O documento resume a biografia e importância do escritor brasileiro José de Alencar para a literatura nacional. Destaca sua obra prima Iracema como um romance indianista que idealizou um romance entre a índia Iracema e o colonizador português Martim para simbolizar a formação do povo brasileiro a partir do encontro das culturas indígena e européia.
3. O AUTOR
Biografia
Importância para a literatura
José de Alencar ocupa a posição de patrono da cadeira 23 na
Academia Brasileira de Letras.
Suas obras influenciaram muito para que fosse definido a formação literária
nacional, sendo seu estilo um espelho para futuros escritores.
Situado num momento em que o espírito brasileiro se concentrava na consolidação de sua
autonomia - tanto no plano político como no intelectual - seu papel consistiu em polarizar na
sua personalidade as diversas correntes que se vinham desenvolvendo na alma do povo e fazer
com que elas se concentrassem numa síntese de pensamento e arte tipicamente brasileira
escrevendo sobre todas as regiões do Brasil.
Não há dúvida que o livro Iracema de José de Alencar seja sua obra prima. Até o
crítico Machado de Assis foi da mesma opinião.
4. Alencar pode ser considerado o precursor do romantismo no Brasil dentro das quatro
características:
Indianista
Psicológico
regional
histórico.
No romance indianista de José de Alencar, o índio é visto em três etapas diferentes: antes
de ter contato com o branco, em Ubirajara; um branco convivendo no meio indígena, em
Iracema e o índio no cotidiano do homem branco, em O Guarani.
É dentro do estilo indianista do escritor José de Alencar que está sua obra mais
importante: Iracema.
5. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Um dos mais belos romances da nossa literatura Romântica,
Machado de Assis ao ler disse que ‘Nenhum escritor teve em mais alto grau a alma
brasileira”.
A trágica história de amor impossível da bela índia apaixonada pelo
guerreiro branco Martim Soares Moreno é contada por José de Alencar com o ritmo
e a força de imagens próprios da poesia e explica as origens da terra natal do autor,
o Ceará.
6. IRACEMA
Resumo sobre o livro
Obra que descreve um romance idealizado por aspectos
mitológicos da cultura indígena enaltecendo a colonização do
Brasil.
Destaca-se a valorização da natureza brasileira.
Dividida em três partes:
1ª O encontro de Iracema e Martim.
2ª A fuga e um novo começo.
3ª O sofrimento.
7. Iracema representa a natureza brasileira, símbolo da perfeição, pureza e Martim é o
colonizador Europeu.
Iracema + Martim
(lenda) (História)
=
Moacir
(o encontro de duas culturas,
nacionalidade brasileira)
8. CARACTERÍSTICAS ROMÂNTICAS DA OBRA
- Imaginação criadora/Subjetividade
Criações não existentes no mundo real, mas na imaginação do autor sim. Iracema é era
descrita de uma forma totalmente diferente dos índios que realmente existiam nas matas do Brasil.
-Sentimentalismo
O sentimentalismo está presente em toda a obra de José de Alencar.
-Escapismo
Religioso
Escapismo para os sonhos.
Escapismo para a morte.
-Nacionalismo (Ufanismo)
Necessidade de eleger símbolos que representem à pátria (natureza e o índio).
- Idealização
Heroína
Amor
Natureza
9. - Indianismo
Resgata o ideal do “bom selvagem”, que segundo Rousseau a sociedade corrompe o
homem. Sua perfeição seria índio que não tinha contato com a sociedade corrompida.
- Religiosidade
“Poti foi o primeiro que ajoelhou aos pés do sagrado lenho; não sofria ele que nada
mais o separasse de seu irmão branco. Deviam ter ambos um só deus, como tinham um só
coração”.
10. IMPORTÂNCIA DA OBRA
Publicado em 1865, Iracema, obra de José de Alencar, faz parte da tríade dos romances indianistas,
sendo considerado o mais maduro, pois admite várias interpretações, com uma excelente estrutura
narrativa e características épicas, em que tanto Martim como Iracema são heróis. Iracema é uma
típica heroína que representa o romantismo: espera o amado, se entrega a ele, fica com saudades, e
morre por essa saudade.
Iracema identifica o Brasil e, por extensão da América, aliás Iracema é anagrama de América.
Assim a morte da índia pode representar a aniquilação da cultura nativa pela invasora que
conquista e domina a terra.
Irapuã ao resistir à presença de Martim não quer defender o amor que sentia por Iracema, mas sim
preservar a cultura indígena e o “segredo da Jurema”, embora pareça vilão age com nobreza e
grandeza.
Iracema e Poti se aliam ao conquistador branco, sendo passiveis de condenação. Iracema morre,
desfigurada pela dor e pelo estrangulamento cultural. Poti, descaracterizado e tornado cristão,
recebe o batismo de gente civilizada e passa a se chamar Antônio Felipe Camarão.