SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  31
Degradação de efluentes lácteos em reactores
UASB com recirculação
Departamento de Ambiente e Ordenamento
18/12/2008
Artur Manuel Xavier Pereira da Silva
Objectivo do trabalho
Avaliação da influência da recirculação de efluente na cinética da degradação de
efluentes de lacticínios na fase batch da operação intermitente de reactores
UASB.
Condições hidrodinâmicas do reactor podem ser determinantes para a cinética do
processo de remoção de CQO e subsequente degradação biológica.
A literatura apresenta alguns resultados de degradação de efluentes de lacticínios
em reactores descontínuos.
Efluentes de lacticínios = Efluentes complexos
Esta composição faz com que os efluentes das indústrias de lacticínios tenham
níveis elevados de CQO, CBO, óleos e gorduras e azoto, o que leva a que sejam
classificados como efluentes complexos.
A gordura do leite, por ser uma mistura de triglicerídeos (96%) e diglicerídeos, é
considerada a mais complexa de todas as gorduras comuns (Hui, 1992).
Os efluentes da indústria de lacticínios são constituídos fundamentalmente por
leite (material cru e produtos lácteos), e consistem em 85 a 89% de água e 11 a
15% de sólidos totais, os quais compreendem sólidos gordos e não-gordos (Kirk
– Othmer, 1995).
Tratamento de efluentes
tratamento anaeróbio
de efluentes de
lacticínios
Biomassa Suspensa
ASBR
Complexa
operacionalidade
Pouca aplicação
industrial
Contacto
Formação de
espumas
Baixa resistência a
choques de cargas
Filme fixo
FBR
Custo bombagem
Não adequado a
lacticínios
Filtro anaeróbio
Entupimento e
formação de
caminhos
preferenciais
Acumulação de
sólidos
Leito de lamas
UASB
Desgranulação e
washout da
biomassa
Cargas e eficiências
de remoção elevadas
Inovação no trabalho
Alimentação
efectuada tipo
teste batch
Alimentação
bombeada
para o reactor
O sistema é
posto em
recirculação
Reactor UASB
descontínuo
com
recirculação
No laboratório…
Bomba
alimentação
recirculação
Banho
termoestatizado
Borbulhador
Medidor
de
biogás
Testes feitos e Cargas utilizadas
Teste Carga (g/l)
Biomassa (g
SSV/l)
1 0,333 4,763
2 0,666 4,763
3 4,460 4,456
4 8,510 5,127
5 17,270 4,317
Alguns resultados obtidos (teste 3 – 4,46 g/l)
CH4cum(l)
CQOcoloidal+solúvel(g/l)
Tempo(d)
CQO pf (g/l)
CH4cum (l)
Percentagem(%)
Tempo (d)
%remCQO
%met
Percentagem de remoção CQOcol+sol dia 1 e dia 2
Percentagemderemoção(%)
Carga (g CQO/l)
%rem(1d)
%rem(2d)
Percentagem de metanização da CQOremovida dia 1 e dia 2
Percentagemderemoção(%)
Carga (g CQO/l)
%met(1d)
%met(2d)
CH4 cumulativo dia 1 e dia 2 em função da carga aplicada
y = 2.4736x - 0.0995
R² = 0.9892
y = 3.7715x + 0.2918
R² = 0.9948
CH4(L)
Carga (gCQO/l)
CH4cum1d (L)
CH4cum2d (L)
CQOcoloidal+solúvel e CQOsolúvel teste 4 (8,51 g/l)
CQO(g/l)
Tempo (d)
CQO sol (g/l)
CQO col+sol (g/l)
CQOcoloidal + solúvel e CQOsolúvel teste 5 (17,27 g/l)
CQO(g/l)
Tempo (d)
CQO sol (g/l)
CQO col+sol (g/l)
Velocidade específica de remoção
CQO(g/l)
Tempo (d)
0 1
2 3
qCQOrem
SSVt
CQO


