de ciúmes. O percurso também foi o mesmo: primeiro passamos no bar de gays e
apanhamos Cassandra, depois rumamos para o motel onde fomos bem recebidos novamente.
Dessa vez não fiquei para ver o cara sendo enrabado. Mas ouvi seu grito assim que minha
adorada morena saiu do quarto e voltou para junto de mim. Ouvi um barulho, como se os dois
estivessem brigando e quis ir ver, mas ela me impediu. Disse que o irmão estava muito bem
preparado para esse tipo de contratempo. Então, ouvimos outro urro medonho. E fomos
embora.
Ela pediu para eu ligar para algum amigo taxista de modo que ele viesse apanhar o travesti no
motel e levá-lo para casa. Mas antes que eu o fizesse, Cassandra ligou para ela dizendo que iria
dormir por ali mesmo. O cara havia sido amansado e ele iria meter na bunda dele até se fartar.
Pediu-lhe, no entanto, que me avisasse para eu mandar um táxi logo cedo, pela manhã, de
modo a ele seguir para casa. Liguei para um taxista do meu ponto e ele concordou em buscá-
lo. Quando chegamos novamente em Olinda, na casa da minha amada, ela estava num sono
solto no banco ao meu lado. Preferi carregá-la nos braços até sua cama. Nem a despi. Sabia
que ela estava exausta e dormiria até tarde. Só então acordaria, com uma fome de sexo
selvagem e incontrolável. Até lá, eu já estaria mais descansado...
FIM DA SEXTA PARTE
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
33
TAXISTA – Parte Sete
Eu pretendia ficar até à noite na casa da policial linda e selvagem no sexo, mas meu celular
tocou antes do meio-dia. Ela ainda estava dormindo, pois chegara de viagem na noite anterior
e nem descansara, indo cumprir uma nova missão. Nem chegamos a ter sexo no decorrer da
madrugada, de tão cansada que estava. Deu-me boa noite e caiu no sono. Fiquei por algum
tempo agarradinho a ela, mas meu pau roçando na regada da sua bunda estava me tirando o
sossego. Virei para o outro lado e passamos a dormir costas com costas. Nem por isso os
pensamentos libidinosos se afastaram da minha mente.
Levantei-me de um pulo e fui atender o telefonema na sala, para não acordá-la. Tratava-se do
porteiro do edifício onde morava a dama que já fora Miss Brasil. A tal que só ficava excitada
quando se sussurrava palavras bonitas ao seu ouvido. Muito educado, o homem da portaria
me disse que a senhora estava carecendo que eu a buscasse com urgência em sua residência.
Precisava ir imediatamente a um hospital. Perguntei se ela estava com problemas de saúde e o
bom homem desconversou. Eu maldisse minha indiscrição, mas estava realmente preocupado
com ela. Prometi chegar lá em torno de vinte minutos.
Escrevi um bilhete para a minha adorada, dizendo que surgira uma emergência, e fui embora.
Quando cheguei ao prédio, ela já me aguardava impaciente em baixo. Folguei em saber que
estava apreensiva mas bem de saúde. Ela estava muito bonita, apesar de vestida em roupas
simples. Entrou no táxi e sentou-se no banco de trás, contrariando minhas expectativas. Disse
que eu seguisse rapidamente para o edifício onde eu a tinha deixado, certa vez, mas sem dar
nenhuma volta. Nem me cumprimentou. Parecia até que nem havia me reconhecido, de tão
preocupada que devia estar. Depois ficou imersa em seus pensamentos e não disse mais uma
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
34
única palavra. Imaginei que algo tivesse acontecido ao seu amante, um jovem gigolô que havia
lhe deixado com um olho roxo da última vez que a vi. Do prédio dela até onde ele morava não
cheguei a demorar nem cinco minutos. Ficava perto. Parei na frente do imponente edifício na
Antônio Falcão e ela desceu do carro, entrando às pressas no condomínio. Fiquei aguardando,
doido para finalmente conhecer o sujeito. Aí, tive uma imensa surpresa.
Tratava-se do moreno sarado que Cassandra havia estuprado na noite anterior. O mesmo que
chantageou a paraibana, querendo comer-lhe a bunda. E que logo broxou quando ela chegou
toda disposta a cedê-la para ele, depois de “amaciá-la” comigo. Eu ainda tinha no meu celular
as fotos que mostrei à policial federal com quem eu estivera dormindo até então. Como o
mundo era pequeno! Não consegui conter um sorriso de galhofa quando o cara chegou
amparado pela bela senhora e um funcionário do condomínio. Estava com o rosto bastante
machucado e andava de pernas abertas. Sentou-se de lado no banco de trás, pois lhe doía a
bunda. A dama acomodou-se solícita ao seu lado. Seguimos para uma clínica particular, no
mesmo bairro nobre onde moravam. Chegando lá, ela entrou com ele e eu fiquei aguardando
no táxi. Pediram para que eu esperasse, de modo a levá-lo de volta para casa. Fiquei lendo o
livro POUCAS PALAVRAS BASTAM, do poeta Angelo Tomasini, que sempre trago comigo no
porta-luvas. Desde que conheci a nobre dama, estive decorando os poemas curtos e de grande
erotismo impressos em suas páginas. Cerca de uma hora depois, o cara saiu do ambulatório.
Ela insistia tentando convencê-lo a prestar queixa na delegacia, mas ele estava resoluto.
Perguntei discretamente o que havia acontecido, até para testar se ele havia me reconhecido
como o taxista que o levou, junto com a bela morena e o travesti Cassandra ao motel, na
última noite. Disse que foi atacado por assaltantes que bateram muito nele, além de tentar lhe
estuprar. Falou que lutou bravamente e fez os três correrem. A coroa estava orgulhosa da sua
bravura e eu penalizado por seu cu arrombado. Aguentar a enorme e grossa vara do travesti,
irmão gêmeo da minha adorada morena, não deve ter sido fácil. Esse, sim, havia sido o seu
verdadeiro ato de bravura. Mas não o desmenti. Deixei-o na casa da simpática dama, que
havia largado mão do segredo do seu endereço em troca de cuidar dele. O porteiro do prédio
ajudou-a subir com o cara após pedir que eu aguardasse para ter o dinheiro da corrida.
Esperei.
Pouco depois ele sentou-se ao meu lado, no banco do carona. Então, sacou algumas notas do
bolso e me entregou. Vendo que era ele que estava assumindo a corrida que deveria ter sido
paga pelo gigolô, não quis aceitar o dinheiro. No entanto, ele insistiu. Em troca, eu lhe contaria
o que estava ocorrendo. Sabia que o cara vinha maltratando a nobre senhora, depois de ter
conhecido alguma puta da alta sociedade que agora o estava sustentando. Percebi que o coroa
nutria uma paixão secreta pela ex-miss. Inventei uma história, querendo proteger Cassandra e
a policial federal, minha adorada. Contei que o gigolô vinha chantageando garotas pela
Internet, com filmes comprometedores que gravava às escondidas, e alguém havia se vingado
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
35
dele, espancando-o e estuprando. Mas no fundo eu desconfiava que a tal dama da alta
sociedade que vinha sustentando o cara era a minha morena. Sua forma de fazer sexo
coincidia com a que a amável dama havia descrito da rival, motivo pelo qual o gigolô a trocou
pela outra. Sexo violento. A dama gostava de foder ouvindo palavras românticas, por isso foi
preterida. Mas esse era um assunto que eu iria tratar com a minha morena boazuda, assim
que estivesse com ela novamente.
Então, não lembro bem por que, o porteiro confessou seu amor pela nobre senhora. Já fora
seu amante, por uns tempos, assim que ela veio morar naquele prédio, quando estava
recentemente separada do marido. No entanto, o romance não dera certo por ele não saber
dizer-lhe galanteios e palavras apaixonadas, pois era um homem rude vindo do campo e do
corte da cana. Chegara a frequentar alguns cursos querendo melhorar sua cultura, mas para o
romantismo não tinha mesmo jeito. Faria tudo para ter sua paixão de volta, apesar de saber
que ela preferia homens mais jovens. Eles tinham a mesma idade, segundo o porteiro. E
nenhum nunca tivera filhos. Fiquei penalizado pelo sofrimento do homem. Aí, lembrei-me do
livro de poemas. Emprestei-o, pedindo que ele decorasse bem os versos. Fizesse outros,
baseado no que lesse. Ele ficou muito contente. Agradeceu-me fervorosamente pelo presente.
Quanto a mim, sabia que não iria mais precisar do livro.
Despedi-me dele e fui para casa dormir. Não estava disposto a encarar a morena novamente.
Decerto iríamos terminar brigando. Outro dia teria uma conversa séria com ela, pedindo
explicações sobre o gigolô e outras coisas mais. Exigiria, ao menos, saber seu nome. Dormi até
quase cinco da tarde e depois tomei um banho demorado, me preparando para o meu turno
como taxista. Mais uma vez havia faltado ao meu curso da faculdade, e fiquei preocupado em
não me prejudicar. Teria que pensar nele com mais afinco. Quando sentei ao volante, o celular
tocou. Era o porteiro a quem eu dera o livro. Queria me contratar para que eu levasse uma
sobrinha e suas amigas para um jogo de futebol que haveria logo mais à noite. Era um clássico
Santa Cruz x Sport. Nunca fui torcedor fanático, mas tenho simpatia pelo time coral. As garotas
estavam aguardando no prédio onde ele trabalhava e parti para lá. No entanto, aquele parecia
ser o dia das coincidências...
Sua sobrinha era justamente a mulata com quem eu tivera minha iniciação ao sexo a três. A tal
que eu levara para o “açougueiro”, quanto estava menstruada, e acabara comendo a minha
primeira boceta “ao sugo”. Ela ficou felicíssima em me ver. Beijou-me efusivamente.
Apresentou-me às amigas, três moradoras do prédio onde o tio, porteiro, trabalhava. Todas
muito simpáticas e com cara de quem sabia satisfazer um homem, apesar da pouca idade. Não
deviam ter mais de dezessete anos. Pareciam todas no cio. Foram de Boa Viagem, onde
estavam me esperando, até o Estádio José do Rego Maciel, o Mundão do Arruda, onde o jogo
ia acontecer, falando putarias. Riam alto, contagiando meu humor até então taciturno. Deixei-
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
36
as lá após recomendações da mulata boazuda de que eu fosse buscá-las ao final da partida.
Piscou-me um olho. Entendi o recado.
Atendi a alguns clientes e realizei algumas corridas até que deu a hora de voltar ao estádio.
Estacionei no mesmo local onde as deixei, como foi combinado. Pouco depois, chegaram ainda
sorridentes. Duas vestiam camisas rubro-negra e duas tricolores. As leoninas, torcedoras do
Sport, estavam mais radiantes. Seu time vencera o clássico. A mulata me pediu a chave do
carro e mandou-me sentar no branco de trás. Relutei, mas tiraram as chaves da minha mão.
Resignado, fiz o que me pediram. Sentei no meio do banco com uma tricolor de cada lado.
Assim que manobraram o veículo e pegaram uma via menos movimentada de carros,
começaram o coro: Chupa! Chupa! Chupa! Chupa!
Animadas, as amigas da mulata – duas loiras gostosonas - retiraram as camisas do time,
ficando com os seios de fora. Então, enquanto uma me beijava, a outra abria meu zíper. Tirou
meu pau já endurecido para fora e abocanhou com gosto. Batia-me uma gostosa punheta
enquanto mamava minha pica. Depois havia revezamento, a outra agora chupando meu
cacete. A mulata dirigindo e a morena rubro-negra, sentadas no banco da frente, riam alto,
divertidas. Quando eu já estava para gozar, ouvi as torcedoras do Sport gritando: Fode! Fode!
Fode! Fode!
Ambas as loiras trataram de retirar a calcinha. A que acabou primeiro ajeitou-se no meu colo,
se ajeitando em minha pica babada. A outra ajudava, apontando minha glande. Ela se esfregou
em mim, mas não se enfiou logo, como se estivesse temerosa. Depois foi sentando aos
poucos, dando gritinhos, como se estivesse sentindo muita dor. Até ficar com a minha rola
bem dentro, tocando a entrada do útero. Era uma fenda apertada e eu só atinei de que ainda
era virgem quando senti seu sangue escorrendo pelo meu cacete. Então, finalmente ela tomou
gosto e iniciou os movimentos, culminando por gozar. Eu estava me prendendo, pois sabia que
viria mais por aí. Não deu outra. Quando uma das loiras saiu, ofegante, de cima de mim, o coro
recomeçou: toma no cu! Toma no cu! Toma no cu! Toma no cu!
A outra loira fez um muxoxo. Disse que era realmente virgem por ali. Mas não quiseram
conversa. Obrigaram-na a se sentar no meu colo. A que acabara de gozar limpou o sangue com
a blusa e cuspiu no meu cacete, antes da amiga se aninhar nele. Apontou a cabeça do meu pau
para o seu buraquinho. Estava muito apertado. Mandaram-na se preparar e contaram até três,
em voz alta. Quando disseram JÁ! a loirinha se enfiou de vez no meu caralho duríssimo. Gemi
de prazer e ela de dor. Instantes depois ela já imprimia um ritmo acelerado à foda, gritando o
quanto estava sendo bom. Todas aplaudiram. Pararam o carro numa viela deserta e escura e
ficaram torcendo pelo gozo da amiga. No entanto, antes que ela gozasse, tive um orgasmo
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
37
intenso e espasmódico. Que coisa maravilhosa. Ela continuou metendo até gozar também,
aproveitando-se de que meu pênis ainda não ficara totalmente flácido...
Pouco depois, quando eu já me recuperara, devolveram as chaves do carro. Só então
explicaram que haviam feito uma aposta, enquanto assistiam ao jogo: quem perdesse, teria
que dar uma foda comigo. Todas se diziam afim de perder o cabacinho - disse a mulata me
piscando um olho para que eu não dissesse que já havia tido sexo com ela. Percebi que as
amigas não sabiam de sua vida devassa. Haviam feito o par e ímpar para ver quem me dava a
bunda. Confessaram que todas estavam torcendo para que seu time perdesse. Gargalhei
maravilhado com a inventividade delas. Depois as deixei no mesmo prédio onde as havia
apanhado. A mulata, no entanto, queria dormir comigo. Levei-a para a minha casa, já que
minha mãe ainda permanecia internada numa clínica psiquiátrica desde o assassinato do meu
pai. Mas agora estou muito cansado para contar como foi o resto daquela noite. Que minhas
leitoras me perdoem. Até o próximo capítulo...
