3. Gregório de Matos
O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga, que é parte, sendo todo.
4. Epistemologia da
Complexidade
A epistemologia da complexidade é um
ramo da epistemologia que estuda os
sistemas complexos e
fenômenos emergentes associados. Foi
fundada por Morin na década de 70.
Morin vê o mundo como um todo
indissociável e propõe uma abordagem
multidisciplinar para a construção do
conhecimento.
5. Os 7 saberes:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
As cegueiras do conhecimento: erro e ilusão
Princípios do conhecimento pertinente;
Ensinar a condição humana;
Ensinar a identidade terrena;
Enfrentar as incertezas;
Ensinar a compreensão;
A ética do humano.
6. 1. As cegueiras do
conhecimento: Erro e Ilusão
O desenvolvimento do conhecimento científico é
poderoso meio de detecção dos erros e de luta
contra as ilusões. Entretanto, os paradigmas
que controlam a ciência podem desenvolver
ilusões, e nenhuma teoria científica está imune
para sempre contra o erro. Além disso o
conhecimento científico não pode tratar sozinho
dos problemas epistemológicos, filosóficos e
éticos
p. 19-20
7. Que saber ensinar aos
educandos?
Que não há conhecimento que não
esteja ameaçado pelo erro e pela ilusão.
O risco do erro pode ser em função do
efeito de percepção (visão), de ruídos,
de transmissão de informações, etc. A
melhor proteção contra o erro e a ilusão
é a racionalidade que deve ser aberta
por natureza, fruto de debate e
autocrítica vigilante.
8. 2. Princípios do
conhecimento pertinente
Para que o conhecimento seja pertinente a
educação deve tornar o contexto, o
global, o multidimensional e o complexo
O conhecimento pertinente é uma idéia
contra a fragmentação.
9. Que saber ensinar aos
educandos?
Portanto, o ensino por disciplina, fragmentado e
dividido, impede a capacidade natural que o
espírito tem de contextualizar, é essa
capacidade que deve ser estimulada e deve ser
desenvolvida pelo ensino de ligar as partes ao
todo e o todo às partes.
“Não se pode conhecer as partes sem conhecer o
todo, nem conhecer o todo sem conhecer as
partes”.
10. 3. Ensinar a condição
humana
Hominização: O ser humano é, a um só
C e da dt ne d
i
I
tempo, físico, biológico, psíquico, cultural,
social, histórico.
[...] O homem somente se realiza plenamente
como ser humano pela cultura e na cultura.
Não há cultura sem cérebro humano (aparelho
biológico dotado de competências para agir,
perceber, saber, aprender), mas não há mente,
isto é, capacidade de consciência e
pensamento, sem cultura.
p. 52
12. Que saber ensinar aos
educandos?
Conclui-se que, a condição humana
deveria ser o objeto essencial de todo o
ensino.
13. 4. Ensinar a identidade
terrena
A Terra é nossa pátria – conceito de
sustentabilidade (cidadania terrestre);
14. Que saber ensinar aos
educandos?
1.
2.
3.
4.
Aprender a ser, a viver, a dividir, a comunicar,
a comungar. É preciso que aprendamos não
só a dominar, mas a melhorar, a compreender
e a inscrever em cada um de nós:
Consciência antropológica (diversidade
cultural dos povos);
Consciência ecológica;
Consciência cívica terrena;
Consciência espiritual da condição humana.
15. 5. Enfrentar as incertezas
A ciência cartesiana construiu a idéia de que
tudo que é científico pertence ao reino da
certeza.
A incerteza pode comandar o avanço do saber
e da cultura.
Ciência
Cartesiana: Dividir cada uma das
dificuldades em tantas parcelas quanto
possíveis e quantas necessárias fossem para
melhor resolvê-las.
16. Que saber ensinar aos
educandos?
A idéia da incerteza precisa ser incorporada no
ensino da física, da química, história, geografia,
línguas, filosofia...
Nas escolas, ensina-se apenas a certeza, tudo
aquilo que alguém já provou, experimentou.
É preciso ensinar estratégias que permitem
enfrentar os imprevistos.
17. 6. Ensinar a compreensão
Estando
a
educação
para
a
compreensão ausente no ensino, não
havendo preocupação em ensiná-la, o
individualismo ganha um espaço cada
vez maior, aumentando a indiferença e o
egocentrismo, e assim, diminuindo cada
vez mais a comunicação entre as
pessoas.
18. Citação de Morin
“Compreender não só os outros como a si
mesmo, a necessidade de se autoexaminar, de analisar a autojustificação,
pois o mundo está cada vez mais
devastado pela incompreensão, que é o
câncer do relacionamento entre os seres
humanos”.
19. Que saber ensinar aos
educandos?
É preciso introduzir o ensino da
compreensão nas unidades de ensino
em qualquer nível que elas exerçam.
20. 7. A ética do humano
Significado da ética: não desejar para os
outros, aquilo que você não deseja para
você.
21. Que saber ensinar aos
educandos?
Desenvolver a cidadania terrena
através da democracia
22. A CONDIÇÃO
A CONDIÇÃO
HUMANA
HUMANA
ENFRENTAR AS
ENFRENTAR AS
INCERTEZAS
INCERTEZAS
SEGUNDO MORIN:
SEGUNDO MORIN:
O QUE DEVEMOS ENSINAR
O QUE DEVEMOS ENSINAR
A COMPREENSÃO
A COMPREENSÃO
A IDENTIDADE
A IDENTIDADE
TERRENA
TERRENA
23. Conclusão
Morin mostra uma preocupação com o
planeta Terra como um todo.
Observamos que ele considera que a
educação deve ensinar para a vida e
não para que cada um aprenda um
monte de conteúdos e não utilize isto
para nada.
24. A grande pergunta que devemos fazer
como educadores:
Seremos capazes de civilizar a terra
e fazer com que ela se torne uma
verdadeira pátria?
“Estes são os sete saberes
necessários ao ensino.”
25. Qual é o pensamento de
Morin?
Conflito:
Condição Humana: O ser humano continua esquartejado (quebra-cabeça)
Humanização/Hominização: resgatar o que é humano(qualidades,
características e ações)
Pensamento Científico e Pensamento Humano (Ciências Humanas –
Filosofia, História, Literatura, Poesia, Artes)
“Quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior a
incapacidade de pensar a crise, quanto mais planetários tornam-se os
problemas, mais impensáveis eles se tornam”
A ética é a questão mais relevante.
Contra a especialização/superespecialização - interdisciplinaridade
26. O que Morin almeja para a Educação
Escolar?
A Educação do futuro deverá ser universal e centrar-se na condição
humana, ou seja, o homem é multidimensional: biológico, psiquico,
social e afetivo (todo)
Deve-se propor estruturas interdisciplinares para trazerem lucidez e
compreensão de que somos seres humanos (transversalidade)
Ensino voltado para o todo – interdisciplinaridade
A Educação não deve voltar-se para o acumulo de saber, ela deve
voltar-se para princípios organizadores que permitam ligar os
saberes e lhes dar sentido
O conhecimento deve ser adaptado as reais necessidades da
sociedade
A Educação deve promover uma inteligência geral apta a referir-se
ao complexo, ao contexto, de forma multidimensional (homem como
todo) e numa concepção global. Quanto mais poderosa for a
inteligência geral, maior é a sua faculdade de tratar problemas
especiais.