A poliomavirose é uma doença viral que afeta diversas aves, podendo levar à morte e causar grandes perdas econômicas. É transmitida através do contato com fezes, penas ou secreções de aves infectadas, mesmo assintomáticas. Os sinais clínicos variam desde dificuldade de esvaziamento do papo até paralisias e morte súbita. O diagnóstico é feito por exames e o tratamento é de suporte. A prevenção inclui isolamento de aves doentes e higiene.
1. POLIOMAVIROSE
É uma doença ocasionada por um poliomavírus, podendo infectar
qualquer ave, desde psitacídeos (como os papagaios, periquitos e
outros) a passeriformes. Podem levar a grandes perdas
econômicas com altas taxas de mortalidade dentro do plantel.
A transmissão se dá pelo contato da ave sensível com o agente
viral que pode estar presente em fezes, poeiras das penas,
secreções orais e nasais das aves doentes e carcaças. O contato e a
contaminação das aves podem ocorrer com a inalação ou ingestão
do agente. As aves que se recuperam desta doença podem se
tornar portadoras, inclusive com a transmissão da doença através
dos próprios ovos. Disto tiramos que muitas aves clinicamente
normais podem ser na verdade portadoras deste vírus e dentro do
plantel fatalmente levam a disseminação do problema.
As aves que sobrevivem da doença podem desenvolver
anormalidades de penas, conhecida popularmente como muda
francesa (são mudas seqüenciais). O mais importante, a saber, é
que nem toda muda francesa é causada por este vírus, existem
outras causas que podem levar a quadro semelhante.
Os sinais clínicos podem ser variados como:
. aumento do volume abdominal, dificuldade de esvaziamento do
conteúdo do papo, hemorragias, mal desenvolvimento dos
filhotes, baixa taxa de crescimento, penas anormais e morte. A
morte pode ser súbita e varia muito de acordo com a idade (as
aves mais velhas suportam mais a doença).
. alguns animais podem ser afetados desde a fase inicial da vida,
até 3 a 4 meses de idade. A morte súbita pode ocorrer com ou sem
sinais prévios; as aves que desenvolvem os sinais geralmente
morrem em 12 a 48 hs do seu início.
. sinais estes que podem ser bastante variados com quadro
diarréico sutil a severo, dificuldade de esvaziamento de papo,
depressão , perda de apetite, urina abundante ( “fezes” com
bastante parte branca) e dificuldade de locomoção com paralisias
sutis ou severas. A debilidade toma conta do animal levando
rapidamente a morte.
O diagnóstico se dá por achados de necropsia, sinais, história
clínica, exames histopatológicos e testes laboratoriais.
2. O tratamento é de suporte, o que equivale a controlar as alterações
que venha a aparecer. Por ser doença viral o próprio organismo é
que deve produzir células de defesa e assim combater o mal.
A prevenção, para se evitar a disseminação dentro do plantel se dá
com o isolamento das aves suspeitas e doentes; higiene local;
cuidado na manipulação das fezes das aves; cuidados com
contaminações de alimentos e água de beber; cuidados com
gaiolas comunitárias; cuidados com a manipulação de aves
mortas, entre outras atitudes.
“O sucesso da criação de aves se dá por detalhes, detalhes estes
muitas vezes ignorados ou desprezados por nos mesmos. Se
formos criteriosos nos cuidados de nossa criação, com certeza
evitaremos muitas armadilhas e desgostos, que poderiam nos
surpreender.”
Quando surgir alguma dúvida sempre procure o auxílio de um
Médico Veterinário. Boa sorte a todos.
Luiz Alberto Shimaoka
Médico Veterinário – CRMV-SP 6003
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