qCQOsolúvel e qCQOcoloidal+solúvel (testes 4 e 5)
qCQOcol+soleqCQOsol(gCQO/gSV.d)
Carga (g CQO/l)
sol(gCQO/gSSV.d)
col+sol(gCQO/gSSV.d)
Relação entre qCH4 e qCQOcoloidal+solúvel
y = 0.4518x + 0.0053
R² = 0.9899
qCH4(gCQO/gSSV.d)
qCQOcol+sol (gCQO/g SSV.d)
qCQOcol+sol (com ajuste Modelo Monod)
qCQO(gCQO/gSSV/d)
Carga (g/l)
qCQO
qCQOcalcMonod
r2=0,9941
qCH4 (com ajuste Modelo Monod)
q(gCQO/gSSV/d)
Carga (g /l)
qCH4
qCH4calc
Monod
r2=0,9866
Comparação entre qCQOcol+sol (qCQOtrabalho) com qCQOrembatch (qbatch12, qbatch8 e qbatch5), (Nadais,
2002)
q(gCQO/gSSV.d
Carga (gCQO/l)
qCQOtrabalho
qbatch12
qbatch8
qbatch5
Tabela parâmetros ajustes
Parâmetros qCQOcol+sol qCH4
qCQOrembatch (Nadais,
2002)
qmax 3,044 1,1750 2,0 – 2,4
ks 9,9323 6,7140 9,6 -18
r2 0,9941 0,9866 0,9949 – 0,9974
Análise da Biomassa
sobrenadante
flocos
@1000x
Coloração com
safranina
secagemAmostras de
biomassa
Fotografias dos flocos
Fotografias dos flocos
Fotografias dos flocos
Os bastonetes compridos, parecem predominar nos flocos. Por
vezes aparecem referenciados como tipo - Methanosaeta porque
são parecidos com as Methanosaeta metanogénicas.
Fotografias do sobrenadante
Fotografias do sobrenadante
Fotografias do sobrenadante
Os cocus (forma esférica) parecem maiores nas fotos do
sobrenadante.
Conclusões
Há uma remoção
muito rápida de
CQO, evidenciada
pela diminuição
abrupta no primeiro
dia
Não é seguida por
degradação
biológica de matéria
orgânica removida,
suportada pela
produção de CH4.
qCH4 é cerca de 45
% de qCQOcol+sol
Discrepância entre
a remoção inicial
CQO e produção de
CH4 quase só se
verifica no 1º dia de
ensaio.
Conclusão
A qCQOcol+sol, para cargas superiores a 8
g/l é cerca de 30% superior , em relação a
testes batch.
A recirculação da fase liquida (efluente)
aumentou significativamente a velocidade
específica de remoção de CQOcol+sol, em
relação ao observado em ensaios
descontínuos sem recirculação,
confirmando o que se pode ver na
literatura.
Conclusão
Avaliação do comportamento
dos reactores de alta carga
com base na monitorização
da CQO da fase líquida pode
ser enganadora, conforme se
pode ver na literatura.
Matéria orgânica fica adsorvida à
superfície das lamas anaeróbias,
já que a adsorção é muito mais
rápida que a degradação
biológica.
Período de estabilização de
2 dias para os reactores
intermitentes utilizados no
tratamento de efluentes de
lacticínios.
Conclusão
Não se observaram diferenças
morfológicas, entre o sobrenadante e os
flocos, tão significativas como as
reportadas na literatura.
Provavelmente a duração deste trabalho
não permitiu a diferenciação entre os tipos
de células (adaptação às condições de
operação).

Contenu connexe

Tendances

Lista de exercicios de propriedades coligativas
Lista de exercicios de propriedades coligativasLista de exercicios de propriedades coligativas
Lista de exercicios de propriedades coligativasAlberio Rocha
 
Síntese de Aspirina
Síntese de AspirinaSíntese de Aspirina
Síntese de AspirinaLuís Rita
 
FCC_Craqueamento Catalítico
FCC_Craqueamento CatalíticoFCC_Craqueamento Catalítico
FCC_Craqueamento Catalíticoanpets
 

Tendances (6)

Lista de exercicios de propriedades coligativas
Lista de exercicios de propriedades coligativasLista de exercicios de propriedades coligativas
Lista de exercicios de propriedades coligativas
 
Síntese de Aspirina
Síntese de AspirinaSíntese de Aspirina
Síntese de Aspirina
 
Balan o de massa 1
Balan o de massa 1Balan o de massa 1
Balan o de massa 1
 
Catálise 1 introdução
Catálise   1 introduçãoCatálise   1 introdução
Catálise 1 introdução
 
Cinética química
Cinética químicaCinética química
Cinética química
 
FCC_Craqueamento Catalítico
FCC_Craqueamento CatalíticoFCC_Craqueamento Catalítico
FCC_Craqueamento Catalítico
 