FIM DA SÉTIMA PARTE
O TAXISTA e suas aventuras sexuais
38
TAXISTA – Parte Oito
Aquele dia estava movimentado para mim. Desde que cheguei ao meu ponto de táxi, na Praça
do Derby, próximo ao centro do Recife, que não parei um minuto sequer de atender
chamados. É sábado, antevésperas do Dia Internacional da Mulher, e os maridos ou
namorados estão correndo às lojas noturnas para comprar uma lembrancinha para sua amada.
Eu, retardatário como bom brasileiro, ainda não comprei nada para a morena policial federal,
com quem eu ando de caso. Na verdade, nem sei se ela me considera seu namorado. Gosta de
me ter à disposição sempre que quer sexo, mas não demonstra nenhum carinho depois.
Cassandra, seu irmão travesti, me confidenciou que ela está apaixonada por mim, mas não
vejo nenhuma prova dessa paixão. Eu nem ao menos sei seu nome! No entanto, foder com ela
é muito doido e eu estou adorando isso.
Depois que eu mostrei as fotos do cara sarado por quem a coroa que já foi miss é apaixonada –
o mesmo que vivia chantageando a paraibana via Internet – que não mais nos encontramos.
Passei a achar que ela é a mesma “ricaça” que vinha sustentando o gigolô, tomando-o da
coroa pintora que adora ser fodida ouvindo palavras carinhosas. Então, estou evitando me
encontrar com ela e descobrir que não gosta tanto de mim como eu dela. Estava pensando
nessas coisas quando meu celular tocou mais uma vez. Para minha surpresa, era a mocinha
paraibana que “amaciei” seu cuzinho virgem dia desses. Falou que estava com saudades de
mim e tinha fugido de casa novamente só para me encontrar. Eu disse que estava com um
passageiro e iria demorar um pouco a voltar para o meu ponto. Perguntei onde ela estava.
Quando ia responder, a ligação foi cortada. Esperei um pouco, para ver se ela ligava
novamente, mas ela não o fez. Dei de ombros. Iria deixar meu passageiro em seu local de
destino e depois retornaria a ligação para ela.
Cerca de quinze minutos depois, liguei quatro vezes e seu celular deu sempre desligado ou
fora de área. Doidinha do jeito que a conheci, bem capaz de ela não ter carregado o aparelho
antes de vir para o Recife. Arrisquei dar uma passada no ponto de desembarque de viagens
O Taxista
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  • 2. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 2 TAXISTA – Parte Um Devo dizer-lhe, cara leitora, que sou um tipo comum. Nem bonito nem feio. Tampouco tenho um pênis grande. No entanto, prefiro guardar meu nome e minhas outras características físicas pois não quero constrangê-la, caso algum dia viaje comigo. Estou taxista. Herdei a praça do meu pai, assassinado com um tiro no peito quando estava em serviço. Até hoje a polícia não descobriu o motivo do crime nem quem o matou. Suspeita-se de que seja alguém do seu conhecimento, já que o tiro foi dado de fora do carro e à queima- roupa. Deve ter lutado com o assassino, pois um dos projéteis ficou alojado bem entre as minhas pernas, na cadeira onde agora estou sentado. Minha mãe, coitada, perdeu a saúde mental desde o ocorrido. Era ele quem pagava meus estudos, então tive que relaxar a faculdade de administração para botar comida dentro de casa. Ela queria que eu vendesse o táxi, mas eu bem sei o quanto papai ralou para poder comprá-lo, pagando altas prestações e ainda tendo que arranjar dinheiro para o sustento da família. Sou filho único. Logo, cabe a mim agora tal responsabilidade. Como pretendo recuperar sua clientela, passei a trabalhar à noite, no mesmo horário em que ele dirigia. Levaram toda a féria do dia, mas deixaram um livro que eu sempre o via lendo, como se a decorar seu conteúdo. E o celular que estava no porta-luvas, que ele usava para se comunicar com os seus clientes. Era o meu primeiro dia na praça. Quando eu cheguei à Praça do Derby, perto do centro da cidade, por volta das seis da noite - local servia de ponto para taxistas - muitos vieram conversar comigo e me dar boas-vindas, além dos pêsames. Agradeci o carinho de todos e fiquei a esperar alguma ligação. A primeira aconteceu por volta das 21h00, quando já me dava sono de ficar sentado ao volante sem fazer mais nada. Nem ouvir o
  • 3. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 3 rádio do carro eu podia, pois o som poderia abafar o baixo ruído do celular tocando. Atendi ansioso à primeira ligação. Era uma voz feminina, melancólica, pedindo que eu a pegasse no mesmo lugar de sempre. Expliquei que estava substituindo o dono do táxi e que precisava de mais detalhes de onde deveria apanhá-la. Ela me deu todo o roteiro. Dez minutos depois eu estava em frente a um luxuoso prédio em Boa Viagem, um dos bairros mais nobres da cidade. Ao ver o táxi chegar, o porteiro ligou imediatamente para algum dos apartamentos e depois se aproximou do carro sorridente. Espantou-se em me ver. Expliquei que estava substituindo o dono do táxi e ele me olhou meio atravessado. Disse na minha cara que a senhora não iria gostar de mim. Dito e feito. A mulher elegantemente vestida assomou à portaria em poucos minutos. Apesar de seus cabelos totalmente brancos, aparentava muito menos a idade que tinha e era belíssima. Mas tinha uma tristeza no olhar que me doía na alma. Pediu que eu saísse do carro e me examinou de cima a baixo. Depois me dispensou rudemente, pedindo que o porteiro providenciasse outro táxi. Irritei-me com ela e já ia lhe dizer poucas e boas quando o senhor que cuidava da portaria me fez um sinal, pedindo para que eu não dissesse nada. Perguntou à madama quem ela queria que ele chamasse. Ela deu-lhe o nome do meu pai. Enquanto ele ligava do telefone da portaria, o celular vibrou dentro do porta-luvas do carro. Pedi licença, me afastei alguns metros e atendi. Ele passou o telefone para ela. Ela me disse ao telefone que precisava de mim, achando que quem atendera fosse meu velho. Disse-lhe que era o filho, e que ele havia falecido. Ela olhou em minha direção com os olhos marejados de lágrimas. Depois veio até mim e me abraçou fortemente numa crise de choro. Soluçava a minha perda. Só depois de algum tempo, quando melhorou, entrou no meu táxi e adomodou- se no banco traseiro. Abriu sua pequenina bolsa e me entregou um envelope cor-de-rosa, perfumado. Li o endereço num cartão que estava dentro e devolvi a ela. Disse-me que iria indicando o caminho. Fez-me dar algumas voltas pelo quarteirão, sempre a olhar para trás, como se quisesse se certificar se não estava sendo seguida. Depois paramos num outro prédio luxuoso do mesmo bairro. Percebi que estacionamos num edifício a menos de cem metros de onde partimos, depois de fazer alguns rodeios, mas não comentei nada. Ela desceu do carro e pediu que eu a aguardasse no estacionamento para levá-la de volta. A espera foi breve. Menos de meia hora depois ela apontou na luxuosa portaria do edifício onde eu estava estacionado. Agora vestia um casaco de peles, carregava uma pequena sacola e parecia esconder o rosto. Abri-lhe a porta e ela acomodou-se no banco de trás. Então, desatou num choro convulsivo. Deixei que ela desabafasse um pouco e depois perguntei se podia ajudá-la. Ela pediu que eu a levasse a algum bar na orla. Cruzei a Domingos Ferreira e Av. Conselheiro Aguiar e voltei um pouco pela Beira-Mar. Parei num restaurante aconchegante e com poucas mesas ocupadas. Ela aprovou minha escolha, ainda soluçante. Só quando sentamos e ela escolheu o que iríamos tomar é que eu percebi seu olho roxo. Pedi desculpas
  • 4. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 4 pela minha indiscrição e perguntei-lhe o que havia acontecido. Ela pediu que eu puxasse a cadeira mais para perto e aninhou-se em meu peito. Cheirou o meu perfume e disse que preferia o que meu pai usava. Bebeu duas taças do vinho caríssimo que havia pedido enquanto eu saboreava ainda o meu segundo gole, embevecido pela a bebida. As parcas férias do meu pai não nos possibilitava fazer estripulias financeiras. Jamais tomei um vinho tão caro. Nem tão gostoso. Evitei olhar o rótulo, para não cair em tentação de um dia pedi-lo novamente. Ela pareceu ler meus pensamentos. Acenou para que eu relaxasse, pois seria ela a pagar a conta. Depois, começou a me contar a história da sua vida. Disse-me que havia sido Miss Brasil em sua juventude, e essa havia sido a sua ruína. Conheceu vários homens, mas todos só a viam como um belo monumento de carne. Casou-se três vezes, mas nunca fora feliz em nenhum dos casamentos. Jamais havia tido um orgasmo. Com o tempo de convivência era tida como frígida e não demorava muito a seu marido pedir a separação. Apesar de não ter filhos, seus ex-maridos haviam cada um lhe deixado uma pequena fortuna. Somando-se isso aos aluguéis de alguns apartamentos deixados de herança pelos pais falecidos, vivia muito bem. Não tinha uma profissão, pois nenhum dos ex- companheiros permitiu que trabalhasse. Talvez por ciúmes. Mas sabia pintar muito bem e conseguia vender seus quadros com certa facilidade. Sobreviveria sem as polpudas pensões dos ex-maridos. Por um longo tempo, não quis mais saber de homem, até que conheceu um jovem de 25 anos por quem se apaixonou. Ele fê-la descobrir que o que a excitava eram frases bonitas ditas na hora do coito, coisa que nenhum de seus companheiros tentara com ela. Sabia que ele era um gigolô barato, mas se satisfazia ao ter sexo com ele, mesmo pagando caro por isso. Comprou-lhe um apartamento luxuoso, assim como toda a mobília, e ainda dava-lhe uma substancial mesada todo mês. Mas um dia ele cansou dela. Cansou de dizer frases bonitas. Passou a copular com violência. Estuprava-a e xingava com palavras horríveis. Queria saber onde ela morava, para poder transar com ela em domicílio. Ela nunca quis, com medo que ele a chantageasse e extorquisse mais dinheiro, ameaçando fazer escândalo em seu prédio. Por isso dava tantas voltas, com medo que ele a seguisse. Aí descobriu que ele havia conhecido outra mulher, da alta sociedade, que adorava ser chamada de cadela, de puta e de tudo que ela abominava. As mulheres que conhecia e que gostavam de ser tratadas assim eram as que dependiam financeiramente do marido. Muitas vezes faziam sexo com eles com interesse de ganhar um vestido novo ou um luxo qualquer. Sentiam-se verdadeiras prostitutas sendo pagas para copular com um homem que já não amavam, e ainda ficavam iradas com eles por não terem coragem de dizer-lhe na cara que eram vadias. Por isso, adoravam que outro homem a punissem, xingando-as de tudo que achavam ser. Brigou com o seu gigolô e disse-lhes algumas palavras duras.
  • 5. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 5 Então, ela contou de como conheceu meu pai. falou que ele não era romântico, mas extremamente erótico. Não falava de amor, no entanto dizia frases que despertavam a sua libido. Encontravam-se quase todos os dias e ela ficava toda molhadinha quando pensava nele e no que lhe falava. Nunca haviam transado. No entanto, só de pensar como seria uma foda com ele já a deixava com uma enorme excitação. Às vezes ele enviava torpedos eróticos para o celular dela e ela se masturbava lendo até à exaustão as suas frases. Aí o gigolô soube da existência do meu pai. Usou isso para se afastar de vez dela. Hoje, ele bateu-lhe no rosto, arrumou suas poucas roupas e pediu que ela sumisse da sua frente. Quanto a mim, não conhecia essa faceta erótica do meu velho. Ele sempre foi muito discreto. Também, nunca tocamos em assunto de sexo. A elegante senhora falava-me tudo isso com o rosto encostado ao meu peito. Dizia todas essas coisas de um jeito dengoso e acariciando-me com a ponta da unha, às vezes cravando ela no meu tórax. Percebi-me excitado e notei, pelo arfar do seu ainda firme busto, que ela também estava. Perguntei-lhe por que ela e meu velho nunca haviam transado. Ela olhou-me com aqueles olhos tristes cheio de lágrimas e me confessou que gostava de homens mais jovens que ela. Era como se buscasse neles a beleza e a jovialidade perdida dos seus tempos de miss. Disse-me que me daria tudo o que eu quisesse para fazer amor comigo, mas para isso eu deveria provar estar á altura do meu pai. Declinei da ideia. Eu não era virgem, mas tivera poucos relacionamentos. As poucas namoradas que tive tratava com respeito. Queria o seu amor e não as suas carnes. Acho que, por isso, todas me deixaram. Ela não quis mais beber e chamamos o garçom. Passou-me discretamente por baixo da mesa uma nota de cem reais e eu paguei a conta. Quis dar-lhe o troco e ela recusou decididamente. Pediu licença para ir ao toalete, antes de sairmos, e caminhou até lá. Foi quando tive a oportunidade de vislumbrar melhor o seu corpo. Era alta, esguia, uma silhueta perfeita apesar da idade. Caminhava lentamente, sem pressa, com uma leveza feminina incomum e uma graciosa elegância. A expressão triste em seu rosto combinava bem com o seu andar sensual, porém sem exageros. Deu-me uma intensa vontade de copular com ela. Quando voltou, tinha a maquiagem retocada e quase não se via mais sinais do olho roxo, machucado por um murro do amante, que a rejeitara de forma definitiva e violenta. O cara já tinha tudo que queria e ainda possuía outra ricaça, sua nova fonte de renda. E transando de forma animalesca, do jeito que ele tanto gostava. Ela pediu-me para levá-la para casa, já recomposta do choro. Deixei-a na frente do prédio onde morava e o porteiro perguntou-lhe se era para eu subir com ela. Respondi que não, antes que ela dissesse qualquer coisa. Ela pareceu ficar triste e ele decepcionado comigo. Mas não dei muita importância. Despedi-me de ambos e fui embora, depois de entregar os pertences dela que ficarasm dentro do carro.
  • 6. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 6 Só quando cheguei novamente ao meu ponto de táxi é que me deu curiosidade de pegar o velho livro do meu pai, dentro do porta-luvas. Senti vontade de lê-lo, para passar o tempo. Já era mais de meia-noite e todos os taxistas daquele ponto estavam circulando, à procura de eventuais passageiros. Eu preferia contar apenas com a clientela do meu pai, por enquanto. Ele sempre me disse que dava para viver exclusivamente dela. Acendi a luzinha interna do carro e peguei o livro. Apesar de a capa ser bastante interessante, o título não me causou a mesma impressão. POUCAS PALAVRAS BASTAM, estava estampado. O autor era para mim desconhecido. Um fulano chamado Ehros Tomasini. Abri a primeira página e o que li fez meus olhos brilharem de alegria. Sim, meu velho sabia das coisas. Estava ali o segredo do seu sucesso com a bela e elegante coroa. Procurei entre as chamadas recebidas do meu celular e localizei o número daquela que já vencera um concurso nacional de beleza. Liguei para ela. Ela parecia estar esperando meu telefonema. Perguntou-me de chofre qual seria minha primeira frase para excitá-la. Recitei a primeira que havia lido no velho livro em minhas mãos: - Ousas desnudar meu teso erotismo. Excitado falo. Entalo-te as dúvidas. Atraco-te de prosa e de verso. Apeio-te talvez. Semeio-te, quem sabe? Gozas muito, com certeza! Houve um silêncio repentino do outro lado da linha. Depois ouvi sua voz arfante perguntar o que eu diria para as suas carnes que tremiam carentes... Procurei depressa, no velho livro, uma frase que se encaixasse ao momento. Encontrei. Respondi-lhe entoando a voz de forma bem sensual e lasciva: - Eu sou vegetariano. No entanto, neste momento tenho fome de ti. Se fatiasse verduras, com certeza rodelas me excitariam. O talho das frutas decerto lembraria o teu. Até o cheiro da comida se misturaria flor. Ardo em ânsias de vomitar-te sêmen. Ouvi um arrastado aaaaaaaaaaaaah do outro lado da linha. Perguntou-me se eu estava muito longe de seu apartamento. Mais uma vez tive que folhear rapidamente as páginas desgastadas do livro:
  • 7. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 7 - Meu desejo viajaria léguas para te encontrar. Estás lá longe, mas bem dentro de mim. Chego a te apalpar os seios, sugar tua língua. E esguicharia longe, bem dentro de ti. Oh, curto prazer. Seu gemido agora foi mais prolongado. Eu podia sentir que ela se aproximava de um orgasmo. Exigiu num sussurro que eu voltasse imediatamente ao seu prédio. O porteiro me indicaria o apartamento e o andar. Estaria me aguardando com urgência. Como o trânsito estava livre àquela hora da madrugada, fiz o trajeto em menos tempo que da primeira vez. O porteiro abriu a grade assim que me viu dobrar a esquina e me indicou o número do apartamento fazendo um sinal com ambas as mãos. Não tive problemas em estacionar na garagem interna do prédio. Subi até o número 501 e a porta estava aberta. Atravessei toda a ampla e luxuosa sala, decorada com vários quadros de nus artísticos, todos belíssimos, e logo encontrei seu quarto. Não havia mais ninguém além dela no apartamento. Já me esperava toda nua numa cama redonda, coberta por uma colcha de vermelho vivo. O ambiente, à meia-luz, ressaltava toda a beleza do seu corpo. No entanto, mais belo era o seu sorriso de felicidade, por me ver entrar. Disse-me que eu não precisava dizer mais nada. Ela já estava bastante excitada. Mas eu ainda quis dizer uma frase que viera decorando pelo caminho, e que era a última do livro que lera apressadamente: - Então, que não mais sejam pronunciados galanteios eróticos. Também não te deixarei à mercê de verdades invasivas, sopros de desejos ao teu ouvido. Mas quero-te excitada, pois estou aqui contigo! Ela ajudou-me urgente a me livrar das vestes. Eu quis me lavar antes, mas ela apressou-se a me dar um rápido banho de língua. Depois abocanhou meu cacete duro enquanto eu levei a mão à sua boceta. Pingava de tão encharcada que estava. Jogou-me na cama e veio por cima. Foi uma longa noite de sexo em bandeirada livre... FIM DA PRIMEIRA PARTE
  • 8. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 8 TAXISTA – Parte Dois Eu tinha rodado a noite inteira. Aos poucos estava me familiarizando com os clientes do meu pai, assassinado com um tiro no peito quando estava de serviço como motorista de táxi. Herdei seu carro e sua praça e a cada dia conquistava nova clientela, além de estar sendo bem aceito pelos contatos antigos que constavam de sua agenda celular. Alguns ficavam indecisos, principalmente as mulheres, quando eu atendia o seu celular. Tinha sempre que explicar que ele falecera e eu o estava substituindo. Outras faziam questão de me conhecer e me falavam muito bem do meu velho. O sol começava a raiar e eu estava ansioso para terminar minha jornada e ir para casa. Dormiria até o meio-dia, tomaria um bom banho e iria visitar minha mãe internada numa clínica psiquiátrica desde a morte do velho. Depois iria para a faculdade, onde faço Administração. O sonho do meu pai era que eu fizesse medicina. Queria o filho doutor. Mas eu nunca tive sucesso no vestibular. A concorrência era enorme e eu jamais consegui a média necessária para ser aprovado. Por outro lado, sempre achei que faculdade pública foi inventada para gente rica, que não precisasse ralar para ganhar o sustento da família. Os melhores cursos eram de dia. O pobre que precisasse trabalhar dois expedientes para seu ganha-pão não poderia frequentar as aulas, perdendo a oportunidade para quem tem pais que o sustente. Estava nessas divagações quando o celular tocou. Atendi, olhando para o relógio. Eram quase quatro da matina. Uma voz possante pediu que eu me dirigisse ao local de sempre, pois tinha um pacote para ser entregue. Eu disse que estava substituindo meu pai, mas não falei que ele havia falecido. Houve um breve silêncio do outro lado da linha, antes que ele me desse coordenadas para chegar até onde se encontrava. Era
  • 9. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 9 um bar na orla de Boa Viagem, frequentado por turistas, principalmente estrangeiros. Estacionei na frente do estabelecimento e já me dispunha a ligar de volta para o número da última ligação recebida quando um homenzarrão vestido de garçom veio em minha direção. Reconhecera o táxi do meu pai e veio me dar boas vindas. Apertei a mão estendida e quase tive a minha esmagada por ela. O cara apertava com entusiasmo. Disse que gostou de mim. Perguntou se o trato feito com meu pai seria mantido e eu respondi que sim, mesmo sem saber do que se tratava. Ele sorriu satisfeito e me convidou a acompanhá-lo até o bar. O pacote era um estrangeiro bêbado. O garçom me levou até sua mesa, onde estava debruçado e sonolento, acompanhado por uma morena tão bonita e gostosa que minha respiração ficou suspensa. Quando ela se levantou, abrindo espaço para que eu e o homenzarrão suspendêssemos seu companheiro pelas axilas para levá-lo dali, pude ver em êxtase suas curvas perfeitas. Um mulherão. Alta, bonita e elegante, com a pele bronzeada pelo sol. Ela percebeu meu interesse e deu um sorriso delicioso. Quase gozo. No entanto, tive que voltar minha atenção ao estrangeiro embriagado, que tivemos que levar até o táxi. Depositamos o “pacote” no banco traseiro e ela se sentou graciosamente ao seu lado. Depois me indicou um motel afastado do centro da cidade e rumamos para lá. Mas antes, eu teria que parar num outro bar da orla para apanhar outra pessoa. Consenti e ela pegou seu delicado celular, ligando para um número de sua agenda. Avisou que estaria chegando dentro de poucos minutos e desligou o telefone. Ajeitei o espelho do carro e vi seu olhar de desprezo para com o cara visivelmente embriagado e eu fiquei fantasiando substituí-lo lá no motel, numa noite intensa de sexo, já que não acreditava que ele seria capaz de contentar a bela e gostosa morena, tal seu estado de embriaguês. Cinco minutos depois, paramos num outro bar da orla de Boa Viagem, bairro nobre da cidade. Já havia feito antes uma corrida até ali e percebi que era mais frequentado por homossexuais. Ao ver o táxi encostar, acercou-se de nós uma réplica perfeita da morena que acompanhava o gringo. Até as roupas que usava eram idênticas. Fiquei olhando abismado para uma e para a outra, não acreditando em meus olhos. Mas o “boa noite” dado pelo clone da morena me arrepiou até os cabelos do cu. Foi entoado numa voz tão grave e potente que me deixou de queixo caído. Respondi o cumprimento aos gaguejos, e ambos sorriram divertidos da minha cara de surpresa. O travesti pediu licença e entrou no carro, acomodando-se ao lado do cara embriagado. A morena apresentou-o como Cassandra - nome de guerra. Disse que eram gêmeos idênticos, mas ele nascera com um pinto entre as pernas. Depois se esqueceram de mim e ficaram conversando entre si, ela contando como conhecera o gringo. Ele parecia repassar tudo quanto ela dizia, até decorando algumas frases importantes. Senti cheiro de sacanagem no ar. Percebi logo ser uma dupla de irmãos golpistas. Porra, meu pai se metia em cada uma!...
  • 10. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 10 Chegamos ao motel e fomos bem recebidos na portaria. A dupla parecia ser bem conhecida ali, e a recepcionista entregou-lhes uma chave sem nem perguntar que tipo de quarto os dois queriam. Estacionei na garagem do apto. 69 e o travesti me ajudou a retirar o gringo do carro e levá-lo até o luxuoso quarto. Deitamos o cara na cama, balbuciando frases desconexas. Enquanto Cassandra retirava de uma bolsa uns apetrechos de filmagem, a irmã usava dois pares de algemas para prender o cara ao móvel, deitando-o de bruços. Retirou com grande prática as roupas do cara, deixando-o totalmente nu. Depois sacou um batom bem vermelho da bolsa e passou nos lábios do bêbado. Ele pareceu-me incomodado, mas estava embriagado demais para resistir. A morena procurou em seus bolsos sua carteira e retirou todos os dólares que tinha dentro. Contou-os e dividiu-os pela metade, entregando a parte do irmão, que guardou na bolsa. Depois Cassandra despiu-se totalmente, exibindo um pau duro enorme em contraste com o corpo escultural totalmente feminino que possuía. Em seguida, se ajeitou sobre o cara abrindo bem as pernas dele. Cuspiu na mão e lambuzou o cu do sujeito. Então, enfiou-lhe aquele caralho enorme na bunda. Eu me senti incomodado e saí do quarto, voltando para o carro. Ouvi o urro medonho do cara sendo enrabado. A morena também saiu do quarto e entrou no táxi, sentando ao meu lado. Olhava para mim com aquele sorriso sacana que eu passei a detestar. Pediu-me que eu a levasse para casa, pois estava cansada da noitada. Seguimos mudos por um bom trecho, até que ela me perguntou sobre meu pai. Não sabia que ela conhecia o velho. Contei do seu assassinato. Ela mostrou-se bastante surpresa com a morte dele. Não tinha saído nada nos noticiários. Expliquei que havia sido publicada uma nota no jornal, sem foto. Já os telejornais disseram o seu nome e não o seu apelido, como carinhosamente era conhecido pelos amigos. Então, o fato passou despercebido. Ela lamentou minha perda e até acho que vi uma lágrima escorrendo dos seus olhos, mas disfarçou muito bem. Percorremos toda a Avenida Agamenon Magalhães, ultrapassamos o limite entre Recife e Olinda e pegamos a Av. Marcos Freire, que margeia a praia de Casa Caiada. Chegamos, finalmente, em frente ao seu apartamento. Ela perguntou se eu queria o pagamento da corrida em dólares ou reais, e eu me decidi pela moeda nacional. Fez com que eu subisse com ela, para pegar o dinheiro que deixara em seu apartamento. Assim que abriu a porta da sua residência, começou a tirar a roupa. Primeiro tirou o casaquinho vermelho que vestia sobre uma blusa de malha preta, bem curta, mostrando o umbigo, e com um decote tão generoso que parecia que os seus seios iam saltar sobre mim. Jogou ambas as peças no sofá da sala. Estava sem sutiã. Depois tirou as botas de cano longo e a calça jeans apertada que vestia, modelando suas curvas perfeitas. Ficou de costas para mim apenas de calcinha. Caminhou com seu andar felino em direção ao quarto e me chamou até lá. Eu a seguia como um cachorrinho, babando de tanto tesão. Então ela entrou no banheiro da suíte e se cobriu com uma longa toalha. Feito isso, retirou de uma das gavetas do móvel de cabeceira um monte de dinheiro e entregou para mim. Eu disse que queria apenas o valor marcado no taxímetro. Ela jogou todas as notas em cima da cama, com um sorriso sacana. Quando me aproximei para pegar o que me pertencia pela corrida, ela prendeu-me com um
  • 11. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 11 par de algemas à cama. Olhei surpreso em sua direção e me deparei com uma arma apontada para a minha cara. Jogou-me sobre os lençóis e apagou a lâmpada. As cortinas do quarto não deixavam passar a luz do sol que já despontava. Ficamos numa escuridão total. Aí ela me virou, de supetão, deixando-me de bunda para cima. Juro, prezadas leitoras, que a primeira coisa que me veio à mente foi o grito do gringo sendo enrabado. Coloquei a mão livre protegendo a bunda, mas ela pegou meu pulso e me imobilizou com grande facilidade. Tentei dizer alguma coisa e ela me enfiou um lençol na boca, impedindo-me de gritar. Sim, eu ia gritar por socorro. Não queria ser enrabado. Suei por todos os poros, me debatendo, tentando me soltar. Aí senti aquela língua quente roçando pelas minhas costas, descendo até entre as minhas nádegas. Apertei-as uma contra a outra, querendo proteger meu buraquinho virgem. Então ela lambeu bem ali, me causando um arrepio misto de medo e prazer. Com certeza – pensei - ela estava umedecendo meu patrimônio para poder me enfiar sua grande trolha. No auge do meu terror, ela me virou de frente. Meus olhos já se acostumavam com a escuridão. Procurei avistar um pênis enorme entre suas pernas e só enxerguei uma buceta raspadinha. Ela acocorou-se sobre mim e senti sua vulva abocanhar meu cacete duro. Uma xana quente e úmida, que se enfiou até o talo em mim. Senti o cano frio da arma encostado ao meu rosto. Ela gemia para que eu ficasse imóvel. Engatilhou a arma e eu quase que me borro todo. Enfiou o cano na minha boca, me fazendo doer os dentes. Aumentou os movimentos das ancas, quase me levando ao orgasmo. Então ela apertou o gatilho. Porra, o medo que senti naquela hora foi incomensurável. Eu, já traumatizado pela morte a tiros do meu pai, quase me borro sobre os lençóis. Ela puxou novamente o gatilho e o estalido seco da arma me fez ter um intenso orgasmo. Mas ela ainda não estava satisfeita. Rindo muito da minha cara aterrorizada, começou a mordiscar meu pinto com a vulva. Colocou a mão desarmada por trás de si e massageou meus bagos, sem tirar cacete de dentro da sua buceta quente. Aos poucos, meu pau voltou a ficar em ponto de bala. Ela esticou a mão e retirou munição de dentro da gaveta do criado-mudo. Aí eu dei um pulo e saí debaixo dela. Mesmo com uma das mãos algemada, derrubei-a na cama com toda a raiva e medo que havia em mim. Aquela mulher parecia louca. Queria colocar balas no revólver para voltar a me meter medo. Dominei-a dando-lhe uma gravata, quase fazendo com que desfalecesse sufocada. Deitei-me sobre ela e forcei-a a ficar de cara nos lençóis. Ela empinou aquela bunda maravilhosa tentando impedir que eu a subjugasse. Então meu cacete duro encostou bem entre suas nádegas.