Similaire à Degradação de efluentes lácteos em reactores UASB com recirculação

5 processos químicos unitários
5 processos químicos unitários5 processos químicos unitários
5 processos químicos unitáriosGilson Adao
 
Apresentação miea anna_final
Apresentação miea anna_finalApresentação miea anna_final
Apresentação miea anna_finalAnna Valverde
 
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seu
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seuCurs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seu
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seuMatheusVincius36
 
09 esgostos vazao dbo dqo
09   esgostos vazao dbo dqo09   esgostos vazao dbo dqo
09 esgostos vazao dbo dqoMarlos Nogueira
 
Apost405 2006 final
Apost405 2006 finalApost405 2006 final
Apost405 2006 finalgagasinho
 
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLACOMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLARafael Gauchinho
 
A bioquímica da Fotossíntese - um processo biológico
A bioquímica da Fotossíntese - um processo biológicoA bioquímica da Fotossíntese - um processo biológico
A bioquímica da Fotossíntese - um processo biológicoCarlos Kramer
 
Batelada sequencial na remoção de nitrogenio e fosforo reatores i
Batelada sequencial na remoção de nitrogenio e fosforo reatores iBatelada sequencial na remoção de nitrogenio e fosforo reatores i
Batelada sequencial na remoção de nitrogenio e fosforo reatores iPA99
 
17.ago ametista 15.30_418_chesf
17.ago ametista 15.30_418_chesf17.ago ametista 15.30_418_chesf
17.ago ametista 15.30_418_chesfitgfiles
 
EDEN - Tarefa E 3.7 Purificacao
EDEN - Tarefa E 3.7 PurificacaoEDEN - Tarefa E 3.7 Purificacao
EDEN - Tarefa E 3.7 Purificacaoh2portugal
 
EDEN - Tarefa E 3.7 Purificacao
EDEN - Tarefa E 3.7 PurificacaoEDEN - Tarefa E 3.7 Purificacao
EDEN - Tarefa E 3.7 Purificacaoh2portugal
 
UTILIZAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE GASES (KLa) COMO PARÂMETRO AUXI...
UTILIZAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE GASES (KLa) COMO PARÂMETRO AUXI...UTILIZAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE GASES (KLa) COMO PARÂMETRO AUXI...
UTILIZAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE GASES (KLa) COMO PARÂMETRO AUXI...Lázaro Floriano dos Santos
 
Problema calculo de processo 1
Problema calculo de processo 1Problema calculo de processo 1
Problema calculo de processo 1Cesar Abreu
 
Analise de efluentes
Analise de efluentesAnalise de efluentes
Analise de efluentesJupira Silva
 
Relatório de estágio petroquímica - mario santana
Relatório  de estágio petroquímica - mario santanaRelatório  de estágio petroquímica - mario santana
Relatório de estágio petroquímica - mario santanaMario Santana
 
Apostila bioquímica usp
Apostila bioquímica uspApostila bioquímica usp
Apostila bioquímica usplelialeoi
 

Similaire à Degradação de efluentes lácteos em reactores UASB com recirculação (20)

Lodo.ppt
Lodo.pptLodo.ppt
Lodo.ppt
 
5 processos químicos unitários
5 processos químicos unitários5 processos químicos unitários
5 processos químicos unitários
 
Apresentação miea anna_final
Apresentação miea anna_finalApresentação miea anna_final
Apresentação miea anna_final
 
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seu
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seuCurs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seu
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seu
 
09 esgostos vazao dbo dqo
09   esgostos vazao dbo dqo09   esgostos vazao dbo dqo
09 esgostos vazao dbo dqo
 
Apost405 2006 final
Apost405 2006 finalApost405 2006 final
Apost405 2006 final
 
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLACOMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
 
A bioquímica da Fotossíntese - um processo biológico
A bioquímica da Fotossíntese - um processo biológicoA bioquímica da Fotossíntese - um processo biológico
A bioquímica da Fotossíntese - um processo biológico
 
Batelada sequencial na remoção de nitrogenio e fosforo reatores i
Batelada sequencial na remoção de nitrogenio e fosforo reatores iBatelada sequencial na remoção de nitrogenio e fosforo reatores i
Batelada sequencial na remoção de nitrogenio e fosforo reatores i
 
17.ago ametista 15.30_418_chesf
17.ago ametista 15.30_418_chesf17.ago ametista 15.30_418_chesf
17.ago ametista 15.30_418_chesf
 
EDEN - Tarefa E 3.7 Purificacao
EDEN - Tarefa E 3.7 PurificacaoEDEN - Tarefa E 3.7 Purificacao
EDEN - Tarefa E 3.7 Purificacao
 
EDEN - Tarefa E 3.7 Purificacao
EDEN - Tarefa E 3.7 PurificacaoEDEN - Tarefa E 3.7 Purificacao
EDEN - Tarefa E 3.7 Purificacao
 
UTILIZAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE GASES (KLa) COMO PARÂMETRO AUXI...
UTILIZAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE GASES (KLa) COMO PARÂMETRO AUXI...UTILIZAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE GASES (KLa) COMO PARÂMETRO AUXI...
UTILIZAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE GASES (KLa) COMO PARÂMETRO AUXI...
 
CoagulaçãO
CoagulaçãOCoagulaçãO
CoagulaçãO
 
Problema calculo de processo 1
Problema calculo de processo 1Problema calculo de processo 1
Problema calculo de processo 1
 
Calculos vazao
Calculos vazaoCalculos vazao
Calculos vazao
 
Analise de efluentes
Analise de efluentesAnalise de efluentes
Analise de efluentes
 
Ccrhtle1
Ccrhtle1Ccrhtle1
Ccrhtle1
 
Relatório de estágio petroquímica - mario santana
Relatório  de estágio petroquímica - mario santanaRelatório  de estágio petroquímica - mario santana
Relatório de estágio petroquímica - mario santana
 
Apostila bioquímica usp
Apostila bioquímica uspApostila bioquímica usp
Apostila bioquímica usp
 