  • 12. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 12 Nem lubrifiquei meu pau, enfiei-o de uma vez só no seu cuzinho apertado, de tanta raiva que eu estava dela. Nunca alguém me fizera tanto medo na vida. Achei que iria se debater para se livrar da minha pica, mas ela me ajudou a me encaixar melhor no seu buraquinho. Gemeu delirante quando eu me enfiei até o talo. Depois rebolou suavemente, até sentir-se lubrificada. Aí, fincou-se em mim num rebolado louco gritando impropérios desconexos. Eu já havia me livrado do pano que me tapava a boca. Gemi alto, sem me importar se algum vizinho fosse escutar naquela hora tão cedo. Então ela lançou um jato esbranquiçado, forte e demorado, molhando todo o espelho da cama, inclusive os travesseiros. E eu caí prostrado de lado, procurando um lugarzinho mais enxuto. Ela deitou-se perto de mim e se agarrou carinhosamente ao meu corpo. Quando eu achei que ela estava dormindo, começou a falar com daquela forma manhosa que me deixara excitado assim que a conheci. Disse que era policial federal, assim como o irmão. O trabalho dos dois era caçar gringos que vinham ao Brasil à procura de mulheres para servirem de escravas sexuais no exterior. Enganava-as prometendo vantagens caso viajassem com eles e estas terminavam sendo vendidas para o mercado internacional de prostituição. Outros arregimentavam menores para uso de conterrâneos tarados que viajavam para cá à procura de menininhas de doze, treze anos e, além de usá-las sexualmente, ainda as fotografava para deleite de amigos depravados. A maioria desses gringos apenas queria ganhar uns trocados a mais, aproveitando-se da estadia em nosso país. Mas alguns faziam parte de um grupo organizado internacional. Esses eram presos quando descoberto seu envolvimento com a máfia internacional da prostituição. Os amadores recebiam o castigo do grupo formado por ela, o garçom do bar onde a encontrei e o irmão traveco. Na verdade, Cassandra era considerada uma aberração da natureza. Desenvolvera formas femininas, teve os seios crescidos sem precisar usar de esteroides ou fazer implante, mas não gostava de dar o cu. Preferia enrabar a ser enrabado. Adorava estuprar machões. Frequentava bares gays por saber que estes eram os principais responsáveis em apontar crianças para gringos em troca de grana, que usavam para pagar seus parceiros sexuais. O esquema funcionava da seguinte forma: o garçom grandalhão recebia um pedido para indicar uma vítima do sexo feminino que seria convencida a viajar com o gringo para o exterior com mirabolantes promessas de riqueza fácil. O homenzarrão ligava para a morena e preparavam a armadilha. Marcava um encontro com a policial, que se passava por uma garota ingênua. A bebida do gringo era aditivada com Rupinol, um forte medicamento para pessoas com problemas de nervos, e o cara ficava grogue. Achava que convencia a morena a ir com ele para algum motel e, no meio do caminho, o irmão assumia o seu lugar. Roubavam-lhe todo o seu dinheiro, dividindo de forma igual entre ela, o garçom, o irmão e o eventual taxista, além de Cassandra comer-lhe o cu filmando seu suplício. Depois que o efeito do psicotrópico passava, o cara via o DVD deixado por Cassandra onde estava gravado o travesti enrabando-o.
  • 13. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 13 A vítima jurava que estivera noite toda com uma mulher. Ficava perplexo de ter confundido com um travesti. No entanto, reconhecendo as vestes – que Cassandra usava sempre iguais às da irmã – ficava envergonhado de ter sido estuprado e nunca dava queixa á polícia. Melhor para o grupo. Sem dinheiro e traumatizado, o gringo logo voltava para seu país de origem. O trio fazia justiça e ainda ganhava uma grana extra. Antes de finalmente adormecer a morena, que fez questão de manter sigilo sobre sua identidade e a do irmão, disse-me que foi amante do meu pai por alguns anos. Apaixonara-se por ele, que sempre a levava para casa aos fins de longas noites, depois que ela efetuava prisões ou punia algum gringo safado. Ela adorava sexo violento, e meu pai sabia contentá-la muito bem. Apesar de saber-se bela e gostosa, não tinha muitas oportunidades para namorar. Dedicava todo o seu tempo ao trabalho policial. Então, foder com meu pai era tudo que queria depois de uma noitada turbulenta. Mais uma vez fiquei abismado com essa faceta do meu pai. O velho era muito bem provido de mulheres lindas. Eu senti inveja dele. E um grande orgulho por ser seu filho. Quando acordei, a morena já não estava no apartamento. Deixara, junto com uma quantia em dinheiro vinte vezes maior que a devida pela corrida, um bilhete agradecendo a ótima noite de amor e seu número do celular. Pedia para eu deixar a chave na portaria. Mas eu estava cansado demais para ir embora. Resolvi dormir mais e esperar folgadamente a sua volta para casa. FIM DA SEGUNDA PARTE
  • 14. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 14 TAXISTA – Parte Três A Praça do Derby fica bem próxima ao centro do Recife. É nela onde estaciono meu táxi, quando não estou rondando as ruas á procura de passageiros. Pra dizer a verdade, atendo mais a chamados feitos pelo celular. Mas ontem o movimento foi fraco e o apurado foi pouco. Por isso, decidi faltar à faculdade e fazer horas-extras ao volante. A praça também é ponto de desembarque de ônibus interestaduais, então apostei comigo mesmo que iria conseguir alguém para complementar sua viagem de táxi até o seu destino. Passavam de nove horas da noite quando um expresso vindo de João Pessoa estacionou e dele desceram algumas pessoas com suas bagagens. Nenhuma estava interessada em pegar táxi. Quando eu já dava partida para aventurar algum passageiro nas redondezas, uma mocinha decidiu-se de última hora a fazer uma corrida comigo. Assoviou alto, levando dois dedos aos lábios. Parei imediatamente e olhei pelo retrovisor. Ela veio apressada em direção ao meu carro, com um pedaço de papel na mão. Mostrou-me um endereço e perguntou se eu sabia onde era. Lembrei-me que já havia levado um passageiro lá, se bem que eu não me recordava bem quem havia sido. Ela não carregava nenhuma bagagem. Como afirmei saber onde era o edifício indicado no endereço escrito no papel, abriu a porta do táxi e sentou-se no banco traseiro. Iniciamos o trajeto em silêncio, mas logo percebi que ela estava bastante apreensiva. Roia as unhas nervosamente, o tempo todo. Perguntei se ela estava ansiosa por algo e ela pareceu ficar mais nervosa ainda. Chegou a estremecer com a minha indagação. Pedi desculpas pela minha indiscrição e falei que estava claro o seu desconforto com alguma coisa que a incomodava. Aí ela começou a chorar convulsivamente. Estacionei o carro e me virei para trás, perguntando o que estava acontecendo. Trêmula, ela quase não conseguia falar. Encostei o táxi num dos quiosques à beira da avenida e pedi uma água mineral. Destampei a garrafinha plástica e ofereci a ela. A
  • 15. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 15 pobre tomou o líquido gelado em grandes goles. Depois me confessou que estava sem dinheiro. Amaldiçoei meu azar. Aquela era a minha primeira corrida do dia, e quando o dia começa mal é melhor recolher o táxi e voltar para casa. Perguntei se ela estava fugitiva. Ela garantiu-me que não. No entanto, estava no Recife escondida dos pais, que não sabiam que ela havia viajado. Dissera a eles que iria passar alguns dias na casa de uma amiga. Estivera, sim, na casa dela, mas apenas para que lhe emprestasse algum dinheiro para comprar as passagens. Mas não havia lhe dado nenhuma satisfação do que pretendia fazer. Adivinhei logo que se tratava de um encontro com algum namorado. Porém, as coisas eram mais complicadas do que pensei. Ao pedido dela, comprei outra garrafinha de água e nos afastamos do quiosque, pois o vendedor parecia muito curioso depois de perceber seu rosto banhado de lágrimas. Percorri um trecho da Av. Agamenon Magalhães, cruzei o Pina e adentrei a Domingos Ferreira, seguindo o trajeto para chegar ao endereço que me mostrara, até encontrar um barzinho tranquilo onde pudéssemos conversar mais à vontade. Perguntei se ela queria comer alguma coisa. Confessou-me estar morrendo de fome. Eu também não jantara na ânsia de descolar algum passageiro, então sentamos em uma das mesas do barzinho aconchegante. Ela queria uma calabresa com fritas. Com uma Coca-cola, se eu pudesse pagar-lhe. Imediatamente se arrependeu do refrigerante e perguntou se podia beber uma cerveja. Dei de ombros e chamei o garçom. Ele fez questão de ver algum documento seu. O bar não servia bebidas alcoólicas a menores. Ela mostrou-lhe a carteira de identidade. Disse ter dezenove anos. Só depois do terceiro copo de cerveja ela resolveu se abrir comigo. Disse que conheceu um cara do Recife, pela Internet, e passaram a se comunicar assiduamente. Ele era muito libidinoso. Gostava de vê-la pela webcam e ficava incentivando-a a fazer strip tease. No início ela ficava envergonhada, mas depois começou a achar excitante aquela situação. Passou a adorar sabê-lo com tesão e cada dia o atiçava mais. Ultimamente, vinha se masturbando em frente à câmera, para deixá-lo louco de desejo. Então, quando percebia que ele estava bem excitado, interrompia a conexão, deixando-o puto da vida. Ela se divertia fazendo isso com frequência, sem saber que ele vinha gravando tudo através de um programa específico. Até que, nos últimos dias, ele ameaçou colocar os vídeos no You Tube. Ela ficou apavorada temendo que principalmente seu pai viesse a saber. Pertencia a uma família tradicional e muito conhecida em sua cidade. Aí ele passou a chantageá-la. Argumentou que estava aniversariando e queria comer seu cuzinho virgem, de presente. Entregaria todas as cópias dos filmes se ela viesse até sua casa e transasse com ele. Garantiu que não ficaria com nenhuma das cópias onde ela aparecia numa desvairada siririca. Com medo de ser exposta na rede, ela topou o acordo. Mas agora estava temerosa de que ele não cumprisse sua parte do trato.
  • 16. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 16 Perguntei por que ela não havia procurado a polícia, já que estava de posse do seu endereço e telefone. Ela me disse que teria vergonha das perguntas que decerto os policiais iriam fazer, e temia que o caso fosse parar nos noticiários. Seria pior do que a morte, para seus pais de educação conservadora. Concordei com ela. Eu tinha feito a pergunta sem pensar. O impasse ainda continuava. Como fazer para recuperar os vídeos, sem precisar usar de violência? A primeira coisa que pensei foi ir com ela até a casa do cara e obrigar ele a nos entregar todo o material gravado, nem que fosse ameaçando-o com alguma arma. Aí me lembrei da morena gostosona, policial federal. Tinha mais de uma semana que eu não a via. Decerto ela saberia resolver essa bronca. Liguei para o seu celular. Ela me disse que estava viajando a trabalho e que só retornaria após três dias. Ao ver minha cara decepcionada, a mocinha me fez uma confissão que me deixou estarrecido. Disse-me que não se importaria de dar seu cuzinho virgem. O problema era que o pau do cara que também se exibia na Internet pela webcam era enorme e muito grosso. Estava disposta a transar com ele, mas temia não aguentar tamanha vara. Eu estava embasbacado. Mas ainda tinha mais: ela perguntou se eu podia prepará-la para o encontro com o cara. Percebera, observando meu volume entre as pernas, que eu não era muito bem dotado. Se aguentasse minha pica, serviria como um treino para ser varada por ele. Mas foi logo me advertindo que não me daria a buceta. Tinha medo de engravidar, mesmo se eu usasse camisinha. Garantiu que conhecia algumas amigas que haviam ficado grávidas desse jeito. Eu não acreditava nessa possibilidade, mas não quis estender a discussão. Concordamos em passar a noite num motel. Antes, ela ligou para o cara e marcou para se encontrarem no outro dia pela manhã. Encontrei um motelzinho simpático e barato. Ela entrou no quarto e ficou visivelmente admirada. Disse-me que nunca havia entrado num motel, apesar de que sempre teve curiosidade em conhecer um. Mas no momento não queria perder tempo. Ansiava por minha primeira aula. Sugeri tomarmos um banho morno, primeiro. Ela fez questão de tirar minhas roupas, uma por uma. Depois fez um strip tease bem sensual, rebolando suavemente a bunda para mim. Fiquei logo excitado e carreguei-a nos braços até o chuveiro. Ensaboei todo o seu corpo, me detendo em suas partes mais íntimas. Ela delirava quando eu passava a mão na sua vulva e, mais ainda, quando massageava seu buraquinho. Então, debaixo da ducha morna, virou de costas para mim. Pediu que eu o fizesse com carinho. Passei xampu em todo o cacete duríssimo e arreganhei suas nádegas com as duas mãos. Ela empinou mais a bundinha. Apontei a glande para o seu cano de escape e pincelei suavemente o buraquinho apertado. A danada se preparou para a dor. Respirou fundo e pediu que eu enfiasse devagar. Empurrei firme, mas com cuidado. A cabeça entrou com certa dificuldade. Ela gemeu dorida. Fiquei imóvel, esperando ela se recuperar. Arreganhei mais ainda suas
  • 17. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 17 nádegas. Ela comprimiu o ânus e depois afrouxou a pressão. Nem bem fez isso, eu empurrei mais um pouco. Entrou-lhe mais de um terço do meu cacete. Senti a quentura da sua fenda apertada e quase gozo. Deu trabalho para eu me segurar. Apesar dos protestos, retirei totalmente o pênis de dentro dela. Pedi para ela ter paciência. Lambuzei mais xampu, dessa vez no cuzinho e nas nádegas dela. Apontei novamente a glande e ela mesma se enfiou. Deu um choramingo arrastado, mas continuou firme. Retirou de dentro novamente e segurou no meu caralho, apontando-o melhor. Agora, sim, aguentou sem gritar que meu pênis lhe adentrasse até tocar com os bagos nas suas pregas. Então, comecei os movimentos cadenciados. No início, trincou os dentes. Depois se desvairou em movimentos rápidos, cada vez mais voluptuosos. Desligou a ducha e se apoiou com as duas mãos na parede do banheiro. Baixou a cabeça e se enfiou todinha em mim, rebolando gostosamente. Gemia, gritava e urrava para eu não gozar logo. Mas quanto mais ela dizia isso, mais me dava vontade. Por fim não aguentei e jorrei esperma em seu cuzinho quente. Ela se virou irritada e ficou batendo com os punhos no meu peito. Queria mais, muito mais. Então eu fiz-lhe se agachar e se apoiar na tampa arriada do vaso. Coloquei-lhe primeiro um dedo, depois dois e finalmente três dedos em seu buraquinho agora relaxado e lambuzado de xampu e gozo. Ela se abriu mais para mim. Enfiei-lhe o quarto dedo, com a mão em concha, e iniciei um movimento de vai e vem. Ela relaxava cada vez mais o ânus e minha mão se encaixava melhor. Então ela teve um gozo tão intenso que se atirou sobre a tampa fechada da privada. Passou a ter espasmos contínuos, olhos revirados, e eu mantendo meu punho firme nela. Até que desfaleceu no chão molhado do banheiro e eu finalmente me retirei do seu ânus. Mesmo ainda trêmulo, carreguei-a nos braços até a cama. Ela adormeceu e eu fiquei olhando para aquele corpo franzino, porém de uma bravura admirável. Seus peitinhos eram miúdos, quase de uma menina. Seu rosto tinha algumas espinhas e sua boca era muito sensual. Nem bela nem fera. Catei entre as vestes sua carteira de identidade e confirmei sua idade. Fiquei mais tranquilo. Temia que ela fosse menor. Então, enquanto ela ressonava, eu fiquei bolando um meio de tirar os vídeos gravados do cara. Quando ela acordou, ainda fizemos sexo por duas vezes. Pedi para que me chupasse um pouco, depois de tomarmos o segundo banho, mas ela disse que tinha nojo. Nunca fizera tal coisa e também tinha vergonha. Ainda levou minha glande à boca, mas depois desistiu, com ânsias de vomitar. Não quis forçá-la. Contentei-me em meter-lhe na bunda outras vezes, cada vez mais gostosamente. Até que nos saciamos e resolvemos conversar sobre os vídeos. Ela disse que iria mesmo enfrentar o cara. Pediu-me para levá-la até ele assim que saíssemos do motel, de manhã. Foi o que fiz. Fiquei com o seu telefone e emprestei-lhe o meu, que tinha câmera fotográfica. Pedi que ela o fotografasse, para eu ver quem era o tal sujeito. Disse também que iria ficar nas proximidades, e qualquer coisa ela me ligasse. Concordou com tudo.