Degradação de efluentes lácteos em reactores UASB com recirculação

  • 1. Degradação de efluentes lácteos em reactores UASB com recirculação Departamento de Ambiente e Ordenamento 18/12/2008 Artur Manuel Xavier Pereira da Silva
  • 2. Objectivo do trabalho Avaliação da influência da recirculação de efluente na cinética da degradação de efluentes de lacticínios na fase batch da operação intermitente de reactores UASB. Condições hidrodinâmicas do reactor podem ser determinantes para a cinética do processo de remoção de CQO e subsequente degradação biológica. A literatura apresenta alguns resultados de degradação de efluentes de lacticínios em reactores descontínuos.
  • 3. Efluentes de lacticínios = Efluentes complexos Esta composição faz com que os efluentes das indústrias de lacticínios tenham níveis elevados de CQO, CBO, óleos e gorduras e azoto, o que leva a que sejam classificados como efluentes complexos. A gordura do leite, por ser uma mistura de triglicerídeos (96%) e diglicerídeos, é considerada a mais complexa de todas as gorduras comuns (Hui, 1992). Os efluentes da indústria de lacticínios são constituídos fundamentalmente por leite (material cru e produtos lácteos), e consistem em 85 a 89% de água e 11 a 15% de sólidos totais, os quais compreendem sólidos gordos e não-gordos (Kirk – Othmer, 1995).
  • 4. Tratamento de efluentes tratamento anaeróbio de efluentes de lacticínios Biomassa Suspensa ASBR Complexa operacionalidade Pouca aplicação industrial Contacto Formação de espumas Baixa resistência a choques de cargas Filme fixo FBR Custo bombagem Não adequado a lacticínios Filtro anaeróbio Entupimento e formação de caminhos preferenciais Acumulação de sólidos Leito de lamas UASB Desgranulação e washout da biomassa Cargas e eficiências de remoção elevadas
  • 5. Inovação no trabalho Alimentação efectuada tipo teste batch Alimentação bombeada para o reactor O sistema é posto em recirculação Reactor UASB descontínuo com recirculação
  • 7. Testes feitos e Cargas utilizadas Teste Carga (g/l) Biomassa (g SSV/l) 1 0,333 4,763 2 0,666 4,763 3 4,460 4,456 4 8,510 5,127 5 17,270 4,317
  • 8. Alguns resultados obtidos (teste 3 – 4,46 g/l) CH4cum(l) CQOcoloidal+solúvel(g/l) Tempo(d) CQO pf (g/l) CH4cum (l) Percentagem(%) Tempo (d) %remCQO %met
  • 9. Percentagem de remoção CQOcol+sol dia 1 e dia 2 Percentagemderemoção(%) Carga (g CQO/l) %rem(1d) %rem(2d)
  • 10. Percentagem de metanização da CQOremovida dia 1 e dia 2 Percentagemderemoção(%) Carga (g CQO/l) %met(1d) %met(2d)
  • 11. CH4 cumulativo dia 1 e dia 2 em função da carga aplicada y = 2.4736x - 0.0995 R² = 0.9892 y = 3.7715x + 0.2918 R² = 0.9948 CH4(L) Carga (gCQO/l) CH4cum1d (L) CH4cum2d (L)
  • 12. CQOcoloidal+solúvel e CQOsolúvel teste 4 (8,51 g/l) CQO(g/l) Tempo (d) CQO sol (g/l) CQO col+sol (g/l)
  • 13. CQOcoloidal + solúvel e CQOsolúvel teste 5 (17,27 g/l) CQO(g/l) Tempo (d) CQO sol (g/l) CQO col+sol (g/l)
  • 14. Velocidade específica de remoção CQO(g/l) Tempo (d) 0 1 2 3 qCQOrem SSVt CQO  
  • 15. qCQOsolúvel e qCQOcoloidal+solúvel (testes 4 e 5) qCQOcol+soleqCQOsol(gCQO/gSV.d) Carga (g CQO/l) sol(gCQO/gSSV.d) col+sol(gCQO/gSSV.d)
  • 16. Relação entre qCH4 e qCQOcoloidal+solúvel y = 0.4518x + 0.0053 R² = 0.9899 qCH4(gCQO/gSSV.d) qCQOcol+sol (gCQO/g SSV.d)
  • 17. qCQOcol+sol (com ajuste Modelo Monod) qCQO(gCQO/gSSV/d) Carga (g/l) qCQO qCQOcalcMonod r2=0,9941
  • 18. qCH4 (com ajuste Modelo Monod) q(gCQO/gSSV/d) Carga (g /l) qCH4 qCH4calc Monod r2=0,9866
  • 19. Comparação entre qCQOcol+sol (qCQOtrabalho) com qCQOrembatch (qbatch12, qbatch8 e qbatch5), (Nadais, 2002) q(gCQO/gSSV.d Carga (gCQO/l) qCQOtrabalho qbatch12 qbatch8 qbatch5
  • 20. Tabela parâmetros ajustes Parâmetros qCQOcol+sol qCH4 qCQOrembatch (Nadais, 2002) qmax 3,044 1,1750 2,0 – 2,4 ks 9,9323 6,7140 9,6 -18 r2 0,9941 0,9866 0,9949 – 0,9974
  • 21. Análise da Biomassa sobrenadante flocos @1000x Coloração com safranina secagemAmostras de biomassa
  • 24. Fotografias dos flocos Os bastonetes compridos, parecem predominar nos flocos. Por vezes aparecem referenciados como tipo - Methanosaeta porque são parecidos com as Methanosaeta metanogénicas.
  • 27. Fotografias do sobrenadante Os cocus (forma esférica) parecem maiores nas fotos do sobrenadante.
  • 28. Conclusões Há uma remoção muito rápida de CQO, evidenciada pela diminuição abrupta no primeiro dia Não é seguida por degradação biológica de matéria orgânica removida, suportada pela produção de CH4. qCH4 é cerca de 45 % de qCQOcol+sol Discrepância entre a remoção inicial CQO e produção de CH4 quase só se verifica no 1º dia de ensaio.
  • 29. Conclusão A qCQOcol+sol, para cargas superiores a 8 g/l é cerca de 30% superior , em relação a testes batch. A recirculação da fase liquida (efluente) aumentou significativamente a velocidade específica de remoção de CQOcol+sol, em relação ao observado em ensaios descontínuos sem recirculação, confirmando o que se pode ver na literatura.
  • 30. Conclusão Avaliação do comportamento dos reactores de alta carga com base na monitorização da CQO da fase líquida pode ser enganadora, conforme se pode ver na literatura. Matéria orgânica fica adsorvida à superfície das lamas anaeróbias, já que a adsorção é muito mais rápida que a degradação biológica. Período de estabilização de 2 dias para os reactores intermitentes utilizados no tratamento de efluentes de lacticínios.
  • 31. Conclusão Não se observaram diferenças morfológicas, entre o sobrenadante e os flocos, tão significativas como as reportadas na literatura. Provavelmente a duração deste trabalho não permitiu a diferenciação entre os tipos de células (adaptação às condições de operação).

Notes de l'éditeur

  1. Esquema do reactor