  • 18. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 18 As próximas duas horas de espera foram angustiantes. Mas quando ela apareceu, vi que tinhas uns DVDs na mão e um sorriso de felicidade no rosto. Estava eufórica e confesso que fiquei um tanto enciumado. Mas quando ela sentou-se ao meu lado, logo soube o motivo do seu contentamento. Exibiu umas fotos que havia tirado com o meu celular. Em algumas, aparecia um moreno sarado com as mãos no rosto e ela com a cara bem perto do seu pinto mole, com um sorriso gaiato. Noutras, ele parecia estar pedindo misericórdia a ela, que aparecia com o polegar apontado para baixo, indicando que o cara era broxa. Eu não conhecia o dito cujo. Ela contou que, como chegou disposta a dar-lhe a bunda, ele ficou espantado com seu entusiasmo. Esperava estuprá-la, e não fodê-la com seu consentimento. Por isso, não conseguiu ter ereção nem uma vez. Ela fingiu ter enviado as imagens para o próprio e-mail e o sujeito caiu na armadilha. Devia ser um novato em termos de tecnologia digital. Negociou os vídeos que tinha gravado em troca de ela não publicar as fotos. Ela disse que não tinha intenção de publicá-las, mas serviriam de garantia caso ele tivesse escondido algum vídeo e fizesse chantagem com ela. Depois de muito implorar ele acabou cedendo aos argumentos. Achando que ela havia mesmo enviado uma cópia para si, nem se preocupou em apagar as fotos do celular. Rimos muito da esperteza dela e do azar e babaquice do cara. Depois de fazermos um lanche, em um local qualquer de perto, levei-a até a rodoviária. Destrocamos os celulares e fiquei de enviar as fotos por e-mail para ela. Anotamos em nossas agendas os números dos nossos telefones e os endereços dos nossos correios eletrônicos. Ela me agradeceu fervorosamente pelas aulas e prometeu voltar qualquer dia para tentar novamente a felação. Tinha certeza que o cara não iria mais chantageá-la, por isso voltava tranquila para casa. Quanto a mim, iria para minha residência descansar. Dormiria um pouco e depois começaria a rodar mais cedo, de modo a descolar alguma grana. Mas não podia dizer que a noite havia sido de todo ruim. FIM DA TERCEIRA PARTE
  • 19. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 19 TAXISTA – Parte Quatro Tirei a tarde para visitar minha mãe na clínica psiquiátrica onde estava internada. Vasculhei sua gaveta à procura de algumas peças íntimas para levar para ela e eis que encontro uma velha caderneta do meu pai escondida entre as roupas. Lembro-me de tê-lo visto fazendo algumas anotações nela, por diversas vezes, mas nunca tive a curiosidade de ver o que estava escrito ali. Folheei as páginas amareladas pelo tempo e vi que continham nomes, endereços e telefones de várias mulheres. A lista estava organizada em dias do mês, e alguns nomes se repetiam mais adiante, só que em datas diferentes. Os dados continuavam os mesmos. Não encontrei nenhum sentido em ele repetir tais anotações. No entanto, aos poucos eu vinha percebendo motivos em tudo que meu pai fazia. Resolvi guardar a caderneta comigo. Deu-me curiosidade de comparar alguns telefones com os anotados em sua agenda celular. Fui procurando em ordem alfabética e, de fato, a maioria estava gravado nela. Guardei tudo no porta-luvas do táxi e fui visitar minha pobre mãe, perturbada do juízo desde o assassinato recente do velho. Estive algum tempo com ela, falei com os médicos que a tratavam e disseram que aos poucos estava se recuperando. Sinceramente, eu não via nenhuma melhora nela. Saí da clínica sem que ela sequer me reconhecesse, a coitada. Resolvi dar umas voltas para ver se conseguia algum eventual passageiro, já que àquela hora eu não receberia nenhum chamado por celular. Meus clientes só me contatavam após as seis da noite. Rodei por mais de uma hora e desisti, voltando para o meu ponto na Praça do Derby, bem próximo ao centro da cidade. Procurei um número aleatório da lista do celular, que eu sabia pertencer a alguém da caderneta do velho, e arrisquei ligar. Atendeu uma voz feminina que parecia pertencer a alguém de meia-idade. Ela ficou contente com a ligação e me tratou
  • 20. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 20 pelo apelido carinhoso do meu pai, pensando que era ele a ligar. Depois disse que aquele não era o seu dia. Ainda faltava uma semana. Identifiquei-me como filho do falecido taxista e ela lamentou minha perda. Perguntou por que eu havia ligado. Falei-lhe da velha caderneta e ela deu uma bela gargalhada. Indagou-me se eu sabia do esquema do meu velho. Confessei que não. Perguntou a minha idade e, ao sabê-la, se demorou um pouco em silêncio, como se estivesse na dúvida em me esclarecer as coisas ou não. Depois deu seu endereço e pediu que eu passasse qualquer dia por lá. Ela me contaria tudo, tintim por tintim. Curioso e tendo algumas horas livres antes do meu turno como taxista, perguntei se podia visitá-la imediatamente. Ela consentiu. Parei num estabelecimento onde havia uma placa bem vistosa indicando ser ali um salão de beleza. A dona veio me atender toda sorridente, ao reconhecer o táxi que pertencera a meu pai. Abraçou-me ternamente e pediu que eu entrasse. Era simpática e ainda demonstrava certa beleza. Notava-se que outrora tivera um belo corpo, pois ainda se enalteciam suas formas sinuosas. Apresentou-me a funcionárias suas que atendiam algumas clientes e entramos por uma porta que dava na sala de sua residência. Pediu que eu me acomodasse e desse-lhe a caderneta. Olhava todas as anotações e sorria divertida, exclamando algumas vezes: - Que velho mais safado!... Achei que ela estava se referindo ao meu pai, mas ela logo me explicou que aquela era a lista do “Açougueiro”, um antigo cliente dela. Viuva, passara um tempo quase na miséria, pois o falecido não lhe deixara muito dinheiro. Foi quando meu pai apresentou-lhe um senhor careca, muito forte e grandalhão. Ele pagava muito bem para ter sexo, mas só queria as mulheres que estivessem... “naqueles” dias. Percebi que ela ficou ruborizada ao me contar tal coisa. Fez uma pausa e logo prosseguiu. Como o grandalhão parecia um touro reprodutor, costumando foder quase todos os dias, meu pai fez uma lista de mulheres que topariam transar com ele. Organizou uma caderneta por dia de menstruação de todas elas, e tinha o cuidado de fazer uma tabelinha mensal para cada uma. Rindo, ela me pediu o celular emprestado. Queria passar um trote no velho cliente. - Oi, amor. Sou eu, sua viuvinha vestida de vermelho... Estou com uma saudade enorme de nossas safadezas. Não, sei que hoje não é meu dia, não estou daquele jeito que você gosta. Mas não podia abrir uma exceção para mim?...
  • 21. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 21 Ela encolheu-se toda, como se estivesse levando um esculacho por telefone. Depois me entregou o celular de volta, confirmando que ele havia batido o telefone na cara dela. Ria escandalosamente, divertida. Sabia que o “Açougueiro” não iria topar o encontro. Em seguida, eu e a dona do salão de beleza levamos ainda algum tempo conversando sobre trivialidades e depois me despedi dela, agradecendo por me esclarecer o mistério da caderneta. Entrei no táxi e rumei em direção ao meu ponto. Estava repassando novamente os nomes da caderneta quando o celular tocou. Era o “Açougueiro”, puto da vida por eu ter emprestado o celular para a cabeleireira zoar com ele. Reconheci a voz. Pertencia ao garçom que tinha um esquema com a morena policial federal e seu irmão gêmeo travesti. Eu ri divertido e disse que não sabia que era ele, pois da primeira vez ligara de outro número. Ele aceitou minhas desculpas e confessou que a conversa com a viúva o deixara excitado. Perguntou-me quem, pela caderneta do meu velho, estava na vez. Repassei as velhas folhas e disse-lhe que era uma apelidada de Mulata. Ele vibrou de satisfação. Pediu que eu ligasse para ela e marcasse para apanhá-la no início da noite. Ela me indicaria aonde ir. A mulata era elegantíssima e boazuda. Muito simpática, também. Devia ter a minha idade, talvez um ou dois anos mais nova. Gostei do seu jeito alegre de ser. Não parecia prostituta, apesar de morar numa parte pobre da cidade. Ficou triste quando falei que meu pai falecera, apesar de eu omitir a causa da sua morte. Disse-me que por anos ele pagou livros e cadernos para ela, sem nunca querer nada em troca. Mais uma vez me espantei com mais essa faceta do meu velho. Eu me orgulhava cada vez mais dele. Continuamos conversando até chegarmos a uma pousada nos Aflitos que era composta de vários flats, pequenos e bem simpáticos, neste bairro nobre do Recife. O “Açougueiro” veio nos receber na entrada. Quase não o reconheço, sem a peruca. Ele estava cabeludo, lá no bar onde fui buscar o “pacote” – que era como chamavam os estrangeiros grogues após serem adicionados psicotrópicos à sua bebida. Agora estava com a cabeça brilhando de tão raspada. Mais uma vez apertou-me a mão com bastante força e entusiasmo e conversamos um pouco. Depois me despedi, querendo deixá-los à vontade. Mas ele exigiu que eu esperasse na sala do pequeno flat. Não demoraria muito com a morena e pagaria minhas horas paradas, além de querer que eu a levasse de volta à sua casa. A morena me piscou um olho, pedindo que eu ficasse. Peguei um jornal que estava jogado sobre um centro no aposento e sentei-me num confortável sofá. Eles se trancaram no quarto. Estive lendo por alguns minutos quando a morena, nua, assomou à porta e me chamou para participar da festa. Declinei do convite, encabulado. Mas o garçom grandalhão reforçou o chamado, virando-a de costas e dando-lhe umas palmadinhas na bunda. Pediu-me ajuda para comer aquele pedação de mulher.
  • 22. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 22 Eu nunca tinha feito sexo a três. Tendo o seu consentimento, fiquei tentado a experimentar. Ela puxou-me pelo braço e me levou pro quarto cuja iluminação em vermelho lembrava um cabaré. Ele jogou-se na cama e ficou de barriga para cima, segurando o pau duro, a esperar pela gente. Ela tirou toda a minha roupa e depois começou a mamar no meu cacete enquanto ele se masturbava. Mas logo ela também subiu na cama e engatinhou sobre ela. Sua pele oleosa reluzia sob a tênue luz. Levou a mão à boceta e depois passou no rosto dele. A iluminação quase não deixava ver o sangue manchando o rosto do garçom grandalhão, confundindo-o em tons rubros. Depois a mulata se agachou sobre o seu pau e fez um demorado boquete, empinando a bunda em minha direção. Em meio aos gemidos, o “açougueiro” perguntou o que eu estava esperando para fincar o cacete naquela bunda grandona. Eu ainda estava tão abestalhado em participar de um ménage que ficara lá, nu e de pé junto à cama, servindo apenas de voyeur. Mas o pau já doía de tanto tesão, lembrando-me que eu tinha um trabalho a fazer. Cuspi na mão e lambuzei o cu da mulata. Ela pediu que eu esperasse um pouco e novamente passou os dedos na xoxota ensanguentada, lambuzando o buraquinho com menstruação, inclusive lá dentro. Confesso que senti certa repulsa, mas não iria perder a oportunidade de meter numa bunda tão apetitosa. Então ela deitou-se sobre o grandalhão e enfiou a rola dele todinha na sua buceta à cabidela. Ele gemeu todo contente. Ela pediu para eu vir por cima e enfiar no seu cuzinho lambuzado. Não me fiz de rogado. Apontei meu mastro para o seu anel e enfiei apressado. O sangue menstrual fez minha pica escorregar como se fosse em baba de quiabo, apesar do seu cu ser apertadinho. Não demorei muito a gozar e a mulata segurou fortemente na minha bunda quando sentiu meu esperma jorrar dentro dela. Aumentou os movimentos das ancas, fazendo o “açougueiro” urrar de prazer. Cai de lado na cama, retirando-me do jogo, já satisfeito. O homenzarrão ainda continuou copulando por mais algum tempo, depois a jogou de cima dele. Arreganhou-lhe bem as pernas e meteu profundo, estando sobre ela. Quando tirou a pica de dentro, esta veio pingando sangue, sujando os lençóis e ainda dura. Pensei que ele ia enfiar no rabo dela, mas parece que se deu por satisfeito. No entanto, a mulata, não. Percebendo que eu já havia me recuperado um pouco, montou sobre mim. Enfiou-se no meu pau ainda bambo e fê-lo endurecer com rebolados sensuais sem tirar de dentro. Aí eu estava de novo em ponto de bala. Foi quando entendi o porquê da preferência do “açougueiro” por vaginas menstruadas. O sangue, por ser viscoso, torna a lubrificação da vulva diferente, um tanto pegajosa, e isso dá uma sensação estranha muito excitante. Foi o que percebi assim que ela enfiou a buceta na minha pica. A fricção com o sangue que a lambuzava esquentava meu membro e dava a impressão de que ele ardia em febre. Meti
  • 23. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 23 naquela perereca melecada até ela urrar de prazer tendo um demorado orgasmo. O garçom, ao meu lado, se masturbava enquanto nos via transar. Ficamos um tempo recuperando nossos fôlegos e a mulata acendeu um cigarro. Acariciava, ora o pau enorme do “açougueiro”, ora o meu pinto em descanso, afim de que a gente tivesse nova ereção. Ambos estávamos satisfeitos. Concordamos em tomar um banho e irmos embora, pois eu precisava trabalhar. Entramos os três no pequeno banheiro assim que ela terminou de fumar. Deu-nos um demorado banho ensaboando com muito afinco. Também a banhamos, ele encarregado da frente e eu das costas dela. Depois nos despedimos do grandalhão e ele pediu para eu deixá-la em casa. Enfiou um dinheiro no bolso dela e a mulata pareceu-me muito satisfeita. O "Açougueiro" falou que depois acertava comigo, logo mais na madrugada, quando eu o fosse pegar lá no bar, à saída do trabalho. Eu disse que não havia nenhum problema. Ela o beijou carinhosamente nos lábios e fomos embora. A caminho de sua residência, fomos conversando animadamente. Confessei-lhe nunca haver participado de uma foda a três e ela me prometeu que teríamos outras oportunidades. Mas eu estava curioso em saber por que todos o chamavam de Açougueiro. Ela contou que o cara havia sido marchante, responsável pelo abate e corte do gado em matadouro. Possuía também um pequeno negócio de carnes, daí o seu apelido. Dizia-se que tinha verdadeiro fascínio por sangue e até que metera o facão em um colega de trabalho. Como foi em legítima defesa, numa briga entre cortadores de carne, conseguiu ficar fora da cadeia. No entanto, a Justiça proibiu-o de exercer sua querida profissão, alegando que esta trazia à tona seu instinto assassino. Encontrou uma vaga como garçom e passou até a colaborar com a polícia, melhorando o próprio padrão de vida. Assim, adquiriu o hábito de foder com mulheres menstruadas, excitado pelo sangue que escorria da menstruação. Pediu ajuda a meu pai, que contatava mulheres para ele. Pagava muito bem e era carinhoso com elas. Por isso nunca faltava quem quisesse trepar com ele. Eu nunca ouvira história tão singular. Descemos em frente à sua residência, uma humilde casinha situada num morro nos arredores de Casa Amarela, o bairro de maior extensão da cidade. Ela beijou-me com muito ardor, ao se despedir. Disse que tudo faria por mim em agradecimento ao que meu pai fez por ela. Perguntei se ela estava fazendo algum curso superior. Respondeu-me que cursava o sexto período de Medicina pela Universidade Federal. Confesso que senti inveja dela. Era justamente o curso que meu pai queria que eu fizesse, talvez por isso tenha ajudado tanto nos estudos dela. Rodei todo o meu turno e atendi diversos chamados por celular naquele e nos dias seguintes. Mas nenhum me proporcionou tão prazerosa e excêntrica foda como aquela “ao sugo”, com a mulata. FIM DA QUARTA PARTE
  • 24. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 24 TAXISTA – Parte Cinco Já passava da meia-noite quando ele voltou. O pivete passara parte do dia pedindo uns trocados aos taxistas que faziam ponto junto a mim e ninguém dava dinheiro a ele. Eu não o conhecia. Nunca o havia visto por ali. Mas os meus colegas de profissão diziam que ele era assaltante ou, pelo menos, vivia metido com alguns. Só aparecia de vez em quando, sempre com algo roubado para vender. Se alguém desse uma bobeira ele levava o celular. Por isso eu também não dei nenhum trocado a ele, apesar de ter o hábito de dar esmolas. Fui acostumado a isso por meu pai, assassinado com um tiro no peito poucos dias atrás. Todos os taxistas tinham ido dar um giro à procura de passageiros, mas eu decidi contar com meus clientes que contratavam a corrida por celular. O trombadinha se aproximou do meu carro e pediu uns trocados para comer. Disse que estava morrendo de fome. Ainda não comera desde o almoço. Eu também estava com fome. A noite tinha sido movimentada e não tive tempo para jantar. Meu celular estava no bolso, longe das vistas do pivete. Por isso convidei-o a ir jantar comigo. Ele exibiu um sorriso maior do que a cara e abriu a porta, sentando-se ao meu lado. O menino devia ter uns doze ou treze anos e fedia bastante. Reclamei. Ele pediu para eu esperar um pouco e saiu do carro, indo em direção a uma torneira de jardim que tinha bem no meio da Praça do Derby, que ficava bem próximo ao centro da cidade, onde eu fazia meu ponto. Tirou toda a roupa e tomou um rápido banho, esfregando-se com as mãos limpas. Eu tinha um pedaço de sabonete usado dentro do meu porta-luvas e chamei-o, entregando a ele. Ficou mais ainda agradecido. Demorou se asseando e tive que chamá-lo para irmos embora. Quis me devolver o resto do sabonete. Eu disse que podia ficar com ele. Guardou no bolso da surrada bermuda que vestia e sentou-se de novo ao meu lado. Aí vi que o mau cheiro vinha de suas roupas e não do corpo. No entanto, resolvi não comentar nada. Rodei alguns minutos procurando um boteco qualquer, entramos e nos sentamos. O garçom não queria atender-nos, mas o dono do bar já me conhecia de outras vezes que jantei lá e deixou-nos ficar. O garçom saiu resmungando e xingando o pivete de ladrão. Ele olhava para mim, esperando que eu fosse repreendê-lo também. Dei de ombros. Estava com fome e pedimos cada qual um prato diferente. Ele queria uma macarronada e eu uma dobradinha.
  • 25. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 25 Pedi um refrigerante de um litro e dividimos o conteúdo. Aí ele começou a falar sem parar. Falou de economia, de política, de futebol e até de mulher. Notava-se que repetia algum papo ouvido de alguém, mas sabia escolher bem as opiniões. Perguntei se já havia frequentado uma escola e ele me confessou que sua cultura era como a de um papagaio: aprendeu ouvindo as pessoas nas ruas e repetia o que escutava. Sabia ler algumas coisas pelos “desenhos” das palavras. Apontava para os cartazes no bar e lia: Sprite, Hollywood, Antarctica, Schincariol. Rabisquei em letras de forma, num guardanapo, meu nome e ele não soube o que estava escrito. No entanto, reconheceu algumas letras e me pediu que eu dissesse as outras que não conhecia. Quando eu fiz isso, ele formou rapidamente a palavra e adivinhou como eu me chamava. Mostrou que conhecia números muito bem e leu algumas milhares escritas num quadro de Jogo do Bicho. Fiquei espantado com a sua esperteza. Terminamos de comer, paguei a conta e cedi-lhe o troco. Cerca de dois reais. Ele me agradeceu felicíssimo. Afirmou que seria o dinheiro do pão do dia seguinte, que levaria para casa. Disse ter cinco irmãos menores que ele. A mãe morrera de AIDS e o pai foi morto praticando um assalto. Ele e uma irmã de dez anos cuidavam dos outros menores. Despediu-se de mim quando eu falei que iria demorar-me mais um pouco para fazer a digestão. Foi embora se mostrando muito agradecido. Uns dez minutos depois eu voltei para o táxi e retornei ao meu ponto na praça. Só então dei pela falta do meu celular, que estava no bolso da minha calça. O filhodaputa pegara e eu nem sentira. Dei umas voltas pelas redondezas à sua procura. Havia rapidamente sumido do mapa. Fiquei desolado. O celular continha a agenda de toda a minha clientela. Parei num lugar qualquer e fiquei maldizendo a minha idiotice com o fedelho. Nem percebi um casal que se aproximava do meu táxi. Quando vi, o cara já apontava uma arma para a minha cabeça. Gelei. Era muito azar para uma única noite. O sujeito de tez negra abriu a porta de trás e empurrou com violência a mulher dentro do carro. Ela implorou-lhe, chorosa, que não a machucasse. O negrão mandou-a calar a boca e sentou-se ao lado dela, no banco traseiro, apontando o revólver para a minha nuca. Ordenou que eu seguisse para a zona norte da cidade. Percorremos a Agamenon Magalhães, entramos na Rosa e Silva, desembocamos na Av. Norte e enveredamos pelas ruas da Macaxeira até chegarmos à área de matagais da Guabiraba. Durante todo o percurso, torci para encontrar uma viatura policial sem, no entanto, ter êxito. Tremi quando o cara me mandou enveredar por uma trilha deserta e escura no meio do mato. Depois de alguns minutos, chegamos a uma clareira. Aí ele nos mandou descer do táxi. Ordenou-nos tirar toda a roupa. Tentei argumentar algo que fizesse com que desistisse da sua intenção, mas ele não queria conversa. Ameaçou atirar em mim e levar meu táxi, caso eu dissesse mais alguma palavra ou tentasse qualquer reação. Mesmo no escuro, deu para eu ver
  • 26. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 26 melhor a mulher do que quando estava dentro do táxi. Ela era branca, ruiva e sardenta, bastante alta, pernas bonitas e seios empinados. Já estava totalmente nua. Escondia o rosto entre as mãos, talvez por vergonha, por isso não pude ver-lhe logo a face. Mas se despira assim que o negrão deu a ordem. Resolvi não contrariá-lo e me despi também. Ele empurrou-a com violência, derrubando-a no chão. Ela gritava apavorada, mas ele ameaçava com a arma mandando que calasse a boca. Obrigou-a se ajoelhar na minha frente e me chupar gostoso. Ela atendeu-o prontamente. Meu pau estava flácido, por causa da tensão, mas ela soube endurecê-lo em segundos. Lambeu minhas bolas e toda a extensão do meu cacete, antes de abocanhá-lo com muito gosto. Fechei os olhos, encabulado. Não queria me aproveitar da situação, mas aquilo estava muito bom. Quando abri os olhos, o cara botara o pau pra fora e estava se masturbando. Antes que eu gozasse, ele mandou que ela ficasse de quatro na minha frente. Ordenou que eu metesse com força na bunda dela. Quis enrabá-la com cuidado, para não machucá-la, mas ele gritou comigo, me encostando a arma no ouvido, dizendo que queria ver entusiasmo da minha parte. Pedi desculpas à pobre coitada e empurrei meu pau de vez, até o talo, e comecei os movimentos de cópula. Ela gritava, pedindo que eu não fizesse aquilo. Chorava copiosamente e eu não conseguia diferenciar se era de dor ou de prazer. Pedi perdão a Deus por ter ficado mais excitado ainda. Novamente, antes que eu gozasse, ele pediu para ela deitar de costas e abrir bem as pernas. Exigiu que eu lambesse sua xoxota. Era uma boceta cheirosa, como se tivesse passado um longo tempo sendo lavada com algum sabonete especial. Ou talvez tivessem colocado ali algum desodorante ou colônia. Estava com os pelos cortados rentes e oxigenados. Mesmo no escuro, dava para ver o brilho dourado. E o seu grelo tinha sabor de cerejas, ou algo parecido. Porra, eu estava gostando daquilo! Lambi com fervor e ela urrou de prazer, ao mesmo tempo em que me chamava de cafajeste e todos os piores tipos de impropérios. Mesmo assim, segurava minha cabeça entre suas pernas quando eu ameaçava parar de chupá-la. Finalmente o negrão ordenou que eu metesse na sua buceta, enquanto ainda se masturbava. Gozamos os três quase ao mesmo tempo. Ele ejaculou na cara e nos peitos dela, sujando-a toda de esperma. Eu caí de lado, exausto. A minha foi uma gozada intensa, poderosa. Ela ergueu-se rápido e mamou na minha pica, secando dali todo o resto do meu leitinho. Depois o cara agarrou a ruiva pelos cabelos e fez com que ela o chupasse também. Eu quis aproveitar sua distração e me atirei sobre ele, resolvido a dominá- lo. No entanto, levei um safanão tão violento que beijei o chão. Tentei me levantar e recebi um golpe na nuca, caindo desacordado. Quando recobrei os sentidos, estava totalmente vestido e dentro do carro. Olhei em volta e percebi que estava no meu ponto de táxi, na Praça do Derby. A nuca ainda doía, atestando que não fora apenas um sonho. Aí tomei um susto danado quando olhei pelo retrovisor interno e vi o casal tranquilamente sentado no banco de trás. Estavam agarradinhos, no maior amor do
  • 27. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 27 mundo. Voltei-me furioso, mas ele me apontou a arma novamente. Mandou-me ficar frio que ele já ia embora. Olhei em volta e não tinha nenhum taxista por perto para me socorrer. O negrão puxou do bolso algumas notas e me entregou. O taxímetro marcava quase sessenta reais, mas o bolo de dinheiro que ele me deu continha muito mais que isso. Depois foi a vez de a moça ruiva entregar rindo meu celular que havia sido roubado. Disse-me que a foda doida tinha sido cortesia do pivete que jantara comigo. Precisou surrupiar meu telefone para ligar para eles, passando-lhes a placa do meu carro, de modo a encenarem o estupro. Eu não estava entendendo nada daquela história. O casal abriu a porta e foi embora, num instante se perdendo de vista. Eu fiquei lá, embasbacado e contando o dinheiro que tinha no bolso e o que me deram antes de sair. Não estava faltando nem um centavo. Peguei o celular e conferi se tinha chamada perdida. Sim, o “Açougueiro” havia ligado para mim. Telefonei de volta. Ele pediu para eu apanhá-lo no bar onde trabalhava. Iria largar dentro de meia hora. Queria que eu o levasse em casa. Eu também queria encerrar meu expediente e voltar para a minha residência. Foram tantas as emoções que não conseguiria me concentrar de modo satisfatório para terminar meu turno... FIM DA QUINTA PARTE
  • 28. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 28 TAXISTA – Parte Seis A morena bonitona e gostosona, policial federal, estava de volta. Ligou-me pedindo que eu a apanhasse no aeroporto. Fui buscá-la com enorme entusiasmo, pois estava com saudades dela. Mas seu voo atrasou e tive que esperá-la por mais de uma hora. Quando vi aquele colosso empunhando apenas uma pequena maletinha de mão e caminhando sorridente em minha direção, fiquei eufórico. Apressei-me a encontrá-la. Quando ia beijá-la, aquela voz masculina e de timbre grave me fez estancar de chofre. Disse que, se eu o beijasse, teria que dar-lhe a bunda também. Eu o havia confundido com a minha adorada morena, tal a semelhança com o irmão gêmeo travesti. Cassandra – seu nome de guerra – avisou-me, zoando da minha cara, que ela vinha mais atrás. Fiquei atabalhoado e pedi-lhe desculpas pelo engano. Ele sorriu sacanamente. Percebi que já esperava que eu o confundisse com a irmã, por isso sorrira antes de eu ir ao seu encontro. De fato, a irmã vinha logo atrás. Quase não a reconheço. Estava loiríssima, apesar de seu bronzeado de sempre. Não portava nenhuma bagagem. Agora, sim, beijei-a com entusiasmo. Cassandra seguiu na frente e eu e ela fomos andando de mãos dadas, sob os olhares de cobiça masculina e de inveja feminina. Ela estava exuberante com aquela minissaia e casaco de jeans, e uma blusa curtinha, de generoso decote, fazendo os seios parecer quererem pular na minha boca. Confessou ao meu ouvido estar doida para dar uma foda gostosa. Ali mesmo, no aeroporto. Eu é que tive que convencê-la a esperar até chegarmos à sua residência. Fez biquinho de descontentamento. Mas advertiu que queria gozar bem muito. Sorri ansioso por chegarmos logo em casa.
  • 29. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 29 Quando nos acercamos do meu táxi, estacionado à saída do Aeroporto Internacional dos Guararapes, Cassandra pediu-me as chaves. Iria dirigindo, enquanto eu e a irmã seguiríamos no banco de trás. Passei-as sem relutar, apesar de ter o maior ciúme do carro que fora do meu pai. Manobrou com grande perícia, enquanto eu e a morena ficamos namorando no banco traseiro. Meti minhas mãos entre as pernas dela e, para o meu espanto, estava sem calcinha. Disse-me, sorrindo, que havia tirado no toalete do aeroporto, antes de me encontrar. Por isso o irmão seguira na frente. O travesti deu uma gargalhada, divertido com a sua astúcia. Toquei com meus dedos a sua vagina. Já estava molhadinha. Aí ela abriu meu zíper e botou meu cacete duro para fora. Estávamos agora numa rodovia de pouco movimento e ela pediu ao irmão para enfiar o pé na tábua. Queria chegar logo em casa. Cassandra não se fez de rogado. Aumentou a velocidade, passando inicialmente dos 100 km por hora. Eu fiquei apreensivo. Não costumava dirigir em alta velocidade, mesmo a pedido do cliente mais apressado. Ia pedir para ele ir mais devagar quando ela lambeu minha glande com sua boca quente. Fechei os olhos querendo relaxar. Ela manuseava meu pau numa gostosa masturbação, enquanto me abocanhava a cabeça da pica. Gemia baixinho, como se estivesse adorando me chupar. Eu comecei a gemer também, de tão gostosa que estava a felação. Ao escutar meus gemidos, Cassandra imprimiu mais velocidade ao veículo, como se quisesse testar o quanto o carro podia correr. Mais uma vez me deu medo de que a gente sofresse um acidente. Adverti para que ele fosse mais devagar. Ele rebateu que eu me concentrasse na putaria e não me deu ouvidos. Enquanto isso a morena me masturbava com a boca, em movimentos rápidos subindo e descendo, até tocar a goela com minha glande. Massageava meus bagos com uma perícia avassaladora. Quando pressentiu que eu ia gozar, ajeitou-se dentro do carro e sentou-se no meu colo, de costas para mim. Levantou a saia e enfiou sua boceta pingando de tesão no meu pau babado. O irmão olhava divertido pelo retrovisor interno sem, no entanto, deixar de ficar atento ao volante. Prendi a vontade de gozar esperando até que ela estivesse no ponto. Segurei seus seios em minhas mãos e apertei-os com gosto. Ela gritava desvairada. Cassandra pisou mais fundo no acelerador e chegamos a uma velocidade vertiginosa. Devo confessar, prezadas leitoras, que eu estava me borrando de medo da loucura do travesti. Mas o rebolado da morena enfiada no meu pau, com aquela xoxota ardendo em fogo, me fazia esquecer que estava em perigo. Aí ela gozou. Deu um urro animal, sentada de costas para mim, saltitando em meu colo. Gozei também, num jato poderoso, enfiando-me mais profundamente nela. Depois ela voltou-se ofegante e trocamos um demorado beijo. Disse que eu era muito gostoso. Eu nem sabia o que dizer dela. Aí Cassandra diminuiu a velocidade do carro, deixando-a coerente com a avenida que agora despontava em nossa frente. Era como se tivesse calculado exatamente o quanto demoraria a nossa foda até chegar a uma via mais movimentada de automóveis. Relaxei. Por causa do gozo e por ele ter voltado a uma velocidade plausível.
  • 30. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 30 Pouco tempo depois, estávamos na casa dela. Cassandra se despediu da gente e entrou em um dos quartos, dizendo que iria tomar um banho e dormir, pois estava muito cansado. Já passava das onze da noite e eu precisava voltar ao trabalho. Não tinha sido um dos meus melhores dias e eu estava precisando de grana. Esperei que ela tirasse a roupa e lhe disse que iria partir. Rapidamente ela sacou um par de algemas não sei de onde e me prendeu ao móvel mais próximo. Falou zangada que eu não iria me livrar dela tão fácil. E foi tomar um demorado banho, sem ligar para os meus protestos. Havia me algemado a uma cadeira da sala. Carreguei a peça até a suíte, onde ela se banhava, e sentei na cama, resignado. Quando ela saiu do toalete, estava sem a peruca loira e empunhava uma vela acesa. Apagou a luz do quarto e a casa ficou às escuras, iluminada apenas pelo cotoco de parafina aceso. Aproximou-se de mim com aquele sorriso sacana que eu detestava. Ao invés de me soltar, prendeu-me a outra mão ao espelho da cama com mais um par de algemas. Depois simplesmente arrancou minhas roupas, rasgando-as totalmente, sob minhas mais veementes reclamações. Pegou meu braço algemado à cadeira e prendeu-o também ao espelho da cama. Depois tomou a vela, que havia depositado em um criado-mudo, e se aproximou de mim... Deitou-se ao meu lado, na cama, e pingou um pouco de cera no meu peito. Dei um grito de dor seguido de uma série de impropérios. Ela sorria divertida. Pingou de novo em mim, só que dessa vez um pouco mais abaixo. Adivinhando sua intenção, me apavorei. Cassandra gritou lá do quarto para eu relaxar e gozar, que ele estava querendo dormir. O próximo pingo foi na minha barriga e eu já estava aos poucos me acostumando a reprimir a dor. Ao quarto pingo, mais embaixo, eu já estava gostando daquilo. Parei de reclamar e ela sorriu satisfeita. Meu pau estava duro, apesar da tensão. Ela demorou um pouco a pingar novamente, deixando-me ansioso por causa do suspense. Então, finalmente, ela pingou bem encima do meu cacete. Antes mesmo que eu gritasse de dor, ela abocanhou-o depressa. Sua boca agora estava geladíssima. Deve ter colocado algum produto, lá no banheiro, que a deixou assim. A dor foi imediatamente substituída por uma sensação gelada muito prazerosa. Então ela deixou a vela de lado e me chupou bem gostoso. Depois se acocorou sobre mim e apontou minha glande para o seu cuzinho. Estava lambuzado por uma espécie de gel e senti a mesma sensação gélida de sua boca. O líquido pastoso também servia de lubrificação e meu pau adentrou seu ânus numa rapidez incrível, quase sem esforço de nossa parte. Mas seu túnel estava muito gelado, me causando até um arrepio na espinha. No entanto, quando ela começou a fazer os movimentos de cópula, seu buraquinho aos poucos foi se aquecendo. Num instante, meu cacete estava pegando fogo. Ela parecia sentir a mesma impressão que eu, pois aumentou os movimentos. Desvairou-se num ritmo alucinado e a temperatura do seu ânus voltou a ficar gelada. Mas, nem bem eu me acostumava, e voltava a ficar em brasa novamente. Até que gozamos ao mesmo tempo, de forma animalesca, novamente ouvindo reclamação do irmão que queria dormir. Então nos quedamos exaustos e satisfeitos, ficando agarradinhos um ao outro, curtindo aquele momento após o prazer.
  • 31. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 31 Logo que ela me soltou das algemas, perguntei quais as novidades e ela disse que infelizmente não podia falar sobre o seu trabalho. Por enquanto nem diria seu nome. Seria melhor para mim que não soubesse muito sobre ela e o irmão, pois poderia ser envolvido em algo perigoso num momento que ela não pudesse me proteger. Compreendi sua preocupação comigo e não me estendi mais no assunto. Então me perguntou o que andei fazendo nesse tempo que passou viajando a trabalho. Claro que omiti alguns detalhes das minhas aventuras sexuais recentes, mas falei a ela sobre o caso do tarado da Internet, que havia chantageado a garota paraibana obrigando-a ceder seu fiofó virgem. Mostrei-lhes as fotos que eu tinha guardado no celular, após enviar cópias para a mocinha quase vítima de estupro. Claro que não contei que havia “amaciado” o cuzinho dela. A morena parecia em transe, olhando para as fotos, repassando-as várias vezes, com uma expressão muito séria no rosto. Perguntei se ela o conhecia e não me respondeu, levantando-se da cama e caminhando em direção ao quarto onde dormia o irmão. Fechou-se com ele e passaram um bom tempo conversando em voz baixa. Fiquei curioso, mas não me atrevi a ir até lá. Uns dez minutos depois, estava de volta e sentou-se ao meu lado. Perguntei o que estava acontecendo e ela disse que eu não me preocupasse. Era apenas trabalho. Pediu-me para levá- la e ao irmão ao mesmo bar onde eu a conhecera. Eu perguntei se havia esquecido que destruíra minhas roupas. Ela sorriu, pela primeira vez desde que viu as fotografias, e caminhou até o enorme guarda-roupa que ficava no quarto. Abriu a porta e retirou alguns pacotes de dentro. Espalhou tudo sobre a cama, dizendo que era uma surpresa para mim. Abri curioso e vi tratar-se de vários pares de roupas elegantíssimas. Beijou-me na boca, dizendo que eu iria ser o taxista mais elegante da praça. Beijei-a com furor, agradecido. Pediu que eu escolhesse uma para vestir e levasse as outras comigo. Escolhi a menos elegante e disse que deixaria as outras para alguma ocasião especial. Ela me ajudou a vestir e achamos que ficou bem assentada em mim. Tamanho perfeito e cores bem escolhidas. Falou que havia comprado antes de viajar às pressas e só agora havia tido a oportunidade de me dar. Mais uma vez a beijei agradecido. Guardei as outras roupas no porta-malas. Pouco tempo depois, deixei a morena, agora sem a peruca loira igual ao irmão, num bar em Boa Viagem. O mesmo onde trabalhava o Açougueiro. Trocamos um apaixonado beijo antes de ela entrar no bar lotado. O garçom grandalhão, de peruca, veio me cumprimentar assim que me viu, e tive que aguentar seu forte aperto de mão novamente. Conversamos rapidamente e depois continuei a viagem até outro bar, frequentado por gays, onde Cassandra ficou. Ele usava novamente roupas idênticas às da irmã. Disse que eu não me preocupasse. Estava tudo bem. Apenas surgiu um trabalho que ela considerava urgente, e nem o deixou dormir sossegado. Por outro lado – disse ele – ficara muito excitado com a nossa algazarra sexual e agora estava com muita vontade de comer um cu de macho. Lembrei-me do gringo que ele estuprara na primeira noite que o conheci e sorri constrangido. Ele me confidenciou que a irmã lhe confessara estar apaixonada por mim e pediu que eu não lhe fizesse nenhum mal. E
  • 32. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 32 quem poderia fazer mal àquela garota? Eu é que precisava tomar muito cuidado com ela – disse-lhe espantado, me lembrando das duas vezes que ela usou de artifícios violentos para transar comigo. Ele deu uma sonora gargalhada e pediu que eu fosse trabalhar. Mas eu deveria ficar atento, pois iriam me chamar novamente no fim da madrugada. Atendi a alguns chamados por celular, normalmente de clientes bêbados querendo que eu lhes rebocasse para casa, e depois fui dar um tempo no meu ponto de táxi. Conversei com alguns companheiros taxistas sobre trivialidades até que o celular tocou. Era o garçom grandalhão pedindo para eu ir apanhar outro “pacote”. Imediatamente, segui para lá. Dessa vez reconheci a vítima. Era o cara saradão que aparecia na foto em meu celular. Eu e o garçom repetimos o ritual: pegamos o cara pelo braço, rebocamos até o táxi e a morena sentou-se ao lado dele. O cara parecia muito chapado, quase não conseguia falar. Ficaram se beijando no banco de trás e eu morrendo de ciúmes. O percurso também foi o mesmo: primeiro passamos no bar de gays e apanhamos Cassandra, depois rumamos para o motel onde fomos bem recebidos novamente. Dessa vez não fiquei para ver o cara sendo enrabado. Mas ouvi seu grito assim que minha adorada morena saiu do quarto e voltou para junto de mim. Ouvi um barulho, como se os dois estivessem brigando e quis ir ver, mas ela me impediu. Disse que o irmão estava muito bem preparado para esse tipo de contratempo. Então, ouvimos outro urro medonho. E fomos embora. Ela pediu para eu ligar para algum amigo taxista de modo que ele viesse apanhar o travesti no motel e levá-lo para casa. Mas antes que eu o fizesse, Cassandra ligou para ela dizendo que iria dormir por ali mesmo. O cara havia sido amansado e ele iria meter na bunda dele até se fartar. Pediu-lhe, no entanto, que me avisasse para eu mandar um táxi logo cedo, pela manhã, de modo a ele seguir para casa. Liguei para um taxista do meu ponto e ele concordou em buscá- lo. Quando chegamos novamente em Olinda, na casa da minha amada, ela estava num sono solto no banco ao meu lado. Preferi carregá-la nos braços até sua cama. Nem a despi. Sabia que ela estava exausta e dormiria até tarde. Só então acordaria, com uma fome de sexo selvagem e incontrolável. Até lá, eu já estaria mais descansado... FIM DA SEXTA PARTE
  • 33. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 33 TAXISTA – Parte Sete Eu pretendia ficar até à noite na casa da policial linda e selvagem no sexo, mas meu celular tocou antes do meio-dia. Ela ainda estava dormindo, pois chegara de viagem na noite anterior e nem descansara, indo cumprir uma nova missão. Nem chegamos a ter sexo no decorrer da madrugada, de tão cansada que estava. Deu-me boa noite e caiu no sono. Fiquei por algum tempo agarradinho a ela, mas meu pau roçando na regada da sua bunda estava me tirando o sossego. Virei para o outro lado e passamos a dormir costas com costas. Nem por isso os pensamentos libidinosos se afastaram da minha mente. Levantei-me de um pulo e fui atender o telefonema na sala, para não acordá-la. Tratava-se do porteiro do edifício onde morava a dama que já fora Miss Brasil. A tal que só ficava excitada quando se sussurrava palavras bonitas ao seu ouvido. Muito educado, o homem da portaria me disse que a senhora estava carecendo que eu a buscasse com urgência em sua residência. Precisava ir imediatamente a um hospital. Perguntei se ela estava com problemas de saúde e o bom homem desconversou. Eu maldisse minha indiscrição, mas estava realmente preocupado com ela. Prometi chegar lá em torno de vinte minutos. Escrevi um bilhete para a minha adorada, dizendo que surgira uma emergência, e fui embora. Quando cheguei ao prédio, ela já me aguardava impaciente em baixo. Folguei em saber que estava apreensiva mas bem de saúde. Ela estava muito bonita, apesar de vestida em roupas simples. Entrou no táxi e sentou-se no banco de trás, contrariando minhas expectativas. Disse que eu seguisse rapidamente para o edifício onde eu a tinha deixado, certa vez, mas sem dar nenhuma volta. Nem me cumprimentou. Parecia até que nem havia me reconhecido, de tão preocupada que devia estar. Depois ficou imersa em seus pensamentos e não disse mais uma
  • 34. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 34 única palavra. Imaginei que algo tivesse acontecido ao seu amante, um jovem gigolô que havia lhe deixado com um olho roxo da última vez que a vi. Do prédio dela até onde ele morava não cheguei a demorar nem cinco minutos. Ficava perto. Parei na frente do imponente edifício na Antônio Falcão e ela desceu do carro, entrando às pressas no condomínio. Fiquei aguardando, doido para finalmente conhecer o sujeito. Aí, tive uma imensa surpresa. Tratava-se do moreno sarado que Cassandra havia estuprado na noite anterior. O mesmo que chantageou a paraibana, querendo comer-lhe a bunda. E que logo broxou quando ela chegou toda disposta a cedê-la para ele, depois de “amaciá-la” comigo. Eu ainda tinha no meu celular as fotos que mostrei à policial federal com quem eu estivera dormindo até então. Como o mundo era pequeno! Não consegui conter um sorriso de galhofa quando o cara chegou amparado pela bela senhora e um funcionário do condomínio. Estava com o rosto bastante machucado e andava de pernas abertas. Sentou-se de lado no banco de trás, pois lhe doía a bunda. A dama acomodou-se solícita ao seu lado. Seguimos para uma clínica particular, no mesmo bairro nobre onde moravam. Chegando lá, ela entrou com ele e eu fiquei aguardando no táxi. Pediram para que eu esperasse, de modo a levá-lo de volta para casa. Fiquei lendo o livro POUCAS PALAVRAS BASTAM, do poeta Angelo Tomasini, que sempre trago comigo no porta-luvas. Desde que conheci a nobre dama, estive decorando os poemas curtos e de grande erotismo impressos em suas páginas. Cerca de uma hora depois, o cara saiu do ambulatório. Ela insistia tentando convencê-lo a prestar queixa na delegacia, mas ele estava resoluto. Perguntei discretamente o que havia acontecido, até para testar se ele havia me reconhecido como o taxista que o levou, junto com a bela morena e o travesti Cassandra ao motel, na última noite. Disse que foi atacado por assaltantes que bateram muito nele, além de tentar lhe estuprar. Falou que lutou bravamente e fez os três correrem. A coroa estava orgulhosa da sua bravura e eu penalizado por seu cu arrombado. Aguentar a enorme e grossa vara do travesti, irmão gêmeo da minha adorada morena, não deve ter sido fácil. Esse, sim, havia sido o seu verdadeiro ato de bravura. Mas não o desmenti. Deixei-o na casa da simpática dama, que havia largado mão do segredo do seu endereço em troca de cuidar dele. O porteiro do prédio ajudou-a subir com o cara após pedir que eu aguardasse para ter o dinheiro da corrida. Esperei. Pouco depois ele sentou-se ao meu lado, no banco do carona. Então, sacou algumas notas do bolso e me entregou. Vendo que era ele que estava assumindo a corrida que deveria ter sido paga pelo gigolô, não quis aceitar o dinheiro. No entanto, ele insistiu. Em troca, eu lhe contaria o que estava ocorrendo. Sabia que o cara vinha maltratando a nobre senhora, depois de ter conhecido alguma puta da alta sociedade que agora o estava sustentando. Percebi que o coroa nutria uma paixão secreta pela ex-miss. Inventei uma história, querendo proteger Cassandra e a policial federal, minha adorada. Contei que o gigolô vinha chantageando garotas pela Internet, com filmes comprometedores que gravava às escondidas, e alguém havia se vingado
  • 35. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 35 dele, espancando-o e estuprando. Mas no fundo eu desconfiava que a tal dama da alta sociedade que vinha sustentando o cara era a minha morena. Sua forma de fazer sexo coincidia com a que a amável dama havia descrito da rival, motivo pelo qual o gigolô a trocou pela outra. Sexo violento. A dama gostava de foder ouvindo palavras românticas, por isso foi preterida. Mas esse era um assunto que eu iria tratar com a minha morena boazuda, assim que estivesse com ela novamente. Então, não lembro bem por que, o porteiro confessou seu amor pela nobre senhora. Já fora seu amante, por uns tempos, assim que ela veio morar naquele prédio, quando estava recentemente separada do marido. No entanto, o romance não dera certo por ele não saber dizer-lhe galanteios e palavras apaixonadas, pois era um homem rude vindo do campo e do corte da cana. Chegara a frequentar alguns cursos querendo melhorar sua cultura, mas para o romantismo não tinha mesmo jeito. Faria tudo para ter sua paixão de volta, apesar de saber que ela preferia homens mais jovens. Eles tinham a mesma idade, segundo o porteiro. E nenhum nunca tivera filhos. Fiquei penalizado pelo sofrimento do homem. Aí, lembrei-me do livro de poemas. Emprestei-o, pedindo que ele decorasse bem os versos. Fizesse outros, baseado no que lesse. Ele ficou muito contente. Agradeceu-me fervorosamente pelo presente. Quanto a mim, sabia que não iria mais precisar do livro. Despedi-me dele e fui para casa dormir. Não estava disposto a encarar a morena novamente. Decerto iríamos terminar brigando. Outro dia teria uma conversa séria com ela, pedindo explicações sobre o gigolô e outras coisas mais. Exigiria, ao menos, saber seu nome. Dormi até quase cinco da tarde e depois tomei um banho demorado, me preparando para o meu turno como taxista. Mais uma vez havia faltado ao meu curso da faculdade, e fiquei preocupado em não me prejudicar. Teria que pensar nele com mais afinco. Quando sentei ao volante, o celular tocou. Era o porteiro a quem eu dera o livro. Queria me contratar para que eu levasse uma sobrinha e suas amigas para um jogo de futebol que haveria logo mais à noite. Era um clássico Santa Cruz x Sport. Nunca fui torcedor fanático, mas tenho simpatia pelo time coral. As garotas estavam aguardando no prédio onde ele trabalhava e parti para lá. No entanto, aquele parecia ser o dia das coincidências... Sua sobrinha era justamente a mulata com quem eu tivera minha iniciação ao sexo a três. A tal que eu levara para o “açougueiro”, quanto estava menstruada, e acabara comendo a minha primeira boceta “ao sugo”. Ela ficou felicíssima em me ver. Beijou-me efusivamente. Apresentou-me às amigas, três moradoras do prédio onde o tio, porteiro, trabalhava. Todas muito simpáticas e com cara de quem sabia satisfazer um homem, apesar da pouca idade. Não deviam ter mais de dezessete anos. Pareciam todas no cio. Foram de Boa Viagem, onde estavam me esperando, até o Estádio José do Rego Maciel, o Mundão do Arruda, onde o jogo ia acontecer, falando putarias. Riam alto, contagiando meu humor até então taciturno. Deixei-
  • 36. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 36 as lá após recomendações da mulata boazuda de que eu fosse buscá-las ao final da partida. Piscou-me um olho. Entendi o recado. Atendi a alguns clientes e realizei algumas corridas até que deu a hora de voltar ao estádio. Estacionei no mesmo local onde as deixei, como foi combinado. Pouco depois, chegaram ainda sorridentes. Duas vestiam camisas rubro-negra e duas tricolores. As leoninas, torcedoras do Sport, estavam mais radiantes. Seu time vencera o clássico. A mulata me pediu a chave do carro e mandou-me sentar no branco de trás. Relutei, mas tiraram as chaves da minha mão. Resignado, fiz o que me pediram. Sentei no meio do banco com uma tricolor de cada lado. Assim que manobraram o veículo e pegaram uma via menos movimentada de carros, começaram o coro: Chupa! Chupa! Chupa! Chupa! Animadas, as amigas da mulata – duas loiras gostosonas - retiraram as camisas do time, ficando com os seios de fora. Então, enquanto uma me beijava, a outra abria meu zíper. Tirou meu pau já endurecido para fora e abocanhou com gosto. Batia-me uma gostosa punheta enquanto mamava minha pica. Depois havia revezamento, a outra agora chupando meu cacete. A mulata dirigindo e a morena rubro-negra, sentadas no banco da frente, riam alto, divertidas. Quando eu já estava para gozar, ouvi as torcedoras do Sport gritando: Fode! Fode! Fode! Fode! Ambas as loiras trataram de retirar a calcinha. A que acabou primeiro ajeitou-se no meu colo, se ajeitando em minha pica babada. A outra ajudava, apontando minha glande. Ela se esfregou em mim, mas não se enfiou logo, como se estivesse temerosa. Depois foi sentando aos poucos, dando gritinhos, como se estivesse sentindo muita dor. Até ficar com a minha rola bem dentro, tocando a entrada do útero. Era uma fenda apertada e eu só atinei de que ainda era virgem quando senti seu sangue escorrendo pelo meu cacete. Então, finalmente ela tomou gosto e iniciou os movimentos, culminando por gozar. Eu estava me prendendo, pois sabia que viria mais por aí. Não deu outra. Quando uma das loiras saiu, ofegante, de cima de mim, o coro recomeçou: toma no cu! Toma no cu! Toma no cu! Toma no cu! A outra loira fez um muxoxo. Disse que era realmente virgem por ali. Mas não quiseram conversa. Obrigaram-na a se sentar no meu colo. A que acabara de gozar limpou o sangue com a blusa e cuspiu no meu cacete, antes da amiga se aninhar nele. Apontou a cabeça do meu pau para o seu buraquinho. Estava muito apertado. Mandaram-na se preparar e contaram até três, em voz alta. Quando disseram JÁ! a loirinha se enfiou de vez no meu caralho duríssimo. Gemi de prazer e ela de dor. Instantes depois ela já imprimia um ritmo acelerado à foda, gritando o quanto estava sendo bom. Todas aplaudiram. Pararam o carro numa viela deserta e escura e ficaram torcendo pelo gozo da amiga. No entanto, antes que ela gozasse, tive um orgasmo
  • 37. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 37 intenso e espasmódico. Que coisa maravilhosa. Ela continuou metendo até gozar também, aproveitando-se de que meu pênis ainda não ficara totalmente flácido... Pouco depois, quando eu já me recuperara, devolveram as chaves do carro. Só então explicaram que haviam feito uma aposta, enquanto assistiam ao jogo: quem perdesse, teria que dar uma foda comigo. Todas se diziam afim de perder o cabacinho - disse a mulata me piscando um olho para que eu não dissesse que já havia tido sexo com ela. Percebi que as amigas não sabiam de sua vida devassa. Haviam feito o par e ímpar para ver quem me dava a bunda. Confessaram que todas estavam torcendo para que seu time perdesse. Gargalhei maravilhado com a inventividade delas. Depois as deixei no mesmo prédio onde as havia apanhado. A mulata, no entanto, queria dormir comigo. Levei-a para a minha casa, já que minha mãe ainda permanecia internada numa clínica psiquiátrica desde o assassinato do meu pai. Mas agora estou muito cansado para contar como foi o resto daquela noite. Que minhas leitoras me perdoem. Até o próximo capítulo... FIM DA SÉTIMA PARTE
  • 38. O TAXISTA e suas aventuras sexuais 38 TAXISTA – Parte Oito Aquele dia estava movimentado para mim. Desde que cheguei ao meu ponto de táxi, na Praça do Derby, próximo ao centro do Recife, que não parei um minuto sequer de atender chamados. É sábado, antevésperas do Dia Internacional da Mulher, e os maridos ou namorados estão correndo às lojas noturnas para comprar uma lembrancinha para sua amada. Eu, retardatário como bom brasileiro, ainda não comprei nada para a morena policial federal, com quem eu ando de caso. Na verdade, nem sei se ela me considera seu namorado. Gosta de me ter à disposição sempre que quer sexo, mas não demonstra nenhum carinho depois. Cassandra, seu irmão travesti, me confidenciou que ela está apaixonada por mim, mas não vejo nenhuma prova dessa paixão. Eu nem ao menos sei seu nome! No entanto, foder com ela é muito doido e eu estou adorando isso. Depois que eu mostrei as fotos do cara sarado por quem a coroa que já foi miss é apaixonada – o mesmo que vivia chantageando a paraibana via Internet – que não mais nos encontramos. Passei a achar que ela é a mesma “ricaça” que vinha sustentando o gigolô, tomando-o da coroa pintora que adora ser fodida ouvindo palavras carinhosas. Então, estou evitando me encontrar com ela e descobrir que não gosta tanto de mim como eu dela. Estava pensando nessas coisas quando meu celular tocou mais uma vez. Para minha surpresa, era a mocinha paraibana que “amaciei” seu cuzinho virgem dia desses. Falou que estava com saudades de mim e tinha fugido de casa novamente só para me encontrar. Eu disse que estava com um passageiro e iria demorar um pouco a voltar para o meu ponto. Perguntei onde ela estava. Quando ia responder, a ligação foi cortada. Esperei um pouco, para ver se ela ligava novamente, mas ela não o fez. Dei de ombros. Iria deixar meu passageiro em seu local de destino e depois retornaria a ligação para ela. Cerca de quinze minutos depois, liguei quatro vezes e seu celular deu sempre desligado ou fora de área. Doidinha do jeito que a conheci, bem capaz de ela não ter carregado o aparelho antes de vir para o Recife. Arrisquei dar uma passada no ponto de desembarque de viagens